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www.hipertexto2012.com.br

CENTRO DE CONVENÇÕES. UFPE. RECIFE/PE13 a 15 de novembro de 2012

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Recife. Novembro, 2012 © A programação poderá sofrer ajustes devido a reordenamentos dos trabalhos a serem apresentados

4° SIMPÓSIO HIPERTEXTO E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃOComunidades e Aprendizagem em Rede

ENTIDADES ORGANIZADORASNúcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (NETHE/UFPE)

Grupo Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional (CCTE/UFPE) Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFPE)

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação (Cin/UFPE)

APOIADORESUniversidade Federal de Pernambuco - UFPE

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESFundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - FACEPE

Editora Universitária - UFPE - www.edufpe.com.br/virtualstore/Parábola Editorial - www.parabolaeditorial.com.brPipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net

Redu - Rede Social Educacional - www.redu.com.brAssociação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional - Abehte - www.abehte.org

Editora Vozes - www.livrariavozes.comRêspel Editora - espeleditora.com.br

EQUIPE DE ORGANIZAÇÃOProf. Dr. Antonio Carlos Xavier – Coordenador – Nehte/UFPE

Prof. Dr. Alex Sandro Gomes – Coordenador – CCTE/UFPEProfa. Dra. Fatiha Parahyba – LETRAS/UFPE; Profa. Dra. Joice Armani Galli – Nehte/UFPE; Profa. Dra. Simone Aubin – Nehte/UFPE; Profa. Ms. Simone Reis – Nehte/UFPE; Prof. Ms. Luis Carlos de Castro –

Nehte/UFPE

SECRETARIAKarla Vidal e Augusto Noronha - Pipa Comunicação

MARCA, DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO GERALPipa Comunicação

COMISSÃO CIENTÍFICAProf. Dr. Alberto Poza – UFPE; Prof. Dr. Ana Beatriz Gomes – EDUMATEC/UFPE; Prof. Dr. Artur Stamford da Silva – UFPE; Profa. Dra. Ermelinda Ferreira – Nehte/UFPE; Profa. Dra. Evandra

Grigolleto – UFPE; Profa. Dra. Fabiana Komesu – Unesp/SP; Prof. Dr. Lafayette Batista Melo – IFPB; Prof. Dr. Lourival Holanda – UFPE; Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes – Uniso/SP; Prof. Dr. Paulo Gileno

Cysneiros – UFPE; Prof. Dr. Sébastien Joachin – UFPE/UEPB; Prof. Dr. Sérgio Abranches – Gente/UFPE; Profa. Dra. Vera Menezes – UFMG

CAPA, PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOKarla Vidal e Augusto Noronha

(Pipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net)

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Apresentação

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Apresentação

SEJA BEM-VINDO AO SIMPÓSIO HIPERTEXTO 2012!

É com grande satisfação que recebemos você, na Universidade Federal de Pernambuco, na cidade do Recife, em Pernambuco, para participar do 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação!

Em suas mãos está o Caderno de Programação, cujos resumos dos trabalhos são publicados em nosso site para você consultá-los on-line sempre que desejar.

O tema deste ano é Comunidades e aprendizagem em rede. Nossa expectativa é a de que teses, análises e resultados de pesquisas apoiadas em tecnologias sejam apresentados, questionados e discutidos ao longo do evento, para que, ao final, todos nós educadores saiamos teoricamente robustecidos e pedagogicamente renovados.

Esta edição do Simpósio Hipertexto reúne 616 apresentadores. São 450 trabalhos entre conferências, mesas-redondas, comunicações individuais, comunicações coordenadas e pôsteres, o que corresponde a um crescimento de 33,5% em relação à última edição em 2010. Eles estão distribuídos em diversas atividades acadêmicas que vão de conferências a apresentações de pôsteres digitais, passando por mesas-redondas, sessões coordenadas, individuais, oficinas e exposição dos 10 melhores trabalhos classificados no Prêmio Artes Digitais e Aplicativos Educacionais, a principal novidade do Simpósio. Assim, compartilham o mesmo espaço de debates de ideias graduandos, pós-graduandos, professores, pesquisadores e interessados pelos temas do Simpósio, cuja troca de conhecimentos será enriquecedora para todos os participantes.

Cinco renomados pesquisadores, sendo três nacionais e dois internacionais, farão conferências em português e em francês com tradução simultânea. 21 debatedores em mesas-redondas e 14 examinadores de pôsteres foram cuidadosamente convidados pela organização para elevar ao máximo o nível das reflexões teórico-metodológicas que serão abordadas neste Simpósio.

Esperamos que mais de 2.000 participantes circulem pelo local durante os três dias de evento. Por isso, uma grande estrutura está sendo montada no Centro de Convenções que foi totalmente projetado para abrigar grandes eventos acadêmicos como tem se transformado o Simpósio Hipertexto. Além de seu anfiteatro com 1.900 lugares, ele conta com miniauditórios, sala de projeção (Cine), amplos foyers, onde serão instalados os stands dos expositores de livros e feira de artesanato, um restaurante e o espaço Artes Digitais e Tecnologias Educacionais.

Pensando no seu conforto e comodidade, dispomos de Wi-Fi, conexão de internet sem fio, e fornecemos traslado do Hotel » UFPE » Hotel, ambos totalmente grátis. Os ônibus sairão às 7h e 15min. da manhã (Recife Praia Hotel) e retornarão às 20h pontualmente.

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Fique atento e não se atrase. Lembre-se também que, durante o evento, a nossa comunicação será feita essencialmente pelas redes sociais.

Devido ao grande número de pesquisadores interessados em exporem seus trabalhos, uma parte das apresentações orais será realizada nas salas do NIATE, um dos mais novos e bem equipados prédios da UFPE, localizado a 250 metros do Centro de Convenções. Nele os inscritos poderão contar com salas climatizadas, além dos equipamentos de suporte às apresentações.

A equipe de organização com seus mais de 90 colaboradores se coloca à disposição, durante todo o Simpósio, para ajudá-lo sempre que precisar. Estamos felizes com a sua presença e prontos para fazer do Simpósio Hipertexto 2012 um dos mais importantes eventos científicos da sua vida.

Desejamos um ótimo evento para você!

ANTONIO CARLOS XAVIER e ALEX SANDRO GOMESCoordenadores

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Conferências

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CONFERÊNCIAS

PARANGOLÉ X BATMAN: APRENDIZAGEM EM REDE COMO RESISTÊNCIA AO ENSINO ESTRUTURADO

João Mattar (Universidade Anhembi Morumbi-SP e PUC-SP)

Orientadas por consultorias “educacionais”, inúmeras instituições no Brasil vêm adotando um modelo de ensino rigidamente estruturado, marcado pelo design instrucional, por objetivos de aprendizagem, planos de ensino e planos de aula minuciosamente detalhados (mas decorativos), conteudistas e Blockbuster’s de conteúdo, objetos de aprendizagem descontextualizados e desconectados, pdfs, bancos de questões, testes de múltipla escolha, educação concebida como preparação para provas de larga escala (como Enem e Enade) e tutores indecentemente remunerados, dentre outros “fundamentos pedagógicos”. Nesse cenário de terror, a utilização criativa de novas tecnologias em educação para aprendizagem em rede pode se constituir como um modelo alternativo e de resistência, mais flexível e fundamentado no design educacional e no conectivismo. Surgem então diversos desafios: (a) como incorporar ferramentas da web 2.0, redes sociais, games, mundos virtuais, dispositivos móveis, PLEs e outros recursos, plataformas e interfaces à educação; (b) a consequente necessidade de formação adequada de professores nessas novas práticas pedagógicas; (c) como oferecer uma educação colaborativa e interativa que não funcione apenas para grupos pequenos (os MOOCs são experiências nessa direção); (d) como evitar o otimismo exagerado do webiluminismo de Pierre Lévy e a romantização da inteligência coletiva.

HIPERMÍDIA E TRANSMÍDIA, AS LINGUAGENS DO NOSSO TEMPOLúcia Santaella (PUC-SP)

Tenho sistematicamente repetido que o excesso ou exclusividade de atenção nas mídias em si traz como consequência a negligência em relação àquilo que mais importa considerar, quer dizer, as linguagens, os processos sígnicos que, muito justamente, habitam, transitam, são difundidos pelas mídias. Não obstante a relevância das mídias para o estudo dos processos comunicativos e dos seus intercursos sociais, há que se considerar que as mídias estariam esvaziadas de sentido não fossem as mensagens que nelas se configuram. Não era para outra questão que McLuhan buscava chamar atenção ao declarar que “o meio é a mensagem”. Sua insistência dirigia-se para a impossibilidade de se separar a mensagem do meio. A configuração de toda e qualquer linguagem conforma-se necessariamente aos potenciais e limites da mídia em que ela se materializa. Esta apresentação pretende colocar em discussão

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CONFERÊNCIAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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que as linguagens que brotaram no interior das mídias digitais são a hipermídia e a transmídia, as linguagens do nosso tempo.

RÉSEAUX SOCIAUX ET APPRENTISSAGE (REDES SOCIAIS E APRENDIZAGEM)

Imad Saleh (Universidade Paris-8 – França)

Cet article a pour objectif d’explorer l’utilisation des média sociaux pour l’apprentissage en proposant de faire d’une part un panorama sur les services et les outils médias sociaux disponibles sur le web et d’autre part, d’expliquer comment ses outils sont utilisés dans le cadre pédagogique. Enfin, il traite de l’importance de l’aspect social pour la réussite de l’apprentissage.

Este artigo tem como objetivo explorar a utilização das mídias sociais pela aprendizagem, propondo construir, por um lado, um panorama sobre os serviços e as ferramentas das mídias sociais disponíveis na web, e, de outro lado, explicar como tais ferramentas estão sendo utilizadas pedagogicamente. Em resumo, este trabalho trata da importância do aspecto social para o sucesso da aprendizagem.

ENSEIGNER LA POÉSIE NUMÉRIQUE DANS UN MONDE DOMINÉ PAR LES TECHNOLOGIES DE L’INFORMATION ET DE LA COMMUNICATION ?

(ENSINAR POESIA DIGITAL EM UM MUNDO DOMINADO PELAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO?)

Philipe Bootz (Universidade Paris-8 – França)

L’objectif de l’intervention est de montrer que l’enseignement de la littérature ne doit pas être limitée à des cursus spécialisés : elle apporte dans de nombreuses situations une richesse pédagogique, de l’école primaire aux cursus de master. Pour cela, nous montrerons que dès les origines la littérature numérique se situe à la jonction de la technologie et des humanités et qu’elle soulève des questions sur leurs rapports. Elle devrait donc constituer une matière privilégiée pour l’apprentissage de la démocratie numérique à notre époque imprégnée de technologie numérique jusque dans les objets de notre environnement. Cette affirmation est ensuite illustrée par la présentation de deux expériences pédagogiques menées sur deux publics très différents : la réalisation du premier cédérom de poésies numériques conçues par des enfants de 10 ans lors d’un projet expérimental dans une école primaire en 2001 et la tenue à Madrid, en 2012, d’un programme intensif européen de trois semaines exclusivement consacré à la littérature numérique et ouvert à des étudiants

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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de master lettres, arts et informatique. L’analyse de l’évaluation de ce programme révèle des résultats inattendus, notamment le fait qu’une majorité de ces étudiants considèrent que cet enseignement leur sera bénéfique sur le plan professionnel. Ces deux situations montrent que la littérature numérique permet de mettre en oeuvre un faisceau de compétences très diversifié dans un cadre créatif inhabituel et donc motivant pour les apprenants.

DO HIPERTEXTO À HIPER-REALIDADE: RUMO A UMA EDUCAÇÃO SEM DISTÂNCIA

Romero Tori (USP e Senac/SP)

A possibilidade, trazida pelo hipertexto, de navegar em redes de nós e links conferiu uma nova dimensão ao conceito de leitura, que passou a ser mais interativa e, consequentemente, mais eficiente na redução da distância entre leitor e conteúdo. Em pouco tempo outras mídias foram sendo incorporadas a essa rede, que passou a ser conhecida por hipermídia ou web. Atualmente já é possível a conexão de objetos do mundo físico a essa rede, via realidade aumentada ou objetos inteligentes, prenunciando o novo paradigma da hiper-realidade. Essa forma de interatividade, impulsionada por internet, redes sociais e dispositivos móveis, está modificando hábitos, a maneira como nos relacionamos com as pessoas e com o mundo, e até como aprendemos. Na educação, o impacto dessa poderosa ferramenta de redução de distâncias, não apenas entre aluno e conteúdo, mas também entre aluno e seus pares e entre aluno e professor, está derrubando os muros que dividiam ensino tradicional do ensino online. A sala de aula física passa a ser apenas mais uma entre inúmeras mídias disponíveis, permeadas por tecnologia, redes, hipermídia e interatividade, que podem ser empregadas pela escola do futuro, que não será nem a distância, nem presencial. Graças ao hipertexto e às tecnologias interativas estamos navegando rumo a uma “Educação sem Distância”.

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Mesas-Redondas

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Vai tuítar? Use a hashtag:

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MESAS-REDONDAS

PERSPECTIVAS DE APERFEIÇOAMENTO DAS MATRIZES DE REFERÊNCIA

PARA LINGUAGENS E TICSProf. Dr. Antonio Carlos Xavier (Nehte/UFPE)

Em face à notória intensificação do uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na sociedade em geral e, em especial, a chegada delas à escola brasileira, apresentamos, neste trabalho, sugestões à grade de descritores das Matrizes de Referência que balizam as avaliações de aprendizagem (SAEB, Encceja e ENEM) em Língua Portuguesa, implementadas pelo INEP/MEC. Pressupondo o entrelaçamento entre as línguas naturais com as linguagens artificiais (visual, sonora, matemática etc.) espacializadas em suportes reais e virtuais, e obedecendo ao imperativo da contextualização dos objetos de conhecimento, da sua relação interdisciplinar e do apoio das TDIC na educação, propomos a inserção de descritores nos Tópicos II, III e VI da Matriz de Referência. Acreditamos que assim as habilidades em linguagem dos estudantes contemporâneos serão não só melhor examinadas, mas atualizadas e fomentadas pelos sistemas oficiais de avaliação que também funcionam como indutores do ensino/aprendizagem de certas competências linguístico-cognitivas.

CORREÇÃO ON-LINE DA PRODUÇÃO TEXTUAL: TÁBUAS CONSTRUÍDAS PARA MINIMIZAÇÃO DE SUBJETIVIDADE

Profª Drª Lílian Ghiuro Passarelli (PUC/SP)

Com base na experiência como coordenadora de bancas de correção de produção textual, apresenta-se o formato criado para gerenciamento dos critérios de correção – as tábuas de correção –, de modo a orientar mais substancialmente o olhar do professor-corretor e, como decorrência, minimizar divergências e a subjetividade inerente ao processo de correção de textos.

AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS: MÚLTIPLAS PERSPECTIVASProf. Dr. Guilherme Veiga Rios (INEP/MEC)

A avaliação educacional externa em larga escala vem adquirindo centralidade entre as políticas públicas educacionais do país. Desde o início dos anos 90, o Estado brasileiro tem realizado gestões com vistas ao planejamento e à implementação de exames nacionais que forneçam diagnóstico da qualidade da educação em cada uma das unidades da federação brasileira. De lá para cá, instrumentos de avaliação, tais como o Saeb, o Enem, o Encceja, a Prova Brasil e a Provinha Brasil, tornaram-se referência

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MESAS-REDONDAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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no calendário escolar dos estados e municípios e seus resultados têm sido utilizados para uma diversidade de fins pelas três instâncias administrativas da federação, desde concessão de bolsas de estudos, passando pelo ingresso em instituições de ensino superior, até o redirecionamento das políticas governamentais com foco em problemas detectados nas avaliações. Nesta apresentação, trataremos dos diferentes objetivos nos processos avaliativos, exemplificando com os exames administrados pelo Inep para a Educação Básica, e buscaremos mostrar alguns resultados e impactos para os diferentes grupos de interesse neles envolvidos.

RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOSProf. Dr. Débora Sebriam (Instituto Educadigital)

O projeto REA Brasil (rea.net.br) foi fundado em 2008 e é um dos primeiros projetos no Brasil que tenta apropriar a realidade e as perspectivas brasileiras a discussão internacional acerca dos Recursos Educacionais Abertos (REA) e da Educação Aberta. A grande missão do REA Brasil é prover inovação em política pública de educação e na forma de pensar e garantir o acesso ao conhecimento necessário à educação de qualquer indivíduo. Uma das maneiras de garantir o acesso à educação, a materiais de qualidade e permitir inovação metodológica mais aquém da Sociedade do Conhecimento, é por meio de Políticas Públicas que apoiem os REA e determinem que todo o investimento público na compra ou desenvolvimento de recursos educacionais deve dar preferência a Recursos Educacionais Abertos. Tais políticas também se justificam pelo fato de que o direito constitucional à educação não apenas fundamenta a dignidade e a cidadania, mas confere ao cidadão seu potencial humano. Para tanto, atuamos apoiando o trabalho de decisores políticos na construção de políticas públicas e legislação que garantam o acesso aos recursos educacionais resultantes do investimento público direto e indireto.

ONTOLOGIA DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOSProf. Dr. Ricardo Amorim (FACAPE, UNEB)

Atualmente, práticas pedagógicas baseadas na aplicação de Recursos Educacionais Abertos (REA) tem sido amplamente difundidas, despertando o interesse científico em investigar formas de auxiliar a criação, uso, remix, busca e compartilhamento deste tipo de recurso. Os REA apresentam aspectos comuns aos Objetos de Aprendizagem, concebidos com a ideia de produção de materiais que podem ser usados e reutilizados

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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em uma ampla gama de situações de ensino e aprendizagem. Tal produção pode ser feita com base na seleção, agregação e interpretação de materiais disponíveis online. Porém, com a abundancia de recursos na Internet, localizar e selecionar o material adequado em uma determinada situação de ensino e aprendizagem é uma tarefa complexa e que consome tempo. Nestes casos, a realização deste tipo de tarefa pode ser facilitada utilizando-se soluções tecnológicas aplicadas na Web Semântica tais como, ontologias e metadados. Assim, uma solução possível poderia basear-se em um modelo semântico do domínio de REA, descrito a partir de conhecimento consensuado contido nas especificações de metadados DocBook e IEEE LOM, a ser utilizado como meio de suporte ágil na busca, seleção de partes reutilizáveis, remix e compartilhamento de materiais de aprendizagem de uso livre.

CONTRIBUIÇÃO DA REDU PARA O USO EFETIVO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NO ENSINO

Anderson Duarte (Diretor Executivo do Redu)

Além de saber ler, o usuário-navegador precisa saber navegar (Ribeiro, 2008). O usuário de internet também deve ter várias competências para lidar com o ambiente digital, ou seja, precisa desenvolver habilidades para utilizar diferentes interfaces, buscar e organizar informações em ambiente digital, ler hipertexto digital, produzir textos (orais ou escritos) para ambientes digitais (

LETRAMENTO DIGITAL NA TEORIA E NA PRÁTICAProfª Drª Carla Coscarelli (UFMG)

Além de saber ler, o usuário-navegador precisa saber navegar (Ribeiro, 2008). O usuário de internet também deve ter várias competências para lidar com o ambiente digital, ou seja, precisa desenvolver habilidades para utilizar diferentes interfaces, buscar e organizar informações em ambiente digital, ler hipertexto digital, produzir textos (orais ou escritos) para ambientes digitais (Dias e Novais, 2009). Como nem sempre o professor sente-se preparado para promover o letramento digital dos alunos, buscamos trazer um pouco da teoria para compreender a prática, a fim de colaborar para o trabalho do professor. Fazemos uma análise de atividades apresentadas no Portal do Professor e que lidam com os ambientes digitais blog, twitter e website, a fim de verificar que habilidades relacionadas ao letramento digital estão sendo contempladas nessas atividades e quais delas ainda carecem de maior investimento

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MESAS-REDONDAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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por parte dos professores. Como parte dessas análises, verificamos também que concepções de aprendizagem e de língua servem de base a essas atividades. Os resultados dessas análises nos permitem dizer que há uma tendência para o uso de uma concepção de aprendizagem baseada numa abordagem sócio-interacionista (Vygotsky, 1996) e de língua como forma de interação (Bakhtin, 1979), no entanto, outras concepções também são encontradas. Quando às habilidades de letramento digital, apesar de as atividades proporem tarefas com textos em ambientes digitais, ainda falta uma exploração maior das singularidades e propósitos específicos desses gêneros e das ações e habilidades que demandam.

COMO CENTENAS DE NATIVOS DIGITAIS DA MINHA ESCOLA LEEM “ÍCONES” Profª Drª Ana Elisa Ribeiro (Cefet-MG)

Neste trabalho, abordo o letramento digital em suas relações com o letramento visual. Baseio-me em alguns conceitos da teoria de multimodalidade de Gunther Kress e Theo Van Leeuwen, mas, principalmente, nas ideias mais seminais da semiótica peirceana, como as de ícone e símbolo. Além disso, opero, ainda que com menos propriedade do que gostaria, definições como a de signo motivado, signo não-motivado, emprestadas a Ferdinand de Saussure, a quem se atribui a paternidade da própria linguística, em período contemporâneo ao nascimento da semiótica. Todos esses conceitos, assim como o de transparência/opacidade, empregado tanto nos estudos do discurso quanto nos do design de interfaces gráficas (impressas ou web), servem para um diálogo divertido com os “nativos digitais”, assim batizados pelo norte-americano Marc Prensky, há pouco mais de uma década. Com base na aplicação de uma espécie de “teste” (inspirado em Novais, 2009), com questões abertas e de múltipla escolha, aplicado a estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola pública federal (faixa dos 14-15 anos), discuto a relação funcional que os jovens mantêm com signos que já não sabem identificar ou que identificam com referentes nem sempre pertinentes, discutindo, também questões de metalinguagem, multimodalidade, história das interfaces e transparência/opacidade na leitura de imagens.

AMPLIANDO LINKS COM OS LETRAMENTOS VISUAIS:A CRIAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Prof. Dr. Júlio César Araújo (UFC)

Trago para esta mesa-redonda alguns resultados de experiências envolvendo letramento visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 1996; STOKES, 2001; LEMKE, 2002;)vivenciadas

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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no âmbito do programa de extensão Amplinks (Ampliando links) que eu coordeno na Universidade Federal do Ceará. Por meio dessa ação extensionista, uma série de oficinas de letramentos digitais (OLDs) são ministradas nas escolas públicas, tendo como foco a criação de histórias em quadrinhos digitais (HQs) por meio de várias ferramentas digitais que permitem a criação de HQs pelos participantes. Os resultados apontam que, logo na primeira versão de suas HQs, os alunos apresentam problemas relativos aos aspectos multimodais, aos usos inadequados de elementos de coesão e problemas de sequência textual. Após algumas rodas de conversa com eles, elaboramos uma série de intervenções pedagógicas que foram decisivas para que os usos das ferramentas digitais os auxiliassem nos exercícios de refazimentos de suas HQs.

ETHOPOÏÉTICA DA AUTOMIDIALIDADE NA INTERNETProf. Dr. Sébastien Joachim (UFPE)

A subjetividade romântica se reformulou no individualismo exacerbado de hoje. Para além de uma pletora de autobiografias analógica, assistimos nas duas últimas décadas a auto- e exo-biografias em modo digital que estende e problematiza as formas de expressão, as concepções de identidade de intermidialidade até então praticadas e introduzir massivamente o corpo, o bios, em artefatos que tanto ficam tanto saiam ostensivelmente do domínio da arte literária como tem sido tradicionalmente apreciada. Novos modos de enunciar-se acarretam novo ethos em linguagens impulsionadas pelas tecnologias. Telões e telinhas são invadidas por egos e corpos postos em espetáculo que nos fazem passar o íntimo para o extimo. Desta passagem da autobiografia de então a sua modalidade por internet ou automidialidade assim como de algumas consequências que disto decorre, daremos conta sob o ângulo da poïética na esteira de Béatrice Jungy, Rosana Horio Monteiro, Claudia Giannetti.

INANIMATE ALICE: O BILDUNGSROMAN DA ERA DIGITALProfª Drª Ermelinda Ferreira (UFPE)

Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir brevemente os princípios da obra digital Inanimate Alice, de Kate Pullinger e Chris Joseph, enfatizando a sua proposta pedagógica e traçando um paralelo entre os princípios da Literatura Eletrônica e as discussões filosóficas propostas por Lewis Carroll na sua obra Alice no País das Maravilhas, especulando-se sobre os recentes agenciamentos desta narrativa como precursora de teorias fundamentais à Cibercultura, como as do simulacro e do pós-humano.

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MESAS-REDONDAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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LETRAMENTO DIGITAL E APROPRIAÇÃO TECNOLÓGICA EM DIFERENTES CONTEXTOS DAS ESCOLAS COM O PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO

Profª Drª Ana Beatriz Gomes Carvalho (UFPE)

Entendemos que a questão cultural é o cerne de qualquer discussão sobre as mudanças paradigmáticas mediadas pelo uso das tecnologias e precisa ser pensada sobre a perspectiva do campo dos Estudos Culturais. A dimensão tecnológica e suas consequências para a sociedade são quase sempre analisadas na perspectiva da técnica e das relações que se estabelecem entre o ser humano e o artefato tecnológico. A perspectiva de inclusão digital do Programa Um Computador por Aluno está centrada no potencial de apropriação do aluno, que passa a ter controle do equipamento e da acessibilidade. Apesar do controle exercido em sala de aula pelos professores, que determinam o tempo e o tipo de uso do laptop, a proposta é que o aluno use a rede wireless da escola nos intervalos entre as aulas e até mesmo depois delas. Neste sentido, é fundamental a possibilidade do aluno levar o computador para casa, favorecendo a inclusão digital de seus familiares com o compartilhamento do laptop.Na prática, a possibilidade de uso do laptop em outros espaços além da escola (na praça, em casa, na casa dos amigos) e com outras pessoas fora do círculo escolar (familiares e amigos), permitiu que o processo de apropriação tecnológica fosse além das dimensões pedagógicas previstas no PROUCA. A partir desses elementos, podemos realizar uma reflexão sobre os desdobramentos do uso do laptop educacional nas escolas públicas, extrapolando dimensões diferentes da inovação pedagógica e da apropriação tecnológica como fim. A inserção dos laptops em cidades do interior do nordeste, por exemplo, revelam uma realidade multifacetada que não está restrita ao escopo de uma política pública de inclusão digital. A apropriação das tecnologias digitais só será alcançada quando o processo de consolidação da cultura digital também for efetivado, o domínio da técnica por si só, não garante a utilização das tecnologias de forma realmente inovadora. A inserção dos laptops nas escolas da rede pública em municípios pobres, em uma região com uma lacuna histórica no seu processo de desenvolvimento, extrapola as condições e consequências previstas no programa de inclusão digital.

GESTÃO DE TECNOLOGIAS NA ESCOLA: O CASO DAS ESCOLAS DO PROJETO UCA EM PERNAMBUCO

Prof. Dr. Sergio Paulino Abranches (UFPE)

A presença de tecnologias digitais na escola não é mais novidade. Porém, o Projeto UCA pretendeu introduzir, entre outras, a novidade que o caracteriza: os laptops

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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educacionais devem ficar em posse dos alunos, tanto no espaço da sala de aula como em outros espaços, indo mesmo para a casa dos alunos. Assim, a gestão das tecnologias na escola ganha novo enfoque, exigindo novas práticas. O Projeto UCA aponta que a gestão das tecnologias deve ao mesmo tempo garantir condições básicas, tais como guarda dos equipamentos, recarga dos mesmos no ambiente escolar e sua distribuição entre os alunos. Também se refere à necessidade de outra organização no aspecto pedagógico, interferindo no projeto político-pedagógico. As experiências das escolas participantes do Projeto UCA em Pernambuco revelam certa permanência do caráter administrativo da gestão escolar, preocupada especificamente com a guarda e a manutenção dos equipamentos, mas também mostram a abertura para questões mais voltadas para o projeto pedagógico, incluindo projetos específicos com uso dos equipamentos, evidenciando uma vivência contraditória da gestão escolar, mesclada de elementos burocratizantes e não totalmente integrada à proposta pedagógica inovadora, necessária ao sucesso do Projeto.

PROPOSTAS E PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO

Profª Drª Patrícia Smith Cavalcante (UFPE)

A fase dois do Programa Um Computador por Aluno caracterizou-se por um projeto piloto de dois anos, com dez escolas por estado, de 500 alunos cada. As escolas selecionadas em áreas urbanas e rurais receberam laptops educacionais conectados à internet para todos os seus alunos e professores. A implantação desse projeto previu a formação de recursos humanos para implantar a inovação nas escolas. O programa criou um curso à distância na web, para docentes e gestores das escolas, que foi acompanhado pelas equipes formadoras de cada estado. A seleção de escolas do UCA foi realizada a partir de dois requisitos da SEED/MEC: infraestrutura para dar suporte ao programa e o compromisso dos gestores e professores em se capacitarem. Nesta mesa discutiremos os impactos desta formação docente, considerando algumas tensões: falta de infra-estrutura das escolas selecionadas, diversidade de apropriação tecnológica dos docentes, conteúdo e forma do curso de formação docente oferecido, gestão tecnológica do MEC e das escolas do programa, rigidez pré-digital dos docentes na utilização do laptop. Buscaremos também refletir sobre novas propostas para as questões levantadas.

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MESAS-REDONDAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DE REDES SOCIAISProfª Drª Flávia Veloso de Souza (UFPB)

A sociedade atual tem exigido novas competências dos indivíduos. Estes precisam adotar uma postura pró-ativa em relação ao seu processo de aprendizagem e gerenciá-lo segundo suas necessidades. O uso de plataformas sociais tem proporcionado novas formas de aprender. As redes sociais são ambientes potenciais de desenvolvimento nos alunos de estratégias de autorregulação de aprendizagem devido a possibilidade de colaboração entre alunos e entre alunos e professores. A partir de pesquisa realizada com o uso da Rede Social Educacional Redu foi concebido o modelo conceitual de uma ferramenta de Schedulling. Os resultados da pesquisa apontam para o desenvolvimento das estratégias de autorregulação de aprendizagem pelos alunos. Os alunos também mostraram-se motivados e passaram a adotar estratégias autorregulatórias bem como a perceber a importância de refletir sobra as estratégias utilizadas. Desta forma, a incorporação de artefatos para apoio a autorregulação em plataformas sociais traz os benefícios do aluno ter a possibilidade de colaborar e cooperar com seus colegas de disciplina e com os professores. Essa palestra visa apresentar os resultados desta pesquisa destacando a importância do uso das redes sociais para o desenvolvimento e internalização das estratégias de autorregulação da aprendizagem nos alunos.

DOS ITS AO ICSCL: SOBRE COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO VEM ACOMPANHANDO A EVOLUÇÃO DOS AMBIENTES DE APRENDIZAGEM

Profª Drª Patrícia Tedesco (CIn UFPE)

Desde a década de 1980, a Inteligência Artificial vem se colocando a serviço dos sistemas de apoio a aprendizagem, com o objetivo de prover aos estudantes ferramentas onde pudessem estudar em seu próprio ritmo, tendo suas necessidades atendidas de forma individualizada. Com a modificação dos paradigmas e evolução das TIC, passamos de ambientes individualizados para ambientes colaborativos, onde, além de atender às necessidades particulares dos estudantes, os sistemas têm buscado promover uma maior interação entre os estudantes, mantendo-os mais motivados e promovendo maior aprendizado. Nesta breve conversa, vamos olhar rapidamente para a história dos sistemas de IA na Educação, discutindo alguns trabalhos significativos apresentados recentemente, e apontando desafios de pesquisa na área.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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POLÍTICAS FEDERAIS DE EAD E TECNOLOGIA NO ENSINOProf. Dr. Francisco Luiz dos Santos (UFRPE)

A política pública federal para cursos na modalidade a distância no Brasil promove, regula e orienta basicamente duas categorias gerais: cursos de nível superior e cursos técnicos de nível médio. As duas categorias funcionam em instâncias do Governo Federal organizadas como UAB (Universidade Aberta do Brasil) e e-Tec (Escola Técnica Aberta do Brasil), respectivamente. É todos funcionam na submodalidade específica semipresencial síncrona baseada em polos com próximidade mínima de aproximadamente 60 km. Basicamente, todo o foco dessas políticas tem sido concentrado na forma e gestão desses cursos, mas pouca atenção tem sido dada às possibilidades de exploração das tecnologias atuais, principalmente com relação à infraestrutura e acesso. No geral, o material tecnológico que chega com maior importância nos rincões desses polos ainda é o caderno impresso de acompanhamento, muitas vezes o único com conteúdo que o estudante tem acesso. Apesar dessa dificuldade pontual a internet é o principal instrumento tecnológico de interação e a maior parte do suporte vem da RNP (Rede Nacional de Pesquisa). Discutiremos alguns aspectos importantes dessa políticas para implantação de cursos a distância no Brasil, mas trataremos também das várias possibilidades tecnológicas ainda não utilizadas com intesidade e a que futuro apontam para Educação a Distância no Brasil e no mundo.

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ComunicaçõesCoordenadas

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Assista aos vídeos

youtube.com/nehteufpe youtube.com/nehteufpe

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS

APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM REDE: VISÕES EM PARALAXE

Esta sessão reunirá reflexões sobre o ensino de línguas estrangeiras sob a ótica hipertextual da aprendizagem em rede, debatendo sobre os direcionamentos teórico-metodológicos, seus respectivos desdobramentos na leitura e na produção textual, o uso das redes sociais, bem como a formação de novas identidades/alteridades na cibercultura. Tentaremos responder à seguinte questão: quais os impactos que a aprendizagem em Redes Sociais têm gerado no ensino de línguas estrangeiras?

A EXPERIÊNCIA DO STORYTELLING EM REDES SOCIAIS NO CAP-UFPE. Madson Gois Diniz (UFPE)

O storytelling, ou contação de histórias, tem sido um recurso recorrente no universo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira. O recurso da narrativa, além de despertar o interesse por questões culturais, incentiva a observação de elementos pragmáticos inerentes ao discurso. O objetivo dessa comunicação é apresentar os desdobramentos dessa técnica no meio virtual com a participação de alunos do 1o Ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação da UFPE.

WEBQUEST - HARRY POTTER NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO. Julio Cesar Brandão Carvalho (UFPE)

A chamada escola tradicional que se formou nas sociedades da escrita por muitas vezes acaba ensinando que o próprio mundo é absolutamente linear, que o conhecimento e a ciência devem ser fragmentados, isolados, monológicos, buscando verdades únicas, absolutas e definitivas sobre a realidade. Contudo, nossa história mostra que a distância entre os povos diminuiu graças a invenções que melhoraram a comunicação. Há algum tempo conseguimos a internet, que possivelmente, deverá ser ultrapassada por uma nova tecnologia. As consequências são a transmissão de informações, a divulgação/expressão (multi)cultural, a interação humana. Em função disso, o ensino de língua inglesa deve proporcionar situações de comunicação em que os alunos possam se expressar e ampliar os seus recursos linguísticos, ao mesmo tempo em que os ajuda a aprender a estruturar o próprio discurso através da contextualização com diferentes tipos de mídia e de agentes tecnológicos no

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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campo pedagógico. Nesse sentido, esse trabalho destina-se a relatar uma experiência que desenvolveu a motivação e envolvimento dos aprendizes com uma webquest pautada no universo dos livros de Harry Potter e produzida para o 8º ano do ensino fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco, parte do projeto UCA (um computador por aluno).

APORTES LITERÁRIOS E APRENDIZAGEM EM REDE: DIÁLOGOS HIPERTEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO CAP-UFPE. Graciana Vieira de Azevedo (UFPE; Colégio de Aplicação)

A sala de aula é espaço dinâmico de relações antagonísticas vividas dentro de um complexo de experiências culturais e formas sociais que apontam para saberes e expressões de conhecimento subjacente ao discurso. Sendo a literatura a primazia do lócus do discursividade, buscamos investigar a relação entre o aprendiz de língua estrangeira, nesse caso a língua inglesa, e os construtos linguísticos a partir da ressignificação da literatura no contexto das redes sociais, levando em conta, a flexibilidade do hipertexto e a intervenção dos discentes na (re)criação, adaptação, escrita colaborativa e parafrástica dos recursos literários elencados. Nesse trabalho, analisar-se-á a utilização de poemas como aporte de aprendizagem no processo de escritura dos alunos da 8ª Série B do Colégio de Aplicação da UFPE.

ABEHTE E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM MEDIADA POR COMPUTADOR

Esta sessão tem como objetivo descrever e discutir quatro trabalhos envolvendo ações de comunicação e aprendizagem mediadas por computador. Os dois primeiros trabalhos fazem parte de ações propostas por membros de duas instituições que ultimamente vem trabalhando em parceria – a Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologias da Educação (ABEHTE) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O primeiro trabalho descreve um curso de formação continuada de professores para o uso de tecnologias da informação e o segundo descreve desafios e possibilidades de uma arquitetura pedagógica virtual para o ensino de português com língua estrangeira. Os dois últimos trabalhos são pesquisas realizadas por presidentes (atual e anterior) da ABEHTE e descrevem possibilidades de ferramentas da web 2.0 para o ensino de línguas estrangeiras e o uso de podcasts como ferramentas pedagógicas

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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de escrita multimodal. Todos os trabalhos apresentados partem do pressuposto teórico (por exemplo Lévy, 1999) de que a formação do cidadão requer uma educação plena que se materializa no multiletramento que inclui o letramento digital.

POSSIBILIDADES DA WEB 2.0 NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS. Kyria Rebeca Finardi (UFES)

O objetivo deste trabalho é apresentar e avaliar as possibilidades de uso pedagógico das seguintes ferramentas da web 2.0 e dos seguintes objetos de aprendizagem digital no ensino de língua estrangeira: 1) Bookr (http://www.pimpampum.net/bookr/) – ferramenta para criar e compartilhar fotos usando imagens Flickr; 2) Glogster (http://www.glogster.com/) – portal para criar posters ou glogs interativos; 3) Wallwisher (http://wallwisher.com/) – ferramenta para criar quadro e notas com lembretes e fotos como espaço de trabalho; 4) English Central (http://pt.englishcentral.com/) – ferramenta para o aprendizado de inglês baseado na rede que reconhece fala permitindo que usuários escutem e avaliem suas falas baseado em suas pronúncias; 5) Voicethread (http://voicethread.com/) – ferramenta da rede para a prática oral colaborativa; 6) Dropbox (https://www.dropbox.com/) – ferramenta que permite armazenar dados na rede; 7) Podcasts (http://www.podcast.com/) – ferramenta que permite desenvolver a escuta na língua estrangeira; 8) Google docs (https://docs.google.com) – ferramenta que permite o desenvolvimento de escrita colaborativa. Finardi (2012, no prelo) revisou quatro estudos sobre o impacto de tecnologias e objetos de aprendizagem digitais (livro digital, voicethread, um software educacional e CALL) no ensino de línguas estrangeiras e resultados desses estudos serão brevemente reportados nesta apresentação.

PODCAST COMO ESCRITA MULTIMODAL: ORQUESTRAÇÃO E AFFORDANCES. Luiz Fernando Gomes (UNISO)

O objetivo desse trabalho é discutir uma proposta pedagógica de escrita multimodal feita no componente curricular Linguagem e Tecnologia de um curso de licenciatura em Letras com a produção de podcasts de até 3 minutos. Verificou-se de que forma os alunos se apropriariam dos recursos expressivos das linguagens visual, verbal e oral, a fim de gerar um produto comunicativo que, por orquestrar diversos modos de expressão, denominamos multimodal. Embora os podcasts sejam predominantemente orais, grande parte dos 40 trabalhos realizados foi postada em blogs, pelos alunos,

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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acompanhada de imagens, títulos, elementos gráficos e textos. Um recorte da análise desses podcasts será apresentado com dois itens analisados: (i) a eficiência expressiva das modalidades orquestradas e (ii) os tipos de relações entre as linguagens e seus efeitos de sentido. Resultados mostram que os podcasts apresentam características textuais multimodais importantes, como coesão e coerência, que há certo entendimento, talvez não explícito, por parte de alguns alunos, sobre as particularidades de cada modo mas que, em muitos casos, essas “affordances” são mal interpretadas.

ARQUITETURA PEDAGÓGICA VIRTUAL E O ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA. Santinho Ferreira de Souza (UFES)

Dados recentes do uso de tecnologias nas escolas brasileiras (por exemplo http://www.cgi.br/) mostram que, apesar do aumento gradual de laboratórios de informática e TICs em espaços escolares, os níveis de qualidade da educação ainda deixam a desejar, sugerindo que, além de incluir novas tecnologias em espaços escolares, é necessário pensar na formação e qualificação de professores para atuar nesse cenário. Outro fator que deve ser considerado na equação tecnologia x educação é a possível distorção conceitual na formação de docentes e no uso dos ambientes digitais tanto por professores quanto por discentes, no sentido de acalentarem a crença de que a solução para problemas educacionais e para uma educação de qualidade reside no uso de computadores, softwares e outras TICs. Nesse cenário, esta pesquisa pretende socializar dados e convidar à reflexão sobre o uso da tecnologia na educação em geral e na educação de português como língua estrangeira em particular, apresentando resultados a fim de contribuir com estudos pertinentes à área, especialmente na proposição de um modelo de arquitetura pedagógica multimídia como estrutura auxiliar do processo de ensino-aprendizagem de português, língua estrangeira, na graduação em Letras da UFES e nos níveis de ensino ofertados pelo Centro de Línguas/DLL/UFES.

HIPERTEXTO E TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: EXPERIÊNCIAS DE PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL NA FORMAÇÃO INICIAL E EM SERVIÇO

A presente proposta apresenta quatro pesquisas que problematizam ações de formação tecnológica, cujo objetivo em comum é promover a inclusão digital de aprendizes em diferentes níveis de aprendizagem. O primeiro estudo tem como enfoque o projeto de extensão intitulado: a linguagem em suporte digital: estratégias de hipertextualização, apresenta

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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suas ações metodológicas, pressupostos teóricos norteadores e analisa em quais aspectos o projeto contempla os conceitos dos novos letramentos (MENEZES DE SOUZA, 2011). A segunda pesquisa, a partir dos estudos da Análise do Discurso, destaca o efeito discursivo de tecnologia e educação dos sujeitos inseridos nesse curso e problematiza a possível transição identitária do sujeito professor (HALL, 2011). A terceira aborda a construção de portfólio em forma de hipertexto digital, analisa as características da hipertextualização e as condições da textualidade que caracterizam e determinam a natureza do hipertexto (MARCUSCHI, 2010). A quarta pesquisa traz o sentido discursivo sobre o uso do laptop como recurso pedagógico para sujeitos na posição de professor e aluno da educação básica. O estudo apreende possíveis sentidos convergentes e/ou divergentes, de acordo com a condição de produção do discurso (PECHEUX, 2008), no discurso dos sujeitos protagonistas do projeto Um Computador por Aluno (UCA).

NOVOS LETRAMENTOS, MULTILETRAMENTO, LETRAMENTO CRÍTICO E MULTIMODALIDADE: UMA ANÁLISE CONTEXTUALIZADA. Azenaide Abreu Soares Vieira (Unesp)

Este trabalho traça reflexões quanto ao projeto de extensão intitulado: a linguagem em suporte digital: estratégias de hipertextualização, curso oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), cujo objetivo é promover aperfeiçoamento tecnológico a professores quanto ao ensino e aprendizagem da produção hipertextextual. Por considerarmos uma proposta inovadora e urgente na era digital, objetivamos apresentar as ações metodológicas e os pressupostos norteadores do referido projeto e analisar em quais aspectos o projeto contempla a nova proposta pedagógica para o ensino de línguas, no que concerne aos conceitos de novos letramentos, multiletramento, letramento crítico e multimodalidade, tidos como de grande importância em contextos cada vez mais globalizados. Embasamos a investigação nos estudos sobre os novos conceitos de Letramento (MENEZES DE SOUZA, 2011; FREIRE, 2005) e na teoria sociocultural (VYGOTSKY, 1991, 2008). A pesquisa apresenta análise documental. Para isso, utilizamos o material construído e disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle e o projeto que norteia as ações desenvolvidas no curso. A análise preliminar nos permite aferir que o projeto contempla, principalmente, aspectos referentes ao letramento digital e a multimodalidade, deixando a desejar em aspectos relacionados ao letramento crítico.

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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HIPERTEXTO: A CONSTITUIÇÃO IDENTITÁRIA NO DISCURSO SOBRE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO. Marilza Nunes de Araújo Nascimento (UFMS)

O texto tem como tema discurso, identidade, tecnologia e educação. A pesquisa objetiva analisar o efeito discursivo sobre tecnologia e educação e problematizar a possível transição identitária do sujeito professor, uma vez que pressupomos a existência de resistência dos docentes à mudança, diante das transformações do conceito de educação provocadas pela revolução tecnológica e pelo processo de globalização. O discurso será analisado de acordo com a posição sujeito em que os envolvidos ocupam como: pesquisador, tutor e professor-cursista. O estudo tem como base teórica os pressupostos da Análise do Discurso da linha francesa, principalmente, nas ideias trazidas por Pecheux e Orlandi para abordarmos a questão do discurso, ideologia e história, e para discutirmos sobre identidade, ancoramo-nos em Hall. O corpus foi formado pelos sujeitos durante os primeiros meses – maio e junho de 2012 - de realização do curso a linguagem em suporte digital: estratégias de hipertextualização, oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. A análise dos fragmentos discursivos possibilitou a percepção de que há a constituição de um novo discurso pelos professores, provocado por uma das “identidades” assumidas pelo sujeito pós-moderno.

DO PORTFÓLIO CONVENCIONAL AO DIGITAL: ANÁLISE DE ESTRATÉGIAS DE HIPERTEXTUALIZAÇÃO. Lilian Joséli Ezequiel do Couto (UEMS)

Este trabalho tem como tema a hipertextualização e aborda a construção de hipertexto digital e suas características. Objetivamos identificar e analisar as condições da textualidade que caracterizam e determinam a natureza do hipertexto. Compreendemos que a aquisição de habilidades e competências para transformar textos impressos em hipertexto digital é fundamental ao sujeito letrado do século XXI. Então o estudo aqui proposto traça reflexões quanto ao processo de construção hipertextual e suas peculiaridades. Embasamos a investigação nos estudos sobre os novos conceitos e princípios da hipertextualidade, principalmente conforme os pressupostos de Jakob Nielsen, ao apresentar as estratégias de Hipertexto e Marcuschi ao discutir suas características, como: não linearidade, votalidade, topografia, fragmentariedade, multissemiose, acessibilidade ilimitada, interatividade, e iteratividade. Serviu como material de análise dez portfólios da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado, construídos em forma de hipertexto na plataforma wikispaces por alunos da Segunda Licenciatura em Informática da

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). A análise dos portfólios revela que os textos apresentam a maioria das características que determinam a hipertextualidade, com exceção à acessibilidade, pois são construídos poucos links externos ao hipertexto.

LETRAMENTO DIGITAL E A FORMAÇÃO DISCURSIVA SOBRE O ENSINO MEDIADO PELA FERRAMENTA LAPTOP. Marislei Sanches Ferreira Martins. (UEMS)

O sentido discursivo sobre o uso do laptop como recurso pedagógico para sujeitos na posição de professor e aluno é o foco desta investigação. Objetivamos apreender, de acordo com a condição de produção do discurso (PECHEUX, 2008), possíveis sentidos convergentes e/ou divergentes no discurso dos sujeitos que fazem parte do projeto Um Computador por Aluno. Para isso, a base teórica utilizada é à Análise do Discurso, tendo como lente teórica Pechêux e Orlandi. A pesquisa se justifica pela necessidade de refletir sobre os efeitos de sentidos discursivos que se constituem na escola com a inserção de laptops em sala de aula. Utilizamos para análises, fragmentos discursivos de documentos que orientam o desenvolvimento do projeto e recortes extraídos do discurso do professor e do aluno, registrado em questionário aberto. A análise dos fragmentos discursivos revela que para o sujeito professor o uso do laptop é importante devido à facilidade de acesso às informações e por possibilitar a inclusão digital. Já para o sujeito aluno o uso do laptop em sala de aula evita cópias de conteúdos curriculares da lousa. Por outro lado, os documentos norteadores da proposta preveem a inclusão digital e a construção de conhecimento mediante o uso do laptop.

GÊNEROS TEXTUAIS MEDIADORES DA APRENDIZAGEM EM EAD

Nesta sessão coordenada, apresentam-se, do ponto de vista de uma teoria de gêneros baseada em autores como Miller (2009) e Swales (2004), quatro diferentes abordagens a ferramentas de ensino-aprendizagem de importância central em cursos de EAD. No primeiro trabalho, Benedito Gomes Bezerra discute a webquest caracterizando-a como gênero do domínio pedagógico que, para sua realização, exige que os alunos eventualmente lidem com outros gêneros antes de chegar ao resultado desejado pelo professor. Em seguida, Renato Lira Pimentel apresenta um estudo dos fascículos digitais usados como suporte para a aprendizagem em EAD, procurando identificar neles os gêneros textuais utilizados bem como avaliar o tratamento pedagógico

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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de que esses gêneros são objeto. O terceiro trabalho, de Ana Paula Oliveira Soares, propõe uma abordagem comparativa a fóruns educacionais em EAD e fóruns de comunidades do Orkut, buscando perceber como se dão as estratégias de interação em cada um deles. Por último, Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo retorna à temática das webquests, avaliando-as do ponto de vista qualitativo, em especial com base na premissa de que webquests devem possibilitar ao aluno a produção do conhecimento, e não apenas a extração e reprodução de informações.

O GÊNERO WEBQUEST E OS GÊNEROS NA WEBQUEST: CARACTERIZAÇÃO E DISCUSSÃO. Benedito Gomes Bezerra (UPE); Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo (UFPE)

A educação a distância utiliza diversos recursos e ferramentas pedagógicas para a viabilização do processo de ensino-aprendizagem, nem todos eles suficientemente conhecidos ou compreendidos pelos seus usuários (alunos, tutores, professores e gestores). Entre esses recursos, a webquest se destaca exercendo o papel fundamental de orientar o trabalho conjunto de estudantes na realização de atividades de pesquisa. Neste trabalho, pressupõe-se que as webquests, ainda que possam assumir diferentes configurações a depender do contexto disciplinar em que se inserem, não podem ser adequadamente compreendidas à parte do conceito de gênero. Diante disso, o objetivo deste trabalho é descrever a webquest como um gênero textual marcado principalmente por sequências injuntivas e descritivas das atividades propostas aos alunos, além de identificar e discutir a rede de gêneros envolvida ou pressuposta pelas instruções do professor. Para o estudo, examinam-se, à luz da concepção de gêneros e redes de gêneros proposta por Swales (2004), 05 propostas de webquests apresentadas em diferentes disciplinas de um curso de letras a distância. Considera-se como adequadamente formulada uma webquest em cujas instruções aos alunos se percebam ou mesmo explicitem os gêneros envolvidos na realização da tarefa e apresentação do produto final ao professor.

WEBQUESTS EM UM CURSOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: ASPECTOS QUALITATIVOS. Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo (UFPE)

Devido a sua natureza de orientação e incentivo à pesquisa, a Webquest foi incorporada a muitos cursos de EaD, e vem se destacando como um recurso relevante no processo de ensino-aprendizagem. Consideramos que sua contribuição para o processo de

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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construção do conhecimento na EaD é significativa, desde que seja bem elaborada. Existe uma grande variedade de Webquests, de forma que é necessário estabelecer diretrizes de qualidade em sua avaliação. Nesse sentido, o presente estudo objetiva investigar como se organizam as Webquests, caracterizando-as como gênero a partir da perspectiva de Miller (2009), bem como oferecer uma avaliação da qualidade desse material. O nosso corpus é constituído por 10 Webquests realizadas em um curso de graduação em Letras a Distância durante o primeiro semestre de 2012. Na análise de cada um dos componentes das Webquests, selecionamos e adaptamos alguns dos critérios utilizados por Bottentuit Junior e Coutinho (2011), considerando as orientações de Dodge (1998) que definem uma Webquest bem estruturada. Entre outros aspectos, observamos que em alguns casos a elaboração da Webquest não permite a transformação, mas apenas a coleta e reprodução de informações pelos estudantes.

GÊNEROS TEXTUAIS EM FASCÍCULOS DIGITAIS DE EAD: APROPRIAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO. Renato Lira Pimentel (UFPE)

Neste trabalho temos o intuito de pesquisar sobre gêneros textuais veiculados nos materiais didáticos estabelecidos no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da Educação à Distância no nível superior, os chamados fascículos. Como objetivos específicos da pesquisa queremos perceber quais os principais gêneros que circulam nesse material, por meio de qual perspectiva são abordados, como é feito o trabalho com esses gêneros, se eles são meramente ilustrativos ou são incorporados ao processo de aprendizagem e se esse uso se relaciona de alguma maneira com o contexto de ensino-aprendizagem estabelecido pela Educação à Distância. Para a realização do estudo, abordamos quatro fascículos digitais de disciplinas relacionadas à área de Linguística do curso de Letras à distância da Universidade de Pernambuco (UPE), nos quais buscamos identificar que gêneros são utilizados em cada fascículo. Como pressupostos teóricos para a pesquisa, seguimos as concepções sobre gêneros textuais de Bazerman (2005), Bezerra (2006) e Marcuschi (2008). De modo geral pudemos constatar que os fascículos trazem uma razoável quantidade de gêneros que, em sua maioria, auxiliam no entendimento dos assuntos abordados nesses materiais.

A INTERAÇÃO EM FÓRUNS DE DISCUSSÃO NA EAD E FÓRUNS DE COMUNIDADES DO ORKUT: UM ESTUDO COMPARATIVO DO GÊNERO. Ana Paula Oliveira Soares (UFPE)

Como se dá a interação e discussão nos fóruns de EAD ou nos fóruns de redes sociais de relacionamentos? O presente trabalho teve como objetivo principal suscitar

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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discussão sobre a utilização do gênero fórum virtual em dois contextos diferentes: o educacional e o de sites de relacionamento. Queríamos saber se nesses espaços há uma participação significativa ou passiva e evidenciar a relevância da interação entre aluno-professor e aluno-aluno nos fóruns de discussão, para que se cumpram os propósitos do fórum. Para tanto comparamos as discussões de seis fóruns relacionados à área de linguística em um curso de Letras a Distância com as discussões de seis fóruns de comunidades do Orkut que tratam de questões relacionadas à linguagem, no intuito de avaliar comparativamente a interação em ambos os contextos. Para embasar teoricamente a pesquisa, baseamo-nos em autores como Miller (2009) com sua noção de gênero; Albert e Migliorança (2008) e seus estudos sobre a EAD; Ledo (2011) com suas considerações sobre o gênero fórum e Bezerra (2011) com suas reflexões sobre as linguagens nos fóruns de EAD. Os resultados revelam que há diferenças no modo de interagir desses fóruns e que nos da EAD os alunos quase não interagem.

A APRENDIZAGEM DE INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL MEDIADA POR TECNOLOGIAS DIGITAIS

No processo de ensino e aprendizagem de uma língua adicional, aprendizes podem se valer das inúmeras possibilidades oferecidas pelas tecnologias digitais, cuja palavra chave é interação e construção coletiva. Muitos estudos têm enfatizado as potencialidades oferecidas pelas tecnologias digitais de informação e comunicação em promover aprendizagem ativa, motivação e desenvolvimento de habilidades linguísticas e cognitivas. Neste contexto, o objetivo desta sessão coordenada é sintetizar resultados de pesquisas recentes envolvendo o uso das TICs no ensino e aprendizagem de inglês como língua adicional e apresentar resultados preliminares de estudos em andamento na Universidade Federal do Rio Grande do Norte sobre o uso de ferramentas digitais - Lousa Interativa, GoogleDocs, VoiceThread e Jogos do tipo Massively Multiplayer Online Role-Playing - considerando aspectos linguísticos, cognitivos e motivacionais desenvolvidos por estas tecnologias. Ainda, pretende-se discutir nesta sessão coordenada as potencialidades e limitações de uma metodologia híbrida voltada ao ensino e aprendizagem de línguas adicionais.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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A ESCRITA COLABORATIVA COM O GOOGLE DOCS NA APRENDIZAGEM DE INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL. Janaina Weissheimer; Diêgo Cesar Leandro (UFRN)

As ferramentas wiki, que se caracterizam pela interação e o intercâmbio de ideias em tempo real, possibilitam que o aprendiz seja, ao mesmo tempo, autor de seu próprio texto e editor das ideias de outros autores. A presente comunicação relata resultados de uma série de estudos conduzidos na Universidade Federal do Rio Grande do Norte com o objetivo de: (a) descrever os processos de interação, a partir da utilização da ferramenta Google Docs, no desenvolvimento da habilidade escrita em língua inglesa; (b) analisar o engajamento cognitivo dos alunos no processo de estruturação e reestruturação de suas narrativas através da ferramenta wiki; e (c) verificar o impacto do uso da ferramenta Google Docs sobre a motivação destes alunos ao lidarem com a construção compartilhada de textos em língua inglesa. Nos estudos de natureza quali-quanti, aprendizes foram expostos a uma experiência de aprendizagem híbrida - a prática de escrita colaborativa do gênero flash fiction em sala de aula integrada à escrita colaborativa de flash fiction por meio online extraclasse. Os resultados destes estudos contribuem para a discussão acerca das ferramentas wiki e suas potencialidades para o ensino-aprendizagem e fornecem subsídios para a capacitação futura de alunos e professores.

O IMPACTO DOS JOGOS DO TIPO MMORPG NA APRENDIZAGEM DE INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL. Wilka Catarina da Silva Soares (UFRN)

Este trabalho visa relatar um estudo em andamento conduzido com o intuito de investigar o impacto dos jogos eletrônicos, mais especificamente dos jogos online de interpretação de personagens para múltiplos jogadores em massa (Massively Multiplayer Online Role-Playing Game – MMORPG) na aprendizagem de inglês como língua adicional. A nossa hipótese é de que nestes jogos os aprendizes têm a oportunidade de aprimorar vocabulário e sintaxe dentro de um contexto real, onde eles podem praticar suas habilidades linguísticas na língua adicional. Para testá-la, realizamos um estudo experimental com alunos de uma mesma turma de nível básico de língua inglesa. Um grupo participou de sessões monitoradas com o MMORPG Allods Online, e o outro apenas assistiu a aulas regulares. Foi aplicado um pré e um pós-teste seguindo o modelo do Key Elementary Test da Universidade de Cambridge e um questionário sobre os hábitos de aprendizagem da língua com o intuito de eliminar variáveis. Os resultados da fase piloto indicam que os aprendizes que jogam MMORPG em inglês há mais tempo (em média 5 anos), obtiveram uma média

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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geral no pré-teste aproximadamente duas vezes maior do que a do grupo controle. Semelhantemente, os resultados preliminares do experimento em si apontam para uma vantagem linguística dos gamers em relação aos non-gamers nos scores do pós-teste em relação ao pré-teste.

OS EFEITOS MOTIVACIONAIS DA LOUSA INTERATIVA NA APRENDIZAGEM DE INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL. Samara Freitas Oliveira (UFRN)

A lousa digital interativa configura-se como uma ferramenta cada vez mais presente nas escolas, logo é pertinente que investiguemos os seus impactos e potencialidades nesses contextos, bem como a maneira como os sujeitos são afetados por ela. O presente trabalho objetiva relatar um estudo conduzido sobre a motivação ocasionada pela presença da lousa interativa no processo de aprendizagem de inglês como língua adicional. Para tanto, ancora-se nas concepções sobre o papel do aluno como “protagonista” do processo educativo (FREIRE, 1996) e a interação (ORR, 2008) deste com o aparato tecnológico em destaque. Os dados foram coletados por meio de questionários semi-estruturados aplicados com 21 alunos de um instituto de idiomas (de nove a onze anos) e também através de observações de aulas com e sem a lousa interativa. Os resultados sinalizaram que há motivação no momento da utilização dessa ferramenta em sala de aula, sobretudo quando os alunos têm a oportunidade de manuseio e interação. Ademais, apontaram para um impacto significativo da motivação na realização de atividades de naturezas diversas, em especial, as que possuíam um cunho lúdico.

A PRODUÇÃO ORAL EM INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL E A FERRAMENTA VOICETHREAD: UMA ABORDAGEM HÍBRIDA. Lorena Azevedo de Sousa (UFRN)

O VoiceThread é uma ferramenta de colaboração assíncrona que permite a criação de apresentações orais com auxílio de imagens, textos e voz, permitindo que grupos de pessoas naveguem e contribuam com comentários através de várias maneiras: utilizando a voz (com microfone ou telefone), texto e arquivo de áudio ou vídeo (webcam). As apresentações podem ser gravadas e regravadas várias vezes, permitindo ao aprendiz se ouvir, perceber as lacunas em sua produção oral (noticing) e editar suas produções inúmeras vezes antes de publicá-las online. Pesquisas mostram que essa revisão constante e sistemática pode influenciar positivamente a habilidade oral dos aprendizes, em termos de precisão gramatical e fluência, por exemplo. Por isso, a presente pesquisa tem como objetivos identificar de que forma a prática sistemática

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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com a ferramenta VoiceThread, em uma abordagem híbrida, influencia a habilidade de noticing dos aprendizes da língua inglesa e o desenvolvimento de sua habilidade oral (acurácia gramatical, complexidade e fluência); e como os alunos reagem ao participar desse processo.

O PROFESSOR DE LÍNGUAS E O AMBIENTE DIGITAL: O PAPEL DA REFLEXÃO E DA PRÁTICA NA BUSCA POR UMA APRENDIZAGEM MAIS

SIGNIFICATIVA

Esta sessão coordenada tem como proposta discutir em que medida o uso criterioso e planejado das novas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) possibilita sua aplicação pedagógica no ensino-aprendizagem de línguas (português e inglês). As experiências e pesquisas aqui apresentadas revelam que o computador, a internet e as redes sociais configuram como práticas sociais reais, em que pessoas reais atuam virtualmente no mundo. Tais espaços e práticas estão presentes na vida dos jovens, estimulando-os a usos situados de leitura e escrita. Nesse contexto, as novas tecnologias configuram-se como ferramentas metodológicas para a promoção e ampliação dos letramentos, do desenvolvimento de práticas de leitura, de escrita e de interação que juntos favorecem um processo de aprendizagem mais significativo, uma vez que parte de experiências cada vez mais presentes na vida cotidiana de crianças e jovens. Nesta sessão, buscamos, por fim, repensar como essas tecnologias podem ser apropriadas para a atuação docente no ensino de línguas nos níveis da educação básica e educação profissional e tecnológica.

JOGOS DIGITAIS ONLINE: AMPLIANDO O(S) LETRAMENTO(S) NA SALA DE AULA. Andréa Lourdes Ribeiro (UFMG)

O presente trabalho tem como proposta a reflexão sobre como os jogos digitais disponíveis gratuitamente na internet podem ser usados em sala de aula para promover e ampliar o(s) letramento(s). A necessidade de inserir na escola novos suportes e contextos de uso da linguagem norteou a escolha dos jogos digitais online como objeto de aprendizagem pelo caráter lúdico, divertido e interessante que eles possuem; bem como pelo fato de mobilizarem dos jogadores conhecimentos específicos de leitura em ambiente digital. A metodologia desse estudo baseou-se na observação participante e em entrevistas com jogadores durante a execução de jogos

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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em português disponíveis no Facebook. O acompanhamento dos jogadores em ação tomou como parâmetro: as novas práticas de leitura e de escrita na cibercultura (SOARES, 2002; COSCARELLI & Novais, 2010); as reflexões sobre o letramento digital (LÉVY, 1999; STREET, 2011); bem como as considerações sobre aprendizagem e jogos digitais (VYGOTSKY, 1984; GEE, 2004, 2007; PRENSKY, 2006; JONES, 2004). Com esse trabalho, verificamos que os jogos digitais online contribuíram para o aprimoramento de habilidades de leitura como processo dinâmico, aberto, auto-organizado e não linear, exercitadas em contexto real de uso.

COLABORAÇÃO, REFLEXÃO E AÇÃO: A FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DE INGLÊS DA ESCOLA PÚBLICA NO AMBIENTE DIGITAL. Jesiel Soares Silva (UFMG)

Este trabalho discute os resultados de uma pesquisa colaborativa desenvolvida com o grupo P.L.A.T.A.FORMA (Professores de Língua: Autonomia, Tecnologia, Ação e Formação), composto por professores das redes municipal e estadual de Goiânia, Goiás. Como mediador do grupo, propus a apresentação, discussão e aplicação de algumas ferramentas virtuais, dispostas gratuitamente na web, na prática de ensino de inglês. O propósito maior foi compreender de que maneira a colaboração entre os professores participantes, por intermédio da reflexão e da ação, pode ser uma alternativa de atuação docente menos individual e mais significativa no ensino de inglês mediado por computador. Como arcabouço teórico acerca da formação de professores reflexivos, discutimos os construtos de Schön (1983) e os desdobramentos de sua teoria por Zeichner (2003) e Zeichner e Liston (1996). Nos últimos anos, vários autores têm discutido os alcances da pesquisa colaborativa (HARRY, 2007; LASSONDE e ISRAEL, 2010) e, baseados nesses princípios, acreditamos que a pesquisa colaborativa pode ser uma importante aliada na formação contínua dos professores. Os resultados apontam que a colaboração foi um fator decisivo no processo reflexivo dos professores, pois compartilhando avanços, angústias, e entraves entre si, eles se sentiram mais seguros e amparados diante da prática.

AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA. José Ribamar Lopes Batista Júnior (UFPI)

Neste trabalho, relatamos experiências no Ensino Médio Profissionalizante do Colégio Agrícola de Floriano/UFPI, em que utilizamos as novas tecnologias como recurso didático-pedagógico visando o desenvolvimento de práticas de leitura e

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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escrita emancipatórias que permeiam os espaços virtuais. As atividades envolviam o debate e a criação de blogs e perfis nas redes sociais onde os trabalhos eram publicados. Em 2010, discutimos drogas, violência doméstica, eleições, Enem entre outros temas. Em 2011, abordamos a reciclagem e a preservação ambiental. Em 2011 e 2012, trabalhamos com produtos culturais (CD, DVD, filme e livro). A metodologia adotada nos três projetos compreendeu leituras; produção, correção e reescritura de diferentes gêneros textuais como e-mail, roteiro, sinopse, ficha técnica, resenha, propaganda, relatório, entre outros, além da avaliação (oral e escrita) dos projetos. Os resultados demonstraram o início de uma formação identitária dos alunos como leitores eficientes. Além disso, o uso das novas tecnologias e das redes sociais facilitou o ensino, possibilitando aprendizagens significativas, a partir de experiências vivenciadas em ambientes cada vez mais utilizados pelos jovens, no âmbito da informática e da Internet.

AS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA: REPENSANDO A PRÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA PÚBLICA. Wallace Moura da Costa (UEPB)

Este trabalho relata experiências no ensino da língua inglesa mediada pelas tecnologias em uma escola municipal de Tangará/RN. As mudanças iminentes causadas pelo vertiginoso crescimento do acesso ao uso das tecnologias têm instigado a educação brasileira em preparar a geração de nativos digitais em cidadãos capazes. Além disso, o domínio da língua inglesa torna-se imprescindível para estar inserido na era da informação e comunicação. O método de ensino tradicional do inglês, por meio apenas da gramática e tradução, tem sido bastante desmotivador para os alunos e ineficaz na aprendizagem. Diante disso, foi realizada uma proposta metodológica voltada para o ensino de inglês no laboratório de informática da escola. A partir de 2011, os conteúdos integrando todas as habilidades comunicativas da língua inglesa foram retirados da internet e abordados com a utilização do projetor. Os alunos utilizavam um ambiente virtual de aprendizagem específico como suporte para revisar e praticar os conteúdos de forma mais interativa e dinâmica. Os resultados positivos comprovaram que houve uma mudança significativa na motivação, principalmente, no interesse e participação ativa das aulas. O uso adequado e planejado das tecnologias pode oferecer imensas possibilidades e transformações no ensino-aprendizagem do inglês em todas as modalidades de ensino.

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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FORMAÇÃO DOCENTE E USOS DAS TIC NA PRÁTICA PEDAGÓGICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

As tecnologias da informação e comunicação desafiam constantemente professores e alunos que precisam reinventar novos caminhos para os processos de ensino-aprendizagem. Na sociedade tecnológica, os professores precisam construir novas competências e inserir as TIC na organização do trabalho pedagógico. Quando pensamos nas competências requeridas ao professor nos deparamos com questões sobre formação inicial e continuada do docente. Na formação inicial, os cursos de licenciatura ainda precisam ampliar ações para as práticas de letramento digital dos docentes, no sentido de estes se perceberem não apenas como usuários das tecnologias, mas, sobretudo, como produtores de conhecimentos mediados pelas inovações tecnológicas. O principal objetivo desta sessão é discutir o papel da formação docente, no que diz respeito à construção de competências para usos das TIC na prática pedagógica. Para isto, os trabalhos cotejarão a temática a partir de três enfoques: desafios colocados para formação docente em razão das práticas de letramento de professores em formação; o debate sobre inovação e mudança na prática docente nos estudos sobre formação; e as diretrizes propostas para a formação inicial em relação à construção das competências ligadas ao uso das TIC no exercício da prática docente.

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E INSERÇÃO DAS TIC NA EDUCAÇÃO. Carmi Ferraz Santos (UFRPE)

Para enfrentar o desafio da integração das TIC na escola diferentes países têm elaborado propostas educativas que preveem tanto as competências a serem construídas pelos alunos quanto às requeridas ao professor com relação ao domínio das TIC no exercício profissional. No início da implantação destas tecnologias na escola, dada a emergência da capacitação de professores, a opção foi a formação em serviço. Mas hoje, como tem sido pensada a formação inicial dos futuros docentes com relação ao uso das TIC na sala de aula? Por meio de uma pesquisa documental e análise comparada de três diferentes países, este trabalho procura discutir que diretrizes têm sido propostas em relação ao papel da formação inicial no que diz respeito à construção das competências ligadas ao uso das TIC no exercício da docência. A análise dos dados nos mostra que, enquanto na França e no Canadá as

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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políticas públicas de inserção das TIC na educação estão ancoradas em orientações oficiais que expressam claramente o lugar e papel da formação do professor neste processo, no Brasil a formação tem assumido uma feição de mera “atualização” e treinamento e não há sequer clareza em relação ao papel e lugar das TIC na escola.

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL: DESAFIOS PARA FORMAÇÃO DOCENTE. Ivanda Maria Martins Silva (UFRPE)

No Brasil, a educação a distância (EAD) surge como estratégia para democratizar a educação superior, além de buscar atender a uma demanda na formação docente. Intensifica-se a oferta de cursos de licenciatura, por meio de Programas como UAB e PARFOR. Pretende-se analisar o perfil de letramento digital de professores em um curso de Licenciatura da UAB/UFRPE. Compreende-se letramento digital como exercício das práticas sociais de leitura/escrita em ambientes virtuais, mediante o potencial de interatividade da web 2.0 (LIMA e ARAÚJO, 2011). Várias abordagens apresentam discussões sobre esse tema (COSCARELLI, 2005; SOARES, 2002; BUZATO, 2007, ROJO, 2007). A pesquisa é de natureza qualitativa e prioriza a formação docente inicial que pode trazer contribuições significativas para que os professores ampliem suas práticas de letramento digital e consigam refletir sobre usos das TIC na prática pedagógica. O público alvo é formado por professores com vasta experiência profissional na educação básica, os quais buscam qualificação por meio da primeira licenciatura na EAD. Percebeu-se a condição dos professores como “imigrantes digitais” (PRENSKY, 2001), os quais precisam conquistar maior autonomia na manipulação de ferramentas básicas, como mecanismos de busca na internet, domínio do editor de textos e de ferramentas de apresentação.

INOVAÇÕES E MUDANÇAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES SOB O IMPACTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS. Maria Lúcia Ferreira de Figueirêdo Barbosa (UFPE)

O estudo busca conhecer a contribuição do GT 8 – Formação de Professores –, da Associação Nacional de Pós-Graduações e Pesquisa em Educação (ANPED) para o debate sobre inovação e mudança na prática docente sob o impacto das novas tecnologias na educação. Considerando o GT mencionado como um dos mais importantes fóruns de discussão sobre formação de professores, averiguar sua produção pode nos ajudar a perceber como os estudos sobre formação de professores têm contemplado a discussão sobre a relação entre formação docente e inserção de novas tecnologias na escola (FARIAS, 2006; MERCADO, 2008; SANTOS, 2009).

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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Para alcançarmos o objetivo proposto, desenvolvemos uma pesquisa denominada “estado do conhecimento” (FERREIRA, 2002, p. 257). Os dados foram coletados no Portal da Anped, com foco nas produções do GT 8 (2000 a 2010). A amostra contemplou a modalidade ‘Trabalhos”, com ênfase para estudos com conclusões parciais ou finais. Os dados foram analisados com base em Bardin (1997) e os resultados mostram que o impacto das novas tecnologias sobre a formação de professores, no período investigado, é tímida se considerarmos o acento que é dado a este tema ao se vislumbrar o futuro da educação no século XXI.

ESPAÇOS COLABORATIVOS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E DE APRENDIZAGEM

A presente sessão de comunicação coordenada visa a discutir os novos espaços colaborativos e de produção de conhecimento e de aprendizagem, tais como ambientes colaborativos de aprendizagem, ferramentas colaborativas de edição de vídeo e textos e livros interativos digitais. O principal objetivo da sessão é avaliar o potencial de aprendizagem colaborativa tanto do professor como dos alunos propiciado por essas ferramentas e o tipo de uso que delas se pode fazer, potencializando os multiletramentos. A sessão inclui quatro trabalhos, quais sejam: 1) “Interatividade e tecnologia: Multiletramentos e materiais didáticos digitais aplicados ao ensino de línguas na escola” - Eliane Azzari e Gabriel Lopes (UNICAMP); 2) “Ambientes Colaborativos de Aprendizagem: Interatividade e propiciações” – Adolfo Tanzi e Ana Amélia Calazans (UNICAMP); 3) Projetos MultiEditores em Narrativa transmidiaticas: da cultura do consumo a cultura participativa nas redes sociais de fãs” – Eduardo Moura (UNICAMP) e 4) “Livro didático digital interativo – protótipos de ensino” – Roxane Rojo (UNICAMP).

LIVRO DIDÁTICO DIGITAL INTERATIVO - PROTÓTIPOS DE ENSINO. Roxane Helena Rodrigues Rojo (UNICAMP)

Os livros e materiais didáticos impressos apresentam consideráveis limitações para a abordagem dos (hiper)textos contemporâneos, dos novos gêneros digitais e para a constituição dos novos multiletramentos. O livro digital interativo, por suas características hipermidiáticas, veio contribuir para a superação dessas limitações. Esta comunicação analisará as propriedades deste objeto que lhe permitem essa superação e suas possibilidades de uso como REA (Recurso Educacional Aberto) ou para protótipos de ensino.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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AMBIENTES COLABORATIVOS DE APRENDIZAGEM: INTERATIVIDADE E PROPICIAÇÕES. Ana Amélia Calazans da Rosa; Adolfo Tanzi Neto (UNICAMP)

A web 2.0 nos traz novos modos de compreender e agir num mundo em que o tempo e o espaço não são fixos, os poderes estão distribuídos e a inteligência e autoria são coletivas e colaborativas. Pensando em educação online, queremos discutir de que modo podemos pensar em Ambientes Colaborativos de Aprendizagem que não sejam simplesmente a reprodução de práticas convencionais de um ambiente escolar tradicional no ambiente digital. Sendo assim, almejamos refletir sobre questões de tempo/espaço, trajetórias, propiciações, práticas letradas colaborativas e multimidiáticas. Para tanto, os conceitos de cronotopia, remidiação, e novos letramentos parecem apontar alguns caminhos possíveis.

