001 Educacao Permanente Tripartite

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    Po l t i ca de Edu cao e Desenv o lv im en t o pa r a oSUS

    Cam inh os pa ra a Educao Pe rm anen t e em

    SadeP los de Edu cao Perm anen t e em Sade

    Aprov ada na Reunio daCom isso I n t ergestor es Tr ipar t i te

    rea l i zada em Brasl ia em 18 d e se tem bro 2003

    Esplanada dos Ministrios, bloco G, sala 725 - 70058-900 - Braslia /DFTelefones: (61) 315-2858 / 315-3848 / Fax: 315-2862e-mails: [email protected] / [email protected]

    Site: www.saude.gov.br

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    I - I NTRODUO

    A partir da criao da Secretaria de Gesto do Trabalho e da

    Educao na Sade, o Ministrio da Sade assumiu o papel,definido na legislao, de gestor federal do SUS no que diz

    respeito formulao das polticas orientadoras da formao,

    desenvolvimento, distribuio, regulao e gesto dos

    trabalhadores de sade no Brasil.

    O seu De p a r t a m e n t o d e Ges t o d a Ed u ca o n a Sa d e :

    q responsve l p e la p ro p o s i o e f o rmu la o d a s po l t i cas re la t i v as :

    f o r m a o , d e s e n v o l v i m e n t o e e d u c a o

    p e r m a n e n t e d o s t r a b a l h a d o r e s d e s a d e em todos

    os nveis de escolaridade;

    ca p a c i t a o d e p ro f i ss io n a i s d e o u t ra s re a s , d o s

    m o v im e n t o s so cia i s e d a p o p u la o para favorecer a

    articulao intersetorial, incentivar a participao e o

    controle social no setor da sade;

    i n t e ra o co m a e sco la b s i ca no tocante aos

    conhecimentos sobre sade para a formao da

    conscincia sanitria.

    q re sp o n s ve l p e la co o p e ra o t cn i ca , f i n a n ce i ra e

    operac iona l com os estados e municpios, instituies de

    ensino, organizaes dos movimentos sociais e outras

    entidades para a implantao destas polticas.

    q o rg a n iza d o em t rs Coor denaes Gera is de :

    Aes Estratgicas em Educao na Sade (e d u ca o

    su p e r io r e m sa d e ) ;

    Aes Tcnicas em Educao na Sade (e d u ca o

    t cn i ca em sa d e );

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    Aes Populares de Educao na Sade (e d u ca o

    p o p u l a r em s a d e ) .

    q t r a b a l h a as especificidades desses trs campos,

    alimentando sua articulao por meio de t r s e i x o s f u n d a m e n t a i s que so a:

    re la o e n t re e d u ca o e t r a b a lh o ;

    mu d a n a n a s p o l t i ca s d e f o rma o e n a s

    p r t i ca s d e sa d e ;

    p ro d u o e d i ssem in a o d e co n h e c ime n to .

    q p r o p e a adoo da e d u c a o p e r m a n e n t e c o m o a e s t r a t g i a f u n d a m e n t a l p a r a a r e c o m p o s i o d a s

    p r t i ca s d e :

    f o r m a o ;

    a teno ;

    ges to ;

    f o rm u la o d e p o l t i ca s; co n t r o le so cia l n o se to r d a sa d e .

    q De ve e s ta b e le ce r a r t i cu la o p e rma n e n te com os

    diversos rgos do Ministrio da Sade (MS), do

    Ministrio da Educao (MEC), com o Conselho Nacional

    de Secretrios Estaduais de Sade (Conass) e as

    Secretarias Estaduais de Sade, com o Conselho

    Nacional de Secretrios Municipais de Sade (Consems)

    e as Secretarias Municipais de Sade, associaes de

    ensino e profissionais, entidades estudantis e

    movimentos sociais entre outros.

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    I I ANLI SE DE ALGUMAS DAS I N I CI ATI VAS DO SUS

    NO CAM PO DA FORMAO E DESENVOLVI MENTO EM

    SADE

    O SUS tem assumido um papel ativo na reorientao das

    estratgias e modos de cuidar, tratar e acompanhar a sade

    individual e coletiva e tem sido capaz de provocar importantes

    repercusses nas estratgias e modos de ensinar e aprender.

    Caminharam nessa direo Programas como:s Capacitao e Formao em Sade da Famlia (P los

    de Sade da Fam l ia , Cursos de Espec ia l i zao

    em Sade da Fam l ia e Res idnc ia em Sade da

    Fam l ia ) ;

    s Profissionalizao dos Trabalhadores da rea da

    Enfermagem ( P r o f a e ) ;

    s Qualificao de Equipes Gestoras de Sistemas e

    Servios de Sade ( A p e r f e i o a m e n t o d e

    Ge s to re s ) ;

    s Desenvolvimento Gerencial de Unidades Bsicas de

    Sade ( G e r u s ) ;

    s Especializao em Gesto de Sistemas e Servios de

    Sade ( Espec ia l i zao de Equ ipes Ges to r as) ;

    s Interiorizao do Trabalho em Sade ( P i t s ) ;

    s Incentivo s Mudanas Curriculares nos Cursos de

    Medicina ( P r o m e d ) ;

    s Me st r a d o s P ro f i ss io n a i s ;

    s Cursos de formao de Conse lhe i ros de Sade e

    d o M in i s t r i o P b l i co p ara o co n t ro le so c ial ; s Outros.

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    Esses p rog ramas:

    p o ss ib i l i t a ra m a mo b i l i za o d e p e sso a s e

    i n s t i t u i e s n o s e n t i d o d e u m a a p r o x i m a o

    e n t r e a s i n s t i t u i e s f o r m a d o ra s e a s a es e

    se rv ios do SUS;

    d e se n vo lve ra m co n d i e s d e c r t i ca e

    re f l e x o s i s t e m t i ca ;

    e s t i m u l a r a m o f o r t a l e c i m e n t o d o m o v i m e n t o

    p o r m u d a n a s n o p ro ce sso d e f o rm a o ;

    i n t r o d u z i r a m m u d a n as p o n t u a i s nos modeloshegemnicos de formao e cuidado em sade.

    No entanto, por se realizarem de forma desarticulada ou

    fragmentada e corresponderem a orientaes conceituais

    heterogneas, t i v e r a m l i m i t a d a c a p a ci d a d e d e :

    s p r o d u z i r i m p a c t o s o b r e a s i n s t i t u i e s

    f o r m a d o r a s , no sentido de alimentar os processosde mudana;

    s p r o m o v e r m u d a n a s n a s p r t i c a s d o m i n a n t e s

    n o s i s t e ma d e sa d e , j que se manteve a lgica

    programtica das aes ou das profisses e no se

    conseguiu desafiar os distintos atores para uma

    postura de mudana e problematizao de suas

    prprias prticas e do trabalho em equipe.

    Uma p o l t i ca d e e d u ca o p e rma n e n te n o SUS te m d e

    e n f r e n t a r , em sua prpria concepo e desenvolvimento, o

    d e sa f i o d e co n s t i t u i r- se em:

    e i x o t r a n sf o r m a d o r ;

    e s t ra t g ia mo b i l i za d o ra d e re cu rso s e

    poderes ;

    r e c u r s o e s t r u t u r a n t e d o f o r t a l e c i m e n t o d o

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    SUS.

    Para avanar na consolidao do SUS, absolutamente

    necessrio possibilitar que a formulao da poltica para o setor

    ocorra mediante espaos que concretizem a aproximao entreconstruo da gesto descentralizada do SUS, o

    desenvolvimento da ateno integral como acolhida e

    responsabilidade do conjunto integrado do sistema de sade e o

    fortalecimento da participao popular, com poder deliberativo.

    Em nosso pas, a sade o setor que vem protagonizando o

    mais significativo processo de reforma de Estado, tendo comoautores e atores importantes segmentos sociais e polticos, cuja

    ao fundamental continuidade e avano do movimento pela

    reforma sanitria, como para a concretizao do SUS. Por essa

    ra z o , a s v r i a s i n s t n c ia s d o SUS d e ve m cu mp r i r u m

    p a p el i n d u t o r n o s en t i d o d a s m u d a n as , t a n t o n o c a m p o

    d a s p r t i c a s d e s a d e c o m o n o c a m p o d a f o r m a o

    p ro f i ss io n a l . Uma proposta de ao estratgica que contribua

    para transformar a organizao dos servios e dos processos

    formativos, as prticas de sade e as prticas pedaggicas em

    t r a b a l h o a r t i c u l a d o e n t r e s i s t e m a d e s a d e ( e m s u a s

    v r i a s e s fe ra s d e g e s t o ) e i n s t i t u i e s f o rma d o ra s . Ao

    colocar em evidncia a formao e o desenvolvimento para o

    SUS por meio da construo da educao permanente, pede-se

    propor a agregao entre desenvolvimento individual e

    institucional, entre servios e gesto setorial e entre ateno e

    controle social, visando implementao dos princpios e das

    diretrizes constitucionais do SUS.

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    I I I EDUCAO PERMANENTE EM SADE COMO

    NOO ESTRATGI CA N A FORMAO E

    DESENV OLVI MENTO PARA O SUS

    A e d u c a o p e r m a n e n t e p a r t e d o p r e s s u p o s t o d a

    a p r e n d i z a g e m s i g n i f i c a t i v a ( q u e p r o m o v e e p r o d u z

    s e n t i d o s ) e prope que a transformao das prticas

    profissionais deva estar baseada na reflexo crtica sobre as

    prticas reais de profissionais reais em ao na rede deservios. Conforme Maria Alice Roschke, a Educao

    P e r m a n e n t e a p r e n d i z a g e m n o t r a b a l h o , o n d e o

    a p r e n d e r e e n s i n a r s e i n c o r p o r a m a o q u o t i d i a n o d a s

    o rg a n iza e s e a o t ra b a lh o . Prope-se, portanto, que os

    processos de capacitao dos trabalhadores da sade tomem

    como referncia as necessidades de sade das pessoas e das

    populaes, da gesto setorial e do controle social em sade,

    tenham como objetivos a transformao das prticas

    profissionais e da prpria organizao do trabalho e sejam

    estruturados a partir da problematizao do processo de

    trabalho. A atualizao tcnico-cientfica apenas um dos

    aspectos da transformao das prticas e no seu foco central.

    A formao e desenvolvimento englobam aspectos de produo

    de subjetividade, de habilidades tcnicas e de conhecimento do

    SUS.

    Assim, na proposta da educao permanente, a mudana das

    estratgias de organizao e do exerccio da ateno ter que

    ser construda na prtica concreta das equipes. As demandas

    para capacitao no se definem somente a partir de uma listade necessidades individuais de atualizao, nem das orientaes

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    dos nveis centrais, mas prioritariamente a partir dos problemas

    que acontecem no dia-a-dia do trabalho referentes ateno

    sade e organizao do trabalho, considerando a necessidade

    de prestar aes e servios relevantes e de qualidade. a partirda problematizao do processo e da qualidade do trabalho -

    em cada servio de sade - que so identificadas as

    necessidades de capacitao, garantindo a aplicabilidade e a

    relevncia dos contedos e tecnologias estabelecidas.