INTERATIVIDADE E TECNOLOGIA: MULTILETRAMENTOS E MATERIAIS DIDÁTICOS DIGITAIS APLICADOS AO ENSINO DE LÍNGUAS NA ESCOLA. Eliane Fernandes Azzari; Jezreel Gabriel Lopes (UNICAMP)

A introdução da tecnologia e dos materiais didáticos digitais em sala de aula marca a inclusão definitiva e necessária da escola no contexto tecnológico intrínseco à sociedade contemporânea, na qual a informação se propaga de forma rápida, interativa e por meio de elementos multimodais. Tendo isso por fundamento, este estudo relata uma experiência com duas SDs desenvolvidas para a utilização do livro didático digital em aulas de português e inglês. Analisamos a interação de alunos do ensino médio com o material apresentado e suas reflexões a cerca da utilização dessa nova tecnologia de ensinar e aprender línguas.

PROJETOS MULTIEDITORES EM NARRATIVA TRANSMIDIATICAS: DA CULTURA DO CONSUMO A CULTURA PARTICIPATIVA NAS REDES SOCIAIS DE FÃS. Eduardo de Moura Almeida (UNICAMP-IEL)

Visando observar como se dá a interatividade e participação em praticas de con-sumo de mídia de massa nas culturas juvenis por meio de novas construções nar-rativas transmidiaticas, será apresentada uma análise referente as ferramentas de edição de video colaborativos, particularmente, empregadas em MEPs (multi editor project); projeto multieditores destinados a produção de gêneros multimodais de-nominado vids.

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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QUESTÕES SOBRE DISCURSO, GÊNEROS E ENSINO EM EAD

Os cursos de graduação à distância têm sido objeto de estudos sob variadas perspectivas, dada a sua presença crescente no contexto educacional brasileiro. Nesta sessão, apresentamos quatro estudos que se debruçam sobre aspectos relevantes para o ensino-aprendizagem em EAD. No primeiro trabalho, Benedito Bezerra discute os conjuntos e sistemas de gêneros que orientam a participação dos alunos no curso superior à distância, refletindo ainda sobre o papel desses gêneros para o letramento acadêmico dos estudantes. Já o trabalho de Angela Lima propõe considerar a relação entre avaliação e aprendizagem colaborativa a partir da participação dos alunos em fóruns de discussão. No terceiro trabalho, Niege Guedes problematiza a formação do professor para a atuação em EAD, questionando se o docente se considera apto a desempenhar a função. Finalizando a sessão, Sonia Virginia Pereira analisa como alunos recorrem às palavras de outros em suas enunciações com a finalidade de constituir seu próprio discurso. Os quatro trabalhos procuram contribuir, com base em diferentes abordagens teóricas, para uma compreensão mais clara dos aspectos discursivos, dos agrupamentos de gêneros e dos processos avaliativos envolvidos em EAD, bem como para uma discussão sobre a formação do professor para atuar nessa modalidade de ensino.

CONJUNTOS E SISTEMAS DE GÊNEROS DOS ESTUDANTES EM EAD. Benedito Gomes Bezerra (UPE)

No âmbito de uma teoria de gêneros como ação social (MILLER, 2009) e como fenômeno de reconhecimento psicossocial (BAZERMAN, 2005), admite-se que os gêneros textuais desempenham um papel fundamental em organizar a vida das pessoas em sua relação com as instituições. Neste trabalho, objetivamos caracterizar e discutir preliminarmente, do ponto de vista dos Estudos Retóricos de Gêneros e dos Novos Estudos de Letramentos, os conjuntos e sistemas de gêneros com os quais os estudantes de graduação estão envolvidos em um curso de graduação na modalidade à distância. Para o estudo, observamos os gêneros com os quais os estudantes lidam receptiva e produtivamente em 04 disciplinas aleatoriamente selecionadas em um curso de letras à distância, analisando-os do ponto de vista de seu enquadramento em diferentes conjuntos e/ou sistemas de gêneros, além de discutir seu lugar no processo de letramento acadêmico dos alunos. Em um primeiro olhar, percebe-se

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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que os estudantes, ao longo de sua vida acadêmica, de fato se deparam com uma diversidade de gêneros textuais, acadêmicos ou não, que os ajudam a realizar as ações requeridas pelo sistema de atividades que sustenta o curso de graduação no plano institucional.

A AVALIAÇÃO COMO IMPULSIONADORA DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA. Angela Valéria Alves de Lima (UFRPE-UAG; UFPE)

Focalizando a relação entre a atividade avaliativa e o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa na Educação a Distância, este trabalho busca mostrar como a construção do conhecimento pode ser enriquecida pela contribuição que os alunos realizam, mutuamente, sobre suas participações em fóruns virtuais. Para isso, partimos do pressuposto de que a avaliação é um momento de negociação e construção, não devendo ser realizada apenas pelo professor, mas em cooperação com os alunos e outros intervenientes, com a utilização de diversas estratégias avaliativas (FERNANDES, 2005). Tal avaliação deve ser o ponto de partida para a reconstrução do discurso dos estudantes que, por meio do discurso de outrem, podem perceber que conhecimentos exigem revisão e avanço. Para isso, analisamos quatro fóruns de uma mesma disciplina no Curso de Letras a Distância da UPE, no primeiro semestre de 2012, observando os textos produzidos pelos estudantes e sua postura após as observações não só do professor, mas também de colegas de curso. Os dados preliminares mostram que os comentários e indagações dos estudantes a respeito dos textos de seus colegas levam-nos a rever a própria escrita, preocupando-se em ampliar e aprofundar seus conhecimentos sobre a temática em foco.

TECNOLOGIA E ENSINO DE LÍNGUA: FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EAD. Niege da Rocha Guedes (UFRPE/UAG)

Como peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem, o professor de EAD precisa, além de dominar o conteúdo da disciplina que acompanha, ser formado tanto no aspecto computacional, de domínio do computador, quanto no aspecto da integração dessa ferramenta nas atividades curriculares. O computador, nesse caso, deve ser utilizado como mediador, auxiliando o processo de construção do conhecimento, de produção e de compreensão dos textos; não deve apenas transmitir o conteúdo para o aluno, reproduzindo o método tradicional de ensino (VALENTE, 2002). Por essa razão, neste trabalho, pretendo refletir sobre a formação do professor de EAD para a utilização do computador como ferramenta no ensino, observando se

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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ele se considera apto para utilizá-lo adequadamente. Para isso, pretendo entrevistar 10 professores de EAD da UPE de Garanhuns. A pesquisa será qualitativa. O professor de EAD deve estar apto para estimular a aprendizagem, sendo capaz de fazer a transição entre a situação real de sala de aula para o ambiente virtual. Para que isso ocorra, faz-se necessário o suporte de uma equipe que forneça os conhecimentos necessários para o professor ser mais efetivo nesse papel.

O DISCURSO-OUTRO CONSTITUINDO O DISCURSO-EU NA INSTÂNCIA DA EAD. Sônia Virginia Martins Pereira (UFPE)

Nas inesgotáveis retomadas empreendidas sobre a perspectiva dialógica de Bakhtin (1997[1929]; 2000[1979]), ressalta-se a ideia de que para o teórico a interação social promove a configuração do enunciado, entendido este como material linguístico e ‘evento’ enunciativo. Diante disso, uma abordagem sobre o enunciado, ou sobre a enunciação, que eleva a matéria linguística à condição de enunciado, requer a tomada da interação verbal conjugada ao contexto em que se efetiva e às relações intertextuais que a alimentam. Neste estudo investigamos o recurso às palavras de outrem em enunciações de alunos de graduação em Letras à Distância, em suas produções acadêmicas abrigadas em ferramentas da EaD. Com base nas teses bakhtinianas sobre o discurso citado, analisamos formas e funções atribuídas pelos alunos às palavras de outros nas peculiaridades do tempo-espaço virtual, procurando delinear as posições identitárias assumidas e atribuídas aos enunciadores na interação, como também, identificar recorrências do recurso ao discurso-outro para elucidar os processos de constituição de uma escrita autônoma pelos graduandos. Verificamos indícios significativos de que os graduandos recorrem, em geral, ao discurso citado na sua forma direta sem ressignificá-lo na construção de seu discurso, indiferentes ao que o ambiente virtual dispõe para o dinamismo da interação verbal.

LABORATÓRIO DE ESPANHOL VIRTUAL: PESQUISA, LETRAMENTO, ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA E TECNOLOGIAS

DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O Laboratório de Espanhol Virtual - LabEV conjuga pesquisas, ensino e atividades de extensão relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem de espanhol como língua estrangeira (ELE) e sua relação com as tecnologias da informação e comunicação (TICs). Seu foco principal relaciona-se aos processos de compreensão leitora e letramento na era digital (Cassany;

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Soto et al.; Coscarelli & Ribeiro.) Os quatro trabalhos que compõem esta mesa foram/são desenvolvidos por membros do laboratório e, como tal, discutem questões sobre o ensino de espanhol no Rio de Janeiro com a mediação de computadores, internet e outros recursos tecnológicos atuais. A leitura é outro aspecto que os une, desde uma perspectiva multidirecional e interativa (Vergnano-Junger), como habilidade cognitiva, prerrequisito e fonte de insumos para a produção e a ampliação de conhecimentos na língua estudada. Esses estudos discutem aspectos positivos e limitações da inserção das TICs no ensino de ELE, valorizando a atuação dos sujeitos do processo e reconhecendo que tais tecnologias são algo novo, cujo uso está em construção. Suas metodologias, de base qualitativa, envolvem estudos documentais e de observação de sujeitos no uso das TICs.

COMPREENSÃO LEITORA EM MEIO VIRTUAL: UMA ATIVIDADE DE PESQUISA PARA DESCREVER SUAS CARACTERÍSTICAS E AVALIAR SUA RELEVÂNCIA NA INTERAÇÃO NA REDE. Cristina de Souza Vergnano-Junger (UERJ)

No âmbito do projeto “Interleituras: interação e compreensão em língua estrangeira mediadas por computador”, vimos discutindo como a leitura se caracteriza como um prerrequisito aos processos de interação nos contextos virtuais. Embora isso poucas vezes seja explicitado, a maioria das atividades na internet e no computador de modo geral dependem da leitura: de textos, de imagens, de sons e vídeos (Oliveira & Vergnano-Junger). A partir das estratégias clássicas descritas para o processo leitor em meio impresso (Colomer. Kleiman.) e das características dos hipertextos digitais (Coscarelli & Ribeiro. Marcuschi. Soto et all. Cassany.), elaboramos uma atividade leitora on-line, por meio da qual propomos observar procedimentos, dificuldades e soluções dos sujeitos leitores informantes. Com base nessas observações qualitativas, refletimos sobre possíveis perfis de leitura e mudanças no processo no novo suporte virtual. Nesta comunicação, apresentamos o instrumento de coleta de dados (atividade de leitura em um blog), discutindo seus pressupostos teóricos e aspectos práticos da sua aplicação, exemplificando seu uso com algumas conclusões preliminares de uma pesquisa ainda em execução.

A LEITURA NO M-LEARNING: LINEAR OU HIPERTEXTUAL? Rita de Cássia Rodrigues Oliveira (UFRJ)

O mobile learning ou m-learning consiste na utilização de dispositivos móveis e sem fio para o ensino-aprendizagem. Essa atividade tem atraído cada vez mais

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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usuários e as operadoras oferecem pacotes de serviços que contém basicamente: recebimento de mensagens de texto curtas (SMS) diariamente, sempre no mesmo horário; possibilidade de tirar dúvidas e ter os exercícios corrigidos independente de lugar e tempo; custo baixo. Reportagens e publicidades dão conta do sucesso dessas novas práticas de ensino-aprendizagem. No entanto, pesquisadores empenhados em entender de modo crítico o uso das tecnologias problematizam os resultados dessa aprendizagem, bem como os processos de ensino que se dão por meio de TDEs (Tecnologias Digitais Emergentes). SCHLEMMER (2007) questiona se é possível aprender com mobilidade ou se o m-learning pode ficar restrito ao nível meramente informacional. Sendo vinculada ao LabEV (Laboratório de Espanhol Virtual da UERJ), esta investigação parte das problematizações citadas e das estratégias descritas para o processo leitor em meios impressos e digitais para discutir aspectos relacionados à leitura de textos verbais, imagéticos e sonoros em um curso de espanhol via TDEs (celular), escolhido aleatoriamente. Nos valemos principalmente da teoria dos autores LÉVY, CRYSTAL, SOTO, SCHLEMMER e VERGNANO-JUNGER.

O USO DE VÍDEO EM REDE: PALESTRAS VIRTUAIS EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM. Viviane da Silva Santos (UERJ)

A evolução das tecnologias da informação e comunicação (TIC’s), ampliou as possibilidades de trabalho docente. Com o advento da internet, vídeos passam a ser mais divulgados e utilizados, devido à mobilidade no espaço e tempo e à facilidade em repeti-los, retrocedê-los, etc. Este recurso tecnológico torna-se recorrente entre professores, como estratégia de ensino/aprendizagem(Limas). Ele pode ser utilizado tanto na modalidade on-line quanto off-line, com distintos resultados, demandando cuidados do professor no planejamento e execução da atividade. Quando o vídeo encontra-se em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA), há a possibilidade de integração com outros recursos, síncronos e assíncronos, aumentando o potencial interativo da atividade. Ao utilizar-se deste recurso como estratégia, faz-se necessário ter conhecimento sobre as características do gênero (Bakhtin), e pensar no público a que se destina, de forma a atender os seus objetivos pedagógicos. A partir do exposto, pretende-se apresentar, por meio de um relato de experiência com o uso de vídeos no projeto LabEV, quais prerrogativas estão implicadas no seu uso como palestras virtuais em um AVA e quais estratégias e recursos podem ser utilizadas para que este uso alcance um cunho interativo em rede (Levy. Moran.).

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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MONITORIA VIRTUAL: ATIVIDADE DE APOIO E PRÁTICA FOMENTADORA DE NOVAS APRENDIZAGENS. Tânia Pereira da Luz (CEFET-RJ; UERJ; SME-RIO)

A Monitoria Virtual insere-se nas atividades do Laboratório de Espanhol Virtual (LabEV) da UERJ, o qual conjuga pesquisas e outras iniciativas relacionadas ao ensino-aprendizagem de espanhol e tecnologias da informação e comunicação. O trabalho da monitoria visa a apoiar o graduando de Letras Português-Espanhol, direcionando-se, prioritariamente, aos alunos do 3° e 4° períodos, fim da etapa de aprendizagens básicas e início do que seria o espanhol profissional. Complementa as atividades de sala de aula, oferecendo auxílio a dúvidas, condições assíncronas de aprendizagem, compartilhando conteúdos para o ensino de língua espanhola e tornando-se um veículo de ensino mediado por computador. Objetiva contribuir de forma significativa para o processo de ensino-aprendizagem do espanhol como língua estrangeira, além de conscientizar os alunos a melhor aproveitarem espaços de apoio aos estudos e a se permitirem conhecer novas metodologias de ensino e aprendizagem. Nesta comunicação, exemplificamos o trabalho realizado em 2011, discutindo suas dificuldades, como as advindas de limitações no letramento digital (Vergnano-Junger. Cassany.), seus ganhos e contribuições para a interação mediada pela rede. Destacamos que seu caráter inovador depende da revisão das práticas pedagógicas como um todo e não só dos recursos utilizados (Soto et al.).

ELIMINANDO A DISTÂNCIA DO ENSINO A DISTÂNCIA: PRESENÇA NA INTERAÇÃO PROFESSOR/ALUNOS EM AVAS

Tecnologias de informação e comunicação digitais -TIDs - mudaram o paradigma da educação para a autonomia do aprendiz. Consequentemente, abordagens e objetos de ensino têm que se reinventar, sob pena de obsolescência e exclusão da convergência total das novas mídias e do interesse de novas gerações de alunos nativos/migrantes digitais. Importa não só substituir metodologias e materiais tradicionais por novas tecnologias, mas mudar o paradigma para aprendizagem compartilhada em comunidades de aprendizagem, eliminando a distância do ensino a distância, promovendo maior presença do professor nas interações e atividades didáticas em AVAs. Nesses contextos, é imperativo descrever, entender e explicar novos padrões de interação na cibercultura. Esta sessão coordenada, com pesquisas da interação professor/alunos em AVAs, na vertente teórica interdisciplinar da sociolinguística interacional, descreve

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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enquadres, alinhamentos, esquemas, expectativas, estrutura de participação, bem como estratégias de interação na comunicação institucional e o papel da qualidade da interação como fatores positivos de presença, motivação, retenção, inclusão, senso de pertença à comunidade de aprendizagem, ou causas de isolamento e consequente evasão dos alunos.Temas como presença, mudança cultural, integração, acolhimento, motivação, conflitos, mal-entendidos, parceria, trabalho de equipe e comunidade de aprendizagem serão abordados, com sugestões de aplicação/implicações para treinamento, formação profissional e divulgação científica.

TRANSFORMANDO A AMBIENTAÇÃO EM AVA EM CONTEXTOS PARA O ACOLHIMENTO: O RE-ENQUADRE DA TAREFA PEDAGÓGICA. José Carlos Gonçalves; Giselle Cazetta (Exército Brasileiro)

A ambientação é um processo cada vez mais empregado em ead, pelo seu triplo papel de familiarização dos professores e alunos com a operacionalização do AVA, integração dos participantes, e fornecimento de dados para um diagnóstico da interação no restante do curso. É preciso, porém, fugir da armadilha da tecnologização do discurso. A interação é mutuamente constituída por e constitutiva para os participantes, que são contextos uns para os outros no jogo conversacional. Para ser eficiente (=operacional) e eficaz (=produzir resultados), a interação tem que ser genuína, sincera, relevante e oportuna em um processo permanente do início ao final do curso. Em uma perspectiva sociolinguística interacional, este artigo investiga a natureza da interação em comunidades de aprendizagem em AVA, suas categorias descritivas e suas funções na ambientação e acolhimento dos alunos. Com base no discurso dos interagentes em diferentes contextos de AVA, analisam-se os enquadres, os alinhamentos, as estruturas de expectativas e de participação dos interagentes e as pistas de contextualização que sinalizam o significado das mensagens para os participantes. A análise dos dados evidencia que a qualidade da interação na ambientação é fundamental para o re-enquadre da ambientação como acolhimento e é preditiva do êxito ou fracasso da tarefa pedagógica.

MAL ENTENDIDOS E IMPOLIDEZ NAS INTERAÇÕES OCORRIDAS NOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZADO. Jamille Antas Padilha (UFF)

Os estudiosos da EaD apontam que a interação é o elemento-chave no aprendizado, na retenção e nas percepções gerais do aluno em relação à eficácia. Para tanto,

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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propomo-nos a ampliar a discussão acerca da interação tratando-a sob um viés linguístico. Amparamo-nos na Sociolinguística Interacional, na Pragmática e Análise da Conversa Etnometodológica para buscar como os mal-entendidos e a impolidez ocorrem. Selecionamos como corpus as das interações realizadas entre tutores e alunos no curso de Português Instrumental, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em 2011, oferecido aos servidores e alunos da instituição. Os objetivos traçados para este trabalho caracterizam-se em: (a) dar visibilidade às interações ocorridas nos Ambientes Virtuais de Aprendizado; (b) observar se a ausência física, a assincronia nas respostas e o tamanho do texto são motivadores de mal entendidos; (c) analisar se nestas interações os conceitos pragmáticos são utilizados pelos interactantes; (d) verificar se são partilhados pelos tutores e alunos os esquemas de conhecimento e as estruturas de expectativa e como ocorrem as trocas de turnos. Entre os resultados esperados, destaca-se a necessidade de aprimoramento por parte dos tutores e alunos acerca das peculiaridades deste tipo de interação, para que esta seja bem sucedida e o conhecimento seja feito de forma prazerosa e dinâmica.

O PAPEL DA MOTIVAÇÃO EM EAD: UMA ANÁLISE DAS INTERAÇÕES TUTOR X ALUNO EM CURSOS À DISTÂNCIA. Carolinne Gomide Viana (UFF)

Com o avanço das tecnologias, a educação a distância (EaD) tem se consolidado, sugerindo uma educação baseada em interações entre professor e aluno em espaços e momentos diferentes, mediadas por aparelhos tecnológicos. Assim, fez-se necessário pensar em questões que ainda cercam esse modelo, como as estratégias propostas pelos tutores para motivação dos alunos. O corpus da pesquisa são cursos de Formação de Tutores, de Órgãos Públicos Civil e Militar, além de um curso de Português Instrumental de uma Universidade pública. A análise está baseada na Análise da Conversação, em que estão sendo investigadas a construção do corpus e as ferramentas utilizadas, como mudanças de turnos e atos de fala, além de observar possíveis mudanças de enquadres e papéis sociais. Também baseia-se na Pragmática, ao se utilizar de conceitos como face e polidez, observados no comportamento entre os participantes. Além das teorias acerca da motivação. Nesta pesquisa, espera-se observar as estratégias feita pelos tutores para a motivação dos alunos no processo de aprendizagem, tentar entender o que é preciso para estimular os alunos a se manterem em um curso em EaD. Assim, será possível entender melhor essas estratégias que já são utilizadas e servir de base para outros cursos.

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DINÂMICA PEDAGÓGICA EM CURSO DE IDIOMAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE COORDENAÇÃO DE DOCENTES ONLINE. Patricia Paes de Alburquerque (Exército Brasileiro)

O presente artigo aborda a investigação sobre a prática pedagógica de docentes online em cursos de idiomas na modalidade a distância. Tem como problemática a necessidade de capacitação de docentes online para atuar em cursos na modalidade a distância, com ênfase nos fundamentos sócio-interacionistas de ensino/aprendizagem. A pesquisa envolveu dois tipos de dados: 1) a observação diária dos docentes online através do ambiente virtual de aprendizagem ; 2) a análise dos relatórios de acompanhamento das webconferências. A experiência evidenciou que , para o desenvolvimento de práticas de coordenação de docentes online com abordagem pedagógica interacionista,todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem precisam atuar colaborativamente, viabilizando um ambiente com possibilidades de construção coletiva do conhecimento em que o desenho didático do ambiente virtual de aprendizagem esteja em total sintonia com o projeto pedagógico do curso. Para que isso aconteça, o docente online deve ter uma postura humanista e mediar conhecimentos de forma a facilitar a construção de conhecimentos por parte dos alunos. Interagindo e criando situações para seus alunos desenvolveram a autonomia, responsabilidade e cooperação.

A PESQUISA SOBRE CALL, LETRAMENTO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS

Nesta sessão coordenada, “linkaremos” as relações entre linguagem, tecnologia e ensino por meio de três focos: 1) estado da arte da pesquisa sobre Computer-Assisted Language Learning (CALL); 2) letramentos no processo de elaboração de material didático para EaD virtual e 3) análise de estratégias da aprendizagem de língua estrangeira (LE) no contexto dos usos das tecnologias digitais. Na primeira comunicação, exibiremos um estado da arte das pesquisas sobre CALL nos programas de pós-graduação em estudos da linguagem em duas universidades públicas do Ceará. A análise focará no embasamento teórico-metodológico dessas pesquisas, observando contribuições, desafios e limitações. Na segunda comunicação, analisaremos práticas de letramento comunicacional no processo de elaboração de material didático para o ensino virtual. Os dados apontam para níveis de letramento comunicacional na tarefa de

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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elaborar material didático para EaD. Finalmente, na terceira comunicação, por meio de narrativas de aprendizagem, estudaremos as estratégias de aprendizagem desenvolvidas no contexto de comunicação/interação por meio das tecnologias digitais e questionaremos se nesse contexto emergem novas tendências em termos de estratégias de aprendizagem de uma LE.

O PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DE LE NAS PESQUISAS EM CALL. Júlio Araújo; Andreia Turolo da Silva (UFC)

A cada inovação tecnológica, observamos uma reação em CALL (acrônimo da expressão em língua inglesa Computer Assisted Language Learning) já que as tecnologias, de uma maneira geral, vêm proporcionando cada vez mais flexibilidade, autonomia, integração de mídias, interdisciplinaridade, abordagem da diversidade cultural e experiências interativas por meio de práticas autênticas da linguagem (LEVY, 2001; WARSCHAUER, 2000). Nesse contexto, propomos uma revisão das pesquisas realizadas no estado do Ceará que se debruçaram sobre o fenômeno CALL no processo ensino/aprendizagem da língua inglesa. Não encontrando nenhuma tese de doutorado que estivesse concluída no momento desta revisão, as pesquisas que selecionamos são dissertações de mestrado que tiveram foco, de um modo geral, em letramentos, interação online e formação de professores, e que foram desenvolvidas em um dos dois programas relacionados à área no estado do Ceará: o PosLA da Universidade Estadual do Ceará, e o PPGL da Universidade Federal do Ceará. Os objetivos que orientaram essa revisão foram os de identificar quais preocupações motivam as pesquisas, o embasamento teórico-metodológico que as sustentam, as contribuições que elas trazem para o campo e os desafios e limitações encontrados.

LETRAMENTO COMUNICACIONAL: UMA EXIGÊNCIA PARA OS ATORES DE CURSOS ON-LINE. Regina Cláudia Pinheiro (UECE - FUNCAP)

No contexto do ensino on-line, a comunicação mediada por computador é cada vez mais utilizada, suprindo, muitas vezes, a ausência do professor. Este trabalho, fundamentado, principalmente, em Warschauer (2003), Souza (2003) e Street (2009), objetiva descrever as práticas de letramento comunicacional exigidas na elaboração de um curso on-line. Para tanto, realizamos um estudo de caso no qual acompanhamos o processo de elaboração de três disciplinas dos cursos de Letras/Português e Letras/Espanhol do Instituto UFC Virtual, a fim de flagrar práticas de letramento comunicacional exercidas por elaboradores de material didático para o

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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ensino on-line. Os resultados mostraram que os participantes da pesquisa praticam diversas ações, que segundo Warschauer (2003), são consideradas como letramento comunicacional. Percebemos também que os sujeitos possuem os três níveis de letramento comunicacional apresentados por Warschauer, a saber: conhecer a netiqueta de comunicação on-line; utilizar a pragmática da argumentação e persuasão em vários tipos de mídias da internet; estabelecer e administrar a comunicação on-line para o benefício do grupo.

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM DE LE NO CONTEXTO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS: UMA ANÁLISE DE NARRATIVAS DE APRENDIZAGEM. João da Silva Araújo Júnior (UFMA)

No contexto de aprendizagem de línguas estrangeiras (LE) a interação via internet vem constituindo-se cada vez mais um mecanismo de desenvolvimento de competências comunicativas. Integradas ao ensino-aprendizagem de línguas as tecnologias digitais tem proporcionado a esse processo cada vez mais flexibilidade, autonomia e interatividade por meio de práticas autênticas de comunicação. Distante geograficamente do contexto “real” de uso da LE, o aprendiz tem buscado na internet um meio de suprir, ao menos em parte, a ausência de interação autêntica na língua-alvo. Este estudo analisa em narrativas de aprendizagem de língua estrangeira (espanhol, inglês e francês) produzidas por alunos brasileiros as principais estratégias de aprendizagem desenvolvidas no contexto de comunicação/interação por meio das tecnologias digitais. Relatos espontâneos de aprendizes sobre suas experiências de aprendizagem de LE essas narrativas podem revelar novas tendências em termos de estratégias (Menezes, 2010). Para tal, partimos da tipologia de estratégias de aprendizagem de oxford (2005). Os dados aqui apresentados constituem resultados preliminares da pesquisa denominada A aprendizagem de línguas na era digital: a emergência de uma abordagem integrada.

PESQUISAS SOBRE INTERAÇÃO EM REDES SOCIAIS: DIFERENTES PERSPECTIVAS PARA ENTENDER NOVAS MEDIAÇÕES

Novas formas de interação social surgem na Internet, especialmente através das redes sociais e, portanto, surge também o questionamento sobre como as áreas de conhecimento poderão entender melhor o fenômeno. Além disso, as aplicações mudam e não há como saber exatamente qual é o melhor enfoque metodológico a ser empregado nas pesquisas. Passando pelos estudos de Interação Humano-Computador, Psicologia Cognitiva,

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Psicopedagogia e de Leitura e Escrita esta comunicação coordenada tem como objetivo mostrar como abordagens diferentes de análise identificam uma grande diversidade de usos linguísticos para as estratégias de interação social. Assim, o objetivo é discutir cada uma das perspectivas e como elas têm evoluído na investigação sobre a interação social no sentido de indicar caminhos que tragam novas descobertas e questionamentos para a pesquisa científica. Entende-se que cada uma das áreas têm domínios diferentes, mas que podem mostrar aspectos mutuamente compartilhados desde que tenham como meta uma visão sociocultural do uso da tecnologia. Os pesquisadores partem de trabalhos realizados durante vários anos para apresentarem o que estão desenvolvendo no momento. Pretende-se contribuir com diferentes áreas de conhecimento e mostrar à comunidade científica as atuais possibilidades de estudo, tendo sempre como aplicações as análises que envolvam interação em rede social.

INTERAÇÃO, INTERFACE E REDES SOCIAIS. Lafayette Batista Melo (IFPB)

Os estudos de interface ou Interação Humano-Computador têm evoluído no sentido de compreender também a interação humano-computador-humano, pois é imprescindível que haja um entendimento dos procedimentos dos usuários envolvidos na mediação tecnológica. As redes sociais surgem como um fenômeno desafiador já que, mais do que nunca, os processos interativos, as motivações e as trocas linguísticas parecem ganhar poder nas mãos dos usuários, que reinventam novas formas de significar a interface computacional. Este trabalho pretende mostrar como conteúdos da área de Interação Humano-Computador podem ser estudados em conjunto com tópicos da área de linguística para contribuir não só com a visão computacional mas também com a própria forma como a linguística vê a interação mediada em meio virtual. Serão tratadas as relações entre texto e contexto nos gêneros digitais, as metáforas desenvolvidas para a interface, a avaliação de sistemas baseada em teorias do contexto interacional e o desenvolvimento de ambientes com base nos estudos de metáfora e contexto. Ao final, é mostrado o estágio atual das pesquisas, que integra componentes da interface, texto e discurso, além da análise de fórmulas que os usuários circulam, dependentemente ou não dos limites de construção dos ambientes, com um enfoque especial em redes sociais.

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INTERAÇÃO, APRENDIZAGEM E REDES SOCIAIS. Flavia Peres (UFRPE)

Neste trabalho, será discutido o potencial das mídias digitais para aprendizagem, quando alunos do ensino médio interagem em atividades de Design Participativo, para o desenvolvimento de games educacionais. Suas participações acontecem desde a escolha do tema do game, a documentação, o design, a prototipagem, até o uso do produto em práticas escolares. Sob uma perspectiva sócio-histórica, consideramos as práticas como mediadas por ferramentas culturais, situadas e distribuídas entre os sujeitos, os objetos e os contextos de ação. Através de videografia e Análise Interacional, observamos as interações e as relações entre os campos semióticos (gestos, falas, registros e artefatos). Além do ambiente físico escolar, as interações também são verificadas em grupos/comunidades nas redes sociais, evidenciando-se estas como importantes ferramentas para o processo. Mas também verificamos limites das configurações contextuais e das redes sociais que não promovem a colaboração. Os resultados revelam tanto características do processo que favorecem quanto que desfavorecem a aprendizagem de conceitos científicos e as relações operacionais próprias ao desenvolvimento de games. Todo o trabalho dos alunos é ferramenta-resultado de aprendizagem, e nossa pesquisa motiva-se para uma educação que utilize a tecnologia como recurso para colaboração entre sujeitos, democratização da informação, inclusão e transformação social.

INTERAÇÃO, LEITURA E REDES SOCIAIS. Ana Elisa Costa Novais (IFMG - OURO PRETO)

Nosso principal interesse de pesquisa está ligado à investigação das habilidades de leitura caras ao letramento digital. Preocupamo-nos, para além da interação mediada pelo digital, com a interação em certos meios impressos, que se apropriam das marcas típicas das interfaces digitais na composição de seus textos. Os intensos e complexos processos de remidiação (Bolter, Gruisin, 2000) gerados pelo aparecimento cada vez maior e mais diversificado de novos gêneros textuais (dentro e fora do ambiente digital) exigem do leitor habilidades não previstas nas matrizes curriculares e/ou de avaliação em larga escala. Nesse sentido, apresentaremos nesse trabalho textos que circulam nas redes sociais e utilizam marcas típicas das interfaces web e interfaces digitais; discutindo, a partir deles, as lacunas dos instrumentos de avaliação e das diretrizes curriculares oficiais (SAEB, ENEM, CBC - Minas Gerais, etc.). Em seguida, discutiremos a importância de uma matriz de letramento digital (DIAS, NOVAIS, 1998), para que possamos construir um olhar mais sistematizado e seguro a respeito do desenvolvimento do letramento digital: como ele se desenvolve? Que atividades

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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são mais eficientes? Quais são as habilidades mais difíceis de serem desenvolvidas? Os “nativos digitais” são realmente letrados digitalmente?

INTERAÇÃO, ENSINO E REDES SOCIAIS. Robson Santos de Oliveira (FAFICA)

As pesquisas da Interação Humano-Computador destacam cada vez mais o uso do computador e suas interfaces como mediadoras de comunicação e interação humano-humano. As redes sociais virtuais como Orkut, Facebook, Twitter prenunciam já as interfaces mediadoras dessa interação, diminuindo distâncias e provocando novas formas de interação e comunicação. Apropriar-se desses suportes virtuais com todas as ferramentas que são disponibilizadas para fins educacionais, tendo como premissa a pragmática digital dos dias contemporâneos e ao mesmo tempo a ludicidade dos ambientes virtuais (chat, mensagens instantâneas, envio de fotos e vídeos etc.) torna-se uma tarefa inadiável para professores(as) e centros de educação. Serão discutidas possibilidades de uso do Orkut, Facebook e Twitter nos contextos pedagógicos, na relação docente-aluno(a) e aluno(a)-aluno(a), bem como as limitações que estes ambientes virtuais enquanto redes sociais virtuais permitem para finalidades educacionais.

A TECNOLOGIA E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Com o advento das novas tecnologias, o campo da educação passa por uma verdadeira revolução, tendo em vista o leque de ferramentas disponíveis para serem utilizadas como suporte ao ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras nas diversas modalidades por elas proporcionadas. Tendo esse quadro como pano de fundo, a presente sessão objetiva proporcionar uma discussão acerca de pesquisas realizadas no âmbito do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco que abrangem o ensino-aprendizagem de três línguas estrangeiras: espanhol, francês e inglês. Muito embora os trabalhos abordem aspectos variados sobre a temática, tanto do ponto de vista teórico quanto do metodológico, o enfoque é mostrar que se trata de saberes que podem ser compartilhados pelos docentes. Tais saberes contribuem para o desenvolvimento do professor e de sua capacidade de agir em sala de aula no contexto das novas tecnologias. Ao mesmo tempo, contribuem com um objetivo maior: o desenvolvimento das capacidades de linguagem dos aprendizes de LE mediante o uso da tecnologia.

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COMUNICAÇÕES COORDENADAS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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GOOGLE TRANSLATOR: A FERRAMENTA MÁGICA (?) Fatiha Dechicha Parahyba; Simone de Campos Reis (UFPE)

A mudança de paradigma proporcionada pela tecnologia no âmbito da educação é incontestável. De igual maneira, o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras através de ferramentas e softwares elaborados para servir como suporte tanto na sala de aula quanto virtualmente apresenta benefícios para o aprendiz. Da mesma forma, a tradução se beneficiou da tecnologia. Assim, os denominados programas de tradução on-line ou “tradução automática”, a exemplo do Google translator, constituem um atrativo para os usuários leigos e aprendizes de LE, considerando que proporcionam uma relativa facilidade na compreensão e na comunicação em LE. Contudo, tais “tradutores” geram textos ora truncados, ora incompreensíveis, reduzindo a ideia da tradução a um procedimento banal e simplificado. O processo de tradução, definido como complexo por autores como Vinay e Darbelnet (1977), Nida (2004), Alves et al (2000) e Barbosa ( 2004) diante das diversas operações necessárias para passar um texto de uma língua para outra, parece ter sido simplificado através do uso das ferramentas de tradução on-line amplamente difundidas. O trabalho investiga e discute a qualidade da tradução realizada por meio de “tradutor on-line”. Ao mesmo tempo, mostra o nível do texto, macro ou micro, no qual se situa o erro ou o acerto.

TECNOLOGIA E O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LICENCIATURA EM LETRAS/ESPANHOL: UMA EXPERIÊNCIA DA UFPE. Juan Pablo Martín Rodrigues (UFPE)

A Tecnologia é já uma realidade fatual, tanto no ensino à Distância quanto presencial. O protagonismo do aprendiz neste processo, não é mais concessão ao pós-estruturalismo, mas um imperativo de eficácia. Se falarmos da aquisição de uma língua, as comunidades sociais não apenas complementam com um final feliz a unidade didática: constituem a forma contemporânea de informação, comunicação, configuração de identidades individuais e coletivas, trabalho, amizade, amor. Não se aprende uma língua com gramática e dicionário, se adquire no intercâmbio de informação de caráter significativo e emotivo entre interlocutores. A interação vive da rede, é a rede. Novas formas de interação são criadas continuamente, obrigando a uma adaptação continua para não ficar obsoletos. Tanto Vigostky quanto Piaget defendem teorias do aprendizado ancoradas no sócio-interacionismo. A pedagogia da autonomia de Paulo Freire, com sua crítica à educação bancária, acumulativa e competitiva, fundamenta a perspectiva contemporânea de conhecimento como

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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construção coletiva, fruto dos aportes da rede. A EaD será dialógica, interativa e problematizadora (Mattar, 2012). O conhecimento é a rede.

O USO DO LIVRO DIDÁTICO DIGITAL EM FRANCÊS NA UFPE. Joice Armani Galli; Simone Pires Barbosa Aubin (UFPE)

A partir da concepção preconizada pela abordagem contextualizada ou sociodidactique sugerida na obra Guide por la recherche en didactique des langues et des cultures (2011), organizada por Philippe Blanchet e Patrick Chardenet, iniciou-se o uso do manual didático digital Latitude/Didier. A presente discussão pressupõe que o emprego das TICE não seja tão somente a substituição de materiais outrora analógicos em sua mera transferência para o universo virtual. O emprego dessas novas tecnologias para o ensino de línguas implica um novo entendimento especialmente para o ensino do FLE – Francês como Língua Estrangeira. A plataforma disponibilizada pelo manual da Didier demanda, além da operacionalização dos exercícios e tarefas propostos, uma nova apreensão de atos comunicativos reais/virtuais para uma efetiva interação sócio-didática no processo de aquisição desta língua e cultura estrangeiras. Desta forma, abordaremos como o livro digital Latitude pode ser utilizado para a formação de futuros professores de FLE tanto nas aulas de Metodologia de Ensino quanto nas de Língua Francesa.

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ComunicaçõesIndividuais

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Anais Eletrônicoswww.ufpe.br/nehte/simposio/anais

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

CI-01

A INTERATIVIDADE COMO PROCESSO DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ONLINE. Renata Kelly de Souza Araújo, Sérgio Paulino Abranches (UFPE)

O presente trabalho faz parte de uma pesquisa de mestrado em andamento e objetiva analisar como um curso de licenciatura a distância, de uma universidade federal, integra a interatividade como processo da avaliação da aprendizagem. A interatividade, com suporte tecnológico, é um dos fenômenos mais importantes da atualidade e configura uma revolução na educação (MATTAR, 2009) por possibilitar a construção colaborativa do saber, o que pode embasar um novo paradigma avaliativo na educação online. Contudo, a modalidade permanece imbuída do tradicionalismo educativo e da formação behaviorista, sendo uma de suas lacunas a avaliação da aprendizagem. Desta forma, a partir de um estudo de caso na disciplina metodologia 3, no referido curso, realizamos uma etnografia virtual, além de entrevista com professores e coordenador do curso para compreender de que modo a avaliação da aprendizagem tem sido posta e se a interatividade faz parte deste processo. Os primeiros resultados mostram uma proposta formativa de avaliação na disciplina, com cunho dinâmico e colaborativo, considerando a interatividade entre os discentes na disciplina como elemento avaliativo, o que é de certo modo inovador por se aproximar da filosofia construtivista da educação online.

A PRODUÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS VIRTUAIS E O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES DE LINGUAGEM. Leonel Andrade dos Santos (FA7), Júlio Araújo (UFC)

De que maneira estudantes controlam mecanismos linguísticos para gerar coesão e coerência na produção de histórias em quadrinhos (HQ) virtuais? No intento de buscar respostas para essa pergunta, a pesquisa a ser apresentada foi realizada por meio de Oficinas de Letramentos Digitais (OLDs) promovidas no âmbito do programa de extensão AMPLINKS (Ampliando Links) desenvolvido pelo grupo de pesquisa Hiperged, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Nas oficinas, usamos ferramentas digitais gratuitas que permitiram a criação de HQs virtuais por estudantes do 9º ano de uma escola da rede pública do município de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, Ceará. Os dados gerados nessas oficinas mostram que a escrita e a reescrita de HQs virtuais ajudaram os alunos a terem

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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consciência de suas capacidades de linguagem (BRONCKART, 2007) e, em função disso, as atividades de (re)escrita desse gênero textual possibilitaram aos estudantes um maior controle dos usos de mecanismos linguísticos que asseveram a coesão e a coerência aos textos que produziram. Esses resultados e a experiência extensionista nos indicam que é possível elaborar usos pedagógicos de ferramentas da web na escola e delas extrairmos meios pertinentes para ampliar os letramentos digitais dos alunos, imprescindíveis nos dias de hoje.

AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ERA DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO. Giselle Vieira Vidal; Candice Heimann, Cláudia Prado, Gésica Kelly da Silva Oliveira, Bárbara Freire de França (FAVIP)

Pretende-se realizar uma análise crítico-reflexiva da literatura sob o uso das tecnologias da informação e suas contribuições nas práticas de educação em saúde. Para este estudo foi realizado o levantamento dos artigos científicos através do banco de dados SCIELO. A coleta de dados ocorreu durante o mês de janeiro de 2011. Foram identificados 31 artigos, dos quais após análise pelas autoras apenas 18 compuseram a amostra final do estudo. A educação em saúde compreende a formação inicial ou continuada em serviços de saúde e em instituições de ensino e engloba aspectos de produção de subjetividade habilidades técnicas e de formação de uma postura profissional crítica. Nesta perspectiva, as tecnologias da informação contribuem para a construção e disseminação do conhecimento científico, principalmente através da internet e da educação a distância, em virtude da ampliação ao acesso a informação. O surgimento das tecnologias da informação provocou um grande avanço nas práticas educativas, apresentando novas metodologias de ensino-aprendizagem. Dentro desta proposta o uso das tecnologias da informação na educação em saúde delineia uma nova perspectiva para o ensino em saúde, ampliando o processo de crescimento, diferenciação e retomada das singularidades no uso do conhecimento cognitivo.

04: CHATS EDUCACIONAIS E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA. Lebiam Tamar Silva Bezerra, Maria José Moreira da Silva, Rebecca Queiroz Bichara Dantas (UFPB)

O processo educativo é essencialmente comunicativo, por exigir o diálogo constante entre todos os aprendentes envolvidos. Desse modo, a busca por instaurar processos comunicativos, que promovam a aprendizagem no contexto da educação a distância (EaD), constitui a motivação para a escrita deste texto. Na EaD, a comunicação ocorre principalmente por meio da linguagem escrita, sendo mediada pelo

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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computador. Assim, esta publicação tem como objetivo principal discutir o uso do chat educacional enquanto interface de comunicação síncrona para a mediação pedagógica no ensino superior. As análises das interações realizadas entre docentes e discentes ocorreram, especificamente, no componente curricular “tópicos especiais em educação I”, do curso de licenciatura plena em pedagogia, na modalidade a distância, da Universidade Federal da Paraíba. As discussões propostas articulam-se teórica e metodologicamente com outros estudos sobre o tema, feitos por pesquisadores da educação e da cibercultura. Os dados relatados resultam da observação e da análise do processo educativo realizado durante o ano letivo de 2011. Os resultados obtidos apontam potencialidades de uso do chat, enquanto espaços de comunicação e interação na mediação pedagógica, bem como, possibilitam a problematização de suas limitações, a partir da identificação de elementos que podem restringir o potencial de comunicação entre os aprendentes.

CI-02

E-MAIL - GÊNERO DIGITAL: ENCURTA AS FRONTEIRAS E AMPLIA A COMUNICAÇÃO. Leyde Klebia Rodrigues da Silva; Jobson Francisco da Silva Júnior; Mirian de Albuquerque Aquino (UFPB)

Investigar como o Movimento Negro do Estado da Paraíba se apropria dos gêneros digitais (e-mail, blog, redes sociais e etc.) e usa-os na perspectiva de disseminar informações étnico-raciais é o objetivo deste trabalho. Entendemos que os gêneros digitais podem ser utilizados como um canal de comunicação e disseminação das informações para grupos socialmente invisibilizados na atual sociedade da informação-conhecimento-aprendizagem, onde o preconceito, a discriminação e o racismo fazem parte do cotidiano dos sujeitos. A metodologia do estudo é fundamentada na abordagem qualitativa. Caracteriza-se como pesquisa interpretativa, descritiva, exploratória e bibliográfica para discutir os conceitos e a construção das categorias teóricas. O Movimento Negro Organizado da Paraíba (MONPB) foi universo da pesquisa. Os sujeitos/participantes foram quatro ativistas do Núcleo de Estudantes Negras e Negros da UFPB e da Organização de Mulheres Negras na Paraíba. A entrevista semi-estruturada serviu para a coleta dos dados e a análise técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), que tem como base a Semiótica de Pierce e a Teoria das Representações Sociais. Os resultados mostraram que o e-mail é a ferramenta mais utilizada pelo MNOPB para veicular as informações. O uso do blog está associado à comunicação das informações apropriadas pelo grupo.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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EMOTICONS EM MENSAGENS INSTANTÂNEAS: UM ESTUDO BASEADO EM CORPUS. Fabiana Julio Ferreira (UERJ)

Este trabalho analisa a linguagem usada em Mensagens Instantâneas (MI) digitais entre adolescentes e jovens adultos do Rio de Janeiro, através do ferramental da Linguística de Corpus. Segundo Baron (2010) muitos dos trabalhos acadêmicos sobre Comunicação Mediada por Computador (CMC), em geral e MI particularmente, têm se concentrado na comunicação de muitos para muitos, ao invés da interação diádica porque, “a comunicação do tipo muitos para muitos é pública e, portanto, mais fácil de acessar e estudar”. Entretanto, a CMC privada é mais usada, e por isso igualmente ou mais importante. Nesta pesquisa, usamos dados privados disponibilizados voluntariamente por seus sujeitos e concentramo-nos nos emoticons mais utilizados em MI. Considerando a ambiguidade inerente ao emoticon, sugerida por Crystal (2011), e seu valor de proteção de face (cfe. Chiappini, 2006), foi feito um levantamento dos emoticons do corpus de MI, extraídos em ordem de frequência e montadas listas de concordâncias, utilizando a ferramenta Wordmith 5.0. (Scott, 2011). Então, analisamos cada instância de uso dos emoticons mais freqüentes e verificamos seus padrões em termos de função. Finalmente, a pesquisa avaliou se e como os emoticons podem contribuir na facilitação da interação digital diádica.

FLUÊNCIA EM USO DE OBJETOS MULTIMÍDIA NA EDUCAÇÃO DA SOCIEDADE DA APRENDIZAGEM. Mirian de Albuquerque Aquino; Leyde Klebia Rodrigues da Silva, Lebiam Tamar Silva Bezerra, Sérgio Rodrigues de Santana, Vanessa da Silva Gomes (UFPB)

O texto analisa a fluência em uso de objetos multimídia na educação da sociedade da aprendizagem com o desejo de discutir e refletir sobre a cultura tecnológica nas instituições educativas. Utiliza a abordagem interacionista-construtivista segundo a qual os sujeitos aprendem a conhecer, fazer, conviver e ser, além de produzir novos conhecimentos e expandir a sua inteligência, articulada a Metodologia de Projetos de Aprendizagem que demonstra a capacidade de investigar o problema e estabelece critérios de descrição, análise e interpretação colaborando no reconhecimento da relevância do tema e a relação com um determinado contexto. Os dados foram coletados por meio da aplicação de entrevistas semiestruturadas com bolsistas, ex-bolsistas dos cursos de graduação e funcionários por meio presencial e virtual. Concluímos que, em quase todas as áreas do conhecimento, a fluência em uso de objetos multimídia ainda é incipiente na formação de aprendentes não atendendo

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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as demandas de formação em um momento em que as tecnologias intelectuais e os objetos multimídia são percebidos como mecanismos de inclusão dos sujeitos na informação para educação na sociedade da aprendizagem. Essas tecnologias não têm sido adequadamente utilizadas nas universidades, havendo descontinuidades no uso, acesso e manutenção nos ambientes de aprendizagem da Universidade Federal da Paraíba.

FÓRUNS ONLINE NA FORMAÇÃO CRÍTICO-REFLEXIVA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: REPRESENTAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO EM FASES. Cibele Cecilio de Faria Rozenfeld; Ucy Soto (UFSCar)

Este trabalho tem como objetivo apresentar o recorte de uma investigação que focalizou a formação inicial de professores de língua estrangeira (alemão e inglês) e lançou luzes sobre os estágios obrigatórios do quarto ano, considerando a possibilidade que fóruns online de um ambiente virtual podem oferecer para a manifestação do pensamento crítico dos futuros professores. Analisamos os temas abordados e desenvolvidos em três fóruns, com base em conceitos de pensamento crítico e no modelo teórico de investigação crítica de Garrison, Anderson e Archer (2000; 2001). Para uma melhor compreensão das fases nas discussões, utilizamos o modelo dos autores, identificando também alguns marcadores discursivos característicos de cada uma delas, com base nos pressupostos da Linguística Sistêmico Funcional (HALLIDAY, 1994) e nos tipos de movimentos conversacionais (moves) propostos por Eggins e Slade (1997). A partir dos subsídios teóricos selecionados e de nossas análises, foi possível desenvolver um novo modelo de análise e concluir que o fórum online pode ser considerado uma importante ferramenta para a manifestação do pensamento crítico de professores e para uma formação crítico-reflexiva, em um contexto marcado por especificidades da sociedade de informação.

CI-03

O BLOG COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA. Ruth Brito de Figueiredo Melo (UEPB)

O surgimento da internet aliada à evolução dos computadores e das mídias provocou uma mudança nos paradigmas educacionais, de maneira que a educação assumiu

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novos papeis dentro da sociedade do conhecimento e da informação. Reconhecendo a importância das novas tecnologias na educação, este artigo tem por objetivo relatar uma experiência vivenciada, através da criação, execução e utilização do blog: Física, Matemática e TIC, durante a disciplina Tecnologias da Informação e comunicação científica, do MECEM- UEPB. O blog foi trabalhado com uma turma de 25 alunos do 1º Ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Félix Araújo, localizada na cidade de Campina Grande - Paraíba, através dos conteúdos matemáticos de funções exponenciais e funções logarítmicas, abordados no último semestre do ano de 2010, e foram baseados na teoria de Marcuschi e Xavier (2005). A utilização do blog como ferramenta auxiliar ao processo de ensino-aprendizagem da matemática, mostrou-se como um recurso eficiente, tornando-se como um Ambiente colaborativo de Aprendizagem, devido à interação dos alunos entre si, e da professora com os alunos.

PROFESSORES EM FORMAÇÃO, TECNOLOGIA E LETRAMENTO DIGITAL: PERSPECTIVAS DO PROJETO TELETANDEM BRASIL - LÍNGUAS ESTRANGEIRAS PARA TODOS. Christiane Moises Martins (UNESP)

No panorama atual de estudos sobre o ensino e aprendizagem de línguas assistidas por computador, destacam-se atualmente os projetos telecolaborativos desenvolvidos entre dois diferentes países cujo objetivo pressupõe algumas competências tais como a aquisição de uma língua estrangeira, o letramento digital e a competência linguístico-cultural. O objetivo desta comunicação é relatar a experiência de professores de Letras em serviço dos centros de línguas estrangeiras paulista (CELs) e de professores uruguaios que ensinam Português Língua Estrangeira (PLE) em escolas privadas. Esta apresentação objetiva, em primeiro lugar, mencionar alguns benefícios que o projeto Teletandem Brasil – Línguas Estrangeiras para Todos propicia àqueles que desejam aprender o PLE e praticá-lo através da colaboração em meio virtual síncrono. Para isso, consideraremos especificamente as percepções de professores uruguaios de PLE com professores brasileiros de língua espanhola em um curso de extensão visando a capacitação de tais profissionais para a implementação desse projeto nas escolas públicas e privadas de ambos os países. Em segundo lugar, pontuaremos algumas implicações sobre o letramento digital que se revelaram/destacaram primordiais durante a prática de uma língua estrangeira a distância.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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REFOCALIZAÇÕES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AVA A PARTIR DA POSIÇÃO SOCIAL E DISCURSIVA DO PROFESSOR EM FORMAÇÃO CONTINUADA. Claudia Vivien Carvalho de Oliveira Soares (UESB)

Este trabalho apresenta uma discussão acerca dos processos interativos vivenciados no MOODLE, com base nas interações construídas em uma disciplina de um Curso de Especialização em Língua Inglesa. Apesar de o curso ser desenvolvido em caráter presencial, a referida disciplina foi desenvolvida na modalidade a distância. Os dados apresentados foram coletados por meio de observação participante e questionários. Os ambientes virtuais de aprendizagem representam a união das tecnologias informáticas e suas aplicações com as telecomunicações e com as diversas formas de expressão e linguagem, envolvendo, não só um conjunto de interface para socialização de informação e de conteúdos de ensino e aprendizagem, mas também, interfaces de comunicação síncrona e assíncrona, com a possibilidade metodológica de constituição de saberes, diferente da proposta convencional de uma sala de aula. É um espaço de interação em que os participantes interagem, por meio da leitura e escrita de textos, e se comunicam em busca de significados que propiciem processos construtivos de aprendizagem. Os resultados indicam que os processos interativos vivenciados no ambiente virtual, apresentam-se de forma muito significativa para os alunos e que o Fórum de Discussão se distingue pela perspectiva de construção coletiva de conceitos e significados.

SALA DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM BATE-PAPO SOBRE O INTERNETÊS.Sandra Carla Noberto (UEPB)

A internet transformou as práticas do cotidiano social, e o processo de informação e comunicação neste espaço possibilitou a criação de vários gêneros que emergiram das tecnologias digitais, entre eles, o bate-papo, abordado no presente estudo. Este gênero de natureza conversacional utiliza-se da escrita para interagir no ciberespaço, apresentando uma escrita semelhante à oralidade e, pelo seu caráter síncrono, inovando com a forma de usar a escrita, com abreviaturas e criações lexicais que marcam o seu contexto comunicativo, a qual é denominada de internetês. Os internautas, em sua maioria adolescentes, dominam esta linguagem e, ao mesmo tempo em que participam das conversas virtuais, estão em pleno contato com os conteúdos de Língua Portuguesa na escola. Neste sentido, para esta pesquisa, foi definido o seguinte objetivo: investigar a opinião de alunos sobre o uso do internetês. A metodologia utilizada para coleta de dados foi a pesquisa-ação,

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com abordagem qualitativa; sendo o corpus formado por 14 produções textuais, resultantes da aplicação de uma sequência didática, em que os alunos discorreram sobre o uso do internetês nas produções textuais escolares. Os resultados obtidos, a partir dos artigos de opinião produzidos pelos alunos, apontam para a evidência de que os alunos sabem diferenciar os contextos de uso, utilizando o internetês apenas no espaço virtual e a escrita convencional em textos escolares. Os teóricos que fundamentaram esta pesquisa foram Araújo (2007); Araújo e Biasi-Rodrigues (2005); Bakhtin(1997); Coscarelli e Ribeiro (2005); Marcuschi (2008); Marcuschi e Xavier (2004) e Soares (2002).

CI-04

UMA ANÁLISE DA INTERAÇÃO E INTERATIVIDADE EM CURSOS ONLINE. Rosilãna Aparecida Dias (Faculdade Metodista Granbery); Rita de Cássia Florentino (Secretaria de Educação de Juiz de Fora); Lígia Silva Leite

As tecnologias digitais potencializam e transformam as formas de ensinar, aprender e construir o conhecimento. Nesse novo espaço de comunicação – Ciberespaço –, a interface web pode potencializar a interação e a interatividade entre alunos, professores e material didático. O objetivo deste trabalho foi investigar os processos de interação e interatividade do curso online “Introdução à Docência em EAD”. Para tanto foi indispensável analisar os dados coletados usando-se uma abordagem qualitativa, tendo como subsídio teórico os conceitos de interação mútua e interação reativa (PRIMO, 2005) e a teoria da distância transacional (MOORE, 2006). Coletamos os dados com consultas ao ambiente virtual de aprendizagem TelEduc, onde, por meio das ferramentas de comunicação como correio eletrônico, fórum de discussão, chat e outras o curso se materializou. Através dos diálogos realizados pelos sujeitos e empregando a análise interpretativa dos dados colhidos, buscamos compreender como ocorre a interação e interatividade entre alunos, professores, conteúdo e tecnologia em cursos online. Percebemos que a distância transacional ficou reduzida, pois, o amplo diálogo promovido durante o curso foi rico permitindo a construção de um processo autônomo dos alunos em busca do conhecimento. Destacamos, também, a importância do professor mediador no processo de ensino-aprendizagem em cursos online.

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USO DE WEBQUEST NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL: PESQUISA-AÇÃO NA FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC FLORIANÓPOLIS. Eli Lopes da Silva; Manoela Albertoni Silveira; Nádia Henedi Lemos Simão (FATEC SENAC-SC)

Este artigo apresenta uma investigação das práticas pedagógicas com o uso de Webquest na Faculdade de Tecnologia Senac Florianópolis. O projeto é viabilizado pelo grupo de pesquisa CAPTE - Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação. Como teórico principal, foi utilizado Dodge (1997), criador da proposta de trabalho com Webquest. Parte-se também de outros teóricos importantes, como Roger Silverstone e Pierre Lévy. Trata-se de uma pesquisa-ação, no sentido dado por Michel Thiollent, visto que o grupo de pesquisa (CAPTE) e professores atuam juntos na proposta de criação e implantação do projeto Webquest nesta instituição. Os professores usuários da plataforma criada para este fim, no endereço eletrônico www.elilopes.pro.br/capte são docentes que atuam no nível superior e técnico. A Webquest está sendo usada nas disciplinas da educação presencial, mas pode ser utilizada também na modalidade de educação a distância. Como resultados argumenta-se em favor de uma visão criativa de como propor trabalhos escolares para os alunos com o uso de Webquest, apontamentos estes que foram identificados nas entrevistas com alunos e professores.

HIPERTEXTOS NAS AULAS DE INGLÊS. Cristina Aurélia Rezende Ozório; Débora Cristina Santos e Silva (UEG)

A inserção das atividades pedagógicas de leitura de hipertextos eletrônicos em sala de aula de inglês como LE pode não só tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes, mas, sobretudo, ajudar a promover a conscientização multicultural dos alunos. Assim, a aula de língua estrangeira pode vir a ser um terreno cultural que possibilite a transformação dos alunos, desconstruindo valores e crenças que atuam como regimes de verdade. Os alunos podem potencializar a aprendizagem de novo vocabulário e buscar independência e a auto-confiança por meio dos hipertextos. Através das conversas sobre os hipertextos, apoiado na visão sociointeracional de leitura, os alunos podem construir, em conjunto, os significados dos hipertextos lidos. A perspectiva multicultural em aulas presenciais de inglês como língua estrangeira (LE) para o ensino e aprendizagem de leitura busca promover a reflexão crítica dos alunos, a fim de entender a vida social contemporânea como uma trama cultural resultante de uma operação de práticas discursivas.

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FÓRUM DE AUTORIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NA SUPERAÇÃO DO PLÁGIO EM TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO. Jussara Mendonça de Oliveira Seidel; Chris Alves da Silva; Ana Paula Costa e Silva (UCB)

Este artigo visa apresentar resultados de uma pesquisa realizada com um grupo de discentes de cursos de pós-graduação a distância, que estão elaborando o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A pesquisa está relacionada às contribuições de um fórum de discussão sobre a importância da autoria no processo de elaboração do TCC, o entendimento do que é plágio, a aplicação correta das normas da ABNT, objetivando a escrita do TCC sem plágio. Além de pesquisa bibliográfica, foi realizada pesquisa exploratória por meio da aplicação de questionário eletrônico, e análise de conteúdo das mensagens publicadas no referido fórum. A sustentação teórica do artigo é garantida por uma abordagem sobre o uso do fórum como uma efetiva ferramenta de comunicação na EaD e o papel do professor na interação.Os resultados revelam uma relação direta do plágio com o desconhecimento das normas e falta de compreensão do conceito. Constatou-se que o “Fórum deAutoria” mostrou-se uma ferramenta adequada para a construção coletiva de conhecimentos, especialmente em função da mediação sistemática realizada pelos professores. Ficou evidenciado que o fórum contribuiu para sensibilizar os discentes quanto à dimensão ética da autoria e melhor compreensão acerca do que caracteriza plágio em um TCC.

CI-05

A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA NOS CURSOS A DISTÂNCIA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS. Juciene Malaquias dos Santos; Sirlaine Pereira Nascimento dos Santos (UESB)

O presente artigo denominado “A Construção da autonomia nos cursos a distância: perspectivas e desafios” objetivou refletir a construção do processo de autonomia, aqui entendida como processo de autoria, dos alunos calouros do curso a distância de Graduação em História da Universidade do Norte do Paraná – Pólo Simões Filho / Ba e, elucubrar neste ínterim o papel do tutor como motivador nessa construção, recorrendo a situações contextualizadas proporcionadas pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Trata-se de uma pesquisa experimental que utilizará uma abordagem qualitativa a partir de um estudo de caso. Com os resultados preliminares constata-se que os estudantes apresentam dificuldades de adaptação ao contexto da EaD, por serem oriundos de um processo de ensino tradicional que não incentivava

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a autoria do indivíduo e o trabalho colaborativo de autoria. Para tanto, observa-se que, o desenvolvimento da autonomia ocorre gradualmente, de modo a quebrar paradigmas enraizados ao longo da vida educacional.

A CONSTRUÇÃO DOS EVENTOS DE LETRAMENTO DIGITAL EM CRIANÇAS NÃO ALFABETIZADAS. Flavia Girardo Botelho (IFMT; UFPE)

Letramento digital refere-se às práticas sociais que envolvem linguagem e uso de dispositivos eletrônicos, como computadores, smartphones, caixas eletrônicos e outros equipamentos (Eshet-Alakalai, 2004, Buzato, 2006, Knobel e Lankshear, 2008, Xavier, 2011). Numa perspectiva rizomática, este estudo pretende demonstrar os eventos de letramento digital de crianças ainda não formalmente alfabetizadas, de escolas públicas e privadas de Recife-PE. Para tanto, elaboramos um conjunto de testes que nos permitiu identificar um continuum de conhecimentos envolvidos nas práticas linguístico-sociais realizadas por mídias digitais, que envolvem, além de habilidades técnicas, pré-habilidades de leitura, modos de interagir, comunicar, compartilhar e compreender o sistema de mídias como constituintes de seu mundo e de suas práticas sociais. Os resultados do estudo revelaram que as crianças dominam alguns aspectos técnicos como reconhecimento e funcionamento dos equipamentos de informática, contudo apresentam bastante dificuldade com o uso coordenado do mouse, digitação e navegação com autonomia na internet. Ainda, se engajam fortemente em atividades online como jogos, mesmo desconhecendo aspectos práticos de como acessá-los ou conexão com a rede. O estudo, em sua conclusão, fornece pistas interessantes a respeito da construção do letramento digital e suas relações com o letramento alfabético.

A INCLUSÃO DAS WEBQUESTS COMO FERRAMENTA TECNOLÓGICA: UMA METODOLOGIA DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA. Maria Janaina Silva de Luna (UFPE)

A inclusão das webquests como ferramenta tecnológica pode contribuir significativamente para o engajamento de alunos e professores como forma de inovação pedagógica, com impactos positivos no desempenho da tecnologia a favor da educação. As webquests constituem uma estratégia de aprendizagem envolvente, que possibilita ao aluno reconhecer a si mesmo enquanto ator do seu processo de autoformação em sincronia com a orientação do professor, para além da possibilidade do desenvolvimento da capacidade de analisar um determinado problema sob múltiplas perspectivas, da capacidade de cooperar e partilhar informações em grupo, condições

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essenciais para desenvolvimento do pensamento crítico (SILVA 2010). Neste projeto, discutirei o valor da webquest como uma ferramenta de modernização da educação que garanta que o aluno, bem como o professor, tenha acesso a informações autênticas e atualizadas, favoreça o trabalho autoral dos professores, compartilhe os saberes pedagógicos de diferentes áreas, incentive a criatividade e provoque uma reflexão sobre o processo de transformação que as informações sofrem, deixando para trás o estágio de apensa reprodução destas informações.

BLOG COLETIVO: CONCILIANDO O FORMAL E O INFORMAL. Tereza Elisabete de F. M. Penedo (UFES)

O formar-se professor em um curso de licenciatura promovido por uma Instituição de Ensino Superior publica, via EaD ou mesmo presencial, deve valorizar experiências online e acumuladas, pelos alunos, como fator que atualiza o uso da tecnologia entre gerações. A autonomia e a criatividade, do aluno envolvido em um processo experimental que ocorre ao ser autor e editor da sua própria pratica, são mobilizadas através de um letramento digital em situações que proporcionam, em cada aprendizado adquirido, uma continuidade após a formação deste futuro profissional da educação do Sec. XXI. Socializamos a experiência de um blog coletivo já que se considerando a plataforma utilizada como um ambiente formal, a auto-aprendizagem proporcionada por ambiente informal evidencia a junção da literacia digital e curricular lado a lado. O ensino virtual com adultos envolve uma abordagem pedagógica que deve ser foco da atenção dos gestores em cursos EaD. Com a ampliação das tecnologias na educação e redes sociais demonstramos mais uma opção para o setor educativo como espaço que agrega pessoas, mas também possibilita fruição social, conexões e exercício da cultura da partilha de conhecimentos e experiências. O Blog coletivo reúne critérios, o passado, o presente e o futuro como demonstração evolutiva individual.

CI-06

CIBERCULTURA E CONTEXTO ESCOLAR - REFLEXÕES SOBRE LETRAMENTO DIGITAL E AUTOAPRENDIZAGEM. Julyany Guimarães de Menezes; Bianca Gonçalves da Silva; Sirlandia Gomes de Moraes (Secretaria Municipal de Educação de Anápolis-GO)

Este trabalho tem por objetivos analisar as relações que permeiam o processo do letramento digital sob a perspectiva dialógica e compreender como ocorre a autodidaxia. É notório que o uso das tecnologias da informação e comunicação

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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proporcionou significativas mudanças no campo educacional. Surgiram novas formas de aprendizagens devido ao acesso às informações, saberes e das possibilidades comunicacionais proporcionadas pelo ciberespaço. Sabendo-se que a escola precisa levar em conta o contexto social dos alunos, pressupõe-se que ela deve colaborar com a promoção do letramento digital dos aprendizes, pois, constata-se que autoaprendizagem tornou-se realidade necessária. Neste sentido, acreditamos ser relevante saber como a escola deve proceder diante desses desafios da educação. A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos estudos tem por base a pesquisa teórica, fundamentada por meio de referenciais bibliográficos a partir de autores, como: Barton; Kleiman; Moran; Freire; Lévy; Santaella; Belloni; artigos de periódicos, congressos, entre outros. Dessa forma, o resultado esperado consiste na busca de entendimentos, reflexões e descoberta de práticas que possam auxiliar educadores, gestores e comunidade em geral na condução dos processos de ensino e de aprendizagem.

CONVERGÊNCIA: USO DE FERRAMENTAS DA EAD NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL. Luiz Antônio Ribeiro(IFMG); Lília Tavares Mascarenhas (Kroton Educacional)

O presente trabalho visa a refletir sobre a relevância do uso das ferramentas da EAD na educação presencial. O tema central dessa pesquisa é o programa de aproveitamento acadêmico REVER, oferecido a alunos que desejam se recuperar em disciplinas cursadas na graduação presencial das Faculdades Pitágoras, nas quais foram reprovados por nota. Na matrícula, os alunos dos cursos de graduação presencial podem recuperar suas pendências acadêmicas, optando por cursar disciplinas pelo Programa REVER, na modalidade a distância. Esses alunos não têm aulas presenciais, sendo que todas as atividades são executadas por meio de um ambiente virtual de aprendizagem, sob a orientação do professor. Somente as avaliações oficiais são realizadas na modalidade presencial. Buscando apresentar um modelo que sustente esta prática pedagógica autônoma, primeiramente discorreremos sobre a epistemologia genética de Piaget (1991) e o processo de construção do conhecimento. Em seguida, refletiremos sobre a EAD, a partir das experiências de Nevado, Magdalena e Costa (2001), dentre outros autores. Por fim, avaliaremos a importância do uso das ferramentas de EAD na educação presencial, buscando apresentar os benefícios do Programa REVER na construção do conhecimento, dentre os quais podemos destacar a integralização curricular e a potencial redução da evasão escolar.

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CRIANÇAS E MÍDIAS DIGITAIS: NOVAS PERSPECTIVAS DE LEITURA E ESCRITA NA CIBERCULTURA. Ana Paula Lima Simões (SME/RJ)

Diante de um mundo cada vez mais marcado por transformações na sociedade trazidas pela cultura digital e, portanto, buscando contribuições para a construção de práticas pedagógicas mais concernentes às necessidades das crianças na contemporaneidade, o presente estudo teve como objetivo investigar as mediações dessa cultura nas relações da criança com a leitura e a escrita. Os avanços tecnológicos proporcionaram que os processos de leitura e escrita pudessem ser desenvolvidos em outro suporte, a tela, surgindo então, paralelamente à cultura de papel, a cultura da tela, também chamada de cibercultura. O estudo desenvolvido na perspectiva da pesquisa-intervenção foi realizado numa escola da rede pública municipal do Rio de Janeiro, tendo como sujeitos, doze crianças matriculadas no 3º ano do Ensino Fundamental. A interpretação dos dados apontou que é possível considerar que as mídias digitais, com as quais as crianças convivem contemporaneamente, foram mediadoras dos processos de ler e escrever no que refere aos sujeitos da pesquisa, tendo favorecido o interesse destes pela leitura e pela escrita. Pretende-se que os achados da pesquisa possam constituir-se como pistas ao delineamento de políticas e práticas de letramento, pautadas nas experiências históricas e culturais das crianças.

ENTRE AVANÇOS E LIMITES DO LETRAMENTO DIGITAL DE PROFESSORES - EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO DO NTE 16. Nicéia Maria de Figueiredo Souza Melo (NTE 16)

A proposta deste artigo é apresentar a investigação sobre o uso de recursos tecnológicos digitais pelos professores da rede estadual de ensino de escolas da zona urbana do município de Vitória da Conquista que participaram do curso “Utilização Pedagógica das Mídias Digitais”, oferecido pelo Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE 16, no período de 2006 e 2010. Busca-se investigar a efetiva aplicação das propostas do curso, mediante o planejamento e realização de atividades que integrem as tecnologias digitais no cotidiano da sala de aula. Com ênfase nos conceitos de letramento Soares (2006) e letramento digital Coscarelli(2007), Kleiman (2004), bem como em Lévy ( 2003), Pretto (2002), Kenski (1998) através da proposta metodológica da pesquisa qualitativa, a investigação resultou em uma reflexão sobre a importância e os limites do letramento digital de professores e apontar caminhos para a transformação da prática pedagógica mediante a inclusão das tecnologias digitais.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-07

ESTRATÉGIAS DE LEITURA REALIZADAS POR ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO EM SUPORTE DIGITAL. Janaina Fernanda Dias da Silva (UFPE)

A leitura é fundamental na sociedade letrada em que estamos inseridos, ela se dá através de dois processos: a decodificação e a compreensão e para que ocorra a compreensão do texto, o leitor precisa utilizar diversas estratégias de leitura, elas são usadas em textos impressos ou digitais e são essenciais para que o leitor alcance seus objetivos, sendo o digital o interesse da presente pesquisa. A partir disso, este trabalho tem como objetivo geral: investigar as estratégias de leitura utilizadas por estudantes do ensino médio para compreender o hipertexto digital. As estratégias de leitura são métodos que os leitores utilizam tendo como objetivo aperfeiçoar o aprendizado e facilitar a compreensão (PINHEIRO, 2005). O hipertexto será considerado como um dispositivo, ao mesmo tempo, material e intelectual. Não sendo simplesmente um suporte ou um único texto, mas ele abriga uma multissemiose de processos de escrita e leitura. (KOMESU, 2005). Como método pretende-se realizar um estudo qualitativo com 15 estudantes do ensino médio que participam do projeto Um Computador por Aluno (UCA), observando através de videografia e também pelo pesquisador, os “caminhos” realizados pelos sujeitos e quais estratégias utilizam. Posteriormente os dados serão analisados a partir da literatura sobre o tema do projeto.

INVESTIGANDO RELAÇÕES ENTRE LINGUAGEM VERBAL E VISUAL EM TEXTOS MULTIMODAIS EM WEBSITES EM LÍNGUA INGLESA. Antonia Dilamar Araujo (UECE); Hiran Moreira

Na era da tecnologia da informação, texto e imagens estão crescentemente integrados criando os textos multimodais para representar o conhecimento e a experiência. Os textos multimodais estão presentes na internet, na mídia, nos materiais didáticos, incluindo os online e que agora se apresentam pleno de cores, formas, imagens, sons e movimentos. Neste trabalho, utilizamos os pressupostos teóricos da gramática visual de Kress e van Leeuwen (1996, 2006) e da categorização das relações entre texto e imagem propostos por Martinec e Salway (2005), com o objetivo de investigar e categorizar como os significados são construídos na interação da linguagem verbal com a linguagem visual em textos multimodais presentes em websites educacionais em língua inglesa. Utilizando-se de um corpus de atividades de leitura de textos

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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multimodais em 15 websites instrucionais, examinamos se a percepção das relações entre linguagem verbal e visual é explorada nas atividades para ajudar a desenvolver habilidades de leitura crítica nos aprendizes. Os resultados preliminares apontam para a diversidade de relações entre as duas linguagens nos textos das atividades de leitura, porém pouca atenção é dada para a compreensão dos sentidos veiculados aos textos visuais e para a percepção da relação entre linguagem verbal e visual.

LETRAMENTO DIGITAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES ATRAVÉS DOS NÚCLEOS DE TECNOLOGIA DA REDE ESTADUAL: UM OLHAR SOBRE A PROPOSTA OFICIAL E AS PRÁTICAS ADOTADAS. Robson Garcia Freire (PRODERJ); Ana Beatriz Gomes Carvalho (UFPE)

O contexto da sociedade informacional introduziu a tecnologia digital não apenas nos dispositivos tecnológicos, mas também na forma de circulação da informação e do conhecimento (CASTELLS, 2009). A apropriação da tecnologia digital vem sendo incorporada lentamente ao espaço escolar e um dos elementos essenciais é o letramento digital dos professores no contexto da sala de aula. As políticas públicas de formação de professores para o uso das tecnologias digitais foi realizada de forma sistemática desde o final da década de 1990 e utilizou os Núcleos de Tecnologia das redes públicas de ensino (inicialmente estaduais) como local de formação dos professores da Educação Básica. O objetivo deste artigo é analisar a dissonância entre o discurso da proposta oficial de formação e a prática adotada em um NTE do Rio de Janeiro através dos cursos ofertados e suas estratégias de implantação no período entre 2001 e 2010. Foi utilizada a pesquisa qualitativa documental e os dados coletados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo de Bardin (2011). Os resultados indicam que as ações governamentais para a formação de professores não conseguiram atender aos objetivos propostos por apresentarem um caráter instrucionista que não permitia a realização plena do letramento digital.

LETRAMENTO DIGITAL NA PRÁTICA DOCENTE. Zuleica Aparecida Cabral (UEPG)

Diante da nossa sociedade digital, faz-se necessário que professores insiram o computador e a internet em suas práticas de sala de aula, transformando-a de maneira a contribuir com essa inserção de modo produtivo e eficiente. Essa investigação faz parte de um trabalho maior em andamento que busca compreender (re) configurações tecnológicas na escola. Assim sendo, objetiva-se nesse trabalho discutir se a linguagem digital está presente na escola e em que proporção essa inserção tem ocorrido. A

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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metodologia utilizada baseia-se em entrevistas escritas feitas com professores de uma escola pública e uma escola privada na cidade de São Mateus do Sul, no Paraná e abalizada em aportes teóricos baseados em XAVIER (2002, 2008), FREITAS (2010) e BRAGA (2005). Os resultados mostram a necessidade de aproximação dos docentes à linguagem digital, bem como a compreensão desse universo tecnológico dispondo-se a trabalhar com essas novas tecnologias na sua prática docente. Concluindo assim a importância de o professor conhecer, saber usar e aliar as tecnologias digitais às suas aulas, pois além de se mostrar inteirado do universo digital passa a ter um aliado rico de informações que é a internet.

CI-08

LETRAMENTO DIGITAL: CONCEITO, DISCURSO E PRÁTICA. Carla Geralda Leite Moreira; Maria de Nazaré Branco dos Santos (CEFET-MG)

A educação mediada pelas novas tecnologias ainda gera muitos questionamentos na sociedade contemporânea. De um modo geral, algumas dúvidas ainda permeiam o dia a dia do professor, com relação ao uso de ferramentas tecnológicas. Seguindo essa linha de pensamento, a partir das considerações de Bawden (2008); Coscarelli e Ribeiro (2005); Kleiman (2007) e Soares (2002), o objetivo deste estudo é averiguar como é a relação docente com as ferramentas digitais. Com relação à metodologia, iremos examinar a concepção de letramento digital nos modos de dizer de seis professores de português, de uma escola pública da região Barreiro - Belo Horizonte e, ainda, como esses profissionais fazem uso das ferramentas tecnológicas em suas aulas. As análises desenvolvidas partirão de um conjunto de dados coletados a partir de entrevistas e de um grupo focal realizados com os sujeitos de pesquisa descritos acima. De natureza interpretativa, no exame dos dados, utilizaremos a Análise de Conteúdo (Bardin, 1977) a fim de tentar compreender nas entrelinhas a concepção do uso das tecnologias.

LETRAMENTO EM AMBIENTE DIGITAL: O BLOG COMO OPORTUNIZADOR DE ESCRITA E PROMOTOR DE COMPETÊNCIA LINGUÍSTICA. Hugo de Andrade Silvestre (UniEvangélica)

As tecnologias alteraram os contextos comunicativos e de circulação de informação substancialmente, o que Lévy (1994) há duas décadas já indicava como o emergir da cibercultura e inteligência coletiva. Assim, no ambiente escolar, os processos de letramento devem considerar as alterações ocorridas nas relações sociais e de

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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comunicação. Este trabalho objetiva analisar o blog como oportunizador do aprendizado de escrita em língua materna, assim como promotor da competência linguística no contexto da modernidade avançada. A pesquisa foi realizada a partir de oficinas de leitura, intrepretação e produção textual em escolas municipais da cidade de Anápolis Goiás, em turmas da 1ª fase do ensino fundamental, durante o ano de 2012. Foram analisadas as produções dos estudantes e os avanços em suas habilidades comunicativas em suporte digital. Os resultados ainda são prévios - por se tratar de pesquisa integrante de projeto de PIBID da UniEvangélica (Centro Universitário de Anápolis), graduação em Pedagogia - , contudo já são perceptíveis resultados na navegação por textos intrínsecos ao ambiente virtual e na escrita e interação social por meio da Internet, o que acaba por contribuir para a vivência da criança na realidade contemporânea.

LETRAMENTO(S) E PRÁTICAS SOCIAIS NA CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS. Terezinha Fernandes Martins de Souza (UFMT; UFSC); Dulce Márcia Cruz (UFSC)

Este estudo é parte integrante de uma pesquisa mais ampla, desenvolvida pelo Grupo Edumidias/UFSC, para mapear o perfil midático de sujeitos em formação em cursos de licenciatura. O recorte apresentado tem como objetivo refletir sobre os letramentos(s) no contexto da convergência de mídias, buscando possíveis respostas à questão: de que modo o acesso, a apropriação, o consumo e a produção de mídias nas práticas sociais de sujeitos contribuem para a ampliação dos letramento(s)? A pesquisa está sendo desenvolvida a partir de um estudo exploratório sobre o modo como o conceito de letramento(s) vem sendo discutido na literatura, tendo em vista a imprecisão na caracterização do fenômeno, a pluralidade de conceitos e a diversidade de ênfases, abordagens e perspectivas ao situá-lo no contexto atual. O estudo pretende ampliar e atualizar o conceito de letramento(s), abrangendo questões como o que é/são letramento(s); eventos de letramento(s); competências e habilidades de letramento(s); níveis de letramento(s) e; práticas sociais de sujeitos letrados, bem como sobre os elementos (acesso, apropriação, consumo e produção de mídias nas práticas sociais de sujeitos), refletindo sobre suas possíveis contribuições para a ampliação do(s) letramentos(s) no contexto da convergência de mídias.

MATERIAIS DIDÁTICOS DIGITAIS: QUESTÕES DE PLANEJAMENTO, ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO. Márcio Luiz Corrêa Vilaça (UNIGRANRIO)

Este trabalho apresenta dados de projeto que pesquisa princípios, abordagens, tecnologias e softwares para o desenvolvimento de materiais didáticos digitais para

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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diferentes plataformas e telas. A pesquisa se insere no Grupo de Pesquisa Linguística Aplicada, Tecnologias e Educação (LATED) da UNIGRANRIO. Estudos e reportagens apontam a lacuna ainda existente entre muitos professores e as novas tecnologias, o que resulta em obstáculos e desafios práticos no emprego de tecnologias digitais em suas práticas pedagógicas. No entanto, a popularização de diferentes dispositivos tecnológicos, bem como o maior acesso à internet, apontam para a crescente interação entre Tecnologia e Educação, inclusive no que se refere ao desenvolvimento e à produção de materiais didáticos digitais para estudo online e em dispositivos físicos como notebooks e tablets, fato que não está restrito à educação a distância. Este estudo aborda algumas estratégias para o planejamento, a elaboração e a avaliação de materiais didáticos baseados em tecnologias digitais. Em parte, este projeto pretende proporcionar abordagens didáticas de tratamento da questão, de forma a contribuir para o processo de formação de professores (em serviço e pré-serviço).

CI-09

NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO ESCOLAR: REFLEXÃO SOBRE A APRENDIZAGEM NA ERA DA CIBERCULTURA. Úrsula Nascimento de Sousa Cunha (UFPB)

Com a implementação das novas tecnologias, entre elas o computador, aparelho celular, vídeo games, ipods, entre outros equipamentos tecnológicos do mundo moderno, na sociedade, notamos mudanças estruturais em práticas cotidianas de muitas pessoas. Inegavelmente, as tecnologias atuais têm exercido grande influência na forma de pensar e de compreender o mundo, de comunicação e interação entre os pares, de entretenimento e relações comerciais, de aprendizagem e manifestações culturais. Percebemos, na atualidade, a mudança no cenário de nossas casas, bibliotecas, universidades, instituições de ensino, que se tornaram “arquipélagos tecnológicos”, despertando-nos para a urgência de se refletir sobre a técnica e sua relação com o ser humano. Por essa razão, a reflexão sobre a influência das tecnologias da informação e comunicação em nossa sociedade deve abordar dois campos de estudos relevantes na constituição de um ser social: a linguagem e a educação. Assim, esta comunicação se propõe a perceber, a partir de revisão de literatura e de entrevistas com alunos e professores da Escola Estadual Régis Bittencourt, em Feira de Santana, Bahia, o quanto tais tecnologias os têm influenciado em sua vida acadêmica e no processo de ensino e de aprendizagem desses alunos e suas formas de interação com colegas, professores e outros interlocutores.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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O USO DAS NTICS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: LETRAMENTO DIGITAL NO CURSO DE LETRAS. Solimar Patriota Silva (UNIGRANRIO; UFRJ)

Os gêneros emergentes e os avanços da Web 2.0 possibilitam maior interação e autoria e reforçam a necessidade de o letramento digital do professor para o uso das NTICs ser de forma crítico-reflexiva. Assim, apresentamos uma experiência de letramento digital na formação inicial de professores. Dezesseis alunos participaram da pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, na qual investigou-se a percepção dos discentes quanto à criação de AVAs para a elaboração de atividades de aulas de língua portuguesa. Esses alunos criaram aulas cujo foco central era o ensino de leitura na educação básica, em um ambiente digital criado e escolhido por eles. Resultados indicam que os participantes preferem tarefas que envolvam o uso das NTICs, pois entendem ser positiva a aprendizagem de novas ferramentas tecnológicas para uso pedagógico e percebem a necessidade de maior aprofundamento teórico-metodológico para a organização de suas aulas. Os depoimentos desses alunos quanto ao que aprenderam com a experiência e sobre como as atividades com o uso das NTICs contribuem para o ensino-aprendizagem de leitura em língua materna proporcionam reflexão sobre o letramento digital do professor acontecer em sua formação inicial para que, cada vez mais, ele possa contribuir, também, com o letramento digital de seus alunos.

OS MULTILETRAMENTOS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MÉDIO. Regina Cláudia Pinheiro (UEC/FUNCAP); Ana Maria Pereira Lima (UFC)

Os professores de língua portuguesa do Ensino Médio têm tentado inserir as tecnologias de informação e comunicação (TIC) em suas aulas, no entanto, o potencial dessas tecnologias têm sido, muitas vezes, subutilizados. Essa constatação nos instigou a investigar como os professores ensinam leitura por meio dos gêneros digitais e como trabalham a multimodalidade constitutiva desses gêneros. Para realização deste trabalho, fundamentamo-nos, principalmente, em Rojo (2012), Pasquotte-Vieira; Silva; Alencar (2012) e Pinheiro e Araújo (no prelo) e acompanhamos, através de vídeos, aulas em que professores utilizam as TIC para o ensino de leitura. Os resultados comprovam que o professor, ao privilegiar o roteiro do livro didático, desconsidera a multimodalidade dos vídeos, legitimando apenas a modalidade escrita e desconsiderando os outros modos de fazer sentido. Concluímos afirmando que a leitura linear em textos do ambiente digital é inoperante e apresentamos como sugestão o trabalho com gêneros digitais que colaboraria para a promoção de multiletramentos.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CARACTERIZAÇÃO DA FLUÊNCIA DIGITAL DE DOCENTES DO CURSO DE ENFERMAGEM. Rose Reny Sousa Patricio de Moraes; Candice Heimann; Cláudia Prado; Diana Liberal; Giselle Vieira Vidal; Gésica Kelly da Silva Oliveira (FAVIP)

A perspectiva de uma era digital tem levado os professores a procurar novo saberes, na expectativa de um encontro entre sua profissão e os imperativos culturais do desenvolvimento tecnológico. Assim o docente enquanto agente transformador, precisa buscar evidenciar a importância da sua área de ensino na qualificação prática do trabalho dos profissionais que forma. Objetivou-se caracterizar a fluência digital dos docentes do curso de enfermagem de uma faculdade do agreste pernambucano a partir de estudo exploratório e descritivo, de natureza quantitativa. A amostra foi composta por 17 professores do curso de um curso de bacharelado em enfermagem de uma instituição no agreste pernambucano. Os dados foram coletados mediante aplicação de entrevista semi-estruturada visando obter informações sobre as seguintes variáveis: caracterização dos docentes de enfermagem e identificação da fluência digital dos docentes. Identificou-se que ainda não se possui 100% dos docentes do curso de enfermagem com conhecimento suficiente nas tecnologias de informação, apesar da maioria dos docentes possuírem conhecimentos adequados sobre as ferramentas virtuais, alguns verbalizaram que não utilizam as tecnologias de informação no processo de docência, fato este preocupante, pois este contexto pode ocasionar uma educação monótona e arcaica, onde não existe espaço para as novas tecnologias.

CI-10

POETAS NA REDE: UM ESTUDO DE CASO SOBRE INCLUSÃO DIGITAL NUMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO JABOATÃO DOS GUARARAPES. Fernanda Pinheiro de Souza e Silva; Ivaneide Vasconcelos; Sonayra Costa (UNICAP)

Sabe-se da explosão de gêneros emergentes diante da tecnologia digital, o e-mail, o chat, o blog, etc, estão em ascensão; entretanto, é conhecido também, que muitos desses gêneros eletrônicos vieram de gêneros textuais antigos, como a carta, o bate-papo informal, o diário, consequentemente. Foi utilizando a intertextualidade intergêneros, esclarecida por Marcuschi (2008), que mesclamos o gênero e-mail com o gênero poema e produzimos na sala de aula do Fundamental II de uma escola pública com alunos do nono ano um e-book de poemas chamado: Metamorfoseando emoções: sou aluno, sou também poeta. O objetivo do trabalho foram vários, dentre

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eles, promover o desenvolvimento do letramento digital do aluno, desenvolvimento esse que está relacionado as competências discursivas e que pressupõem as competências comunicativas, linguísticas e pragmáticas, além de tecnológicas, como Xavier (2010) argumenta. A metodologia da pesquisa se baseou na escrita e reescrita de poesias pelos alunos por e-mail abordando temas da atualidade, consideramos esse processo, como aborda Geraldi (2006), fundamental para a formação de um aluno-escritor. A apropriação dos gêneros pelos alunos foi primordial para a produção do livro eletrônico, primordial para suas autopercepções. Eles puderam exercitar a criatividade, reforçando seus talentos, criticando, aplaudindo o mundo a sua volta, quer virtual ou não.

TEXTO E HIPERTEXTO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO NO CIBERESPAÇO. Lucicleide Pena da Silva Mendes (SEDUC-PE)

Estamos na era digital! O ciberespaço é o espaço por excelência onde hoje se produz e se dissemina conhecimento através de um formato de texto que exige do leitor mudança da condição passiva para condição interagente. Esse novo sujeito social explora incansavelmente no ciberespaço o novo, mas também o comum. Essas mudanças no processo de comunicação da informação, da sociedade conectada têm gerado várias pesquisas sobre uso pedagógico do hipertexto, em relação à natureza da leitura/escritura e papéis do leitor/autor; assim como sobre o uso pedagógico do ciberespaço em relação à organização do fluxo de informação. Segundo Lévy, existe uma inteligência coletiva que é o mundo simbólico criado pela mente humana com o uso da mídia digital e a regra geral da aprendizagem coletiva é um processo cognitivo, independente de qualquer plataforma. Para Lévy esse novo sistema de inteligência coletiva que emerge da cognição pessoal precisa ser organizado pelo significado e conexões desses significados através de um sistema de gerenciamento de conhecimento pessoal/social. Com este trabalho, pretendemos avaliar algumas práticas de letramento no ciberespaço como a retextualização digital e a webquest e verificar o potencial destas para criação do sistema de gerenciamento do conhecimento.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES SOBRE AVALIAÇÃO FORMATIVA EM UM CURSO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL. Gonzalo Enrique Abio Vírsida (UFAL)

Com este trabalho queremos comentar sobre algumas ações avaliativas realizadas com alunos iniciantes de um curso de pedagogia semipresencial em uma universidade do nordeste brasileiro. As experiências de avaliação formativa que serão aqui

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relatadas correspondem à primeira disciplina do curso - chamada de Educação e Novas Tecnologias - que tem como objetivo introduzir os alunos no conhecimento de alguns conceitos básicos de EaD, mas também tem o desafio de proporcionar o letramento digital necessário para dar os primeiros passos em uma carreira semipresencial universitária em um contexto em que uma parte importante dos alunos não tem o suficiente contato prévio e familiaridade com o trabalho com computadores. Com base nas percepções dos próprios participantes apresentaremos os resultados obtidos com este curso que foi elaborado seguindo princípios de Design Instrucional, letramento e competências necessárias e também desde uma perspectiva da andragogia favorável ao perfil maioritário dos alunos participantes.

A UTILIZAÇÃO DA REDE SOCIAL DIGITAL FACEBOOK COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO ENFRENTAMENTO DAS PERTURBAÇÕES DE LINGUAGEM NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE ESCADA-PE. José Marcos da Silva (UFPE)

A educação inclusiva preconiza condições favoráveis à aprendizagem de todos. Considerando que as redes sociais podem ser um instrumento de aprendizagem colaborativa, este trabalho objetivou utilizar a rede social digital Facebook como instrumento de aprendizagem no Atendimento Educacional Especializado com vistas ao enfrentamento das perturbações de linguagem na Rede Municipal de Ensino de Escada/PE. Foram realizadas atividades de aprendizagem para a produção de indicadores educacionais municipais, aplicado questionário e construiu-se um plano participativo para enfrentamento das perturbações de linguagem. Confirma-se que a utilização do Facebook contribuiu para a aprendizagem colaborativa no Atendimento Educacional Especializado por favorecer a integração da comunidade escolar a partir da superação da limitação espaço/tempo, reunindo diversos atores sociais, organizando debates e favorecendo diálogos.

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CEJAD: FAVORECENDO A INCLUSÃO DIGITAL E SOCIAL DE JOVENS E ADULTOS DETENTOS COM O AUXÍLIO DE JOGOS EDUCACIONAIS. Adriana da Silva Nogueira; Fabio Pereira da Silva (FEUC)

O presente artigo visa apresentar uma proposta para formar e capacitar jovens e adultos detentos através da utilização de diversas ferramentas educacionais de forma

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a promover tanto a inclusão social quanto a inclusão digital destes, apresentando um conceito que visa disseminar a educação através de uma metodologia semipresencial aliado ao uso de jogos educacionais visando auxiliar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem, estimulando o raciocínio e a busca pelo conhecimento de maneira agradável. Apresentamos ainda as características para a criação de um ambiente específico, o CEJAD - Centro de Educação de Jovens e Adultos a Distância para implementar a proposta mencionada.

ESTUDOS SURDOS E NOVAS TECNOLOGIAS: IMPLICAÇÕES SOBRE O LETRAMENTO DIGITAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Heloísa Andreia de Matos Lins (UNICAMP)

A presente comunicação traz elementos sobre a criação do Grupo de Estudos Surdos e Novas Tecnologias, GESTEC, vinculado ao Grupo de Pesquisa ALLE – Alfabetização, Leitura e Escrita – da Faculdade de Educação da UNICAMP, como parte de um projeto mais amplo ligado à alfabetização e letramento digitais de alunos surdos e ouvintes, na rede pública de ensino da região metropolitana de Campinas/SP. Neste sentido, aborda aspectos de uma pesquisa-ação em andamento, numa escola regular de rede municipal, intitulada “Mediações nas práticas pedagógicas de letramento de alunos surdos com base nas TICs” e os desdobramentos desse trabalho, articulados ao referido Grupo de Estudos.

HIPERTEXTO: POTENCIALIZADOR DA AUTOAPRENDIZAGEM DO ALUNO. Cleonice Borges Ribeiro; Débora Cristina Santos e Silva (UEG)

A pesquisa está relacionada com as múltiplas possibilidades que o hipertexto proporciona de aprendizagem dentro e fora das salas de aula, pois este constitiu-se em um recurso dinâmico, atual e interativo, propiciando a oportunidade da auto-aprendizagem, aprendizagem colaborativa, de forma lúdica e estimulante, mediada pelo professor e pelo computador. De acordo com Levy, 1993, o hipertexto tem a função de associar um dado ao outro, assim como a mente o faz, pois ambos são estruturados para que as informações estejam organizadas de acordo com relações espaciais. Sendo assim é inquestionável a contribuição dos hipertextos no processo ensino-aprendizagem, uma vez que constituem uma rede associativa com características não lineares, onde o usuário tem a oportunidade de construir seu próprio trajeto educacional, em consonância com as necessidades reais de sua pesquisa. O aluno usuário de um hipertexto terá não apenas a oportunidade

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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de ampliar consideravelmente seus conhecimentos, mas de ser o sujeito de sua aprendizagem, adquirindo conhecimentos nas mais diversas áreas do saber. Assim o professor passa a ser o mediador desse processo, oferecendo subsídios para que essa aprendizagem colaborativa aconteça através de uma linguagem midiática que reflete possibilidades múltiplas de aquisição do conhecimento.

LETRAMENTO DIGITAL PARA OS PROFESSORES E TÉCNICOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DA CIDADE DE ARTUR NOGUEIRA. Thales de Társis Cezare (UNASP)

Hoje em dia as ferramentas de tecnologia de informação e conhecimento TIC´s vêm se tornando cada vez mais importante no processo de ensino e aprendizagem, o letramento digital proporciona “um conjunto de conhecimentos que permite às pessoas participarem nas práticas letradas mediadas por computadores e outros dispositivos eletrônicos no mundo contemporâneo” (BUZATO apud FONSECA, 2005, pg. 24). Apresentam-se nesse trabalho os resultados do projeto de Extensão Universitária intitulado “Letramento Digital para os Professores e Técnicos da Rede Municipal de Ensino da Cidade de Artur Nogueira”. O projeto proporciona o treinamento dos indivíduos em diversas tecnologias digitais, tais como: lousa digital, sistemas operacionais, editores de textos, navegadores para internet, software para planilha eletrônica e apresentação de slides. Através da aplicação de módulos práticos em laboratório realiza-se o treinamento para que saibam como utilizar e para que utilizar essas tecnologias, e possam incorporar as habilidades adquiridas em seu cotidiano. Como resultado atingido com a execução do projeto destaca-se a participação de todos os professores da rede municipal de ensino que vivenciam uma quebra de paradigma no processo de ensino e aprendizagem proporcionado pelas TIC´s. O professor tem a oportunidade repensar sua forma de atuação em sala aula e fora dela.

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A AULA VIA WEBCONFERÊNCIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PRESENÇA DO DISCURSO DO OUTRO NO DISCURSO DO EU. Siane Gois Cavalcanti Rodrigues; Ewerton Ávila dos Anjos Luna, Maria José de Matos Luna (UFPE)

Este estudo objetiva analisar como se dá a presença do outro no discurso do eu, a partir da análise do discurso de um professor em uma webconferência do curso de letras – português a distância da UFPE. Com o aporte da teoria dialógica

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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bakhtiniana, procura-se compreender o funcionamento sociodiscursivo de um gênero milenar que sofreu instigantes renovações, as quais foram motivadas por demandas extralinguísticas: a flagrante emergência e expansão dos cursos a distância nas universidades públicas do nosso país.

A HIPERTEXTUALIDADE DIGITAL NOS CURSOS EAD DO IFPE: UM ESTUDO DE CASO. José Carlos Leandro (UFPE)

Buscamos, em nosso trabalho, fazer uma análise das principais características do hipertexto digital, com ênfase nas interfaces que o IFPE disponibiliza em seus cursos à distância com o uso da plataforma Moodle. Abordaremos a natureza da linguagem, tendo como referencial os principais recursos mediados pelas interfaces assíncronas, com ênfase nas intervenções on-line (síncrona). Dessa forma, apresentaremos a dinamicidade plástica da linguagem que é proporcionada pelas ferramentas digitais na modalidade síncrona, buscando fazer um paralelo com as utilizadas nos modos tradicionais. Compreendemos que a linguagem possui uma práxis entre o locutor e o interlocutor que caracteriza uma determinada “regra” constitutiva, considerando seus usos, propósitos e seus sentidos. A partir dessas indagações, buscaremos relacionar as estratégias de análise da linguagem verbal com a discussão sobre a construção de sentidos presentes nas diversas semioses dos cursos. A noção que guiará a presente reflexão se estrutura em seus pressupostos a partir da ideia de enunciação digital enquanto surgimento de um domínio discursivo com especificidades próprias na medida em que algumas das características presentes no formato tradicional, impresso, são redimensionadas pela perspectiva hipermidiática das interfaces on-line. Nesse sentido, concluiremos nossa análise descrevendo o perfil avaliativo requerido ao aluno para a referida instituição na modalidade EaD.

A LEITURA E ESCRITA NO HIPERTEXTO COMO PRÁTICAS SOCIAIS: REFLEXÕES A PARTIR DA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO. Lenir de Jesus Barcelos Coelho; Débora Silva (UEG)

Vários estudos desenvolvidos no campo da educação apontam para as dificuldades relacionadas à deficiência da leitura, da escrita e da interpretação de textos impressos, que abrangem uma parcela significativa de alunos, os quais se apresentam incapazes de compreender o que leem. No entanto, percebe-se que com o advento da internet surgem novas formas de leitura e escrita, trazendo para o cotidiano das crianças e jovens em idade escolar essa nova linguagem, colocando-os, ao mesmo tempo, na

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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situação de leitor e de autor. Este trabalho propõe reflexões, à luz de autores como Lévy, Marcuschi, Chartier, Ramal, Xavier, sobre como se configuram a leitura e a escrita no hipertexto, bem como sobre o papel social destas práticas e as implicações para o letramento dos que as utilizam.

A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR EM PERNAMBUCO. Marcelo Sabbatini; Adriana Alves Moreira dos Santos (UFPE)

O presente trabalho versa sobre a importância da mediação pedagógica nos cursos realizados a distância, pois a consideramos como fundamental nos processos de ensino e aprendizagem, independente da modalidade (presencial ou à distância). Sendo imprescindível na educação a distância (EaD), uma vez que não existe o contato face a face. Dessa forma, os alunos precisam do retorno frequente do tutor (professor), essa interação é que contribuirá (ou não) para a construção do conhecimento. O principal objetivo do trabalho é verificar e analisar como está ocorrendo a mediação pedagógica entre tutor (professor) e aluno nos cursos de graduação a distância nas Instituições de Ensino Superior na Região Metropolitana do Recife-PE. Pretendemos entender como está se dando a prática da EaD, se embasada nos pressupostos tradicionais de ensino ou com a visão socioconstrutivista. A princípio, a metodologia utilizada está sendo a pesquisa bibliográfica com autores de referência da área. Os resultados iniciais desse trabalho também são baseados nas referências bibliográficas encontradas sobre o tema, os quais deram embasamento à construção do mesmo.

CI-13

A PRODUÇÃO DE TEXTO EM AVA: UMA DISCUSSÃO SOBRE A (RE)ESCRITA EM BASE DE DADOS. Morgana Soares da Silva (UFPE)

Este trabalho tem por objetivo precípuo problematizar as possibilidades da (re)escrita no AVA Moodle, enfocando as ferramentas virtuais da base de dados utilizadas no Curso de Licenciatura em Letras a Distância da UFPE. Tal investigação é justificável por observar antigas questões sobre a produção textual em um novo ambiente de aprendizagem – o AVA –, contribuindo para um maior conhecimento sobre essa modalidade de ensino. Metodologicamente, procedemos a uma reflexão teórica alicerçada na Linguística Aplicada (ABAURRE, FIAD & MAYRINK-SABINSON, 1997; FIAD, 1997; GERALDI, 2001; GERALDI & CITELLI, 2004; LEAL,1999;

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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RUIZ,2001; VAL & ROCHA, 2008) e na EaD (ARAÚJO JR. & MARQUESI,2009; GONZALEZ, 2005; MAIA & MATTAR, 2007; MARQUESI, ELIAS & CABRAL, 2008; SILVA, 2003), para as quais: i) o tutor a distância é responsável pela avaliação e pelo estímulo da produção escrita discente; ii) a produção textual constrói a aprendizagem e a interação; iii) as ferramentas do AVA estimulam as competências linguística e metagenérica. As reflexões tecidas neste ensaio resultaram em sugestões de procedimentos metodológicos de (re)escrita em AVA que (re)criam as estratégia didático-pedagógicas para produção de textos em ambientes online. Apoio: CAPES.

AS FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO EM EAD SOB A ÓTICA DO DISCENTE. Vinicius Varella Ferreira (UFPE); Denilson Pereira de Matos (UFPB)

Objetivou-se investigar as ferramentas de avaliação utilizadas no curso de graduação em EaD sob a ótica dos discentes. Para tanto, adotou-se como metodologia de pesquisa a Análise de Conteúdo de Bardin (2002) de tal modo que foi possível organizar a pesquisa em três momentos distintos, porém interligados: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados, inferências e interpretação. A pesquisa foi desenvolvida com alunos graduandos do curso de letras na modalidade a distância da UFPB no ano de 2011 na disciplina de Introdução a EaD, cujo objetivo é a instrumentalização e o conhecimento sobre EaD e suas ferramentas. A partir desta pesquisa apontou-se aspectos positivos e negativos da avaliação em EaD sob a ótica dos discentes e também discutiu-se sobre avaliação inclusiva e avaliação para exclusão. Os resultados desta pesquisa estão apresentados em gráficos, tabelas e por relatos dos sujeitos sobre as ferramentas utilizadas para avaliar os alunos na EaD. Apresentam-se na conclusão desta pesquisa, a partir da ótica do discente, as ferramentas mais eficazes no processo de avaliação, as diferenças nos processos de avaliação entre as modalidades presencial e a distância, assim como outras particularidades acerca das ferramentas de avaliação em cursos de EaD.

AS VARIAÇÕES LINGUISTICAS NAS INTERAÇÕES VIRTUAIS DOS ESPAÇOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA EAD. Telma Sueli Farias Ferreira (UEPB)

Com o advento das NTICs e sua inserção na EAD, as interações verbais entre professor e aluno, seguiram caminhos diferenciados daqueles traçados pelos cursos na modalidade a distância que tinham a correspondência, o rádio e a televisão, como meios de comunicação para a efetivação das interações. Nesta nova era da EAD, as interações virtuais entre docente e discente têm sido foco de pesquisas que investigam

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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este tema sob diversos ângulos. Nesta perspectiva, embasados na Sociolinguistica Educacional de Bortoni (2009), que versa sobre as variações linguísticas da língua portuguesa, analisamos as interações entre professor, tutor e aluno, de uma disciplina do curso de Letras a distância, oferecido pela UFPB, ocorridas no fórum e no chat da plataforma moodle desta instituição, objetivando comprovar ou refutar a hipótese de que as falas destes indivíduos, apesar de haver interactantes originários da zona rural, são permeadas por uma linguagem: (i) típica da zona urbana, (ii) bem monitorada e (iii) permeada pela cultura de letramento. Ao final de nossas análises concluímos que estas interações virtuais estão pautadas numa cultura de letramento, com a predominância do estilo monitorado e se encontram localizadas nas áreas onde permeiam os falares característicos da zona urbana.

CARACTERÍSTICAS DE UM HIPERGÊNERO - O AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM MOODLE COMO ESPAÇO FORMATIVO DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS. Eneida Moreira de Brito; Nicéia Maria de Figueiredo Souza Melo (NTE 16)

Objetiva-se apresentar, neste estudo, o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Moodle, como espaço formativo de múltiplas linguagens, destacando os gêneros digitais e as interfaces comunicacionais hipertextuais nele presentes, caracterizando-o como um hipergênero segundo (BONINI 2003, MARCUSCHI 2004). Apresento o espaço formativo de uma turma do curso Utilização Pedagógica das Mídias Digitais realizado no ano de 2010 no Núcleo de Tecnologia Educacional NTE16 de Vitória da Conquista.

CI-14

CONSTRUÇÃO DE COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM POR MEIO DE UM GAME DE INGLÊS EM 3D. Susana Cristina dos Reis; Adilson Fernandes Gomes; Anderson josé Machado Linck; Rosangela Segala de Souza (UFSM)

A implementação de atividades de linguagem, por meio de plataformas digitais e de redes sociais, tem desafiado professores de línguas a preparar materiais didáticos digitais, que levem em consideração os contextos de uso de linguagem, disponibilizados pela Internet para o engajamento dos participantes. Neste artigo reportamos a experiência de construção de um curso de inglês interdisciplinar em 3D, por meio de ambientes imersivos, tais como a tecnologia Open SIM e o ambiente virtual MOODLE. O “English 3D” segue princípios de construção de games online (GEE,

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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2007; 2008) e, ainda, leva em consideração os fatores que cativam os participantes a jogar: o desafio, a tomada de decisão e a recompensa (JOHNSON, 2005). As atividades visam gerar desafios de aprendizagem aos alunos envolvidos no ambiente imersivo, prevendo simulação de práticas sociais, nas quais os participantes podem se envolver e praticar a língua-alvo. Resultados iniciais apontam que a construção de um curso interdisciplinar dessa natureza requer a negociação de saberes, tanto de ordem pedagógica, tecnológica e linguística, quanto para a construção de material didático digital que explore diferentes práticas sociais e discursivas realizáveis no ciberespaço.

CONTROLE PERCEBIDO E A DOMINÂNCIA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD: UM ESTUDO DAS INTERPRETAÇÕES DO CONSUMIDOR SOBRE SUA INTERAÇÃO COM O AMBIENTE DE SERVIÇO ONLINE. André Falcão Durão (UFPE)

Pesquisa que teve como objetivo conhecer quais as interpretações do consumidor sobre sua interação com o ambiente de serviço, tendo como moderadores a percepção de controle e o estado emocional dominância. Enfatiza a prestação do serviço educacional a distância na modalidade online, tendo a participação do aluno como consumidor que interage com o ambiente virtual de aprendizagem. As bases teóricas da investigação foram: ambiente de serviços, o controle percebido e respostas emocionais baseadas no consumo hedônico e utilitário. A pesquisa teve um caráter fenomenológico interpretativo. Como método optou-se pelo estudo de caso único. Foi selecionada uma instituição prestadora de serviços educacionais profissionais de referência nacional. Para a coleta de dados foram empregadas as técnicas de observação participante (efetuada pelo pesquisador-aluno) e entrevistas fenomenológicas em profundidade (com outros alunos da mesma turma). Foram entrevistados alunos deste curso, bem como especialistas da área do estudo. Os resultados indicaram que a percepção de controle e o consequente estado emocional da dominância influenciam as interpretações positivas dos consumidores em relação à interação com o ambiente de serviço virtual. Estas interpretações positivas são traduzidas em aspectos hedônicos do consumo, remetendo ao prazer, ao divertimento durante e ao final da interação.

CURSO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA: UMA EXPERIÊNCIA EM EAD.

Marta Pinheiro; Ana Maria Petraitis Liblik; Núria Pons Vilardell Camas (UFPR)

O estudo apresenta o curso de extensão universitária em Educação Integral e Integrada oferecido pelo Setor de Educação em parceria com a Coordenação de

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Integração de Políticas de Educação a Distância da UFPR, e discute possíveis alterações em sua estrutura que possibilitem sua adequação ao universo da escola integral. O curso, com 260 horas/aula distribuídas em dez módulos, foi desenvolvido nos Polos UAB de quatro municípios paranaenses e um gaúcho. De um total de 330 alunos inscritos, 212 iniciaram o curso e destes, 106 alunos o concluíram e tiveram direito ao certificado. Discutem-se aspectos positivos e negativos do curso referidos por alunos e tutores, a partir do preenchimento dos formulários de entrada e de saída fornecidos pela SECAD/MEC. Conclui-se que a oferta de práticas pedagógicas e a obrigatoriedade do TCC centrado no universo imagético foram consideradas fundamentais para a formação à distância de professores atuantes em escolas da rede pública de educação básica, contribuindo para a implantação e o desenvolvimento de programas de Educação Integral e Integrada.

DESENHO DE UM CURSO DE INGLÊS A DISTÂNCIA E PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA A LEITURA DE TEXTOS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA. Angela

Cristina de Oliveira Corte; Priscila Mayumi Hayama (USP)

O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência na elaboração de um curso a distância de inglês para a leitura de textos. Com base na lacuna dessa modalidade de cursos em nosso contexto de universidade pública paulista, desenvolvemos um projeto piloto com expectativa de atender à grande demanda por cursos de inglês, decorrente da internacionalização de nossa instituição, bem como da globalização. Acreditamos que, devido ao avanço das tecnologias digitais e às facilidades de acesso nos últimos anos, o ensino de línguas a distância poderia contemplar um número maior de alunos já que permite flexibilidade de tempo, espaço e custo. Partindo de uma abordagem colaborativa de aprendizagem, descreveremos as etapas percorridas, as decisões tomadas e os critérios utilizados no desenho do curso e na produção de materiais didáticos, enfocando dois aspectos fundamentais: autonomia e mediação. Além disso, abordaremos questões relevantes do processo de planejamento, construção e avaliação do curso como um todo. Esperamos que nossa experiência possa servir para reflexão, visando à elaboração de outros cursos de língua na modalidade a distância em contexto universitário.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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DOCÊNCIA EM EAD: DO PLANEJAMENTO À REFLEXÃO. Ana Cristina Lobo Sousa (UFMT); Samuel de Carvalho Lima (IFRN)

Pautado pela compreensão de saberes docentes de Tardif (2002), este trabalho descreve a experiência de tutoria realizada na disciplina Gêneros Textuais e Ensino, ministrada semipresencialmente pela equipe de tutores em Educação a Distância (EaD), utilizando-se do Solar, Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Instituto UFC Virtual. O nosso trabalho compreende a descrição de uma possibilidade de atuação tutorial reflexiva que favorece a avaliação constante de nosso fazer a fim de, com ele, saber-fazer cada vez melhor e institucionalizar tal saber para futuras práticas. Os resultados dessa experiência apontaram para a constituição de dois momentos específicos que refletem a docência em EaD através de ambientes virtuais: das escolhas e planejamento; da atuação presencial e online. Concluímos que o desenvolvimento de uma prática docente reflexiva nesse contexto pode favorecer a constituição de um grupo de discussão sobre as questões relevantes a respeito da didatização necessária ao tratamento dos temas abordados e o monitoramento constante da ação tutorial, a fim de promover a efetiva participação dos alunos na leitura e na escrita em ambiente virtual.

DOCENTES ON-LINE: QUAL O PERFIL DA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE PERNAMBUCO? Eber Gustavo da Silva Gomes; Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho (UFPE)

Na atualidade, principalmente após a revolução industrial e o crescente avanço das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), a sociedade vem passando por um processo de mudanças significativas, particularmente, nas áreas econômicas e sociais, uma sociedade voltada para os saberes e as ciências. Em tempo, um dos eventos de grande impacto nessa revolução foi o surgimento do computador e, em paralelo, outro recurso revolucionário chamado internet, que mudou consideravelmente a vida do homem, principalmente no aspecto educacional. Essas repercussões influenciaram significativamente as sociedades, costumes e contextos culturais. A educação, considerada como um pilar para as sociedades, também foi influenciada pelas mudanças. Nesse contexto surgiram novas formas de atuação dos profissionais da educação que saíram da sala de aula e, também, entraram no mundo virtual.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Hoje, se conhece pouco sobre o perfil da formação destes profissionais. Não se sabe, por exemplo, se os mesmos estão se aperfeiçoando e atualizando-se para trabalhar na modalidade de Educação à Distância (EaD). Esta pesquisa visa identificar o(s) perfil(is) da formação existente(s) dos docentes, com foco na Educação a Distância, que atuam no estado de Pernambuco, com educação profissional.

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ONLINE E PRÁTICA DOCENTE: RELAÇÕES COM A CULTURA DA PÓS-MODERNIDADE. Josivania Maria Alves de Freitas; Ana Beatriz Gomes Carvalho; Clara Cristina Cavalcanti Santos (UFPE)

Este artigo é parte de pesquisa realizada no Programa de Extensão Proi-Digital da Universidade Federal de Pernambuco, que pretende analisar a concepção dos jovens envolvidos sobre produções escritas de conteúdos digitais nas oficinas desenvolvidas no referido programa, particularmente na oficina de blog, a partir da própria produção feita pelos jovens. Através da etnografia virtual, os dados coletados em blogs produzidos pelos discentes de uma escola pública municipal em Recife-PE apontam desafios e possibilidades para a produção escrita de conteúdos digitais. Os estímulos desenvolvidos em redes via internet possibilitam a produção escrita, considerando as formas de aprender e de produzir de cada aluno envolvido no processo de produção escrita de conteúdos em redes. Os resultados iniciais apontam desafios na forma de produção escrita de conteúdos nos blogs, pois, em sua maioria, os discentes se concentram em determinado conteúdo e se desconectam de outros. Neste sentido, há um rápido e frágil desenvolvimento de habilidades no que está sendo aprendido.

EDUCOPÉDIA: O QUE MUDA NA EDUCAÇÃO CARIOCA? Andréia Cristina Attanazio Silva (UERJ)

O texto pretende apresentar um recorte da análise de entrevistas semi-estruturadas com professores e alunos de uma escola da rede pública municipal do Rio de Janeiro, bem como de observações intensivas às aulas de professores que utilizam a Educopédia – plataforma online com aulas digitais – realizadas no âmbito de uma pesquisa, ainda em andamento, que tem por objetivo investigar a implementação do mencionado portal em uma escola que integra o projeto Ginásio Experimental Carioca, ambas iniciativas da Secretaria Municipal de Educação do referido município. A pesquisa em questão se caracteriza como um estudo de caso, de cunho qualitativo, com uma inspiração etnográfica. A relação entre teoria e empiria tem ocorrido com base na

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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interlocução com autores tanto do campo da Comunicação (André Lemos, Lucia Santaella, Pierre Lévy), quanto do campo que interseciona Educação e Comunicação (Edméa Santos, dentre outros). O olhar em relação aos sujeitos da pesquisa tem sido orientado, teórico-metodologicamente, pelos pressupostos de alteridade e dialogismo de Mikhail Bakhtin. Dessa forma, a contribuição desta reflexão está em fornecer pistas para se pensar a interface entre as práticas ciberculturais dos sujeitos contemporâneos e a escola.

CI-16

ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE EM PLATAFORMA DE EAD: NOVOS E ANTIGOS DESAFIOS PARA A ARTE/EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE. Niedja Ferreira dos Santos (UFPE)

Se aprendemos uns com os outros mediatizados pelo mundo (BARBOSA, 2009, p.14) e agora também pelas máquinas, como acontece a aprendizagem da Arte em plataformas de EaD? As tecnologias contemporâneas possibilitam sua realização? A Arte é estudada na prática da linguagem, na interação com o outro e por meio de experiências artísticas coletivas (CALLEGARO, 2008, p. 146). Portanto, a presente comunicação busca refletir sobre o Ensino da História da Arte do Curso de Licenciatura em Artes Visuais Digitais modalidade EaD da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. Nesta análise, percebe-se que a Abordagem Triangular do Ensino da Arte (BARBOSA, 1998) permite como opção, o ensino/aprendizagem da História da Arte em concordância com os elementos: “leitura da obra” via ambiente virtual, “contextualização histórica” em processo de pesquisa e “fazer” como produção de trabalhos em formato textual ou imagético. Para Cunha (2010, p. 273), os jovens dominam a linguagem computacional da sociedade em rede enquanto muitos professores ainda necessitam dominar o instrumento. Assim sendo, pode-se afirmar que o Ensino da Arte em ambiente virtual é um desafio para a maioria dos educadores e que estes necessitam buscar a adequação, em consonância a prática docente, às necessidades que a Educação vem enfrentando atualmente.

ENTRE O TRADICIONAL E O MODERNO: A APLICABILIDADE DA PLATAFORMA MOODLE NO ENSINO DE LITERATURA. Herbert Nunes de Almeida Santos; Isaías Francisco da Silva; Fernando Batista Chicuta da Rocha; Etevaldo João Macena (IFAL)

Desde as últimas décadas do século passado, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) impõem suas funcionalidades em nosso cotidiano e apresentam

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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inúmeras possibilidades de uso. Seu funcionamento, como ferramentas eficientes no desenvolvimento de possibilidades à educação, é algo defendido por diversos teóricos da modernidade; uma vez que as conexões das mídias e tecnologias, principalmente as estabelecidas via internet, quase não conhecem limites geográficos, econômicos e sociais, facilitando a aproximação de docentes e discentes no tempo e no espaço, possibilitando mais vantagens no ensino, na aprendizagem e na avaliação. Como também, um acompanhamento mais cuidadoso no desenvolvimento da aprendizagem discente, seja em instituições de ensino presencial que usam as TICs como ferramentas complementares ou na Educação a Distância (EAD). Diante disso, objetivamos mostrar, neste artigo, o processo de ensino/aprendizagem na disciplina literatura brasileira III, do curso de letras a distância do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia de Alagoas - IFAL, realizando uma comparação entre a aplicabilidade atual que envolve a plataforma Moodle e suas ferramentas tecnológicas e os métodos tradicionais no ensino de literatura. Mostraremos aqui os resultados alcançados com o uso do Moodle no que se refere ao ensino, à aprendizagem e à avaliação em EAD.

ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS NO FOMENTO DE ATIVIDADES COLABORATIVAS EM REDE. Thaís Oliveira de Lima; Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho (UFPE)

Este estudo objetiva investigar sobre as estratégias colaborativas de aprendizagens em rede, verificando se há colaboração nas atividades sugeridas pelos professores das disciplinas iniciais de um curso a distância; explanar sobre as contribuições do trabalho colaborativo em rede para a aprendizagem dos alunos, concomitante o exercício do professor-tutor em promover essas ações; e por fim verificar as possibilidades fornecidas pela plataforma, analisando a contribuição das ferramentas disponíveis no ambiente virtual, como facilitador do processo de ensino e aprendizagem. A necessidade de olhar para as práticas pedagógicas que estão sendo desenvolvidas nesses ambientes virtuais de aprendizagem, enfatizando a importância da colaboração entre todos os atores envolvidos nesse processo, foram motivadores para o desenvolvimento desta pesquisa. O percurso metodológico aponta para o uso da etnografia virtual, análise documental e análise do conteúdo.

ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS PARA FOMENTAR A PARTICIPAÇÃO TEXTUAL DISCENTE EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM. Gislaine Gracia Magnabosco (UniFil)

Na Educação a Distância (EAD), o professor-tutor tem um papel essencial, não só porque é o responsável por liberar os conteúdos, orientando e auxiliando os educandos em seu percurso educacional, mas também porque cabe a ele fomentar a

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participação destes, evitando, assim, a desistência e/ou a sensação de abandono (de estar sozinho). Muitos tutores, embora recebam uma capacitação técnica para atuar nos ambientes virtuais de aprendizagem, não recebem uma capacitação didático-pedagógica. Muitos, portanto, não sabem como promover a tão necessária presença docente (estar presente virtualmente), tampouco a efetiva participação dos alunos nas atividades interativas da plataforma; materializadas, em sua grande maioria, via texto. Reconhecendo essa dificuldade e a importância das ações do tutor para a ascensão da produção textual discente visando à criação de um ambiente cooperativo e colaborativo de aprendizagem, este trabalho busca apresentar algumas estratégias motivacionais promulgadas pela literatura especializada (MORGADO, 2001; VIEIRA; LUCIANO, 2002; VIGNERON; PERROTTI, 2003), que, ao serem transpostas ao ambiente virtual de aprendizagem, podem fomentar a participação textual discente, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de uma aprendizagem cooperativa, crítica e comunicativa. Por meio das reflexões aqui expostas, espera-se contribuir, ainda que brevemente, para o saber-fazer do professor-tutor, auxiliando-o, assim, em sua prática docente diária.

CI-17

EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM EM AMBIENTES COLABORATIVOS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM. Francisco Petrônio Alencar de Medeiros (IFPB); Alex Sandro Gomes (CCTE/UFPE)

Quais critérios fazem de uma situação de aprendizagem uma experiência de aprendizagem? Quais dimensões desta experiência impactam na sua qualidade promovendo engajamento? Ao longo dos anos, diversos autores referenciam trabalhos de Dewey como referencial teórico para pesquisas sobre experiências de aprendizagem. O fundamental desse referencial é mostrar que todas as experiências crescem e frutificam a partir de experiências anteriores, ajudando a dar forma à experiências futuras. O principal objetivo deste trabalho é analisar e criticar a experiência do usuário em ambientes colaborativos virtuais de aprendizagem (ACVA) segundo seis parâmetros: fases, comportamentos, conflitos, qualidade, prática docente e fenômenos de aprendizagem. Foi conduzida uma revisão sistematizada da literatura, a partir de um protocolo bem definido que incluiu como etapas a definição das questões de pesquisa, seleção das fontes de pesquisa, definição da string de busca e os critérios de inclusão e exclusão dos estudos primários. Como resultado deste trabalho, um mapa mental foi desenvolvido sumarizando a experiência dos usuários

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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em ACVA. Este extrato servirá de apoio aos pesquisadores em pelo menos dois momentos: em uma pesquisa etnográfica sobre a experiência dos usuários frente às ferramentas colaborativas síncronas e assíncronas dos ACVA e no refatoramento do ACVA Amadeus.

NOVAS MÍDIAS DE APOIO PARA ENSINO DE FERRAMENTAS E PROGRAMAÇÃO NA ÁREA DE COMPUTAÇÃO. Péricles Barbosa Cunha de Miranda; Marcel Pinheiro Caraciolo (UFPE)

Ferramentas computacionais para ensino de tecnologias e programação têm sido apresentadas como meios de auxiliar os atores (professores e estudantes) no processo ensino-aprendizagem. Porém, poucas se adéquam para ensino a distância ou em um formato colaborativo em rede. Neste trabalho discute-se este processo, alguns aspectos das dificuldades no ensino de programação e a proposta de uma ferramenta em formato on-line que auxilie professores e estudantes a obter um maior rendimento no estudo de disciplinas e tecnologias da área de computação. Por fim, é apresentado um caso de estudo realizado com estudantes de uma disciplina de computação na Universidade Federal de Pernambuco, demonstrando como a ferramenta proposta melhora o desempenho dos estudantes.

O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS/LIBRAS, MODALIDADE EAD, POR ALUNOS SURDOS. Severina Batista de Farias Klimsa; Bernardo Luís Torre Klimsa (UFPE)

O objeto de estudo de nosso trabalho é o processo de ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais, que só começou a fazer parte da educação de pessoas surdas a partir de 2006 com a criação do curso de Letras/Libras, diferentemente das pessoas ouvintes que estudam a língua portuguesa assim que entram na escola regular. Inicialmente mapeamos a prática pedagógica dos professores no ambiente virtual moodle, discutimos questões didático/metodológicas e adequações as especificidades linguísticas dos alunos com o auxílio dos recursos tecnológicos do AVA. Participaram da pesquisa 28 alunos surdos e 05 professores ministrantes das disciplinas de Libras I, II, III, IV, V e VI, destes 03 são ouvintes e 02 surdos, do curso de graduação em Letras/Libras, modalidade EAD, pólo UFPE. Os resultados obtidos nos mostram dados positivos, mas questões como: educação de surdos, formação docente, aquisição de L1 e L2 e especificamente sobre língua(gem), ainda precisam ser referenciadas, pois acreditamos que estas têm um papel fundamental na construção

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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da subjetividade desses sujeitos e no processo de construção de conhecimentos. Nosso estudo, pretende contribuir para a prática pedagógica de professores e profissionais que trabalham com pessoas surdas, reavaliar e tecer considerações a respeito de ensino-aprendizagem da Libras.

O GOOGLE DOCS COMO FACILITADOR NA GERAÇÃO DE DADOS EM PESQUISAS. Taynã Cavalcanti de Paiva Monte (UFRN)

A sociedade grafocêntrica exige daqueles que dela fazem parte bom desempenho das práticas de leitura e escrita. Considerando os usos múltiplos dessas práticas, o domínio delas é fundamental, independente da área de atuação profissional. Pensando nisso, o presente trabalho, que se insere no campo da Linguística Aplicada, recorte de uma pesquisa de mestrado ainda em fase de andamento, procura entender como vem sendo a formação linguística situada no Bacharelado em Ciências e Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para tanto, aplicamos um questionário misto para a geração de dados, disponibilizado aos participantes através do pacote de aplicativos Google Docs. O objetivo deste trabalho é mostrar como uma plataforma como essa pode ser útil em situação de pesquisa, como a que aconteceu no nosso contexto. Os pressupostos teórico-metodológicos que nos orientam são os estudos de letramento (KLEIMAN, [1995] 2008; TINOCO, 2008), a pedagogia crítica (FREIRE, 2007) e etnografia crítica (ANDRÉ, 1995). Os resultados apontam o uso da plataforma como um elemento facilitador para geração de dados.

CI-18

O LETRAMENTO DIGITAL E A FORMAÇÃO ACADÊMICA NA EAD. João Wandemberg Gonçalves Maciel; Felipe Oliveira Miranda Cunha (UFPB)

A criatividade, a capacidade de síntese e de interagir usando as informações veiculadas na mídia são exigências da sociedade atual. Desenvolvê-las requer conhecer e utilizar, principalmente, o computador, seus recursos, códigos e linguagens como instrumento de aumento do poder cognitivo e da produtividade, entendida por práticas digitais letradas, fundamentais para a formação do estudante de EaD. Nesse contexto, este artigo busca investigar como o letramento digital interfere na formação acadêmica a distância e analisar o nível de letramento digital apresentado por um grupo de estudantes do Curso de Licenciatura em Letras a distância da Universidade Federal da

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Paraíba, polo de Itabaiana. O estudo fundamenta-se teoricamente por Levy (1999), Xavier (2002), Leão (2005), Coscarelli (2005), Soares (2006), Parente (2009), dentre outros. Aplicou-se ao referido grupo um questionário quando da ministração de um minicurso acerca da leitura e da escrita na plataforma virtual. A pesquisa buscou investigar o conhecimento sobre hipertexto, o perfil de leitor, a manipulação do texto após a busca na internet, as dificuldades encontradas, se há orientação docente e como se dá. Os resultados evidenciam que os participantes necessitam da efetivação do letramento digital visando sua melhor formação acadêmica, tecnológica e cognitiva.

O MOODLE E O FACEBOOK COMO AMBIENTES PEDAGÓGICOS: POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES. Thelma Panerai Alves; Renata Kelly de Souza Araújo (UFPE)

Na atualidade, professores e alunos estão conectados à internet, com seus laptops, tablets, celulares, contudo, a realidade demonstra que a inserção na cultura digital está mais vinculada às situações pessoais e informais do que aos ambientes formais de aprendizagem, sendo que nestes são relativamente reduzidas as experiências e as publicações que tratam do uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem no processo de ensino e aprendizagem. Assim, o presente trabalho visa discutir esta temática inovadora e inquietante a partir da experiência com o uso da plataforma Moodle e da rede social Facebook, na disciplina de Introdução a Educação a Distância, com os discentes do 8º período do curso presencial de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco. Apoiamos nossa pesquisa em autores como COLL e MONEREO (2010), LÉVY (1999), LEMOS (2003), MATTAR (2011, 2012), SILVA (2006), SILVA (2010) e HAGUENAUER (2011) que discutem e explicam estes temas com muita propriedade. Nossa metodologia baseou-se em observações sistemáticas, etnografia virtual e questionários aplicados aos alunos. Os resultados estão em andamento, mas já indicam que os discentes se mostram mais motivados a interagir no Facebook, por ter maior familiaridade com este ambiente, que no Moodle, por apresentar um desenho didático menos flexível.

O USO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM COMO ATIVIDADE COMPLEMENTAR NA FACULDADE JOAQUIM NABUCO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO. Joyce Danielly Pedrosa da Silva (UFPE)

Este artigo apresenta um estudo no qual se explora uma Atividade Complementar denominada “Estudos Dirigidos”. Caracterizada como um componente curricular nos cursos de uma Instituição de Ensino Superior do Recife, Faculdade Joaquim

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Nabuco, a atividade se desenvolve em um Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA. Para isso, foi preciso ter como objetivo principal a identificação e análise da introdução desta atividade no currículo, contextualizando com a essência da Instituição, para que pudéssemos entender os procedimentos adotados na inserção da atividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Consequentemente foi preciso analisar e apontar os reflexos desta atividade na formação acadêmica dos alunos. A utilização de Temas Transversais na atividade proporciona uma gama de discussões contemporâneas, valorizando e possibilitando um ganho no conhecimento adquiridos durante a formação. No entanto, os alunos ainda sentem falta de temas ligados a sua área acadêmica. A flexibilidade e a interação durante o desenvolvimento de uma atividade em um Ambiente Virtual são os pilares que merecem destaque na rotina de aprendizagem em Ambientes Virtuais.

OS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Maria Dalvaci Bento (UFRN)

Indiscutivelmente, os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) têm contribuído para a expansão da Educação a Distância (EaD), favorecendo a disseminação de cursos. O presente artigo destaca parte de uma pesquisa desenvolvida a respeito da implementação do curso Mídias na Educação no Rio Grande do Norte cujo objetivo foi analisar como vem se dando a implementação do referido curso. Um dos pontos investigados foi o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) utilizado pelas duas universidades que ofertam o curso: a Universidade Federal e a Estadual do Rio Grande do Norte. Foram elaborados questionários online para que os professores/cursistas de diversos municípios do estado pudessem participar da pesquisa. Os resultados obtidos quanto ao AVA mostraram que para os professores que necessitam participar de cursos a distância, frequentar um curso por meio de um AVA tem sido um verdadeiro desafio. Sendo assim, as universidades devem levar em conta que esses ambientes precisam estar organizados de forma que os cursistas não tenham dificuldade em utilizá-los. As ideias que defendemos, aqui, foram embasadas nas discussões de Almeida (2003), Schlemmer (2005), Kenski (2008) Ramos e Medeiros (2009) e Rayol (2009).

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-19

OS PAPÉIS E USOS DE FÓRUNS EM UM DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES A DISTÂNCIA NO BRASIL. Bethania Medeiros Geremias (UFSC)

Ao considerar as novas modalidades de ensino e aprendizagem na educação científica e tecnológica, bem como as perspectivas epistemológicas e metodológicas neste campo de estudo: Paquette (2002); Bruillard et al. (2006) e Charrat et al. (2007), são discutidos resultados de pesquisa realizada durante a realização de um Master Recherche na Université de Nantes em 2010. Através de um estudo de caso, foram analisadas as funções e os usos de um fórum dedicado às trocas entre professores da disciplina de metodologia da ciência de um curso de formação de professores a distância e tutores. Constatou-se que os tutores possuiam uma formação generalista, tornando necessária a criação de um espaço de formação paralela em ciências via interações com os professores da disciplina em um fórum. Evidenciou-se uma participação pouco ativa dos tutores, pois mesmo os que visitavam os fóruns regularmente o faziam na condição de espectadores. Dentre aqueles que participaram mais ativamente, o fizeram sobretudo para relatar as atividades realizadas com os alunos nos momentos presenciais. Para tanto, acredita-se ser pertinente repensar as estratégias utilizadas pelos professores da disciplina para fazer evoluir a interação para o debate, possibilitando, deste modo, a co-construção de conhecimentos defendida pelo referencial utilizado nesta pesquisa.

PRÁTICAS DE TUTORIA A DISTÂNCIA NO CURSO DE HISTÓRIA A DISTÂNCIA DO CESAD/UFS/UAB: MEDIAÇÃO E COMUNICAÇÃO OFF E ON-LINE NA PLATAFORMA MOODLE. Elissandra Silva Santos; Henrique Nou Schneider (UFS)

A educação superior a distância via internet (EaD) vem promovendo uma série de transformações que tanto o docente quanto o discente passam a assumir papeis distintos devendo todos atuarem de forma colaborativa impondo aos professores envolvidos na modalidade EaD necessidades de novos saberes e práticas. Com a função de promover o processo de aprendizagem via internet temos o tutor a distância com a finalidade de orientar, mediar e promover a comunicação no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo identificar e refletir sobre as práticas de tutoria a distância no Curso de História a Distância, da Universidade Federal de Sergipe (CESAD/UFS/UAB) visando perceber como ocorre a mediação do tutor a distância junto aos alunos na Plataforma

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Moodle tendo como base as experiências de mediação, comunicação off e on-line e interatividade no acompanhamento e orientação das atividades a distância. Como resultado, pretendemos demonstrar como se dá a mediação tutor-aluno, apresentar como se dá a relação de interatividade e interação dos alunos no AVA no processo de aprendizagem e reafirmar a importância do papel da tutoria a distância para uma aprendizagem colaborativa via internet (e-learning).

PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS POR ESTUDANTES CALOUROS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO VIRTUAL. Caroline Nagel Moura de Souza (UCB)

As características requeridas da educação, hoje, parecem ser a competência em preparar um cidadão instrumentalizado para protagonizar no seu tempo, o que pode ser resumido em competências como: autonomia, seletividade, planejamento, interação social, coletividade, flexibilidade e criatividade. O presente artigo tem por objetivo geral verificar as principais dificuldades encontradas por alunos calouros em cursos virtuais e quais as possíveis formas de ajuda a essas dificuldades. Para dar sustentação ao objetivo geral foram eleitos objetivos específicos: mostrar uma dinâmica que permite uma reflexão sobre o seu “eu” estudante na modalidade virtual, apresentar algumas dificuldades por que passam alunos calouros na modalidade virtual, mostrar possibilidades didáticas de interação, bem como de comunicação e analisar o papel do professor no processo de mediação na inserção de alunos num contexto de aprendizagem virtual. A metodologia utilizada para averiguar as principais dificuldades que os estudantes tiveram é a análise de conteúdo, que descreve objetiva, sistemática e quantitativamente o conteúdo evidente de comunicações. Verificou-se, por meio desta que decidir quais matérias se dedicar mais, ter disciplina no cumprimento do cronograma, ler e sistematizar o conteúdo estudado e ainda ter o mínimo de familiaridade com a ferramenta tecnológica foram os principais fatores apontados como primeiras dificuldades.

PROMOVENDO TUTORIA AUTOMÁTICA EM AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO E APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE CHATBOTS. Luciano Alves Lima (UFMG)

O ambiente virtual (ou computacional) conta com diversas ferramentas para auxiliar no ensino baseado na Web. Entre elas destacam-se os robôs de conversação ou chatbots. Chatbots, também chamados de agentes conversacionais, são programas computacionais que simulam uma “conversa” (bate-papo por texto) com uma pessoa, revelando-se, portanto, como uma ferramenta versátil dentro do processo de ensino-

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aprendizagem on-line: 1) proporcionam uma interface de conversação interessante (natural); 2) fornecem conteúdo relevante (especializado) e adaptável (inteligência artificial), 3) dão liberdade de diálogo aos alunos (quebra de timidez, medo de perguntar) e 4) podem atendê-los em todos os horários e a partir de todos os locais com acesso online. Neste trabalho mostraremos, seguindo os pressupostos dos paradigmas do caos e da complexidade, através da coleta e análise de dados qualitativos (questionários estruturados e entrevistas) e quantitativos (número de acessos ao chatbot versus número de acessos às seções “Fórum Tira-dúvidas” e “FAQ”), como a criação, implementação e uso de um robô de conversação automática com conteúdo especializado nas disciplinas inglês instrumental on-line um e dois, mantidas pelo Projeto IngRede/UFMG, torna-se um grande aliado e facilitador da interação dos cerca de três mil alunos que atendem esses dois cursos via internet, semestralmente.

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REFLEXÕES SOBRE A SUBJETIVIDADE NA MEDIAÇÃO NOS AMBIENTES VIRTUAIS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Luciana Barbosa Candido Carniello; Bárbara Mônica Alcantara Gratão Rodrigues; Maria Aparecida Alves Pereira (Secretaria Municipal de Educação de Anápolis/GO)

A flexibilidade e comodidade de horários e a oferta atual de aparelhos digitais, que permitem o acesso à internet em qualquer hora e lugar, não estão trazendo a garantia da permanência de todos os alunos nos cursos a distância. O próprio conceito de distância está se transformando, como as relações de tempo e espaço, em virtude das incríveis possibilidades de comunicação que as tecnologias oferecem. O presente trabalho objetiva conhecer algumas teorias sobre as origens da EaD, seu histórico, a legislação que a rege e divulgar através de pesquisas a problemática que envolve a insatisfação dos alunos no entendimento destes. Pretendemos analisar as diferentes formas que a mediação pode ocorrer por parte dos professores, orientadores e tutores e a influência desta mediação nos alunos, permitindo-nos afirmar quais os efeitos que ela propicia sobre eles. Consequentemente, também será foco de nossa análise a metodologia utilizada nos ambientes virtuais de aprendizagem na intenção de relacioná-la com o nível de atendimento às expectativas dos inscritos em cursos de EaD. Estas análises serão feitas por meio de pesquisa quali-quantitativa com análise de dados obtidos através de questionários e entrevistas, sob a luz de teóricos como Lèvy, Prensky, Santaella e Belloni.

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TÉCNICOS EM AÇÃO: TUTORIA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ON-LINE DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS TÉCNICOS DE LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS ATENDIDAS PELO CEFAPRO DE CUIABÁ-MT. Katia Garcia Gelamo Santaella; Antônia Ustulin (SEDUC-MT)

O artigo trata do relato de experiência de uma formação continuada destinada aos técnicos dos laboratórios de informática educacional (LIED) das escolas da rede estadual de Mato Grosso vinculadas à instituição CEFAPRO/SEDUC de Cuiabá. Na função de professoras formadoras em tecnologia educacional procuramos fundamentar esta experiência em alguns autores que discutem a EaD online, como Maria Elizabete B. de Almeida, José Armando Valente, José Manoel Moran, entre outros, enfocando a aprendizagem do aluno de forma autônoma, interativa, colaborativa e de qualidade. Abordaremos como esta modalidade de ensino está inserida nas políticas públicas de formação de Mato Grosso e como foi organizado o projeto “Técnicos em ação”, uma formação semipresencial que ocorre todos os anos desde 2009 através do ambiente virtual de aprendizagem Eproinfo disponibilizada pelo Ministério de Educação e no ano de 2011 incluindo um Blog específico para esta formação proporcionando aos cursistas maiores recursos de acesso, informação e aprendizado.

UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O USO DO RÁDIO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A DISTÂNCIA. Michele Rodrigues de Albuquerque; Marizete Silva Santos, Maria Salett Tauk Santos (UFRPE)

O texto analisa a importância do rádio na educação e propõe uma metodologia para o uso do rádio digital na Educação a Distância (EaD) em cursos de formação de professores. A proposta incide em apresentar nova possibilidade de utilização do rádio como objeto de aprendizagem e mediação pedagógica na EaD, bem como possibilitar aos professores em formação conhecerem as características do rádio, aproximando-os de uma educação voltada para produção do conhecimento através do uso da linguagem radiofônica no espaço escolar. A EaD, por ser uma modalidade de educação essencialmente mediatizada, utiliza-se dos meios de comunicação para o processo de aprendizagem e interação entre alunos, professores e instituição (BELLONI, 2009). A convergência tecnológica tem possibilitado transformar o rádio em um meio educacional onde os sujeitos passam a ser não apenas receptores, mas também produtores de conteúdos (GÓMEZ, 2010). A pesquisa apresenta-se em duas etapas. A primeira consiste na apropriação das características e linguagem

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do rádio por parte dos professores em formação. A segunda consiste na produção de programas radiofônicos, como prática de aprendizagem colaborativa na EaD. No final, os programas serão divulgados no ambiente on-line, permitindo a troca de experiência e conhecimento no ciberespaço.

EDUCAÇÃO E REALIDADE AUMENTADA: BUSCA E ANÁLISE DE UM AMBIENTE COLABORATIVO. Alex de Souza Paiva; Hilton Azevedo; Vinicius Godoy; Alexandre Loureiro (UTFPR)

Descreve-se o processo de busca, escolha e estudo de uma Tecnologia de Informação e Comunicação apoiada pelo recurso de Realidade Aumentada que proporcione para o professor um ambiente interativo para a prática de conteúdos de Língua Portuguesa ligados à Alfabetização e ao Letramento, e que ao mesmo tempo fomente o desenvolvimento de habilidades como a colaboração, a interação e a autonomia. A partir de levantamento bibliográfico foi eleita a tecnologia Mesa Educacional Alfabeto - Realidade Aumentada por se adequar a abordagem da Aprendizagem Colaborativa Apoiada por Computador (em inglês CSCL). Com base nesta tecnologia, um experimento é conduzido junto a alunos do quinto ano do ensino fundamental I, na disciplina de língua portuguesa, onde puderam ser observadas e mapeadas situações de intercambio de informações e a geração de um conto narrado e interpretado colaborativamente por um grupo de 5 alunos. A análise qualitativa do mapa interativo do grupo mostrou que o ambiente colaborativo apoiado pela tecnologia de Realidade Aumentada proporcionou uma riqueza de intercâmbios entre integrantes do grupo fomentando a colaboração, a interação e a autonomia.

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WIPA: UMA PROPOSTA PARA A UTILIZAÇÃO DA WEB 2.0, INTEGRANDO PROFESSORES E ALUNOS NO CONTEXTO ESCOLAR. Adriana da Silva Nogueira (FEUC); Antonio Jorge Borges dos Santos (UFRJ)

O presente artigo apresenta uma proposta de capacitação para professores das redes pública e privada, a fim de sensibilizá-los e motivá-los a utilizarem os recursos tecnológicos oferecidos pela Web 2.0 como ferramentas para o ensino de suas disciplinas. Objetivamos assim, ampliar a abordagem das atividades educacionais, quebrando o paradigma da educação tradicional e possibilitando uma maior integração entre aluno, conteúdo e professor, favorecendo inclusive a cooperação e

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colaboração entre os agentes do processo. Apresentamos conceitos e metodologias atuais de aplicações tecnológicas em atividades educacionais, baseadas na integração dos recursos mencionados acima, adaptando os conteúdos abordados em sala de aula, a fim de que sejam ministrados de forma dinâmica, contextualizando o aprendizado com ferramentas que são utilizadas no dia a dia do aluno.

LIMITAÇÕES TECNOLÓGICAS PARA A AVALIAÇÃO PROCESSUAL DA APRENDIZAGEM EM PLATAFORMAS VIRTUAIS DE EAD. Grimaldo Lopes de Oliveira; Sérgio Hage Fialho (UNEB)

A expansão do uso da EAD, como é característico do processo de difusão e aperfeiçoamento de novas tecnologias, vem revelando limitações das plataformas atuais no suporte aos novos processos de ensino-aprendizagem. Uma das grandes limitações está relacionada ao processo de avaliação processual dos alunos, do acompanhamento pedagógico das suas atividades no contexto virtual de aprendizagem. Ainda que as principais plataformas de suporte à EaD disponham de registros eletrônicos dos acessos e ações realizadas no ambiente, a literatura recente sugere limitações de integração e cruzamento de informações, bem como de flexibilidade para análises ad-hoc. Essas limitações foram verificadas de forma empírica e exploratória através de entrevistas, realizadas com professores que coordenam EAD, em plataforma Moodle, em três (universidades) baianas. A pesquisa – focada na avaliação da aprendizagem – verificou que as limitações das funcionalidades do ambiente virtual vêm gerando um excessivo gasto de tempo docente para a busca e integração das informações necessárias a um acompanhamento pedagogicamente eficaz do desempenho dos alunos. Este resultado ameaça, ou pela qualidade sem produtividade ou pela produtividade sem qualidade, as promessas de democratização do acesso ao conhecimento trazidas pela EaD.

A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NA EAD E A PERSPECTIVA SÓCIO-HISTÓRICA DE VYGOTSKY. Alice Fernandes Barbosa Ramos; José Wilson da Costa (CEFET-MG)

Este trabalho é fruto parcial de pesquisa de mestrado que se propôs a fazer uma análise das interações entre os sujeitos envolvidos no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) a partir da teoria sócio-histórica de Vygotsky, autor que têm particular relevância para a área da educação, principalmente por sua concepção de que o desenvolvimento deve ser entendido de forma prospectiva, para além do momento atual. Essa ideia é central para a educação e o aspecto principal de seu

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constructo: a zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Portanto, com o aporte teórico encontrado em Gallimore e Tharp (1996) para estabelecer as formas de mediação e atuação na ZDP, utilizou-se o modelo de quatro estágios que representam o progresso pela zona de desenvolvimento proximal que levam do desempenho assistido ao desempenho não-assistido. Neste sentido, investigou-se como ocorreu a mediação pedagógica e a atuação na ZDP nos processos da EaD, utilizando os meios de assistência ao desempenho. A pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso qualitativo e teve como locus a Rede Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec)/CEFET-MG e os resultados apontaram para a possibilidade de atuação na ZDP na EaD e para a necessidade de que professores e tutores assumam a postura constante de mediadores no processo ensino-aprendizagem.

CURSO VIA EAD DE NIVELAMENTO PARA ALUNOS INGRESSANTES. Keli de Araujo Rocha (UNISO)

A formação na área de gastronomia possui em grande parte natureza tecnológica, em que o foco se remete ao ensino profissionalizante, atraindo uma crescente demanda por uma grande variedade de público. Em razão dessa diversidade, estudantes ingressantes apresentam vivências acadêmicas diferenciadas e várias deficiências que precisam ser sanadas no início do curso, proporcionando um melhor aproveitamento dos graduandos. Buscar entender e atender essas necessidades foi o questionamento que norteou este trabalho, ainda em andamento, que tem por tema a viabilização do aprendizado de conteúdos deficitários para nivelamento. O objetivo geral é identificar temáticas que efetivamente apresentem insuficiências no cumprimento do currículo, e o específico, a criação de material didático em educação a distância que atenda tais carências, oportunizando a aprendizagem. Tendo por hipótese a utilização da multimodalidade para aferição de conhecimento, ressalta-se a importância de autores como Fauconnier, Halliday, Kress e Van Leeuwen, Lakoff e Johnson, Martin e White, Paiva e Nascimento, Machin, Jewitt, Bourdieu e Panozzo. Como procedimento metodológico adotou-se uma pesquisa experimental com professores e estudantes do curso de tecnologia em gastronomia do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio. Os primeiros resultados apontam questões acerca dos conteúdos de matemática e português, além do desconhecimento dos recursos de informática.

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“CURTIR”: ASPECTOS CONTEXTUAIS DE UM LINK COMO METÁFORA EM USO. Lafayette Batista Melo (IFPB)

Esta pesquisa parte da configuração contextual para analisar o funcionamento do link “Curtir” na rede social Facebook. A configuração contextual não significa só habilitar opções de um programa, mas todas as possibilidades de interação conhecidas pelo usuário. Essas possibilidades se fazem no uso e dependem de como as pessoas percebem e gerenciam suas ações quando interagem publicamente, realizando uma atividade específica. Estudam-se as construções de sentido de “Curtir” a partir de três estratégias cognitivas (dêiticas, encapsulamento de significados e interacionais) para investigar como novos significados são construídos como metáforas em uso. Foram coletados usos do “Curtir” durante três anos em um grupo do Facebook usado para apoio em aulas de graduação. Constatou-se que as habilidades e conhecimentos dos participantes possibilitaram não só usos criativos (mostrar satisfação pelo adiamento de prova e indicar que a resposta de um exercício está correta), mas também alta dependência da configuração contextual. Observou-se que o uso de “Curtir” como metáfora em uso traz uma nova dimensão cognitiva, que esclarece o funcionamento do link no momento de interação e indica aos projetistas de interface como dar melhor suporte para a produção de significados por parte dos usuários.

A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE E DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO NA IDENTIFICAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DO E-MAIL NO CONTEXTO ACADÊMICO. Sueli Correia Lemes Valezi; Elvira Lopes Nascimento (IFMT; UEL)

Mesmo considerando o e-mail um instrumento semiótico largamente difundido nas práticas discursivas atuais, não há garantia de que os seus agentes-produtores sejam proficientes nesse gênero nas diferentes esferas de sua circulação. Seguindo a teoria do interacionismo sociodiscursivo, assumimos a tese vigotskiana de que a utilização dos instrumentos semióticos operam transformações pela regulação social e pelos meios de influência exercidos sobre o próprio indivíduo. Nessa perspectiva, analisamos uma coletânea de e-mails produzidos por alunos de um curso superior de tecnologia da área de informática, na disciplina de práticas de linguagem. Constatamos que o e-mail deixou de cumprir o seu papel de mediador do processo psíquico na atividade em foco, especialmente porque não se efetivaram, nos textos produzidos, as operações pelas quais o enunciador faz agir o instrumento na sua relação com: a

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atividade social, o suporte, as finalidades acionais, o papel social dos interlocutores, o contexto linguageiro imediato e o intertexto. Os resultados evidenciam que o ato comunicativo mediatizado pelo e-mail constitui um objeto de ensino digital para as aulas de língua portuguesa, especialmente para instrumentalizar o aluno para ações de linguagem de esferas de circulação mais formais, como a instituição escolar e, por extensão, capacitá-los para o mundo do trabalho.