    A l g i c a o u m a r c o c o n c e i t u a l , d e o n d e s e p a r t e p a r a

    p r o p o r a e d u c a o p e r m a n e n t e o d e a c e i t a r q u e f o r m a o e d e se n v o l v i m e n t o d e v e m - s e f a ze r d e m o d o :

    d e sce n t ra l i za d o ;

    ascenden te ;

    t r a n sd i sc ip l i n a r .

    Possa p rop ic ia r :

    a d e m o c r a t i z a o i n s t i t u c io n a l ;

    o d e s e n v o l v i m e n t o d a c a p a c i d a d e d e

    a p r e n d i z a g e m ;

    o d e s e n v o l v i m e n t o d e c a p a c i d a d e s d o c e n t e s e

    d e e n f r e n t a m e n t o c r i a t i v o d a s s i t u a e s d e

    sade ;

    o t r a b a lh o e m e q u i p es m a t r i c i ai s ;

    a m e l h o r a p e r m a n e n t e d a q u a l i d a d e d o c u i d a d o

    sad e;

    a co n s t i t u i o d e p r t i ca s t cn i ca s c r t i ca s ,

    t i cas e humans t i cas .

    Desse modo, t r a n s f o r m a r a f o r m a o e g e s t o d o

    t r a b a l h o e m s a d e no pode ser considerada questo

    simplesmente tcnica,j que e n v o l v e m u d a n as :

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    nas re laes;

    nos p r ocessos ;

    n o s a to s d e sa d e ;

    e , p r i n c ip a lm e n te , n a s p e sso as .

    So questes tecnopolticas e implicam a articulao de aes

    para dentro e para fora das instituies de sade. Para se r

    p o ss ve l , a e d u ca o p e rma n e n te re q u e r a e s n o

    m b i t o :

    d a f o rma o t cn i ca , d e g ra d u a o e d e p s -

    g ra d u a o ;

    d a o rg a n iza o d o t r a b a lh o ;

    d a i n te ra o co m a s re d e s d e g e s t o e d e

    se rv ios de sade ;

    d o co n t ro le so c ial n e s te se to r .

    A g e s t o d a e d u c a o p e r m a n e n t e e m s a d e ser feita

    por meio de P lo s d e Ed u ca o Pe rma n e n te e m Sa d e I n s t n c i a s d e A r t i c u l a o I n t e r i n s t i t u c i o n a l d a E d u c a o

    P e r m a n e n t e e m S a d e Rodas pa ra a Ges to da

    Ed u ca o Pe rm a n e n t e e m Sa d e q u e s o :

    espaos para o estabelecimento d o d i l o g o e d a

    negoc iao entre os atores das aes e servios do

    SUS e das instituies formadoras; o lcus pa r a a iden t i f i cao de necess idades e a

    co n s t ru o d e e s t ra t g ia s e p o l t i ca s no campo

    da formao e desenvolvimento - sempre na

    perspectiva de ampliao da qualidade da gesto, da

    qualidade e do aperfeioamento da ateno integral

    sade, do domnio popularizado do conceito ampliado

    de sade e do fortalecimento do controle social nos

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    Sistemas;

    D ev e r o f u n c i on a r c o m o d i s p o si t i v o s do Sistema

    nico de Sade p a r a a m u d a n a n a s p r t i c a s de

    sade e mudana nas prticas de educao em sadecomo Rodas de debate e construo coletiva (Rodas

    para a Educao Permanente em Sade).

    So au to res e a t o r e s f u n d a m e n t a i s d e s s a s i n s t n c i a s

    d e a r t i c u l a o d a e d u c a o p e r m a n e n t e e m s a d e :

    os gestores estaduais e municipais;

    as universidades e instituies de ensino com cursosna rea da sade, incluindo principalmente as suas

    reas clnicas e da sade coletiva;

    as escolas de sade pblica (ESP);

    os centros formadores (Cefor),

    os ncleos de sade coletiva (Nesc);

    as escolas tcnicas de sade (ET-SUS); os hospitais de ensino;

    os estudantes da rea de sade;

    os trabalhadores de sade;

    os Conselhos Municipais e Estaduais de Sade;

    os movimentos ligados gesto social das polticas

    pblicas de sade; outros.

    Os P los de Educao Permanen te em Sade ,

    t r a b a lh a r o com a perspectiva de construir nos espaos locais,

    microrregionais, regionais, estaduais e interestaduais a

    ca p a c id a d e d e d e se n vo lve r a f o rma o e o

    d e se n vo lv ime n to d a s e q u ip e s d e sa d e , d o s a g e n te s

    so cia i s e d e p a r cei ro s i n t e r se to r i a i s .

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    Os P los de Educao Permanen te em Sade d e v e r o

    s e m p r e t r a b a l h a r c o m o s e l e m e n t o s q u e c o n f e r e m

    i n t e g r a l i d a d e d a a t e n o d e s a d e ( d i r e t r i z

    co n s t i t u c io n a l ) forte capacidade de impacto sobre a sade dapopulao e que so essenciais para a superao dos limites da

    formao e das prticas tradicionais de sade, quais sejam:

    a c o l h i m e n t o ;

    v n cu lo e n t r e u su r io s e e q u ip e s ;

    responsab i l i zao ;

    d e se n v o l v i m e n t o d a a u t o n o m i a d o s u s u r i o s; re so lu t i v i d a d e d a a te n o sa d e .

    A i n t e g ra l i d a d e d a a te n o sa d e e n vo lve :

    a co m p re e n s o d a c l n i ca a m p l i a d a ;

    o co n h e cim e n to so b re a re a l i d a d e ;

    o t r a b a l h o e m e q u i p e m u l t i p r o f i s s i o n a l e

    t r a n sd i c ip l i n a r ; a a o i n t e r se to r i a l ;

    o c o n h e c i m e n t o e o t r a b a l h o c o m o s p e r f i s

    e p id e mio l g i co s , d e mo g r f i co s , e co n mico s ,

    so c iai s e cu l t u ra i s d a p o p u l a o d e ca d a l o ca l e

    co m o s p ro b le ma s , re g io n a is , e s ta d u a is e

    n a c io n a is (d e n g u e , t u b e rcu lo se , h a n se n a se e m a l ri a , p o r e x e m p l o ) .

    Para alcanar a ateno integral sade, com base nas

    necessidades sociais por sade, a a te n o b s i ca cu m p r e u m

    p a p e l e s t ra t g i co n a d in mica d e f u n c io n a me n to d o SUS

    p o r q u e p r o p i c i a a co n st r u o d e re la e s co n t n u a s co m a

    popu lao . Em todas as suas modalidades de operao,

    particularmente na sade da famlia, a ateno bsica deve

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    buscar a ateno integral e de qualidade, a resolutividade e o

    fortalecimento da autonomia das pessoas no cuidado sade,

    estabelecendo articulao orgnica com o conjunto da rede de

    servios.O co n ju n to d a re d e d e a e s e se rv i o s d e sa d e ,

    e n t re ta n to , p re c i sa i n co rp o ra r a s n o e s d e sa d e d a

    f a m l i a , f u n c io n a n d o co mo cade ia do cu idado

    p rogr ess ivo sade , o n d e se co n s id e re a o rg a n iza o

    e o f u n c i o n a m e n t o h o r i z o n t a l d o s r e c u r s o s , d a s

    t e cn o lo g ia s e d a d i sp o n ib i l i d a d e d o s t ra b a lh a d o re s e ms a d e p a r a g a r a n t i r a o p o r t u n i d a d e , a i n t e g r a l i d a d e e a

    reso luo dos p rocessos de a teno sade , da ges to ,

    d o co n t r o le so cia l e d a p ro d u o so c ia l d e co n h e c im e n t o .

    Uma ca d e ia d e cu id a d o s p ro g re ss i vo s sa d e su p e a

    r u p t u r a c o m o c o n c e i t o d e s i s t e m a v e r t i c a l i z a d o p a r a

    t r a b a l h a r c o m a i d i a d e u m c o n j u n t o a r t i c u l a d o d e

    se rv i o s b s i co s , a mb u la t r i o s d e e sp e c ia l i d a d e s e

    h o sp i t a i s g e ra i s e e sp e cia l i zad o s e m q u e t o d a s a s a e s e

    se rv i o s d e sa d e se ja m p re s ta d o s re co n h e ce n d o -se

    c o n t e x t o s e h i s t r i a s d e v i d a e a s s e g u r a n d o a d e q u a d o

    a co lh ime n to e re sp o n sa b i l i za o p e lo s p ro b le ma s d e

    sade das pessoas e das pop u laes .

    A educao permanente a proposta apropriada para

    trabalhar a construo desse modo de operar o Sistema, pois

    permite articular gesto, ateno e formao para o

    enfrentamento dos problemas concretos de cada equipe de

    sade em seu territrio geopoltico de atuao.

    S o p r i o r i d a d e s , n o p ro ce sso d e e d u ca o p e rma n e n te

    e m s a d e , n o B r a s il c om o u m t o d o a p a r t i r d o s p r i n c p i o s e d i re t r i ze s d o SUS e su a im p le m e n t a o :

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    a s e q u ip e s q u e a tu a m n a a te n o b s i ca , num

    trabalho de qualificao que envolver a articulao e

    o dilogo entre atores e saberes da clnica, da sade

    coletiva e da gesto em sade;

    a s e q u ip e s d e u rg n c ia e e m e rg n c ia ;

    a s eq u ip e s d e a te n o e i n t e r n a o d o m ic i l i ar ;

    as equ ipes de reab i l i t ao ps icossoc ia l ;

    a o p e sso a l n e ce ss r io p a ra p re s ta r a te n o

    h u m a n i za d a ao p a r t o e a o p r - n a t a l ;

    os Ho sp i t a i s Un ive r s i t r i o s e de Ens in o em aesque objetivam sua integrao rede do SUS na

    cadeia de cuidados progressivos sade, a reviso

    de seu papel nos ensino, e seu apoio docente e

    tecnolgico ao desenvolvimento do sistema;

    o d e s e n v o l v i m e n t o d a g e s t o d o s i s t e m a , d a s

    aes e dos se rv ios de sade ; as capac i t aes pon tua is resu l t an tes de

    de l i be rao nac iona l , es tadua l i n te rges to res ,

    m un ic ipa l ou do Conse lho de Sade .

    Deve-se reiterar que as capacitaes pontuais, na educao

    permanente em sade, no esgotam o conceito/noo de

    educao para o trabalho tcnico, uma vez que elas devem

    ocorrer na dimenso em que se compreendem as equipes de

    trabalho e a gesto do trabalho. Deve-se propiciar em sua

    implementao a discusso sobre os programas e o sistema

    de sade, as novidades tecnolgicas ou epidemiolgicas e a

    integralidade da ateno sade, os protocolos de ateno

    sade e a clnica ampliada, criando, sempre, processos de

    anlise e problematizao.

    Po d e -se / d e v e-se re a l i za r a e d u ca o a p l i ca d a ao

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    t r a b a l h o ( c a p a c i t a e s t r a d i c i o n a i s ) , m a s t a m b m a

    e d u ca o q u e p e n sa o t r a b a lh o e a e d u ca o q u e p e n sa a

    p r o d u o d o m u n d o . P a r a i n t e r a g i r o m u n d o d a v i d a e o

    d o t r a b a l h o , p o d e- s e/ d e v e - s e i n s er i r p r o c e ss o s d e re f l e x o c r t i ca , b a se p a ra u m a e d u ca o q u e d e s ta q u e o

    d e s e n v o l v i m e n t o d a a u t o n o m i a e d a c r i a t i v i d a d e n o

    p e n sa r , n o sen t i r e n o q u e re r d o s su je i t o s so cia i s .

    A e d u c a o p e r m a n e n t e e m s a d e d e v e s e r t o m a d a

    c o m o u m r e c u r s o es t r a t g i c o p ar a a g e st o d o t r a b a l h o e

    d a e d u ca o n a sa d e , p o r t a n to a n e g o c ia o e n t re s e r v i o s d e s a d e e i n s t i t u i e s f o r m a d o r a s n o d e v e

    l e v a r s i m p l e s m e n t e o s g e s t o r e s a o r g an i za r u m m e n u d e

    c u r s o s o u p a c o t e s p r o g r a m t i c os p o n t u a i s, m a s se m p r e o

    o r d e n a m e n t o d a f o r m a o e d e s e n v o l v i m e n t o

    p e rma n e n te d o s t ra b a lh a d o re s d a sa d e . Po r i sso , a

    r o d a e m c ad a t e r r i t r i o l o co r r e g i o n al s em p r e d e b at e r

    e b u s c a r i m p l e m e n t a r a m e l h o r e m a i s a d e q u a d a a o ,

    d e f i n i n d o c o n t e d o , f o r m a , m e t o d o l o g i a s e r e s p o n s v e i s

    p a ra m a io r im p a c to d e su a s a es .

    Os P lo s d e Ed u ca o Pe rma n e n te e m Sa d e , por sua

    caracterstica de encontro e integrao interinstitucional, de

    educao e trabalho e de formao e interveno na realidade,

    s o re sp o n s ve is t a mb m p e la a r t i cu la o e g e s t o d a

    i n se r o d e d o ce n te s e e s tu d a n te s n o s ce n r io s d e

    p r t i ca dos se rv ios de sade , buscando fortalecer e levar

    para dentro da educao superior e profissional os valores aqui

    mencionados.

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    IV - A in te r ins t i tuc iona l idade na fo rmao , a teno , ges to e con t ro le soc ia l em sade nos

    t e r r i t r i o s

    Servidorestcnico-

    administrativos

    Grupos Sociais

    territorializados

    UBS Ambulatrios de Referncia

    Escolas deEducao Bsica

    CAPS Servios de emergncia eurgncia

    HospitaisUniversitrios

    Estudantes degraduao

    Estudantess dePs-Graduao

    da rea daSade

    Servidorestcnico-

    cientficosDocentes da rea da Sade

    AgentesComunitrios

    de Sade

    Universidades/Escolas Pblicas

    Universidades/Escolas Pblicas ePrivadas

    ConselhosEstaduais de

    Sade

    ConselhosMunicipaisde Sade

    SecretariasMunicipaisde Sade

    Escolas deSade

    Pblica

    SecretariasEstaduaisde Sade

    Centros deFormaoTcnica

    Entidades darea da Sade

    EntidadesEstudantis

    Entidades de Educaona rea da Sade

    Sindicatos ConselhosProfissionais

    Conselho Nacional deSade

    Ministrio da Sade Ministrio da Educao Conselho Nacional deEducao

    Educao Permanente em Sade (o que entra na roda)

    Estudantes deeducao tcnica

    AssociaesProfissionais

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    V I NTERI NSTI TUCI ONALI DADE E DESENVOLVI MENTO DA

    POL TI CA DE EDUCAO NO SUS DI AN TE DAS NECESSI DAD ES DE

    SADE DOS GRUPOS SOCI AI S TERRI TORI ALI ZADOS

    A i n t e r i n s t i t u c i o n a l i d a d e expressa a d i v e r s i d a d e d e a t o r e s

    so c ia i s e n vo l v id o s n o p ro ce sso d a e d u ca o p e rma n e n te e m

    sa d e , quer seja como:

    d i r i g e n te s ;

    p r o f i s si o n a i s em f o r m a o ;

    t r a b a lh a d o re s ; e s tu d a n te s ;

    usur ios das aes e se rv ios de sade .

    A partir deles que se definiro as exigncias de aprendizagem.

    A m u l t i p l i c i d ad e d e i n t e r e ss es e p o n t o s d e v i s t a existentes na

    prtica diria da rea da sade e da educao nos territrios

    locorregionais d e ixa c la ra a n e ce ss id a d e d e n e g o c ia o e p a c tu a o p o l t i ca n o p ro ce sso d e e s ta b e le c ime n to d e

    o r i e n t a es e a e s p a ra a e d u ca o p e rm a n e n t e e m sa d e .

    O n c le o ce n t ra l d a p o l t i ca d e e d u ca o e d e se n vo lv ime n to

    d o t r a b a l h o e m s a d e c o n s t i t u d o p e l a p r p r i a p o p u l a o , cujas

    necessidades sanitrias e mesmo de educao para a gesto social das

    polticas pblicas de sade devem ser contempladas, promovendo o

    desenvolvimento da sua autonomia diante das aes, dos servios, dos

    profissionais e dos gestores de sade.

    Para que se possa iden t i f i ca r os e fe i tos das aes

    d e sen v o lv id a s , m e can ism o s d e a va l i a o e a cre d i t a o p e r i d i co s

    d o s p ro je to s e d o s p ro ce sso s d e se n ca d e a d o s a p a r t i r d o s P lo s

    d e Ed u c a o Pe r m a n e n t e e m Sa d e i r o p o s si b i l i t a r o r d e n a r e / o u

    re o rd e n a r ca d a a r t i cu la o i n t e r i n s t i t u c io n a l n a p o l t i ca d e

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    e d u c a o p e r m a n e n t e e m s a d e .

    A avaliao e acreditao das propostas dos Plos devero

    considerar como co n d i o re le va n te a t e r r i t o r i a l i za o p o l t i ca e

    so c ia l d a s n e ce ss id a d e s e m sa d e , co mp a t ib i l i za d a s co m a s ca ra c te r s t i ca s e p id e mio l g i ca s e d e mo g r f i ca s d e ca d a

    p o p u la o t e r r i t o r i a l i za d a .

    A e f e t i v i d a d e d a e d u c a o p e r m a n e n t e e m s a d e e s t

    i n t i m a m e n t e r e l ac io n a d a e f e t i v i d a d e d a f o r m u l a o d e p o l t i c a s

    d e s a d e nas reas estratgicas e de prioridade na organizao da rede

    de ateno sade em cada territrio a partir das necessidades reais desade da sua populao.

    Ao eleger as necessidades em sade e a cadeia do cuidado

    progressivo sade como fatores de exposio s aprendizagens e para

    o processo de educao permanente em sade, o s d i ve rso s a to re s

    d e ve r o d e se n vo lve r n o va s p ro p o s ta s p e d a g g ica s , q u e se ja m

    c a p a z e s d e m e d i a r a c o n s t r u o d o c o n h e c i m e n t o e d o s p e r f i s

    s u b j e t i v o s n e st a p e r s p ec t i v a .

    Se r o n e ce ss r io s n o vo s me ca n ismo s d e p la n e ja me n to e

    g e s t o p a ra q u e o s se rv i o s p o ssa m se r e sp a o s d e

    a p r e n d i z a g e m . Especial ateno ser exigida para a formulao de

    n o v o s p a c t o s d e t r a b a l h o , capazes de absorver as demandas de

    cuidado s pessoas e populaes, o ensino e a produo e disseminao

    do conhecimento nos espaos locais e no conjunto da rede de ateno

    sade.

    Na perspectiva da educao permanente e da significao dos

    processos de formao pelas necessidades sociais em sade, pela

    integralidade da ateno e pela rede de cuidados progressivos sade

    n e c e s s r i o q u e a s i n s t i t u i e s f o r m a d o r a s t a m b m r e a l i z e m

    i m p o r t a n t e s i n i c i a t i v a s i n o v a d o r a s n a r e a d o p l a n e j a m e n t o e

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    ges to educac iona l .

    As articulaes interinstitucionais para a educao permanente em

    sade se constituiro em espaos de planejamento, gesto e mediao

    para que as diretrizes polticas de ordenao da educao para o SUS sematerializem de forma agregadora e direcionada, em sintonia com as

    peculiaridades locorregionais.

    O c o n j u n t o d e a t o r e s e n v o l v i d o s s e c o n s t i t u i c o m o

    i n t e r l o c u t o r p e r m a n e n t e n o s d i l o g o s n e c e s s r i o s c o n s t r u o

    d a s p ro p o s ta s e d a s co r re e s d e t r a je t r i a .

    A estreita sintonia entre o Ministrio da Sade, Ministrio daEducao e os Conselhos Nacionais de ambos os setores condio

    importante aliana com os gestores e servios do SUS, com as

    instituies formadoras e com as instncias de controle social em sade.

    VI - OPERACI ONALI ZAO DOS

    PLOS DE EDUCAO PERMA NENTE EM SAD E

    I NSTNCI AS DE ARTI CULAO I NTERI NSTI TUCI ONAL DA

    EDUCAO PERMA NENTE EM SADE

    RODAS PA RA A GESTO DA EDUCAO PERMA NENTE EM

    SADE:

    Uma vez que os Plos de Educao Permanente em Sade supem

    a integrao ensino-servio, formao-gesto setorial e desenvolvimento

    institucional-controle social, o ges to r federa l , p r o p o n e n t e d a

    e d u c a o p e r m a n e n t e e m s a d e c o m o u m a p o l t i c a p b l i c a d o

    SUS, p ro p e q u e c r i t r i o s , r e g ra s e d i re t r i ze s q u e d e ve m e m b a sa r

    a a p r e se n t a o e a p r o v a o d e p r o j e t o s , o a co m p a n h a m e n t o d a

    e xe cu o d e ca d a imp le me n ta o e o e xe rc c io d a a va l i a o e

    acred i tao .