A UTILIZAÇÃO DOS WEBLOGS COMO FERRAMENTA PARA A PESQUISA E O ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO. Daniel Henrique Diniz Barbosa (IFMG); Guilherme de Souza Maciel (IFMG; UFMG)

Esta comunicação propõe apresentar resultados parcialmente alcançados em projeto realizado, desde 2009, no Campus Ouro Preto do Instituto Federal de Minas Gerais que visa à utilização de weblogs para pesquisa e ensino de história no ensino médio integrado ao técnico. Fruto da experiência didática dos proponentes, este projeto emergiu da preocupação em formar adequadamente o alunado para a pesquisa histórica na internet e criar universo extra-classe, por meio do recurso digital, que comportasse material paradidático auxiliar à compreensão das aulas. Para tanto, ao longo de sua execução, pesquisou-se o mecanismo ideal de construção de um weblog; construiu-se e divulgou-se o blog internamente; consolidou-se agenda de atividades didáticas pautadas pelas discussões nascidas no blog e, atualmente, construiu-se rede de blogs dos alunos dedicada à pesquisa e ao estudo de história, intentando estabelecer um diálogo entre os blogs, com postagens predominantemente relacionadas ao conteúdo explorado em sala de aula. Nesta comunicação pretende-se apresentar o funcionamento desta rede no entorno do projeto em tela, bem como se propõe a apresentar dados coletados ao longo deste ano letivo sobre a intensidade, a qualidade e a diversidade das postagens apresentadas nos referidos blogs, buscando também analisar o reflexo do projeto no aproveitamento final da disciplina.

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ACESSIBILIDADE EM CONTEÚDOS MULTIMÍDIAS. Virginia Pinto Campos (Faculdade IDEZ)

O conteúdo multimídia torna o uso da Internet uma experiência mais criativa e dinâmica, enriquecendo a apresentação das informações. A utilização de áudio, imagem e vídeo pôs em evidência a questão das condições de acessibilidade para usuários que possuem necessidades especiais devido à deficiência motora, cognitiva,

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visual ou auditiva. Estes realizam o acesso à Web de forma diferenciada ou por intermédio de sistemas de apoio, como leitores de tela. A busca de informações pode ser uma experiência frustrante, já que vários dados multimídias são criados sem compatibilidade com os sistemas de apoio e especificidades de acesso para esses usuários. Entretanto, uma maneira de prover a acessibilidade é apresentar a informação de diversas formas e, através da utilização de diversas mídias, poder alcançar esta acessibilidade. Erroneamente, as normas de acessibilidade para conteúdo Web são interpretadas como uma força contraria à criatividade na criação multimídia. Este trabalho tem o objetivo de apresentar recomendações que podem ser incorporadas junto ao conteúdo multimídia para torná-lo acessível, além de soluções alternativas para os casos onde não é possível fazer o planejamento de acessibilidade ainda na fase de criação.

DE VOLTA PARA O FUTURO: HISTÓRIA DO USO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUAS. Washington Ribeiro; Leila Alves Medeiros Ribeiro (UnB)

O projeto investiga a história do uso das tecnologias no ensino de línguas estrangeiras, com ênfase na língua inglesa, a partir da invenção tecnológica de Gutenberg (a imprensa) até o advento da internet e das redes sociais. Analisando as influências do uso das chamadas tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na sala de aula de línguas como um dos fatores de transformação da abordagem de ensinar e aprender dos professores e aprendizes, deixando de ser apenas recurso tecnológico, passando a ser cultura digital. Como metodologia de pesquisa, realizamos um levantamento histórico sobre a evolução das tecnologias na sociedade de forma a relacionar os efeitos de tais acontecimentos tecnológicos com a prática pedagógica na sala de aula de línguas. Também será feita pesquisa bibliográfica sobre os mais variados métodos que utilizavam a tecnologia como recurso pedagógico, assim como pesquisar se há abordagem de ensinar que compreende a tecnologia não mais como recurso, mas como cultura digital.

DIALOGICIDADE EM FÓRUNS DE DISCUSSÃO: INTERFACES COM OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Carmem Lúcia de Oliveira Marinho; Ivanda Maria Martins da Silva (UFRPE)

A Educação a Distância (EAD) envolve processos de ensino-aprendizagem mediados por tecnologias, nos quais professores e alunos estão fisicamente separados (espacial e/ou temporalmente), mas permanecem conectados por uma série de recursos

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tecnológicos (MORAN, 2002). No Brasil, observa-se a rápida expansão da EAD online, alicerçada nos recursos disponíveis nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Os AVA funcionam como hipergêneros (BONINI, 2004, SOUZA, 2009), promovendo o diálogo entre diferentes gêneros digitais em um mesmo suporte tecnológico. Nos AVA, as comunicações assíncronas entre professores e alunos são construídas nos fóruns de discussão que assumem papel de destaque na EAD. Conforme Marcuschi (2004), os fóruns são gêneros digitais efetivados em ambientes para discussão de temas específicos, por meio de interações movidas por interesses comuns entre os participantes. Em sua essência, o fórum de discussão possui caráter dialógico, por meio das trocas colaborativas entre os participantes, visando à construção da aprendizagem em rede. Pretende-se analisar o caráter dialógico dos fóruns de discussão utilizados na EAD online, tendo em vista uma abordagem qualitativa na análise dos dados. Como aportes teóricos, serão considerados os trabalhos de Freire (2011) sobre a dialogicidade nas interações entre docentes e discentes, além da abordagem do dialogismo, na perspectiva de Bakhtin (1993).

EBOOKS: MANIPULAÇÃO, EDIÇÃO E USO. Robéria de Lourdes de Vasconcelos Andrade; Fabíola Mota de Moraes; Janiele Lopes dos Santos; Wagner Junqueira de Araújo (UFPB)

A Amazon.com anunciou em julho de 2010 que pela primeira vez a venda de livros digitais ultrapassou a de livros impressos. Este crescimento vertiginoso na adoção desta nova modalidade de livro suscita dúvidas entre os profissionais de Biblioteconomia. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma revisão de literatura sobre os elementos do livro digital, descrevendo a história, os formatos, o surgimento dos dispositivos de leitura, e refletir sobre suas vantagens e desvantagens. O método aplicado foi o bibliográfico, a revisão de literatura compreendeu pesquisa em periódicos científicos nacionais e internacionais na área de ciência da informação, além da consulta em livros, blogs, portais e sites na Internet. Conclui-se que os modelos de livro impresso e eletrônico coexistirão. Ficou evidenciado que está surgindo uma oportunidade de expansão para publicações de alguns tipos de livros. Neste contexto o profissional da informação deve encarar as inovações tecnológicas com naturalidade, atento as oportunidades que os novos suportes podem propiciar, ressaltando a importância da informação diante do suporte que a transmite.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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ESTUDANDO E NAVEGANDO NA INTERNET. Raphaella Marques de Carvalho (SME-RJ)

Em tempos de mundo tecnológico, a sociedade do início do século XXI vivencia diversas experiências em diferentes esferas sociais. A prática da pesquisa e análise de conteúdos são características deste movimento de colaboração e interação para a construção do conhecimento do indivíduo, e através da Web 2.0, a aprendizagem tomará novos rumos. Desta forma, educadores buscam um novo processo educativo para atender às expectativas da geração digital, no qual aprende com várias mídias no mesmo ambiente. Acreditamos que o blog é uma ferramenta que direcionada para propostas educativas contribui para um ambiente de aprendizagem enriquecedor no aspecto técnico e pedagógico, permitindo o desenvolvimento de habilidades e competências importantes no processo de ensino significativo para o professor e o aluno. Segue proposta de apresentação para o referido Simpósio: abordar a importância do blog como mídia digital na formação e atualização da práticas pedagógica do professor, tal como a sua interação com a turma. A exposição propõe também dividir as experiências dos trabalhos dos alunos que alimentam o blog http://estudandoenavegando.blogspot.com e como isso é desenvolvido dentro do planejamento pedagógico da professora.

FORMAS DE APRENDIZAGEM: POSSÍVEIS ABORDAGENS NO AUDIOLIVRO, NO EBOOK E NOS JOGOS ELETRÔNICOS. Alessandra Cristina da Silva Maia Cardoso Monteiro; Rafael de Oliveira Barbosa; Julio Altiéri Monteiro (UERJ)

O presente artigo mapeará as possíveis formas de aprendizagem estimuladas por produtos como o audiolivro, o ebook e jogos eletrônicos, abordando as habilidades cognitivas instigadas por esses produtos midiáticos da contemporaneidade. Para tanto, serão utilizados o conceito de atenção seletiva (CRARY, 2001, 2004; WICKENS & McCARLEY, 2008); atenção fragmentada, podendo ser dividida em multitarefa concorrente e simultânea (DAVENPORT & BECK, 2001; SALVUCCI & TAATGEN, 2011); e a ideia de interação entre homens e suportes técnicos (NORMAN, 1993; HUTCHINS, 1995, 2000; CLARCK, 2001), noções desenvolvidas nos estudos realizados pelo grupo CiberCog/Uerj. Desta forma, tentar-se-á entender como essas práticas culturais (apropriações) desenvolvidas na Cibercultura podem auxiliar na educação. Os resultados esperados apontam para uma possível apreensão de conteúdos relacionados à educação, mesmo que os produtos sejam voltados para

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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o entretenimento, afinal a fronteira entre essas duas áreas mostra-se cada vez mais turva. A escolha do corpus, porém, não foi aleatória. Afinal, este trabalho surge como desmembramento das questões abordadas pelos autores em suas pesquisas, ambas desenvolvidas na linha de Tecnologias de Comunicação e Cultura, do PPGCOM/Uerj.

GÊNERO DIGITAL E ENSINO: O USO DO BLOG NO CONTEXTO ACADÊMICO. Marcus de Souza Araújo (UFPA)

O uso do computador e dos gêneros digitais tornaram-se ferramentas relevantes para as práticas pedagógicas de nossos alunos no que concerne ao desenvolvimento do aprendizado de línguas estrangeiras. Desse modo, este trabalho tem como objetivo apresentar uma unidade didática para o ensino de leitura em inglês a partir da abordagem de gênero textual (RAMOS, 2004) através do uso do blog. Essa proposta foi desenvolvida e aplicada com trinta e oito alunos da graduação na disciplina “Língua Estrangeira Instrumental” de uma universidade federal do norte do país a partir da criação de um blog como ferramenta pedagógica para o desenvolvimento da compreensão leitora. Além das tarefas de leitura baseada na abordagem de gênero textual, o blog apresenta tarefas de pré-leitura em que o aluno terá que assistir a um vídeo e de linguística de corpus, como forma de ajudar os alunos a melhor compreenderem o funcionamento do gênero proposto (resenha de filme). Nossa proposta pode trazer contribuições para a construção de sentido do texto, pois apresenta uma interação mais completa para uma melhor familiarização e exploração do gênero no ensino e aprendizagem de inglês no contexto acadêmico através do uso do gênero digital blog.

GÊNEROS DIGITAIS E ENSINO DE LINGUAGENS: O BLOG E A LEITURA DE IMAGENS. Gesebel de Lavor Araujo (UECE)

Este trabalho é resultado de pesquisa e análise de imagens de blogs educacionais da área de língua portuguesa, tendo em vista que este gênero possui significados específicos em sua composição. Desse modo, pretende-se neste trabalho, analisar blogs educativos na área de língua portuguesa, através do significado composicional da Gramática do Design Visual de Kress e Van Leeuwen (1996). Os dados foram coletados a partir de análise de dois blogs de língua portuguesa utilizado numa escola pública de Ensino Médio da cidade de Iguatu – CE. O referencial teórico é baseado na teoria da Semiótica Social - Hodge & Kress (1988), em estudos

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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da Multimodalidade e da Gramática do Design Visual desenvolvida por Kress e Van Leeuwen (1996) e, na perspectiva dos gêneros textuais de Bakhtin (1992) e trabalhos desenvolvidos por Brait (2010, 2011) e Rojo (2009, 2010). A pesquisa sugere que o blog constitui uma ferramenta importante para o desenvolvimento dos multiletramentos e, especificamente para as habilidades de leitura, escrita e reflexão acerca da linguagem. Constata-se ainda que seja preciso sensibilizar os professores sobre o emprego do blog nas aulas de linguagens, bem como oferecer oportunidades de letramentos dos docentes para que possam usar esta ferramenta com êxito.

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GÊNEROS DIGITAIS NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS DO ENSINO FUNDAMENTAL II: LETRAMENTOS POSSÍVEIS. José Hipólito Ximenes de Sousa (Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará)

Neste artigo, faz-se a análise do estudo dos gêneros digitais proposto em dois livros didáticos de língua portuguesa. A partir do conceito de gêneros digitais proposto por Marcuschi (2005) e das discussões de gêneros textuais em Carvalho (2005), busca-se conhecer a relação entre os gêneros digitais e letramentos possíveis no livro didático, criando um link entre o que é dito na teoria e seus usos práticos. O estudo compôs-se da análise de dois livros didáticos do 6º e 7º anos. No corpus, verificamos quais tipos de atividades foram direcionadas para construção de textos em gêneros digitais. As analises dos dados indicam que a proposta para trabalhar os gêneros digitais não levam em consideração o contexto de circulação do gênero , ou seja, a proposta desconsidera um tipo de letramento mais especifico, que no caso em estudo foi construção de um blog, de um miniblog (twitter) e que o acesso às redes sociais como Myspace e o Facebook não convergiram para o ensino-aprendizagem de escrita na tela, ao direcionar a concepção do gênero para crianças do ensino fundamental II. É salutar que as instruções para os letramentos digitais das crianças requerem novas habilidades.

INTERTEXTUALIDADE NO TWITTER: RELAÇÃO ENTRE INTERDISCURSO E FUNÇÕES HIPERTEXTUAIS. Jaqueline Barreto Lé (UEFS)

A intertextualidade, em sentido amplo, é hoje concebida por muitos linguistas como a condição de existência do próprio discurso, seu componente essencial ratificado na heterogeneidade dos enunciados, conforme a perspectiva dialógica de Bakhtin (2003).

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Em sentido estrito, Koch (1991) define a intertextualidade como “a relação de um texto com outros textos previamente existentes, isto é, efetivamente produzidos”. Neste trabalho, pretende-se abordar o aspecto da intertextualidade no Twitter – um dos fatores de textualização mencionados por Beaugrande e Dressler (1981), propondo-se uma revisão em sua classificação a partir das funções hipertextuais apresentadas nesse gênero da web. Além disso, busca-se relacionar tal principio de textualidade às noções de gênero, domínio e comunidade discursiva. Para tanto, serão pesquisados 160 tweets referentes ao domínio jornalístico, especificamente nas páginas do Twitter oficial dos jornais Folha de São Paulo e O Globo, e no twitter dos jornalistas Josias de Souza e Miriam Leitão. Com base em tweets dessa esfera de atuação, vinculados essencialmente à atividade do ciberjornalismo, defende-se, aqui, o papel das funções hipertextuais dos gêneros da web na construção do interdiscurso.

LEITURA HIPERTEXTUAL NO TWITTER: O USO DO HIPERLINK. Marina Oliveira Lélis Viana (UFPI)

O presente trabalho trata da leitura hipertextual no Twitter, considerando que o uso da internet trouxe formas mais dinâmicas para as atividades comunicativas, influenciando no modo de leitura e produção de textos. Objetivamos analisar as práticas de linguagem presentes no Twitter, percebendo de que forma os usuários desse microblog utilizam os hiperlinks. Para um melhor entendimento de como se dá esse processo de leitura e produção de textos na web, iremos discorrer sobre as noções de texto, hipertexto, âncoras e links, de acordo, principalmente, com Gomes (2010) e Cavalcante (2010). Posteriormente faremos considerações sobre o Twitter de acordo com Orihuela (2007). Dessa forma, observamos as postagens dos usuários do Twitter e analisamos como os hiperlinks estão sendo usados, tentando perceber a importância desses na produção de textos no microblog. É possível afirmar que os hiperlinks são essenciais para a construção de sentido dos textos postados no Twitter e que são usados como forma de transpor o limite de 140 caracteres permitido pelo microblog.

LEITURA, LITERATURA E INTERNET. Lila Léa Cardoso Chaves Costa (UFPI)

A utilização da tecnologia em sala de aula tornou-se uma ferramenta indispensável na aprendizagem o que levou-nos a desenvolver o projeto Leitura, Literatura e Internet com alunos do ensino médio da rede pública em Caxias-MA, tendo como motivação o ciberespaço e a Literatura. O interesse surgiu quando pretendíamos

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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modificar a contextualização dos resultados das leituras literárias e por conta do interesse em internet associamos as ferramentas tecnológicas à intenção produtiva do aluno ampliando seu horizonte de expectativa. Os dispositivos tecnológicos não substituíram as atividades em sala, ao contrário, inovaram o processo de aprendizagem influenciando as ações do/no cotidiano escolar. Criamos blogs e comunidades para crítica e avaliação onde os resultados das atividades, seminários, apreciações, adaptações teatrais eram postados e apreciados. O aluno avaliava sua postura, verbalizava suas ideias sem se expor ao constrangimento da censura, às vezes exercida em sala, mantendo uma relação saudável na rede e promovendo discussões. O suporte teórico-pedagógico realizou-se em Arlindo Machado (1996), Alckmar dos Santos (2003), Marcuschi & Xavier (2007). Não temos dúvidas que a execução do projeto propiciou uma ampliação da competência discursiva possibilitando a inclusão digital onde a tecnologia se constitui como uma rede de possibilidades de transformação, socialização e investigação do conhecimento.

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LETRAMENTO DIGITAL E A PRÁTICA DOS PROFESSORES - A PERSPECTIVA DO PORTAL DO PROFESSOR. Valeria Ribeiro de Castro Zacharias; Priscila de Resende; Luciana Mazur (UFMG)

Tendo em vista o conceito de letramento como a condição que adquire quem reflete sobre o uso social da leitura e da escrita, hoje, falamos de letramentos, no plural, considerando que tal uso está em constante expansão. Neste trabalho, o nosso objetivo é analisar o que os professores estão propondo para que o letramento digital aconteça nas escolas. Para tanto, nossa análise incidiu sobre as propostas de letramento digital sugeridas no Espaço da Aula, um dos links do Portal do Professor do MEC, destinado aos docentes da educação básica. Para isso, são abordados aspectos relativos às concepções de linguagem, de letramento, de aprendizagem e de gêneros digitais. Foram analisadas duas aulas publicadas no Portal acerca do gênero e-mail. Nessa análise, observarmos que o Espaço da Aula permite ao professor a inclusão das novas tecnologias às práticas pedagógicas e, em consequência, favorece a avaliação e reavaliação de suas propostas de ensino.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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O BLOG COMO FERRAMENTA PARA PROMOVER A MOTIVAÇÃO E A AUTONOMIA DO APRENDIZ DE LÍNGUA INGLESA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Sheilla Andrade de Souza; Maria de Lourdes Marques Moraes (IFTM; UNB)

O objetivo desta comunicação é compartilhar a experiência de um projeto de extensão, ainda em desenvolvimento, o qual visa promover uma maior autonomia e motivação dos alunos do IFTM-Paracatu, no que se refere à aprendizagem de língua inglesa. Partindo do princípio de que a autonomia e uso das novas tecnologias têm se tornado cada vez mais necessário no ensino de línguas, sendo o letramento digital uma habilidade essencial para o desenvolvimento do aprendiz do século XXI, o referido projeto se justifica, pois propõe, por meio de recursos da internet, compartilhar atividades produzidas em sala, incentivar os alunos a desenvolverem habilidades orais e escritas através do blog, estabelecendo um “link” entre discussões realizadas em sala de aula, livro didático e recursos digitais. Baseando nos estudos relacionados ao letramento (SOARES, 2002), na teoria de motivação intrínseca e extrínseca de Deci e Ryan (1985), na definição de motivação apresentada por Paiva (2011), e nas definições de autonomia conforme (HOLEC, 1981; BENSON, 2001; PAIVA, 2005). Espera-se que o projeto possa contribuir para que os alunos se sintam mais responsáveis pela própria aprendizagem se sentindo confiantes para fazerem uso da língua inglesa dentro e/ou fora da sala de aula.

O DESAFIO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS AO PROCESSO DE LETRAMENTO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CAMPINA GRANDE-PB. Ligia Michele Alves Rodrigues (UEPB)

Este trabalho busca fazer uma relação entre dois eixos educacionais, “letramento” e “tecnologias digitais” tendo em vista as atuais exigências educacionais procurando observar quais contribuições podem ser oferecidas por estas tecnologias ao processo de letramento. O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto e a importância das tecnologias digitais no processo de letramento dos alunos do ensino fundamental I nas escolas municipais de Campina Grande - Paraíba. Para compreender o uso das tecnologias digitais no processo de letramento visualizaremos dados concretos sobre a atual situação dessas escolas municipais. Este estudo apoia-se em autores como Emilia Ferreiro, Magda Soares, Marcuschi e Coscarelli, a fim de dialogar sobre o tema em questão. O estudo se desenvolve nas escolas municipais de Campina Grande, na Paraíba, através de pesquisa de Mestrado Profissional em Formação de Professores em desenvolvimento pela autora no Programa de Pós–Graduação em Educação da Universidade Estadual da Paraíba.

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O HIPERTEXTO EM BLOG DIDÁTICO DE UMA LE (LÍNGUA ESTRANGEIRA): INTER-RELACIONAR REGISTROS DIVERSOS PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA. Niuza Eugênia do Amaral Lima; Silvia Eugênia do Amaral (CEFET-MG)

O objetivo deste trabalho é o relato de uma experiência de quatro anos de prática pedagógica em aulas particulares de FLE – Francês Língua Estrangeira – intermediado pela utilização de um blog didático ou de um espaço de autoria, onde o maior foco do hipertexto é inter-relacionar os diversos registros do idioma em si, para possibilitar ao aprendente o desenvolvimento das competências básicas da aprendizagem de uma língua estrangeira. Além disso, é abordado o quanto o desenvolvimento da web 2.0 permite aprimorar a prática pedagógica no que se refere ao planejamento de aulas, à transposição didática, ao ensino a distância e expansão da carga horária de uma LE que sempre foi reduzida nas instituições de ensino do Brasil, públicas ou particulares.

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O LÚDICO EM AULAS DE MATEMÁTICA: UMA EXPERIÊNCIA HIPERTEXTUALIZADA APLICANDO O CONHECIMENTO DO PROCESSO DE ANCORAGEM. Aldalice Teixeira Costa (E E Padre João Botelho)

Este trabalho busca relatar a experiência com o lúdico em aulas de Matemática em uma escola da rede pública estadual de Minas Gerais nas séries finais do Ensino Fundamental. O objetivo principal foi possibilitar aos alunos a aquisição e compreensão das habilidades e competências necessárias para o conhecimento do conteúdo de Geometria e procurou despertar neles o interesse pela ancoragem através do lúdico para uma aprendizagem significativa. Neste contexto o hipertexto, usado como forma de inter-relacionar as diversas fontes de pesquisa, permitiu aprimorar a prática pedagógica no que se refere ao planejamento de aulas e à transposição didática. O registro dos resultados ocorreu na criação de um vídeo postado na internet, disponibilizando assim a experiência que mostra ser possível a realização de tal trabalho em salas com um grande número de alunos com diferentes níveis de aprendizagem.

O USO DAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA SOB A ÓTICA REFLEXIVA DE UM PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA. Marcos Antonio de Araújo Dias (UFAL)

Discutirei inicialmente a importância da tecnologia no contexto educacional e a pertinência em rever a natureza da linguagem, considerando as transformações que

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a tecnologia promove. Mostrarei também a necessidade de mudanças no sistema de ensino no tocante à formação do professor de língua inglesa. Para tanto utilizarei leituras de diversos autores como Bakhtin (1997), Marcuschi (2004), dentre outros. Abordarei também algumas estratégias de ensino com essa ferramenta e de que formas o professor pode aliar o uso das novas tecnologias ao ensino de língua inglesa. Discutirei a importância da tecnologia no contexto educacional e a pertinência em rever a natureza da linguagem, considerando as transformações que o uso destas promove. Em seguida, irei apresentar alguns dados e uma discussão geral que fazem parte dos meus estudos de mestrado, onde faço observações da minha prática enquanto professor de inglês, comprovando assim que, o uso do blog no ensino de língua inglesa favorece a aprendizagem e como estão ajudando aos alunos a despertarem a capacidade de produzir novos conhecimentos.

O USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA - A PERCEPÇÃO DA PAISAGEM NA AVENIDA PAULISTA, SÃO PAULO-SP. Aline Arana (UFPR)

Um dos grandes desafios educacionais do século XXI é acompanhar o envolvimento dos jovens com o mundo digital. Utilizar os recursos tecnológicos para tornar as aulas mais próximas da realidade dos alunos é um desafio para muitos educadores. Tentando promover um novo processo ensino aprendizagem, os educadores buscam tornar as aulas mais instigantes. E o uso de tecnologias na educação é um importante recurso nesse desafio. A percepção da paisagem em geografia e o uso educacional de ferramenta web 2.0 presentes neste trabalho tem o objetivo de mostrar aos professores essa possibilidade. A análise de imagens, o uso do Google Earth e as relações destas com temas socioeconômicos são enriquecidos pelo uso dessas tecnologias. Esse projeto irá apurar a percepção do aluno em relação ao espaço geográfico, ele deve percebê-lo com todos os sentidos não apenas com o olhar. Ao final do trabalho o aluno será capaz não só de perceber o ambiente a sua volta, mas também realizar as relações entre o que conhece desse espaço com temas estudados. Assim ele poderá intervir, argumentar no que diz respeito a aquele espaço e estará exercendo sua cidadania, construindo seu conhecimento.

O USO DE VÍDEO AULA NO ENSINO DE MATEMÁTICA. Giseide Maria Ferreira dos Santos (SEDUC-PE; UVA-ISEAD-PE)

Este artigo trata de uma pesquisa com professores de séries iniciais do ensino fundamental de escola da rede pública de Pernambuco. Esta pesquisa baseou-se em

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assistir às aulas de matemática no youtube, numa abordagem teórica com os seguintes autores: Mantovani 2006, Moran 2010 afirmam os conteúdos e conhecimentos como mediação pedagógica, Freire1997, Chevallard 1991,Brun1996 e Tardif 2002 enfatizam os saberes ensinados e saberes docentes, Prettro 1996, multimidia.Borba 2002, Brasil 1997 PCNs e RCNEI ensino e educação matemática. Com o objetivo geral de analisar nas vídeo-aulas os conceitos dos professores ao utilizar o ábaco e material dourado. Tendo como instrumento de coleta questionário e vídeo-aulas do youtube. Realizamos uma pesquisa qualitativa a partir da exibição de treze vídeos e dados obtidos das respostas compartilhadas com dez professores usuários da internet. Detectamos alguns obstáculos nas resoluções de problemas com materiais concretos numa aprendizagem informatizada, refletindo as deficiências na formação de professores que não estudaram matemática com materiais manipuláveis.

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O USO DO GOOGLE GROUPS PARA O ESTUDO DE CODE-SWITCHING NO APRENDIZADO DE LÍNGUA INGLESA. Marcelo Augusto Mesquita da Costa (UFPE)

O trabalho se trata de um relato de experiência que buscou analisar a interação entre professor e aluno ao utilizar a ferramenta Google Groups em uma turma de nível básico de Língua Inglesa em uma escola de idiomas. O objetivo da pesquisa foi investigar, através dessa ferramenta online, por qual motivo e em que momentos os alunos trocavam de língua (code-switching) na escrita dos e-mails, com o intuito de detectar suas dificuldades e facilitar seu aprendizado. O estudo se baseou na perspectiva sociointeracionista (Xavier, 2009; Gumperz, 1982) que busca compreender as relações humanas através de um contexto prático e real de interação. Vale ainda dizer, que o google groups foi escolhido dada a sua praticidade e por permitir ampliar a interação extraclasse. Resultados preliminares apontam que esta ferramenta propicia um conhecimento quanto às dificuldades encontradas pelos alunos com relação à apropriação da escrita e uso da Língua Inglesa. O uso da ferramenta proporcionou observar que apesar de estarem em um nível iniciante, existia uma colaboração e um esforço dos alunos no uso da língua alvo e que as mudanças de língua nesta turma eram mais reduzidas no ambiente online do que em aulas presenciais.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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OBJETO DE APRENDIZAGEM: CAMINHO POSSÍVEL PARA O ENSINO DE FRAÇÕES. Carolina Soares Ramos; Maria Lucia Serafim (UFPE)

As tecnologias estão cada vez mais presentes na nossa vida, inserida em setores do lazer, entretenimento e ainda timidamente na educação. Cada vez estão sendo produzidos materiais que ajudam a escola a inserir os recursos computacionais na sua proposta didática pedagógica. Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória e de intervenção colaborativa. Apresenta a construção e aplicação didática de um Objeto de Aprendizagem (OA), direcionado para o conteúdo de frações na disciplina de matemática, seguindo as recomendações propostas pela Rede Interativa Virtual de Educação (RIVED). E como forma de avaliarmos a eficácia do OA, desenvolveu-se uma pesquisa de campo no Telecentro Comunitário de Inclusão Digital da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com 15 participantes, na faixa etária entre nove a quinze anos. Como resultado verificou-se que o OA obteve grande aceitação entre os participantes favorecendo aprendizagem de frações e a possibilidade de aplicação em outros conteúdos escolares, ou seja, o aplicativo desenvolvido foi considerado um verdadeiro instrumento digital educativo.

OFICINA DE BLOG DO PROI-DIGIT@L: ANÁLISES DE INCLUSÃO DIGITAL A PARTIR DA PLATAFORMA BLOG VOLTADA PARA JOVENS DA PERIFERIA. Ramona Carolina Azevedo da Silva; Rayanne Angela Albuquerque dos Santos; Gabriella Karolline da Silva; Flavia Barbosa Ferreira de Santana (UFPE)

Atualmente, o grande mote das questões relativas ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) é a inclusão digital. Sua função na consolidação do exercício da cidadania e questões sobe o contexto cultural, relações econômicas e políticas geram atualmente diversas discussões. Esse artigo surge com o propósito de apresentar algumas reflexões acerca do planejamento de uma oficina que compõe o programa de extensão “Proi-digit@l: espaço de criação para inclusão digital de jovens da periferia de Recife, Olinda e Caruaru”. Programa que tem por finalidade gerar espaços para a produção crítica de materiais digitais por jovens de periferia. O aporte teórico identifica as questões mais atuais sobre inclusão e exclusão digital além de suas possíveis consequências no processo do cotidiano. Metodologicamente apresentamos o planejamento detalhado da Oficina de Blog (uma das quatro oficinas que integram o programa) e do seu manual de atividades (item elaborado para auxilio das intervenções). Consideramos que é preciso planejar com base em ações que levem em conta a apropriação social das TIC pelos jovens. Priorizando

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questões em que a produção e construção de conhecimento, a autoria, a valorização da cultura local e a autonomia crítica sejam lembradas.

PERGAMINHO OU TABLET, PENA OU TECLADO? A LITERATURA DAS PÁGINAS DO LIVRO À SALA DE AULA E INTERNET, NO AGRESTE DE PERNAMBUCO. Adelmo Teotônio da Silva; Rita de Cássia Coutinho Cunha (Faculdade SENAC-PE)

Fruto de um conjunto de princípios do ensino da literatura em sala de aula, intermediado pela prática de leituras e releituras do mundo, este trabalho procura revelar um projeto literário, elaborado no Agreste de Pernambuco, em suas diferentes facetas de aprendizagem até culminar em um blog de compartilhamento de ideias, recordações e vivências. Por se tratar de um estudo qualitativo e descritivo, com procedimentos bibliográficos, se concentra em refletir o papel do docente no âmbito da Internet e sua interação com o discente, sem esquecer as temáticas histórica, cultural e erudita que permeiam o campo da literatura. Em suma, reforça a eficácia da plataforma digital, em tempos de colaboração, para a formação de um leitor-autor crítico e moderno.

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TCIS NA EDUCAÇÃO: A INTERAÇÃO ENTRE ADOLESCENTES E APLICATIVO MULTIMÍDIA. Welerson Rezende Morais; Ronaldo Luiz Nagem; Maurício Silva Gino (Universidade FUMEC; CEFET-MG)

O texto apresenta a última fase de uma pesquisa realizada em 2008 e 2009 que contou com três etapas nas quais foram desenvolvidas e testadas três versões de um aplicativo multimídia contendo imagens 3D interativas do olho humano, bem como a metodologia de pesquisa utilizada. Nessa última etapa houve uma terceira reconstrução, ou versão (V3), do aplicativo em que foram inseridos animações, locução e exercícios que utilizam analogias entre as imagens do olho e outras imagens. A terceira reconstrução ocorreu em função de sugestões apresentadas na segunda etapa (V2). O modelo virtual do olho na versão 3 (V3) foi apresentada e testada em um grupo focal constituído por 16 alunos participantes da versão 2. Observou-se o interesse e a desenvoltura deles com essa nova linguagem ao manipularem o aplicativo, além de apresentarem críticas e sugestões para novas reconstruções.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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TECNOLOGIA ASSISTIVA E O ENSINO DE INGLÊS A ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL. Vera Lúcia de Lucena Moura (UFPE)

Ao longo dos anos, a informática tem se constituído numa grande aliada no ensino/aprendizagem de línguas, tanto presencial quanto virtual. O uso de correio eletrônico, blogs e de redes sociais, tais como o Facebook, são bastante úteis na nossa comunicação cotidiana constituindo-se também em facilitadores e provedores de recursos didáticos no ensino de idiomas, ao possibilitarem uma real interação entre indivíduos. No que se refere ao ensino de línguas estrangeiras a portadores de deficiência visual, a tecnologia assistiva (RADABAUGH:1993, BERSCHI:2008, ALVES, A. R. M.; FRANÇA, A. C.:2010), oferece softwares tais como: DOSVOX e NVDA, programas que possibilitam a leitura de textos na tela dos computadores transformando-os em textos audíveis. Nosso objetivo neste trabalho é, pois, apresentar os resultados do uso da tecnologia assistiva, numa experiência didática com alunos cegos no ensino/aprendizagem da língua inglesa, numa escola do município do Recife.Tal experiência é parte de um projeto de pesquisa que ainda está em curso. Os resultados parciais parecem indicar que a tecnologia assistiva é de grande valia para a inclusão social dos alunos não-videntes tornando-os independentes do professor e colegas, ao possibilitar uma aprendizagem mais autônoma.

USO DE BLOG NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL: PESQUISA-AÇÃO NA FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC FLORIANÓPOLIS. Flavio Augusto Borraiz Garcia; Eli Lopes da Silva; Mariângela Poleza (Faculdade SENAC-SC)

Este artigo apresenta uma investigação das práticas pedagógicas com o uso de Blog na Faculdade de Tecnologia Senac Florianópolis. O projeto é viabilizado pelo grupo de pesquisa CAPTE – Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação. Como teóricos principais são usados Pierre Lévy (O que é Virtual e Cibercultura) e Xavier (Hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação digital), além de Roger Silverstone e Jenkins na discussão das mídias na Educação. Trata-se de uma pesquisa-ação (THIOLLENT), visto que o grupo de pesquisa (CAPTE) e professores atuam juntos na proposta de criação e implantação do trabalho com Blog nesta instituição. Os professores usuários da plataforma criada para este fim, no endereço eletrônico www.elilopes.pro.br/capte são docentes que atuam no nível superior e técnico. Além disto, criam Blog também em ambientes gratuitos para este fim. Os Blogs estão sendo usados nas disciplinas da educação presencial, mas podem ser utilizados também na modalidade de educação

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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a distância. Como resultado argumenta-se em favor do uso de Blog para dar suporte pedagógico e técnico (conteudista) ao professor, como forma de estimular a cultura participativa (no sentido dado por Jenkins) dos alunos nas disciplinas.

YOUTUBE NA SALA DE AULA: A APRENDIZAGEM ATRAVÉS DOS VIDEOCLIPES. Leonardo Mozdzenski (UFPE)

Com sua crescente popularização nos meios de comunicação de massa, sobretudo a partir dos anos 1980, os videoclipes tornaram-se um dos principais gêneros midiáticos de expressão cultural e estética da contemporaneidade. A evolução da tecnologia digital os tornou ainda mais acessíveis ao público jovem, ganhando ampla difusão nos mais diferentes suportes, tais como telefones celulares, tocadores de MP4, tablets e, principalmente, na tela do computador, através de plataformas de vídeo como o YouTube. Apesar dessa constatação, poucos são os estudos linguísticos dedicados a investigar esse gênero discursivo e explorar seu uso na escola. Atentando para essa lacuna, proponho examinar neste trabalho algumas possibilidades didáticas de utilização dos clipes musicais em sala de aula. Para tanto, sustento que a intertextualidade exerce uma função primordial à compreensão dos videoclipes e apresento uma metodologia de análise mais integrada ao contexto escolar, com base em Bakhtin (2002), Marcuschi (2007), Van Dijk (2008), Costa (2005) e Martins (2005). A título de exemplo, sugiro a discussão do vídeo “Bedtime story” (1995), da cantora norte-americana Madonna. Como resultado da análise, é possível defender o emprego desse gênero multissemiótico como uma interessante estratégia didática para a construção do conhecimento dos alunos.

CI-30

USO DO HOT POTATOES ASSOCIADO AO MOODLE NAS OFICINAS DE CONTEUDISTAS DA ESAF. Sylvana Karla da Silva de Lemos Santos (IFB); Kelly Ramos de Souza Bitencourt (ESAF)

A construção de materiais didáticos para cursos a distância é frequentemente comparada à metodologia utilizada em cursos presenciais e, muitas vezes, não é compreendida por si só, mas apenas em contraponto com a educação presencial. Porém, dentro das especificidades da Ead, a formulação do conteúdo pode resultar em material inédito ou ser parte de um processo composto de adaptação e conversão de um material já existente. O conteudista em Ead, profissional responsável pela elaboração do conteúdo

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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do curso e pelas atividades avaliativas, deve dominar algumas técnicas e métodos que facilitem essa construção. Com o objetivo de auxiliar o conteudista nessa função, o software livre educacional Hot Potatoes tem se mostrado útil na criação das avaliações em forma de objetos educacionais diferenciados que podem ser disponibilizados na web. Assim, o entendimento do conteudista quanto à construção das questões fica facilitado, reduzindo também o tempo de desenvolvimento e direcionando o resultado para a visão do aluno. A proposta desse artigo é apresentar o Hot Potatoes como ferramenta complementar, associada ao Moodle, nas oficinas de formação de conteudistas para cursos virtuais promovidas pela Esaf, oferecendo mais uma alternativa à forma atual de criação das atividades por parte do conteudista.

UTILIZANDO OBJETOS DE APRENDIZAGEM (OAS) COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO EM PSICOLINGUÍSTICA EXPERIMENTAL. Jéssica Tayrine Gomes de Melo Bezerra; Márcio Martins Leitão; Thiago Gouveia (UFPB)

Os Objetos de Aprendizagem (OA) são recursos digitais que, podendo ser reutilizados, dão suporte à educação (WILEY, 2000). Eles são disponibilizados por meio das mídias digitais e podem ser utilizados tanto no ensino presencial quanto no ensino a distância. Desse modo, no presente trabalho apresentamos um objeto de aprendizagem (animação interativa) para o ensino de Psicolinguística Experimental, subárea da Linguística que investiga como as pessoas processam a linguagem. Focalizaremos a Teoria do Garden-Path, que postula princípios de processamento sentencial referentes a frases ambíguas com base na economia em termos de custo para memória de trabalho (FRAZIER, 1979; RIBEIRO, 2005). O princípio de processamento sentencial trabalhado pelo objeto de aprendizagem é o da aposição local, que propõe que, diante de orações relativas ambíguas, o processador sintático tem preferência pelo sintagma nominal que está sendo correntemente processado. No objeto, o usuário (aluno) é levado a estruturar e ler uma oração relativa ambígua a partir de um labirinto de um castelo; depois deverá responder uma questão sobre o que leu, buscando desfazer a ambiguidade. Por fim, mostraremos também os resultados do questionário avaliativo respondido por alunos da disciplina Teoria Linguística II (presencial) que indicam que o objeto de aprendizagem foi eficiente no aprendizado.

A CONSTRUÇÃO DO ETHOS RELIGIOSO EM BLOGS: UM OLHAR DISCURSIVO. José Antonio Ferreira da Silva (ISEP-PE)

Como todas as manifestações da criação ideológica banham-se no discurso e não podem ser nem totalmente isoladas nem totalmente separada dele (BAKHTIN, 2010),

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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acreditamos que os elementos linguísticos são pistas discursivas que textualizam ideologias subjacentes a sua formação. Com o discurso religioso não é diferente. Entendemos que o campo religioso utiliza os espaços midiáticos como instância de realizações da atualização da questão da fé, ou seja, as instituições religiosas percebem os meios de comunicação não somente como instrumentos, mas organizam-se a partir dos recursos estruturais dos gêneros do discurso, sociointeragindo para apropriar-se dos meios que legitimem suas ideologias. Partindo dessas considerações este artigo busca trazer algumas reflexões acerca do ethos religiosos propagado na internet através de blogs: católicos, evangélicos e espíritas; procurando observar e analisar como os enunciadores desse tipo de discurso persuadem, seduzem e atraem seus interlocutores. Para tanto, foram utilizados como embasamento teórico os pressupostos de Bakhtin (2011), no que diz respeito aos gêneros do discurso; de Bazerman (2007; 2009; 2011) no que se refere aos gêneros textuais; e de Maingueneau (2008a; 2008b; 2008c; 2008d; 2010; 2011) sobre a constituição do ethos discursivo.

A INTERAÇÃO EM CONTAS DO TWITTER DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS. Rita de Cássia Silva Santos (UFS)

Mídias virtuais são elementos tão presentes na contemporaneidade que se mostram como “indiscutivelmente” necessárias ao desenvolvimento da interação. Tem-se incutido no imaginário coletivo um modelo mental valorativo da conectividade. Como forma de questionamento dessa postura, apresento, neste artigo, a análise de textos de microblogs de três universidades públicas – USP, UFRJ e UFS –, feita com o intuito de observar como se processa a interação entre as instituições e a comunidade acadêmica através do Twitter. Para atender a esta proposta, tomo como referencial teórico estudos da Análise Crítica do Discurso (VAN DIJK, 2008, 2006; FAIRCLOUGH, 2001; WODAK, 2004) e, para tratar de interação, parto de Lemos (1997) e Primo (2008). Os resultados da pesquisa ratificam a proposição de que as contas do Twitter das universidades analisadas atendem a uma imposição social que incita a conectividade e a consequente visibilidade. As páginas não estão cumprindo nem o papel de rede social por não haver interação significativa com o corpo acadêmico, nem plenamente o papel de fonte de compartilhamento e de troca de informação pois, se considerarmos a pequena circulação das postagens,os microblogs analisados funcionam como difusores de informações.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-31

A NARRATIVA DE BASTIDORES NO GÊNERO PERFIL FAKE DO TWITTER: ESTRATÉGIAS RETÓRICAS. Leila Rachel Barbosa Alexandre (UFPI)

Este trabalho estuda a construção de narrativas de bastidores nas postagens de perfis fakes do Twitter. Especificamente, objetivamos evidenciar o papel retórico que a construção de uma narrativa de bastidores através das postagens exerce na realização do gênero digital Perfil Fake do Twitter. Tomamos os pressupostos teóricos da Nova Retórica, tal como compreendida por Miller (2009) e Devitt (2004), ao entendermos gênero como ação social realizada por atendimento a uma exigência advinda de uma situação retórica tipificada. Usamos o conceito de narrativa de bastidores de Wilson (2011), que indicou a presença de postagens que pareciam revelar a vida do parodiado por trás das câmeras em perfis Fakes políticos australianos. Para realização desta pesquisa, usamos informações sobre o processo de construção dos Fakes, colhidas em entrevistas com criadores desses perfis, e analisamos exemplares do gênero, com foco nas características retóricas evidenciadas pelo recurso à narrativa de bastidores em suas postagens. Concluímos que essas postagens, ao parecerem mostrar o lado oculto do parodiado, o colocam em situações inusitadas ou que não se imagina que fossem mencionadas publicamente, misturando fatos reais com ficcionais, o que faz com que a narrativa de bastidores seja uma grande geradora de humor nos Fakes do Twitter.

A ORGANIZAÇÃO TÓPICA EM CONVERSAS INSTANTÂNEAS. Monia Cavalcanti de Souza (SEDUC-PE)

Uma abordagem da organização textual-interativa requer um minucioso trabalho na análise dos dados, dada a complexidade de fatores envolvidos na comunicação humana em qualquer situação. Porém, no ambiente virtual essa tarefa torna-se ainda mais árdua, uma vez que a comunicação apresenta elementos tanto da modalidade oral quanto da escrita da língua, além da quase simultaneidade entre a elaboração e a manifestação do discurso. No sentido de ampliar as discussões acerca dos gêneros digitais e especialmente aprofundar estudos já iniciados sobre o gênero chat, o presente trabalho pretende descrever o gênero chat, mostrar a complexidade na estruturação tópica que o gênero apresenta e discutir as estratégias de construção textual em conversas instantâneas, analisando o papel da organização tópica para a continuidade temática do texto. O texto é aqui entendido como “evento comunicativo

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para o qual convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas”, Marcuschi (2008). Todo evento comunicativo e social tem um produtor que mobiliza variados meios para transmitir a seu interlocutor suas ideias, seu modo de percepção do mundo, sua ideologia. Para tanto, ele se vale de mecanismos que corroboram para trazer ao texto o efeito desejado. Um desses elementos é a organização tópica.

UM ESTUDO SOBRE OS BLOGS DAS EQUIPES DE FORMAÇÃO DO PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO. Bruno França de Souza; Gilce Cleana Brandão Zarzar; Viviane de Bona; Renata da Costa Lima; Diógenes Maclyne Bezerra de Melo (UFPE)

Em vários estados do Brasil, as equipes de formação do Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) criaram blogs com o objetivo de informar suas atividades e compartilhar conteúdos relativos à inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação em sala de aula. Neste trabalho, foram analisadas as postagens realizadas nos diários eletrônicos pertencentes às equipes de formação de Pernambuco, Piauí, Alagoas, Ceará, Maranhão e Sergipe. A metodologia utilizada foi a análise de conteúdo. Todas as postagens foram categorizadas para permitir a identificação de recorrências e divergências nas publicações. Respeitadas as particularidades de cada blog, foi possível identificar semelhanças no que se refere à postagem de arquivos concernentes à proposta do programa, à divulgação de notícias, às dicas e às informações. Foram encontradas postagens de atividades para a formação, com tutoriais e links para a resolução de problemas. Por outro lado, foram identificadas divergências. Houve blog que se voltou apenas para a comunicação das ações de formação, relatando as visitas nas escolas, com uma produção ‘mais caseira’. Em alguns blogs, foram postadas notícias cujo escopo, inicialmente, restringia-se ao projeto PROUCA, mas que, posteriormente, passaram a incluir também notícias referentes à utilização das tecnologias no meio educacional.

O USO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO POR PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO. Shirleide Bezerra da Silva (UFPE)

Este trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa intitulada “As redes sociais como ferramentas para interação e construção de conhecimento”. Nosso foco foram as Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramentas apropriadas à prática pedagógica do professor da rede pública estadual de ensino. A pergunta de pesquisa foi: estariam os professores da rede estadual de ensino habilitados a utilizar as TIC em sala de aula? Sem dúvida, a resposta a esta indagação pode contribuir para

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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a construção de uma Política Pública de Formação do Professor da Rede Pública de Ensino de Pernambuco e talvez até mesmo do Nordeste no que se refere ao uso das TIC na educação. Por isso, realizamos esta investigação de natureza exploratória e de abordagem qualitativa. Para a coleta de dados, aplicamos questionários não estruturados com professores da rede estadual. Os resultados apontaram para uma resistência dos docentes quanto à inserção das TIC em sua prática de ensino em sala de aula, haja vista sentirem-se despreparados pela falta de treinamento adequada para manipularem as TIC como ferramenta de interação e aprendizagem. Esperamos que este estudo sirva de suporte aos professores que necessitam de capacitação para o uso dessas tecnologias.

CI-32

LEITURA DE HIPERTEXTOS POR APRENDIZES INCIANTES DE INGLÊS: TRAÇANDO CAMINHOS RUMO À MOTIVAÇÃO, À AUTONOMIA E AO APRENDIZADO ORGÂNICO DA L2. Júlia Vidigal Zara (UFMG)

Este trabalho objetivou avaliar o uso de hipertextos como estratégia para ativar o aprendizado “orgânico” (Nunan, 1998) e promover a motivação (Dorneyi & Csizér, 1998) e a autonomia (Little, 1991) de brasileiros aprendizes iniciantes de inglês. Para isto, foi realizada uma pesquisa-ação (Cavalcanti & Moita Lopes, 1991) na qual aprendizes iniciantes de um curso livre de idiomas selecionaram e leram textos de diferentes gêneros através de buscas na Internet. Após cada leitura, os aprendizes compartilharam, seja com a professora, através da entrega de atividades em sala de aula, ou com os colegas, através da postagem das atividades em um blog criado para este fim, uma lista de palavras novas que aprenderam e suas opiniões escritas sobre os materiais lidos. No final da pesquisa, os aprendizes responderam a um questionário sobre a experiência com os hipertextos e com o blog. Os resultados obtidos mostram que, através da seleção de hipertextos, aprendizes do nível iniciante assumem um papel mais ativo no processo de aprendizado e aprendem conteúdos além dos previstos no material didático adotado. Em relação ao blog, os resultados revelaram que esta ferramenta pode ser benéfica para o processo de aprendizado ou não, dependendo das características específicas de cada aprendiz.

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O USO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA A PROMOÇÃO DE UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA. Janaína de Barros Tenório Silva Lucena (UPE)

Nas séries iniciais temos observado que a grande maioria dos estudantes apresentam dificuldades em desenvolver algumas conteúdos da disciplina de língua portuguesa, enquanto outros apresentam dificuldades em alguns conteúdos da disciplina de matemática. Essa situação fez com que utilizássemos o objeto de aprendizagem como um recurso que auxiliasse o estudante para a ocorrência da aprendizagem significativa, teoria proposta por David Ausubel. Reunimos 10 estudantes do 5º ano de uma escola rural e com base em alguns objetivos propostos pelos PCN’s elaboramos duas aulas: uma de língua portuguesa sobre texto narrativo e a outra de matemática sobre sistema monetário. Essas atividades que foram desenvolvidas em sala serviram como um organizador prévio dos conhecimentos que os estudantes possuíam acerca dos conteúdos que estavam sendo trabalhados. Em um segundo momento os estudantes foram levados para o laboratório de informática, onde tiveram contato com dois objetos de aprendizagem: um de matemática e o outro de língua portuguesa, esses objetos serviram como um material potencialmente significativo, como também contribuíram para a formação de novos conceitos. Para avaliar os conhecimentos que os estudantes consolidaram com a realização das atividades tanto no laboratório como em sala, procuramos observar o seu desempenho e participação nas mesmas.

PERFIS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO TWITTER: RELAÇÃO ENTRE AUTORIA PESSOAL E AUTORIA INSTITUCIONAL. Bruno Diego de Resende Castro (UEMA)

Este trabalho trata da autoria no gênero perfil institucional de instituições de ensino superior (IES) piauienses no Twitter, objetivando analisar como se constitui a autoria institucional nesse gênero, vinculado a um ambiente, sobretudo, pessoal, como o Twitter. Nosso estudo tem como pressuposto teórico as ideias de Miller (2009), Devitt (2004) e Bazerman (2005), nas quais o gênero é entendido como uma ação retórica que emerge de uma situação tipificada para atender uma exigência. Em relação à configuração de autoria nos gêneros, baseamo-nos em Alves Filho (2006). Nosso corpus é constituído por sete perfis de instituições de ensino superior piauienses no Twitter. Realizamos análises prévias dos perfis, para, posteriormente, entrevistarmos os produtores do gênero e conhecermos sua visão sobre os usos deste gênero. Constatamos que há a realização tanto de uma autoria com características tipicamente institucionais como de uma autoria com características mais pessoais

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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nesses perfis, sendo que a ocorrência dessas configurações de autoria dependem da informação veiculada: quando a informação é oriunda do site da IES usa-se preferencialmente a autoria de caráter mais institucional, todavia, quando se trata da resposta a um tuiteiro ou interação de maneira geral com os seguidores do perfil, predomina a autoria de caráter mais pessoal.

PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL: O BLOG NA SALA DE AULA. Manoela Milena Oliveira da Silva; Gabriella de Lima Espíndola (FAFIRE)

Atualmente, sabe-se que as tecnologias digitais têm crescente importância na vida das pessoas. Uma dessas ferramentas de grande popularidade é o blog, que se caracteriza por sua facilidade de edição e manutenção dos textos em rede. Tal ferramenta permite a convivência de múltiplas semioses, como textos escritos, imagens e sons. (KOMESU, 2010). Esse é um gênero reconhecidamente popular entre os jovens que muitas vezes fazem fama com blogs sobre temas de seu interesse. Baseados nessa tendência, até mesmo os livros didáticos para os adolescentes vêm inserindo diversos gêneros digitais entre seus textos, entre eles o blog. O livro Links: english for teens, de Amadeu e Marques (2009), adotado pela rede estadual de ensino, conta com vários textos desse gênero. Nesse contexto, o presente trabalho propõe-se a analisar como o gênero blog é trabalhado em sala pelo professor. Para tanto, foram observadas 6 horas-aula de 2 professores do nono ano de uma mesma escola estadual. Procurou-se analisar qual o direcionamento dado ao trabalho com tal gênero com vistas a proporcionar o letramento digital aos alunos. Percebeu-se que embora trabalhem o blog e suas características enquanto gênero digital, os alunos não foram levados a inserir-se, de fato, nessas práticas sociais.

CI-33

JOGANDO E APRENDENDO: ETNOGRAFIAS ON-LINE DOS GAMES COMBAT ARMS E DRAGONS OF ATLANTIS. Jair Rocha de Oliveira Neto; Micheline Dayse Gomes Batista (UFPE)

A cada ano, acompanhamos um novo “boom” do mercado dos jogos eletrônicos, impulsionado pelo desenvolvimento da informática, pelo lançamento de novos consoles e títulos. Apostando neste potencial, pais, educadores e governos, têm investido na difusão dos jogos educativos, aqueles que ajudam a fixar conteúdos didáticos, sejam de história, de geografia, de biologia etc. No entanto, diante de jogos cada vez mais

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reais em sons, imagens, enredos e do desenvolvimento da inteligência artificial, torna-se possível pensarmos também na potencialização de um outro tipo de conhecimento, este menos formal mas nem por isso menos importante, que é o aprendizado puro e simples. A experiência de viver uma vida virtual rompe com os limites da familiaridade e exige dos jogadores o exercício interpretativo deste mundo e sua re-significação. Através desses artefatos aprendemos a seguir regras, a trabalhar em equipe e a tomar decisões rápidas. Aprendemos a ser criativos na definição de estratégias que podem determinar nossa sobrevivência no jogo e dali extrairmos alguma lição, mesmo num enredo violento. Neste trabalho analisaremos, a partir de etnografias on-line e à luz da hermenêutica, os games Combat Arms e Dragons of Atlantis, no sentido de tentar identificar elementos que proporcionem ao jogador essa vivência cognitiva.

TWITTER NA EDUCAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS EJA. Eric Ulisses Alves Siqueira; Giselle Cristiane Pinto Moreira Bezerra; Denis Frank Ferreira Machado (SEDUC-PA)

Este relato de experiência, objetiva destacar a possível importância de uma das mídias sociais mais famosas do século XXI aplicada à prática didático-pedagógica: o Twitter. O embasamento teórico deste ensaio é norteado por Neto (2006), Paiva (2010) e Santos (2009), buscando-se perceber impactos que tal recurso digital poderia trazer para a aprendizagem de uma turma de Jovens e Adultos, cursando a 1ª etapa do Ensino Médio. A metodologia consistiu em integrar a “nova” tecnologia aos conteúdos que estavam sendo estudados na sala de uma escola pública da rede estadual no município de Ananindeua-PA, na disciplina História, de forma a transcender as paredes da sala de aula tradicional. A proposta desenvolvida surpreendeu em relação à motivação destes alunos em realizar as tarefas, o que é possível notar pela crescente e gradativa assiduidade e qualidade das postagens. Pareceu tornar a aprendizagem mais significativa, tendo em vista os resultados obtidos, além de promover um estreitamento de laços afetivos entre o professor da disciplina e os alunos. Espera-se, sobretudo, disseminar experiências a respeito do uso das mídias sociais associado à prática docente e incentivar a adaptação de propostas como esta no que se refere à sua aplicação em outros contextos no processo ensino-aprendizagem.

DOCUMENTÁRIO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA. Heloisa Helena Oliveira de Magalhães Couto (UFRJ)

O projeto teve como objetivo propiciar a aprendizagem significativa dos educandos, através do contato prazeroso com a arte na criação de vídeos, no trabalho

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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colaborativo entre os participantes de cada equipe, despertando a criatividade, o talento, a análise crítica, a comunicação e expressão em audiovisual e a ousadia em inovar, além de trabalhar com os mais variados materiais e recursos tecnológicos, como por exemplo, ferramentas computacionais de criação e edição, câmera digital e filmadora. O projeto foi desenvolvido em várias etapas: organização das equipes, reuniões semanais, escolha dos temas, pesquisa sobre o tema, criação do roteiro, sinopse, filmagem, gravação, entrevistas, edição dos vídeos dentro da escola com o Windows Movie Maker, finalização, gravação em DVD e avaliação. Os alunos com a orientação de um professor realizavam as edições e produções visuais, em seguida ao final das etapas, realizaram dentro da escola como forma de exibição, uma palestra para as demais turmas do ensino fundamental, divulgando a produção e o trabalho coletivo dos alunos. Após toda divulgação os alunos juntamente com o professor orientador realizaram festivais, palestras na escola com os alunos, e o envio dos vídeos para participação em concursos nacionais de vídeos como forma de expor o trabalho desenvolvido.

O APRENDIZADO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR GEOLOCALIZAÇÃO: POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES. Hugo de Albuquerque Moreira (UFPE)

O presente trabalho de pesquisa avalia o modelo conceitual de proposição de situações de aprendizagem de vocabulário de língua Inglesa com geolocalização e as percepções e experiências de alunos com este tipo de aprendizado com o uso do software GeoLearning. Adotando a perspectiva de aprendizagem significativa defendida por David Ausubel e Douglas Brown e alinhados com a visão de M. Sharples sobre mobile learning, realizamos a pesquisa através de um estudo composto de testes de usabilidade com o GeoLearning e posterior análise das tarefas realizadas pelos alunos e com os dados coletados em Grupos Focais. Foram identificadas as possibilidades e limitações no uso do software e os resultados deste estudo apontam para a eficiência do aprendizado geolocalizado através de dispositivos móveis, ou seja, no contexto de seu uso. A aprendizagem geolocalizada de vocábulos de Inglês através de dispositivo móvel facilita a tarefa por parte dos usuários/estudantes. Além do contexto, os recursos já existentes do GeoLearning, como anotações e dicionário potencializam este aprendizado. A usabilidade da ferramenta pode ser considerada muito boa e a inclusão de algumas funcionalidades como a pronúncia podem melhorar ainda mais o GeoLearning. Apesar das limitações, a ferramenta possui muitas possibilidades.

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CI-34

O TABLET COMO FERRAMENTA PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERATIVA. Aline Cristina da Silva; João Carlos Costa (UFPE)

O tablet como ferramenta para uma prática pedagógica interativa é um trabalho que se propõe a refletir sobre a inserção desse novo aparato tecnológico no ambiente escolar. Interessa sobremaneira entender as condições de uso, a preparação dos docentes e, consequentemente, os mecanismos de trabalho em prol de aulas interativas. Para tanto, servirão de apoio os pressupostos teóricos de autores como: Luiz Antônio Marcuschi e Antônio Carlos Xavier que tratam de questões relacionadas aos recursos tecnológicos na educação e autores que defendem a prática pedagógica sob um enfoque interacionista, como: Paulo Freire e José Carlos Libâneo. Nessa perspectiva, primeiramente, tratamos da cibercultura no contexto educacional, depois discutimos sobre uma prática pedagógica interativa e assim, refletimos sobre a preparação docente e discente para o trabalho em sala de aula com o tablet, além da infraestrutura necessária para acolhê-lo. Assim, entendemos tais pontos como cruciais para o desenvolvimento de uma prática pedagógica interativa, prazerosa e proveitosa, pois, a inserção dessa tecnologia por si só não acrescentaria muito, ao contrário, poderia até funcionar negativamente, mas vindo imersa num projeto pedagógico, dispondo de objetivos delimitados, ela é sim mais uma ferramenta positiva para complementação das aulas.

TECNOLOGIA NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA DA ESCOLA PÚBLICA DA BAHIA: UMA REALIDADE? Roberta Pereira Peixoto; Domingos Sávio Pimentel Siqueira (UFBA)

A tecnologia vem provocando em nossa sociedade constantes transformações e a área de educação surge como uma das mais promissoras diante dessas modificações. A utilização de multimeios cada vez mais interativos pode favorecer, com mais rapidez e facilidade, o domínio dos mais diversos conteúdos. Visando a proporcionar uma adequação a essa realidade, entre 2008 e 2009, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia distribuiu para todas as escolas públicas baianas Monitores Educacionais como parte de um projeto popularmente conhecido como TV Pendrive, que tem como objetivos principais estimular a produção audiovisual por parte da comunidade escolar e proporcionar um ambiente de socialização e amadurecimento das construções coletivas e compartilhadas. O presente trabalho pretende discorrer sobre a relação entre tecnologias e educação, descrevendo o que seriam os Monitores Educacionais,

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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os objetivos do projeto, além de apresentar os dados parciais de uma pesquisa de mestrado que tem como objetivo geral analisar como os Monitores Educacionais estão sendo utilizados em sala de aula por professores de língua inglesa da rede pública estadual e de que forma tal prática reflete na prática docente, culminando com uma reflexão sobre os efeitos da utilização de tal ferramenta na postura do docente desta disciplina.

A NOTÍCIA NO FACEBOOK. Nelly Medeiros de Carvalho; Rita de Kássia Kramer Wanderley (UFPE)

Este trabalho pretende analisar algumas configurações linguísticas e discursivas da mídia informativa na maior rede social da atualidade: o Facebook. Observando a presença assídua desse ambiente de interação na vida dos brasileiros, é necessário colocar em foco a reflexão sobre os novos modos de interação entre instância midiática, notícia e receptor. Para tanto, utilizamos como base teórica a Análise Semiolinguística do Discurso, formulada por Patrick Charaudeau, e também das reflexões do linguista David Crystal, como suporte para pensar a mudança na linguagem da atualidade. Como corpus de análise, selecionamos notícias divulgadas nos perfis dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo no Facebook, analisando-as com o foco nas novas relações que vêm ocorrendo entre as projeções das instâncias produtora e receptora dos textos no ambiente da rede social. Como resultados, percebemos algumas mudanças nos papeis comunicativos em comparação com a mídia tradicional impressa. Isso se deve à abertura do suporte à interação e pela intervenção direta e efetiva dos receptores no espaço de divulgação da notícia. Além disso, percebe-se que ainda não há uma norma consensual sobre o padrão linguístico que deve ser utilizado neste espaço.

COMUNIDADES VIRTUAIS DE MÚSICAS COMO SUBSÍDIO PARA A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE AFRODESCENDENTE. Jobson Francisco da Silva Júnior; Leyde Klebia Rodrigues da Silva; Mirian de Albuquerque Aquino (UFPB)

Investiga a possibilidade da construção da identidade afrodescendente através de comunidades virtuais de música. Principia contextualizando a importância da informação musical nas comunidades virtuais na sociedade da informação. Tem como objetivo geral compreender como as comunidades virtuais de música podem subsidiar a construção da identidade afrodescendente e operacionaliza como objetivos específicos: entender o papel desempenhado pela informação musical

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nas comunidades virtuais, examinar o acesso às comunidades virtuais de música e discutir o processo de construção da identidade afrodescendente. Sua base teórica reflete sobre as questões da cibercultura e o processo de construção da identidade afrodescendente. O estudo é de caráter qualitativo exploratório articulado à pesquisa bibliográfica/documental e analisa os dados coletados sob a ótica da análise documental associada a abordagem crítica fundamentada no referencial teórico. Os dados foram coletados no Facebook, por tratar-se de rede de relacionamento virtual mais utilizada atualmente no Brasil. Concluímos que as comunidades virtuais de música podem ser vistas como um dispositivo facilitador da construção da identidade afrodescendente, e um mecanismo contra o preconceito, a discriminação e o racismo.

CI-35

ESCRITORAS MIRINS E A SUBJETIVIDADE NO CIBERESPAÇO. Luciane dos Santos (UEL)

Partindo da temática retórica, identidade e subjetividade em comunidades virtuais da internet, este trabalho tem por objetivo avaliar a subjetividade na produção das escritoras mirins do site Academia Virtual – Sala dos Poetas e Escritores. Mulheres, sobretudo a partir do século XIX, tinham diários pessoais escritos em seus aposentos, lugar de intimidade. Hoje, essa escritura pode ser encontrada exposta em sites, blogs, redes de relacionamento. Desse modo, os conceitos de público e o privado, particularmente, com a chegada da internet, acabam por estarem numa linha conceitual tênue. Logo, a partir da caracterização dos textos literários, suas tipologias e temas, nessa produção escrita, pressupõe-se observar qual o viés da subjetividade dessas autoras, agora expostas no espaço virtual. A metodologia será o da coleta de dados (poesias e narrativas) por meio do sítio em questão. Essa investigação também contará com presumíveis referenciais teóricos relacionados à Crítica Literária Feminista e teorias que partem de discussões entre o limiar público e privado. O projeto encontra-se em processo de desenvolvimento, dessa forma, espera-se apresentar quais tipos textuais literários são mais frequentes entre as escritoras, como seus escritos trabalham a subjetividade e/ou a identidade no espaço virtual.

ESPELHO DE NARCISO: ESTRATÉGIA DISCURSIVA DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NO FACEBOOK. Marineuma de Oliveira Costa Cavalcanti (UFPB)

Segundo pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa, há um conjunto de estratégias discursivas que produz um discurso de tipo dado, em

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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circunstâncias dadas: o processo de produção, caracterizado, principalmente, por uma série de formações imaginárias que designam o lugar que os sujeitos atribuem cada um a si e a outrem. Há, também, por parte de cada sujeito, uma antecipação das representações um do outro, sobre a qual se funda essa estratégia de construção de sentidos. De acordo com esse mecanismo de antecipação, como o coloca Pêcheux (1997), todo sujeito tem a capacidade de experimentar, ou melhor, de se colocar no lugar em que o seu interlocutor ‘ouve’ suas palavras. Ele se antecipa, assim, a seu interlocutor, quanto aos sentidos que suas palavras produzem. É, pois, nesse contexto, que este artigo pretende identificar e discutir essa estratégia discursiva, a que chamo, metaforicamente, de Espelho de Narciso, muito utilizada em postagens publicadas no Facebook, rede social criada em 2004, em que qualquer pessoa com acesso à internet pode registrar e divulgar o seu perfil, ou seja, os seus dados pessoais, suas fotos, vídeos, links e notas, podendo, ainda, estabelecer conversas, em tempo real.

FACEBOOK E EDUCAÇÃO: UM ESPAÇO NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICO-RACIAL BRASILEIRA. Alice Maria Cardoso Nogueira Tavares; Luzineide Miranda Borges (UESC)

Este trabalho é fruto da pesquisa em andamento cujo objetivo é analisar como a cibercultura pode contribuir para a reflexão da discriminação racial ampliando o conhecimento dos educadores e seus saberes acerca do exercício da cidadania e da identidade étnico-racial no Brasil. Silva (2005) declara que a interatividade é a modalidade comunicacional que ganhou ênfase com a cibercultura, quando é aberta ao receptor a possibilidade de responder ao sistema de expressão e de dialogar com o mesmo. O autor considera que a atitude comunicacional não deve ser um ideal, mas uma atitude prática e cotidiana e que “é preciso despertar o interesse dos professores para uma nova comunicação com os alunos em sala de aula presencial e/ou virtual”. A discussão surgiu na disciplina de Educação e Tecnologias Educacionais nos cursos de Licenciaturas na Universidade Estadual de Santa Cruz – BA a partir dos relatos dos alunos sobre compartilhamentos de notícias, vídeos, fotos/imagens feitas na sua página no facebook o qual suscitou discussões sobre a afirmação da identidade étnico racial nas redes sociais virtuais. É uma pesquisa de caráter qualitativo, pois a sua natureza requer coleta de dados que serão descritivos e interpretativos.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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MANGABA NA REDE: O PAPEL DAS REDES SOCIAIS PARA AS CATADORAS DE MANGABA EM SERGIPE. Tânia Regina Barbosa de Sousa; Rita Simone Barbosa Liberato; Patrícia Santos de Jesus (IFS)

Este estudo objetiva analisar qual o papel do Facebook para a promoção do discurso das mulheres catadoras de mangaba de Sergipe, partindo-se da pesquisa de análise de conteúdo, postagens e estatísticas do website www.catadorasdemangaba.com.br no período de Julho/11 a Maio/12, a fim de se investigar se há relação entre ambos, no que tange à relação entre comunicação, cultura e alimento como elementos emancipatórios e simbólicos para a promoção da igualdade de gênero, reconstrução da identidade e do discurso dos oprimidos/subalternos. Este estudo se baseará nas pesquisas de Barthes, Spivak e Said, além de estudos sobre hipertexto, teoria do discurso e histórico do Movimento das catadoras de mangaba de Sergipe.

CI-36

REDES SOCIAIS, PODER E ENSINO. Ana Paula Melo Sylvestre (UnB)

As Redes Sociais Twitter e Facebook desenvolvem um papel importante na sociedade atual. A cada dia, um número maior de pessoas se utiliza desses espaços discursivos para agir e interagir socialmente. Configurações discursivas próprias dos gêneros textuais digitais são constituídas e remodeladas por meio do uso, e assimiladas pelos usuários de maneira cotidiana e natural. Reflexões oriundas de pesquisa qualitativa, em Análise do Discurso Crítica nesses espaços, revelam que relações sociais complexas se configuram nas interações sociais digitais evidenciando assimetrias de poder, construções identitárias e papéis sociais diversos. Diante desses novos recursos digitais, amplamente utilizados por parte de nossos alunos, podemos nos utilizar das Redes Sociais como aliadas no ensino? O trabalho com as Redes Sociais no ensino além de possível é necessário. A escola não pode se omitir de acompanhar as evoluções tecnológicas e sociais. Isso porque nossos alunos, como usuários das Redes Sociais, estão submetidos a relações sociais nesses espaços diariamente, muitas vezes interagindo de maneira não-reflexiva e acrítica. Cabe então ao educador buscar trabalhar com as Redes Sociais em sala de aula, e evidenciar as relações de poder nelas presentes, proporcionando reflexões críticas e atitudes igualmente críticas nas interações de nossos alunos nos espaços digitais e não-digitais.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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INVESTIGANDO O DISCURSO DOS PARTIDOS POLÍTICOS NAS REDES SOCIAIS. Daniele Basílio Nunes (UFPE)

Pretendemos investigar como a prática discursiva é realizada pelos partidos políticos no Facebook e no Twitter. Logo, fundamentamo-nos tanto nos estudos da Análise Crítica do Discurso, no que se refere à análise discursiva dos partidos políticos, como nos Estudos Retóricos de Gênero, no tocante a análise dos gêneros situados nas redes sociais. Faz-se pertinente considerar a perspectiva de gênero como ação social, pois os atores inseridos histórica e culturalmente, participam e interagem por meio dos gêneros nas práticas sociais. Tais aplicações teóricas são relevantes, pois os analistas críticos pretendem evidenciar o modo como às práticas linguísticas e discursivas estão atreladas às estruturas sociais e ao contexto em que foram produzidas. Para a análise, tomamos como corpus os discursos presentes nas páginas das redes sociais do PT, PSDB e PV, com vistas a observar como os propósitos sociocomunicativos são transmitidos por meio dos gêneros digitais nessas redes. O procedimento de análise evidencia, por um lado, como a construção genérica se realiza nesse ambiente e, por outro, sinaliza como o discurso está perpassado pelas ideologias defendidas pelos partidos políticos, apontando por meio das estratégias linguísticas utilizadas na elaboração dessa prática, o posicionamento discursivo defendido por tais partidos.

REFLEXÕES ESPARSAS SOBRE A ESTRUTURA HIPERTEXTEXTUAL, INTERPRETADA À LUZ DAS NOÇÕES DE EPOS E ROMANCE NA TEORIA DE LUKÁCS. Cláudio Clécio Vidal Eufrausino (UFPE)

O objetivo deste trabalho é fazer uma associação entre o pensamento de Lukács sobre a transição entre a atmosfera da epopeia e a atmosfera do romance e o modo como se estrutura o espaço de fluxos, nomenclatura utilizada por Manuel Castells para designar o ambiente virtual estruturado em rede, com destaque para sua modalidade mais característica: o hipertexto.

O VESTIBULANDO NO TWITTER: IDENTIDADE E SUBJETIVIDADE EM 140 CARACTERES. Alan Eugênio Dantas Freire (UFRN)

A revolução causada pela internet e suas diversas redes sociais acabaram por trazer à tona fecundas reflexões sobre a Cibercultura e o seu poder de construção identitária. O que parecia puramente moda tornou-se modo de ser, representação do eu, criação de realidade (LÉVY, 1996). Considerando a linguagem enquanto um fenômeno

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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social, que se processa por meio da interação, conforme nos explicita Bakhtin (2010), o discurso veiculado nas redes sociais molda o perfil dos seus usuários, construindo identidades que, no dizer de Hall (2006), são múltiplas e não-permanentes. A presente pesquisa busca analisar o uso do Twitter, por vestibulandos, elaborando uma reflexão acerca da construção das suas identidades no ciberespaço. Os sujeitos da pesquisa são alunos do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, escola da rede privada do município de Assú/RN, todos eles concluintes do Ensino Médio. Entendendo o ano de vestibular como decisivo e motor de uma reflexão sempre presente acerca de sua condição de estudantes, os sujeitos acabam por externar suas angústias, medos e perspectivas no ambiente virtual, proporcionando-nos material suficiente para análise de como eles se constituem vestibulandos, suas expectativas para os devidos processos seletivos, além de diversas representações pertencentes ao âmbito escolar.

CI-37

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NOS GÊNEROS DISCURSIVOS DIGITAIS. Cláudio Henrique de Souza Pires (UFBA)

Este estudo visa a problematizar as materializações da linguagem diante da evolução das novas redes sociais da internet. Abordaremos em particular os discursos produzidos em algumas comunidades anticorrupção criadas no Facebook. A partir dos trabalhos desenvolvidos em Linguística Textual (Marcuschi, 2007 e Koch, 2003) e Análise do Discurso (Maingueneau, 2006), pretendemos investigar a materialidade de vozes discursivas e a heterogeneidade constitutiva desses discursos para identificar os efeitos de sentido das relações dialógicas presentes nos pôsteres e comentários publicados nas comunidades que discutem a corrupção em páginas do Facebook. Também utilizaremos o conceito de “dialogismo” e “polifonia” (Bakhtin-Volochinov, 1986), tão presentes atualmente nas teorias dos discursos, pois, todo o discurso é inevitavelmente atravessado pelo discurso alheio, em relações intertextuais (relações de superfície) e interdiscursivas. “Isso pressupõe que toda intertextualidade implica a existência de uma interdiscursividade (relações entre enunciados), mas nem toda interdiscursividade implica uma intertextualidade” (Fiorin, 2008). Pensando na expansão do Facebook no Brasil e como essa rede tem influenciado a população a se posicionar em relação a temas polêmicos, essa pesquisa identificará em que medida os efeitos de sentido desses discursos contribuem, fora do espaço virtual, para o fortalecimento de movimentos sociais contra a corrupção política no Brasil.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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REDES SOCIAIS E A IMAGEM QUE OS USUÁRIOS REVELAM EM SUAS POSTAGENS. Edmar Peixoto de Lima (UERN); Ana Klarissa Barbosa Gonçalves (Faculdade Leão Sampaio)

Este trabalho se propõe a analisar os discursos dos usuários do Facebook tomando como foco o Ethos que eles revelam em suas postagens quando discutem, comentam ou simplesmente compartilham algo em seus perfis. Definimos Ethos como a imagem que o orador revela de si ao proferir discursos. Para estudar o Ethos desses usuários, procurou-se analisar postagens retiradas de seus perfis, uma vez que essas postagens expressam crenças, ideologias, verdades que possibilitem aos interlocutores construir a imagem do orador, utilizando para tal, as pistas discursivas deixadas por esses sujeitos. Delimitamos para esse trabalho, 10 postagens de diferentes usuários, com os respectivos comentários do auditório. Após a constituição do corpus, analisamos os discursos com base na Teoria da Argumentação no Discurso. Para tanto, tomamos como fundamentação a teoria da Nova Retórica (PERELMAN E TYTECA, 2005) e os estudos realizados na área (SOUZA, COSTA, 2009, MEYER, 2007; REBOUL, 2002). Conclui-se que, tal como apontou a análise das postagens, os usuários indicam suas preferências, gostos, hábitos e estilos, tornando cada vez mais visíveis seus desejos, interesses e modo de vida. Percebemos que os internautas revelam ethos semelhantes, formando pequenos grupos na rede social, embora não demonstrem, em seus comentários, ter consciência desses grupos.

UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES EM AMBIENTE VIRTUAL: O CASO DO OBJETHOS E DO CIRCO DA NOTÍCIA. Michelle Leonor da Silva (UFPE)

Os ambientes virtuais se configuram cada vez mais como espaços de novos relacionamentos e veiculação de ideologias. Assim, as identidades e significações vão sendo construídas mediante os discursos. Apoiado nessa ideia, o presente trabalho tem como objetivo analisar as formas retóricas dos artigos e vídeos publicados nas seções do blog objETHOS e do Circo da Notícia do Observatório da Imprensa, recolhidos do site www.observatoriodaimprensa.com.br que tiveram maior repercussão este ano, selecionados para mostrar como as identidades são formadas. Como aportes teóricos estão, entre outras, as contribuições de Estudos Retóricos do Gênero pelos trabalhos de Bazerman (2008; 2009) e Miller (2009); a Análise Crítica do Discurso de Fairclough (2001); as noções de identidades propostas por Hall (2005), além dos estudos de Patrick Charaudeau (2006) sobre o discurso midiático. As análises iniciais tem, em um primeiro momento, a noção sociodiscursiva do gênero para entender

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o funcionamento dos textos e suas convenções retóricas na direção da produção de discursos e identidades.

VOZES EXISTENCIAIS NO FACEBOOK: O LUGAR DO EU E DO TU DIALÓGICO. Robério Pereira Barreto; Miguel Angel García Bordas (UNEB; UFBA)

Neste trabalho se têm como objetivo compreender as interações dialógicas e as escritas existenciais presentes no Facebook. Neste espaço, a palavra dialógica é posta em ação por aqueles que interagem em rede com seus iguais. Aqui, o objeto de análise são as vozes e as memórias traduzidas em dialogismos em redes sociais. Para isso foram feitas observações contínuas por um período de seis meses com uma média de 2 horas por semana, sendo uma hora na segunda e outra na sexta-feira. A imersão no ambiente de pesquisa seguiu os princípios da etnografia virtual, que nos permitiu perceber que o dialogismo e a alteridade dialógica permitem polifonias reveladoras de existencialismo. A interlocução teórica assenta-se nas contribuições de Buber (2009), Bakhtin (2000), Amorim (2004) e outros. A escrita dialógica recorrente nas interações facebookeanas transforma-se em alteridades e põe a palavra dialógica a serviço do diálogo entre o Eu e o Tu mediando comunicação em redes sociais. A priori a comunicação dialógica remete as memórias as quais são variáveis e, além disso, as mensagens enunciam alteridades e diferenças. Diz-se, portanto, que o diálogo e a resposta constituem-se palavras dialógicas, tendo nos signos sociais e extra-verbais, a voz do sujeito da enunciação.

CI-38

A ATIVIDADE RESPONSIVA EM GRUPO DE FACEBOOK: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM. Serquiz Elias Filho (FAFIRE)

Este trabalho dedica-se a entender quais vantagens/contribuições podem existir em relação ao ensino aprendizagem, numa perspectiva bakhtiniana da atividade responsiva, em ambientes de grupo de Facebook. Discutir sua contribuição para o ensino-aprendizado colaborativo constitui o objetivo geral, ao passo que mostrar que o ambiente virtual do grupo de Facebook pode ser pertinente para a aprendizagem em paralelo com a sala de aula, descrever como se dá atividade responsiva nesse espaço e debater as relações aluno-professor formam os objetivos específicos desse trabalho. A pesquisa foi feita por meio de pesquisa bibliográfica acerca dos postulados de Mikhail Bakhtin relacionando-os às observações de quatro

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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grupos de uma escola da rede privada de Jaboatão dos Guararapes. Ao fim do trabalho, percebe-se que os Grupos de Facebook tendem a ser um ambiente bastante propício ao ensino-aprendizado colaborativo, além de chamar a atenção dos alunos e aproximá-los mais do professor, fazendo com a sala e o ambiente virtual, tal como os sujeitos enunciadores de ambos, entrem num diálogo amplo e de colaboração para a construção de conhecimento.

A PRESENÇA SOCIAL EM SISTEMAS COLABORATIVOS: ANÁLISE DOS AMBIENTES WIKISPACES E WIKIZOHO. Patrícia Brandalise Scherer Bassani, Débora Nice Ferrari Barbosa, Lucas Silva Sauter, Viviani da Silva Amador (Universidade Feevale)

Pesquisas recentes reconhecem que a presença social é um conceito central na educação online. A presença social é considerada um princípio relevante no projeto da comunicação mediada por computador e um determinante importante na formação de comunidades virtuais de aprendizagem (CVA). Entende-se que a presença social é condição fundamental para que a colaboração entre os sujeitos ocorra de fato nos ambientes de trabalho coletivo. Assim, este estudo parte da compreensão de que os indicadores de presença social são importantes para potencializar as interações na educação online, favorecendo o trabalho em grupo e a formação de comunidades de aprendizagem. Entretanto, como identificar a presença social em ambientes colaborativos? A partir deste questionamento inicial, apresenta-se um estudo sobre a presença social em ambientes do tipo wiki, que se caracterizam como sistemas colaborativos que permitem a escrita coletiva. Este estudo, de abordagem qualitativa, teve como objetivo identificar os elementos de presença social nos ambientes Wikispaces (http://www.wikispaces.com) e WikiZoho (http://wiki.zoho.com). A análise foi baseada no Modelo 3C, proposto para orientar o projeto e a implementação de sistemas colaborativos. Resultados apontam que o elemento de percepção do modelo 3C é fundamental para que a presença social ocorra no ambiente coletivo.

APRENDIZAGEM COLABORATIVA E EAD: UM ESTUDO DE CASO. Handherson Leyltton Costa Damasceno (UFBA)

Na urgência em universalizar o acesso ao ensino, nos últimos anos houve um investimento significativo na Educação a Distância, de modo que muitas instituições de ensino têm-se empenhado em oferecer essa modalidade. Nesse contexto, presenciamos uma nova relação com o saber, na medida em que a interação sujeito

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e conhecimento na sociedade contemporânea vem sendo potencializada com a revolução tecnológica. Tomando como referência este cenário, percebe-se cada vez mais que os ambientes “online” oportunizam momentos de trocas, socializações de dúvidas, geram incertezas, notícias, enfim informações que fazem parte da sociedade do conhecimento na “era” da colaboração digital e também da construção colaborativa educacional. Esse trabalho traz em seu cerne a inquietude de investigar o processo de colaboração entre os estudantes do curso de especialização em EaD da Universidade do Estado da Bahia, no qual o fórum de discussões foi utilizado como ferramenta de análise. Por conseguinte, na crença de que essa pesquisa possa qualificar o modelo on line de ensino, objetivou-se analisar de maneira minuciosa o processo de construção coletiva de saberes no ambiente virtual de aprendizagem do referido curso e constatou-se que o ambiente virtual, quando bem desenhado didaticamente, constitui num campo profícuo de ampliação coletiva de conhecimentos.

AS NARRATIVAS HIPERTEXTUAIS NAS LITERATURAS PERIFÉRICAS: UMA ANÁLISE DE CONTEÚDO DO PORTAL INTERPOÉTICA. Karolina de Almeida Calado (UFPE); Karina de Almeida Calado; Leonardo Domenico Nóbrega Bastos (UPE)

O trabalho tem como objetivo analisar a proposta do portal Interpoética para a divulgação e a democratização da produção literária em Pernambuco, seja por meio do acesso ou da publicação. Pretende-se discutir o processo de comunicação, a partir da colaboração literária no ciberespaço, tendo em vista sua estrutura na base de dados; além de provocar uma reflexão sobre a formação da identidade literária, o direito humano à literatura e as noções de comunicação e cultura. O portal vai ao encontro dos conceitos de literaturas periféricas e de transculturação porque prima pela publicação e divulgação de literaturas que transcendem as normas e os modelos impostos pela literatura considerada canonizada, vinda do centro. Com a produção e a difusão da literatura à margem do mercado editorial tradicional, o portal se afirma enquanto espaço que promove o direito à literatura. A pesquisa se realizou baseada no nível descritivo, a partir de uma abordagem qualitativa, e lançando mão dos seguintes instrumentos: a observação, a análise de conteúdo e a revisão de literatura. A fundamentação teórica foi ancorada, dentre outros autores, por: Machado e Pageaux (2001); Candido (2004) e (1985); Bosi (2008); Santaella (2007); Leão (2001); Jenkins (2008); Lévy (1999) e (1993); e Manovich (2001).

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-39

CONSTRUÇÃO DO AMBIENTE COLABORATIVO DA CÂMARA TEMÁTICA DE SAÚDE PARA A COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014: UMA EXPERIÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL. Denise Mafra Gonçalves (OPAS/OMS)

Para permitir a comunicação entre os pares e o compartilhamento das ações de planejamento, execução e da área de saúde nas três esferas de governo - federal, estadual e municipal - foi criado o site docsus.saude.gov.br/ctcopasaude, com base na tecnologia do sharepoint da Microsoft, no âmbito da gestão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. A pesquisa levanta as principais dificuldades e facilidades relatadas pelo gestor e pelos usuários cadastrados para funcionamento e uso efetivo do ambiente. Foram entrevistados os usuários da rede colaborativa e o gestor da área de informática responsável no âmbito da gestão pública federal da área de saúde brasileira. Os resultados mostraram que todos são influenciados por fatores técnicos e de outras naturezas e discute também os problemas identificados no cotidiano da gestão pública federal, estadual e municipal para uso de tecnologias de comunicação via redes colaborativas para a aprendizagem de adultos. A pesquisa conclui que redes colaborativas em ambientes da gestão pública da saúde, quando usadas para atividades datadas e que exigem planejamento continuado, não podem abrir mão da autonomia individual. Conclui que o favorecimento à aprendizagem permanente dos adultos e da organização pública decorre da existência de estrutura de facilitação e monitoramentos continuados e adequados.

DESIGN DE COMUNIDADES COLABORATIVAS DE APRENDIZAGEM: UMA ANÁLISE NETNOGRÁFICA DOS USOS DE AMBIENTES DIGITAIS EM UM CURSO ONLINE DE LÍNGUA ADICIONAL. Gabriela da Silva Bulla (UFRGS)

Que tipo de ambiente digital seria mais adequado para possibilitar a construção conjunta de comunidades colaborativas de aprendizagem a distância? De modo a contribuir para esta discussão, analiso dados netnográficos (Hine, 2000; Kozinets, 2010) gerados em um curso online de Português como Língua Adicional de nove semanas, desenhado por professores para ser realizado apenas pelo Moodle e Skype. Como o Facebook foi, com sucesso, integrado ao curso pelos próprios alunos, analiso os usos que os participantes fazem dos ambientes digitais escolhidos pelo curso e da rede social integrada posteriormente. A Análise da Conversa Etnometodológica (Loder e Yung, 2009), a Microetnografia Escolar (Erickson, 1992) e a Sociolinguística

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Interacional (Ribeiro e Garcez, 2002) também fazem parte do arcabouço teórico que embasa as análises dos dados. As análises apontam para uma característica chave do design de ambientes digitais que objetivem apoiar a coconstrução de comunidades de aprendizagem colaborativa online: dar aos professores e alunos as mesmas possibilidades e restrições de participação nos ambientes digitais de aprendizagem.

FACEBOOK: UMA FERRAMENTA QUE PROPORCIONA APRENDIZAGEM COLABORATIVA. Adriana Teixeira Alves (FA7)

Este trabalho traz uma discussão sobre a potencialidade do Facebook como ferramenta de comunicação e aprendizagem colaborativa na língua inglesa em uma escola pública do estado do Ceará. Ir ao encontro dos interesses dos jovens educandos através da comunicação feita na plataforma do Facebook pode proporcionar uma aprendizagem efetiva de um segundo idioma. Os alunos utilizaram uma página e um grupo privado para interagir nos debates, bate-papo, partilhar conteúdos e utilizar wikis para produzir documentos de forma colaborativa. Da análise do trabalho desenvolvido verifiquei que os alunos se envolveram de forma ativa no processo de interação, de partilha e de aprendizagem, no entanto, apesar de se verificarem condições básicas para a colaboração, sentiu-se alguma dificuldade nos níveis básicos da língua inglesa. Aborda ainda um breve estudo sobre as comunidades instantâneas e sua utilização pelas comunidades virtuais com enfoque no uso das tecnologias contemporâneas como uma das alavancas no processo de ensino aprendizagem de um grupo de jovens na escola pública.

INTELIGÊNCIA COLETIVA NOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO: UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS GOOGLE PELOS ALUNOS DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UFPB. Raimundo Nonato Ribeiro dos Santos; Odete Máyra Mesquita Coelho; Kleber Lima dos Santos (UFPB)

Investiga a usabilidade das ferramentas Google pelos discentes da pós-graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPB e sua contribuição na construção de uma inteligência coletiva. A pesquisa tem como objetivo analisar as várias funções do Google em processos de ensino-aprendizagem como promotor de ações colaborativas no universo da interatividade virtual, por uma amostra de alunos da pós-graduação, no contexto formal da educação superior. A sociedade contemporânea, caracterizada pela crescente evolução das tecnologias digitais de informação e comunicação, disponibiliza inúmeros recursos para a construção de um ambiente de aprendizagem

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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colaborativa. Nesse cenário, podemos nos valer das possibilidades oferecidas pela Web 2.0, onde as palavras chaves são interação e colaboração, para a construção coletiva de conhecimentos. A metodologia empregada parte de uma pesquisa de natureza qualitativa visando descrever e apresentar uma análise do uso das ferramentas do Google, a fim de evidenciar o potencial pedagógico das mesmas. Utilizamos os seguintes métodos de coleta de dados: pesquisa bibliográfica e documental e questionário com questões abertas e fechadas com o objetivo de responder a problemática levantada. Percebe-se que as ferramentas do Google contribuem para a construção de conhecimento colaborativo e se revelam um canal a mais para o processo de ensino-aprendizagem.

CI-40

JOVENS, ADULTOS E IDOSOS NAVEGANDO NAS REDES SOCIAIS. Luiz Carlos Carvalho de Castro (UFPE)

A inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no cotidiano dos alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), bem como a juvenilização nessa modalidade de ensino são processos irreversíveis na sociedade com os quais temos que lidar. O uso das redes sociais mostrou-se um projeto viável no desenvolvimento de atividades colaborativas pelo fato de aprendizes adultos navegarem nas redes sociais em parceria com aprendizes mais jovens. Nosso objetivo foi incentivar a inclusão digital dos adultos e idosos, a fim de torná-los participantes das redes sociais em parceria com os jovens. Baseamos-nos no conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) de Vygotsky (1991), situada entre aquilo que o indivíduo já sabe e consegue realizar sozinho e o que pode ser desenvolvido com a ajuda e intervenção de outros. Optamos por um estudo de caso em uma turma da EJAI - Ensino Médio, em uma escola da Rede Pública Estadual. Os resultados além de indicarem uma melhoria na autoestima dos adultos e idosos, por serem incluídos digitalmente, ratificaram que atividades realizadas colaborativamente são relevantes para o desenvolvimento pessoal dos aprendizes.

NON-STOP LEARNING – UMA EXTENSÃO DA SALA DE AULA DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL. Maria Aparecida Oliveira Moreira (Colégio Pedro II; UFF); Kátia Modesto Valério (UFF)

O objetivo do trabalho é investigar a construção e evolução de uma comunidade de aprendizagem online para o aprendizado de língua inglesa, desenvolvida dentro de uma plataforma de rede social (http://aparecidanet.ning.com/), e idealizada pela

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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professora-pesquisadora, que tinha como objetivo dar oportunidades aos seus alunos de expandirem o aprendizado da língua-alvo através de atividades multimodais e colaborativas online. Fazem parte da referida comunidade a professora-pesquisadora e seus alunos dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental de uma escola federal da cidade do Rio de Janeiro. A investigação tem como embasamento teórico os conceitos de Comunidades de Prática (Wenger, 1998) e Comunidades de Aprendizagem Online (Rheingold, 1993; Preece, 2000; Tavares, 2003; Palloff & Pratt, 2007). A pesquisa é um estudo de caso ainda em curso e envolve o acompanhamento da participação dos aprendizes na comunidade virtual. Os dados coletados através de observações e outros instrumentos qualitativos serão analisados sob a perspectiva da Teoria da Atividade (Engeström, 1987; Barab, 2004).

O BLOG COMO FERRAMENTA DISCURSO-ARGUMENTATIVA NA EDUCAÇÃO BÁSICA.Liliane Lopes de Lucena (Colégio Motivo-PE)

Numa era de contínuo crescimento tecnológico, nos deparamos com uma geração de jovens inteiramente conectada às redes sociais. Eles estão em nossas salas de aula, ávidos por diferentes formas de interação e novas maneiras de expor seus pensamentos, de preferência online e em tempo real. Como a escola pode absorver essa demanda e criar mecanismos eficientes para que eles aprimorem sua criticidade e argumentatividade? O blog, apesar de muitos já o considerarem uma ideia superada, veio não só expor pensamentos como promover mais interação entre os internautas, estimulando o crescimento argumentativo de estudantes da educação básica. Textos argumentativos semanais se tornaram condutores para discussões maiores, unindo jovens, de espaços diferentes da escola, para a exposição de argumentos e pontos de vista diversos.

ESTIMULANDO A PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NAS OLIMPÍADAS CIENTÍFICAS COM O USO DO FACEBOOK. Alessandra Lisboa da Silva; Marcos Paulo Barbosa (UnB)

As redes sociais utilizadas nos contextos educacionais passaram a ter outros significados vinculados à aprendizagem. Redes sociais como o Facebook potencializam a interação e dialogicidade entre professores e alunos, promovendo linguagem próxima da conversação e transformando o contexto escolar com jovens trabalhando em grupo desenvolvendo espírito colaborativo, conforme Harasim et al. (2005). O trabalho relata uma experiência de um grupo fechado do Facebook intitulado Projeto Olimpíadas CEM09 que objetivou estimular a participação dos alunos em eventos

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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científicos, gerar um canal de comunicação aberto, acesso mais rápido as informações e compartilhamentos de materiais disponíveis na internet, voltados a preparação dos alunos do ensino médio de uma escola pública do Distrito Federal, participantes de olimpíadas científicas nacionais e internacionais. Para as análises dos dados da pesquisa de base qualitativa e interpretativa foram utilizados os registros publicados no grupo do Facebook e as respostas da avaliação realizada pelos alunos que participaram da Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras. Os dados analisados apontaram que o Facebook contribuiu para o acesso as informações olímpicas e estimulou a participação dos alunos no evento científico. Para aprimorar as análises, utilizamos as nuvens de palavras geradas a partir do site Wordle.

CI-41

O FACEBOOK E AS NOVAS POSSIBILIDADES DE LEITURA. Andrea Barreto Borges de Souza (IFBA)

Nos últimos anos, os alunos passaram a se comunicar continuamente por meio das redes sociais. Destas, o Facebook é uma ferramenta na qual há socialização, busca de informações, e, dentre outras formas de interação, permite ler pequenos textos, reflexões ou observações, que podem ser comentados. Diante da popularidade desta rede, este trabalho objetiva refletir sobre as possibilidades de leitura criadas a partir do uso do Facebook. Abordamos características desta rede social e analisamos a sua influência na relação dos adolescentes com a leitura. Para tanto, partimos da discussão realizada com alunos do curso técnico em TI – Tecnologia da Informação, do IFBA – Campus Camaçari, que informam as leituras que costumam realizar e a percepção que têm do desenvolvimento leitor construído com o uso do face. Desta forma, este estudo contribui para a identificação de finalidades educativas do facebook, que pode ser explorado, especialmente pelos professores de língua portuguesa, visto que esta rede torna-se cada vez mais social e participativa, favorecendo a aprendizagem de leitura de forma cooperativa e colaborativa.

O USO DE BLOGS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA DISCIPLINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA UFRB. Leandro Antonio de Almeida (USP)

O objetivo desta comunicação é analisar a utilização de um blog para o relato de experiências de estágio supervisionado, modalidade de regência, em um curso de

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formação de professores de História no Recôncavo da Bahia. Para essa reflexão, nossas referências teóricas serão Selma Garrido Pimenta (estágio) e Pierre Levy (cibercultura). A metodologia das atividades consiste na postagem semanal, em um blog restrito aos estudantes e convidados, de um relato reflexivo sobre: (i) as atividades teóricas da disciplina Estágio Supervisionado e (ii) as vivências dos estudantes nas atividades de regência de sala de aula nas escolas públicas do Recôncavo. Cada estudante também deve fazer comentários sobre as postagens dos colegas, podendo fazer críticas, sugestões, comparações, relações com textos acadêmicos ou notícias. Como resultados, além da familiarização dos estudantes com um blog, a produção de conhecimento sobre a realidade educacional do Recôncavo, ao ser mediada por uma ferramenta virtual, passa a ser coletiva e dialogada. O professor supervisor deixa de ser a única referência para avaliar o saber sobre a experiência do estagiário, tornando-se mais um ator em uma rede. Também as trocas não são exclusivamente acadêmicas, pois é freqüente a motivação e incentivos entre os estagiários diante dos problemas relatados.

PODE SER TRABALHO EM GRUPO? UM ESTUDO SOBRE A APRENDIZAGEM COLABORATIVA E SUAS POSSIBILIDADES EM AMBIENTES VIRTUAIS SOB O OLHAR DOS PROFESSORES(AS) DE FLORIANÓPOLIS-SC. Silviane de Luca Avila; Claudia Regina Castellano Losso (UDESC)

A aprendizagem colaborativa é uma ação pedagógica debatida há algumas décadas, assim como sua necessidade e eficiência. A escola está se transformando diante do impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e atualmente vem se discutindo muito esta forma de aprendizagem também em ambientes virtuais. O objetivo deste artigo é trazer esse debate à tona, confrontando os conceitos de colaboração e cooperação e expondo as características de um trabalho em grupo que possibilite a aprendizagem colaborativa de fato, focalizando também esse tipo de aprendizagem em ambientes virtuais voltados à educação. Para compreender quais são os conceitos e práticas pedagógicas presente nas escolas foi aplicado um questionário com professores(as) de diferentes formações e especialidades da cidade de Florianópolis-SC. Dessa forma trabalhamos com a análise do discurso para buscar os conceitos de aprendizagem colaborativa trazidos pelos professores(as) e a possível utilização de ambientes virtuais com este propósito. Sob o ponto de vista dos professores(as) e seus discursos sobre o tema, buscamos debater a latente necessidade de pensar os ambientes virtuais como locais que possibilitam a aprendizagem colaborativa.

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USANDO O TWITTER PARA AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES NA SALA DE AULA. Estevon Nagumo; Lucio França Teles (UnB)

O crescimento no uso das redes sociais desencadeou diferentes tipos de apropriações como comunicação, acesso a informação, compras entre outras formas de atividades online. Enquanto o sistema empresarial já utiliza as redes sociais para marketing e atendimento ao cliente; o sistema escolar ainda não encontrou tantas utilizações pedagógicas das redes sociais para o ensino/aprendizagem. Nesta comunicação discutimos a utilização do Twitter em um curso presencial de graduação em pedagogia “Fundamentos da Arte na Educação”. O objetivo foi utilizar esta rede social na sala de aula como forma de suporte pedagógico, potencializando a interação aluno-professor e aluno-aluno. Em duas aulas expositivas foram realizadas a projeção dos slides da aula enquanto outro datashow projetava simultaneamente os tweets com a palavra-chave #arteeducação. Os alunos podiam fazer comentários, e em uma aula, foi solicitado que eles respondessem uma pergunta tuitando. Verificou-se um aumento na interação aluno-professor e aluno-aluno evidenciado pelo número de tweets gerados no período da aula. Este trabalho buscou analisar como ocorreu esta interação e as possibilidades pedagógicas a partir desta didática.

CI-42

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O USO DO REDU ARTICULADO À TFC INVESTIGANDO SUA POTENCIALIDADE PARA O ESTUDO DE CONCEITOS BIOLÓGICOS COMPLEXOS. Sílvia Carla da Silva Cardoso; Zélia Maria Soares Jófili; Ana Maria Carneiro-Leão; Fernanda Muniz Brayner-Lopes (SEDUC-PE)

O controle da glicemia envolve a participação de várias estruturas e processos biológicos que interagem de diferentes modos de acordo com estímulos do meio ambiente. Conforme a Teoria da Flexibilidade Cognitiva (TFC), conteúdos com conceitos inter-relacionados e variadas aplicações, são considerados complexos. O currículo organizado por disciplinas com aulas curtas e abordagem cartesiana dificulta a compreensão multifacetada dos conceitos pelos licenciandos de Biologia. Nesse contexto, a Rede Social Educacional (REDU) é vista como favorecedora do processo por superar os limites do presencial permitindo que os indivíduos discutam e compartilhem conhecimentos além dos muros da universidade. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar as potencialidades do REDU para o desenvolvimento de uma proposta pedagógica visando à apropriação de conteúdos complexos e pouco

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estruturados, focalizando o controle da glicemia. Foi verificada a utilização de diversos recursos (blended learning) para a apresentação dos conceitos de forma a permitir múltiplos olhares sobre o controle da glicemia na forma de caso, mini-casos e temas.

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO COLABORATIVO INTITULADO SEM FRONTEIRAS: PONTE ATLÂNTICA BRASIL E PORTUGAL. Jaiane Ramos Barbosa; Mixilene Sales Santos Lima; Maria Lidiana Ferreira Osmundo; Maria Auricelia da Silva; José Aires de Castro Filho; Raquel Santiago Freire; Alisandra Cavalcante Fernandes de Almeida (UFC)

O presente trabalho visa a relatar uma experiência com projeto colaborativo, que teve como objetivo promover interações e práticas colaborativas entre duas escolas de localidades distintas usando as tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC). A pesquisa de caráter qualitativo foi desenvolvida em duas escolas públicas, sendo uma no município de Fortaleza/Ceará e a outra em Braga/Portugal. Para facilitar a comunicação e a interação entre os participantes, foi utilizado o ambiente colaborativo Sócrates, criado um grupo no Facebook e realizada uma web conferência. Para a coleta de dados foram utilizados, com professores e alunos, instrumentos de diário de campo, checklist e entrevistas semiestruturadas. Ao longo da realização do projeto, observou-se que o mesmo oportunizou trocas culturais e o trabalho colaborativo entre as partes envolvidas, de modo a favorecer o uso dessa nova dinâmica no ambiente escolar.

USABILIDADE DO YAHOO GRUPOS COMO FERRAMENTA DE APOIO A APRENDIZAGEM NO CURSO DE MANUTENÇÃO DE MICRO E REDES DE COMPUTADORES DO INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO - CAMPUS AFOGADOS DE INGAZEIRA. Rodrigo Nogueira Albert Loureiro; Ana Beatriz Gomes Pimenta de Carvalho; Marlene Aparecida dos Reis; Vera Lúcia Macedo Nogueira (IFPE)

O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória para investigação dos usos do Yahoo Grupos na educação do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE / Campus Afogados da Ingazeira, em particular com a turma do curso de Manutenção de Micro e Redes de Computadores, que permitiu discutir questões relacionadas ao curso com participação e colaboração ativa de seus membros, bem como uma investigação direta no grupo “ifpeafohardredes - IFPE - Campus Afogados - Hardware e Redes”, segundo teóricos como: Burbules, Bartle, Moran, Kenski, Castells, Mattar, Silva, Primo, Maturana e Varela. Dessa forma

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a ferramenta é incorporada a educação, permitindo criar novas explorações para construção de conhecimento, criando também novas formas de interação didática eliminando o espaço e tempo. Assim, houve um planejamento prévio para se criar essa comunidade, tornando-se um espaço para discutir, interagir, colaborar, divulgar eventos na área educacional e estreitar os laços de amizade, interação e aprendizagem colaborativa entre os acadêmicos.

WEBQUESTS E WEB 2.0 COMO PROJETOS DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA DE IDIOMAS. Janaina da Silva Cardoso (UERJ)

O objetivo principal desta apresentação é discutir as aplicações Webquests e da Web 2.0 ao aprendizado de idiomas, apresentando o relato de um estudo de caso com alunos universitários de Letras. Com o avanço tecnológico desenfreado, que testemunhamos neste momento histórico e, consequentemente, com a acessibilidade contínua e progressiva aos meios de comunicações, não se pode mais falar em aquisição de conteúdo. A aprendizagem através de projetos já se mostrou uma opção eficaz para a quebra do paradigma da educação bancária, fazendo com que professores e alunos mudem o foco da simples reprodução de conhecimento para uma aprendizagem realmente colaborativa, promovendo autonomia, criatividade e visão crítica. Neste contexto, as novas tecnologias podem ser aliadas eficazes no desenvolvimento de projetos colaborativos. Do formato mais controlado pelos professores (como as Webquests), até os mais independentes (rede sociais e outros recursos da Web 2.0), a Internet pode ser nossa grande aliada nesta tarefa de “aprender a aprender”. Sendo assim, o presente estudo visa discutir melhor a sua aplicação e buscar, cada vez mais, melhores formas de utilização dessa ferramenta como auxiliar eficaz no aprendizado de idiomas. Além das reflexões, serão apresentados alguns projetos desenvolvidos por alunos utilizando esses recursos.

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EM BUSCA DE UMA RESSIGNIFICAÇÃO PARA OS SINAIS DE PONTUAÇÃO: UM ESTUDO SEMÂNTICO-PRAGMÁTICO DAS FUNÇÕES DA PONTUAÇÃO OPERANTE NA ENUNCIAÇÃO DO DISCURSO EM GÊNEROS DE HIPERTEXTO. Sandra Regina da Silva Martins de Albuquerque (UFPE)

Pontuar textos nem sempre se constitui em tarefa fácil e aprazível para aqueles que se propõem a utilizar o seu código linguístico na modalidade escrita. Por mais que

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normatizemos os usos dos sinais de pontuação, grafá-los numa superfície de página impressa, ou mais modernamente, numa superfície de página eletrônica, em meio a uma profusão de palavras, expressões e estruturas frásticas, parece-nos ser, as mais das vezes, uma ação estritamente subjetiva, desprovida de qualquer esteio lógico-gramatical. O imperativo canônico da norma gramatical aqui não consegue impor-se ao escriba, ficando este livre para, na sua ação de escrita, orientar-se cognitivamente ora pela cadência melódica do dito oralmente, ora por uma lógica intuitiva que responde a uma necessidade, quer individual, quer grupal, de uso sócio-interativo entre seus pares linguísticos e, somente em última instância e como que inconscientemente, pela norma impositiva e nem sempre lógica de nossos compêndios gramaticais. Essa flutuação no emprego dos sinais de pontuação é-nos amplamente perceptível nos gêneros de hipertexto, nos quais esses expressivos marcadores gráficos ora se rarefazem, ora se multiplicam repetidamente, ora adquirem plasticidade iconográfica, ora se isolam de seus confluentes lexicais, passando a significar por si sós, atendo-se tão somente a sua mácula de contexto.

FANFICTION: A EXPANSÃO DA NARRATIVA FICCIONAL CINEMATOGRÁFICA NOS AMBIENTES DIGITAIS. Beatriz Braga Bezerra (UFPE)

A ficção de fã – fanfiction – dá margem a novas situações dramáticas e propõe continuidade à narrativa, novas atribuições a personagens e desdobramentos alternativos à diegese – a realidade própria do mundo ficcional. As narrativas cinematográficas suportam uma estrutura que mantém os espectadores imersos em um universo diegético próprio. Ao fim da trama, contudo, aquele enredo pode continuar a mover as pessoas, seja em discussões, na busca por mais informações sobre o filme ou na proposição de uma sequência para aquela obra. Diante dessa perspectiva, objetiva-se empreender uma investigação sobre as diferentes possibilidades encontradas por espectadores na busca pela expansão do universo fílmico nos ambientes digitais. Como aportes teóricos da pesquisa os conceitos de convergência midiática e fanfictions abordados Henry Jenkins (2008) e Márcio Siqueira (2008); as aplicabilidades e discussões referentes ao campo das narrativas transmidiáticas analisadas por Marcela Chacel (2012) e as reflexões sobre o universo diegético apontadas por Jacques Aumont (1995). Por meio da leitura crítica dos autores citados serão analisados distintos formatos de expansão ficcional cinematográfica nos ambientes digitais que sustentam o potencial imersivo das obras fílmicas. Pretende-se observar a eficácia do ambiente digital em cada modelo interativo na propagação das narrativas e no encantamento contínuo dos espectadores.

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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS HIPERMIDIÁTICAS. Vania Ribas Ulbricht; Raul Inácio Busarello (UFPR)

As narrativas constituem-se de estruturas linguísticas e psicológicas que são transmitidas através da cultura e da história. Como método importante de comunicação humana, permite que a abordagem dos mais variados temas chegue a um público diversificado, e de forma emocional. Uma das formas narrativas são as histórias em quadrinhos, que desde o seu surgimento, é considerada uma ferramenta importante na construção do imaginário coletivo ocidental e oriental.Por outro lado, os ambientes hipermidiáticos representam o mais novo campo de aplicação e apresentação de narrativas. Partindo da problemática de como gerar conhecimento por meio de histórias em quadrinhos este artigo discute o desenvolvimento de uma História em Quadrinhos hipermidiática, voltada a aprendizagem de Projeção Cilíndrica Ortogonal. A metodologia adotada para essa pesquisa teve caráter exploratório, aplicado com base em pesquisa qualitativa e sua história em quadrinhos foi construída como protótipo de objeto de aprendizagem.

LITERATURA AO VIVO: PROBLEMATIZAÇÕES LITERÁRIAS DA EXPERIÊNCIA EM AMBIENTE VIRTUAL NA CONSTRUÇÃO DO ROMANCE OS ANJOS DE BADARÓ. Thiago Corrêa Ramos (UFPE)

No dia 24 de maio de 2000, o escritor Mario Prata entrou no ar pela primeira vez para escrever o romance Os anjos de Badaró. Ao longo de seis meses, através de um software especialmente desenvolvido para a empreitada, Prata escreveu o livro sob os olhares de mais de 400 mil internautas que, dispersados em mais de 50 países, acompanharam passo a passo a gênese do romance. Tudo o que ele escrevia na tela do seu computador podia ser lido pelos usuários através do endereço www.marioprataonline.com.br, site que também oferecia um rico material extra que estimulava a interação dos leitores com o autor, mas terminou ficando de fora da versão impressa do livro. A partir dos estudos de Paula Sibilia sobre a espetacularização do autor, Pierre Lévy e Katherine Hayles sobre as particularidades da arte digital, este artigo se propõe analisar essa experiência inovadora da literatura eletrônica que problematiza questões inerentes à arte literária e ilumina as especificidades do ambiente virtual, a exemplo da noção de obra como processo, da possibilidade de interação, das implicações à figura do autor, da transformação da escrita como evento e da capacidade de mobilização social da internet.

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NARRATIVA LITERÁRIA DIGITAL: DESAFIO PARA A CRÍTICA E ENSINO. Odiombar do Amaral Rodrigues; Isabella Vieira de Bem (Ulbra)

A pesquisa tem como objetivo verificar em que medida as narrativas literárias concebidas em ambiente digital, ao mesmo tempo em que repousam nos elementos essenciais e distintivos do gênero narrativo e da ficcionalidade, colocam em cheque o instrumental teórico, analítico e crítico desenvolvido pela narratologia formulada e desenvolvida para textos da civilização do livro impresso (Bellei 2003). A partir dos estudos que problematizam as noções da estabilidade do concerto autor/texto/leitor nas narrativas em hipertexto, e que têm caracterizado seu processo de leitura como ergódico (Aarseth 1997), hipermodal (Lemke 1997) e (Koskimaa 2007), entre outros, busca-se compreender como os elementos constitutivos da narrativa literária são reafirmados, subsumidos ou reconfigurados pelos elementos constitutivos das linguagens e mídias mobilizadas na composição dos novos gêneros, apontando, assim, categorias de análise próprias dessa literatura. Os resultados permitirão sugerir procedimentos que integrem essa nova forma de relação com o conhecimento, respeitando a natureza do hipertexto e das diferentes linguagens, e colaborem para uma atitude positiva diante da literatura do seu ensino, especialmente na formação de professores.

PRÁTICAS DE LETRAMENTO DIGITAL DE JOVENS DE PERIFERIA ATRAVÉS DAS NARRATIVAS DIGITAIS. Márcio Henrique Melo de Andrade; Márcia Gonçalves Nogueira; Patrícia Carvalho Matias (UFPE)

Este artigo discute como a produção de narrativas digitais que empregam características do microblog Twitter podem contribuir para estimular o letramento digital de jovens de comunidade periféricas das cidades de Recife e Olinda. Para este estudo, realizou-se a oficina Twittando e Retwittando Contos no Twitter, para criar microcontos com alunos de uma escola municipal da cidade do Recife pelo Programa de Extensão Pro I-Digit@l. A produção contou com a criação escrita individual em papel, seguida da união dos contos em duplas e da transferência dos textos para o microblog, finalizando com todos os participantes interferindo nas narrativas uns dos outros por meio das ferramentas # (hashtag) e retweet. Os resultados apresentam o perfil dos participantes da oficina, a descrição das atividades realizadas na oficina e um comparativo com os tipos de postagens realizadas pelos participantes após a

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oficina. Pelo teor das últimas - registros de atividades diárias, reflexões e sentimentos que não se relacionem de forma direta com a criação literária ficcional -, conclui-se que a produção de narrativas digitais com teor literário ficcional servem como estímulo à “criação de narrativas de si” pelos jovens.

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: UTILIZAÇÃO DAS FANFICS COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA LETRAMENTO E ESCRITA DE ALUNOS. Maria Cristina Ferreira; Maria Elizabeth Ferreira (SEMED - Anápolis-GO)

O presente estudo destacará a inserção da inovação e recursos tecnológicos no âmbito educacional, enfatizando a utilização de novos meios como aqui ressaltado as fanfics, que podem contribuir para inovação e motivação dos alunos com relação à escrita e letramento. Este artigo inicialmente apresenta alguns aspectos do trabalho docente em relação aos novos tipos de letramento digital em relação aos novos estímulos da escrita/leitura através da internet, na segunda parte são apresentadas as fanfics como nova possibilidade educacional tecnológica. O objetivo geral desse estudo, portanto será o de ressaltar de que forma as fanfics podem contribuir para a educação desses novos educandos e analisar de que forma estão sendo utilizadas. A metodologia utilizada será de revisão bibliográfica em artigos e estudos publicados que envolvem as fanfics, conceitos e aplicações pedagógicas. O referencial teórico teve como suporte as teorias de Mehleck e Tarouco (2003), Fraga (2006), Carreiro (1999), Moraes (2009), e Aguiar (2011). Os resultados demonstram que a utilização de fanfics também é possível na educação, onde a integração favorecida pela internet oferece a possibilidade de que professores e estudantes interajam num mesmo ambiente virtual.

CONVERGÊNCIAS PEDAGÓGICAS DO USO DE FERRAMENTAS DA WEB 2.0 EM AVAS: UM CAMINHO PARA O PLE - PERSONAL LEARNING ENVIRONMENT. Hurika Fernandes de Andrade, Ana Beatriz Gomes de Carvalho (UFPE)

A Web 2.0 apresenta forte impacto na educação e na concepção da aprendizagem, são os sistemas compartilhados na Web – essencialmente caracterizados pela possibilidade de participação e intervenção dos sujeitos, possibilitando a interação de muitos para muitos, que constituem a base do conceito de Web 2.0 (O’Reilly, 2007). A adoção de AVAs em contextos educativos advém do potencial de comunicação e interação que suas ferramentas comunicativas propiciam aos envolvidos no processo. No entanto, atualmente já são discutidos os erros de designer inerentes aos AVA, que promovem

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uma experiência isolada do mundo, que podem ser ultrapassados pelo enfoque num novo tipo de padrão – ligadas a integração de uma série de web 2.0 – centrado nas práticas da aprendizagem com diversas tecnologias. Esta pesquisa orienta uma reflexão sobre as diferentes possibilidades de ensinar e aprender a distância, por meio dos ambientes colaborativos, a partir da articulação/integração entre os AVA conceitos e outras tecnologias presentes na web 2.0, caminhando em direção a um PLE. O conceito de Ambiente Pessoal de Aprendizagem (Personal Learning Environment - PLE), surge em resposta às limitações políticas e técnicas impostas por Ambientes Virtuais tanto em ambiente institucionais como profissionais, que são vistos como limitadores das opções de aprendizagem (Cormie, 2010).

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APRENDIZAGEM COLABORATIVA: A CRIAÇÃO COLETIVA DE UM JORNAL ONLINE COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA E INTERDISCIPLINAR. Jacimara Villar Forbeloni; Clécida Maria Bezerra Bessa (UFERSA)

Este trabalho tem como objetivo relatar uma prática exitosa de aprendizagem realizada com discentes da licenciatura em informática e Computação através da produção de um jornal. A dificuldade de transpor os modelos tradicionais de ensino e a preocupação em demonstrar que é possível aliar práticas pedagógicas dinâmicas nos levou a unir os esforços de dois componentes curriculares: sociologia e práticas de ensino II: política, estrutura e gestão da educação básica, na criação de um instrumento que envolveu a temática de políticas e educação na produção de um jornal, que se constituiu numa prática interdisciplinar do curso de licenciatura em informática e computação - 3º. Período 2011.2, da UFERSA - Angicos. Desenvolvemos durante o processo de criação a metodologia da aprendizagem colaborativa e da educomunicação, aplicando-as na forma de um “fanzine”. Para tanto, embasamo-nos teoricamente em autores como Freire (1995) Kenski (2003, 2010), Maseto e Behrens (2009), dentre outros. Esta ação aliou conhecimento e as tecnologias de comunicação. Os estudantes perceberam que o ensino se dá de várias maneiras e que sair do modelo tradicional é um esforço dos dois lados: professores e alunos. A iniciativa foi crescendo, recebendo a colaboração de outras pessoas e o incentivo para tornar esta ação um jornal periódico online.

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DOCUMENTÁRIO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM TEMPOS DE REDES SOCIAIS E CIBERCULTURA: UMA EXPERIÊNCIA NA ESCOLA MUNICIPAL JOÃO BENTO DE PAIVA - ITAPISSUMA/PE. Escarlete Alves Leal; Sebastião da Silva Vieira (Escola Municipal João Bento Paiva - Itapissuma-PE)

O projeto teve como objetivo propiciar a aprendizagem significativa dos educandos, através do contato prazeroso com a arte na criação de vídeos, no trabalho colaborativo entre os participantes de cada equipe, despertando a criatividade, o talento, a análise crítica, a comunicação e expressão em audiovisual e a ousadia em inovar, além de trabalhar com os mais variados materiais e recursos tecnológicos, como por exemplo, ferramentas computacionais de criação e edição, câmera digital e filmadora. O projeto foi desenvolvido em várias etapas: organização das equipes, reuniões semanais, escolha dos temas, pesquisa sobre o tema, criação do roteiro, sinopse, filmagem, gravação, entrevistas, edição dos vídeos dentro da escola com o Windows Movie Maker, finalização, gravação em DVD e avaliação. Os alunos com a orientação de um professor realizavam as edições e produções visuais, em seguida ao final das etapas, realizaram dentro da escola como forma de exibição, uma palestra para as demais turmas do ensino fundamental, divulgando a produção e o trabalho coletivo dos alunos. Após toda divulgação os alunos juntamente com o professor orientador realizaram festivais, palestras na escola com os alunos, e o envio dos vídeos para participação em concursos nacionais de vídeos como forma de expor o trabalho desenvolvido.

CRIANÇAS, REDES SOCIAIS DIGITAIS E EXPERIÊNCIAS MARCÁRIAS: NOVAS POSSIBILIDADES COMUNICATIVAS. Brenda Lyra Guedes; Sílvia Almeida da Costa (UFPE)

Considerando que o público infantil representa, dentro da sociedade de consumo, uma importante parcela de mercado (MCNEAL, 1999) e tendo em vista a discussão sobre a privatização do lazer das crianças e a intensificação do uso que elas fazem das tecnologias (BUCKINGHAM, 2000), pretendemos debater sobre estratégias publicitárias utilizadas pelas marcas para se relacionar com o público infantil. Para isso, tomamos como referência a noção de infância como uma construção social (VENTURELLA, 2003), a discussão sobre interações mediadas por computador (RECUERO, 2009), o modelo comunicacional para mídias interativas (NICOLAU, 2008), a busca pela atenção do consumidor no universo digital (ROCHA, 2009), bem como os estudos sobre publicidade híbrida (COVALESKI, 2010). Nesta pesquisa,

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dedicamo-nos a analisar as redes sociais digitais vinculadas às marcas Brandili, Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre, que ilustram a proposição de experiências marcárias como uma alternativa em meio ao atual cenário de incertezas sobre a publicidade voltada para o público infantil.

A IMPORTÂNCIA DO JOGO EVOLUÇÃO ALQUÍMICA PARA O APRENDIZADO DE EDUCANDOS DE QUÍMICA. Joycyely Marytza de Araujo Souza Freitas (FUNESO); Josiane Maria de Souza (FAEST)

O vigente estudo teve como início refletir sobre a curiosidade dos estudantes da disciplina de química em associar o início da descoberta do átomo à filosofia e os experimentos da época utilizados. Dessa forma, foi feita uma pesquisa com o objetivo de identificar o aprendizado dos conceitos de atomística através da manipulação do jogo contido no software empregado. Para um maior aprofundamento teórico, o trabalho permeia por conhecimentos do conteúdo de atomística lecionado na matéria de química, noções de informática com fins educativos, além do emprego da computação e de jogo online para o aprendizado. Com esse propósito, executou-se uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa e quantitativa, utilizando o procedimento de aplicação de formulários com estudantes de química do 9º ano de uma escola particular de Olinda para obtenção dos dados necessários. De acordo com as informações colhidas nas entrevistas, pôde-se comprovar uma grande autoestima dos estudantes por estarem jogando e aprendendo ao mesmo tempo. Conclui-se que as execuções do uso das novas tecnologias são importantes soluções para a melhoria da realidade da escola.

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“EU QUERIA TER UM FACEBOOK, MAS MINHA MÃE NÃO DEIXA EU MENTIR A IDADE!”: A QUESTÃO DA ÉTICA NA PESQUISA COM JOVENS E REDES SOCIAIS DA INTERNET. Helenice Mirabelli Cassino Ferreira (UERJ)

Baseado nos estudos sobre juventude, na concepção de alteridade a partir do referencial bakhtiniano e nas áreas que intersecionam cibercultura e educação, o artigo propõe uma reflexão sobre a posição ética do pesquisador no que tange aos procedimentos de pesquisa nos atuais contextos sociotécnicos, assim como às possibilidades expressivas das redes sociais e seus usos pelos jovens sujeitos, dentro e fora da escola. O recorte aqui apresentado faz parte de uma pesquisa de doutorado em andamento

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que investiga a relação de jovens com a cidade mediada pelos dispositivos móveis, como celulares e netbooks e tem como procedimento a realização de oficinas de imagens. A experiência que dá origem a essa discussão diz respeito a uma atividade desenvolvida com alunos do ensino fundamental de uma escola da Rede Municipal do Rio de Janeiro, quando os jovens e a pesquisadora escolheram criar um grupo no Facebook para socializar fotos e comentários e aponta a presença de jovens com idades inferiores à permitida pelas regras do referido software social, constatando-se, porém, que a fala destacada no título é praticamente isolada diante do crescente número de jovens usuários da rede.

A NARRATIVA TRANSMÍDIA COMO MÉTODO EDUCATIVO QUE PRIVILEGIA O LETRAMENTO MIDIÁTICO. Patrícia Gallo; Maria das Graças Pinto Coelho (UFRN)

Com atenção às oportunidades que o letramento midiático abre no processo pedagógico, proponho a narrativa transmídia como metodologia educativa que o privilegia, por ser um método participativo por essência em que alunos e professores pela integração de múltiplos textos em variadas linguagens e, por meio das mídias, estabelecem uma experiência mais ampla de interação com o objeto de conhecimento, de forma individual, mas principalmente coletiva, dentro e fora da escola (JENKINS, 2010). Em pesquisa, busco identificar as contribuições qualitativas que o letramento midiático tem trazido para o desempenho escolar de alunos de 13 a 17 anos de escola pública. Assim, o método consiste na escolha do conteúdo curricular com os professores, estabelecendo sobre ele um universo ficcional (ou não) e uma trama que contenha em sua estrutura um personagem que deseje algo ou que tenha um objetivo a ser confrontado. Ao alcançá-lo, que o personagem passe por uma transformação (OHLER, 2008). Pela rico universo são criados micro-universos que contam toda a narrativa, utilizando múltiplas mídias para isso, tradicionais e contemporâneas. É no mapeamento da aprendizagem em rede, ou seja, na exploração do universo pelos alunos que os dados são coletados, em seguida, analisados, evidenciando ou não reflexos no desempenho escolar.

NOVAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA UMA APRENDIZAGEM UBÍQUA. Marinês Juliana Carvalho Martins; Rosymari de Souza Oliveira; Débora Cristina Santos e Silva; Jorge Manoel Adão (UEG)

Este artigo aborda os desafios da aprendizagem ubíqua para a educação, através de estudos realizados, partindo de abordagem de Lúcia Santaella (2011). Percebemos

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que o maior desafio da atualidade é conseguir integrar e complementar as atribuições da escola com o potencial que os equipamentos tecnológicos apresentam. Urge a necessidade de compreender os nativos digitais como portadores de uma imaginação híbrida e cuja capacidade de leitura e aprendizagem é disponível a qualquer momento, cooperativa, colaborativa, em redes. Nascidos a partir de 1990, com o “boom” da criação dos aparelhos tecnológicos e denominados por VEEN e VRAKKING (2009) Homo Zappiens, estes sujeitos lidam com a velocidade das ações imediatas e com a urgência de resultados. Sendo assim, o artigo tem como objetivo analisar os comportamentos de um indivíduo cujas habilidades de pensamento e ação são sincronizadas e sua leitura de mundo abarca diferentes linguagens. Para isso, recorreu-se à pesquisa documental e bibliográfica numa abordagem comparativista entre a educação formal e a educação ubíqua. Os resultados desta pesquisa apontam para a necessidade de mudança nas práticas de ensino e, sobretudo, na continuidade dos Projetos elaborados para atender a esta demanda de alunos.

PRODUÇÃO ESCRITA DE CONTEÚDOS EM BLOGS: QUAIS OS DESAFIOS E AS POSSIBILIDADES? Elizângela Napoleão da Silva; Josivania Maria Alves de Freitas; Sérgio Paulino Abranches; Patrícia Carvalho Matias; Marcela Karla de Oliveira Leite (UFPE)

Este artigo é parte de pesquisa realizada no Programa de Extensão Proi-Digital da Universidade Federal de Pernambuco, que pretende analisar a concepção dos jovens envolvidos sobre produções escritas de conteúdos digitais nas oficinas desenvolvidas no referido programa, particularmente na oficina de blog, a partir da própria produção feita pelos jovens. Através da etnografia virtual, os dados coletados em blogs produzidos pelos discentes de uma escola pública municipal em Recife-PE apontam desafios e possibilidades para a produção escrita de conteúdos digitais. Os estímulos desenvolvidos em redes via internet possibilitam a produção escrita, considerando as formas de aprender e de produzir de cada aluno envolvido no processo de produção escrita de conteúdos em redes. Os resultados iniciais apontam desafios na forma de produção escrita de conteúdos nos blogs, pois, em sua maioria, os discentes se concentram em determinado conteúdo e se desconectam de outros. Neste sentido, há um rápido e frágil desenvolvimento de habilidades no que está sendo aprendido.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-47

A HIPERTEXTUALIDADE DO TWITTER NA EDUCAÇÃO INFORMAL DOS DISCENTES DE PUBLICIDADE. Alexandre Meneses Chagas; Ronaldo Nunes Linhares; Livia Lima Lessa (UNIT)

O presente artigo abordará algumas problemáticas que orientaram um estudo desenvolvido na Universidade Tiradentes no período de 05 a 12 de março de 2011, com alunos do curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, com o objetivo de compreender como as relações comunicacionais desenvolvidas através das redes digitais, em especial o Twitter, contribuem para que os alunos em formação adquiram novos conhecimentos. Foi utilizada uma amostra de 81 alunos que responderão espontaneamente o questionário aplicado através da internet e divulgado pelo Twitter, por ser o ambiente estudado, facilitando encontrar os discentes que utilizam a interface. Sendo empregado o formulário de pesquisa do “surveymethods.com” por ser um recurso integrado a web que facilita a coleta e a análise de dados. Este artigo trata do potencial hipertextual desta interface para a educação informal enquanto possibilidade de aprendizado e formação. Além de descrever o Twitter enquanto interface mediada pelo computador e pela internet, serão demonstradas as possibilidades de interação e hipertextualidade que a rede permite para uma educação informal, realizada independente de regras e currículos.

APRENDIZAGEM DE FRAÇÕES POR MEIO DE UM SOFTWARE EDUCATIVO WEB. Claudia Suzana Ferigolo; Wagner Sobral de Lacerda; Pedro Acácio de Menezes Neto; Andrey Martim Pegorini; Carlos Henrique Corrêa; Octávio Augusto Felippe de Macedo; Kaio Cesar Stricker; André Luiz Nass; Willian Costa Souza; Jean Márcio Avila Miranda (IST-Sociesc)

Este trabalho apresenta uma pesquisa em andamento cujo objetivo é o planejamento e desenvolvimento de um software educativo para auxiliar os alunos da Escola do Teatro Bolshoi de Joinville-SC no aprendizado da matemática. A pesquisa teve início com uma investigação para identificar qual conteúdo de matemática esses alunos apresentam maiores dificuldades de aprendizagem. Após essa etapa, os dados obtidos foram analisados e foi constatado que uma das grandes dificuldades apresentadas por esses alunos diz respeito a frações. Com base nesse levantamento será realizado um estudo de requisitos de desenvolvimento de um software educativo web que possa auxiliar na construção do conhecimento desse conteúdo evitando, conforme

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Huete e Bravo (2006), o uso de apenas algoritmos para a resolução de problemas. Concluída a fase de estudos, será dado início ao desenvolvimento desse software usando o método incremental segundo Sommerville (2003) que será avaliado e validado pela equipe e pelos alunos da Escola. O produto final – um software educativo de qualidade disponível na Internet – que leve o aluno à compreensão das frações, incentivando-o a raciocinar e resolver os problemas que surgirem nas mais diversas situações do cotidiano, melhorando assim seu desempenho escolar.

APRENDIZAGEM EM SITE DE REDES SOCIAIS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DE APLICAÇÃO DA REDE SOCIAL FACEBOOK NO ENSINO SUPERIOR. Cíntia Regina Lacerda Rabello; Cristina Jasbinschek Haguenauer (UFRJ)

As redes sociais na internet têm se infiltrado, ainda que timidamente, no cenário educacional brasileiro. Por seu caráter de interação, colaboração e compartilhamento de informação e construção de conhecimento, proporcionando o desenvolvimento do que Piérre Levy (2010) chama de inteligência coletiva, diversas experiências de aplicação dessas ferramentas têm sido realizadas tanto na educação formal quanto não formal (RABELLO & HAGUENAUER, 2011). Configuram-se, portanto, o desafio de entender o potencial dessas plataformas nos processos de ensino-aprendizagem e a necessidade de explorar estas ferramentas questionando seu grau de eficiência para o processo educacional. Esse trabalho, parte de uma pesquisa de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca identificar as potencialidades e limitações da utilização do site de rede social Facebook como ambiente virtual de aprendizagem complementar às aulas presenciais de língua estrangeira em dois cursos no ensino superior. O estudo, de abordagem quanti-qualitativa, tem como objetivo analisar as interações entre os participantes na construção colaborativa do conhecimento a partir da etnografia virtual (HINE, 2000), além de investigar a visão dos participantes sobre a eficácia da utilização do site de rede social no processo de ensino-aprendizagem.

AS FERRAMENTAS DE ESCRITA COLABORATIVA DA WEB 2.0: MEDIAÇÃO POR COMPUTADOR E IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS DA APRENDIZAGEM VIRTUAL. Júlio Resende Costa (Secretaria Municipal de Educação de Arcos-MG)

Neste artigo, nos propomos a apresentar as ferramentas de construção colaborativa que emergiram com a WEB 2.0, tendo como foco o Google Docs e suas implicações nos processos pedagógicos mediados por computador. A pesquisa foi bibliográfica,

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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de natureza qualitativa, pois não houve dados controlados estatisticamente. A evolução da internet alterou profundamente o papel do usuário na manipulação do computador, tornando-o protagonista da WEB que conhecemos hoje. As modificações no padrão de comportamento do usuário viabilizaram o surgimento de redes sociais, acentuando a necessidade da interatividade e de espaços alternativos de aprendizagem com base nas trocas virtuais. A mediação pedagógica por computador, tendo como instrumento de trabalho o Google Docs, produz resultados surpreendentes na aprendizagem dos alunos. As interações e comunicações estimuladas por este aplicativo WEB permitem aos usuários a construção e reconstrução de conhecimentos, ressignificando informações, dando novos sentidos ao saber e viabilizando a produção de conhecimento autônomo e significativo, de forma coletiva. A temática discutida nesse artigo se presta ao interesse de estudantes, professores e todos os que conhecem e se dão a conhecer, além de buscar o saber no mundo conectado em rede.

CI-48

AS MÍDIAS E A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PROJETO SOCIAL: UM CAMINHO A SER PERCORRIDO. Cláudia Costa dos Santos (UFPE)

Inúmeras possibilidades do uso das redes sociais pelos educadores estão na ordem do dia. As redes sociais tornam-se um canal de comunicação relevante no processo de ensino-aprendizagem. O texto esboça a convivência dos educadores com as diferentes mídias sociais na sua prática pedagógica, observando diversos aspectos dos sujeitos pesquisados, desde a sua formação até a convivência com as mídias. Somos levados pela inquietação de saber como os educadores que atuam distantes dos centros urbanos trabalham com as mídias sociais na sua prática pedagógica para construção do conhecimento. Para coleta de dados, utilizou-se questionário com 27 educadores participantes da formação continuada do Programa de Inclusão de Jovens - PROJOVEM URBANO que participaram da Região Nordeste II. Os principais autores da revisão da literatura foram: Cazeloto, Kenski, Moran, Soares, Sorj e Warschauer. As principais conclusões extraídas deste estudo indicam baixa utilização das redes sociais, baixa familiaridades no domínio do uso das ferramentas básicas. Destaca-se também que os integrantes dessa pesquisa são moradores dos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, São José do Egito, Serra Talhada e Tabira - distantes em média 500 km da capital Pernambucana.

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AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS DO FACEBOOK. Amanda Tolomelli Brescia; José Wilson da Costa (CEFET-MG)

Alguns estudos têm apontado a possibilidade de utilização e relatado experiências positivas de utilização do Facebook na educação, porém, nenhum estudo localizado no território brasileiro apresenta uma análise criteriosa de mais de uma experiência de aprendizagem mediada por essa Rede Social, tampouco um levantamento sobre como os alunos percebem esta utilização pedagógica de sites que anteriormente eram tidos fundamentalmente como meios de socialização e relacionamentos. O objetivo da pesquisa é, portanto, analisar como educadores atuam na plataforma de Rede Social Facebook e como os alunos percebem essa atuação. Para alcançar esse objetivo será realizada a observação participante em cinco grupos que utilizam essa Rede Social com finalidade educacional, aplicação de questionários aos alunos e realização de entrevistas com os educadores responsáveis por cada um dos grupos. Os resultados encontrados ainda serão analisados à luz da teoria Sócio-Interacionista e do Conectivismo, mas pode-se adiantar que a utilização do Facebook para a finalidade educacional tem aumentado tanto que, inclusive, a empresa responsável pelo desenvolvimento desta Rede Social tem apoiado uma série de estudos e desenvolvido ferramentas pontuais para tal finalidade.

BLOG: UMA ESTRATÉGIA PARA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIÊNCIAS. Angelo Branco Jofisan Callou; Deise France Morais Araújo Ferreira; Maria Auxiliadora Soares Padilha (Faculdade SENAC-PE)

tualmente os recursos da internet vem sendo cada vez mais utilizados na educação. Porém, a rede oferece muita informação sem rigor científico, o que tem desestimulado muitos professores na utilização desses recursos em sala de aula. Este artigo apresenta uma pesquisa realizada com a utilização de um Blog como um recurso pedagógico, por um professor de ciências, que disponibiliza conteúdos em diversos formatos midiáticos para seus alunos. Nesse estudo, queremos saber como os alunos utilizam esse recurso para a construção dos seus conhecimentos no ensino de ciências. A pesquisa é de cunho qualitativo e exploratório. Os resultados indicam que os alunos utilizam o blog para vários fins: por curiosidade, para aprofundar os conteúdos vivenciados, na confecção dos trabalhos escolares ou por atrativos lúdicos como tirinhas e widgets interativos. Percebeu-se, também, a forma como os alunos passaram a construir as competências para o aprendizado das ciências. Assim, acreditamos que o recurso blog tem estimulado o senso crítico dos alunos em relação

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à credibilidade das informações encontradas na web e estimulado uma prática de consulta e estudo continuados, ao invés do “estudar antes do teste” possibilitando uma maior autonomia da pesquisa na rede com um maior rigor científico.

COMPARTILHANDO O CONHECIMENTO LOCAL NUM ESPAÇO GLOBAL USANDO O FACEBOOK. Maria de Lourdes Marques Moraes (IFBA); Sheilla Andrade de Souza (IFTM; UnB)

O objetivo desta comunicação é apresentar um relato de experiência a partir de um projeto pedagógico, em desenvolvimento, com alunos de dois Institutos Federais localizados em diferentes estados, sendo Minas Gerais e Bahia. Este projeto visa, por meio da rede social, “FACEBOOK”, construir uma relação entre o ensino de Língua Inglesa, as experiências locais, sociais e culturais dos alunos e o uso de mídias sociais (sistemas online projetados para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos) para fins pedagógicos, permitindo aos alunos compartilharem o conhecimento local num espaço global. Para isto, nos apoiamos na compreensão de que as relações entre o local e o global se traduzem na intensificação das interações de práticas sociais e culturais, como afirma Bauman (1998/1999) ao assegurar que “hoje em dia estamos todos em movimento” (p.85). Sendo assim, o desafio da comunicação num processo interativo, por meio da Língua Inglesa, faz parte de um empenho constantemente renovado, por permitir ao aluno a mobilidade em direção ao global. Esperamos, então, que por meio deste projeto os alunos possam desenvolver competências orais e escritas fazendo uso pedagógico da LE por meio das redes sociais.

CI-49

COMPETÊNCIAS EM INFORMAÇÃO PARA PROFESSORES DA REDE BÁSICA DE ENSINO: APRENDIZAGEM NA WEB 2.0. Carlos Eugênio da Silva Neto; Gustavo Henrique de Araújo Freire (UFPB)

No contexto da sociedade em rede, as inovações tecnológicas digitais e a informação têm produzido mudanças nas relações de poder e no conhecimento, exigindo da sociedade, em especial a escola, a busca de formas de inserção e participação dessa nova realidade ao seu alunado, bem como alternativas de solucionar os problemas de acesso à informação visando o desenvolvimento do aluno quanto a capacidade

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crítica e a curiosidade intelectual através de competência em informação, havendo a exigência do desenvolvimento de habilidades informacionais específicas para identificar, localizar, avaliar, organizar, criar, utilizar e comunicar a informação, aperfeiçoando de forma contínua o uso do conhecimento técnico, científico e cultural. Frente a esse cenário, o presente trabalho apresenta sob a orientação da Declaração de Havana, tutorias que implicam na competência em informação, utilizando-se de recursos web 2.0 (hipertexto digital, wikis e redes de colaboração) para o uso dos professores da educação básica – agentes informacionais – com o intuito de tornar um trabalho colaborativo e com criação de ferramentas de aprendizagem para o crescimento da competência em informação. A pesquisa, ora em andamento, tem uma abordagem descritiva exploratória, e de caráter experimental.

DINÂMICAS COGNITIVAS DA APRENDIZAGEM EM REDE: UM ESTUDO DE CASO DO VISUALIZAR’11. Izabel Cristina Goudart da Silva (UFRJ)

Nas últimas três décadas, presenciamos um crescente e evolutivo processo de multiplicação, hibridização, produção e disseminação de signos e linguagens propiciados pela digitalização. Novos ambientes cognitivos, comunicacionais e culturais surgem fruto de uma ecologia midiática configurando um ecossistema comunicacional, que ganha importância tal qual o ecossistema verde. Mutações perceptivas e cognitivas ganham maior visibilidade por meio das sensibilidades juvenis e da des-ordem cultural que provocam. Subjetividades que transitam por outros ambientes e dinâmicas cognitivas mediadas pela linguagem hipermídia e softwares culturais. Uma ecologia cognitiva expressa nas dinâmicas próprias da aprendizagem em rede despontam como um expressão de mentes conectadas, que permanecem sustentadas por uma ecologia digital. Corpos e espaços caracterizados por sua capacidade de interconexão e trocas produzindo fluxos comunicativos, que tem na ética Hacker um fundamento no qual ancorar as possibilidades abertas para a partilha, cooperação, colaboração e a realização de uma comunicação multimídia e multimodal, em rede. Neste trabalho, apresentaremos o estudo de caso do projeto Visualizar’ 11, realizado no Medialab Prado, base de um reflexão que utiliza uma abordagem eco-sistêmica-semiótica e a teoria ator rede para seguir os rastros da construção de dinâmicas cognitivas realizadas em rede.

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É POSSÍVEL APRENDER EM REDE? O DESPERTAR DE JOVENS DA PERIFERIA DO RECIFE PARA NOVOS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM. Ana Paula Andrade de Oliveira; Márcia Gonçalves Nogueira (UFPE)

Este artigo relata uma experiência pedagógica presencial de aprendizagem em rede com o uso da rede social Facebook como ferramenta de mediação entre os sujeitos e as tecnologias digitais. A oficina foi realizada na Escola Itinerante de Informática RPA 2 da cidade do Recife com jovens da comunidade de Linha do Tiro e objetivou despertar nos participantes práticas de pesquisa, leitura e escrita através do uso do Facebook numa abordagem processual, inclusiva e colaborativa. Dentre os resultados, destaca-se a participação dos jovens, a interação com diversos recursos tecnológicos e a estratégia didática. Os resultados iniciais indicam que os jovens executaram a atividades propostas, mostraram-se autônomos em relação à busca por informações, contudo apresentaram dificuldades em estabelecer conexões e refletir sobre as temáticas propostas tanto individualmente quanto em conjunto com seus pares.

ESCREVENDO A HISTÓRIA DA FILOSOFIA UTILIZANDO FERRAMENTAS DA WEB: PIXTON E TOONDOO. Ana Maria Monteiro do Nascimento (UEPB)

A experiência em sala de aula e, principalmente, o contato com jovens nos faz perceber o quanto as mídias digitais estão cada vez mais presente no cotidiano dos mesmos. O uso de softwares e redes sociais é recorrente entre os alunos. E porque não utilizá-los como recursos de aprendizagem? Já que esses podem contribuir para a inovação e atualização do ensino. E considerando esse alcance, a ambiência virtual passa ser vista e pensada como possiveis espaços cognitivos. Neste contexto, o objetivo de nosso estudo é analisar as possibilidades de utilização das ferramentas da web (de modo particular Pixton e Toondoo), tornando-os instrumentos de ensino-aprendizagem na disciplina de Filosofia em nivel médio, com uma proposta de construção da história da filosofia em quadrinhos. Considerando que o grande desafio do ensino de filosofia é o caminhar em contraposição a um repasse mecânico de teorias desarticuladas da realidade, passando a incentivar um ensino que engendrasse o processo de ação e reflexão que envolva os alunos para a aquisição de conhecimento dos sistemas filosóficos da história da filosofia de forma prazerosa. E para tanto, percebemos que os recursos tecnológicos podem funcionar enquanto suporte dinamizador na construção desses conhecimentos reflexivos, contribuindo para autonomia dos educandos.

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CI-50

EXPERIÊNCIAS COM REDES SOCIAIS EDUCACIONAIS. Francisco Kelsen de Oliveira; Orlando Silva de Oliveira (IF Sertão-PE)

No Brasil, o uso das redes sociais chama atenção, visto que o número de usuários supera o de países com maior nível de inclusão digital. Todavia, o uso das redes sociais é considerado simples entretenimento, sendo proibido em muitas empresas e instituições de ensino, deixando-se de lado o seu potencial educativo. Nesse contexto, sugere-se a utilização de redes sociais educacionais (RSE), tais como Edmodo e Redu para que docentes criem seus cursos na internet sem a necessidade de instalar e configurar servidores de hospedagem e aplicações para fornecer conteúdos (Oliveira, 2010). Dessa forma, a pesquisa objetiva apresentar os resultados de experiência realizada com alunos do curso técnico em informática através do Edmodo. Usou-se como metodologia uma pesquisa exploratória e descritiva para aferição das interações feitas por alunos e professor através da referida ferramenta. Segundo Gomes et. al. (2012), a criação de cursos baseados em RSE facilitam a ação docente, enquanto Oliveira e Oliveira (2012) mencionam a facilidade de interação, compartilhamento de experiências e conteúdos entre os membros de tal rede. Os resultados apresentam um melhor andamento da disciplina durante o semestre, pois os alunos já tinham a agenda e materiais das aulas, visto que a ferramenta gerencia notas e comentários.

GESTÃO EDUCACIONAL E A APRENDIZAGEM EM REDE NAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE ANÁPOLIS. Brenda Leão de Oliveira Jung; Maria Cristina Ferreira (SEMED Anápolis-GO)

O objetivo desta pesquisa é comprovar que uma gestão democrática e participativa deve envolver um conjunto de recursos, saberes, capacidades e informações entre outros elementos importantes para solucionar com eficácia uma série de situações atribuídas à escola, entre elas a relevância em questão da aprendizagem em rede, tornando-a um espaço onde se desenvolvem competências e atravessa a ponte que vai do Ensino para a Aprendizagem, tendo por produto final um sujeito que sabe fazer, agir, ser e conviver em seu entorno social. Justifica-se no intuito de organizar e sistematizar, os principais aspectos relacionados à realidade “dura e crua” que ora se apresenta dentro da dinâmica educacional das escolas públicas municipais de Anápolis, diante das novas tecnologias que se inserem no mundo atual. A metodologia aplicada é a de revisão bibliográfica. Os pressupostos teóricos baseiam-se em Delors

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(1996), Demo (1993),Gomez (2004) e Ferreira (2003). Os resultados apontam que os educadores precisam continuar estudando e trabalhando em consonância com as novas tecnologias digitais sem menosprezar as novas formas de aprendizado, mesmo conscientes de que a educação ideal é impossível, porém se faz urgente persegui-la à luz de um coletivismo profícuo.

HIPERTEXTO: DISCUTINDO LITERATURA NAS REDES SOCIAIS. Paula de Sousa Costa (IFCE); Aluizio Lendl Bezerra (UECE)

O presente trabalho centra-se no estudo da relação bem sucedida que se estabelece entre o ensino aplicado de literatura mediado sob a perspectiva das redes sociais, em específico o Facebook. Pois, acreditamos que essa ferramenta permite uma “coordenação das inteligências em tempo real e atinge uma mobilização efetiva das competências” (LÉVY, 1996). Portanto, analisamos essa relação a partir de um estudo exploratório de posts de excetos literários e de comentários de alunos do ensino médio integrado do IFCE - Cedro. As práticas pedagógicas foram propostas em encontros virtuais e presenciais obedecendo as seguintes etapas: (i) marcação de horário para o encontro em rede, (ii) postagem – os alunos postam os textos literários, (iii) comentários, (iv) acompanhamento – é mediado pela professora esclarecendo e debatendo as concepções literárias presente no corpus. Este foi analisado ancorado a partir dos referenciais teóricos Lévy (1996), Bakhtin (1981), Marcuschi (2005, 2008), Coutinho (2007) e Amora (2006). Os resultados evidenciam que formas e estratégias de uso da rede, permiti identificar padrões de comportamento que ampliam a capacidade de compreensão literária a partir de marcas ideológicas, bem como do processo de apropriação e produção do espaço por seus usuários.

INFOGRAFIAS E APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA WEB: O USO DO PORTAL EASEL.LY NO ENSINO DE INGLÊS. Paulo Rodrigo Ranieri Dias Martino Pinto; Thais Helena Affonso Verdolini (Universidade Presbiteriana Mackenzie)

Este artigo busca analisar o uso das infografias como Recursos Educacionais Abertos (REA) na web 2.0 a partir da análise do portal easel.ly. A perspectiva interdisciplinar proposta, ao entrelaçar artes visuais e educação na cibercultura, mostra, num primeiro momento, a evolução tecnológica e o surgimento de uma cultura conectada em rede que altera o comportamento dos novos atores sociais, naturalmente mais reativos e participativos. A consequência está, por exemplo, nas possibilidades de reedição e remixagem de informações pelos próprios usuários/aprendizes, fazendo com que

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objetos tradicionais de ensino possam se tornar também um espaço colaborativo de aprendizado; num segundo momento apresentamos a ferramenta easel.ly, um portal gratuito e aberto para a criação e edição de conteúdo em infografias; e a posteriori, para entendermos as percepções dos alunos, apresentaremos os resultados de um estudo realizado com um grupo de 20 alunos de inglês na disciplina de Produção de Textos no curso de letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Como um dos projetos do semestre, os alunos construíram uma narrativa ilustrada. Cada um produziu parte da narrativa, e, a cada aula em laboratório, os alunos abriram o texto de outro para editar e prosseguir, sempre com a supervisão do professor.

CI-51

LEITURA E ESCRITA NA CIBERCULTURA: O USO DAS REDES SOCIAIS COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE LÍNGUA. Maria Daniela Angelo Ramos (UFPB)

O trabalho tem como tema a leitura e a escrita no contexto da cibercultura. Apresenta como objetivos principais identificar como a leitura e a escrita influenciam e são influenciadas pelas necessidades do contexto histórico e social onde se inserem; caracterizar mais especificamente o ler e escrever no contexto da cibercultura, além de refletir acerca de algumas implicações e potencialidades dessas transformações para o processo de escolarização. Para tanto, a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica e nos fizemos valer, principalmente, dos pressupostos advindos das idéias de Roger Chartier, M.H.S.Bonilla, Pierre Lèvy, Alex Primo, Nelson Pretto, Lúcia Santaella entre outros. Como resultados obtidos observamos que interatividade, agilidade, coautoria, convergência, hipertextualidade são algumas das características que identificamos do ler e escrever na cultura digital. Educar nesse contexto, requer outras formas de conceber o processo, incorporando nele, e de forma significativa, outras formas de ler e escrever, conhecer, comunicar e relacionar-se socialmente.