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    1 . Fun es dos P lo s d e Ed u ca o Pe rm a n e n t e e m Sa d e

    I n s t n c ia s d e A r t i cu la o I n te r i n s t i t u c io n a l d a Ed u ca o

    P e r m a n e n t e e m S a d e Rodas para a Gesto da Educao

    Pe rm a n e n t e e m Sa d e :

    1.1. Mo b i l i za r a f o rmu la o e a i n t e g ra o d e a e s d e

    e d u ca o / f o r m a o / c ap a ci t a o d o s d i st i n t o s a t o r e s loca is :

    usurios; dirigentes dos servios; gestores pblicos; dirigentes

    institucionais; docentes; estudantes da educao tcnica, de graduaoe de ps-graduao; trabalhadores de sade; agentes sociais e parceiros

    intersetoriais;

    1.2. I n d u z i r p r o c e s s o s d e t r a n s f o r m a o d a s p r t i c a s d e

    sade (ateno, gesto e controle social) e de educao na sade ;

    1 . 3 . F o r m u l a r p o l t i c a s d e f o r m a o e d e s e n v o l v i m e n t o e m

    b a ses g e o p o l t i ca s t e r r i t o r i a l i zad a s ;

    1.4. Es ta b e le ce r re la e s co o p e r a t i v a s co m o s d e m a is P lo s

    d e Ed u ca o Pe rma n e n te e m Sa d e , tendo em vista a necessidade

    de compartilhar iniciativas e de possibilitar o acesso aos saberes e

    prticas de outros locais (Rede de Plos de Educao Permanente

    Estadual e Nacional).

    2 . Regr as em re lao aosP lo s d e Ed u ca o Pe rm a n e n t e

    e m S a d e I n s t n c i a s d e A r t i c u l a o I n t e r i n s t i t u c i o n a l d a

    Ed u ca o Pe rma n e n te e m Sa d e Rodas para a Gesto da

    Ed u ca o Pe rm a n e n t e e m Sa d e :

    2.1. um dispositivo de agregao e direcionalidade das

    diferentes instituies e d e v e se r r e s p o n s v e l p o r u m d e t e r m i n a d o

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    t e r r i t r i o (o conceito de territrio pode abranger municpios vizinhos

    dentro ou fora dos limites de um mesmo estado reas de um municpio

    e reas de outros municpios e, ainda, municpios no vizinhos; valem as

    regionalizaes da ateno sade, da cobertura regional universitriaou tcnico-escolar, de deslocamento social da populao por motivos

    culturais ou econmicos etc., entre outros);

    2.2. N o l u g a r e xe cu t i vo , uma articulao interinstitucional;

    2.3. Re n e g e s to re s , i n s t i t u i e s f o rma d o ra s , i n s t n c ia s d e

    co n t ro le so c ia l , h o sp i t a i s d e e n s in o e se rv i o s e re p re se n ta o

    e s t u d a n t i l . Esses autores/atores c o n s t i t u e m e m u m a p l e n r i a , cujopapel o de propiciar o d e b a t e a m p l o acerca dos problemas,

    prioridades e c o n f o r m a o d a s a l t e r n a t i v a s d e f o r m a o e

    d e s e n v o l v i m e n t o d o s t r a b a l h a d o r e s d e s a d e e d e m a i s a t o r e s

    soc ia is da sade ;

    2.4. Caminha na mesma cultura construtora do SUS, isto ,

    mediante n e g o c ia o e p a c tu a o , ru p tu ra co m a l g i ca d e

    r e l a o d e b a l c o o u d e b a n c o c o m o g o v e r n o f e d e r a l o u

    e s ta d u a l e d o s p ro je to s ve r t i ca l i za d o s , possibilitando o

    desenvolvimento de estratgias locais, regionais e estaduais em rodas

    interinstitucionais;

    2.5. Produz po l t i cas e es tabe lece negoc iaes

    i n t e r i n s t i t u c io n a i s e i n t e rse to r i a i s o r i e n ta d a s p e la s n e ce ss id a d e s

    d e f o r m a o e d e se n v o l v i m e n t o e p e l o s p r i n c p i o s e d i r e t r i z es d o

    SUS, no substituindo quaisquer fruns de formulao e deciso sobre

    as polticas de organizao da ateno sade;

    2.6. D e v e e f e t u a r o r e g i s t r o d a s p r t i c a s implementadas e

    suas caractersticas, bem como apresentar a anlise crtica do trabalho

    realizado, permitindo ampla visibilidade sobre os processos formativos

    desenvolvidos;

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    2.7. Ca d a p a rce i ro i n s t i t u c io n a l d e ve re o r ie n ta r a s

    i n i ci a t i v a s d e f o r m a o e d e se n v o l v i m e n t o e m s a d e a t u a l m e n t e

    e m cu rso d e a co rd o co m o s p r i n c p io s d a Ed u ca o Pe rma n e n te

    e m S a d e e com as prioridades e orientaes produzidas pelo Plo deEducao Permanente em Sade. Ou seja, todas as iniciativas de

    formao e desenvolvimento devem ser planejadas ou repactuadas como

    integrantes da Poltica de Educao Permanente para o SUS;

    2.8. o f ru m p r i v i l e g ia d o p a ra a d i scu ss o e d e f i n i o

    r e l a t i v a f o r m a o e a o d e se n v o l v i m e n t o na base territorial de sua

    abrangncia;2.9. r e f e r n ci a p a r a u m c er t o t e r r i t r i o , que a ele se vincula

    para apresentar necessidades de formao e desenvolvimento;

    2.10. o re cu rso p a ra t e r r i t r i o s a mp l i a d o s n o q u e p o d e se r

    re fe r n c ia , buscando contemplar municpios ou regies no includos

    em sua base de referncia, apoiando os demais Plos de Educao

    Permanente em Sade ou estruturas de formao participantes da

    Poltica de Educao Permanente para o SUS;

    2.11. Em cada base territorial abrangida, o P lo de Educao

    Pe rma n e n te e m Sa d e o p r i n c ip a l d i sp o s i t i vo p a ra mo b i l i za r

    re cu rso s f i n a n ce i ro s d o M in i s t r i o d a Sa d e para a formao e o

    desenvolvimento;

    2.12.Refe renc ia -se aos municpios abrigados em seu territrio e

    s diretorias regionais das SES; o conjunto de articulaes

    interinstitucionais regionais para a educao permanente em sade de

    cada estado se referencia a SES de forma articulada;

    2.13. Nos estados com vrios Plos de Educao Permanente em

    Sade, ca b e a SES a i n i c i a t i va d e re u n i r p e r i o d i ca me n te e sse s

    P lo s p a ra e st im u la r a co o p e ra o e a co n ju g a o d e es fo ro s , a

    n o f r a g m e n t a o d a s p r o p o s t a s e a c o m p a t i b i l i z a o d a s

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    i n i c i a t i va s co m a p o l t i ca e s ta d u a l e n a c io n a l d e sa d e ,

    a te n d e n d o a o s i n t e re sse s e n e ce ss id a d e d o f o r t a le c ime n to d o

    SUS e d a Re fo rma Sa n i t r i a B ra s i l e i r a e se mp re re sp e i t a n d o a s

    n e ce ss id a d e s l o ca i s . Po d e r se r c r i a d o u m Co le g ia d o o u F ru mdos P los de Educao Permanen te em Sade . Nenhum municpio

    do pas deixar de estar afeto a uma referncia interinstitucional

    articulada para a educao permanente (cada SES coordenar esse

    processo).

    2.14.Se e s ta b e le ce co m u m co n se lh o g e s to r . A g e s t o

    co leg iada ser constituda por representantes do gestor estadual(direo regional ou similar), dos gestores municipais (Cosems), do

    gestor do municpio sede do plo, das instituies formadoras e dos

    estudantes, formalizado por resoluo do CES. A Gesto se r

    p a r t i c i p a t i va e a sse g u ra r t r a n sp a r n c ia . Em conformidade s

    prticas do SUS, as decises sero tomadas por consenso. Quando isso

    no for possvel, a deciso deve ser encaminhada para as instncias

    pertinentes (Comisso Intergestores Bipartite Estadual e Conselho

    Estadual de Sade).

    3 . Di re t r i zes para Va lidao/ Acred i t ao de Pro j e tos

    dos P lo s d e Ed u ca o Pe rma n e n te e m Sa d e I n s t n ci a s d e

    A r t i c u l a o I n t e r i n s t i t u c i o n al d a Ed u c a o P er m a n e n t e e m Sa d e

    Rodas pa r a a Ges to da Edu cao Perm anen t e em Sade :

    O MS acreditar os projetos dos Plos de Educao Permanente em

    Sade pactuados pelo Conselho Gestor do Plo, CIB e CES,) assegurando

    as diretrizes da ao poltica para implementao da Poltica de Educao

    Permanente para o SUS, pactuada nacionalmente.

    3.1. A p r e s e n t a o d a p r e v i s o d e i m p a c t o s : nas aes e nos

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    servios de sade, na gesto do SUS, na educao tcnica, na

    graduao, na ps-graduao, na educao popular e na produo e

    disseminao de conhecimento;

    3.2. De f in i o d o s co m p ro m isso s d o s p a rce i ro s p a r t i c i p a n t e s do P lo : gestores, controle social, estudantes, instituies formadoras e

    hospitais de ensino ou outros servios credenciados como de ensino;

    3.3. Ap re se n ta o d a a mp l i t u d e d a s i n c lu s e s p ro p o s ta s :

    contemplar multiplicidade de atores, de servios e de prticas;

    3.4. Fo rmu la o d e a b o rd a g e n s e e s t ra t g ia s i n t e g ra d a s d e

    i m p l e m e n t a o ed u c a t i v a dos campos de conhecimentos especficos,reconhecidos como de interesse locorregional, estadual ou nacional;

    3.5. Exp l i c i t a o d a s n e ce ss id a d e s d e sa d e a q u e a

    p ro p o s t a se re p o r t a e d a s me t o d o lo g ia s p re v i s t a s ;

    3.6. Exp l i c i t a o d a re la o d a p ro p o s ta co m o s p r i n c p io s e

    d i r e t r i zes do SUS, o princpio de Ateno Integral Sade e da cadeia

    de cuidados progressivos sade na rede do SUS (noo de sade da

    famlia no conjunto dos servios de sade);

    3.7. Exp l i c i t ao das mudanas nas p r t i cas de sade e de

    educao na sade ;

    3.8. Exp l i c i t a o d a mu l t i p ro f i ss io n a l i d a d e e d a

    t ra n sd i sc ip l i n a r i d a d e n a s p ro p o s ta s ;

    3.9. I n d i c a o d o s r e s p o n s v e i s p e l a i m p l e m e n t a o d e

    ca d a u ma d a s a e s p re v i s t a s (instituio formadora, secretaria

    municipal, secretaria estadual etc.) com cus tos e p lano de ap l i cao .

    3.10. A p r o p o s t a s d e v e m s e r e n c a m i n h a d a s a o

    Depar tamen to de Gesto da Educao na Sade , da Secre ta r ia de

    Ge s t o d o T ra b a lh o e d a Ed u ca o n a Sa d e , e se rv i r o p a ra

    o r i e n t a r o a c o m p a n h a m e n t o d a c o n s t r u o d a E d u c a o

    Pe rma n e n te p e lo M in i s t r i o d a Sa d e . As proposies sero

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    analisadas e a partir delas ser estabelecido dilogo com as instituies

    proponentes no sentido de seu ajustamento s diretrizes da poltica de

    educao permanente para o SUS.

    3. 11. Ser constituda uma Coordenao Nac iona l que tercomo papel fundamental a pactuao em torno das diretrizes polticas

    gerais que vo nortear este trabalho. Essa Coordenao Nacional contar

    com a participao do Conass , Con asem s, MEC, rep resen t an t es dos

    e st u d a n t e s e d a s i n s t i t u i e s f o r m a d o r a s en t r e o u t r o s .

    4 . Processo de const i tu io dos Plos de EducaoP e r m a n e n t e e m S a d e I n s t n c ia s d e A r t i cu la o

    I n t e r i n s t i t u c i o n a l d a E d u c a o P e r m a n e n t e e m S a d e Rodas

    pa r a a Ges to da Educao Perm anen t e em Sade :

    Os principais atores da constituio dos colegiados de gesto da

    educao permanente em sade no pas j se encontram mobilizados em

    torno de processos locorregionais, estaduais e nacional de articulao.

    Em todo o pas, tem havido reunies e oficinas de trabalho com a

    participao de centenas de representantes de gestores estaduais e

    municipais, dirigentes de hospitais de ensino, escolas de ensino superior,

    escolas tcnicas, organizaes estudantis e conselhos de sade.

    Com uma articulao interinstitucional para a educao

    permanente, com sua gesto colegiada, com a quebra da regra da

    verticalidade do comando e hierarquia rgida nos fluxos pretende-se

    superar a racionalidade gerencial hegemnica.

    A g e s t o co le g ia d a , a a r t i cu la o i n t e r i n s t i t u c io n a l , a ro d a

    d e e d u cao p e rm a n e n te e m sa d e , i n s t i t u i r a n o v id a d e d o P lo

    d e E d u c a o P e r m a n e n t e e m S a d e c o m o n o v o a r r a n j o e n o v a

    e st r u t u r a or g a n i za t i v a, f o r t e m e n t e c om p r o m e t i d a co m o p r o j e t o

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    t i co -p o l t i co d a Re fo rma Sa n i t r i a B ra s i l e i r a , co m a co -

    re sp o n sa b i l i d a d e n a s a e s d e sa d e e co m a a r t i cu la o e

    i n t e g ra o en t re a s i n s t i t u i e s d a re a d a sa d e e d a e d u ca o .

    No demais sugerir que quando a Constituio Federal incorporouesta tica na legislao, ela emprestou expresso regionalizao e

    hierarquizao o sentido da luta poltica pela universalizao do direito

    sade. Isto , de um lado a acessibilidade e resolutividade, levando as

    aes e servios para o mais prximo possvel da populao de cada

    local, ou seja: regionalizar e, elevar ao mximo a capacidade de resposta

    de cada mbito da ateno, ou seja: hierarquizar, posto que aregionalizao e a hierarquizao devem acontecer sob o desgnio da

    rede nica e sob trs diretrizes: comando nico por esfera de governo,

    ateno integral capaz de enfatizar a aes coletivas da ateno bsica e

    participao organizada da populao.

    imp o r ta n te d e s ta ca r q u e e s te d e sa f i o d o p lo , d a

    a r t i c u l a o i n t e r i n s t i t u c i o n a l, d a r o d a e m l u g a r d a v e r t i c a l id a d e ,

    c o m o n o s o r g a n o g r a m a s d e h i e r a r q u i a , i m p e n o a p e n a s a

    m u d a n a n a e s t r u t u r a , m a s n a i m a g e m d o s i s t e m a e n a s u a

    co n d u o .

    Nossa imagem padro a da pirmide, tanto na visibilidade

    conhecida do papel dos hospitais e da rede bsica, quando na

    visibilidade dos chamados nveis centrais.

    A i d ia e i m a g e m d o n v el j a t e n t a o p r i n c p i o d o Es t a d o

    c o n f i g u r a d o e m e n t e s f e d e r a d o s q u e s e c o m u n i c a m s e m

    h i er a r q u i a ( n e g oc ia m e p a ct u a m ) .

    Faz-se absolutamente necessrio propor outra relao, como

    tambm produzir outra imagem. Com nova imagem, espera-se nova

    aprendizagem sobre o Estado brasileiro, sobre a capacidade da

    interinstitucionalidade e a potncia da intersetorialidade.

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    A gesto colegiada deve explicitar o compromisso com a mudana,

    suprimindo a imagem da pirmide e a noo de nveis de gerenciamento,

    trazendo para a cena a capacidade de valorizar o potencial de

    mobilizao e de desestabilizao das estruturas tradicionais. Quandoum municpio se compromete com a educao temos novidade de

    Estado, quando uma instituio formadora se compromete com a gesto

    da sade temos uma novidade de Estado, quando estados se colocam

    em mediao pedaggica com municpios e instituies formadoras

    temos uma novidade de Estado, quando a formao e desenvolvimento

    rene educao superior, educao tcnica, educao bsica e educaopopular temos enorme novidade de Estado.

    As instituies formadoras e os municpios, no caso da formao e

    desenvolvimento para o SUS possuem a condio de reconstiturem a si

    mesmos, pois um o campo de exerccio do ensino e o outro o campo

    de exerccio das aes de sade. Quanto maior o comprometimento

    destas instncias, maior a imposio tica de mudarem a si mesmas. A

    mudana somente repercutir na educao e na ateno quando estas

    instncias estiverem objetivamente compromissadas. Entretanto, dentro

    do colegiado todos as instituies tem poder igual e, assim, as instncias

    de gesto exercem sua prpria transformao, desenvolvendo

    compromissos com a inovao da gesto democrtica e horizontal. A

    ro d a a se r ca ra c te r i za d a p a ra a g e s t o co le g ia d a t e m n a tu re za

    po l t i ca e c r t i co - re fex iva . Os execu to res das aes se ro cada

    i n s t i t u i o ou a r r a n j o s en t r e i n s t i t u i e s d e b at i d o s n a r o d a .

    N o s p r x i m o s s e i s m e s e s , h a v e r c o n d i e s p a r a a

    co n s t i t u i o d e ma is d e 5 0 co le g ia d o s d e g e s t o d a e d u ca o

    p e r m a n e n t e e m s a d e n o p a s .

    Ap s a a p ro v a o n a Co m iss o I n t e rg e s to r e s T r i p a r t i t e , co m

    o l a n am e n to d a s re g ra s e d i re t r i ze s d e f u n c io n a m en t o d o s P lo s

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    d e Ed u ca o Pe rma n e n te e m Sa d e e d e f i n a n c ia me n to d e

    p r o j e t o s , a s p r o p o s t a s co m e a r o a s er f o r m a l m e n t e e l ab o r a d a s

    e a p re c ia d a s . Co n fo rme d i vu lg a d o , esse ser um processo de

    adeso das inst i tu ies s proposies do Min is tr io da

    Sade.

    Inicialmente, previa-se desencadear o financiamento dos Plos,

    sobretudo com os recursos do componente 2 do Proesf, no entanto, as

    regras dos projetos internacionais implicariam licitaes e um perodo de

    seis meses (mnimo) para a chegada dos recursos. Essa latncia para o

    desencadeamento da articulao e da concretizao efetiva dosprocessos de desenvolvimento e formao no seria aceitvel diante da

    premncia que a educao permanente em sade representa na

    consolidao do SUS. As equipes de sade continuam a se reestruturar e

    a se inserir no SUS, o processo de descentralizao da gesto continua

    ocorrendo e as demandas por educao permanente expressam-se

    continuamente.Da re mo s i n c io a o p ro ce sso d e co n s t i t u i o d o s P lo s d e

    Ed u ca o Perm a n e n t e e m Sa d e e a p ro v a o d o s p ro j e to s d o s

    p los de mudana na g raduao , e nas espec ia l i zaes em

    se rv i o e re s id n c ia s m d ica s o u o u t ra s e s t ra t g ia s d e p s -

    g r a d u a o e d e s e n v o l v i m e n t o d o s t r a b a l h a d o r e s , g e s t o r e s e

    a g e n te s so c ia i s d e sa d e co m re cu rso s p r p r io s d o Te so u ro

    Nac iona l .

    Os critrios para financiamento dos projetos dos Plos sero

    apresentados na reunio da Comisso Intergestores Tripartite (CIT) de

    setembro, levando em conta as discusses j realizadas com o Conass e

    Conasems. Os recursos previstos so em torno de 40 milhes de reais

    para os 50 Plos a serem efetivados este ano. O montante especfico de

    recursos disponvel para cada Plo levar em conta a populao e as

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    condies operacionais em que se realizaro as atividades (necessidade

    e custo de deslocamento etc.).

    VI I OUTRAS ESTRATGI AS PARA APOI O E DI NAMI ZAO DA

    CONSTI TUI O DA EDUCAO PERMA NENTE EM SAD E E

    FORTALECI MENTO DO TRABA LHO D E FORMAO E

    DESENVOLVI MENTO EM SADE

    1 . Mu d a n a s n a f o rma o d e g ra d u a o d a s p ro f i ss e s d a

    sade e Pro je to de V ivnc ia e Es tg io na Rea l idade do SUS para e s tu d a n t e s d e g ra d u a o

    Oferece cooperao tcnica e/ou operacional para as escolas de

    graduao em sade que se dispuserem a entrar em processos de

    mudana que levem a um trabalho articulado com o sistema de sade e

    com a populao, adoo de metodologias ativas de ensino-

    aprendizagem e formao geral, crtica e humanstica, sob a

    p e r s p ec t i v a d a m u l t i p r o f i s si o n a l i d ad e e t r a n s d i s ci p l i n a r i d a d e e o

    concei t o de c l n i ca am p l iada de sade .

    A cooperao tcnica e/ou operacional cumpre os objetivos de

    apoiar os processos de mudana, ajudando as escolas ou atores das

    escolas a terem uma compreenso mais ampla do processo de mudana

    e de sua conduo estratgica. Serve tambm para alimentar o debate e

    abrir possibilidades de capacitao em torno de temas importantes para

    as mudanas, tais como: m e t o d o l o g i a s a t i v a s d e e n s i n o -

    a p re n d iza g e m, me to d o lo g ia s d e a va l i a o d a a p re n d iza g e m,

    c l n i ca a mp l i a d a e t r a b a lh o e m e q u ip e s mu l t i p ro f i ss io n a i s e

    t r a n sd i sc ip l i n a re s .

    A cooperao financeira, quando ocorrer, ter o objetivo de ampliar

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    os recursos de poder dos grupos condutores da mudana, buscando

    ampliar sua governabilidade para executar aes estratgicas para

    construo da mudana em seu territrio especfico. Pa ra se re m

    e le g ve i s p a ra a co o p e ra o f i n a n ce i ra , a s e sco la s t e r o q u e a s s u m i r (e evidenciar por meio dos Plos) c o m p r o m i s s o s c o n c r e t o s

    co m a e d u ca o p e rma n e n te e a p ro d u o e d i sse min a o e d o

    co n h e c im e n t o , se g u n d o o s p r i n c p io s a q u i e n u n c ia d o s.