O FACEBOOK EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL. Polyanna Angelote Camêlo (UNIBRATEC)

Desde o início do ano venho pesquisando sobre o uso das redes sociais como práticas pedagógicas. O projeto piloto consiste em criar grupos para cada disciplina e ter aulas presenciais no laboratório em que o conteúdo é apresentado como tema a ser pesquisado e compartilhado nos grupos, com o intermédio da professora que atua como tutora na rede social. A pesquisa vem rendendo resultados esperado e outros

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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inesperados. A ideia é apresentar até a data do evento estes resultados em uma análise de seus pontos positivos e negativos a partir de recortes selecionados destes estudos participativos em rede.

PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ONLINE: POSSIBILIDADES PARA SE PENSAR EDUCAÇÕES NA/COM A CIBERCULTURA. Dilton Ribeiro do Couto Junior (UERJ)

Este texto apresenta parte dos resultados de pesquisa de Mestrado recentemente concluída e que foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ. O objetivo deste trabalho é o de pensar educações na/com a cibercultura, buscando novas possibilidades para que estudantes e professores aprendam juntos a partir dos usos das interfaces digitais nos processos comunicacionais. Para isso, a pesquisa acompanhou a relação que noventa e oito jovens, dentre eles professores recém-formados, estabelecem com seus pares na interface Facebook. A fundamentação teórico-metodológica apoiou-se nas contribuições da etnografia virtual (ou netnografia) e no diálogo com autores dos campos da comunicação e educação. As conclusões apontam para a relevância do Facebook para propiciar que as diferentes vozes dos professores e dos estudantes sejam ouvidas e interpeladas, criando vínculos mais estreitos entre todos os envolvidos nos processos de ensinar e aprender, e abrindo novas possibilidades para que o diálogo on-line seja potencializado entre os internautas. Isso proporcionou repensar a formação de professores diante das práticas pedagógicas nas interfaces digitais, considerando as dinâmicas da interação e da colaboração, próprias da cultura digital.

REDES SOCIAIS: UM IMPULSO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA PRODUÇÃO ESCRITA EM LÍNGUA PORTUGUESA. Aluizio Lendl Bezerra (UECE); Paula de Sousa Costa (IFCE)

Nosso trabalho centra-se na utilização do Facebook como ferramenta pedagógica para melhor proficiência da produção escrita de aluno de 1° ano da Escola Estadual de Educação Profissional Alfredo Nunes de Melo do interior do estado do Ceará. Os dados foram coletados e analisados em três etapas. A primeira da utilização de textos já produzidos em sala de aula. A segunda, os alunos coletaram a maior quantidade de sentenças publicadas no ciberespaço e alteraram para o que eles consideravam padrão da língua. A última partiu da exposição e discussão do material em sala de aula. Para tanto, retomamos a Bakhtin o qual afirma, a palavra está sempre

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carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial (BAKHTIN, 1981, p. 95). Os dados estão ancorados a partir dos referencias teóricos, Bakhtin (1981) e Rojo (2005, 2009). Por meio dos elementos trabalhados, os educandos desenvolveram uma consciência crítica na utilização das TICs e, em paralelo, um processo escrito mais proficiente. Evidenciamos, a importância da utilização dos hipertextos no ensino de língua materna como práticas reais e concretas situadas em um contexto sócio-histórico.

CI-52

TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: ELEMENTOS ESTRUTURANTES DE NOVOS PROCESSOS EDUCATIVOS? Roberta Varginha Ramos Caiado (UNICAP; UNIVERSO); Artur Gomes de Morais (UFPE)

Esse trabalho investigou o processo pedagógico que envolve as práticas das professoras de Língua Portuguesa (LP), especificamente, como elas utilizavam as tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) no ensino-aprendizagem de LP. Para tal fim, realizamos um estudo no qual observamos as aulas de três professoras pertencentes a redes de ensino diferentes. Estabelecemos categorias de análise. Em seu marco teórico, a pesquisa se inscreve nos estudos sobre transposição didática, transposição informática, letramento escolar e digital, assumindo como perspectiva teórica a linguagem em sua natureza social e dialógica, produzida enquanto ação humana. Os resultados revelaram a falta de formação do professor de LP para a utilização das TDIC na sua prática pedagógica. Em apenas uma turma as TDIC pareciam diretamente relacionadas ao ensino-aprendizagem de LP. Constatamos a necessidade de a instituição escolar modificar seus currículos de LP e assumir, em seu projeto político pedagógico, as TDIC enquanto elementos estruturantes de novos processos educativos.

TUMBLR, FACEBOOK E ENSINO: DISCURSIVIDADES, IMAGINÁRIOS E MEMÓRIAS SOBRE O ENSINO EM TEMPOS DE REDES SOCIAIS. Juliana da Silveira (UEM)

Este trabalho tematiza a relação entre redes sociais e o ensino tradicional, a partir da análise de enunciados produzidos no Tumblr e Facebook por sujeitos-alunos inseridos em instituições de ensino tradicionais. O objetivo geral é compreender como esses ambientes fazem circular discursos que apontam para uma crítica à prática escolar na atualidade, que estaria distante das novas formas de acesso ao conhecimento que tais ambientes possibilitariam. Busca-se, especificamente, analisar os efeitos de

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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sentidos produzidos pelos enunciados que esses sujeitos-alunos fazem circular sobre os professores, sobre o conhecimento e sobre a própria escola, ora denunciando a prática escolarizada, ora enfatizando o arcaísmo dos métodos de ensino atuais, fazendo emergir sentidos de que o que a escola ensina, muitas vezes, “não faz sentido”. Tendo como base os pressupostos teóricos da Análise de Discurso francesa, busca-se discutir os efeitos desse “não faz sentido” e/ou desse distanciamento entre o que seria o “discurso da escola” e o “discurso das novas tecnologias”. As análises iniciais apontam para um novo modo de relação dos sujeitos-alunos com a produção de conhecimento e com as práticas escolares, que se re(organizam) frente ao incontornável uso desses ambientes e suas formas outras de “dar sentido” ao ensino na atualidade.

USO DA HIPERMÍDIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. Agnes Oliveira Bezerra; Denise Azevedo Lefrançois; Francisco Jose Garcia Cousino; Francisco Henriques de Lemos; Victory Fernandes (Universidade Salvador)

O modelo de educação tradicional, centrado no professor, não corresponde mais às demandas do mundo globalizado. Os espaços educativos necessitam adaptar-se a este novo paradigma sociocultural de maneira a enfrentar os desafios do ensino. O presente artigo busca refletir sobre as contribuições do uso das TIC em processos educacionais destacando as possibilidades do uso de hipermídia em objetos de aprendizagem e apresenta contribuições que a ferramenta YouTube Annotations trariam para o modelo de produção de vídeos interativos proposto pela organização não-governamental, The Khan Academy, centro de estudos virtual para suporte à educação. Esta ferramenta dinamiza e amplia a interatividade dos vídeos disponibilizados no portal de compartilhamento YouTube através do uso de diversos recursos de hipermídia como links para outros vídeos/conteúdos, pausas programadas, inclusão de imagens /legendas, proporcionando ao usuário educando a possibilidade definir o seu percurso formativo e (re)significar suas estratégias de aprendizagem tanto em ambientes de ensino a distância quanto semipresencial ou no apoio ao ensino presencial.

CI-53

“OI MENINAS” - INTERAÇÃO, SOCIABILIDADE E AUTORIA NO YOUTUBE: O CASO DOS TUTORIAIS DE MAQUIAGEM. Ana Paula Domingos Baladeli (UNIOESTE)

O ciberespaço tem favorecido a descentralização das informações que no contexto da web passam a ser produzidas por sujeitos comuns (LÉVY, 1998; LEMOS, 2010;

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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MARINHO, ). O Youtube - portal de compartilhamento de vídeos - ilustra essa apropriação à medida que tem possibilitado a inserção de autores cada vez mais plurais, que fazem deste espaço um canal de comunicação, de produção de informação, de interação e, sobretudo, de autoria (BURGESS, GREEN, 2009). Diante disso, este artigo reflete o acompanhamento e análise da proliferação de tutoriais de maquiagem no Youtube de autoria de sujeitos comuns que, subvertendo a lógica hegemônica de outros meios de comunicação, fazem de seus vídeos caseiros fontes de referência nos mais variados temas a partir de milhões de visualizações, chegando até a serem reproduzidos na TV. Pretendemos discorrer ainda sobre a questão da sociabilidade na web e o entrecruzamento do público e privado no Youtube, evidenciado nos mais variados tipos de vídeos publicados no portal.

A INFORMÁTICA COMO INSTRUMENTO FAVORÁVEL PARA A REFLEXÃO E DISCUSSÃO DE IDEIAS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA ESTADUAL DE CAMPINA GRANDE. Cristian Fabrício dos Santos Silva (UEPB)

O presente artigo tem como eixo temático central o uso das mídias digitais no ambiente escolar. E tem como objetivos identificar, refletir e promover sugestões pedagógicas para a utilização destas mídias como espaços que favoreçam o debate de ideias, trocas de experiências e conhecimentos entre o professor e o estudante do ensino médio da educação básica. De modo que tal uso seja um incentivo e uma oportunidade de amadurecimento sócio-afetivo e enriquecimento intelectual para os referidos estudantes. De forma geral, a comunicação e a linguagem encontram-se numa nova situação de realidade com a presença dos ambientes virtuais no cotidiano da vida das pessoas. E de maneira específica, a criação e utilização dos chamados hipertextos altera de modo significativo o exercício da leitura e da escrita, repercutindo na cultura e na relação do jovem com a escola. A chamada sociedade da informação desafia o professor a desinstalar-se de antigas práticas. Desta maneira, tem-se como projeto a utilização de uma pesquisa bibliográfica que dê suporte teórico a uma pesquisa de campo, em modalidade de estudo de caso, a fim de poder contribuir nos estudos e experiências nas práticas de ensino escolar.

COMUNICAÇÃO DOS JOVENS NAS REDES SOCIAIS DA INTERNET. Inez Rodrigues Rosa (UniEvangélica)

Observando que os jovens têm dificuldades em lidar com situações de leitura e escrita na sala de aula, mas apresentam facilidades para ler e escrever nas redes sociais

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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da Internet, a pesquisa investigou como os jovens do Ensino Médio têm utilizado essas redes para ler e escrever, procurando identificar as estratégias ou habilidades em leitura e a escrita que podem ser desenvolvidas com esse uso. A investigação, de inspiração etnográfica adotou os procedimentos da pesquisa qualitativa com o apoio da teoria de Castells, Prensky, Tapscott, Santaella, Veen e Vrakking e Cardon, sobre a tecnologia e educação, e Koch e Elias, Soares, e Kleimam acerca da leitura e escrita no papel e na tela. A pesquisa revelou que os alunos têm se apropriado dos recursos da tecnologias digital e estão lendo e escrevendo nesse novo suporte, provocado alterações significativas na forma como se relacionam, convivem, estudam e trabalham, pois, além do “uso operacional”, os jovens revelam facilidade em adaptar-se ao “novo código”, expondo capacidade de decifração, lendo e escrevendo de variadas formas, unindo linguagem oral e verbal, numa comunicação adequada ao interlocutor, ao contexto, aos objetivos e a necessidade comunicativa. Assim adaptam a comunicação à nova realidade comunicativa.

CI-54

CONHECENDO AS IMPRESSÕES SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA POR ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURAS EM LETRAS. Marta Henrique da Silva; Maria Auxiliadora Soares Padilha; Andrea Alves Bastos (UFPE)

A Educação a Distância (EaD), mediada por ambientes virtuais de aprendizagem, vem se estabelecendo como uma nova alternativa de ampliação do ensino superior, em especial nos cursos de licenciaturas. Apesar de toda essa ampliação, observamos que muitas pessoas ainda possuem ‘certo’ descrédito e receio da EaD, que se caracteriza em preconceito, em relação à sua efetividade para a formação de professores. O objetivo do estudo foi compreender as impressões de alunos de dois cursos de Licenciatura em Letras, na modalidade a distância e na presencial, em uma universidade pública federal, sobre EaD. A metodologia utilizada no estudo foi de caráter qualitativo e utilizamos questionários semi-abertos como instrumento para a coleta dos dados. Os resultados mostram que entre os alunos, o preconceito em relação à EaD tem diminuído e que, a integração dessas duas modalidades na formação de educadores pode ser um caminho possível de democratização do acesso e de aproveitamento dos recursos tecnológicos e suas possibilidades pedagógicas na formação acadêmica, tanto presencial como a distância. Contudo, é preciso considerar, como os alunos bem demonstraram, que a participação e envolvimento efetivos do aluno em sua formação é fundamental para a formação de qualquer estudante, e em qualquer modalidade.

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PROJETOS DE INCLUSÃO DIGITAL EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS. Maria Lívia Pachêco de Oliveira; Júlio Afonso Sá de Pinho Neto (UFPB)

Os projetos de inclusão digital (PIDs) surgem da necessidade do acesso à informação e às tecnologias da informação e comunicação (TICs). Reconhece-se nestes PIDs a necessidade de desenvolver competências informacionais que excedam a mera aquisição de habilidades técnicas para o manuseio das TICs. Investigam-se as políticas de inclusão digital desenvolvidas por dois telecentros – um gerido por uma organização privada e outro por uma pública. Objetiva-se aferir as forças e fragilidades de tais políticas e assim esboçar um panorama crítico sobre os PIDs. O aporte teórico utilizado envolve os conceitos de inclusão digital e social, acreditando-se que ambos devem contribuir para o acesso à informação sob uma perspectiva educativa voltada para a cidadania. Identificou-se na primeira fase da pesquisa, através de análise documental dos projetos e da realização de entrevistas com os gestores dos PIDs, que o projeto vinculado à iniciativa privada possui uma política assentada no modelo de planejamento e gestão típicos de empresas privadas, enquanto o outro possui inúmeras deficiências oriundas do modelo de gestão pública praticado no Brasil. Na segunda fase da pesquisa realizar-se-á uma investigação junto aos monitores e beneficiários dos referidos projetos para que seja possível analisar as reais contribuições destas iniciativas para a sociedade.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO EM ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL NO RECIFE/PE. Marilia Avelino da Silva; Ricardo José de Souza Silva (FAFIRE)

A presença das tecnologias da informação e comunicação nos ambientes de ensino vem promovendo mudanças devido ao fluxo de informações e o surgimento de novas funções. O artigo em questão visa analisar o processo de mediação na inserção das tecnologias da informação e comunicação na formação para o mercado de trabalho em escola técnica de Recife/PE. A hipótese contextualiza-se em que a mediação na inserção das TIC no processo de ensino e aprendizagem, feita pelo professor, considera a formação para o mercado de trabalho, a partir da sua inserção no contexto do planejamento das aulas. A metodologia utilizada baseou-se na pesquisa qualitativa; na entrevista semiestruturada e na observação não participante como instrumento de coleta. A análise dos dados buscou verificar nas entrevistas e observações a mediação no uso das TIC para a formação profissional. O campo de pesquisa foi a Escola Técnica Estadual Cícero Dias, em Recife/PE; as observações aconteceram nos

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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laboratórios de informática da instituição e nas salas de aula. Os dados coletados permitiram verificar como as TIC são utilizadas dentro de um contexto de ensino e aprendizagem mediado pelas tecnologias.

CI-55

“TEM PROFESSOR NA REDE?”: O USO DO FACEBOOK COMO ESTRATÉGIA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE E SUAS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS. Renalle Meneses Barros; Rossana Delmar Arcoverde (UFCG)

Na contemporaneidade, o uso das redes sociais parece ser uma realidade mais que palpável e dela não há como permanecermos imunes. Entretanto, parece-nos que a instituição escolar (e os que a fazem) caminha na contramão da realidade tecnológica imposta, ora minimizando, ora desprezando os impactos desta para o processo de ensino-aprendizagem. Dentro desta perspectiva, o presente trabalho pretende, a partir de uma análise exploratória, investigar perfis no Facebook de professores em processo de formação inicial e continuada, a fim de diagnosticar como esta rede social na internet tem sido utilizada e quais são as suas possíveis contribuições para o ensino. As vertentes teórico-metodológicas mais relevantes para a nossa pesquisa serão aquelas delineadas pela perspectiva sócio-histórica envolvendo a teoria enunciativa da linguagem de Baktin e a teoria social da construção do conhecimento de Vygotsky. No entanto, a fundamentação teórica que será proposta lança um olhar específico para estudiosos como Recuero (2009), Mazer, Murphy e Simonds (2009), cujas contribuições norteiam as discussões sobre redes sociais na internet e, mais especificamente, aos estudos recentemente realizados com o Facebook. Os resultados preliminares apontam para um discreto uso dos perfis de Facebook por parte do público docente com vistas ao ensino de língua portuguesa.

A EDUCAÇÃO DO FUTURO E O EDUCADOR DO PRESENTE: PERSPECTIVAS PARA A INCLUSÃO DAS TIC NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Cristiane Dominiqui Vieira Burlamaqui (UFRJ)

São inúmeras as problemáticas observadas no contexto de inclusão de tecnologias no ensino básico de escolas públicas. Corroborando com o objetivo de um estudo exploratório que tem como foco o resgate do professor como sujeito sociológico, optamos inicialmente por explanar sobre o esvaziamento dos sentidos das TIC na educação formal. Para justificar uma pesquisa que tem como foco o resgate do sujeito sociológico (Hall, 2006) em um mundo informatizado voltado aos interesses do

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capitalismo (Castells, 2001) optamos em resgatar os códigos e ou símbolos culturais que marcam a formação da identidade do homem ocidental. Para Bakhtin (2010), todo símbolo é um signo ideológico e como tal deve ser considerada sua função no conjunto da vida social. A consciência individual, tratada por Bakhtin (2010) como um fato socioideológico, será o foco de nossa pesquisa, pois será nela que encontraremos o material para a análise dos sentidos que a tecnologia adquiriu no seu percurso até chegar à sala de aula. Esta pesquisa exploratória compõe a etapa inicial de um projeto maior que tem como objetivo a elaboração de sistemas de atividades (Engeström, 1999) voltados para a formação continuada em serviço de professores em tecnologia educacional situados em contextos sócio, histórico e culturais próprios.

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O USO DE REPOSITÓRIOS EDUCACIONAIS DIGITAIS. Paloma Alinne Alves Rodrigues; Maria Inês Ribas Rodrigues (UFABC)

Tendo em vista a necessidade de auxiliar os professores com relação ao uso das tecnologias em sala de aula, o Ministério da Educação (MEC) lançou o repositório Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE) em 2008. Sob esse enfoque, está sendo desenvolvida uma pesquisa de mestrado na Universidade Federal do ABC, que pretende analisar e contribuir, com seus resultados, para a formação continuada dos professores acerca do uso das Tecnologias. Desta forma, o presente trabalho apresentará resultados parciais relacionados à primeira ação desta pesquisa que consistiu na realização de uma oficina com 14 professores de diferentes áreas, durante a Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC). Nesta oficina, divulgamos o repositório educacional do BIOE e verificamos por meio da aplicação de um questionário: o uso diário do laboratório de informática da escola; a importancia que os professores atribuíam ao uso das tecnologias; e por fim, qual o significado do repositório educacional do BIOE para o planejamento das aulas deste professor. Os resultados mostraram que 70% dos professores nunca utilizaram a sala de informática. No entanto, 50% consideram que a tecnologia é um recurso importante; e para 25,4% o BIOE pode auxiliar na elaboração de novas estratégias pedagógicas.

A FORMAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO PROFESSOR TUTOR. Expedito Wellington Chaves Costa; Andrea Maria Rocha Rodrigues; Lívia Maria de Lima Santiago; Gina Maria Pode Aguiar (IFCE)

O estudo realizado neste artigo objetiva iniciar uma discussão acerca do processo da formação de novos professores em educação a distância esclarecendo as novas

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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perspectivas do processo de ensino e aprendizagem. Esta pesquisa tem como campo de estudo o curso de Licenciatura em Matemática na modalidade semipresencial do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (IFCE). O referencial teórico empregado baseia-se em Belloni (2008), Kensky (2003), Paulin (2007), Moreira (2003) entre outros, além de diretrizes curriculares que visam nortear as práticas educativas. A pesquisa de natureza qualitativa utiliza como técnica de investigação o questionário semiestruturado. Concluímos que a verdadeira intenção dos cursos de formação de professores a distancia é a de proporcionar a construção de uma educação a distância de qualidade na formação de novos de professores, de forma que ele seja capaz de dominar e utilizar os recursos didático-pedagógicos proporcionados pelas ferramentas tecnológicas oferecidas nesta modalidade.

CI-56

A MEDIAÇÃO COGNITIVA COMO CONDIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM COLABORATIVA EM CURSOS ONLINE. Elaine dos Reis Soeira; Henrique Nou Schneider (UFS)

Este trabalho apresenta um recorte da pesquisa em andamento “Mediação da aprendizagem colaborativa na EaD – um estudo a partir da percepção de tutores a distância” e pretende lucubrar acerca da relação entre a mediação cognitiva realizada pelos tutores e a efetivação do processo de aprendizagem colaborativa. O interesse pela temática justifica-se pelo fato de que, com a oferta de cursos ofertados em ambientes virtuais de aprendizagem surgem os tutores virtuais ou a distância, na condição de mediadores, e amplia-se o uso da aprendizagem colaborativa, possivelmente, como estratégias para minimizar os impactos da “distância física”. A pesquisa apoia-se numa revisão de literatura sobre tutoria e aprendizagem colaborativa. A tutoria é discutida a partir de: García Aretio (2003), Silva (2003, 2008), Behrens (2008), Oliveira et al (2008), Masetto (2008), Seoane Pardo e Garcia Peñalvo (2007), Bernal (2008), Quiroz (2011), Arredondo et al (2009) e Preti (2003). A aprendizagem colaborativa é fundamentada em: Dillenbourg (1999), Dillenbourg et al (1996), Torres e Irala (2007), Torres et al (2004), Laranjeira (2010) e Barkley et al (2007). Ainda não se dispõe de resultados definitivos, contudo os indícios sugerem que a mediação cognitiva pode ser considerada um fator proximal para a efetivação dos processos colaborativos de aprendizagem.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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A RESISTÊNCIA DE EDUCADORES DOS ANOS INICIAIS FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS. Vânia Roseli de Alencar; José Vicente Rodrigues da Silva (SEEDF)

Este trabalho pretende sensibilizar os educadores, pesquisadores e demais interessados acerca da conscientização sobre a resistência de alguns professores quanto ao uso das novas tecnologias educacionais em sala de aula. Diante de um contexto em que as informações surgem em pouco tempo e em grande quantidade, e a relevância do uso destas informações, considerando tal processo como suporte para uma educação que visa à qualidade, observa-se que a resistência ao uso destas tecnologias ainda é manifesta por alguns educadores, e esta pode comprometer o ensino. A identificação dos motivos de alguns professores resistirem ao uso destas tecnologias em sala de aula, a avaliação de como ocorrem às intervenções pedagógicas sem o uso do computador com os alunos e a percepção de como este professor resistente relaciona-se com o corpo discente e docente e a proposta aos educadores resistentes de uma reflexão sobre sua função pedagógica frente à realidade tecnológica atual apresenta-se como indagações frente a esta problemática. Para isto utilizou-se de questionários, observações e entrevistas com alunos, professores, coordenadores, diretores, análise do projeto político pedagógico em metodologia qualitativa-quantitativa em quatro escolas públicas de ensino fundamental do Distrito Federal.

APRENDIZADO DOS CONTEÚDOS ESCOLARES: CONTRIBUIÇÕES DO GRUPO DE PESQUISA E PRODUÇÃO DE AMBIENTES INTERATIVOS E OBJETOS DE APRENDIZAGEM (PROATIVA). Cláudio Augusto Alves; Názia Holanda Torres (UFPB); Angelina do Nascimento Silva (UFC)

Apresenta o conceito de sociedade da informação que pressupõe o compartilhamento, acesso, gestão, uso, disseminação, transformação e transferência da informação, tendo como suporte as tecnologias digitais. Esse processo informacional será refletido também no campo educacional. A pesquisa objetiva discutir a contribuição do Grupo de Pesquisa e Produção de Ambientes Interativos e Objetos de Aprendizagem (PROATIVA) para o processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, fez-se uso de pesquisa exploratória, no intuito de conhecer a literatura sobre o tema e análise de conteúdo que permite a interpretação e análise dos dados estatísticos resultantes dos questionários aplicados aos integrantes do grupo de pesquisa e dos professores que participam do processo de formação. A pesquisa possibilitou verificar as contribuições desse grupo de pesquisa ao produzir objetos de aprendizagem (OA),

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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ao formar professores para a utilização de OA no ensino e ao realizar pesquisas sobre o uso de OA por alunos e professores. Desse modo, se pode perceber a importância das tecnologias, incluindo as atividades interativas e de multimídia, como forma de melhorar o aprendizado dos conteúdos escolares.

ATITUDES FACE ÀS TECNOLOGIAS DIGITAIS E SEU CONTEXTO DE UTILIZAÇÃO POR LICENCIANDOS DO CURSO DE LETRAS DA UFPA - MODALIDADE A DISTÂNCIA. Jailma do Socorro Uchoa Bulhões Campos; Célia Zeri de Oliveira (UFPA)

Este trabalho propõe discutir as atitudes que discentes, prováveis concluintes do Curso de Letras da UFPA - modalidade a distância, revelam em relação às tecnologias digitais (TDIC) e também o uso que fazem desses recursos, particularmente, dos disponíveis na plataforma Moodle. A pesquisa apoia-se em trabalhos sobre educação, tecnologia e aprendizagem e formação inicial de professores (PERRENOUD, 2000; MASETTO, 2000, LIBANEO), objetivando verificar, por meio da análise qualitativa de uma entrevista semi-estruturada, como as variáveis uso e atitude se correlacionam. No desenrolar da análise, averiguaram-se os contextos e finalidades de uso, as crenças relacionadas à efetiva contribuição das ferramentas digitais para um ensino-aprendizagem produtivo da Língua Portuguesa, bem como as dificuldades de uso dessas tecnologias digitais. Nesse sentido, em linhas gerais, os resultados revelam que existe uma associação entre as atitudes manifestadas pelos discentes e a forma de utilização dos recursos digitais disponibilizados no curso, embora o uso pareça limitar-se apenas ao que seja solicitado em cada disciplina. As dificuldades relacionadas aos obstáculos de operacionalização do curso em alguns polos, bem como a pouca importância dada a parte dos recursos do Moodle foram também aludidos.

CI-57

AVALIAÇÃO DE SOFTWARES EDUCATIVOS – UM ALERTA AO PROFESSOR. Raquel Batista Pordeus Amorim (FUNDAJ)

Em plena era da tecnologia, vivenciamos uma educação cujo foco não é mais o professor, mas o aluno. Este artigo aborda a questão dos softwares educativos, que chegam à escola como ferramenta de grande relevância para a prática pedagógica do professor, sem o crivo deste. O objetivo é trazer uma reflexão sobre papel do professor na avaliação e utilização de tais softwares em sua prática de ensino. O

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impasse que se instaura é quanto à avaliação desses softwares. A quem compete tal ação? Que tipo de profissional pode garantir o valor pedagógico dessa ferramenta? Qual o papel do professor na seleção desse software? Em busca de responder a essas questões, contamos com os pressupostos teóricos de Papert (2008) e A. Toffler (1980) e autores que postularam sobre os softwares e o impacto na educação, como Valente (1997; Kenski (2007), entre outros autores de referência. Esta temática interessa aos educadores interessados na melhoria de sua prática pedagógica, a partir da utilização de softwares educativos e a todos quantos interessem o avanço que a educação teve a partir das TIC.

BLOG/PORTFÓLIO REFLEXIVO: PRÁTICA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA COMO POSSIBILIDADE DE PESQUISA. Anilda Machado de Souza; Ligia Beatriz Goulart (FACOS)

A pesquisa analisa como a rede produzida pelos blog/portfólios de bolsistas do PIBID/Pedagogia/CNEC/FACOS contribui para a constituição de práticas reflexivas. Com base em Lèvy (2000), que situa e compreende a rede como tempo/lugar de conexão entre pessoas com interesses comuns, e com base em Goulart (2011), que considera o portfólio um instrumento que entrelaça a ação de escrever e as experiências dos sujeitos para produzir novos conhecimentos, busca-se compreender o aprendizado fundamentado na estrutura de rede. Os resultados dessas ações indicam que as bolsistas utilizam os registros de blog/portfólio como referência para articulação de suas práticas docentes sobre aquisição de leitura e escrita – agilizando interação, troca e construção coletiva de conhecimentos – bem como para a apropriação da cultura digital. Percebe-se, também que conseguem refletir sobre sua prática alfabetizadora, evidenciando significativas repercussões no seu fazer pedagógico ao criar e colocar em prática projetos de investigação próprios, a partir desse contexto.

CONTRIBUIÇÕES DA WEB ARTE E DA ARTE LOCATIVA PARA O ENSINO DAS TIC. Andréia Machado Oliveira; Michele Maria da Costa (UFSM)

O presente artigo sustenta-se em pesquisas sobre a contribuição do campo da Arte e Tecnologia, especificamente Web Arte e Arte Locativa, para o ensino das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação). Tais pesquisas são aplicadas em ações de formação e de qualificação, presenciais e a distância, destinadas aos alunos vinculados ao curso de especialização de TIC aplicadas à Educação/UFSM, em cinco Polos UAB do interior do estado do Rio Grande do Sul; sendo estes alunos,

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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em sua maioria, professores do ensino básico da rede pública. O campo da Arte e Tecnologia pode contribuir de maneira privilegiada para o ensino das TIC, uma vez que trabalha com especificidades da linguagem hipermídia e hipertextual nas tecnologias digitais, bem como volta-se à implementação de comunidades em rede. O uso de linguagem hipertextual na educação a expõe a um dinamismo, mobilidade e flexibilidade semelhante aos encontrados nos movimentos sociais. Deste modo, visa-se aplicar os conhecimentos da Arte e das TIC para promover o desenvolvimento de materiais didáticos mais apropriados para projetos interdisciplinares na educação tecnológica. Em suma, pretende-se que este projeto de formação contribua para modificar, em alguns aspectos, a utilização das TIC na prática docente, estimulando práticas inovadoras em escolas públicas.

CONVERSAÇÕES ESCRITAS E INVENÇÃO DE SI: MODELO DA CONSTITUIÇÃO DO CONHECIMENTO EM EAD NO ENSINO SUPERIOR. Maria de Fátima de Lima das Chagas; Karla Rosane do Amaral Demoly; Washington Sales do Monte (UFERSA)

Este trabalho discute uma metodologia de formação no ensino superior com estudantes de uma universidade da região nordeste através da dinâmica das conversações escritas em ambiente virtual de aprendizagem. A didática considera a passagem para um modo de abordagem da realidade, com seus pressupostos de autoria e auto-organização. A pesquisa tem por objetivo compreender como as articulações entre os conteúdos e a experiência do conhecimento, sempre pessoal e intransferível, ocorrem nas redes de conversações escritas, potencializando experiências sensoriais, afetivas, cognitivas e estéticas. O quadro teórico considera os estudos de Austin e de Fraenkel que permitem pensar o escrever como uma ação. A Biologia do Conhecer de Maturana e Varela; a noção de invenção de Bergson e os estudos de Simondon que permitem pensar em uma tecnoescritura. A metodologia que empregamos é qualitativa e exploratória, pois recortamos do ambiente as escritas em que os estudantes se referem à formação. Apresentamos a escrita como campo de estudos e fazemos a análise considerando as noções de atos de escrita, conhecimento, tecnologias e invenção de si. As mudanças cognitivas que emergem da experiência de escrita configuram espaços de exercício de autoria quando estudantes tomam nas mãos a própria construção da vida acadêmica.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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DESENVOLVIMENTO DA COGNIÇÃO E DE HABITUS DE JOVEM APRENDIZ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO METRÓPOLE DIGITAL. Zoraia da Silva Assunção (UFRN)

O estudo investiga desenvolvimento da cognição e formação de habitus de jovem aprendiz de formação tecnológica do Metrópole Digital (MD). Objetiva discutir descompassos entre proposta de formação tecnológica para a inserção do jovem no campo de trabalho e a atuação profissional nas empresas do mercado. Remete-se pesquisa qualitativa, descritiva-explicativa, realizada com adolescentes entre 15 e 18 anos de idade, de escolas públicas e particulares do RN. Emprega opção metodológica de grupo focal, análise do discurso e etnografia, considerando fatos e dados da prática de formação tecnológica, além da tentativa de conhecer e identificar o cotidiano dos jovens na inserção no mercado de trabalho ou continuidade acadêmica, relacionando-os com a objetivação e ancoragem, habitus adquiridos no campus de formação do MD. Discute junto aos jovens: mudança cognitiva; desenvolvimento de habilidades e competências; formação de identidade, e capital cultural; noção de empreendedorismo, consumo e cidadania. Sugere modernização do ambiente virtual de aprendizagem, para a ampliação do processo de aprendizagem colaborativa. Aponta necessidade de aproximação entre MD e campo de trabalho profissional, redimensionando propostas de atividades para resoluções de problemas. Possui aporte teórico em Pierre Bourdieu, Manuel Castells, Bernardete Gatti, David Morgan, Mikhail Bakhtin e Paulo Freire.

DISCURSO DIGITAL NOS BLOGS: A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA POR UM OLHAR DE FOUCAULT. Luciane Mulazani dos Santos; Ivanete Zuchi Siple; Roger Miarka (UDESC)

Este trabalho apresenta e discute a utilização dos blogs como apoio à educação presencial em atividades relacionadas com a formação inicial de professores. Tais atividades foram realizadas para a disciplina “Estágio Curricular Supervisionado IV” do curso de licenciatura em Matemática no Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade do Estado de Santa Catarina e constituem-se no registro, em postagens e comentários online, da prática de regência realizada pelos alunos em escolas do Ensino Básico. A proposta de utilização dos blogs pelo professor da disciplina visou à abertura de um canal de comunicação em que fossem privilegiados

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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o compartilhamento, a reflexão, a historicidade dos registros e a possibilidade de acompanhamento, também a distância, da rotina de regência dos estagiários. Para a análise das publicações dos blogs, foram identificados registros, ações e atitudes dos alunos e do professor presentes em posts e comentários, constituindo o que chamamos de discurso digital, investigado a partir do referencial foucaultiano que discorre sobre a relação entre discurso e poder. Assim, o objetivo desse estudo é apresentar como o constructo teórico de Foucault pode contribuir para as pesquisas em educação e também para aquelas que relacionam educação e tecnologia.

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E O CICLO DA APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO. Maria Lúcia Serafim; Aline Tavares Costa (UEPB)

Adaptação é uma necessidade para os seres vivos: são obrigados a buscar alimento para sobreviver, forçando uma aprendizagem que talvez não tenha sido efetuada em condições favoráveis a todos. Na sociedade atual, é preciso acompanhar as inovações e o progresso contínuo. Educadores trabalham com uma realidade em constante transformação, portanto necessitam de formação também constante para lidar com os novos saberes, proporcionados pelo uso da tecnologia da informação e da comunicação. Oliveira (2010), Tajra (2008) e Pierce (1999) abordam o Ciclo da Apropriação do Conhecimento, composto por três estágios: sensibilização, apropriação e sustentação, como um processo integrador das ações ao desenvolvimento de novas teorias. Tendo em vista a relação entre o Ciclo e a formação docente continuada, está em andamento uma pesquisa de cunho exploratório investigativo, com professores da rede pública de ensino da cidade de Campina Grande-PB, com o intuito de investigar esta relação nos cursos promovidos pela Secretaria de Educação do Estado e executados pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE). Serão utilizados questionários e busca em documentos para recolhimento de dados. A pesquisa está em fase de desenvolvimento destas etapas e, por isso, ainda não possui dados suficientes a serem discutidos.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA, PARA UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE GEOGEBRA, EM AMBIENTES INFORMATIZADOS. Cleia Alves Nogueira (SEEDF)

Algumas pesquisas científicas denunciam o abandono do ensino da Geometria no ensino fundamental e médio, seja por má formação do professor, por falta de tempo na grade escolar ou por falta de interesse dos agentes deste processo. Segundo

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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Lorenzato (1995) a geometria tem função essencial na formação dos indivíduos, pois possibilita uma interpretação mais completa do mundo e mediante a conscientização da importância deste conteúdo para a formação geral do indivíduo, foi realizada uma pesquisa empírica com alguns professores de matemática do DF, por meio de questionário, levantando-se dados sobre a formação, atuação e crenças em relação ao ensino da Geometria. Com os dados coletados e analisados propomos um plano de ação para formação continuada dos professores da rede para utilizarem o software GeoGebra em suas aulas, de forma a melhorar o aprendizado e torná-lo mais atraente aos alunos, já que a maioria das escolas públicas do DF possuem laboratórios de informática e segundo Kalache e Coelho(1974) o uso do computador “estimula a motivação dos estudantes criando situações ativas de aprendizagem(...). A formação aconteceu em 2011 (03 turmas) e temos a previsão de uma nova edição do curso no segundo semestre de 2012, com a oferta de mais 02 turmas.

CI-59

FORMAÇÃO TECNOLÓGICA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS. Márcia Fernanda de Lima (UFS); Rozelma Soares de França; Waldir Cosmo da Silva (UPE)

Este artigo oferece contribuições à literatura que trata sobre a formação tecnológica de professores atuantes na educação básica. Desenvolveu-se a partir da investigação de aspectos vivenciados no cotidiano das escolas. Buscou-se aqui compreender a formação tecnológica desses professores a partir de sua: concepção de tecnologia, do uso de recursos tecnológicos nas práticas educacionais e no cotidiano. Através de entrevistas realizadas com 30 docentes da Educação Básica em escolas do Agreste Meridional verificamos que professores com menos de cinco anos de magistério acreditam que o uso de recursos tecnológicos digitais pode trazer resultados positivos com relação à aprendizagem e que datashow, notebook, internet e TV são exemplos de recursos utilizados em suas práticas pedagógicas. Além disso, 75% deles nunca realizou curso para utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e 12,5% já fez algum curso na modalidade à distância. 12,5 % dos docentes pesquisados com mais de cinco anos de magistério não acreditam que a utilização de tecnologias digitais possa contribuir com a aprendizagem dos alunos; metade deles já realizou curso para uso das TICs e 18,75% participaram de algum curso online.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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GESTÃO DA INFORMAÇÃO: APLICABILIDADE NO CONTEXTO DOS REPOSITÓRIOS EDUCACIONAIS. Názia Holanda Torres (UFPB); Isabel Cristina Pereira da Costa (UFC)

Apresenta inicialmente o conceito de gestão da informação e definições de repositórios, destacando a importância destes repositórios para diferentes áreas do conhecimento. Objetiva compreender a gestão da informação nos repositórios educacionais, pontuando como a gestão da informação estrutura e propõe a organização nesses repositórios. Para realização desse trabalho foi realizada pesquisa exploratória na literatura, buscando leituras sobre os temas gestão da informação e repositórios; análise de três repositórios de objetos educacionais, desde a sua interface, construção, suporte operacional (softwares) ferramentas de busca e acesso às informações disponibilizadas, onde buscamos identificar as principais características existentes entre esses repositórios, Para isso analisa a Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na Aprendizagem (CESTA), o Banco Internacional de objetos educacionais (BIOE) e o Multimedia Educational Resource for Learning and Online Teaching (MERLOT). Finaliza com os resultados e considerações a respeito da análise dos repositórios educacionais, quanto à gestão da informação destacando as possibilidades favorecidas por esta gestão, sua importância e contribuição para a comunidade educacional: alunos, professores e comunidade.

HIPERTEXTO E LEITURA: DIFERENTES PERCURSOS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SENTIDO. Nilton Cavalcanti Mariano; Maria de Lourdes Rossi Remenche (ABEC)

As Tecnologias da Informação e Comunicação no contexto escolar interferem nas atitudes, relações interpessoais e na produção de conhecimento. A escola encontra-se perante um desafio de contribuir para o desenvolvimento de habilidades leitoras que rompam com a linearidade do texto impresso e potencialize o acesso ao hipertexto, que reúne elementos verbais, não-verbais e imagéticos mobilizadores de conhecimento linguístico e de diferentes estratégias de leitura. Para estudarmos esse contexto complexo, acompanhamos durante seis meses o Projeto: uso de tablet na escola que, dentre seus objetivos, visava introduzir o uso do tablet na escola, desenvolvendo cultura de aplicação de novas tecnologias no fazer pedagógico, de modo a torná-lo mais compatível com o perfil das novas gerações, para a melhoria da aprendizagem e desenvolvimento dos alunos na competência leitora, bem como a formação de professores para a utilização adequada das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. O projeto foi desenvolvido no 1º ano do Ensino Médio de uma escola da rede privada de Brasília/DF. A análise dos primeiros resultados evidencia

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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a necessidade de desenvolver novas estratégias para ensinar e aprender, tendo como pressuposto metodológico a autoria discente na construção do conhecimento mediante o cabedal de possibilidades interativas. A análise está fundamentada nas ideias de Marcuschi (2010), Santos (2008) e Lèvy (1999).

INVESTIGAÇÃO DAS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II ACERCA DA UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO. Josefa de Abreu Aguiar; Suely Alves da Silva; Marcelo Brito Carneiro Leão; Analice de Almeida Lima; Sandra Rodrigues de Souza (UFRPE)

Esse artigo faz um recorte de uma investigação sobre as concepções e práticas docentes a cerca das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) com professores de Ciências das séries finais do ensino fundamental da rede municipal da Cidade de Orobó/PE, fruto de uma dissertação de mestrado. A investigação adotou uma perspectiva qualitativa e uma abordagem do tipo estudo de caso. Para a construção dos dados utilizamos como instrumento um questionário semiestruturado, buscando analisar as concepções dos professores de Ciências das séries finais do ensino fundamental quanto ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação e suas relações com a educação. A organização e a análise dos dados deram-se a partir da técnica de análise de conteúdo que nos permitiu categorizar as respostas elencadas pelos professores. Analisando, identificamos que os professores tem uma concepção equivocada a respeito da inserção das TIC na educação, vendo-a como solução para as dificuldades e melhorias no ensino-aprendizagem. Diante deste contexto, sugerimos que o professor esteja sempre aberto a novas situações da docência, confrontando a reinterpretando seu próprio conhecimento em função do caráter dinâmico da ciência, sendo essa, o resultado de uma construção humana, por isso, passível de mudanças.

CI-60

LETRAMENTO DIGITAL E FORMAÇÃO DOCENTE: PARADIGMA DE TRANSFORMAÇÃO. Louize Lidiane Lima de Moura Câmara (UFRN)

Enquanto as políticas públicas educacionais que envolvem o uso de recursos tecnológicos se concentram na aquisição de hardwares e softwares, vemos que urge a necessidade de instrumentalizar o professor para lidar com tais artefatos no contexto de sala de aula (BUZATO, 2001; MERCADO, 1999). Nesse sentido, objetivamos (i)

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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investigar as práticas de letramento digital, efetivadas por professores em formação continuada; (ii) verificar quais os acervos de gêneros digitais a que eles tem acesso; e (iii) observar em que contextos de atividade estão inseridas essas práticas. Dialogamos, teoricamente, com o conceito plural de letramento digital (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008); com o modelo conceitual de Gibson (2001). Filiada à Linguística Aplicada, a metodologia adotada é de cunho tanto qualitativo, devido à natureza etnográfica da pesquisa, quanto quantitativo, haja vista a utilização de gráficos e tabelas para melhor visualização da análise do corpus, composto por questionários, autorretratos e tópicos em fóruns de discussão. Observamos, junto aos 30 (trinta) professores colaboradores desta pesquisa que eles realizam práticas de letramento digital em variados contextos e têm acesso a uma gama considerável de gêneros digitais. Isso não ocorre, contudo, no âmbito profissional, em razão da ausência de iniciativas formativas vão além da interação homem-máquina.

NOVAS TECNOLOGIAS E ENSINO DA LÍNGUA MATERNA: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO CURSO DE LETRAS. Luiz Antônio Ribeiro (IFMG); Mônica Carvalho Brum Rodrigues (UFMG)

O presente trabalho visa a refletir sobre o ensino de língua materna por meio das novas tecnologias e resulta de um projeto desenvolvido com alunos do curso de letras de uma faculdade particular em Belo Horizonte, cujo objetivo era possibilitar que os licenciandos produzissem uma aula a ser veiculada em uma mídia social. Os cursos de licenciatura devem promover uma formação que integre a aprendizagem e o desenvolvimento de competências em TICs, por meio das quais é possível traçar novas metodologias que possibilitem a geração de um ensino voltado para a compreensão. O desenvolvimento dessa proposta exigiu uma reflexão sobre alguns pressupostos teóricos subjacentes à cultura e a linguagem do pensar, com fundamento em autores como Tishman, Perkins e Jay (1999). Fundamentou-se também em autores como Coscarelli (2006, 2012) e Santos & Simões (2008), que abordam sobre as novas tecnologias e a formação de professores. O desenvolvimento do projeto possibilitou a construção de uma sequência didática sobre ensino da língua materna e produção de aulas, por parte dos discentes, as quais se encontram disponíveis no Youtube.

O FAZER DOCENTE DE JOVENS LICENCIANDOS NUM PERCURSO DE INOVAÇÃO EM REDE. Kézia Viana Gonçalves (UFERSA)

Este estudo emerge a partir da experiência da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA com alunos das licenciaturas do Plano Nacional de Formação

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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de Professores da Educação Básica - PARFOR. Essa vivência é inovadora porque envolve a proposição de uma ação conjunta entre Universidade e Escolas da Educação Básica implicadas numa experiência de licenciandos em atividades do estágio com a pesquisa enquanto princípio de autoria, invenção de si e do conhecimento em rede. Esse fazer pedagógico contribui com o viver docente comprometido com a ética e a qualidade do ensino. Colocamos em destaque a seguinte questão de pesquisa: como estudantes do PARFOR, imersos em uma experiência de estágio, estabelecem relações que produzem deslocamentos no modo de fazer docência e no viver de estudantes do Ensino Fundamental? O referencial teórico está apoiado na perspectiva sistêmica onde não há separação entre os processos de construção do conhecimento, de reinvenção de si e de produção dos mundos em que vivemos. Autores como Humberto Maturana e Francisco Varela (2002), Edgar Morin (1991), Pedro Demo (2002) favorecem nossa análise. A metodologia adotada é qualitativa e considera as recorrências percebidas nas narrativas em blogs e em experiências observadas em sala de aula dos estudantes do PARFOR.

O FUTURO PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA E AS MÍDIAS. Clarissa Laus Pereira Oliveira (UFSC)

A educação procura sempre acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade na qual está inserida. Entretanto, só as adota depois de já terem sido legitimadas pela mesma sociedade. Considerada a dimensão da responsabilidade inerente à prática educacional, compreendemos os cuidados que se deve ter ao adotar tecnologias que ainda não tenham sido assimiladas pelo grupo social. Porém, precisamos avançar, pois os parâmetros tradicionais da educação estão se transformando e os conhecimentos adquiridos hoje talvez já não sejam válidos daqui a poucos anos. A educação é, provavelmente, um dos setores que está mais defasado em termos de se incorporar a World Wide Web nas suas práticas cotidianas. E, no entanto, talvez seja o setor que mais vantagens pode usufruir dos recursos disponibilizados pela informática. Os jovens educandos, porque inseridos numa sociedade constantemente transformadora e transformada, não se satisfazem com a formas tradicionais de ensino-aprendizagem. Com base neste contexto, o presente trabalho pretende demonstrar como é feita a formação inicial dos alunos formandos dos cursos de Letras Línguas Estrangeiras da Universidade Federal de Santa Catarina para o uso das novas tecnologias de informação e comunicação e sua aplicação durante os estágios obrigatórios em escolas da rede pública e privada de Florianópolis.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-61

O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO ENTRE: ALUNOS, COORDENAÇÃO, PROFESSORES E TUTORIA NO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE. Juliana Almeida Coelho; Rita de Cássia Flôr; Lívia da Cruz; Andréia de Bem Machado; Bianca de Sá Teixeira, Diogo Castanho Sant’Ana (IFSC)

Com a disseminação da educação a distância, o processo de planejamento, oferta e desenvolvimento de um curso a distância, necessita, num primeiro momento, da atenção e comprometimento por parte da equipe técnica. Essa equipe técnica é gerida pela coordenação do curso. Em apoio as atividades da coordenação, tem-se: professores, tutores e os alunos, que sustentam a funcionalidade do curso. Com base nos dados coletados em questionário aplicado no ambiente virtual de aprendizagem, do curso de pós graduação em Gestão em Saúde - UAB - IFSC, pretende-se fundamentar a importância do processo de comunicação e interação dos sujeitos envolvidos nesse processo.

O USO DE MÍDIAS E GÊNEROS DIGITAIS COMO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA NA OFICINA DE METODOLOGIA DE ENSINO COM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS. Rosana Sarita de Araujo (UFAL)

O artigo discute como as mídias e os gêneros digitais podem ser utlizados como instrumentos de avaliação. Apresenta os resultados da experiência desenvolvida durante a Oficina de Metodologia de Ensino com Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino de Ciências. A experiência, pautada numa abordagem metodológica qualitativa, foi desenvolvida na vertente de pesquisa participante, utilizando os encontros das oficinas para aplicar os instrumentos de avaliação. O resultado da experiência demonstra como o uso de diferentes mídias e gêneros digitais como instrumentos de avaliação na oficina contribuiu para: aumentar o nível de letramento digital dos professores-cursistas em relação as metodologias e materiais elencados na oficina; apontar as principais dificuldades dos professores-cursistas ao longo das oficinas; identificar as estratégias utilizadas pelos professores-cursistas para superar as dificuldades e produzir os materiais solicitados; e observar a perspectiva de integração, incorporação e convergência das Tecnologias da Informação e Comunicação ao currículo pretendido.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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O USO DO BLOG NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA. Maria Estela Marques de Oliveira (UPE)

Pesquisei o uso do blog nas práticas pedagógicas de docentes de língua portuguesa e constatei o quanto o seu uso pedagógico ainda se encontra desvalorizado nos contextos educacionais, pois os docentes mesmo tendo todos os recursos necessários na escola e recebendo cursos de formação quanto a inserção das novas tecnologias, ainda o limitam apenas ao seu uso pessoal, tais usos estão em consonância com a teoria de Xavier mas contrastam-se com os PCN e demais teóricos.

OS DESAFIOS DE NAVEGAR: A COLABORAÇÃO COMO BÚSSOLA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA MEDIANTE AS NOVAS TIC. Jesiel Soares Silva (UFMG)

Este trabalho é resultado de uma pesquisa colaborativa desenvolvida por cinco professoras de língua inglesa através das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). O objetivo foi averiguar de que forma a pesquisa colaborativa pode contribuir para uma prática menos individual e como a reflexão e a ação podem ser alternativas na formação docente. O constante aprimoramento das novas TIC traz mudanças significativas na nossa forma de viver e nos relacionar, por isso é preciso que busquemos maneiras de adaptar as novas TIC à prática docente. Acerca do professor reflexivo, foi feita uma discussão sobre as teorias de Schön (1983) e os desdobramentos de sua teoria em Zeichner e Liston (1996). Como parte dos construtos sobre a concepção de professor reflexivo, discutimos a questão da autonomia docente (CONTRERAS, 2002; FREIRE, 1996). Os resultados apontam que a colaboração foi um fator decisivo na formação reflexiva e prática do professor de língua inglesa que faz uso do computador, pois compartilhando os avanços, angústias, entraves do trabalho entre si, os professores se sentem mais seguros e confiantes para prosseguir. Os resultados também mostram que a ação e a reflexão sobre a prática foram fundamentais para a construção de uma docência menos individual.

CI-62

OS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA E O USO DA LOUSA INTERATIVA EM SALA DE AULA. Márcia Linhares Rodrigues (FA7)

A presença das tecnologias em diversos setores da sociedade já é uma realidade, inclusive, em quase todas as escolas. Porém, alguns professores vivem, a cada dia,

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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receosos ao usar as tecnologias em sala de aula, pois alguns recursos são uma novidade. Este trabalho, fundamentado, principalmente, em Corrêa (2003), Snyder (2009) e Abreu (2009) objetiva perceber a recepção dos professores do ensino fundamental II ao utilizarem, há um ano, a lousa interativa como recurso para ministrar a disciplina de Língua Portuguesa em uma escola particular na cidade de Fortaleza. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário com perguntas subjetivas que objetivavam captar as impressões dos professores sobre o uso da lousa interativa na escola. Os resultados indicaram que, inicialmente, os docentes enfrentaram dificuldades e tiveram medo do novo e, posteriormente, passaram por uma mudança de postura ao ter a certeza de que a dinâmica de sala de aula seria mudada gradativamente e, como isso, afetaria suas aulas e planejamentos já estruturados há alguns anos.

SABERES DOCENTES NO PROJETO UCA: REFLETINDO SOBRE UMA FORMAÇÃO. Akynara Aglaé Rodrigues Santos da Silva; Maria das Graças Pinto Coelho (UFRN)

Este trabalho tem como objetivo revelar os saberes mobilizados pelos professores, de Ensino Fundamental público, para efetivação do ensino com uso dos laptops educacionais oriundos do projeto “UCA” (Um computador por aluno) no Rio Grande do Norte A pesquisa é de cunho qualitativo-descritivo, com base etnográfica. Foram realizados, até o presente momento, aplicação de questionário, grupos focais e observações da formação PROUCA. O referencial teórico adotado refere-se à formação do professor e os saberes que subjazem o processo de ensino: (GAUTHIER,1998), (TARDIF, 2011), (PIMENTA, 2009), (PERRENOUD, 2001) e (FREIRE, 1996). Além de ancoramos à nossa pesquisa a noção de saber baseada nas ideias de Charlot (2005) e Vygotsky (2007). Os resultados ainda são incipientes, contudo podemos observar que nos discursos proclamados há contradições entre o que desejam os professores e as condições reais do PROUCA, percebemos ainda que as experiências profissionais, bem como os conhecimentos adquiridos nas universidades e em outros espaços de formação constituem-se as principais fontes dos saberes mobilizados pelos docentes.

SCRATCH DAY UFES: OFICINA ITINERANTE DE INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO PARA PROFESSORES. Hugo Cristo Sant’Anna (UFES)

Este trabalho apresenta um projeto de extensão desenvolvido pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) com o intuito de oferecer oportunidades de formação

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docente na linguagem de programação Scratch. Essa linguagem foi elaborada pelo grupo Lifelong Kindergarten (LLK) do Massachusetts Institute of Technology (MIT) como uma plataforma para o aprendizado dos princípios do Pensamento Computacional por crianças numa perspectiva Construcionista, mas a facilidade de uso da ferramenta favoreceu sua adoção também por jovens e adultos interessados em aprender a programar. Desde 2009 o LLK do MIT organiza o “Scratch Day”, um evento anual que ocorre simultaneamente em centenas de cidades pelo mundo visando reunir os mais diversos perfis de usuários do Scratch para a troca de experiências e compartilhamento de projetos. Partindo dessa experiência, o projeto de extensão Scratch Day UFES foi concebido como uma oficina itinerante orientada à divulgação das possibilidades da linguagem Scratch entre os professores das diversas instituições capixabas de ensino. O presente trabalho descreve a metodologia adotada para a realização da oficina ao longo de 2012, apresenta os resultados preliminares e discute a produção dos participantes na perspectiva do Pensamento Computacional, com a expectativa de fomentar a organização de iniciativas semelhantes em outros estados.

ANÁLISE DE UMA EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM UTILIZANDO O FACEBOOK NA FORMAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE NO ENSINO SUPERIOR. Thereza Olívia Rodrigues Soares (F2J)

Este trabalho pretende discutir a experiência de aprendizagem e disseminação de conteúdos relacionados ao lixo tecnológico, através da utilização do Facebook, no âmbito da disciplina Gestão da Tecnologia da Informação, do curso de Administração da Faculdade 2 de Julho, em Salvador-Ba. Os pressupostos teóricos privilegiam os conceitos de comunidade virtual, com base em Pierre Lévy e Raquel Recuero, entendendo uma comunidade virtual como uma construção em processo de trocas e cooperação, independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais, como sendo uma grande “praça virtual”. A metodologia utilizada tem como eixo inicial o desenvolvimento de blogs que, posteriormente à implantação dos gadgets de divulgação e mobilização nos blogs (enquetes, seguidores, links com as outras mídias sociais), são integrados em replicação de posts no Facebook. Os principais resultados obtidos apontam para a aquisição e divulgação do conhecimento em rede sobre consumo tecnológico, logística reversa e gestão de resíduos eletroeletrônicos, tanto do ponto de vista do compartilhamento com os alunos de outros semestres, quanto em relação à população externa, devido à interação e envolvimento no Facebook com amigos, perfis de comunidades e de instituições diversas relacionadas ao tema.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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TENTATIVAS DE USO DAS NTICS NA SALA DE AULA DE LE: UM OLHAR SOBRE O FAZER DOCENTE. Maria Virginia dos Santos Souza (UEPB)

Um dos desafios que rodeiam o trabalho docente é utilizar as NTICs nas aulas, na tentativa não só de torná-las mais dinâmicas e interativas, mas de fazer com que essas ferramentas se tornem aparatos que melhorem as aulas de LI e também conduza os alunos à compreensão de que estas ferramentas podem e devem ser usadas como recurso de aquisição de conhecimentos. Nesta perspectiva, este trabalho, sob a ótica do ISD, com Bronckart (2006) e Machado (2009) que nos forneceu as vozes, como categoria de análise; da Ergonomia da Atividade e na Clínica da Atividade com Amigues (2004) e Clot (2007 [1999]) respectivamente; dos PCNEM (2000) e de Perrenoud (2000), entre outros, investigou porque poucos professores de LE conseguem incluir as NTICs a sua metodologia, visando identificar quais impedimentos circundam o fazer desses profissionais. Para alcançar nosso objetivo, tivemos como dado para análise o discurso dos PCNs e a fala de uma professora de LI da rede pública de ensino no Estado da Paraíba. Ao final de nosso estudo, os resultados sugerem que: os PCNs indicam os professores como responsáveis pelo uso das NTICs; e a professora, mesmo com dificuldades, consegue desenvolver atividades em sua sala através das NTICs.

USO DE AMBIENTES EDUCACIONAIS ONLINE EM PRÁTICAS DE ENSINO: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO PROFESSOR. Rossana Mary Fujarra Beraldo; Diva Albuquerque Maciel (UnB)

Na contemporaneidade, temos sido lançados em uma cultura digital, produtora e produzida pelos avanços tecnológicos que têm implicado em uma revolução nos suportes da informação, criando novas formas de aprender, produzir conhecimento e se relacionar. Buscando contribuir para a formação de professores de ensino médio para essa nova realidade, a Universidade de Brasília vem ofertando, desde 2006, o curso Construa sua sala em Moodle, com base em um modelo de aprendizagem colaborativa. Considerando que 88,5% dos 86 professores da turma de 2009 construíram salas online, usando-as em sua prática pedagógica rotineira, no presente estudo objetivamos investigar as diferentes formas de salas online que têm sido construídas por esses professores e como eles têm percebido a relação entre essas práticas e os processos de aprendizagem dos alunos. Uma primeira análise

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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interpretativa dos resultados indica o uso criativo desses ambientes e a percepção de que o modelo colaborativo incide positivamente nas práticas educativas.

VÍDEO-AULA: LEITURA E ESCRITA ALÉM DA ESCOLA. Denise Tamaê Borges Sato; José Ribamar Lopes Batista Júnior; Luciane Cristina Eneas Lira (UFPI; UnB)

O projeto vídeo-aula foi uma iniciativa promovida dentro da proposta da disciplina de Leitura e Produção de Textos ofertada a professores/as da rede básica que cursavam uma primeira ou segunda graduação (Ciências Biológicas, Física, Letras-Português e Pedagogia), por meio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica - PARFOR/UFPI. Para a atividade, no período de janeiro a julho de 2012, os/as alunos/as deveriam selecionar conteúdos pedagógicos inerentes à Educação Básica, a fim de serem trabalhados no formato de vídeo-aulas e, posteriormente, disponibilizados em um blog. O principal objetivo foi desenvolver habilidades docentes voltadas para o uso pedagógico das novas tecnologias da informação, bem como promover o incremento da atividade pedagógica, para uma maior amplitude acadêmica e social dessa segunda formação docente. O projeto teria como característica a democratização do conhecimento e a diminuição das barreiras entre sociedade/academia e entre os professores e o mercado de trabalho. Constatamos que o Projeto Vídeo-aula inseriu os/as professores/as em uma nova pratica pedagógica cada vez mais utilizada – a EaD –, bem como modificou a paisagem escolar pela interação, ainda que virtual entre comunidade e escola, o que, sem dúvidas, enriquece o processo de ensino-aprendizagem.

AUTO-NARRATIVAS, TECNOLOGIAS E CONVERSAÇÕES ESCRITAS COMO UMA ABORDAGEM COMPLEXA DA DIDÁTICA. Kézia Viana Gonçalves; Karla Rosane do Amaral Demoly; Maria de Fátima de Lima das Chagas (UFERSA)

Este trabalho trata da discussão de uma metodologia de formação no ensino fundamental com grupos de professores municipais de Mossoró, por meio da dinâmica das conversações escritas em contexto informatizado. A didática considera a passagem para um novo modo de abordagem da realidade, com seus pressupostos de autoria e auto-organização. Partimos dos pressupostos teóricos advindos como efeitos da 2ª cibernética, em especial os estudos da Biologia da Cognição de Francisco Varela e de Humberto Maturana, dentre outros que permitem compreender a inseparabilidade entre percursos de vida e de conhecimento e o linguajar como experiência constitutiva de conhecimento e de sujeitos. A pesquisa tem por objetivo compreender como

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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as articulações entre os conteúdos da formação, as tecnologias e a experiência do conhecimento ocorrem nas escritas digitais, potencializando a emergência de experiências sensoriais, afetivas, cognitivas e estéticas. As produções são analisadas através de metodologia qualitativa, o percurso comentado que reconstruímos a partir de proposição inicial de Jean Paul Thibaud, o que permite observar mudanças nas coordenações de ações nos atos de escrita, coordenações de gestos, de ideias e de emoções na interação direta com as inscrições que surgem nas interfaces de escrita.

CI-64

A CONTRADIÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO E A INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NO PROCESSO EDUCATIVO DAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE ANÁPOLIS. Maria Elizabeth Ferreira (SEMED Anápolis-GO)

Este trabalho é um recorte de minha pesquisa de mestrado concluída em 2011, com o tema “A contradição entre a tradição e a inovação pedagógica no processo educativo das escolas públicas municipais de Anápolis/GO”. Teve por objetivo analisar a contradição entre as percepções de professores e gestores sobre a tradição e a inovação pedagógica no processo educativo com a inserção das inovações tecnológicas. A investigação utilizou a abordagem qualitativa, de caráter exploratório, a base empírica adveio de duas escolas públicas municipais de Ensino Fundamental de Anápolis/GO, a partir de uma amostra composta por trinta professores e dois gestores. Também se beneficiou das possibilidades da abordagem quantitativa para avaliação dos números descobertos durante o estudo. O referencial teórico teve como suporte as teorias de Almeida (2009), Borges (2011), Cunha (1997), Filmus (2004), Haydt (2003), Lennaco (2010), Martinez (2004), Moran (1998 ), Nicolaci-da-Costa (2006), Pinheiro (2007), Saviani (1989), Tambara (1998),Tavares (2006),Toschi (2010),Veen e Vrakking (2009). Os resultados apontaram que os professores e os gestores denominavam-se inovadores, porém as concepções sobre o que seja inovação, não estavam claramente definidas por eles, uma vez que consideraram inovação apenas a utilização de equipamentos da tecnologia digital.

A INOPERÂNCIA DO EDUCADOR FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO. José Vicente Rodrigues da Silva; Vânia Rosele de Alencar (UCB)

Este trabalho pretende sensibilizar os gestores educacionais acerca da relevância de formar educadores em novas tecnologias educacionais, em especial o computador.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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Sabe-se que essa ferramenta está presente na maioria das escolas e que faltam operadores para tais aparelhos. Com isso, o educador fica refém da falta de competência em lidar com esta realidade. No entanto, observou-se que muitos destes profissionais, resistem a aderir ao uso desta ferramenta. Por isso, busca-se uma política de conscientização da relevância do uso pedagógico desse recurso. Saber-se que essa máquina depende da ação humana para produzir efeitos educativos, é por isso que se buscou pesquisar o porquê de alguns professores não utilizarem melhor tais recursos, qual o motivo desses profissionais, às vezes, não procurarem aprender a utilizar essa técnica e porque gestores das políticas educacionais, por vezes, não oferecerem boas condições de trabalho e qualificação profissional. Para isso, utilizou-se de questionários, observações, entrevistas com estudantes, professores, coordenadores, diretores e analise do Projeto Político Pedagógico em método quali-quantitativa realizada em três escolas de Ensino Fundamental do Distrito federal.

HIPERTEXTO NA EDUCAÇÃO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES UTILIZANDO WEBLOG. Josete Maria Zimmer; Stela C. B. Piconez (UAb-Portugal)

Este artigo trata de um relato de experiência utilizando weblog na formação de professores, com o objetivo de promover o acesso aos recursos digitais e à hipertextualidade, possibilitando a aprendizagem de conteúdos interdisciplinares. O estudo deu-se em duas escolas públicas de ensino fundamental onde a pesquisadora atuou como docente e vivenciou a chegada dos computadores. O grande desafio foi de como utilizar essa ferramenta de modo a facilitar o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Buscamos fundamentar a base metodológica nas abordagens de Vygostsky, Paulo Freire e Pierry Levy. Atualmente contamos com 20 blogs elaborados, tanto com a participação de professores, como de alunos. Entre os chamados objetos de aprendizagem, os recursos do hipertexto em weblogs, nos permitiram interagir com os grupos de formação de professores, de modo a formar um trabalho cooperativo em ambiente virtual. Como resultado desta experiência, apontamos que o diferencial na utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), na construção de weblogs é que crianças e jovens podem aprender a transformar as informações em conhecimento.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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CI-65

OFICINAS: A FORMAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO PROFESSOR IMIGRANTE DIGITAL. Adriana Alves de Moura; Sandra Rodrigues Sampaio Campêlo (SEEDF)

Prensky (2001) chamou a atenção do mundo quando estabeleceu nomenclaturas e diferenças para Nativos Digitais e Imigrantes Digitais; e questionou o uso das Novas Tecnologias na Educação. Palfrey (2011) fala que as escolas do futuro vão precisar de um corpo docente do futuro e que esta relação deve ser de partilha: os professores que sabem um pouquinho mais na escola, partilhando com os demais. Para Jenkins (2009), estamos na era da convergência e já temos uma transformação tanto na forma de produzir quanto na forma de consumir os meios de comunicação. Existem professores (imigrantes digitais) que têm medo de usar o computador, que não conseguem vencer o mouse. Pensando nisso propusemos o trabalho em forma de oficinas realizadas nas escolas de Ceilândia-DF, com o intuito de fomentar no professor a importância das novas mídias nas suas aulas, almejando sua aproximação ao universo midiático. É notável que nossos professores têm necessidade de um acompanhamento, um suporte para utilização dessas mídias. Nossas oficinas são interações práticas das TICs até a produção final. Para haver a convergência as pessoas precisam assumir o controle das mídias. (JENKINS, 2009). A partir deste trabalho, muitos laboratórios de informática abriram suas portas para os alunos.

O USO DE PROCEDIMENTOS HIPERTEXTUAIS NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: UMA ABORDAGEM FORMATIVA. Maria Auxiliadora Silva Freitas (UFAL)

Esta comunicação traz uma discussão sobre questões pertinentes à avaliação da aprendizagem que ocorre em cursos de formação docente – graduação ou pós-graduação – na modalidade presencial e/ou online. Apresenta algumas questões-chave a serem refletidas e que vêm sendo discutidas na itinerância desses cursos, ou seja: que concepção teórico-metodológica tem permeado a avaliação da aprendizagem que ocorre nos cursos de formação docente? Os instrumentos e procedimentos utilizados por alunos e professores são, de fato, estratégias de mediação pedagógicas? É possível desenvolver um processo de avaliação numa perspectiva formativa que aponte para uma ação dialógica e hipertextual, direcionada à emancipação dos sujeitos envolvidos? Por meio de uma pesquisa conceitual, mas com um olhar voltado para a prática pedagógica, objetiva compreender e interpretar o fenômeno da avaliação da aprendizagem de forma hermenêutica, a partir dos aportes teóricos de Lévy (1999;

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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2003), Gadamer (2002), Freire (1996), Saul (1999), Méndez (2002), Barriga (2000), Esteban (2001) e outros. Para justificar o tratamento hermenêutico, aborda temas relacionados à interação/interatividade, à hipertextualidade e ao diálogo, favoráveis a uma avaliação dialógica hipertextual. Não tem a pretensão de apresentar resultados conclusivos, mas transcende seus aspectos formais e procura reconstruir os meandros dessa discussão.

RESSIGNIFICANDO OS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA DAS ESCOLAS DE PETROLINA-PE E JUAZEIRO-BA A PARTIR DA INTERVENÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO DO IF SERTÃO PERNAMBUCANO, CAMPUS PETROLINA. Danielle Juliana Silva Martins (IF Sertão-PE)

O presente trabalho relata da experiência dos alunos da disciplina de Prática de Ensino IV, do curso de licenciatura em computação, do IF Sertão PE, referente ao desenvolvimento de quatro projetos desenvolvidos nos laboratórios de informática de quatro escolas que trabalham com a educação básica nas cidades de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Propuseram aos alunos a criação de projetos de intervenção a partir das necessidades das escolas da região, no qual cada grupo optou pela escola que fosse mais conveniente. Cada grupo visitou a escola selecionada, conversou com o gestor e com os professores para identificar a situação de usabilidade dos laboratórios de informática. Em três escolas os projetos foram voltados para a capacitação dos professores a partir dos recursos tecnológicos disponíveis em cada uma. Na quarta escola, o projeto tinha como foco o ensino de ortografia e compreensão do escrito a partir do uso de um editor de texto. Ao longo da aplicação dos projetos foram encontradas dificuldades como: falta de comunicação da gestão com os professores e infraestrutura física dos laboratórios. Contudo, os projetos proporcionaram a ressignificação dos laboratórios de cada escola melhorando diretamente e indiretamente a qualidade do ensino dos alunos da educação básica atendidos por estas escolas.

A PARTICIPAÇÃO DOS PROFESSORES NA COMUNIDADE DE PRÁTICA DO PROJETO UCA EM OEIRAS – PIAUÍ. Cláudia Virgínia Albuquerque Prazim da Silva; David Edson Gomes Rodrigues; Danily Lima de Sousa (UESPI)

É primordial que a inclusão digital nas escolas não seja apenas acompanhada de equipá-las tecnologicamente dando-lhes falsa ideia de inclusão. Os professores devem ser parte integrante dessa inclusão sendo preparados para lidar com as

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs), tendo respeitado seu tempo de aprendizagem para apropriação das ferramentas educativas. O presente artigo visa compartilhar a experiência da Comunidade de Prática criada em uma escola de Oeiras - Piauí, onde foi agregado aos momentos de formação espaço para diálogo sobre dificuldades, troca de experiência e construção de conhecimentos para utilização das TDICs nas aulas, a escola também participa do programa governamental de inclusão: Um Computador por Aluno. Parte-se do pressuposto que os professores precisam além da formação, ter oportunidade de vez e voz em padrões menos formalizados, focando na construção coletiva, possibilitando que esta inclusão se aproxime da realidade dos professores, alunos, e infraestrutura local. Estudiosos como Kenski, Palloff, Libâneo, Takeuchi, serão trabalhados dando suporte à discussão sobre tecnologias educacionais e gestão de conhecimento. A pesquisa-ação orienta o desenvolvimento deste trabalho na escola já apresentando alguns resultados, pois percebe-se mudança no perfil e na fala dos professores em relação ao conhecimento técnico e pedagógico para lidar com as TDICs.

CI-66

CULTURAS EM REDE: POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL EM AMBIENTES VIRTUAIS. Claudia Regina Castellano Losso; Martha Kaschny Borges (UDESC)

O mundo hoje transpira o multiculturalismo. Nesse contexto, as diversas visões de cultura que os jovens alunos trazem incorporadas se encontram enraizadas nas sociedades e transmitidas de gerações em gerações, por vezes gerando preconceitos e criando estereótipos na vida social e na escola. A educação atual ainda conserva aspectos sedimentados pela perspectiva monocultural e o fracasso escolar quase sempre está associado à falta do “capital cultural” pelos alunos. Esse texto situa-se no âmbito de um projeto de pesquisa em andamento e discute possibilidades de articulações entre educação e cultura numa dimensão crítica e focada na perspectiva da construção de uma educação intercultural, segundo Zwierewicz (2008) e Pantoja (2008), analisando suas implicações para a escola, para o aluno e o professor. O objetivo é refletir sobre em que aspectos a intervenção pedagógica intercultural pode contribuir para a construção da alteridade, destruindo estereótipos, diminuindo distâncias sociais. O artigo busca discutir em que consiste uma educação intercultural mediada pelas TIC, especificamente por um ambiente virtual desenhado para esta finalidade. O texto aponta que pensar e agir sob o ângulo da interculturalidade pode

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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construir novas concepções de cultura rumo à educação voltada à diversidade e à aprendizagem da convivência com a diferença.

ENTRE SONHO E JOGO: CAMINHOS DE SOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DE TECNOLOGIAS DA INFORMÁTICA. Mariene de Fátima Cordeiro de Queiroga (UEPB)

A Ludologia amplia seus horizontes entre a ciência e as artes mediante as novas tecnologias de comunicação. A amplitude dessa relação retomou progressivamente as intuições formadoras através do jogo na educação e na socialização da criança. Os acréscimos cada vez mais surpreendentes levaram a crer que este domínio da internet é o mais promissor. Explorando Freud (Escritores criativos e devaneio), Jean Chateau (Le jeu et l´enfant), Claudio Lúcio Mendes (jogos Eletrônicos, 2004) Susana Pajeres Tosca (La ludologia frente al hipertexto, 2008), Claude Dubar (Asocialização, 2005), nos esforçaremos por chegar a uma crítica que avalia o grau de plausibilidade das teorias avançadas que amiúde abeira a utopia perante tantas desavenças e crises nos comportamentos de jovens, pouco criativos apesar de tanto sonhar e jogar.

ÉTICA E INTERNET: REFLEXÕES NA ESCOLA A PARTIR DO FACEBOOK. Fabiana Panhosi Marsaro (Unicamp)

Em maio de 2011, o cantor brasileiro Ed Motta publicou em sua página da rede social Facebook comentários preconceituosos contra os brasileiros e as mulheres. As declarações tiveram grande repercussão, sendo ingenuamente justificadas pelo cantor como “brincadeiras”. Diante da gravidade do exemplo e da sua alarmante repetição em diversas redes sociais, propomos, neste trabalho, reflexões que possam embasar um trabalho crítico e situado na escola utilizando a rede social Facebook. Discutindo principalmente a ética e de que forma ela se configura na internet, entendemos que mostrar aos alunos os efeitos nefastos que podem ter certas publicações nas redes sociais e apresentar a eles possibilidades de agir de forma efetiva para a obtenção de um bem comum pode sensibilizá-los para o fato de que são as ações individuais que decidem de que forma as tecnologias podem impactar na sociedade. Portanto, nosso trabalho pretende defender que as práticas escolares envolvendo as Tecnologias e Informação e Comunicação (TIC’s) podem ser catalisadoras de transformações e mudanças sociais, da manifestação efetiva dos “excluídos”, desde se assuma a complexidade envolvida nessa tarefa e não se lide apenas com o manuseio didatizado e acrítico das novas tecnologias.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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AÇÕES MEDIADORAS DE ALUNOS NO FÓRUM DE UM CURSO SEMIPRESENCIAL DE ESPECIALIZAÇÃO. Ana Lygia Almeida Cunha (UFPA)

Este trabalho tem como objetivo identificar ações mediadoras desempenhadas por alunos de um curso de especialização por meio da interpretação de mensagens postadas nas discussões do fórum de discussão. A constatação de que alguns alunos atuavam como mediadores, ao interagir com os colegas, levou à realização da presente pesquisa, que consistiu na investigação das condições que podem fazer do aluno um mediador, contribuindo, assim, para o estudo da mediação semiótico-pedagógica em contexto online. Partindo-se da noção de mediação de Vygotsky (1967/2008), buscou-se, em trabalhos de autores interessados no estudo das condições em que se realiza o ensino-aprendizagem online e na interação por meio do fórum – como Garrison e Anderson (2003), Coll e Monereo (2010), Monereo e Pozo (2010), Coffin et al. (2005, 2006), Gunawardena (1999), Celani e Collins (2006), Collins (2008), Pallof e Pratt (2004), entre outros – subsídios teóricos para a interpretação das mensagens postadas por alunos mediadores, com base na orientação da hermenêutica de Ricoeur (2002, 2006, 2009), para quem as ações expressas em textos escritos podem tornar-se objeto da ciência. As considerações às quais levou a pesquisa indicam a importância do fórum como um espaço privilegiado para a mediação feita por alunos com relação a seus colegas.