    I n i c i a re mo s a s a e s co m a s e sco la s d e me d ic in a e

    e n fe rma g e m, o d o n to lo g ia e p s i co lo g ia , ma s q u e e s ta r a b e r t a a

    i n c lu s o d e e sco la s d e t o d a s a s ca r r e i ra s d e sa d e i n t e re ssad a s e e m c o n d i e s d e a d e r i r p r o p o s t a d e m u d a n a , b e m c o m o

    p a c tu a o d e co mp ro misso co m a s ca r re i ra s d a s re a s d e

    h u m a n i d a d e s e d e g e s t o p b l i c a p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d a

    a b o rd a g e m so b re sa d e e so c ie d a d e , p la n i f i ca o e

    a d m in i s t r a o , e p id e mio lo g ia so cia l e sa d e d a s p o p u la e s.

    2 . Fo rm a o d e Fo rm a d o re s e d e Fo rm u la d o r e s d e Po l t i ca s

    Um elemento crtico para a mudana na formao tcnica, de

    graduao, de ps-graduao e para a implementao da educao

    permanente em sade a superao das concepes tradicionais de

    educao e a constituio de uma cultura crtica entre os professores

    (universitrios e de ensino tcnico) e de profissionais dos servios

    capazes de levar adiante prticas inovadoras e ativas nesse terreno. A

    f o r m a o d o c e n t e n e s s a p e r s p e c t i v a , p o r t a n t o , s e r u m a l i n h a

    e s t ra t g i ca d e i n t e rve n o n a i n t e r f a ce d a e sco la e d o s se rv i o s ,

    d e ve n d o n e ce ssa r ia me n te i n co rp o ra r mo d a l i d a d e s d e e d u ca o

    d is tnc ia .

    Essa ser uma linha de desenvolvimento trabalhada inicialmente

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    com os diversos centros de formao que j tem reflexo e prticas

    acumuladas no campo das metodologias ativas de ensino-aprendizagem

    e de educao distncia, particularmente a Fiocruz/MS. A ao

    imediata o desencadeamento de um processo massivo de formao deformadores em todo o pas,ou seja, f o r m a r p r o f i s si o n a i s d a r e d e d e

    se rv i o s o u d a s e sco la s q u e d e se mp e n h a r o o p a p e l d e

    f a ci l i t a d o r e s , m o b i l i za d o r e s, t u t o r e s, p r e c e p t o r e s o u o r i e n t a d o r e s

    d o p r o cesso d e Ed u ca o Pe rm a n e n t e e m Sa d e .

    Foi desencadeada uma ao piloto, que envolve apoio para a

    reviso dos cursos de sade da famlia que sero oferecidos aosprofissionais do Programa de Interiorizao e demais equipes das regies

    beneficiadas, redefinio do perfil e oferta de capacitao para tutores,

    que passaro a ser facilitadores da educao permanente.

    Outro elemento crtico na conduo do SUS o do desenvolvimento

    das competncias polticas nas vrias reas tcnicas. Sabemos que a

    mudana e qualificao do Sistema de Sade no sero alcanadas

    apenas com a educao dos profissionais dos servios. Faz-se necessria

    a qualificao das equipes nacionais, estaduais e municipais de conduo

    das vrias reas tcnicas para que sejam capazes de apoiar as outras

    esferas de gesto, sempre estimulando a descentralizao da gesto e a

    regionalizao da ateno, bem como a permeabilidade ao controle

    social.

    Ser preciso ajudar s equipes centrais para a construo e

    compreenso do apoio s equipes locais (da Unio em relao aos

    estados e municpios, dos estados em relao s regies administrativas

    e aos municpios e dos municpios em relao aos distritos e servios,

    por exemplo). Muitas vezes, o Ministrio da Sade executa programas de

    formao orientados ao pessoal de servios de sade, sem capacitar os

    gestores estaduais para a conduo da mesma rea no mbito da

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    formulao e avaliao poltica, o mesmo ocorre com os estados.

    3 . A c o m p a n h a m e n t o e a v a l i a o d a s i n i c i a t i v a s a t u a l m e n t e

    e m c u r so

    Pro m o ve r a a va l i a o e a re f l e x o c r t i ca so b re a s i n i c i at i v a s

    d e f o r m a o e d e s e n v o l v i m e n t o a t u a l m e n t e e m c u r s o , bem como

    estimular sua articulao so aes estratgicas para ampliar as

    possibilidades de inovao das aes que sero desencadeadas para o

    desenvolvimento e formao em sade.Seminrios regionais e visitas, promoo de fruns entre gestores e

    formadores, estmulo produo, sistematizao e distribuio de

    conhecimento a partir da anlise das experincias desenvolvidas so

    algumas das atividades propostas.

    Todas as aes de capac i tao , fo rmao e educao em

    s a d e a t u a l m e n t e e m c u r s o s e r o m a n t i d a s e f i n a n c i a d a s n o s

    v a l o r e s a c o r d a d o s , e n t r e t a n t o , t o d a s d e v e r o d e m o n s t r a r s e u

    re e q u a d ra me n to n a p o l t i ca d e e d u ca o p a ra o SUS e n o s

    p r inc p ios aqu i re fe r idos .

    4 . Rev iso da Po l t i ca de Espec ia l i zao em

    Se rv i o s / Re s id n c ia s Me d ica s

    A partir do estudo para identificao de necessidades de

    especialistas em todo o pas, poderemos proceder, juntamente com as

    Secretarias Estaduais de Sade, criao e ampliao de programas de

    residncia em sade da famlia, residncias integradas em sade e a

    uma redistribuio ou ampliao das bolsas das residncias entre reas,

    profisses e especialidades importantes para a implementao do SUS.

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    O trabalho em torno do estudo j foi desencadeado e conta com a

    participao do Ministrio da Sade, Conass, Conasems, AMB, CFM, CFO,

    CFP, ABEM, ABEn, Abeno e Abep.

    Pro p o mo s co mo a o co n ju n ta e n t re a e s fe ra f e d e ra l , a e s ta d u a l e mu n ic ip a l o p ro je to d e q u a l i f i ca o d a Re s id n c ia

    M d ica n o B ra s i l , q u e co n te mp le se u a ju s ta me n to s

    n e ce ss id a d e s d e o rg a n iza o d o s i s t e m a d e sa d e e a o p ro j e to d e

    Re fo rma Sa n i t r i a B ra s i l e i r a . Esse rearranjo inclui a criao das

    residncias integradas em sade como inovao que propicia formao

    especializada em servio para a equipe de sade; i n c l u i t a m b m a i n s t i t u i o d e m e c a n i s m o s c o m p e n s a t r i o s q u e p o s s i b i l i t e m

    e q u i l i b r a r r e g i o n a l m e n t e a d i s t r i b u i o d o s p r o g r a m a s d e

    res idn c ia e dos recu r sos espec ia l i zados .

    5 . Se c re ta r i a s Es ta d u a is d e Sa d e Ed u ca d o ra s : p r o d u o d a

    f o r m a o e d e se n v o l v i m e n t o e m s a d e co m o a t r i b u t o e st a d u a l n o

    SUS

    As SES tm um papel inarredvel de constituir a rede de gesto e

    de ateno em sade como redes-escola, induzindo todo o Sistema de

    Sade sob sua gesto condio de lugar de ensino-aprendizagem.

    Desafios de ao conjunta com as SES envolvem construir

    compromissos dessa esfera de gesto com o campo da formao e

    desenvolvimento (com a educao permanente) de servidores, dos

    profissionais em formao, dos docentes e de estudantes.

    S o co m p r o m isso s re le va n t e s d a s SES: identificar necessidades

    de formao, mobilizar a capacitao em servio e a produo e

    disseminao de conhecimento ascendente; potencializar ou criar

    Escolas de Sade Pblica/Escolas Tcnicas de Sade/Centros de

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    Formao e Desenvolvimento Profissional; estabelecer articulao com

    os movimentos de mediao pedaggica em educao popular; mediar

    articulaes com o Conselho Estadual de Sade (CES), com o Conselho

    Estadual de Educao (CEEd) e com a Secretaria Estadual de Educao(SEC); mediar a relao com os Programas de Residncia

    Mdica/Especializaes em Servio (o principal pagador de bolsas de

    residncia no Brasil so as Secretarias Estaduais de Sade); trabalhar

    pelo desenvolvimento da gesto descentralizada do SUS como uma

    escola em ato da Reforma Sanitria Brasileira, bem como se engajar com

    o projeto de abertura da gesto do SUS para o aprendizadoin loco

    /in

    acto para estudantes de graduao (proposta do Projeto VER-

    SUS/ Bra s i l V i v n c ia e Es t g io n a Re a l i d a d e d o SUS e m to d o o

    pas) .

    As SES Educadoras estabeleceriam planos a serem apoiados pelo

    Ministrio da Sade no tocante ao fortalecimento ou criao de todas

    essas iniciativas, em particular dos Centros de Formao e

    Desenvolvimento Profissional/Escolas Tcnicas de Sade/Escolas de

    Sade Pblica e do estabelecimento de relaes com o setor da

    educao nos estados para que contribuam efetivamente com a

    mudana no ensino de sade da escola bsica educao profissional

    (inclusive instituindo pactos de interao que substituam as relaes da

    Educao com os rgos corporativos das profisses quando se trata de

    avaliar o ensino para o SUS).

    Pa ra f o r t a le ce r e ssa s p o s i e s , p e n sa -se e m u m Me s t ra d o

    e m Ge s t o d o T ra b a lh o e d a Ed u ca o n a Sa d e q u e p o ssa d a r

    p re fe r n c ia a o s d i r i g e n t e s d e e sco la s d e sa d e e g e s to r e s d e ssa

    r ea n as SES.

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    6 . Rede de Mun ic p ios Co laboradores em Educao

    Pe r m a n e n t e e m Sa d e

    Os municpios devem ocupar um lugar central na construo daspolticas de educao permanente no SUS por duas razes

    fundamentais: no espao dos municpios que se concretiza a maior

    parte das aes de sade e o trabalho das equipes de sade e nesse

    territrio tambm que se inserem docentes e estudantes para as prticas

    de ensino-aprendizagem. Se o conceito chave da educao permanente

    em sade, que lhe d existncia, a articulao entre educao etrabalho, mundo da formao e mundo do trabalho, o municpio o

    lugar sede da concretizao deste ato poltico. Pela Constituio, as

    aes e servios de sade so atribuio dos municpios (Art. 30) e a

    gesto deve ser descentralizada para cada esfera de governo (Art. 198),

    resultando central a vinculao municipal, ainda que com base em

    arranjos regionalizados entre municpios (de novo valem os caminhos j

    inventados pelo SUS para desenhar esta alternativa).

    Por essa razo, os municpios devem cumprir um papel

    fundamental na mudana da formao profissional e um papel ativo na

    identificao de necessidades de formao e desenvolvimento (contedo

    e metodologias) e na formulao de demandas para a produo e

    disseminao de conhecimento.

    Esse papel ativo dos municpios no campo da educao para o SUS,

    no entanto, tem que ser construdo. H municpios que desenvolveram

    importante capacidade prpria no campo da formao e

    desenvolvimento dos profissionais de sade; outros desenvolveram

    capacidade de educao permanente mediante intenso processo de

    cooperao com as universidades e outros, ainda, tm pouco acmulo no

    campo.

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    Propomos a articulao de uma rede cooperativa de municpios

    para a educao permanente como ao estratgica de fortalecimento da

    construo do municpio como ator/formulador ativo dessa poltica.

    Inicialmente h a v e r a p o i o p a r a a c o n s o l i d a o d e a l g u m a s e xp e r i n c ia s mu n ic ip a i s s ig n i f i ca t i va s e a p o io p a ra q u e

    d e s e n v o l v a m a o c o o p e r a t i v a j u n t o a o u t r o s m u n i c p i o s p a r a o

    f o r t a l e c i m e n t o d o t r a b a l h o n o c a m p o d a f o r m a o e d o

    d e s e n v o l v i m e n t o .

    7 . P ro je to d e Qu a l i f i ca o e Fo rma o d o s P ro f i ss io n a i s d e Esco la r i d a d e B s i ca e / o u Tcn ica

    Uma das formas de contribuir o aumento da escolaridade e o

    resgate da cidadania dos trabalhadores em sade ampliar a oferta de

    cursos de qualificao profissional bsica, de formao tcnica e de

    educao fundamental garantindo a execuo por meio das escolas

    tcnicas do SUS em todos os estados (17 estados ainda no possuem

    escolas tcnicas de sade) e o desenvolvimento da capacidade desta

    rede oferecer aes educacionais para as diferentes necessidades do

    nvel ocupacional e tcnico na rea da sade (formao de docentes,

    construo de desenhos curriculares por competncia e produo e

    disseminao de conhecimento nesse campo).

    A r e f o r m u l a o d o p e r f i l p r o f i s s i o n a l d o agen te

    comuni tr io de sade (ACS) e a re d e f i n i o d a s co mp e t n c ia s

    p r o f i s s i o n a i s d e v e r o e n t r a r e m p a u t a d e f o r m a a m p l i a d a p e l a

    co n su l t a p b l i ca e p a c tu a o i n t e rg e s to re s , i n c lu s i ve p e la

    p r e m n c i a d e r e g u l a m e n t a r a p r o f i s s o e a q u a l i f i c a o

    p ro f i ss io n a l e sp e c f i ca . Ime d ia ta me n te , se r d e se n vo lv id o o

    p ro ce sso d e q u a l i f i ca o p a ra ca p a c i t a r o s n o vo s a g e n te s e m

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    i n se r o n a s e q u ip e s d e sa d e d a f a m l i a , b e m co mo p a ra

    ca p ac i t a r o s a g e n t e s q u e j e s ta va m e n g a j a d o s n e ssa s eq u ip e s .

    Pretende-se o estmulo e apoio gerao - em toda a rede de

    escolas tcnicas - de atividades de extenso e de educao permanenteabertas para a populao de profissionais em servio.

    As atividades de extenso e de pesquisa, de carter

    interinstitucional e intersetorial, devero ser uma oportunidade para a

    atuao dos trabalhadores de nvel tcnico nas aes de promoo

    sade e de controle social.

    A educao permanente ser um espao para que tambm osprofissionais de nvel tcnico tenham, ao longo do tempo e de sua

    insero nos servios de sade, a oportunidade de refletir criticamente

    sobre o cotidiano, sobre as prticas assistenciais, gerenciais e de

    controle social.

    Ser necessrio dar continuidade execuo da profissionalizao

    dos trabalhadores da rea de enfermagem que vem sendo realizada pelo

    Profae. A poltica de educao na rea profissional dever considerar os

    demais trabalhadores considerando as necessidades e demandas do SUS

    e o nvel de escolaridade dos trabalhadores. A educao deve respaldar-

    se no marco legal da educao profissional no pas para complementao

    do ensino fundamental, qualificao profissional bsica e formao

    tcnica. A poltica de educao deve ampliar a articulao com as

    secretarias estaduais e municipais de sade, ampliando a utilizao da

    capacidade instalada para a formao de tcnicos em outras reas.

    A poltica de educao profissional ser executada de maneira a

    fortalecer as Escolas Tcnicas de Sade com a criao de novas escolas

    e o apoio ao desenvolvimento institucional das j existentes.

    Algumas prioridades j esto definidas: qualificao profissional

    bsica de agentes de vigilncia em sade (Proformar); qualificao dos

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    Atendentes de Consultrio Dentrio, formao do Tcnico de Higiene

    Dental, Tcnico de Registros nos Servios de Sade e Tcnicos das reas

    de Apoio Diagnstico, dentre outros.

    8 . Educao Popu la r em Sade

    Um objetivo inovador o estabelecimento de relaes com os

    movimentos que fazem a "mediao pedaggica" com a populao, tais

    como os setoriais de sade do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem

    Terra, Confederao dos Trabalhadores da Agricultura, Movimento deMulheres Trabalhadoras Rurais e Confederao Nacional das Associaes

    de Moradores, entre outros; os movimentos de portadores de patologias;

    as organizaes de comunicao popular, de etnia e gnero ou de cultura

    popular e os centros de assessoramento e educao popular por sade,

    fomentando a participao social na formulao e gesto de polticas

    pblicas na sade.

    Essa articulao poder trazer subsdios para a produo de

    material educativo e informacional coerente com a cultura dos

    movimentos e grupos populacionais propiciando a eficcia da educao e

    comunicao em sade.

    Outra iniciativa ser participar dos planos poltico-pedaggicos das

    instituies formadoras de trabalhadores de sade no sentido de

    matriciar os processos de formao com os princpios da educao

    popular em sade e se fazer presente nos cursos de graduao e ps-

    graduao, alm de incentivar processos de produo e disseminao de

    conhecimentos na rea.

    A manuteno de uma agenda de interlocuo com os outros

    ministrios, particularmente com o Ministrio da Educao, no que diz

    respeito ao desenvolvimento de aes coordenadas de sade na escola,

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    considerar que a cidadania e a Educao Popular propem mudanas na

    organizao da escola, e para a formao da conscincia sanitria.

    Inovaes curriculares, educao permanente de professores e

    metodologias construtivistas e participativas representam estratgiaspolticas que podem revelar os desejos, as representaes, as

    aspiraes, enfim, as motivaes daqueles que esto envolvidos.

    Junto escola bsica, est em planejamento o P r m i o S r g i o

    A ro u ca d e I n ce n t i vo P ro d u o Te x tu a l e d e P ro je to s Esco la re s

    e m Sa d e P b l i ca O Jo ve m Sa n i t a r i s t a n a Esco la B s i ca . Para

    tanto, pretende-se uma ntima construo entre a rede de gesto e deservios do SUS com a rede de escolas estaduais e municipais ou

    privadas de ensino fundamental e mdio. O prmio destina-se a projetos

    de interveno e produo e disseminao de conhecimento na escola

    sobre o SUS e sua organizao poltico-institucional.

    9 . Pro je to de Serv io C iv i l Pro f i ss iona l e Pr io r idade Reg io

    Ama z n ia B ra s i l e i r a

    Um outro objetivo inovador e de reconhecimento das diversidades e

    singularidades nacionais o do estabelecimento de alternativas para a

    gerao de estruturas pedaggicas e de compromisso de docentes da

    rea da sade coletiva, servios de sade e gestores pblicos em geral.

    Estaremos montando estratgias de ateno diferenciada s

    necessidades da regio amaznica brasileira, bem como criando

    modalidades de formao bsica, tcnica e universitria que contemple a

    capacitao de profissionais para a atuao ou cobertura das reas de

    difcil acesso ou de difcil provimento e fixao dos trabalhadores do

    setor.

    O investimento nas reas territoriais de baixa densidade

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    assistencial e/ou pedaggica envolver profissionalizar/especializar em

    servio; apoiar servios e interaes com as instituies formadoras;

    inserir estgios nas residncias mdicas e especializaes em servio;

    propor programas complementares de residncia com segundo ttulo deespecialista; criar modalidades apropriadas de formao especializada;

    realizar estgios curriculares multiprofissionais em projetos acadmicos

    onde haja pequena capacidade instalada; propor o primeiro emprego em

    sade para pessoal do nvel mdio; propor a qualificao do pessoal local

    para a conduo do sistema de sade; propor a qualificao bsica e

    cursos seqenciais para pessoal local.

    1 0 . Ho sp i t a i s d e En s in o

    Tendo em vista a montagem de um sistema efetivamente nico e

    integrado em cadeia do cuidado progressivo sade, ser necessrio um

    projeto que rena ateno bsica e referncia de alta especializao.

    Espera-se efetivar a insero dos hospitais de ensino no SUS,

    definindo seu papel de referncia assistencial e de suporte tcnico

    rede, estabelecendo compromissos e servios de acordo com a realidade

    regional (poltica geral para ser concretizada em negociaes e

    pactuaes com gestores estaduais e municipais); definindo nova

    metodologia de certificao de hospitais de ensino (definir ensino pelo

    papel na graduao e no suporte rede); procedendo, em conjunto com

    o MEC, certificao dos hospitais de ensino candidatos a essa

    modalidade de financiamento; colocando esses hospitais como

    participantes ativos dos Plos de Educao Permanente em Sade de sua

    rea de abrangncia; fazendo-os dispor de programa institucional de

    desenvolvimento de docentes, preceptores, profissionais tcnico-

    assistenciais, gerentes e profissionais de nvel tcnico (por iniciativa

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    prpria ou por meio de convnio com instituio de ensino superior);

    fazendo-os participar das polticas prioritrias do SUS e colaborar

    ativamente na constituio de uma rede de cuidados progressivos

    sade e estabelecendo relaes de cooperao tcnica no campo daateno e da docncia com a rede bsica, de acordo com as realidades

    locorregionais.

    V I I I FI N A LI ZA O

    A interlocuo com o Conselho Nacional de Sade, com o ConselhoNacional de Secretrios Estaduais de Sade e com o Conselho Nacional

    de Secretrios Municipais de Sade ser permanente, especialmente no

    tocante formao e desenvolvimento para a gesto de sistemas, aes

    e servios de sade; formao e desenvolvimento de conselheiros e

    agentes sociais para a construo da gesto social das polticas pblicas

    de sade e formao e desenvolvimento dos formuladores de polticas

    nas reas programticas estratgicas e de implementao da

    organizao da ateno sade proposta pela Lei Orgnica da Sade.

    A educao permanente em sade, incorporada ao cotidiano da

    gesto setorial e da conduo gerencial dos hospitais de ensino e dos

    servios de sade, coloca o SUS como um interlocutor natodas escolas

    na formulao e implementao dos projetos poltico-pedaggicos de

    formao profissional e no mero campo de estgio ou aprendizagem

    prtica.

    A noo de gesto colegiada, como nas rodas dos jogos infantis,

    coloca a todos como convidados de uma operao conjunta em que

    todos usufruem do protagonismo e da produo coletiva. Sai

    a r q u i t e t u r a d o o r g a n o g r a m a p a r a e n t r a r a d i n m i c a d a r o d a . Sem

    a pirmide composta por uma base larga de municpios, depois os

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    estados nos nveis intermedirios e, no topo, a Unio um desenho

    clssico de comando , abre-se o desafio que permite a entrada das

    instituies formadoras, do movimento estudantil e do movimento

    popular. Todos os que entrarem na roda tm poderes iguais sobre oterritrio de que falam. Por isso, a Unio e os estados tm de

    problematizar para si a funo coordenao descentralizadora e os

    municpios e as escolas a funo execuo significativa para o Sistema e

    no para a produtividade individual. Enquanto os ltimos so os lugares

    de produo da ateno aos grupos sociais territorializados, os

    anteriores so os apoiadores de ativao para que esta ateno sejaintegral e resolutiva.