CI-67

REDE E-CULTURAS: A EXPERIÊNCIA INTERCULTURAL DE ESTUDANTES DE TRÊS NACIONALIDADES, MEDIADADA POR UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM. Martha Kaschny Borges (UDESC); Silviane de Luca Avila (UFSC)

A expansão e a apropriação das tecnologias digitais por uma parcela cada vez mais significativa da população promovem a emergência de novas formas de comunicação, de realidades sociais, étnicas e culturais diversas, de novas maneiras de ser e estar no mundo: a cibercultura (LÉVY, 1995, 2004; RAMAL, 2004; LEMOS, 2007). Assim, este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que analisou a realização de atividades colaborativas efetivadas por estudantes de sexto ano do Ensino Fundamental de três nacionalidades: espanhóis, brasileiros e argentinos, em um ambiente virtual de aprendizagem, que tinha como finalidade promover a educação intercultural (PADILLA, 2007; ESSOBA, 2008; FLEURI, 2003; CANDAU, 2006). A pesquisa, um estudo de caso, analisou as interações efetivadas dentro do Programa

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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Internacional E-Culturas (www.e-culturas.org), desenvolvido pela equipe de pesquisadores IDEO, da Universidad de Jaén, Espanha. Os dados foram coletados por meio de observações comportamentais e de três questionários de acompanhamento aplicados junto aos estudantes brasileiros. Os principais resultados mostraram que os alunos, em sua interação com estudantes de outras culturas, aprofundaram seus conhecimentos sobre sua própria cultura (regional) de maneira significativa e as atividades interativas síncronas foram as que mais motivaram os alunos na realização das atividades interculturais propostas.

PRECONCEITO LINGUÍSTICO E INTOLERÂNCIA EM ESPAÇOS VIRTUAIS. Levi José de Oliveira (UPE)

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o preconceito linguístico e a intolerância propagada em espaços virtuais (Orkut e blogs) como fator de exclusão social de pessoas que são plenamente capazes de se comunicar ou de exercer as diversas manifestações da linguagem em um determinado grupo ou sociedade. Para tanto, nos fundamentamos nas obras de vários estudiosos da língua, como Bagno (2003, 2007, 2009), Carboni e Maestri (2003), Leite (2008) e outros pesquisadores. Para tratar o assunto, recorremos a sites de relacionamento e blogs para observar como esses problemas são divulgados/tratados na internet e como disseminam a discriminação ao utilizar de forma preconceituosa e intolerante expressões que visam tão somente desprezar ou reprimir os usuários das variedades populares. Isto nos permitiu obter uma visão explícita do preconceito em relação à linguagem bem como da postura intolerante de várias pessoas que só admitem a comunicação regida pelo uso da gramática normativa. Concluímos que a escola como uma extensão da sociedade é fundamental para uma tomada de conscientização no ensino de língua onde o preconceito linguístico e a intolerância sejam minimizados.

EUROAMÉRICA. Roberto Oliveira da Silva; Jorge Manuel Boavida Fernandes Diniz, Iris Gabrielle de Sena Santos (UFRPE)

A educação sobre sustentabilidade ambiental requer uma participação mundial, onde os indivíduos devem discutir e encontrar soluções viáveis para que isto aconteça, visando à solução comum, respeitando a peculiaridade de cada localidade na busca por essas respostas. E entender os processos pelos quais são necessários para conseguirmos de forma sustentável a energia elétrica, é fundamental para quem pensa em viver num mundo “renovável”. A partir desta perspectiva, professores

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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pertencentes a escolas de diferentes países (Brasil e Portugal), promoveram um trabalho internacional onde foi idealizada a produção de um material de hipermídia que além de divulgar os problemas ambientais ocorridos entre as duas cidades, nas quais as escolas ficam localizadas, também permitiu a disseminação das informações adquiridas através do estudo dirigido ao tema, que os alunos portugueses e os brasileiros fizeram durante o intercâmbio auxiliado pelas TICs. Nascendo assim, um trabalho pedagógico onde tanto os estudantes portugueses da Escola Avelar Brotero (localizada na cidade de Coimbra), como os brasileiros da EREM Maria Cavalcanti Nunes (localizada na cidade de Petrolândia-PE), perceberam que todos os métodos de obtenção de energia elétrica tem vantagens e desvantagens que devem ser consideradas quando pretende-se instalar uma usina produtora de eletricidade.

CI-68

BLOGS: UM ESPAÇO DE ACOPLAMENTOS E COMPLEXIFICAÇÕES DAS APRENDIZAGENS EM/NA REDE. Beatriz Rocha Araujo; Nize Maria Campos Pellanda, Dulci Marlise Boettcher (UNISC)

As tecnologias fazem parte do cotidiano do humano e estamos aprendendo a viver com todos os tipos de máquinas digitais ou não, com as quais realizamos diferentes atividades. Através das tecnologias o humano pode vivenciar experiências de aprendizagens, com o objetivo de: potencializar a construção de autonomia segundo os princípios da Complexidade e do Movimento de Auto-Organização (MAO), complexificando-se através do acoplamento homem/máquina em/na rede que permite a construção de novas aprendizagens. A investigação buscou contribuições teóricas considerando questões do Movimento de Auto-Organização (MAO) e do Paradigma da Complexidade, a Teoria da Biologia do Conhecer de Maturana e Varela (1997; 2001), bem como os aspectos do espaço virtual e da dinâmica do hipertexto de Lévy (1999). Os adolescentes foram observados em um ambiente digital - plataforma livre, potencializando os questionamentos sobre as implicações epistemológicas e ontológicas nas relações entre sujeitos e máquinas segundo a perspectiva dos pressupostos do Paradigma da Complexidade. Dessa forma, a investigação privilegiou a observação das emergências no decorrer das atividades, que foram perturbadoras, potencializando a inseparabilidade do conhecer/subjetivar-se, imersos no ambiente construído com ruídos possibilitando complexificações nos sujeitos da pesquisa, enquanto autores de suas vidas, potencializando a ideia de invenção e articulação sujeito/realidade/mundo/aprendizagens.

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FACEBOOK E A CONTROVÉRSIA DO IMPACTO SOBRE AS SOCIABILIDADES CONTEMPORÂNEAS. Liane Ferreira da Trindade Mariz; José Antonio Spinelli Lindoso (UFRN)

As redes sociais digitais ancoram-se nas inquietações da sociedade atual. Constituindo-se espaço de mediação dialógica, seus encadeamentos induzem a falsos impactos e mascaram relações de poder entre indivíduos. Busca-se compreender as consequências para as sociabilidades decorrentes de arranjos sociais que perpassam o eixo público/privado nos Feeds de Notícias do Facebook. As relações concretas e estáveis que descrevem a sociabilidade tradicional são afetadas por compartilhamentos no interior de um sistema de comunicação digital, contribuindo para sua aleatoriedade e fluidez. O jogo interativo no ciberespaço nos inclui num tecido social encoberto por uma composição fragmentária, abrindo espaços sem fronteiras para exposição da vida privada. Isso é revelado pela própria tessitura do ciberespaço, uma vez que apresenta simbologias que demonstram a necessidade de espaços sociais ampliados.

INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA - PROJETO UCA NO ESTADO DO PARÁ: UM ESTUDO DE CASO. Célia da Conceição de Assis França (Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua-PA; SEDUC-Pará )

O presente trabalho aborda o projeto Um Computador por Aluno na escola Municipal Antonia Rosa no Município de São João da Ponta no Pará. Neste Estudo de caso, procuramos conhecer os impactos do projeto na escola, nos professores e nos alunos. O nosso público Alvo foram os coordenadores, professores e alunos da Escola Municipal Antonia Rosa, onde procuramos entender o funcionamento do projeto e a realidade inserida na escola e os indícios de mudanças, a partir da sua implementação. O nosso referencial teórico foi a inclusão digital, a informática na educação e o uso do laptop educacional na escola. Para a coleta de dados usamos a entrevista individual, o grupo focal e o diário de investigação. A investigação, ainda em andamento, apresenta a pesquisa na internet como a atividade pedagógica mais desenvolvida pelos professores em sala de aula. E resultados apontam que o projeto representou uma conquista de inclusão digital e social, principalmente, pela distribuição dos laptops, o que permitiu a familiarização não só do aluno, mais de toda a sua família no uso dessa tecnologia até então desconhecida para a maioria das pessoas do município.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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LAPTOP EDUCACIONAL: MECANISMOS SOCIOCOGNITIVOS NOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM. Dirce Méri de Rossi Garcia Rafaelli; Carla Beatris Valentini (UCS)

A pesquisa se instaura no momento em que a escola pública se insere na cultura digital, isto é, quando o governo brasileiro adota, nas escolas públicas, a inserção do projeto Um Computador por Aluno. A pesquisa visa conhecer e descrever os mecanismos sociocognitivos que se manifestam nos estudantes, com a presença do laptop nos contextos de aprendizagem. O aporte teórico da pesquisa é a Epistemologia Genética de Piaget, calcada numa abordagem qualitativa, a qual tomou como base o estudo de caso. Em relação ao corpus, este tomou forma por meio de observações empíricas, registradas pelas filmagens transcritas das entrevistas gravadas, inspiradas pelo método clínico piagetiano, pelo diário da pesquisadora e pelo BlogQuest da disciplina investigada. A construção dos dados ocorreu em uma escola do ensino fundamental da rede pública, da região serrana do Rio Grande do Sul, que conta com 450 alunos e 50 professores. A pesquisa buscou trazer para o contexto educacional o estudo dos mecanismos sociocognitivos, observando a cooperação, a coação e o conformismo que podem favorecer o desenvolvimento moral e a autonomia intelectual dos estudantes.

CI-69

VIDEOPOEMAS DE ÚLTIMA GERAÇÃO: A ICONICIDADE RADICAL. Luciano Rodrigues Lima (UFBA)

O trabalho analisa a semiose da última geração de videopoemas (em inglês denominada visual poetry ou video poems), suas relações cada vez mais esmaecidas com a linguagem verbal e a sua adesão à “guinada icônica”. Como referencial teórico, dialogamos com autores consagrados como Charles Sanders Peirce, Pierre Lévy, Gilles Deleuze e Lucia Santaella, pesquisadores e criadores como Ricardo Araújo, Mello e Castro, Antonio Carlos Xavier , Jorge Luiz Antônio, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. O objeto de estudo são os videopoemas da Radiolab “Words”, e “Symmetry” , os quais são analisados semiótica e culturalmente. As conclusões apontam para a fundação de um novo gênero de poesia, menos verbal e mais icônico-cinematográfico, diretamente ligado à natureza dos signos naturais.

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INTERNET E LITERATURA: UMA MISTURA INTERESSANTE. Marlene Aparecida dos Reis; Valéria Torres da Costa e Silva (UFPE)

Empreendeu-se um estudo acerca do impacto da internet, na literatura produzida na cidade do Recife. Constatou-se que o ambiente virtual tem sido um dos principais meios de sua divulgação literária na capital pernambucana, fenômeno que a pesquisa procurou investigar, com destaque para a interação ocorrida entre os leitores e os autores dos sites e blogs. Para alcançar esse objetivo, foi pesquisado o portal cultural Interpoética e alguns blogs que compõe o cenário virtual recifense. No procedimento metodológico desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, através da realização de entrevistas com responsáveis por blogs que difundem a literatura no Recife, bem como do site Interpoética. Também foi necessário o apoio teórico dos estudos de Roger Chartier, Pierre Lévy, dentre outros que enfatizam a importância da interação autor-leitor no processo que envolve o meio digital e a literatura. Ao final, ficou claro que a internet vem provocando mudanças significativas no ambiente literário recifense.

A LITERATURA NA ERA DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS. Anderson Gomes Paes Barretto (Faculdade Estácio de Sá)

Não podemos negar a evidente contribuição das redes sociais digitais para a arte literária, afinal, muito do que hoje vemos no mundo off line, de alguma forma, está tocado ou influenciado pela conectividade dos fluxos da era digital. A concisão do tempo se traduz nas palavras, nos livros, no deslocamento das próprias concepções de autor e leitor, enquadrados numa forma híbrida autor/leitor, aquele capaz de produzir, editar e disseminar informações através da escrita pessoal, autoral e artística, contribuindo para a manutenção de antigas posturas e facilitando o surgimento de novas configurações no âmbito literário – novos gêneros, novos comportamentos e, mais do que isso, novas formas de representar o mundo, seja ele virtual ou não. Os antigos diários foram transformados em blogs e os recados antes escritos à mão chegam hoje ao seu destino em apenas alguns segundos, um reflexo da atualidade marcada pela mobilidade. Já que a literatura é um reflexo do cotidiano, são válidas as discussões sobre temas como: identidade no mundo pós-moderno, tecnologia, mobilidade, conexões, interações sociais através do Twitter e Facebook, mundo líquido, leitura e escrita fragmentadas, crítica especializada, além de apropriações e deslocamentos artísticos, característicos da conectividade da aldeia global em que vivemos.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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TEXTUALIDADES EM MÍDIAS DIGITAIS: ESTÉTICAS INTERMÍDIA E CIBERLITERATURA. Débora Cristina Santos e Silva (UEG)

Considerando-se que os processos de elaboração e divulgação do texto literário e das produções artísticas têm se alterado substancialmente nas últimas décadas, sobretudo a partir do advento da internet e da formação de redes sociais de compartilhamento, faz-se necessário também uma revisão de conceitos e uma reconstrução de sentidos que deem conta das novas configurações do discurso literário na contemporaneidade, marcado pela interação de linguagens, no contexto das hipermídias. Assim, este trabalho objetiva apresentar os percursos teórico-metodológicos aplicados ao estudo da produção e da recepção de literatura eletrônica. A pesquisa desenvolveu-se a partir da análise, interpretação e exercícios de (re)escrita criativa dos poemas de Antero de Alda, webpoeta português contemporâneo, disponíveis no sítio do autor (www.anterodealda.com). O aporte teórico são as proposições sobre a “modernidade líquida”, de Bauman (2001), e a noção de “hibridismo cultural”, de Canclini (2003), frente às transformações socioculturais do início do século XXI. Os resultados indicam que Alda, recorrendo à convergência de mídias, concebe sua obra numa composição dinâmica e multidimensional, pelo uso de recursos de áudio e vídeo, fotografia, animações, narrativas, poesia cinética e multimídia, produzindo uma literatura dialógica e interativa, com a qual se identifica o leitor contemporâneo.

CI-70

DA LOGOSFERA A VIDEOSFERA: O PERCURSO MIDIOLÓGICO DOS FENÔMENOS CULTURAIS. Deyseane Pereira dos Santos (UEPB)

Para ser transmitida, uma mensagem tem que encontrar seu médium e meio ambiente (BOUGNOUX, 1994) uma vez que não existe signo sem suporte nem sem espaços e alternativas de difusão. Neste aspecto, a midiologia, na condição de disciplina que trata das funções sociais superiores em suas relações com as estruturas técnicas de transmissão, tal como postula Debray (1995), ajuda-nos a compreender o modo como se dá a correlação e a difusão das atividades simbólicas humanas pelos chamados suportes e procedimentos de memorização dos vestígios. Diante disso, este trabalho, de cunho eminentemente teórico, tem por objetivo estudar os pressupostos de uma teoria midiológica proposta por Régis Debray, a partir de uma leitura materialista dos fenômenos culturais, evidenciando a existência de três midiasferas, a partir do surgimento da escrita, a saber: a logosfera, a grafosfera e a videosfera. Para tanto,

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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serão relevantes as discussões tecidas por Debray (1995), Jameson (1996), Bougnoux (1994), dentre outros que nos servirão de fundamentação para a construção de nossos argumentos.

GÊNERO CAPA DE JORNAL: DO PRELO MANUAL A ERA DA INFORMÁTICA. Tarcísia Maria Travassos de Aguiar (SEDUC-PE; FMGR)

Este trabalho tem como objetivo geral traçar o percurso histórico do gênero capa de jornal e situa-se no campo dos estudos linguísticos da Análise de Gêneros Textuais. O objetivo específico é acompanhar as transformações ocorridas no gênero capa de jornal, ao longo do tempo, em virtude das tecnologias empregadas. Buscamos apoio teórico nos seguintes estudiosos da área: Miller, (1984, 1994, 2009); Bazerman, (2005, 2006, 2007) e Marcuschi, (2000, 2004, 2008). Entre os princípios teóricos destacamos os conceitos: gêneros textuais como formas de ação social; estabilidade relativa dos gêneros; recorrência; tipificação; historicidade e dinamicidade dos gêneros. O corpus de pesquisa constitui-se de 90 capas do Diário de Pernambuco publicadas entre 1825, ano do surgimento do Diário, e 2005, ano em que completou 180 anos. Ao acompanhar o percurso do gênero capa de jornal através do periódico mais antigo da América Latina observamos que este gênero incorporou e refletiu, ao longo do tempo, transformações definidas sócio-historicamente e testemunhou várias etapas do jornalismo e da tipografia, desde o prelo manual, o componedor e a caixa de tipos, passando pela impressora rústica, pela linotipo e pela rotativa à offset até o computador.

“AFFORDANCES TECNOLÓGICOS” NA SÉRIE BATO-PAPO ACADÊMICO. Angela Paiva Dionisio (UFPE)

Esta comunicação discute a construção da Série Bate-Papo Acadêmico (ISSN 2238-7382), salientando os formatos midiáticos que a constitui, bem como as ações que envolvem as suas traduções. A ideia que subsidia a organização da Série Bate-Papo Acadêmico é congregar em um espaço virtual, com acesso gratuito, estudiosos, pesquisadores que tenham contribuído de forma significativa para os estudos dos gêneros textuais em suas diferentes perspectivas teóricas, ou ainda com temas correlatos. No âmbito dos estudos multimodais, trataremos de “affordances” tecnológicos empregados no vídeo, no flashpaper e no e-book, com foco na função didática da Coleção. Por exemplo, segmentar as perguntas da entrevista em vídeos individuais tem a intenção de (I) não sobrecarregar a memória de trabalho do ouvinte/

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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leitor, (ii) oferecer ao professor um material didático organizado por assuntos mais específicos e (iii) no futuro com a publicação das novas entrevistas, facilitar ao ouvinte/leitor, bem como aos professores, a comparação entre perguntas-respostas dos entrevistados. Já num enfoque etnográfico e estatístico, abordaremos os dados referentes aos acessos por países, cidades, faixas etárias, palavras-chave.

COERÊNCIA E SENTIDO NAS CHARGES: UMA VISÃO HIPERTEXTUAL. Aucélia Vieira Ramos (UFPI)

A charge é um gênero textual, é uma ação social localizada num contexto específico, produzida com a função de expor uma opinião crítica com base humorística. Insere-se num processo em que o produtor está imbuído do papel social de jornalista opinativo e cartunista, integrado ao cotidiano de sua profissão e acompanhando as notícias do dia a dia. São textos que utilizam vários modos de transmitir suas mensagens. Tomando como foco de análise este gênero textual, o objetivo principal deste trabalho é analisar como se dá a construção dos sentidos nesse gênero e qual o papel da multimodalidade nesse processo. Para a construção argumentativa, utilizamos o conceito de coerência textual defendido por Elias (2009) e Koch (2005); e o de multimodalidade proposto por Dionísio (2005) e Mayer (2001). O corpus de análise é constituído por charges não animadas retiradas de um blog disponível no endereço eletrônico: www.chargesdoedra.blogspot.com. Os resultados obtidos demonstraram que as relações entre a construção dos sentidos e a noção de multimodalidade são primordiais para a interpretação das charges.

CI-71

ESTRATÉGIAS DE LEITURA DE TEXTOS MULTIMODAIS. Claudiene Diniz da Silva (UFPI)

O presente trabalho pretende apresentar algumas estratégias de leitura textos multimodais, em especial site de notícias IG, UOL e TERRA. A escolha foi motivada pela frequência de uso desses sites para obtenção de informação através da internet. O foco se dará na interface principal dos sites, propondo reflexões sobre suas características e os elementos que os constituem. O trabalho é baseado nos pressupostos da Semiótica Social e a Gramática do Design Visual de Hogde e Kress (1988), Multimodalidade de Kress e Van Leeuwen (1996). Com a pesquisa, foram identificados os principais constituintes que contribuem para a localização das informações nos sites pesquisados, em especial a cor, a fonte e o layout.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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CULTURA DA CONVERGÊNCIA: DESAFIOS DE SER PROFESSOR NA ERA DAS MÍDIAS. Ana Cristina Cravo; Ana Elisa Cassal; Eli Lopes da Silva (UFSC)

Este artigo, metodologicamente definido como uma revisão bibliográfica, parte da discussão teórica de Henry Jenkins sobre cultura participativa, convergência de mídias e inteligência coletiva para argumentar em favor de que os professores do Século XXI têm o desafio de aprender a conviver com e utilizar as mídias em suas práticas pedagógicas. Entender a mídia como processo e como elemento da cultura, como aponta Roger Silverstone, bem como participar de um projeto de inteligência coletiva, defendido por Jenkis e Pierre Lévy são pontos-chave na proposta teórica deste trabalho, bem como o entendimento que somos todos leitores, espectadores e internautas, conforme argumenta Néstor García Canclini. Utilizar as mídias na proposta de formar um cidadão crítico e criativo, na perspectiva de uma pedagogia crítica, defendida por Paulo Freire, são as bases para a discussão da formação docente destacadas aqui por autoras como Monica Fantin e Maria Luiza Belloni. Como resultados da discussão o artigo aponta os desafios ao professor do Século XXI face a esta realidade midiática e apresenta conclusões sobre o novo perfil do professor como um profissional da educação e da comunicação.

DA BÍBLIA ÀS MÍDIAS: A NARRATIVA TRANSMIDIÁTICA DAVI E GOLIAS. Juscelino Francisco do Nascimento (UFPI)

Narrativa transmidiática é aquela que comunica a mesma história em plataformas diferentes, dotadas de sentido, de modo que cada uma delas contribui para uma narrativa principal. Neste trabalho, apresentaremos a definição de transmídia proposta por Jenkins (2008), aplicando-a à narrativa bíblica Davi e Golias, fazendo análises dessa narração em diversas mídias. Para tanto, utilizaremos o conceito de transmídia citado, expandido pelo conceito de hipertexto proposto por Xavier (2010), além de outras definições de hipertexto, postuladas por Coscarelli (2012), Gomes (2010), Koch (2003), Marcuschi (2001) e Moura (2011), para quem o hipertexto transcende o espaço eletrônico; assim como do conceito de letramento adotado por Soares (1998). Nosso objetivo, aqui, é analisar alguns conceitos de hipertexto, firmando-nos naquele proposto por Xavier (2010), para o qual hipertexto é uma forma flexível, híbrida e dinâmica de linguagem que dialoga com outras interfaces semióticas, adicionando e, de igual modo, acondicionando outras formas de textualidade à sua superfície. Ao expandir o conceito de Jenkins (2008), buscamos novos construtos teóricos para a construção de uma Teoria do Hipertexto.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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O HIPERTEXTO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA AS NOVAS PRÁTICAS DE LETRAMENTO. Emmanuella Farias de Almeida Barros (UPE)

É sabido que os avanços tecnológicos estão por todo o lado e o âmbito educacional também vem sofrendo influência do mundo globalizado, sendo assim, é importante que se adotem medidas e estratégias para não deixar a escola à margem da era da comunicação, uma vez que as novas tecnologias podem ser ferramentas pedagógicas importantes no estudo de gêneros textuais. Nesse sentido, essa pesquisa foi direcionada em entender como a utilização do hipertexto, nas aulas de língua portuguesa, pode contribuir com as práticas de letramento de crianças no período final do Ensino Fundamental II. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa em que vários fatos e fenômenos foram significativos e relevantes, assim, fizemos observações e entrevistas com professores e alunos para investigar os aspectos positivos na utilização desse material. Diante disso, utilizamos a base conceitual de Soares (2008) informando sobre as novas práticas de letramento e Marcuschi (2008) que nos auxiliou no estudo dos gêneros textuais. Os resultados indicaram que a utilização do hipertexto motiva os alunos no aprendizado da língua, além de propiciarem estudos de gêneros em outros suportes mais dinâmicos.

CI-72

TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO MUSICAL: EXPERIÊNCIAS NA FORMAÇÃO DO LICENCIANDO EM MÚSICA. Juciane Araldi Beltrame (UFPB)

Esta comunicação discute o papel das tecnologias digitais na formação do licenciando em música. Para tanto, analisa duas experiências desenvolvidas no curso de Licenciatura em Música da UFPB: a disciplina sobre Educação musical e tecnologia, e as oficinas ministradas pelos projetos de extensão e ensino ligados ao grupo de estudos Tecnologias Digitais e Educação Musical (TEDUM). O material analisado consiste nos fóruns no AVA moodle, utilizados como estratégia metodológica no ensino presencial e os relatórios dos licenciandos bolsistas e voluntários dos projetos desenvolvidos pelo grupo TEDUM. Essas experiências são analisadas a partir dos autores: Lemos e Levy, 2011; Souza, 2009; Araldi, 2011; Gohn, 2011; e Viana Júnior, 2011. O objetivo desse trabalho é discutir sobre a forma como os licenciandos em formação se apropriam e visualizam o trabalho pedagógico mediado pelas tecnologias digitais. Para tanto, enfatiza a importância de criar espaços nos cursos de licenciatura, para discutir além do fenômeno técnico, as relações sociais e os

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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modos de aprender música a partir das transformações tecnológicas, principalmente com o crescimento dos aplicativos para dispositivos móveis como celulares, tablets e computadores.

A ESCRITA EM TELA: REMIX EM TEXTOS E VÍDEOS. Francisco Iací do Nascimento (UECE)

Este trabalho tem por objetivo analisar o remix em um corpus composto por dois textos e quatro vídeos que circulam na internet. Procuramos identificar que características são indicativas desse fenômeno. Baseamo-nos em Lemos (2005) e Esrtad (2008) para discutir o conceito e as características do remix digital e em Koch, Bentes e Cavalcante (2008) para discutir o conceito de intertextualidade, relacionando-o ao remix, buscando na medida do possível encontrar semelhanças e diferenças entre os dois fenômenos. Adotamos como critérios de análise dos textos a mistura de mídias ou modalidades, a mistura de ideias, a presença clara dos elementos remixados e a existência de um novo produto. A análise dos textos indica que o conceito de remix na escrita digital precisa ser mais discutido. Faz-se necessário também mais estudos para identificar as características e definir os limites e parâmetros para se afirmar que um texto é remixado.

O USO DE MENSAGEM SUBLIMINAR NA EDUCAÇÃO. Adailton Dias dos Santos (Unimontes)

O presente trabalho visa investigar o uso de mensagem subliminar na educação, descrevendo o processo de aquisição da linguagem e de que forma tais mensagens podem ajudar os estudantes a memorizar conteúdos, como os verbos irregulares no passado simples da língua inglesa. A pesquisa foi desenvolvida em uma turma de acadêmicos de 1º período do curso de Letras Inglês na cidade de Unaí – MG que não sabiam o conteúdo, o qual foi demonstrado através de um número pré-estabelecido de 10 sessões de projeção das imagens subliminares tendo como pano de fundo a minissérie Lost. Para coleta de dados foi utilizado um teste que mediu o conhecimento antes da aplicação das sessões de mensagens subliminares e após a aplicação do número total das sessões pré-estabelecidas. Os resultados da pesquisa foram positivos, podendo confirmar a hipótese de que o uso de mensagens subliminares ajuda no aprendizado de conteúdos memorizáveis como verbos irregulares no passado simples da língua inglesa.

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O HIPERTEXTO COMO MEDIADOR NO ENSINO SUPERIOR EM MÚSICA: UM ESTUDO SOBRE A PEDAGOGIA MUSICAL ONLINE. Fernanda de Assis Oliveira-Torres (UFU)

Esta comunicação busca expor o hipertexto como mediador da pedagogia musical online de um curso superior de música a distância. Para tanto, descrevo os caminhos, obstáculos e desafios metodológicos percorridos para apreender as particularidades do objeto deste estudo, tendo como foco: o locus de pesquisa, a pesquisa qualitativa, a técnica de coleta de dados, a entrevista online e o diário de campo. A pesquisa não visa avaliar e nem verificar a qualidade do ensino de música online, mas sim compreender aspectos de ensino e aprendizagem musical na plataforma moodle. O desenvolvimento dessa pesquisa se justifica na medida em que, analisa a presença de recursos tecnológicos no cotidiano de professores e alunos no processo de ensino e aprendizagem de música no ensino superior na modalidade EAD. A metodologia utilizada é Estudo de Caso com abordagem qualitativa (YIN, 2005). A técnica de coleta de dados é a entrevista online, sendo essa uma adaptação da entrevista desenvolvida presencialmente (NICOLACI-DA-COSTA, 2007). Os resultados sinalizam que os ambientes virtuais de aprendizagem musicais consistem em um conjunto de ferramentas que possibilitam seu uso, manuseio e também a conexão entre sujeitos e plataforma de ensino. Essas ferramentas potencializam os processos de interação, colaboração e cooperação.

CI-73

APRENDIZAGEM DE IDIOMAS EM COMUNIDADES VIRTUAIS DO FACEBOOK: UMA ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO CURSO DE INGLÊS NÍVEL BÁSICO DO SENAC-AL. Ivanderson Pereira da Silva (UFAL); Fernanda de Burgos Rocha (SENAC-AL)

O presente estudo aborda as potencialidades das comunidades virtuais em interfaces da internet fundamentadas no paradigma da Sociedade da Informação. Apresenta um relato de experiência de ensino de inglês em curso técnico de nível básico por meio do site de rede social Facebook. Apesar da iniciativa de criar um espaço no Facebook para o debate, ter partido da professora da disciplina, os estudantes assumiram a condução e moderação dos debates e costumavam tirar dúvidas sobre o conteúdo entre si; criar tópicos, publicar imagens e piadas por iniciativa própria. Todos os conteúdos veiculados nesse espaço virtual tinham como principal idioma o inglês. O interesse era maior na divulgação de atividades de lazer dentro do grupo. Os alunos passaram a comentar sobre o conteúdo das postagens em sala de aula. A

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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partir desta experiência foi possível identificar melhor desempenho dos estudantes que participavam da comunidade de aprendizagem; facilidade na identificação de eventuais dúvidas que emergiram no processo; prática dos pontos gramaticais e do vocabulário de modo informal, pessoal e espontâneo.

PARA ALÉM DO USO DO CINEMA NA EDUCAÇÃO: IMAGEM E FILOSOFIA NA FORMAÇÃO CRÍTICA DE ADOLESCENTES. Rogério Andrade Bettoni (University of Birmingham)

Este artigo trata da importância do uso do cinema no ensino e do desenvolvimento de metodologias que unam efetivamente teoria e prática na formação crítica dos alunos em relação à imagem em movimento. Apresentamos um método de trabalho interdisciplinar, aliado a novas tecnologias, pensando na educação com/para/sobre o cinema. Depois de uma revisão bibliográfica, considerando inclusive as orientações do PCN, desenvolvemos um trabalho interdisciplinar de introdução ao cinema e ao videoclipe, com aulas práticas e teóricas na disciplina de artes, sempre aliada à filosofia e a conhecimentos de outras áreas, culminando na produção de curtas-metragens em stop-motion e videoclipes realizados com celulares por alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental de uma escola privada em Belo Horizonte-MG. O principal objetivo do trabalho foi o desenvolvimento de um projeto para ampliar a visão crítica dos alunos em relação à imagem e à própria produção, bem como mostrar que as orientações dadas pelo PCN não ultrapassam o mero uso do cinema com fins elucidativos. Concluímos que o PCN não fornece uma base sólida para o uso do cinema em sala de aula e que a educação pelo cinema é um forte referencial para a formação crítica de nossos cidadãos.

REPRESENTAÇÃO E LEITURA: O EDITOR NO FILME VIOLAÇÃO DE PRIVACIDADE. Cristina Maria Pescador (UFRGS); Aline Silva de Bona (IFRS)

Esse artigo se propõe a fazer a transposição de conceitos relacionados à informática na educação através de um estudo analítico-bibliográfico aplicado a uma obra cinematográfica: o filme Violação de Privacidade (2004) focando sobre o personagem principal do filme (o editor), profissional contratado pela família para confeccionar um vídeo compilando os momentos mais importantes do portador de um chip implantado no momento do nascimento e que será exibido a seus amigos e familiares em seu funeral. Dentre os conceitos analisados, tecemos nossa análise sob o ponto de vista epistemológico em matemática de representação e da leitura imersiva e não-linear

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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em Santaella (2007). Tais conceitos também encontram suporte na obra de André Parente (1993) sobre o “homem-máquina”, a virtualização e a desterritorialização de fatos e imagens. O objetivo do estudo é demonstrar que a hipertextualidade está presente nas conexões e relações estabelecidas entre as pessoas, observável nas ações e interações do editor. Os conceitos propostos articulam-se com as ações de representar, interpretar e ler o mundo, evidenciados na leitura do chip contendo as memórias do falecido e passíveis de análise a partir das ações das personagens do filme.

A LINGUAGEM NA INTERNET: AFINIDADE ENTRE O ORAL E O ESCRITO. Maria Sandra Campos; Ana Maria Silva de Lucena, Laura Vicuña Velasquez (UFAM)

No presente artigo será abordada a modalidade da linguagem escrita emergente na Internet. Com características bastante peculiares como o uso de determinados recursos direcionados para a grafia das palavras, recursos esses que fogem às regras da gramática. Além disso, serão apontadas algumas estruturas sintáticas e prosódicas não menos peculiares. Essa nova alternativa de interação entre os internautas apresenta-se dinamicamente a exemplo da interlocução oral, além de apropriar-se de características do texto escrito, resultando em um misto de afinidade entre as duas modalidades da linguagem humana, como afirma Marcuschi (2010), mencionando o trabalho de Araújo (2006), é possível flagrar as marcas da transmutação do diálogo cotidiano para o chat. Essa nova forma que os internautas utilizam para a interação vai de encontro aos estudos que propõe que texto falado e texto escrito são estruturalmente distintos, dando surgimento a um gênero hipertextual que comunga as duas modalidades. Os exemplos foram retirados do corpus constituído a partir de diálogos entre os internautas, instaurados no Chat. Os informantes apresentavam-se como maiores de idade entre 40 e 57 anos, e outros com idade entre 18 e 40 anos, além de, segundo cada internauta, possuírem curso de nível superior.

CI-74

VERBOS IRREGULARES OU VERBOS COM FORMAS IRREGULARES? REFLEXÃO SUSCITADA PELO PROCESSAMENTO COMPUTACIONAL DO PORTUGUÊS. Vera Lúcia Vasilévski dos Santos (UFSC)

Propõe-se uma abordagem diferente para o ensino dos verbos e expõe-se a pesquisa que resultou nessa proposta. A partir de pesquisa para automatizar a morfologia

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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flexional dos verbos do português do Brasil, construiu-se um analisador morfológico, ferramenta que contém um algoritmo com as regras gramaticais do sistema de verbos, com respaldo em Câmara Jr. (1997, 1986), Said Ali (1964) e Scliar-Cabral (2003). Trata-se de uma etapa de um projeto maior, “Depreensão de uma gramática automática do PB”. A automatização dos verbos totalmente regulares e dos verbos ditos irregulares está finalizada. A pesquisa mostra que todos os verbos do português são fiéis aos paradigmas conjugacionais regulares, em boa medida, até mesmo “ir” e “ser”, que são os verbos mais complexos da língua portuguesa e também os mais usados. Ainda, evidencia que verbos sujeitos ao fenômeno da harmonia vocálica – como “dormir” e “ferir” – são regulares, diferentemente do que se ensina. No ensino, os verbos são divididos em regulares e irregulares, assim, seu nível de regularidade não é considerado, nem a harmonia vocálica. A escola deveria fazer distinção entre formas verbais regulares e irregulares e o fenômeno mencionado, pois isso poderá facilitar o aprendizado do aluno, já que o paradigma verbal regular predomina.

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ESCOLA: APRENDIZAGEM E PRODUÇÃO DE ESCRITA CRIATIVA. Patrícia Correa Junqueira; Débora Cristina Santos e Silva (UEG)

Algumas das questões mais relevantes dentro da escola atual se referem ao desinteresse dos alunos quanto ao estudo de matérias arraigadas ao currículo de cada disciplina. Essa dispersão, entretanto, não deve ser vinculada a uma alienação quanto a vida cotidiana e aos fatores que a englobam. Pelo contrário, crianças e jovens demonstram grande interesse quando os assuntos abordados dentro de sala de aula, ou mesmo em um grupo de amigos, se referem a anseios, problemas, dificuldades, enfim, à termos que fazem parte do meio social em que estão inseridos. As tecnologias e suas possibilidades de uso se inserem neste contexto de forma predominante e determinante. O uso do computador, por exemplo, já se tornou uma necessidade para a grande maioria da população, seja em questões profissionais ou mesmo como meio de entretenimento. Wrakking (2009) trata sobre a era digital e as dificuldades referentes aos métodos de ensino dentro das escolas. O grupo discente é um público novo, dinâmico, conectado com as inovações tecnológicas, por outro lado, grande parte das escolas não utiliza este fator como um aliado, mas sim, como um inimigo da aprendizagem. A escrita criativa se enquadraria como aliada, à medida que proporciona interação entre o que deve ser apreendido na escola (conteúdos) e as mídias digitais em geral. Nos propomos, então, a fazer um trabalho enfocando como essa “escrita criativa” pode ser construída dentro da sala de aula de forma a envolver todo o público discente.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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LEITURA E ESCRITA NA CIBERCULTURA: RELAÇÕES SOCIAIS E PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO. Raquel Souza Zaidan Nassri; Marildes Caldeira de Oliveira; Ana Elisa Drummond Celestino Silva (UFBA)

O trabalho tem como tema a leitura e a escrita no contexto da cibercultura. Apresenta como objetivos principais identificar como a leitura e a escrita influenciam e são influenciadas pelas necessidades do contexto histórico e social onde se inserem; caracterizar mais especificamente o ler e escrever no contexto da cibercultura, além de refletir acerca de algumas implicações e potencialidades dessas transformações para o processo de escolarização. Para tanto, a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica e nos fizemos valer, principalmente, dos pressupostos advindos das idéias de Roger Chartier, M.H.S.Bonilla, Pierre Lèvy, Alex Primo, Nelson Pretto, Lúcia Santaella entre outros. Como resultados obtidos observamos que interatividade, agilidade, coautoria, convergência, hipertextualidade são algumas das características que identificamos do ler e escrever na cultura digital. Educar nesse contexto, requer outras formas de conceber o processo, incorporando nele, e de forma significativa, outras formas de ler e escrever, conhecer, comunicar e relacionar-se socialmente.

ANÁLISE MULTIMODAL NOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS: A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS ATRAVÉS DA INTERTEXTUALIDADE COM OS CONTOS DE FADA . Francisca Jacqueline Penha Santos (UFPI)

O presente trabalho tem como finalidade apresentar as inter-relações entre texto e imagem na construção de sentidos. Com base nos estudos de multimodalidade de Kress & Van Leeuwen (1996) e das teorias sobre intertextualidade e os sentidos do texto de Koch & Elias (2011) e Cavalcante (2012), o artigo propõe a fazer uma análise multimodal nos anúncios publicitários que se intertextualizam com os contos de fada. As campanhas publicitárias divulgam a marca “O Boticário” que têm o objetivo de promover a venda de produtos para um público adulto e feminino, mas, para isso, utilizaram-se da temática dos contos infantis. A partir dessas análises, considera-se que a multimodalidade nas propagandas serve para ressignificar ou ressemiotizar os textos e coloca em jogo, não só a linguagem dos meios, mas também os valores subjetivos, culturais, políticos do produtor publicitário.

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PôsteresDigitais

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PÔSTERES DIGITAIS

PO-01

A ADAPTAÇÃO DO PROFESSOR AS TIC’S NA SALA DE AULA: UTILIZANDO O PROINFO COMO MEIO DE CAPACITAÇÃO DOS MESMOS NO MUNICÍPIO DE ANGICOS. Jocielle Viviane Soares de Souza; Francisco Rayron Ribeiro Barreto; Ana Gabriela de Souza Seal (UFERSA)

O presente trabalho tem como propósito trazer à tona as dificuldades encontradas pelos professores, que vivem uma situação de abandono tecnológico, já que os alunos nasceram em um contexto onde é propício a aprendizagem por meio das TIC’s. Busco mostrar neste artigo um novo meio encontrado pelos programas federais de apoio ao ensino, uma saída para a deficiência que os docentes passam ao lidar com a evolução dos meios pedagógicos atuais, que é o Proinfo, novo meio que fornece ao professor a aprendizagem no contexto atual dos seus alunos, o desenvolvimento das tecnologias e do modo de se comunicar, portanto aparece a importância de se fazer esse estudo pensando na evolução e nas mudanças ocorrentes com esses professores que tiveram essa nova experiência.

A ARGUMENTAÇÃO NA CAMPANHA À PRESIDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA NA FOLHA DE SÃO PAULO ONLINE. Tatiana Callado Amorim Casa Nova; Dilma Luciano (UFPE)

O tema da eleição presidencial dos Estados Unidos da América, em 2012, por sua importância sócio-política-econômica em nível global, mobiliza pesquisadores de diversas áreas à investigação dos mais variados fenômenos. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva verificar como o discurso jornalístico nas notícias online sobre a campanha de Barack Obama vai construindo uma representação do auditório ao qual visa a influenciar. Toma a noção de auditório da Nova Retórica, de Perelman (1996), definida como o conjunto daqueles a quem o orador pretende alcançar com sua argumentação. Parte do pressuposto de existência de acordo para a adesão dos espíritos decorrente da natureza do contrato midiático (cf. CHARAUDEAU, 2006), para analisar as hierarquias e os lugares de argumentação , segundo modelos de Perelman, em 20 reportagens publicadas nas edições online do jornal Folha de São Paulo (FSP), coletadas no período de março a junho de 2012. Pretende corroborar a negação de neutralidade no texto jornalístico, além de rejeitar a visão mecanicista da língua.

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PÔSTERES DIGITAIS - 4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

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A CONSTRUÇÃO DE UM CORPUS LINGUÍSTICO ELETRÔNICO USANDO O WORDSMITH TOOLS. Rebeca Fernandes Penha; José Marcone Ferreira da Costa; Medianeira Souza (UFPE)

Este trabalho apresenta a sequência de atividades para constituição do corpus da pesquisa O funcionamento dos processos verbais no gênero dissertação. Esse foi constituído de diversas etapas, como: (i) coleta das dissertações de Linguística escritas por mestres do PPGL/UFPE, disponíveis no website http://letrasdigitaisufpe.blogspot.com.br/; (ii) conversão das dissertações do formato .pdf para .txt; (iii) aplicação do software Wordsmith Tools, que permite “fazer análises baseadas na frequência e na co-ocorrência de palavras em corpora.” (SARDINHA, 2009, p. 8). Utilizamos, desse programa, a ferramenta Concord que permitiu a localização de quinze Processos Verbais em seus contextos de uso. Feito isso, copiamos o resultado apresentado por essa ferramenta e colamos em uma página do Microsoft Office Word para proceder à higienização dos dados, excluindo as sentenças que não se enquadravam no objeto de estudo. O corpus é constituído de vinte e três dissertações, publicadas entre 1985 e 2004, as quais forneceram cerca de duas mil orações. A experiência obtida através da realização dessas atividades nos permitiu compreender como se dão as etapas de construção e delimitação do corpus de uma pesquisa. E, sobretudo, nos possibilitou a aprendizagem com o trabalho eletrônico com dados de usos reais da língua.

A ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO TRANSMIDIÁTICO PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Daniel David Alves da Silva; Eronides Pereira de Oliveira Neto; Andrea Cristina Versuti (UNIT)

A partir da contextualização do processo educacional mediado pelas tecnologias e compreendendo a convergência tecnológica como uma transformação cultural que vai além da integração de dispositivos técnicos tal como foi definida por Henry Jenkins, procuramos refletir neste trabalho sobre as implicações deste novo cenário na Educação, mais especificamente nas propostas metodológicas e elaboração de conteúdos para a Educação a distância (EAD). Para tanto, apresentamos algumas reflexões sobre as narrativas transmídias – Transmedia Storytelling – considerando-as como um recurso diferenciado para contar estórias ampliadas também no campo educacional, pressupondo a intensa interatividade do sujeito com a interface e a profícua interação dos sujeitos envolvidos no seu processo comunicacional. O trabalho discute a partir dos resultados de uma pesquisa qualitativa acerca das

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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características de três narrativas transmídia, (Harry Potter, Heroes e Matrix) como devem ser elaborados conteúdos transmidiáticos educativos para serem utilizados, sobretudo em ambientes hiperativos, tais como os ambientes virtuais de aprendizagem – AVA - com o intuito de promover a aprendizagem significativa e colaborativa dos sujeitos de forma mais autônoma, ampliada e engajada. Isto porque, acreditamos que também é possível pensar as potencialidades destas narrativas para fins de aprendizagem, sobretudo em cenários virtuais.

A ESCOLARIZAÇÃO DO COMPUTADOR. Roberto Belo de Lima (UFPE)

A escola é a instituição responsável em grande parte pela formação do sujeito, por isso é interessante que haja uma constante inserção das novas mídias no seu projeto pedagógico. Latour (1997), por exemplo, usa o conceito de rede para definir a tecnociência, a entidade sociotécnica que produz fatos e/ou artefatos. É importante que a escola assuma contornos próprios a partir do diálogo com a realidade em que está inserida; contribuindo para a inclusão digital, oferecendo a estudantes e professores acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); possibilitando competência para que sejam tanto leitores como autores nestes meios midiáticos. A proposta é constituir uma escola em que as contribuições vindas de outros nós da rede-educação sejam compreendidas e adaptadas às necessidades e escolhas locais (Tornaghi, 2008). Qualquer iniciativa que vise melhorar a qualidade do ensino, buscando impactar o desenvolvimento da nação, deve eleger a escola como agente transformador. É o que afirmam diversos autores, entre eles Enguita (2004). Com isso ganha o sistema de ensino, que se torna mais eficaz e pode oferecer um ensino mais adequado e contextualizado em cada local, em cada escola, e sobretudo a comunidade.

A FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: O CASO DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS NA UFPB. Mônica Elisa Moreira de Albuquerque; Sônia de Almeida Pimenta (UFPB)

O interesse em trabalhar a formação docente e as TIC’s surgiu quando nos deparamos com uma literatura que mostrava as dificuldades da efetivação destas no cotidiano escolar. Nosso problema de pesquisa está circunscrito a forma como acontece o processo de formação inicial. Considerando a problemática exposta, nós analisamos a formação inicial oferecida no âmbito do componente curricular para o uso das TIC na educação. A pesquisa em questão foi feita por meio de um estudo de caso feito

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com 09 alunos da turma de pedagogia da UFPB, que cursaram a disciplina Educação e Tecnologias 2008.1. Para a consecução desse estudo recorremos aos autores: Valente (1999), Moraes e Navas (2010) e Morin (2003), haja vista a contribuição dos mesmos para a temática. O resultado da análise mostrou-se pouco animador, pois as respostas emitidas pelos entrevistados revelam um cenário em que são frágeis a teoria e a prática sobre o temática apreendida pelos futuros professores. Contudo, sentimo-nos intrigados a continuar a pesquisar o tema sobretudo a questão: se a disciplina não é a unidade de reflexão da relação teoria-prática, nem tampouco do diálogo sobre este tema, perguntamos-nos a razão das mesmas, sobretudo quando se propõem a serem componentes na formação desses profissionais.

PO-02

A INCORPORAÇÃO DE APRENDIZAGEM EM REDE EM ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DE ANGICOS/RN: UM DIÁLOGO ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA. Ana Lucia Cunha Bezerra; Samantha Alexsandra de Arruda Câmara Araújo; Jacimara Villar Foberloni (UFERSA)

O presente trabalho visa refletir e discutir sobre o uso e a incorporação em rede das novas tecnologias de informação e comunicação. Ressaltando que inserir-se no mundo da comunicação não quer dizer ter acesso apenas a laboratórios das escolas com computadores e internet, e sim saber utilizar essa tecnologia, como forma de maior acesso a informações e experiências no sentido de favorecer uma prática voltada para realidade, onde os alunos possam ampliar o conhecimento e agir no contexto onde estão inseridos. Analisamos duas escolas de Angicos/RN dialogando sobre teoria e prática em relação à incorporação em rede nessas escolas, focando o desenvolvimento do trabalho nessas instituições, comparando a atuação dos profissionais da educação que trabalham diretamente com os laboratórios de informática e professores em sala de aula, pudemos constatar os pontos positivos e negativos dessa prática educativa, como também a falta dela. Como aporte teórico utilizamos Pierre Lévy que aponta as interações entre a Internet e a sociedade como algo que está presente no nosso cotidiano e Moran que assinala a importância das tecnologias e da mediação pedagógica na incorporação da aprendizagem em rede. Nota-se, que cada vez mais se torna indispensável fazer uso desses recursos em rede.

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A INSERÇÃO DA INFORMÁTICA COMO RECURSO DIDÁTICO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA. André Pereira da Costa; Geraldo Herbetet de Lacerda (IFPB; UFCG)

Hoje, muito se tem discutido sobre o uso da informática no ensino da matemática, o que pode tornar essa disciplina mais atrativa e muito mais dinâmica. Esta pesquisa analisa a utilização deste recurso por educadores de matemática do Ensino Fundamental nas escolas públicas da cidade de Cachoeira dos Índios - Paraíba, avaliando, através de entrevistas, os pretextos do não emprego da informática no ensino, e, os “enigmas” enfrentados pelos docentes sobre este instrumento no ambiente escolar da matemática. Também se analisa o conhecimento dos professores sobre softwares educativos empregados na matemática, o nível de inserção destes e as causas do uso ou desuso. Assim, nota-se que parte dos educadores possui poucos conhecimentos de informática e de softwares educativos, não os aproveitando na matemática, e, entre os motivos da não aplicação destes recursos didáticos, citaram a “ausência” de conhecimentos sobre o uso destes aplicativos, necessitando uma capacitação dos profissionais sobre o emprego destes softwares e da informática, e, uma “mutação” no paradigma curricular do Ensino Fundamental e dos cursos de formação de professores. Acrescenta-se que houve o reconhecimento da informática na matemática para uma aprendizagem mais efetiva. Logo, este estudo mostra que a informática contribui significativamente com a educação matemática.

A LEITURA/ESCRITA DE BLOG: UMA NOVA PRÁTICA SOCIAL. Ana Paula Santos Sarmanho (IFPA)

As tecnologias do ciberespaço estão sendo mais utilizadas de forma notória pelos internautas em formação escolar. Graças à repercussão desses espaços da web, as práticas de leitura/escrita dinamizaram-se interagindo por meio de ferramentas midiáticas digitais. O gênero blog, definido por Sartori Filho (2003), como “um diário eletrônico que as pessoas criam na internet”, tem como característica principal a possibilidade de participação do leitor que lê e escreve para interagir com o Outro. O blog significa ao mesmo tempo interatividade nas redes sociais contemporâneas e interação, resgatando práticas de leitura/escrita para a construção de sentidos. Partindo de concepções bakhtinianas com as quais se inscreve o dialogismo e a heterogeneidade e trabalhando ainda a definição de blog proposta por Marcuschi e Xavier (2010), da proposta de Komesu (2005) que aborda o funcionamento discursivo

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do gênero blog, o trabalho propõe analisar formas de interação social agenciadas pela linguagem presente nos tópicos enquadrados nas zonas de postagens e nos comentários acerca dos assuntos postados. Atesta-se o caráter fundamentalmente dialógico da linguagem nesse tipo de interação, haja vista que o blog é uma ferramenta que permite a visibilidade do sujeito pelos discursos que estão impregnados em suas produções.

A PRODUÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS COM TEMÁTICAS HIPERTEXTUAIS: UM OLHAR SOBRE A LINGUAGEM METAFÓRICA EM AMBIENTES VIRTUAIS. Valéria Simões Freitas; Benedito Gomes Bezerra (UPE)

Em meio às mudanças sócio-históricas que envolvem exigências de novas formas de leitura e escrita, tais como as realizadas através de meios digitais, pressupõe-se que há nessas práticas a utilização de linguagem metafórica, visto que a nossa linguagem é impregnada de metáforas advindas de quadros conceptuais mentais baseados na experiência. Esta pesquisa objetiva investigar a utilização de expressões metafóricas em torno da hipertextualidade em relação com o processo de letramento acadêmico conforme requerido e evidenciado na produção de artigos científicos. O trabalho tem como base, principalmente, os estudos de Lakoff e Johnson acerca da Teoria Cognitiva da Metáfora (TMC) divulgada inicialmente no livro Metaphors we live by em 1980, que afirmam a funcionalidade da metáfora como mecanismo do pensamento antes de se materializar na linguagem. Para a realização da investigação, foram selecionados artigos científicos produzidos por alunos de graduação e publicados em revistas de linguística, cujas temáticas fazem parte do universo da hipertextualidade. Os resultados apontam a real existência de metáforas específicas do ambiente virtual e levantam aspectos relevantes sobre os processos de letramento acadêmico e digital dos estudantes como possibilidades de perspectivas que se entrecruzam.

A RETEXTUALIZAÇÃO E O ENSINO DO PORTUGUÊS. Mayara Fonsêca de Melo (UFPB)

Vivemos em uma sociedade que a escrita é bastante valorizada e com os avanços tecnológicos, essa escrita também tomou novos horizontes com o surgimento do computador. Com o computador, temos uma conexão em rede mundial: a internet, ou seja, uma nova forma de comunicar-se, surgindo uma nova linguagem: o internetês. Tomando como base o internetês e as variantes da língua falada, o presente artigo tem por objetivo defender a inclusão da retextualização como o ensino do português nas escolas, pois dessa maneira fica mais fácil uma compreensão dos alunos, isto

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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é, a vivência desses alunos com a linguagem utilizada na internet e com a língua falada, contribuirá para um bom desenvolvimento da língua escrita, uma vez que retextualizar é transformar um texto predominantemente internetês ou falado em um texto escrito usando a norma padrão da língua ou vice-versa. A retextualização trará para os alunos uma boa compreensão da língua, pois saberão diferenciar a língua falada, a linguagem usada na internet de uma linguagem escrita com a norma padrão, já que a retextualização usa de várias formatações linguísticas: idealização, compreensão, adaptação e reformulação. Os fundamentos teóricos do trabalho se baseiam em: Marcuschi e Koch.

A TABELA EM PUBLICAÇÕES ACADÊMICAS ONLINE. Maria de Lourdes Cavalcante; Bibiana Cavalcanti; Angela Dionisio (UFPE)

Este estudo partiu da inquietação do grupo PIBID-Letras/UFPE/CAPES sobre a construção de tabelas que comportassem os dados constitutivos do corpus deste subprojeto. Observamos que, pelos resultados obtidos nos testes de leitura aplicados em alunos do Ensino Médio, esses alunos não conseguem acertar a maioria das questões que trazem o gênero tabela, cujas respostas dependem da compreensão desse gênero. A compreensão da tabela e dos códigos a ele peculiares, oferece ao leitor uma possibilidade maior de apreensão da informação sintetizada, disposta como conteúdo visual, que proporciona melhor apreensão das informações ali contidas. Cientes do caráter sintético da tabela, nos interessa saber como ela é utilizada em produções acadêmicas. Como objeto de pesquisa, analisamos vinte artigos da revista “Ao Pé da Letra” que publica, online (www.revistaopedaletra.net), artigos produzidos por alunos de graduação em Letras do Brasil. Como aparato teórico, utilizamos estudos de Dionisio (2011), Marcuschi (2008) e Harris (1999). Os resultados dessa pesquisa indicam o nível de familiaridade destes graduandos com o gênero e de que maneira a sua configuração permite que se possa trabalhar diversas informações de maneira rápida e eficaz.

PO-03

A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR - AVANÇOS E DESAFIOS. Tereza Emília Cavalcanti; Mônica Maria Damasceno; Jacimara Villar Forbeloni (UFERSA)

O presente trabalho pretende identificar os principais avanços, desafios e limitações no

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uso das TICs e sua utilização em sala de aula, com destaque para o uso de computador com acesso a internet e jogos interativos. As atividades foram desenvolvidas através de planejamento entre professor e bolsista do subprojeto computação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da UFERSA. A utilização dessas tecnologias acontece na Escola Estadual Professor Francisco Veras, na cidade de Angicos. Do ponto de visto teórico, o estudo se sustenta, principalmente, nas contribuições de SIONY (2010), sobre redes sociais digitais e educação. Utilizou-se instrumentos de coleta de dados como a observação durante a aplicação das atividades e o grau de satisfação de professor e alunos na utilização dos equipamentos de informática no processo de ensino e aprendizagem. A motivação e participação dos alunos através dos jogos eletrônicos foi exemplo concreto dos benefícios que a tecnologia pode trazer para o ensino. Os resultados surpreendem a alunos e professores, ao misturar conteúdo e diversão. O PIBID do Subprojeto Computação surge para incentivar o professor na inserção dessas ferramentas, visando superar as iniquidades de acesso as TICs e contribuir para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ENVOLVENDO A TECNOLOGIA. Julia Almeida Calado Silva; Magda Soares

Uma prática docente significativa depende do interesse do docente, em planejar as suas aulas com coerência, a partir do conhecimento prévio do educando e visando a construção do conhecimento formal. O conhecimento é uma das ferramentas a qual necessitamos para intervir no meio social. O docente precisa despertar nos educandos o prazer pela leitura. E a tecnologia é um processo de apoio, é uma ponte, é uma grande facilitadora depende de como você usa. A equipe pedagógica deve valorizar como instrumento de aprendizagem. A finalidade da tecnologia é ensinar e aprender entre pessoas humanas. O educando com o domínio da leitura e da escrita desenvolve ações que procura atingir fins com uma realidade significativa, com habilidades e participação ativa no convívio social. O exercício da escrita e da leitura de modo significativo é fundamental e relevante para o educando em processo de letramento e alfabetização, é também uma ação de ensinar/aprender de modo interpretativo para que seja possível ao educando participar de um mundo desconhecido.

APP INVENTOR FOR ANDROID: UMA PROPOSTA CONSTRUCIONISTA PARA EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE PROGRAMAÇÃO. Tancicleide Carina Simões Gomes; Jeane Cecília Bezerra de Melo (UFRPE)

Desenvolver algoritmos computacionais a fim de solucionar problemas é o âmago

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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da computação. As abstrações e o raciocínio lógico envolvidos nesta construção algorítmica são potencialmente desafiadores para os iniciantes nos estudos de computação. Este trabalho apresenta uma proposta de ensino de programação fincada na teoria construcionista, usando o ambiente App Inventor for Android (AI), a fim de corroborar para experiências significativas de aprendizagem. As premissas construcionistas enaltecem a construção do conhecimento através de ações concretas cujos resultantes sejam produtos palpáveis, sendo proveitosos e inerentes à realidade do sujeito que o produz. O ambiente AI permite ao estudante criar aplicativos para dispositivos móveis baseados na plataforma Android, permitindo-lhes a participação ativa no processo de aprendizagem. O ciclo de descrever-executar-refletir-depurar torna-se evidente à medida que a ferramenta fornece feedbacks imediatos ao usuário acerca de suas interações no ambiente, diferentemente de linguagens de programação tradicionais onde é preciso inferir sobre o código. As possibilidades de criar aplicativos reais construindo conexões com o seu cotidiano, transcendendo as fronteiras do computador, tornam o processo ainda mais envolvente. Desta forma, visa-se explorar as possibilidades da linguagem AI, empregando-a em favor de um processo de ensino de programação mais lúdico e motivador.

AS LAN HOUSES COMO INSTRUMENTO DE AUTOAPRENDIZAGEM NO SERTÃO CENTRAL POTIGUAR. Rinácio Braga Silva de Medeiros Cruz; Samuel Gonçalvez Lopes; Jacimara Villar Forbeloni (UFERSA)

A necessidade de compreender os processos educacionais fomentou a criação de grupos de estudos entre os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da UFERSA. O grupo de estudos em Inclusão Digital tem como objetivo levantar informações sobre o acesso às tecnologias nos municípios do sertão central, analisando os empreendimentos e políticas públicas existentes. Nossa primeira análise se deu através de um levantamento sobre a quantidade de estabelecimentos de acesso a informação e comunicação. No município de Angicos/RN existem 06 estabelecimentos de acesso as TICs divididos em Telecentros, Lan Houses e Laboratórios de Informática, para uma população de 11 mil habitantes aproximadamente. Cerca de 600 pessoas utilizam esses serviços mensalmente, sendo em sua maioria jovens e adolescentes. Estes locais acabam se tornando espaços não-escolares ganhando uma função na aprendizagem. Com estratégias próprias os usuários por meio dos jogos, internet e redes sociais ganham autonomia frente a utilização das tecnologias. Já é fato que hoje os alunos sabem mais que os professores quando o assunto é o uso das TICs. São os chamados por Mattar (2011) de nativos digitais. A Educação precisa se adaptar a esse novo perfil de indivíduos e servir de mediadora no processo da aprendizagem.

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AS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DO ENSINO DE QUÍMICA. Lorena Maria Araújo Fernandes; Jéssica da Nóbrega Leite; Ruth Brito de Figueiredo Melo (UEPB)

Uso de softwares educacionais apresenta-se atualmente como forte recurso de apoio ao ensino. Os softwares educacionais auxiliam os alunos a raciocinarem a respeito de certos fenômenos através de simulações e sua utilização oferece um ambiente interativo, onde o aluno é capaz de manipular as variáveis e observar resultados imediatos. O objetivo da pesquisa foi diagnosticar o ensino aprendizagem desenvolvido em algumas escolas públicas e da rede privada de ensino médio, no que diz respeito ao uso de novas tecnologias nas aulas de química, através da utilização de um projeto de pesquisa sobre as novas tecnologias educacionais do ensino de química no município de Patos – PB. Em obtenção de dados optou-se pela aplicação de questionários a estudantes e professores para análise e discussões, visitação as escolas para o conhecimento da estrutura física e aplicação de aulas utilizando-se recursos digitais, a exemplo do software educacional. Detectou-se que poucos alunos da rede pública e privada possuem experiência em softwares educativos, e ambos concordam que gostariam que utilizassem sempre esse recurso como meio de facilitar o aprendizado nas aulas. Sendo assim, observou-se que houve grande expectativa por parte dos alunos na nova metodologia de ensino.

DECIFRANDO O USO DAS TECNOLOGIAS NO ÂMBITO ESCOLAR EM ÁREAS RURAIS DO SERIDÓ POTIGUAR. Clarissa Maria Bezerra de Araújo; Franciely dos Santos Ferreira; Daiana Carla de Azevedo (UFRN)

Este artigo surgiu a partir do projeto Capacitação em TIC para professores atuantes em áreas rurais do Seridó, vinculado à UFRN através de pesquisa de extensão financiada pelo Ministério das Comunicações. Pretendemos investigar o conhecimento e os desafios dos docentes da zona rural quanto à influência das novas tecnologias na aprendizagem dos discentes, políticas públicas e inclusão digital. O projeto possui quatro etapas: diagnóstico, intervenção, capacitação e formação de educomunicadores. A pesquisa encontra-se na fase de diagnóstico, priorizando coletar dados relacionados ao conhecimento dos professores sobre as novas tecnologias e a estrutura física disponível na zona rural. Este artigo expõe os resultados alcançados com a visita ao pólo da escola rural do município de São José do Seridó – Unidade de Ensino José Cirilo Alves. Foi detectada a existência de TELECENTRO e na instituição de ensino cinco computadores que não funcionam por falta de recursos. Serão visitados no total oito pólos, que constituem o Seridó.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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Percebe-se, de início, o interesse e a necessidade de participação dos docentes da zona rural no projeto, sendo crucial analisar os motivos pelos quais as novas mídias e a tecnologia ainda não são tão utilizadas nas escolas da zona rural e seus benefícios o ensino-aprendizagem.

PO-04

AS RELAÇÕES ENTRE TECNOLOGIAS E RECURSOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE TROCA DE CONHECIMENTOS DESENVOLVIDO NUMA COMUNIDADE VIRTUAL DE GUITARRISTAS. Antonio Manoel Oliveira da Silva (UFPB)

Esse texto apresenta uma pesquisa em andamento. Trata-se de um trabalho de conclusão de curso (TCC) de licenciatura em música da UFPB. Tem como objetivo geral compreender quais são, como se dão e se existem as relações de ensino/aprendizagem numa comunidade virtual de guitarristas na internet e como objetivos específicos: verificar quais os recursos utilizados na troca de informações; analisar os principais assuntos discutidos e conhecer o perfil dos participantes desse fórum. A pesquisa toma como campo o cifraclub, que é um fórum de guitarristas e entende esse espaço como potencial para a formação musical dos seus participantes. Os principais autores que fundamentam a pesquisa são: Levy (1999), Gohn, (2008) Fragoso, Recuero e Amaral(2011). Na metodologia me utilizo da pesquisa qualitativa tendo como técnica de coletas de dados a entrevista on line semiestruturada e a observação participante. A pesquisa encontra-se em fase de análise e categorização dos dados.

ASPECTOS COGNITIVOS NO PROCESSAMENTO TEXTUAL DA CHARGE ELETRÔNICA. Douglas Moraes Machado; Elenice Maria Larroza Andersen (UNIPAMPA)

Esta pesquisa está vinculada ao Programa de Educação Tutorial, financiado pelo MEC, e tem como objeto de estudo as mídias emergentes em comunicação digital. A charge animada possui o mesmo intuito da charge impressa, mas ganhou novos recursos: animações, cores, expressões, enfim, todos os recursos computacionais, que acrescentam e mostram ângulos diferentes de exposição dos fatos e interpretação. Na primeira etapa, será averiguado como os alunos compreendem o gênero textual charge eletrônica, pelo viés das Ciências Cognitivas. Parte-se do pressuposto cognitivo de que a mente humana é um processador de informação, isto é, a mente do leitor recebe, armazena, recupera, transforma e transmite informações (KOCH, 2009, p. 36). Para essa pesquisa, duas charges eletrônicas serão assistidas por alunos com

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bom desempenho em paráfrase. Para a análise da compreensão leitora, será aplicada a estratégia de construção de texto parafrástico que subsidiará a formulação de hipóteses sobre quais aspectos (verbais e/ou não-verbais) são mais reconhecidos pelos alunos para a construção de uma representação mental do texto. A análise se pauta também no pressuposto de que essas representações ocorrem através de diferentes fatores cognitivos que influenciam no processamento da informação, entre os quais o foco na pesquisa está na percepção e na memória.

AVALIAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE TUX PAINT COMO RECURSO TECNOLÓGICO PARA EDUCAÇÃO INFANTIL À LUZ DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL. Maria da Penha da Cruz Santos; Angelo Rodrigo Bianchinni (UFMA)

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), no artigo 29 diz que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Desta forma, entendemos que é a partir da educação infantil que a informática deve ser trabalhada nas escolas, pois desde cedo as crianças vão se familiarizando com essa cultura tecnológica. Nesse sentido, o presente trabalho avaliará as implicações pedagógicas do software livre Tux Paint para a educação de crianças na faixa etária de 04 a 06 anos, a luz da Teoria Histórico-Cultural e das seguintes categorias: ensino, aprendizagem, desenvolvimento humano, mediação, atividade principal e zona de desenvolvimento. Para tanto, sistematizamos atividades que vão ao encontro dos conhecimentos que devem ser apropriados pelas crianças e que estão sendo desenvolvidas no laboratório de uma escola pública do município de Codó (MA). A partir dos resultados alcançados almejamos contribuir para a elaboração dos pressupostos metodológicos para a utilização do Tux Paint na educação infantil, bem como, apresentar subsídios para melhorar a sua interface e funcionalidade.

BLOG DE MODA NA “FILA A”: UM GÊNERO EM ASCENSÃO. Beatriz Pires Barreto; Dilma Luciano (UFPE)

O discurso da informação deixou de figurar somente nos meios gráfico e radiofônico e chegou ao leitor pelo computador ou pelo celular através de gêneros emergentes na comunicação virtual que despertou o interesse de diversos campos da sociedade, dentre eles, comunicadores, com motivações das mais variadas, como também linguistas. O presente trabalho se insere na interface desses dois domínios para

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investigar os blogs de moda, que completam 10 anos. São analisados 5 blogs nacionais cujos blogueiros tomam acento na fila “A” dos principais desfiles no país. Fundamenta-se no interacionismo sócio-discursivo de Bronckart (1999), tendo por objetivo definir o Blog de Moda enquanto “gênero de informação”, segundo modelo de Charaudeau (2006). Pretende, assim, contribuir para a compreensão dos blogs de moda considerando o propósito comunicativo desse gênero discursivo.

CAPACITANDO OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PARA O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Micael Alves de Souza Araújo; Cícero Amauri de Souza Gomes (IF Sertão-PE)

Há uma crescente demanda de uso tecnológico na vida cotidiana e nas escolas. Todo esse aparato tecnológico visa uma melhoria na prática pedagogia e que, muitas vezes é subutilizado por desconhecimento de uso como ferramenta educacional para auxiliar o aprendizado em sala de aula. Este trabalho relata uma experiência com alunos do Ensino Médio de uma escola pública e alunos bolsistas do projeto de Iniciação a Docência PIBID do curso de licenciatura em computação do IF SERTAO-PE.O projeto teve como objetivo, inserir as tecnologias em sala de aula de forma a facilitar o ensino do professor e o aprendizado dos alunos, através de ferramentas simples como planilha eletrônica, podendo ajudar no ensino das disciplinas de exatas sem necessariamente precisar de muitos esforços para o professor e aluno. Além de expor as dificuldades encontradas desde a preparação para inserção do computador como ferramenta de apoio ao ensino, como também as dificuldades que os alunos tiveram durante a intervenção e o que foi feito para superá-las. Após finalizar um ciclo do trabalho foram obtidos dados para avaliar a intervenção, analisando os resultados positivos e negativos, baseado em dois questionários, aplicados para os professores e alunos.

CHAT-PEDAGÓGICO: CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO A PARTIR DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL. Idovaldo Cunha da Silva; Rodrigo Bianchini (UFMA)

O presente trabalho parte de uma análise dos AVAs em uso no Brasil, na perspectiva de desenvolver um novo protótipo de chat para as atividades de ensino e de aprendizagem. Embora o chat constitua uma importante ferramenta de comunicação, algumas pesquisas, bem como os estudos exploratórios realizados por nós até o presente momento, apontam para uma fragilidade estrutural e pedagógica. Isso se deve ao fato de terem sido importados de ambientes em que a função principal é simplesmente a

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socialização, destituídos, portanto, de uma fundamentação pedagógica. Para tanto, lançaremos mão dos pressupostos teórico-metodológicos da Escola de Vygotsky - Teoria Histórico-Cultural - e dos eixos norteadores: ensino, aprendizagem, mediação, interação, atividade, zona de desenvolvimento e afetividade. Até o momento do trabalho podemos destacar as seguintes implicações pedagógicas para o protótipo do chat: os diálogos precisam ser mediados, sistematizados e controlados pelo professor, a importância da utilização do áudio e do vídeo para proporcionar maior afetividade e proximidade relacional nas interações, a necessidade de um espaço exclusivo para as anotações do professor e a disponibilização posterior dos diálogos como fonte de consulta.

PO-05

COMICS IN EDUCATION: CRIAÇÃO ONLINE DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM AULAS DE INGLÊS. Olegario da Costa Maya Neto; Renata Isabelle Guaita; Alyne Kautnick; Profa Dra Dulce Marcia Cruz (UFSC)

Este trabalho visa investigar as possibilidades de uso das Histórias em Quadrinhos (HQs) em sala de aula, com enfoque na utilização do website Toondoo. Um breve resgate histórico serve como base para discutir as diversas possibilidades de aplicação de HQs como um gênero textual a ser trabalhado no contexto educativo. A seguir, relata-se a experiência de emprego do site Toondoo em uma turma iniciante de inglês do curso extracurricular da Universidade Federal de Santa Catarina, na qual o website serviu como ferramenta para a produção escrita através de quadrinhos, o que, posteriormente, foi incluído na avaliação da disciplina.

COMUNIDADES E REDES SOCIAIS: TAMBÉM CONSTRUINDO CONHECIMENTOS. Daniely Ribeiro de Lima (Faculdade Joaquim Nabuco)

Pesquisa realizada em uma escola pública com alunos do Ensino Fundamental I, com o objetivo de integração digital mediada por/pela tecnologia. Essa teoria é defendida por Vani Moreira Kenski quando diz que “existem vários tipos de integração com o apoio ou não das ferramentas digitais...” Assim, utilizar a internet para fins pedagógicos, utilizando comunidades em rede como o Facebook, o Messenger, e e-mails também como apoio didático. Foram usados os PCN’s, assim como a interdisciplinaridade, e temas transversais como meio ambiente, saúde e pluralidade cultural. A experiência incentivou a pesquisa, o uso adequado das ferramentas dos

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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programas, a construção de e-mails para o armazenamento das informações e a utilização do Messenger entre as equipes para a construção da pesquisa. Visita à biblioteca da escola para o manuseio de livros didáticos e a construção de uma página no Facebook para a troca de conteúdos trabalhados. Assim foi possível trazer para a realidade dos alunos um novo sentido para as comunidades em rede e as ferramentas empregadas no processo de construção de pesquisa e conhecimento construtivo.

DESAFIOS FRENTE À FORMAÇÃO TECNOLÓGICA DE PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO. Ewerton Lopes Silva de Oliveira; João Wandemberg Gonçalves Maciel (UFPB)

Os últimos anos do século XX possibilitaram a utilização de uma nova dinâmica aos processos de ensino-aprendizagem. “Cada vez mais concebemos o social, os seres vivos ou os processos cognitivos através de uma matriz de leitura informática” (Lévy, 1990). Partindo dessa afirmação, o conhecimento, e o uso dos mecanismos digitais, devem ser explorados com propriedade e como recursos imprescindíveis para a atuação do docente contemporâneo que necessita da formação tecnológica. Mesmo com os atuais investimentos em tecnologia digitais no contexto educacional, verifica-se que muitos são os desafios em relação a sua utilização. Esses desafios podem ser de natureza física e/ou de natureza motivacional. Nessa compreensão, o presente trabalho visa averiguar esses porquês e, com isso, possibilitar perspectivas de melhoria à qualidade de integração da tecnologia ao processo educacional. Para tanto, realizaram-se discussões periódicas baseadas nos relatos de experiências dos alunos do Curso de Licenciatura em Ciências da Computação (CCAE/UFPB) em diversos projetos de formação tecnológica de professores dos quais participaram. Tais discussões foram orientadas teoricamente por: Lévy (1998), Bettega (2004), Tajra (2009) e outros. Os resultados revelaram que a ausência de um efetivo projeto de utilização da informática educatica está entre as principais causas dos desafios em questão.

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE EDUCACIONAL PARA O ENSINO DAS HABILIDADES MATEMÁTICAS INICIAIS DOS DISCENTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL DE NÍVEL LEVE E MODERADO. Francisco da Conceição Silva; Ângelo Rodrigo Bianchini (UFMA)

As diversas concepções de homem e sociedade organizam a atividade social e influenciam seu desenvolvimento. Reconhece, qualifica necessidades e admite formas

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de satisfazê-las, em função de seus fins. Nesse sentido, essas concepções são modos de pensamento construídos ao longo da história, que oferecem os elementos utilizados para a qualificação das pessoas, em especial as com deficiência, e as justificativas para as ações em relação a elas. Diante disso, este trabalho busca compreender o desenvolvimento humano, à luz da teoria histórico-cultural, analisando o processo de ensino e aprendizagem da matemática elementar para discentes com deficiência intelectual de nível leve e moderado. Buscamos entender a deficiência intelectual, sua constituição, características e implicações no aprendizado dos discentes nessa condição e apresentamos as principais categorias da obra de Vigotsky que dão sustentação teórica ao desenvolvimento das habilidades matemáticas iniciais. A partir dos estudos realizados, pretendemos desenvolver um software educacional, através da ferramenta computacional Eclipse, que sirva como instrumento pedagógico ao professor. Espera-se como resultado que o software educacional desenvolvido contribua para as potencialidades cognitivas dos discentes com deficiência intelectual quanto à utilização dos números, operações matemáticas básicas e manuseio do dinheiro, afim de que eles tenham maiores possibilidades de sucesso em seu desenvolvimento humano.

DIAGRAMAS: RESUMOS VISUAIS EM MIGRAÇÃO. Elilson Gomes do Nascimento; João Alberto Barbosa de Gusmão; Angela Dionisio (UFPE)

No projeto “A Leitura de Linguagens Diversas”, desenvolvido pelo Programa de Iniciação à Docência (PIBID) do Departamento de Letras da UFPE, um dos pilares de investigação reside no estudo de gêneros visuais. Gráficos, tabelas, mapas e diagramas são alguns dos gêneros que migraram de domínios discursivos diversos para o domínio educacional, seja por meios digital ou impresso, investigado, pelo PIBID. Nessa esfera, contudo, o diagrama é comumente tratado como termo sinonímico de outros gêneros. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é traçar uma definição de diagrama, verificando sua recorrência em diferentes domínios discursivos, dentre os quais o jornalístico, além de discutir esse “processo migratório” ao constatarmos a presença do diagrama nas avaliações do ENEM, do período de 1998 a 2010. Para tal, partiremos das teorias de Harris (1999), Rabaça e Barbosa (2001), no que se refere ao conceito de diagramas, além de Marcuschi (2003) e Mendonça (2010), no que diz respeito, respectivamente, à possibilidade do gênero diagrama como estratégia de compreensão e à sua funcionalidade em textos científicos. Como resultados preliminares, apontamos a funcionalidade dos diagramas em processos de leitura diferenciados, visto as inúmeras situações comunicativas pelas quais transitam como eficaz tática resumitiva.

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DIVERSIDADES LINGUÍSTICAS: ASPECTOS REGIONAIS NOS BLOGS. COM QUAIS FINALIDADES OS BLOGS SÃO MAIS UTILIZADOS E QUAIS SÃO OS GÊNEROS DE MAIOR OCORRÊNCIA? Poliana Mireli Barbosa Leite (UPE)

Abordamos blog como um hipergênero organizado em constelação, tido como um gênero maior (‘gênero mãe’) a partir do qual outros ‘gravitariam’. Assim, embora divergissem em suas respectivas funções sociais esses gêneros se assemelham, uma vez que trariam marcas do ‘gênero mãe’. Além disso, pela grande utilização nas mais variadas instâncias e para os mais variados fins, não é mais admissível defender a existência de um único tipo de blog. Com isso o presente trabalho tem a finalidade de constatar quais são os gêneros e as variedades linguísticas de maior ocorrência. A amostra constitui-se de 26 blogs de diferentes categorias e diferentes regiões e seus respectivos estados brasileiros com intuito de evidenciar como se manifesta a diversidade linguística nesse meio. Baseando-se nos conceitos de Gênero (Marcuschi, 2006 e Araujo, 2010) Diversidade Lingüística (Mollica, 2003, online ).Trata-se de uma pesquisa que adota aporte metodológico em analise de blogs observando quais são os gêneros que mais ocorrem e suas respectivas funções, evidenciar a diversidade linguística com intuito de caracterizá-la por região. A pesquisa esta em andamento porem observa-se que diversos blogs tem como função transmitir diariamente informações locais, sendo assim a escrita que prevalece é a formal, sem alterações consideráveis que impeçam o entendimento entre regiões, mesmo que no dialeto exista as peculiaridades linguísticas.

PO-06

GÊNEROS DIGITAIS: A INTERAÇÃO NO FACEBOOK COMO RECURSO PARA O ENSINO APRENDIZAGEM. Alayres Camila Melo de Almeida (UFRPE)

Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada com turmas do 7º ano da escola Estadual Elisa Coelho, no município de Garanhuns, sobre o contato com a leitura e a escrita no ambiente escolar e no ambiente social cotidiano. Através de questionamentos realizados foi detectado a valorização dos gêneros digitais como um dos principais recursos para o exercício da linguagem por esses alunos. Nesse sentido, o objetivo inicial era entender como se dava a relação do trabalho pedagógico com a linguagem em sala de aula e o seu efetivo contato além do ambiente escolar, mas com os resultados obtidos, percebeu-se que as tecnologias digitais ocupam um papel central na vida social, devendo está presentes no processo de ensino-aprendizagem.

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Nessa concepção, e, tendo como pressuposto teórico a abordagem de Marcuschi (2003 e 2004), Pinheiro (2002) sobre os gêneros na contemporaneidade, Xavier (2004) com concepções sobre o hipertexto, Recuero (2009) com seu estudo enfocando as redes sociais, foi criado com os alunos uma página no facebook exclusiva para discussões sobre o trabalho com a leitura e a escrita desenvolvido na escola que está possibilitando momentos de interação e aprendizagem coletiva.

GERAÇÃO WWW E O DESAFIO DOS EDUCADORES DIANTE DAS NTIC. João Batista Mendes dos Santos; Joaci Ribeiro (UFMA)

Em 2005 o governo federal lançou o programa “Um Computador por Aluno” (PROUCA), sob a regência do MEC. Dentre os objetivos do PROUCA, se destacam a mudança do paradigma educacional e a promoção da inclusão digital. Como princípios pedagógicos, o programa estabelece a concepção de rede, a extrapolação do espaço da sala de aula via mobilidade para usuários e a criação de comunidades de aprendizagem, bem como a produção do letramento através de recursos hipermidiáticos. Este trabalho tem por finalidade apresentar um quadro da aplicabilidade das NTIC – Novas Tecnologias de Informação e Comunicação - no processo de Ensino Aprendizagem face ao grau de dificuldades que os professores de uma Escola Estadual do interior do Maranhão encontram no uso dessas tecnologias dentro e fora da sala de aula. Foi possível constatar que existe hoje uma grande deficiência por parte daqueles educadores em relação à utilização das NTIC, evidenciando o descompasso entre a proposta das NTIC na educação e a sua efetividade. Ferramentas elementares concebidas como valores agregados aos processos de ensino e aprendizagem se transformaram em transtornos para o desempenho dos profissionais em educação, gerando em alguns casos um espírito reacionário desses profissionais frente a adoção de NTIC no ensino.

GRÁFICO: UM FACILITADOR NA RESOLUÇÃO DE QUESTÕES. Camila Michelyne Muniz da Silva, Juliana Serafim dos Santos, Angela Dionisio (UFPE)

A utilização de gráficos em diferentes domínios discursivos, como científico, jornalístico, educacional, comercial, estatístico e publicitário é apresentada como um “modelo facilitador” na compreensão de grandes quantidades de dados. Utilizamos como objeto de análise questões que contêm gráficos, as quais foram retiradas das provas do ENEM e empregadas nos testes de leitura, aplicados aos alunos do 1° ano do Ensino Médio, das Escolas Estaduais Diário de Pernambuco e Senador

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Novaes Filho, dentro do subprojeto “A leitura de linguagem diversas”, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência – PIBID – Letras/UFPE. Nossa análise tem como eixo norteador o conceito de gráfico como fator facilitador da apreensão das informações vinculadas por este gênero, defendido por autores como Monteiro (1999) e Duarte (2008). Baseadas nesses autores e em estudiosos dos dos gêneros textuais, como Marcuschi (2008), iremos verificar, através da quantidade de erros e acertos das questões dos testes aplicados, até que ponto os gráficos atuam ou não como facilitadores para a resolução das questões. Palavras chaves: gêneros visuais; gráficos; testes de leitura.

HIPERTEXTO DIGITAL NA SALA DE AULA DE LE. Ediane Caroline Duarte da Silva (UNEB)

Este artigo quer comunicar os resultados de um estudo de caso com graduandos do curso de licenciatura em língua estrangeira do Departamento de Educação – Campus XIV / Conceição do Coité-BA – da Universidade do Estado da Bahia, turma do sexto semestre, que analisa a utilização do hipertexto digital como ferramenta dentro da sala de aula de língua estrangeira no curso de graduação superior em língua estrangeira. Assumindo, como referenciais teóricos, os estudos de Marcuschi (2004;07), Snyder (1997), Ferraz (2010) e Xavier (2009), quer-se aqui identificar de que forma os docentes em formação utilizam o hipertexto digital como estratégia no processo de aprendizagem de uma LE, na busca da compreensão da contribuição do hipertexto digital no processo de formação do docente hiperleitor de LE na turma pesquisada, verificando o modo como os docentes em formação utilizam o hipertexto digital e identificando as contribuições do hipertexto digital na formação do docente leitor. Esta pesquisa conformou-se em um estudo de caso e utilizou um questionário com questões abertas e fechadas como instrumento de pesquisa. Os resultados obtidos sinalizam a utilização do hipertexto digital dentro do processo de aprendizagem, na medida em que esse instrumento possa ser transformado em uma ferramenta para os professores na sala de aula de LE ou L2.

HIPERTEXTO E AUTORIA: PERIGRAFIA E CONTINUUM SOB O MESMO ENFOQUE.Jacqueline de Oliveira Silva; Juliene da Silva Barros-Gomes (UFRPE)

Com base nas contribuições de Koch (2000), Barros (2004 e 2011) e Coscareli (2009), segundo as quais todo texto é um hipertexto – o que faz vir à tona um hiperleitor – e acatando o que postulou Possenti (2002) sobre o conceito de autoria a partir

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de indícios que revelam uma “tomada de posição”, um modo de “como dar voz aos outros”, propomos analisar a postura do diagramador frente às possibilidades de intervenção no suporte impresso, particularmente no livro didático. Essa possibilidade, advinda dos avanços tecnológicos, permite analisar se tais intervenções, notadamente verificadas na disposição do texto impresso em boxes, notas, imagens, uso de organizadores textuais verbais e não-verbais, resultariam em autoria do diagramador ou colaboração com a autoria do texto, ou seja, se ao realizar o seu trabalho, o diagramador estaria, em diálogo com o texto, apenas contribuindo com uma autoria, realizando interferências nesta autoria ou inscrevendo-se, ele próprio, como autor segundo. Para tanto, tomaremos o texto como um todo, no diálogo entre perigrafia e continuum, entre o verbal e o não verbal, resgatando por que lhe convém chamar hipertexto.

HIPERTEXTO NA OBRA “ANGU DE SANGUE” DE MARCELINO FREIRE. Karla Karine Claudino Tenório (UPE)

Este trabalho tem por finalidade analisar a obra “Angu de sangue” de Marcelino Freire (2000), a partir de uma visão social (PRATA, 1997); (CÂNDIDO, 1985) e (LIMA, 2002). Mostrando como acontece o hipertexto na obra literária através de teóricos como (XAVIER, 2009) e (GOMES, 2010). O hipertexto é um componente híbrido característico das linguagens contemporânea que tem se firmado a partir do uso dos novos meios tecnológicos. Representado na obra literária através de leituras de imagens e notas de rodapés e de símbolos informativos. Nesta análise foram considerados personagens que participam de um espaço de exclusão. A obra trata a banalização da violência diária instigando o leitor a uma reflexão sobre o processo de espetacularização produzida pela mídia. Os métodos abordados foram levantamentos bibliográficos de revisão literária. Tendo como foco principal analisar a obra “Angu de sangue”, mostrando a importância da literatura para compreensão desses fenômenos sociais. Na análise da obra constata-se que os contos de Marcelino Freire em “Angu de Sangue”, ao refletir as questões do cotidiano recriam a própria ideia de conto, crônica e demais gêneros literários da realidade contemporânea brasileira.

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PO-07

INFORMÁTICA EDUCATIVA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Maria do Socorro Braga Reis (EEEFM Profa. Yolanda Chaves-PA)

Projeto desenvolvido com uma turma do 1 EM, que consistiu em criar grupos por disciplina no Facebook da Escola. Foi pesquisado e elencando os melhores sites e softwares livres e depois publicados dentro do Face, que contribui para que os professores possam fazer uso efetivo da sala de informática da escola. Tudo que foi postado foi publicado num encarte (mídia impressa) e entregue aos professores no planejamento municipal.Foi divulgado no Facebook, Twitter e o Blog da Escola.

REPRESENTAÇÕES DO INDIVIDUALISMO DA MODERNIDADE LÍQUIDA NA POÉTICA DE ANTERO DE ALDA. Mauricio Gabriel Santos, Hugo de Andrade Silvestre, Débora Cristina Santos e Silva (Unievangélica)

Este trabalho consiste no relato de uma pesquisa de iniciação científica (PIBIC/CNPq) que tem por tema principal: a poética de Antero de Alda: representações da pós-modernidade em LGC, tendo por objetivo relacionar e identificar, no âmbito da Literatura Gerada por Computador (LGC), as representações da modernidade líquida nos aspectos temáticos e estéticos da obra do ciberpoeta português Antero de Alda, frente a seu discurso engajado e comprometido com o homem contemporâneo e suas questões mais prementes. Estas se destacam na página do autor (http://www.anterodealda.com). A ciberpoesia revela aspectos da organização social da contemporaneidade, entre eles esse trabalho se propõe a verificar como a fragmentação moderna e o individualismo permeia os processos de interatividade característicos da LGC. Além disso, o processo de “escrileitura” da LGC permite, ainda, que cada leitor signifique o poema de formas diferentes. Desta forma, está nas mãos do leitor o processo de construção do texto, perceptível na poética de Alda.

INTERATIVIDADE NA EAD: WEBCONFERÊNCIAS E VIDEOAULAS. Jéssica Cristina dos Santos Jardim; Severino Rodrigues da Silva (UFPE)

O Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005, ampliou o artigo 80 da Lei N° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo com mais profundidade as bases e as diretrizes do Ensino a Distância (EaD) no Brasil. Em crescente expansão, essa modalidade educacional permite a mediação dos processos de ensino e aprendizagem

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através de tecnologias da informação. É uma nova realidade que, cada vez mais, abarca discentes e docentes, e acaba por adaptar os gêneros do discurso pertencentes à esfera de comunicação da sala de aula presencial para uma nova situação cuja interação será mediada por computador. Nesse contexto, pretendemos apresentar os resultados parciais do Projeto de Iniciação Científica (PIBIC) “Linguagem e ensino na EaD”, cujo objetivo é investigar os processos interativos em webconferências da Universidade Federal de Pernambuco e em videoaulas da Universidade Federal Rural de Pernambuco, pertencentes aos cursos de letras a distância dessas instituições, verificando, assim, suas especificidades. Para tanto, contaremos com o aporte teórico da Sociolinguística Interacional (GOFFMAN, 2002; PHILIPS E BLOOM, 2002; GUMPERZ, 2002) e da Análise Dialógica do Discurso (BAKHTIN, 2003).

JOGOS GEOMÉTRICOS. Alberico Henrique dos Santos; Nadege de Melo Fragoso (UFRPE)

O jogo é um aliado do aprendizado da matemática. Foi pensando nisto que passamos a desenvolver jogos matemáticos, semelhantes aos consagrados quadrado mágico e triângulo mágico. Com o fascínio que o jogo exerce sobre as crianças, vamos adicionar a tudo isso jogos que trabalham diretamente as quatros operações fundamentais: soma, subtração, multiplicação e divisão. Dando suporte aos jogos, contamos com uma ferramenta altamente atrativa: o computador. Em sala, este material se mostra um forte aliado para diversificar a aula, sair da monotonia do quadro e caderno, possibilitando ao discente trabalhar a matemática de forma prática e lúdica, proporcionando prazer e desejo pelos números. Devido a grande quantidade de jogos é possível montar um mini-laboratório de matemática - atualmente são mais de 1.200 jogos. Já contamos com um site www.geometricos.com.br. Neste site sempre são disponibilizados novos jogos. O objetivo principal é tornar a matemática uma disciplina mais fácil e desejada pela garotada.

LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS DIGITAIS: O HIPERTEXTO NA SALA DE AULA DA EDUCAÇÃO BÁSICA. André Cordeiro dos Santos (UFRPE)

Este trabalho relata experiências vividas durante dois anos de projeto de ensino, pesquisa e extensão desenvolvido através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Nesse tempo, foram desenvolvidas ações em escolas da rede pública de ensino, da cidade de Garanhuns, visando a integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e o ensino de Língua Portuguesa. Para tanto,

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utilizamos os gêneros do domínio virtual, tendo em vista que estes se materializam em formato hipertextual. Entendendo a leitura e a escrita como processos dialógicos e interacionais, acreditamos que a leitura por si só já se mostra multifacetada e hipertextualizada. Por isso acreditamos que o que o ambiente virtual oferece de novidade é a materialização da hipertextualidade que se torna mais “visível”, “perceptível”. Considerando a penetrabilidade das tecnologias na sociedade e o fato de ser o letramento digital papel da educação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, desenvolvemos trabalho que privilegiou o uso da leitura e da escrita digitais em situações reais com alunos da Educação Básica, e obtivemos bons resultados. Tendo como aporte teórico Koch e Elias (2006 e 2010), Soares (2002) e Xavier (2007), sobre leitura, escrita, letramento digital e hipertexto.

UMA VISÃO HIPERTEXTUAL SOBRE A LEXICULTURA: O HIPERMÚSIKA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM DO LÉXICO DE MÚSICAS DA DÉCADA DE 80. Drielle Caroline Izaias Juvino (UFSCar)

O website Hipermúsika (www.hipermusika.xpg.com.br) disponibiliza uma seleção de canções da década de 1980 em formato de hipertexto. As canções selecionadas apresentam unidades lexicais com carga cultural compartilhada, segundo a concepção de Galisson (1987; 1989; 1991), que acabaram por “traduzir” a realidade histórica daquele período. Portanto, embora escritas em português, seus sentidos não são transparentes. Através da leitura das canções, fez-se o levantamento dos itens potencialmente opacos, seguido de pesquisas em dicionários para constatar se estavam dicionarizados e se os sentidos estavam realmente fora do texto. Os itens opacos foram transformados em hiperlinks, redirecionando o leitor para uma nova janela com os recursos necessários para o entendimento daquela unidade lexical. Esta pesquisa, financiada pela FAPESP, constatou que dos 136 itens lexicais levantados, 66% não estavam contemplados nos dicionários ou necessitavam de informações de outras fontes para serem compreendidos. Os recursos disponibilizados no website procuram resgatar estas informações e disponibilizá-las de maneira que todos consigam compreender as canções. O Hipermúsika conta, atualmente, com 20 canções disponíveis para consulta e pode ser considerado uma ferramenta útil no âmbito da aprendizagem, pois permite que os hiperleitores “naveguem” pelos textos e compreendam o léxico produzido naquele período, assim como seus sentidos histórico-sociais.

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PO-08

LETRAMENTO DIGITAL E A FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE: DESAFIOS DIANTE DA IMPLANTAÇÃO DAS TICS NA REDE MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA. Erick John Fidelis Costa, Felipe Oliveira Miranda Cunha, João Wandemberg Gonçalves Maciel (UFPB)

O presente trabalho visa relatar os resultados e as experiências obtidos durante o processo de ensino/aprendizagem no PROINFO INTEGRADO – Introdução à Educação Digital, oferecido pela Prefeitura de João Pessoa - PB, em parceria com a Fundação José Américo. O curso tem como objetivo central a inserção das tecnologias de informação e comunicação (TICs) nas escolas públicas brasileiras, almejando promover a inclusão digital dentro do âmbito escolar, dinamizando o processo de ensino/aprendizagem e melhorando a qualidade da educação básica. No decorrer do curso, consegue-se observar um fato muito importante a ser relatado: a barreira implantada pelos antigos métodos de ensino na sala de aula, que inviabilizam a implantação das TICs, uma vez que a maioria não possui um laboratório de informática adequado, ou até mesmo, pela não formação dos docentes em consonância ao contexto atual. Outro fato importante de ser relatado são os resultados obtidos ao término do curso, tanto os formadores quanto os cursistas passam por uma experiência muito proveitosa, considerando que a metodologia aplicada ao curso possibilita uma maior colaboração entre os participantes, construindo assim um conhecimento coletivo sobre como solucionar os problemas na implantação das TICs nas escolas públicas no município de João Pessoa.

LETRAMENTO DIGITAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOS BACHARÉIS EM SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGUE. Fabiana Rodrigues de Bulhões Lisboa; João Wandemberg Gonçalves Maciel (UFPB)

A chamada Era Digital nos impõe constantes desafios com relação à utilização das Tecnologias Contemporâneas - TCs. Diante do avanço tecnológico e do crescente uso das TCs na vida social, há uma necessidade de os cidadãos aprenderem a lidar como esses novos comportamentos e raciocínios específicos. Pesquisadores desta temática tecnológica, a exemplo de Pierre Lévy, Carla Coscarelli, Magda Soares e outros, levam-nos a uma nova modalidade, o chamado letramento digital. Nesta pesquisa, pretendemos, investigar o nível de letramento digital dos alunos do Curso de secretariado executivo bilíngue, da UFPB, Campus IV, tendo em vista que esses

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futuros profissionais devem possuir um perfil que lhes possibilitam a utilização das TCs no exercício profissional. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e visitas aos espaços físicos do Campus a fim de conhecer a quantidade e a qualidade dos equipamentos digitais disponibilizados para uso dos alunos/professores. Aplicou-se um questionário composto por 25 questões, com objetivos de avaliar o uso e as mudanças provocadas pela inserção das TCs. Concluiu-se que os alunos do curso em questão, ainda, não possuem uma postura de digitalmente letrados, necessitando de uma orientação da academia que lhes possibilitem a inserção na Cibercultura.

INFORMANDO: A POESIA COMO FERRAMENTA DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Francielly Falcão da Silva; Mariel José Pimentel de Andrade (UFRPE)

A popularização dos computadores e do acesso a Internet, vêm possibilitando o aumento do uso de tecnologias no processo de ensino-aprendizagem; os Parâmetros Curriculares Nacionais mostram que esse diálogo deve ser precedido da discussão de paradigmas e a busca de informações e recursos disponíveis, que reflitam no melhor aproveitamento das tecnologias. Nesse contexto tratamos da importância dos Objetos de Aprendizagem (OAs) ao longo do processo de ensino-aprendizagem mediado pelas TICs. Neste trabalho discutimos como o ambiente cada vez mais interativo dos OAs abre possibilidades na educação infantil, tratando a inclusão do gênero textual poesia no cotidiano escolar, e explorando ainda o eixo temático de matemática, tratando das formas geométricas. O trabalho desenvolvido tem como base a poesia de Raquel Martins que mostra de forma lúdica as formas geométricas, além disso são propostas atividades para relacionar as formas com objetos do cotidiano. O OA “inFORMAndo” traz para o contexto da educação infantil um novo gênero textual despertando nos discentes a consciência sobre a existência de textos com diferentes funções e o interesse pela leitura ainda que hipotética; ressaltamos neste a importância da leitura realizada a partir de pistas e imagens que favorecem a valorização do texto como fonte de prazer.

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM AMBIENTES VIRTUAIS: UM NOVO OLHAR SOBRE O PAPEL DO PROFESSOR. Fernanda Nery de Oliveira Vasconcelos, Tharis Luane Franco Arruda, Thelma Panerai Alves (UFPE)

O crescimento de cursos à distância, o uso de recursos tecnológicos e o aumento da participação nas redes sociais, vem ganhando uma atenção crescente por educadores em todo Brasil. As opções de interação entre professor e aluno ganham novas

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fronteiras e se ampliam ao universo extraclasse. Assim, este trabalho busca discutir novas formas de interação que os espaços virtuais possibilitam para o processo de ensino e aprendizagem, assim como os conhecimentos necessários ao professor para a mediação nesses ciberespaços. As novas formas de comunicação e de interação geram novas organizações das atividades e uma postura diferenciada do educador. Apoiamos nosso estudo em autores como Okada (2003) e Machado e Tijiboy (2005) que explicam que o professor, na atualidade, desempenha o papel de facilitador, motivador e incentivador, contribuindo para a mudança de paradigmas. O estudo relata uma experiência vivida na disciplina Introdução à Educação a distância, do curso de Pedagogia da UFPE, na qual a professora utiliza o Facebook e o Moodle para o acompanhamento das atividades e do aprendizado dos alunos. A metodologia utilizada foi a observação sistemática das atividades desenvolvidas nestes dois ambientes online. Os resultados ainda estão em andamento, mas indicam que os alunos preferem interagir no Facebook.

MÍDIAS SOCIAIS COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL - REGRAS ABERTAS PARA UMA PARTICIPAÇÃO EFETIVA. Lucas Samir Silva de Matos; Mário Taveira Martins (IF Sertão-PE)

O referido trabalho objetiva relatar uma experiência com o uso de mídias sociais como ferramenta de apoio a avaliação da aprendizagem no curso de Licenciatura em Computação. O experimento consiste na análise do aproveitamento de duas disciplinas distintas durante dois semestres consecutivos, onde foram utilizadas duas mídias sociais para auxiliar no processo de ensino/aprendizagem. A mídias sociais utilizadas como ferramentas de apoio foram o Schoology e o Facebook. A análise aponta resultados diferentes quanto a interação dos alunos e o favorecimento da construção do conhecimento. No Schoology, o aproveitamento não foi satisfatório, pois não houve a participação espontânea dos alunos, enquanto que no uso do Facebook houve uma constante participação em comentários e postagens de atividades, o que gerou um espaço dinamizado e interativo. O diferencial delas foi a forma que foi colocada a avaliação, enquanto que no Schoology foi comunicado que a participação seria critério para atribuição de nota ao final do semestre, no Facebook essa colocação foi feita no início das atividades, fazendo com que a participação fosse mais assídua. Concluiu-se que as mídias sociais podem ser utilizadas como ferramenta no processo de ensino/aprendizagem, desde que exista uma regra pré-definida no processo de avaliação dos envolvidos no processo.

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MONITORAMENTO DE LEITURA VIRTUAL E IMPRESSA: IMPLICAÇÕES DA ANÁLISE QUALITATIVA DE DADOS. Bruna Renova Varela Leite; Kisye Cristina Silva de Paula; Cristina Vergnano-Junger (UERJ)

Este trabalho insere-se no projeto “Interleituras: interação e compreensão leitora em LE mediada por computador”, cujos objetivos são a) caracterizar o processo leitor e b) discutir sua inserção no ensino-aprendizagem de espanhol como língua estrangeira (ELE) com foco nas tecnologias da informação e comunicação (TICs).Propomos identificar possíveis mudanças de estratégias de leitura em ambientes virtuais e impressos baseando-nos em dados coletados com: (i) ficha de identificação de informante, (ii) questionário e (iii) monitoramento empírico de sessões de leitura: livre virtual e impressa e guiada virtual e impressa. O referencial teórico baseia-se na caracterização da leitura como uma atividade multidirecional e unidirecional de processamento da informação e na caracterização do hipertexto digital. Tal investigação encontra-se em fase de análise e levantamento de dados dos instrumentos. Estamos reunindo os padrões observados para estabelecer categorias e perfis de procedimentos leitores, segundo estratégias cognitivas e metacognitivas utilizadas pelos informantes. Até o momento, já pudemos chegar a conclusões positivas para o desenvolvimento da pesquisa. O informante que usamos como exemplo encontra-se na faixa de transição entre o virtual e impresso, além de usar a máquina, majoritariamente, para estudo e trabalho. Apresenta uma tendência à perspectiva multidirecional em suas crenças sobre leitura.

PO-09

O ENSINO-APRENDIZAGEM DE GÊNEROS ACADÊMICOS NA EAD E A NECESSIDADE DE NOVOS LETRAMENTOS. Camila Maria de Araújo (UPE)

Baseado nos Novos Estudos de Letramento desenvolvidos principalmente por Mary Lea e Brian Street (2010), bem como nos estudos sobre gêneros digitais desenvolvidos por autores como Marcuschi e Xavier (2010) e Júlio César Araújo (2007), este trabalho objetivou investigar como se dá o processo de ensino-aprendizagem de gêneros acadêmicos no curso de EaD da Universidade de Pernambuco, Campus Garanhuns. Uma vez que o computador e especificamente a internet são meios pelos quais se dá a EaD, também foi objetivo deste trabalho investigar qual a relação que esses estudantes têm com tais mecanismos, de que forma os professores se utilizam destes e como os alunos apreendem os conteúdos através desses meios. Para tanto,

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foi feita uma entrevista coletiva semiestruturada com 08 alunos do curso, bem como foi aplicado um questionário a 03 dos professores que também atuam na EaD. Os resultados da pesquisa mostraram que a falta de um melhor entrosamento com o computador por parte dos alunos dificulta o processo de ensino-aprendizagem dos gêneros acadêmicos. Pôde-se ainda perceber que os professores também precisam se adaptar melhor a estas novas realidades tecnológicas, bem como aprofundar-se no conhecimento dos gêneros acadêmicos (propósito comunicativo/estrutura) para que os alunos recebam uma melhor orientação.

O GÊNERO CONTO: A ORGANIZAÇÃO TEXTUAL-DISCURSIVA EM NARRATIVAS ELETRÔNICAS. Michele de Lima Alves Gomes; Alayres Camila Melo de Almeida (UFRPE)

Neste trabalho apresenta-se um estudo sobre o conto eletrônico, enfocando-se sua composição textual-discursiva no que se refere à análise da distribuição das informações. Objetiva-se descrever as estratégias linguístico-discursivas escolhidas pelos contistas que configuram o conto eletrônico como uma forma inovadora de aprendizagem em rede. Como fundamentação teórica, recorreu-se à abordagem de Swales (1990) sobre gêneros, aos estudos de Marcuschi (2004) sobre retextualização, à definição de conto por Cortazar (1998), a retomada deste modelo por Gotlib (1985), assim como a Lévy (1999) e sua concepção sobre cibercultura. Na metodologia de investigação recorreu-se à análise de apresentações eletrônicas dos contos A Cartomante e A Causa Secreta, de Machado de Assis, postadas no Youtube por leitores e produtores de textos iniciantes e proficientes e, posteriormente procedeu-se à categorização dos dados analisados. Resultados preliminares sugerem que o gênero conto determina o tipo de sumarização dos textos postados, em que os procedimentos empregados pelos autores para a distribuição de informações são semelhantes e padronizam a organização textual, mas a conjugação de recursos multimodais – áudio, vídeo e escrita – caracterizam o conto eletrônico como um gênero textual específico, que evidencia os aspectos sinestésicos próprios de sua constituição.

O GÊNERO FOTOGRAFIA NO LIVRO DIDÁTICO: UM ELEMENTO DE PERSUASÃO NA ESTRATÉGIA DE LEITURA. Ágnes Christiane de Souza; Hellayne Santiago de Azevedo; Angela Dionisio (UFPE)

A partir dos estudos sobre gêneros visuais do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, intitulado “A Leitura de Linguagens Diversas”, PIBID/ Letras UFPE/CAPES, este trabalho tem como objetivo investigar o uso do gênero fotografia -

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dentro do domínio educacional - como uma estratégia de leitura e persuasão para melhor entendimento do texto verbal. Constitui o nosso corpus o livro “Ser Protagonista” (2010), que compõe o material didático das turmas de primeiro ano do Ensino Médio onde o subprojeto PIBID-Letras está sendo desenvolvido. Foram utilizados, neste trabalho os referenciais teóricos de Almeida (2008); Dionisio (2011); Marcuschi (2008) e Marcuschi e Xavier (2004). Pudemos verificar que o gênero fotografia no livro didático o qual tem como objeto fotografado fatos históricos; cenas de filmes; peças de teatro; obras de arte; autoridades; entre outros, passa a ser uma espécie de “link” que nos remete também a outras informações. O que nos faz compreender que as fotografias migram dos seus domínios discursivos originais (jornais, revistas, websites etc), apresentando-se, muitas vezes, como um hipertexto, que faz menção a outros textos, termos, ou informações adicionais ao texto escrito.

O MOODLE E O ENSINO DE CÁLCULO: UM ESTUDO DE CASO. Roberto Mariano de Araújo Filho; José Elias dos Santos Filho (UFPB)

As tecnologias estão presentes em todos os setores hoje em dia e na educação não é diferente. Diante disso, vamos propor neste evento, um recorte do trabalho de conclusão de curso, intitulado: O AVA Moodle e o ensino de cálculo: um estudo de caso. O estudo de caso é relacionado à disciplina de cálculo I do curso de ciência da computação da Universidade Federal da Paraíba – Campus IV – Litoral Norte no semestre letivo de 2011.1. A necessidade de se trabalhar com uma ferramenta tecnológica partiu dos altos índices de reprovação e/ou desistência que foram analisados em semestres letivos anteriores, objetivando uma minimização da aversão que os alunos do curso sentem ao cursar a disciplina de cálculo I bem como expor o AVA Moodle e suas potencialidades no ensino de cálculo. A pesquisa foi baseada em autores como Barufi (1999), Ramos (2009), Silva (2010) que defendem o alto índice de rejeição da disciplina de cálculo e também os recursos do Moodle. Para a pesquisa, foi realizado um questionário com os alunos acerca do uso do Moodle na disciplina, sendo feita a análise constatou-se que a turma aprova o AVA e sua utilização na disciplina de cálculo.

O USO DAS FANFICS BASEADAS NA NARRATIVA STAR WARS NA EDUCAÇÃO. Daniella de Jesus Lima; Luanda Dandara Santos Pimentel, Andrea Cristina Versuti (UNIT)

O tema proposto é o potencial da franquia Star Wars e o uso das fanfics baseadas nesta para a educação. Para isso, nos propomos a estudar as narrativas transmídia, enfatizando as fanfics, além do estudo de dados da franquia, e como esta pode

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ser utilizada na educação, tendo como objetivo discutir o conceito de narrativa transmídia e o uso das fanfics baseadas na narrativa Star Wars para a educação. A narrativa transmídia pode ser conceituada como uma narrativa expandida por outras histórias que ocorrem simultaneamente em diversas plataformas de mídia, porém essas narrativas que expandem a “original” precisam trazer características desta para ser considerada produto da narrativa transmídia. Entre esses produtos podemos encontrar as fanfics, ficções criadas por fãs, que se baseiam no universo ficcional da narrativa “original”, sendo que estes não possuem o interesse de lucrar com suas histórias. Para realizar estas reflexões, usamos o aporte teórico de autores como Henry Jenkins (2009), Vicente Gosciola (2011), Márcia Vargas (2005), Fabíola Reis (2010), além de refletir sobre os dados da franquia Star Wars. A partir deste estudo de dados, propomos o uso na Educação das fanfics baseadas nessa narrativa e comentamos sobre possíveis resultados que este feito pode trazer.

O BLOG COMO FERRAMENTA NA AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO: UM OLHAR PARA ALÉM DA SALA DE AULA. Renata Alves de Brito; Wagner José de Aguiar; Alexandro Cardoso Tenório (UFRPE)

Novas formas de ensino e aprendizagem estão abrindo um novo paradigma na educação brasileira, estão realizando através dessas novas tecnologias uma gama de artifícios, de novos pensamentos e novos meios de interação, possibilitando uma continuação do ensino da sala de aula. Uma dessas ferramentas seria o blog, onde por meio de publicação (posts e dos comentários) ocorre a troca de conhecimento, estimulando a busca pela informação, o acesso à informação para a promoção da educação. Neste contexto objetivamos refletir sobre o uso de novas tecnologias, especificamente o blog, como ferramenta de ensino-aprendizagem, despertando a capacidade de produção de novos conhecimentos. Para tanto utilizaremos algumas leituras de diversos autores como Marcuschi, Komesu, Primo, Bakhtin, e outros. Neste sentido foi proposto a construção do blog, em que os alunos no 3º ano do Ensino Médio, poderiam “Trocar Ideias” referente ao conteúdo trabalhado, turma de horário diferente. Dentre os resultados observamos a interação dos alunos com as outras turmas, ampliando a troca de conhecimento, por meio das publicações, onde as mesmas geram debates, e suscitam dúvidas, que sob a orientação do professor desencadeiam pesquisas, além de ser utilizado pelos alunos, como suporte para as publicações, promovendo a extensão da sala de aula.

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PO-10

O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO MUSICAL EM TRÊS ESCOLAS PÚBLICAS DE JOÃO PESSOA. André Luiz Silva das Chagas (UFPB)

Esse trabalho apresenta uma pesquisa em andamento. Trata-se de um trabalho de conclusão de curso (TCC) que tem como tema o uso de tecnologias digitais na musicalização em três escolas públicas na cidade de João Pessoa. O principal objetivo é compreender o processo de musicalização em escolas públicas utilizando as tecnologias digitais, e por meio desses recursos, de forma específica, verificar como o professor desenvolve o planejamento das aulas, descrever as atividades propostas para a musicalização e por fim, analisar a interação dos alunos. A fundamentação teórica dessa pesquisa tem autores como: (Mileto, 2004; Oliveira, 2007; Jesus e Uriarte, 2008). A metodologia consiste na abordagem qualitativa de pesquisa tendo como técnica de coleta de dados a observação e a entrevista semi-estruturada com professores. A pesquisa encontra-se em fase inicial, mas as observações já realizadas em algumas escolas de João Pessoa, demonstram a utilização das tecnologias digitais para o ensino de música. As contribuições desta pesquisa para a área de educação musical serão a forma como os alunos e professores se relacionam com os aplicativos musicais já existentes e pode subsidiar a criação de outros aplicativos para uso nas escolas.

O VIDEOCLIP EM SALA DE AULA. Micaelle Ribeiro do Nascimento; Laís Venâncio de Melo; Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG)

As tecnologias digitais integram o nosso cotidiano de diversas maneiras. Dentre essas o uso de videoclipes se destaca e tem como principal canal o Youtube. Observando esta realidade, questionamos: a escola utiliza videoclipes como instrumento didático? Como acontece esse uso nas situações de interação em sala de aula? Nesse sentido, temos como objetivo discutir sobre o processo do aumento do uso dessas mídias digitais em sala de aula, bem como os modos de utilização e suas finalidades. Para tanto, aplicamos questionários a professores do ensino fundamental, de duas escolas públicas, além de observarmos na prática como se dão esses usos. Os dados obtidos e analisados sob perspectivas teóricas de Demo (2009); Mattar (2007), Xavier (2011) revelam, entre outros aspectos, a necessidade de formação docente e de que os alunos podem se beneficiar largamente em seu processo de aprendizagem por meio do uso de videoclipes, tendo em vista que se trata de recursos que incrementam

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a motivação para se dedicarem as atividades escolares. A análise inicial contribui para que possamos repensar modelos de ensino e de suporte para a construção de uma proposta didática apropriada para mais uma prática de letramento digital na sala de aula.

OBJETO DE APRENDIZAGEM PARA ENSINO DA TEORIA X-BARRA. Danieli Maria da Silva; Jéssica Tayrine Bezerra; Eva Vilma Aires Cabral Gondim; Márcio Martins Leitão (UFPB)

Em meio aos recursos digitais que estão sendo criados nos últimos anos com o avanço tecnológico, há a criação de objetos de aprendizagem, que podem proporcionar eficiência e qualidade no processo de aprendizagem dos alunos, enriquecendo as aulas que se tornam mais dinamizadas. Segundo Wiley (2000), objetos de aprendizagem (OAs) são recursos digitais que, podendo ser reutilizados, dão suporte a educação. Desse modo, o objetivo do presente trabalho é apresentar um objeto de aprendizagem que está em processo de desenvolvimento que tem como meta reforçar e complementar o conhecimento do aluno adquirido nas aulas. O jogo tem um conteúdo didático fundamentado na teoria gerativa de Chomsky (1950), enfatizando a teoria X-barra. A teoria X-barra postula que os sintagmas vão se organizar por meio de um núcleo e a partir dele serão estabelecidas relações sintáticas direta ou indiretamente. A animação interativa, além de complementar e reforçar o aprendizado visa conduzir o aluno a mostrar suas habilidades, fazendo com que ele use o e demonstre sua competência (conhecimento), mostrando o seu domínio acerca do assunto que foi abordado no jogo interativo.

OFICINA DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA A SALA DE AULA. Jeanynni Fortunato Severo; Aliete Gomes Carneiro Rosa (UFRPE)

Este trabalho tem como objetivo apresentar resultado de pesquisa e aplicação de oficina realizada em escola pública do município de Garanhuns, Pernambuco, contemplada com o programa UCA (Um Computador por Aluno) cujos professores têm acesso a laptops e laboratório de informática. A pesquisa observou como as ferramentas computador e internet podem auxiliar os docentes em suas práticas cotidianas. Nossa proposta é desafiar professores a serem autores de atividades em ambientes digitais ao elaborarem atividades de língua materna usando os programas ELO (Ensino de Línguas Online) e Ardora que possibilitam a criação de atividades

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de forma dialogada. Propomos uma oficina para ajudar os docentes no uso das ferramentas e nos trabalhos a serem realizados em sala, tendo como principal objetivo o uso do computador no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa observou que os professores compreendem o que seja adequação das propostas de elaboração de atividades à realidade de suas salas de aula e a importância do reuso, mas também da criação de propostas. Usamos como aporte teórico as ideias de Foucault (2009) sobre o papel do autor, Coscarelli (2011), Goulart (2011) sobre letramento digital e Sorj e Guedes (2005) sobre inclusão digital e exclusão digital.

PEQUENOS COMPOSITORES - OFICINA DE COMPOSIÇÃO MUSICAL PARA CRIANÇAS. Marcelo Renato Silva Saraiva (UNIS)

Desenvolvida entre os meses de março e junho de 2012, a Oficina foi implementada durantes as aulas regulares do primeiro semestre do Jardim Escola Aladdin (RJ). Participaram aproximadamente 120 crianças de 6 a 11 anos, durante 4 meses, em aulas semanais com a duração de 40 minutos. A oficina envolveu a criação de uma música por cada turma (letra e melodia), que resultaram em um cd , que foi gravado e produzido pelo próprio professor de música em seu homestudio. As vozes dos alunos foram captadas na própria escola, em sala cedida pela direção, com o equipamento do professor. São dez faixas, sendo nove dos alunos, além de Pequenos Compositores, composta pelo professor. A prensagem foi feita de forma artesanal, desde a cópia até a impressão da capa, e o cd foi vendido aos pais por um valor módico que cobrisse estas despesas. A criação da capa foi feita em conjunto com os alunos, que realizaram desenhos em sala de aula, relatando a experiência musical que estavam vivendo. Os melhores desenhos foram escolhidos e digitalizados, e foram inseridos na arte da capa, também realizada pelo professor de música.

PLUG! REDE SOCIAL EDUCACIONAL PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS. Roseane de Oliveira Martins (UPE)

PLUG! Plug é uma proposta de aplicativo móvel educacional resultado de um projeto acadêmico elaborado por alunos da Universidade de Pernambuco para ser aplicado em escolas de Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio. Plug é projetado para smartphones para ser utilizado por professores e alunos como um canal de compartilhamento de conteúdos didáticos de forma colaborativa estendendo as discussões em classe para fora do ambiente escolar através da integração da escola com as mídias sociais. O objetivo é fornecer ferramentas de colaboração para interação

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entre professores e alunos como forma de estímulo para produção e compartilhamento de conhecimentos em rede. Para o desenvolvimento inicial do aplicativo utilizou-se um protótipo de baixa fidelidade desenvolvido pela equipe utilizando sketches que serviram de base para a elaboração da arquitetura da informação do sistema, após essa etapa foi desenvolvido um protótipo de alta fidelidade para simulação do funcionamento do aplicativo utilizando a ferramenta Balsamiq. A partir deste protótipo foram aplicados testes de usabilidade com alunos de uma escola da rede pública estadual de Pernambuco com a finalidade de identificar problemas em sua utilização e após a validação dos testes foi construído um protótipo final para possível desenvolvimento e implantação do aplicativo.

PO-11

PRÁTICAS DE LEITURA/ESCRITA E LETRAMENTO VISUAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS NO FACEBOOK. Liliane Alves da Silva (UPE)

O ambiente virtual tem possibilitado o desenvolvimento de diversas práticas discursivas, cujos efeitos se fazem sentir em diversos contextos sociais, inclusive na universidade. De acordo com essa perspectiva, este trabalho tem a finalidade de investigar as práticas de leitura e escrita de estudantes universitários, considerando os propósitos comunicativos dos gêneros multimodais postados por eles no Feed de notícias do Facebook. Para a realização do trabalho, analisamos um corpus constituído por 50 postagens no Feed de notícias, além de entrevistas e questionários respondidos pelos estudantes. Como aporte teórico, baseamo-nos nos estudos sobre propósitos comunicativos realizados por Bezerra (2011), análise e compreensão de gêneros textuais por Marcuschi (2008), multimodalidade por Dionísio (2005) e Kress e Van Leeuwen (1997). As primeiras análises indicam que os estudantes compreendem as conexões existentes entre os recursos semióticos imagéticos como também os propósitos comunicativos dos gêneros textuais multimodais compartilhados por eles nas redes sociais, mediadas pelo site Facebook.

PREZI: HIBRIDISMO E MULTIMODALIDADE A SERVIÇO DO EAD. Isabela Cristina Tavares da Silva; Lucyanne Priscyla Ramos de França Palmeira (UFPE)

Dado o aumento de cursos e turmas de EaD em diversos níveis de ensino, nota-se a necessidade de discutir acerca dos materiais utilizados nas práticas pedagógicas à distância. Portanto, este trabalho busca auxiliar na percepção de métodos de

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utilização das tecnologias existentes nas práticas de EaD, através da composição e análise de uma sequência didática realizada no suporte híbrido e de base multimodal, Prezi. Para isso, utilizamos como apoio a este trabalho: as perspectivas de gênero de Marcuschi (2008) e Bateman (2011); as considerações de multimodalidade de Vieira (2011). Percebemos com a referida análise que: o bom uso das TICs possibilita a criação de um ambiente de interação, estimulada pelo professor, entre os alunos fora do espaço da instituição de ensino; o Prezi possui caráter de: comunidade virtual e editor de apresentações; a interação fora do ambiente escolar é possível também, graças ao caráter híbrido do suporte que permite comunicação para adequação do material base, e compartilhamento desse material; a quebra da linearidade no Prezi proporciona diferentes leituras em sequências distintas, contribuindo para as mais variadas interpretações dos leitores.

PROJETO HAWKING’S DO SERTÃO - FERRAMENTAS E ACESSIBILIDADE PARA OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. Analia Emilia Barbosa Ferreira de Souza; Romero Franklin Xavier Dantas, Luzanilde Oliveira Aguiar (IF Sertão-PE)

O presente artigo tem como norte a usabilidade dos portadores de deficiência física (especialmente os paralisados cerebrais) com as novas tecnologias digitais em especial o micro computador. Para tanto, foram coletadas e analisadas informações concernentes às necessidades do uso do computador através da aplicação de questionários, capacitação docente e acompanhamento na utilização do software com os discentes. O referido trabalho, além de mostrar que é possível o deficiente usar o computador, desde que esse uso seja feito com as ferramentas certas, desfaz assim um antigo conceito de que os deficientes são incapazes de desenvolver-se mostrando que podem sim ser úteis e produtivos. Contudo percebe-se que os alunos tiveram uma boa aceitação na utilização das ferramentas, pois os mesmos em sua maioria são nativos digitais e as maiores dificuldades enfrentadas foram dadas a sua deficiência. Por tanto como ferramenta eletrônica inclusiva apresentam-se as possibilidades de utilização dos software Head Mouse e Virtual keyboad.

RECURSOS HIPERMIDIÁTICOS APLICADOS NA CONSTRUÇÃO DO DESIGN EDUCACIONAL DE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM. Adelito Borba Farias; Simone Maria Marinho de Andrade (UFPB)

O processo de aprendizagem não pode ficar limitado a práticas pedagógicas tradicionais, tendo em vista a contínua e crescente influência das tecnologias digitais

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no comportamento das gerações presentes. O uso de objetos hipermidiáticos de aprendizagem passa a ser um importante fator no aprendizado, ao permitir que ferramentas combinem recursos audiovisuais e interativos para exibir conceitos de assuntos complexos, e assim, ser possível uma abordagem interativa e colaborativa na construção do conhecimento. Mais especificamente, a pesquisa em questão surgiu dos relatos sobre a dificuldade de compreensão do conteúdo de programação – em particular, POO – onde, após uma análise dos dados colhidos de questionário realizado com estudantes, surgiu a oportunidade de construir um material instrucional, no qual, professor e alunos, través do uso colaborativo de ambientes, utilizariam recursos hipermidiáticos com a finalidade de beneficiar as situações de ensino-aprendizagem. Para tal, apresenta-se uma proposta que contém indicadores considerados essenciais para construir um ambiente colaborativo, para que os alunos possam aprender e aplicar os conceitos, potencializando o desenvolvimento do grupo, ao mesmo passo que estimula a permanência no curso.

REDES SOCIAIS DIGITAIS: UM ALIADO NA EDUCAÇÃO(?) Vanessa Costa Maia; Ricardo Barbosa Bitencourt (IF Sertão-PE)

As redes sociais na internet não se limitam apenas a socialização pessoal, marketing e negócios. Hoje, o interesse sobre essas mídias está invadindo cotidianamente espaços anteriormente exclusivos de atuação da escola, pois habita o contexto de vida do indivíduo. Nesse sentido, esse estudo busca revelar, a partir da análise do hábito de uso de alguns usuários na internet, discussões e indicativos da utilização das redes sociais como suportes comunicativos na relação entre o ensino x cotidiano discente e sua possível aplicabilidade no cotidiano escolar.

REDES SOCIAIS NA APRENDIZAGEM: A UTILIZAÇÃO DO BLOG EM ESPAÇOS ESCOLARES. Edilaene Silva do Carmo; Zilah Therezinha de Souza Araújo (UFPA)

O presente artigo remonta o II Fórum de Filosofia da Educação, organizado pelos discentes da turma de Pedagogia da UFPA, Campus de Bragança, cujos grupos de trabalho trataram sobre temas específicos dentro da área da filosofia. Assim o grupo que tratou sobre as redes sociais na aprendizagem fomentou a inserção do Blog no contexto educacional como ferramenta de discussão e ampliação do conhecimento. Da mesma maneira que o objetivo desse projeto centralizou em possibilitar novos métodos de ensino no contexto escolar, tornando-o mais dinâmico além de inserir os alunos no âmbito tecnológico. A metodologia aplicada corresponde em encaminhar

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as novas mídias no processo educacional e trazer contribuições para a construção do conhecimento. Os resultados obtidos demonstram que a criação do Blog mantém as pessoas informadas sobre a realização do evento e as discussões reverberadas, além de projetar as perspectivas para o III Fórum programado para 2013, e garantir assim o diálogo com os professores de filosofia da rede estadual.

PO-12

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: A PERCEPÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL ADVINDO DA EAD. Amanda Glaucia dos Santos Lucena; Flávio Ferreira (UFPE; UNIVERSO)

Essa pesquisa apresenta uma descrição geral sobre a Teoria das Representações Sociais de Moscovici (1961), menciona os principais aspectos da mesma, com o intuito de compreender suas implicações na construção da percepção, e da importância, atribuídas a formação do profissional advindo da Educação a Distância (EaD), especificamente, no mercado de trabalho; também identifica as representações sociais da EaD e dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) para os estudantes de graduação, pois, é através desses ambientes que os mesmos entram em contato com os assuntos abordados e se desenvolvem profissionalmente. A compreensão dessas representações visa identificar conceitos relacionados aos aspectos formativos, que são valorizados ou desvalorizados, nesse tipo de formação profissional. Dessa forma, pôde-se refletir como a sociedade, a partir dos saberes construídos cotidianamente, assimila a construção de conhecimentos científicos resultantes da formação profissional promovida pela EaD e como os estudantes dessa modalidade de ensino definem a mesma. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritiva; quanto aos procedimentos metodológicos, optou-se pela pesquisa bibliográfica, de campo e entrevistas para coleta de dados e por fim, tratamento e análise dos mesmos.

SISTEMA LITERÁRIO MARANHENSE: HIPERMÍDIA E HIPERTEXTO. Gercivaldo Vale Peixoto; Luiz Gustavo Moreira Melo (FAMA)

Este trabalho tem por objetivo organizar o espólio de escritores do estado do Maranhão em site na internet e uma Coleção em suporte eletrônico (CD-ROM hipertextual e hipermídia), na tentativa de trazer à tona a figura de escritores consagrados pelas historias da literatura, dos quais são poucos conhecidos para o

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meio acadêmico. Focamos na recuperação e divulgação de fontes literárias por meio da internet e do suporte eletrônico, bem como propomos também uma forma de preservar a integridade dos materiais que compõem um espaço de documentação à memória cultural, evitando o manuseio constante desses documentos. A sociedade ainda ressente-se da falta de divulgação desses materiais por meio da mídia eletrônica e que pode ser acessível a todos os níveis da educação, passando por escolas do Ensino Médio até o universo acadêmico. Através do acesso fácil ao material desses escritores, aperfeiçoa-se o papel da história da literatura do Maranhão, bem como contribui para a ampliação desse sistema. Ao criarmos um endereço na web acabamos por democratizar o acesso ao sistema literário maranhense. Sem contar que esses suportes (bancos de dados multimídia interativos on-line) permitem acesso rápido e atraente, bem como um vasto conjunto de informações para professores e estudantes em geral.

SOFTWARES EDUCATIVOS DE LÍNGUA PORTUGUESA: NOVAS POSSIBILIDADES PARA A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA MATERNA. Waldir Cosmo da Silva; Ana Cristina Barbosa da Silva (UPE)

Este trabalho apresenta o uso de softwares educativos (SE) de língua portuguesa por estudantes dos últimos anos do ensino fundamental de duas escolas particulares de Pernambuco, contemplando duas turmas de cada escola e três estudantes de cada turma, e teve como objetivo averiguar a potencialidade pedagógica desses materiais, em suas atividades e interface, a partir do ponto de vista dos alunos. Durante a aplicação dos SE, os pesquisadores observaram os acontecimentos, realizando anotações. Após as atividades, houve uma aplicação de questionário aos participantes, contemplando questões sobre o uso de computador pelos estudantes no cotidiano e na escola, sobre as interfaces dos SE e seu uso nesta pesquisa, dentre outras questões. Como resultado, constatou-se que os estudantes estão sempre em contato com tecnologias digitais; o uso de SE pelos professores de língua portuguesa ocorre de forma tímida ainda. Quanto aos softwares usados na pesquisa, os estudantes julgaram ser de fácil uso e que ajudam na aprendizagem; as questões de língua portuguesa sempre empregavam textos e questões a serem respondidas; grande parte dos estudantes não precisou da ajuda do professor para o uso do SE e relataram que o emprego desse recurso deixa as aulas mais interessantes e interativas.

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SOFTWARES EDUCATIVOS: DO DISCO COMPACTO À SALA DE AULA. Rozelma Soares de França; Ana Cristina Barbosa da Silva (UPE)

Esta pesquisa objetivou investigar o potencial didático-pedagógico de dois softwares educativos (SE) de Língua Portuguesa, a partir de sua utilização com alunos de quatro turmas do 8° ano do ensino fundamental, pertencentes a unidades de ensino públicas da cidade de Garanhuns-PE, os quais foram expostos às atividades dos SE no laboratório de informática, sob orientação das professoras. Os alunos envolvidos, três de cada turma, responderam a um questionário onde puderam explanar sobre seu acesso ao computador no dia a dia e na escola e sobre a utilização do SE na pesquisa, considerando a sua interface e as atividades de língua portuguesa, dentre outros aspectos. Foi realizada, também, observação e anotação, pelas investigadoras, sobre o uso dos softwares com os estudantes a fim de identificar mais elementos para a pesquisa. Concluiu-se que os SE apresentam boas características técnicas e que as professoras tiveram bom desempenho quanto ao auxílio aos alunos, o que favoreceu a experiência de uso dos aplicativos. No que se refere às atividades de Língua Portuguesa, na perspectiva dos alunos, apresentavam textos com questões a serem respondidas, eram fáceis de resolver, às vezes possuíam imagens e, em sua minoria, precisavam de informações extratexto para resolução do que era proposto.

TECNOLOGIA E ENSINO: A HIPERTEXTUALIDADE NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS. Joelma Soares de Lima; Joyce Souto Cardoso, Niege Guedes Matos (UFRPE)

Esta comunicação tem por objetivo expor a análise de elementos hipertextuais presentes em um livro didático de língua portuguesa para o 2º ano do ensino médio, o qual apresenta uma proposta de se trabalhar de maneira não-linear com as narrativas oferecidas pelo suporte. Apesar de entender que o LD tem se renovado e inserido ferramentas antes não exploradas, é perceptível que estas devem ser melhor utilizadas pelo professor, pois o hipertexto permite uma navegação constante ampliando o tema trabalhado sem limitar-se, e isso nos faz acreditar que existe um diferencial entre leitura dinâmica e leitura hipertextual. Para tanto, nos baseamos nos estudos de Levi (1999) e Xavier (2009) relacionados ao hipertexto, em Coscarelli (2005) ao tratar do letramento digital e do ensino de Língua Portuguesa, em Kleiman (2004), com relação à prática da leitura. Sabendo que o trabalho com a leitura hipertextual é um dos requisitos dos Parâmetros Curriculares Nacionais esta pesquisa obteve como resultado uma proposta de trabalho para o ensino médio com leituras que exploram

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elementos hipertextuais, oferecendo subsídios para o professor e auxiliando os estudantes em um aproveitamento maior dos conteúdos por meio dos recursos disponíveis no livro e no computador.

TECNOLOGIA E ENSINO: A LEITURA E A (RE)ESCRITA DA HISTÓRIA POLÍTICA DA CIDADE DE GARANHUNS E O USO DA INTERNET. Joyce Souto Cardoso; Aliete Gomes Carneiro Rosa (UFRPE)

Este trabalho apresenta resultados de projeto realizado com alunos do ensino médio de escola pública da cidade de Garanhuns-PE, vinculado PIBID-CAPES. Teve como objetivo fazer levantamento da história política da cidade de Garanhuns, contando com o computador e a internet como ferramenta. Visou contribuir para a formação dos estudantes, relacionando linguagem, história e a tecnologia a partir da leitura de textos digitais. Usamos como fundamento Xavier (2009) quando trata das mudanças advindas da tecnologia nas atividades de leitura e escrita, Setton (2010) que discute a importância da mídia na educação, Marcuschi (2007) para a compreensão dos gêneros textuais e da importância das tecnologias para o ensino e em Gallo (2004) que apresenta a cidadania como prática necessária para a sociedade. Sabendo da necessidade de proporcionar aos estudantes uma formação cidadã, este trabalho efetivou discussões com a temática política em redes sociais, assim como em sala de aula. Incentivou a produção de artigos, diários de campo, entrevistas e carta aberta em ambiente virtual, o que auxiliou no desenvolvimento das competências da leitura, escrita e oralidade dos estudantes, além de aproximá-los das discussões relacionadas à política local.

PO-13

TECNOLOGIAS E ENSINO DE HISTÓRIA: ENTRE PROBLEMAS E POSSIBILIDADES. Júlia Helane Assis da Silva (UFRPE)

O conhecimento histórico como elemento formador educacional vem sendo ao longo dos últimos anos trabalho com base na construção da cidadania e de identidade. Afastando-se dos métodos decorativos de abordagem, a disciplina tem articulado o conhecimento de modo a situar o alunato enquanto sujeito capaz de intervir em sua própria historicidade. Contudo, assistimos a emergência de uma cultura digital, onde, à medida que modifica hábitos e valores da sociedade se constituem em reflexo das novas relações entre homem e tecnologia. Sob esta ótica, identificamos a

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universalização da informação, pois, partindo da premissa de que toda informação pode ser incorporada ao mundo digital, com seu acesso grandioso em quantidade e velocidade, nos questionamos acerca de seus efeitos no contexto escolar. O desafio se constitui em: como utilizar o processo evolutivo do universo informacional para produção do conhecimento em sala de aula? Esta análise, desenvolvida na escola Estadual Lions de Parnamirim - Recife-PE, pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco, busca evidenciar os problemas bem como as possibilidades de utilização das tecnologias no ensino de história, ressaltando o papel do educador neste quadro, onde informação e conhecimento travam uma batalha silenciosa.

TWITTER: FERRAMENTA PARA AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO ESCRITA. Paulo Renan Pereira Araujo (UFPA)

Como gênero digital emergente no contexto atual de ensino de línguas e sua facilidade de uso, o Twitter se mostra fundamental na disseminação de informação rápida pelo mundo. Seu uso e funcionalidade têm como objetivo a produção de pequenos enunciados informativos de qualquer funcionalidade, ou seja, textos curtos e objetivos. Desta forma o Twitter poderia ser usado no desenvolvimento da produção escrita, a partir da criação de textos curtos. Esse trabalho tem como objetivo a inserção desse gênero digital em sala de aula como ferramenta para o desenvolvimento da produção escrita, esse trabalho será feito por meio de postagens, comentários, replicas, o tweet em si. Tweet, que são frases curtas, uma ideia longa que é resumida em 140 caracteres obrigatórios, que poderia conter a linguagem característica da internet ou padrão. Segundo Marcuschi (2010) podemos encontrar uma linguagem minimalista, e menos formal. Além do mais podemos analisar similaridades entre Twitter e outros gêneros em ambientes variados. Esse trabalho foi elaborado como parte da avaliação da disciplina didatização de gêneros textuais como tentativa de trabalho. Portanto não foi posto em pratica. Entretanto, não se exclui essa possibilidade.

UM ESTUDO SOBRE MAPAS: DA MÍDIA IMPRESSA À VIRTUAL. Larissa Ribeiro Didier; Raquel Lima Nogueira; Angela Dionisio (UFPE)

Gênero predominantemente visual, o mapa tem a essência dos seus sentidos nas configurações imagéticas. São cores, tracejados, tonalidades e outros recursos dos quais lançam mão os que se propõem a comunicar-se nesse gênero. A diversidade de

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informações, entretanto, encontra limites na materialidade escrita. Aos mapas digitais, além dos dados estáticos, é possível agregar movimentação, ênfase, elementos que indiquem transições e infinitas combinações que tornam a informação visualmente mais clara e atrativa, ultrapassam esses limites. A partir disso, direcionamos nossa investigação para essa “atração” proporcionada pela tecnologia, observando os efeitos da transição da mídia impresso para a mídia virtual e as possibilidades que o novo meio oferece ao processo de leitura dos espaços e fenômenos geográficos. À luz das discussões no âmbito do subprojeto PIBID-Letras/UFPE, A Leitura de Linguagens Diversas e dos estudos de Marcuschi (2008), Dionisio (2011) e Marcuschi & Xavier (2004), portanto, observamos o processo migratório do gênero em questão a partir da análise de provas do ENEM em comparação com o Google Maps. Os resultados iniciais dessa observação mostram que o meio virtual proporciona novas condições para uma leitura mais eficaz desse gênero em contraponto aos mapas como apresentados na mídia impressa.

UMA ANÁLISE SÓCIO-DISCURSIVA DO AQUIPE ONLINE: DAS LEIS DO DISCURSO À TEORIA DAS FACES. Maria Carolina Brito Mendes; Dilma Luciano (UFPE)

Após a popularização da internet, a versão virtual dos meios de informação tornou-se necessária na medida em que a composição textual decorrente da natureza do hipertexto transforma o sentido de interatividade antes conhecido pelas mídias sociais convencionais. A presente pesquisa objetiva investigar a versão online do periódico mais recente e representante do Jornalismo Popular em Pernambuco, o AquiPE, partindo do pressuposto de que a comunicação midiática é um fenômeno de produção de sentido social (CHARAUDEAU, 2006) em que o uso da língua envolve não só o dizer, mas principalmente um sistema de valores sociais. A investigação busca identificar as condições comunicacionais regidas pelas “leis do discurso” (ou máximas de Grice), conforme Maingueneau (2001), e o comprometimento sobre o “fenômeno das faces” (GOFFMAN, 1959/2005). Desse modo, compreende o corpus do trabalho as edições online do AquiPE no período de julho a setembro de 2012, analisadas à luz da pragmática griceana e da Teoria das Faces de Goffman. Pretende contribuir para a reflexão acerca da complexidade da “máquina midiática” no sentido proposto por Charaudeau, e do discurso sobre a interatividade, tema fundamental à formação profissional do jornalista na atualidade.

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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UMA FERRAMENTA PARA ELABORAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO COLABORATIVA DE NOTAS E RECURSOS DIDÁTICOS. Lucas de Almeida Marciano; Fabrício Vale de Azevedo Guerra; João Paulo de Medeiros Santos; Alexandre Melo Queiroga; Plínio Cortez Duarte da Silva (UFRN)

Os materiais de aula são instrumentos que têm por objetivo transmitir o conhecimento dos docentes aos alunos durante as exposições feitas em sala de aula. Por este expediente envolver a interação professor/aluno, a produção de seus recursos requer uma abordagem didática. Uma possibilidade de aperfeiçoar, em termos didáticos e de conteúdo, os materiais de aula é permitir que diversos professores possam contribuir com suas próprias experiências para o desenvolvimento deles. Este trabalho visa propor meios para a elaboração destes materiais didáticos utilizados em sala de aula através de um portal onde os professores possam trabalhar de forma colaborativa. O trabalho inclui o desenvolvimento de estratégias para que alunos e professores possam avaliar os materiais de aula (tanto ao longo de seu desenvolvimento quanto após sua conclusão) e indica formas mais didáticas, com base em padrões pedagógicos, para a sua elaboração. Um dos focos deste trabalho é a criação de uma comunidade virtual de troca de conhecimento que sirva, também, como um repositório público para os materiais produzidos.

O USO DO SOFTWARE MUSIBRAILLE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM MUSICAL DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL. Leonardo da Silva Souza (UFPB)

Na intenção de refletir sobre o uso das TDICs (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) no ensino de música para alunos com deficiência visual. O presente trabalho tem por objetivo compreender como se desenvolve o processo pedagógico musical com alunos portadores de deficiência visual através do Musibraille. Este que é um software de Musicografia Braille e visa proporcionar o acesso à escrita e à transcrição de partituras em braile. O fato de o Musibraille ser o primeiro software brasileiro capaz de escrever e imprimir em Musicografia Braille disponível online, já o torna um relevante objeto de pesquisa. Contudo, ao estudar sobre o mesmo, percebi que apesar de já existirem ações desenvolvidas em vários contextos em todo o país, poucos trabalhos científicos foram escritos, e os existentes estão mais focados nos aspectos histórico e técnico da musicografia braille de modo geral e/ou na descrição do próprio software, não trazendo esclarecimentos sobre seus objetivos e seu uso. Neste sentido será realizado um estudo de caso onde será analisada a aprendizagem musical dos alunos através da interação com o software. Para isto

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foram consultados: Fritsch et al (2003); Louro (2006); Bonilha e Carrasco (2007); e Cucchi (2011).

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UTILIZAÇÃO DE JOGOS PARA TV DIGITAL COMO INSTRUMENTO EDUCACIONAL. Ivanilde dos Santos Pereira; Alex de Souza Vieira (UFMA)

No final de 2003, o presidente Lula assinou o Decreto nº 4.901, instrumento que institui os pilares do Sistema Brasileiro de Televisão Digital; um sistema de radiodifusão televisiva que transmite sinais digitais e possibilita à disseminação de informação e conteúdos que propiciará sua aplicabilidade na área educacional (T-Learning). A EaD aplicada à TV Digital assume novo papel nos processos de ensino e aprendizagem. De modo interativo, o processo de produção de conhecimento deixa de ser unilateral, transformando-se em um processo de aprendizagem ativa, construído pelo telespectador com apenas o seu controle remoto. Uma das maneiras mais interessantes de se utilizar a TV Digital para fins educacionais é a utilização de jogos, que são ferramentas instrucionais eficientes, que facilitam o aprendizado e aumentam a capacidade de retenção do que foi ensinado, exercitando as funções mentais e intelectuais do jogador. Focado em crianças entre 5 e 8 anos de idade, apresentamos o protótipo de um jogo para alfabetização que emprega as principais recomendações das práticas educacionais via EaD. Objetivando aferir a efetividade da interface instrucional desenvolvida, nossa pesquisa buscará identificar novos parâmetros evolutivos que balizem a construção de aplicações dessa natureza.

UTILIZANDO JOGOS ELETRÔNICOS NA EDUCAÇÃO. Reno Costa Alencar, Anália Emília Barbosa Ferreira de Souza, Josilene Almeida Brito (IF Sertão-PE)

Considerando como norte as inúmeras necessidades de aprendizagem das atuais gerações, que conectadas sabem da existência de tecnologias capazes de possibilitar uma maior interação e um melhor aproveitamento das aulas e dos conteúdos, observou-se a necessidade de incorporação dessas tecnologias em sala de aula. Os jogos digitais podem facilitar o desenvolvimento de competências difíceis de serem trabalhadas no dia a dia, como: agilidade mental, linguagens e lógica, e atualmente vêm conquistando milhares de adeptos. Apesar de muitas vezes os games não serem construídos com objetivos educacionais, ainda é possível sua utilização em sala de aula, desde que haja um olhar pedagógico sobre a utilização do jogo, dando-lhe um

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Comunidades e Aprendizagem em Rede

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rumo de ensino e aprendizagem. Com esse intuito um repositório de jogos digitais de diversas características pode oferecer ao educador um leque de possibilidades e desenvolvimentos.

WEBJORNALISMO E AS LEIS DO DISCURSO. Paula Ádala dos Passos Pereira Gomes; Dilma Luciano (UFPE)

O grande desafio à mídia informativa tem sido atender às demandas da sociedade envolvida em um contexto político em constante mudança. Para alguns pesquisadores, o desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI) comparado à indústria da comunicação revela um descompasso: “a tecnologia, ela própria sujeita à crítica, era ‘canhestra’, as bases de dados algumas vezes deixavam de cobrir informações cruciais e os sites eram tediosos” (cf. BRIGGS & BURKE, 2004, p. 314). Para refletir sobre essa questão, este trabalho investiga o webjornalismo como um gênero crescente no discurso da informação midiática, abordando a atividade discursiva nos principais jornais online de cada região do país. Toma por pressuposto basilar o “princípio da cooperação”, de Grice (1979), para observar as leis do discurso, especialmente a lei da relevância e da informatividade, como apresentadas em Maingueneau (2008), e fundamentais ao discurso jornalístico.

UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DE CARACTERÍSTICAS EM REDES SOCIAIS E NOVAS POSSIBILIDADES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. Fábio Tavares Arruda; Larissa Catão Tenório Falcão (UPE)

Este artigo propõe a realização de uma análise das características e ferramentas de redes sociais mais populares na Internet com o objetivo de identificar potenciais ferramentas para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem. Tendo em vista que as redes sociais tem possibilitado meios que proporcionam a permuta de conhecimento, o desenvolvimento de comunidades virtuais, estudos em grupo e fóruns de discussões, permitindo assim um rápido compartilhamento de informações. Entretanto, poucos professores de ensino fundamental e médio percebem essas possibilidades. Assim vê-se a necessidade de analisar e destacar o que determinada rede social pode proporcionar a alunos e professores no processo de ensino-aprendizagem. Para fazer a análise e estudo dessas redes sociais serão construídos mapas conceituais dessas redes. Esses mapas serão construídos com o intuito de produzir um material que possa auxiliar professores de ensino médio na escolha de uma rede social de acordo com sua necessidade e ainda mostrar a conclusão do pesquisador sobre

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qual rede social pode ser mais bem utilizada no processo de ensino e aprendizagem. Este trabalho visa ainda incentivar os alunos na construção de conhecimento, além de proporcionar o uso educacional de uma ferramenta que o aluno já utiliza para entretenimento e comunicação.

LER E ESCREVER EM AMBIENTES DIGITAIS: O USO DE JORNAIS E REVISTAS. Vera Lucia da Silva (UFRPE)

Este trabalho traz experiência de Projeto de Iniciação à Docência aplicado no âmbito da leitura e da escrita usando suportes digitais com alunos de escola pública da cidade de Garanhuns-PE. A metodologia do trabalho utilizou leituras de notícias e entrevistas on-line para, em seguida, proceder à escrita e reescrita desses gêneros em sala de aula. Assim, buscava-se contribuir para que o aluno desenvolvesse o senso crítico e passasse a perceber a relação entre os temas sociais na construção do conhecimento (SOARES, 2002, p. 151). Ler e escrever utilizando recursos da telemática possibilitou ao aluno o contato com vários gêneros textuais e, ao mesmo tempo, levou-o a perceber que, dependendo do objetivo dos textos, a linguagem sofre mudanças (MARCUSCHI, 2003). Os resultados revelaram que os alunos, além de se sentirem estimulados à leitura e à escrita no uso da tecnologia em sala, conseguiram utilizar os suportes digitais de modo satisfatório, pois leram, discutiram e produziram os textos solicitados além de publicaram seus escritos em blog criado para a turma. O trabalho mostrou que, além de se configurar como ferramenta auxiliar para o desenvolvimento da linguagem, a tecnologia auxilia no processo de construção sócio-cognitiva do indivíduo.

REDES E REVOLUÇÕES SOCIAIS NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA - NARRATIVAS DIGITAIS E A PRIMAVERA ÁRABE. Gleison Mendes Barbosa; Susana Cristina dos Reis (UFSM)

Este artigo tem como objetivo analisar e descrever de que maneira se pode utilizar uma narrativa digital em sala de aula, tendo a linguagem como instrumento de prática social. A partir de uma revisão bibliográfica, descreve-se a importância dos gêneros hipermidiáticos dentro da sala de aula, bem como a importância do professor ser letrado digitalmente. A partir daí, tem-se um exemplo de prática, utilizando a Primavera Árabe como eixo central das discussões e tema das narrativas digitais propostas pelo professor. Os resultados são atingidos tanto com a produção dos alunos quanto ao professor sendo mediador no processo de construção do conhecimento.

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ANÁLISE DA APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE GAMES EDUCACIONAIS APOIADO NO DESIGN PARTICIPATIVO. Dyego Carlos Sales de Morais, Tancicleide Carina Simões Gomes, Flavia Mendes de Andrade e Peres (UFRPE)

A apropriação das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem tem se tornado comum, contudo com resultados muito aquém do seu real potencial de impacto. Neste trabalho, analisamos a aprendizagem de conteúdos curriculares da disciplina de Biologia no processo de desenvolvimento de games educacionais, por estudantes de uma escola da rede púbica estadual durante engajamento destes em atividades de Design Participativo no contexto escolar. As análises propostas apropriam-se das reflexões de Vygotsky, logo entendemos a aprendizagem como mediada por instrumentos/signos e fundamentada pelas inter-relações dos indivíduos com seu ambiente histórico e com outros sujeitos também situados culturalmente. Consoante às ideias de Vygotsky, apresenta-se o Design Participativo, fincado na premissa de sujeitos efetivamente participantes do design e não meros usuários de interfaces, fomentando o engajamento dos estudantes, simultaneamente usuários/desenvolvedores, no processo de desenvolvimento dos games educacionais. Os resultados preliminares obtidos através de acompanhamento etnográfico, videografias e análises interacionais, apontam uma aprendizagem significativa transitando entre conceitos de design, programação e conteúdos científicos pertinentes à disciplina de Biologia, entrelaçando ambos. As análises iniciais indicam relações entre motivação, interesse e engajamento dos estudantes para estudar a disciplina.

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