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    ANEXO OPERACI ONAL

    Em cada Plo se r o d e f i n id a s a s a e s p r i o r i t r i a s , b e m

    co mo su a o r i e n ta o p r t i ca , e s t ra t g ia s d e imp le me n ta o e

    re sp o n s ve is .

    Cada gestor do SUS d e v e r a p r e s e n t a r d e m a n e i r a

    a r t i cu la d a t o d o s o s se u s co mp ro misso s co m a e d u ca o

    p e rma n e n te d o s p ro f i ss io n a i s d o s se rv i o s d e sa d e , co m o d e s e n v o l v i m e n t o d e a t i v i d a d e s d e e n s i n o - a p r e n d i z a g e m e d e

    i n ve s t i g a o n a re d e d e se rv i o s e co m a co la b o ra o co m a s

    o r g a n i z a e s d o m o v i m e n t o s o c i a l . t e n d o e m v i s t a a g e s t o

    soc ia l das po l t i cas pb l i cas de sade .

    Cada Ins t i tu io fo rmadora d e v e r a p r e se n t a r d e m a n e i r a a r t i c u l a d a t o d o s o s s e u s c o m p r o m i s s o s c o m a p r o d u o e

    d i sse min a o d e co n h e c ime n to , a p re s ta o d e se rv i o s e a

    e d u ca o p e rma n e n te d o s p ro f i ss io n a i s d o s se rv i o s d e sa d e

    e co m a s mu d a n a s n a e d u ca o p ro f i ss io n a l , d e g ra d u a o e

    d e e sp e c ial i za e s e m se rv i o / re s id n c ia s m d icas , b e m co m o

    a s d e m a is at i v i d a d e s d e p s-g r a d u a o .

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    L inhas de Apo io em re lao aos Plos de Educao

    Permanen te em Sade Ins tnc ias de Ar t i cu lao

    In ter ins t i tuc iona l da Educao Permanente em Sade

    Rodas par a a Gesto da Edu cao Perm anen t e em Sad e:

    A ) D e s e n v o l v i m e n t o d e F e r r a m e n t a s e M e t o d o l o g i a s p a r a

    Ed u ca o Pe rm a n e n t e e m Sa d e

    En fo q u e s

    Promoo de diferentes tipos de atividades de formao dos

    trabalhadores da rede de servios e das instituies de ensino, tendo em

    vista o desenvolvimento da capacidade pedaggica para a educao

    permanente em sade; o desenvolvimento de condies para a educao

    distncia e de outras estratgias inovadoras no campo das aes

    pedaggicas.

    Eix os de Ao

    q Formao de tutores/facilitadores/orientadores para a educao

    permanente nas reas de gesto e ateno sade;

    q Dinamizao de recursos para a utilizao da Educao

    Distncia como tecnologia pedaggica para a educao

    permanente;

    q Organizao de alternativas criativas para o desenvolvimento da

    educao permanente para o SUS.

    At i v id a d e s

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    1) Cursos de formao de tutores/facilitadores/orientadores para a

    educao permanente em sade;

    2) Estruturao de recursos e programas de educao distncia;

    3) Realizao de seminrios e reunies tcnicas e montagem deinstncias coletivas para a elaborao de novas abordagens para o

    processo de educao permanente dos profissionais de sade no

    SUS.

    B) Ed u ca o e De sen vo lv im e n t o d o s P ro f i ss io n a i s d e Sa d e p a r a

    a c l n i ca a mp l i a d a , se ja n a A te n o B s i ca , n o s a mb u la t r i o s d e e sp ec ia l i d ad e s o u n o s Ho sp i t a i s d e En s in o , co m n fa se e m Sa d e

    da Fam l ia

    En fo q u e s

    Promoo de diferentes tipos de atividades de educao

    permanente para os trabalhadores da rede de servios, contemplando o

    planejamento e o exerccio da clnica, da promoo da sade e da sade

    coletiva. Implementao de atividades de acompanhamento em servio,

    de especializao para profissionais de formao tcnica ou universitria,

    seguindo-se diretrizes para atuao integral na rea de ateno bsica,

    em especial a Sade da Famlia e utilizando metodologias ativas de

    ensino-aprendizagem, que tomem o trabalho como eixo estruturante das

    atividades. Compreende tambm cursos de qualificao bsica para

    Agentes Comunitrios de Sade, de extenso para Auxiliares e Tcnicos

    de Enfermagem e de educao profissional para a rea de sade bucal e

    outras. As atividades podem ser presenciais ou distncia; mas nos dois

    casos deve haver tutoria (presencial ou distncia), propiciando

    agilidade na comunicao entre profissionais e

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    tutores/facilitadores/orientadores para o acompanhamento do trabalho e

    enfrentamento de situaes crticas.

    Eix o s de Ao

    q Especializao em Sade da Famlia para equipes regulares e

    para equipes especialmente conformadas para ateno s

    reas remotas ou de difcil acesso;

    q Residncia Multiprofissional em Sade da Famlia;

    q

    Residncias Integradas em Sade;q Qualificao e formao para os Agentes Comunitrios de

    Sade e Atendentes de Consultrio Dentrio;

    q Formao e desenvolvimento de Tcnicos de Higiene Dental

    (THD) e Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem;

    q Formao de outros tcnicos necessrios a resolutividade da

    ateno integral sade;

    q Atualizao e desenvolvimento em reas Temticas

    Prioritrias (incluindo aspectos da clnica e da sade coletiva);

    q Organizao de estratgias que favoream o estabelecimento

    de mecanismos de referncia e contra-referncia;

    q Desenvolvimento de estratgias de acolhimento e

    responsabilizao;

    q Desenvolvimento de estratgias para a continuidade e

    integralidade da ateno;

    q Desenvolvimento de investigaes sobre temas relevantes ao

    sistema de sade.

    At i v id a d e s

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    1) Abertura e/ou expanso de Cursos de Especializao em Sade da

    Famlia e outros;

    2) Expanso ou Implantao de Programas de Residncia

    Multiprofissional em Sade da Famlia e Residncias Integradas emSade;

    3) Implantao de Programa de Qualificao Bsica e Formao para

    Agentes Comunitrios de Sade (ACS) e Atendentes de Consultrio

    Dentrio (ACD);

    4) Desenvolvimento de Cursos de formao e/ou aperfeioamento e

    especializao para Tcnicos de Higiene Dental (THD) e Tcnicos eAuxiliares de Enfermagem;

    5) Cursos em temas prioritrios como a ateno integral em todas as

    fases da vida e do desenvolvimento, incluindo agravos

    epidemiologicamente relevantes como hansenase, tuberculose,

    diabetes, hipertenso arterial, neoplasias, urgncia e emergncia,

    sade bucal, sade mental e sade ambiental;

    6) Desenvolvimento de estratgias humanizadas e regulares para

    referncia e contra-referncia;

    7) Formao de outros tcnicos em sade.

    C) Educao e Desenvo lv imen to da Gesto e do Con t ro le Soc ia l

    n o S i ste m a n ico d e Sa d e

    En fo q u e s

    Promoo de diferentes tipos de atividades de capacitao,

    formao e educao permanente para os trabalhadores que atuam na

    gesto do sistema e de unidades de sade. Compreende, tambm,

    cursos de qualificao e formao para agentes sociais, parceiros

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    intersetoriais e conselheiros de sade. As atividades podem ser

    presenciais ou distncia e nos dois casos deve haver tutoria (presencial

    ou distncia), propiciando agilidade na comunicao entre profissionais

    e tutores/facilitadores/orientadores, para acompanhamento do trabalhoe enfrentamento de situaes crticas.

    Eix os de Ao

    q Formao e desenvolvimento para gestores de unidades locais

    (distritos, hospitais, unidades de ateno bsica);q Formao e desenvolvimento gerencial para Gestores e

    Equipes Gestoras;

    q Formao e desenvolvimento nas reas de planejamento,

    organizao e gesto de servios de sade;

    q Desenvolvimento de estratgias para a continuidade e

    integralidade da ateno;

    q Desenvolvimento de investigaes sobre temas relevantes ao

    sistema de sade;

    q Formao, desenvolvimento e acompanhamento dos

    conselheiros de sade e agentes sociais para a gesto social

    das polticas pblicas de sade;

    q Formao, desenvolvimento e acompanhamento dos parceiros

    intersetoriais.

    At i v id a d e s

    1) Cursos de desenvolvimento gerencial, incluindo organizao de

    servios e processo de trabalho, voltados para gerentes dos

    diferentes mbitos de gesto da rede local;

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    2) Cursos e outras iniciativas de desenvolvimento nas reas de

    planejamento, organizao e gesto de servios e de controle

    social;

    3) Especializao em gesto de sistemas, aes e servios de sade;4) Cursos e outras iniciativas de desenvolvimento para agentes

    sociais, conselheiros de sade, parceiros intersetoriais e

    trabalhadores de sade na rea de controle social.

    D ) I n c e n t i v o a I m p l e m e n t a o d a s D i r e t r i z e s C u r r i c u l a r e s n a

    Grad uao das Pro f i sses da Sade

    En fo q u e s

    Desenvolvimento de estratgias para transformaes curriculares

    na graduao das profisses da sade; desenvolvimento de currculos

    integrados, adoo de metodologias ativas de ensino-aprendizagem que

    possibilitem tomar as prticas e problemas da realidade como mote para

    a aprendizagem, adoo de metodologias inovadoras de avaliao,

    diversificao dos cenrios de prticas desde o incio dos cursos, trabalho

    em equipe multiprofissional e transdisciplinar para garantir integralidade

    e continuidade da ateno e produo de conhecimento relevante para o

    SUS.

    Eix os de Ao

    q Formao e desenvolvimento docente em educao de

    profissionais de sade;

    q Desenvolvimento de profissionais dos servios de sade para

    acompanhamento docente;

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    q Articulao entre instituies formadoras e servios de sade

    para fazer de toda a rede de servios e de gesto espaos de

    ensino-aprendizagem;

    q Desenvolvimento de estratgias para a continuidade eintegralidade da ateno;

    q Desenvolvimento de investigaes sobre temas relevantes ao

    sistema de sade.

    At i v id a d e s

    1) Cursos de aperfeioamento pedaggico para docentes e

    profissionais dos servios;

    2) Estgios supervisionados nos servios de sade (longitudinais e ao

    longo de todo o curso);

    3) Processos cooperativos para o desenvolvimento de investigaes

    sobre temas relevantes ao SUS;

    4) Especializao em educao de profissionais de sade;

    5) Implementao das polticas de humanizao com participao dos

    professores e dos estudantes;

    6) Desenvolvimento de estratgias de articulao multiprofissional e

    transdisciplinar;

    7) Participao no VER-SUS