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1 l Combatente Junho 2009

1 l C omba te n te Junho 2009

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Joaquim Chito RodriguesTenente-General

Presidente da Direcção Central

17 CoimbraRua da Sofia, 1363000-389 CoimbraTel/Fax: 239 823 376/ 239 833 718

18 CovilhãRua do Rodrigo, 656200-188 CovilhãTel e Fax: 275 323 [email protected]/gmail.com

19 ElvasRua Isabel Maria Picão, 77350-476 ElvasTel: 963 302 [email protected]

20 EntroncamentoVila Nova da BarquinhaRua Eng. Ferreira Mesquita, 12330-152 EntroncamentoTel: 249 719 [email protected]

21 EspinhoRua 43, 474, 1.º - Sala C4500-801 Espinho – Tel: 227 324 799

22– EstremozPortas de Sta. Catarina - Prédio Militar 227100-110 Estremoz – Tel: 268 322 [email protected]

23 ÉvoraRua dos Penedos, 107000-531 ÉvoraTel: 266 708 [email protected]

24 FaroRua Dr. José de Matos, 115 - B, r/c8000-501 Faro – Tel/Fax: 289 873 067

25 Figueira da FozRua Rancho das Cantarinhas, 44, r/cBuarcos 3080-250 Figueira da FozTel: 233 428 379

26 FunchalRua Ribeirinho de Baixo, 33 B, 4.º - Dto.9050-447 Funchal – Tel: 291 220 [email protected]

27 GuardaPraça Dr. Francisco Salgado Zenha6300-694 GuardaTel: 271 211 891

28 Lagoa/ PortimãoRua Alexandre Herculano, 20 , r/cApartado 2658400-370 LagoaTel: 282 089 169

29 LagosRua Castelo dos Governadores, 608600-563 LagosTel: 282 768 309

30 LamegoUrbanização da Urtigosa, Lote 8, Cave - Esq.5100 LamegoTel: 254 613 [email protected]

31 LeiriaAv. 25 de Abril, Lote 12, r/c - Dto.2400-265 LeiriaTel: 244 001 [email protected]

32 LisboaRua João Pereira da Rosa, 18, r/c1249-032 LisboaTel/Fax: 213 470 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

33 LouléRua Eng. Duarte Pacheco, 61, 1.º - Dto.8100-570 LouléTel: 289 413 726Tlm: 91 339 45 [email protected]

34 MafraPraceta dos Combatentes2640 MafraTlm: 96 738 46 86

35 ManteigasRua Dr. Pereira de Matos6260 ManteigasTel: 275 981 035

36 Marinha GrandeRua do Ponto da Boavista, 122430-051 Marinha GrandeTel: 244 550 [email protected]

37 MêdaBairro Senhora das Tábuas6430-110 Mêda

38 MonçãoRua Dr. Álvares Guerra, 48/52(Apartado 92)4950-433 MonçãoTel: 251 652 521

39 MontargilTravessa dos Combatentes, 57425-141 MontargilTel: 242 904 624 / 936 910 071

40 Montemor-o-NovoRua de Aviz, 39/41/437050-088 Montemor-o-NovoTel / Fax:266 896 668/ 266 891 149

41 MontijoRua Manuel Neves Nunesde Almeida, 32, 1.º - Dto.2870 MontijoTel: 212 310 364

42 MoraRua do Parque, 3 - Apartado 287490-244 MoraTel / Tlm:266 403 247 / 93 852 92 26

43 Oeiras/CascaisRua Cândido dos Reis, 216, 1.º2780-212 OeirasTel / Fax: 214 430 036 / 214 694 [email protected]

44 OlhãoRua 18 de Junho, 251/2578700-568 OlhãoTel: 289 706 [email protected]

45 Oliveira de AzeméisRua António Alegria, 223, 1.º3720-234 Oliveira de AzeméisTel / Fax: 256 688 [email protected]

46 Oliveira do BairroRua Senhor dos Aflitos, 15-A, r/c3770-102 Oliveira do BairroTel: 234 747 [email protected]

47 PenafielRua Engenheiro Matos, 20(Antigo Matadouro Municipal)4560-465 PenafielTel: 255 212 706

48 PinhelRua da República - Merc. Municipal, Loja 36400-440 PinhelTlm: 967 397 369

49 Ponta DelgadaAv. António José de Almeida, 27, 1.º - Dto.9500-053 Ponta DelgadaTels: 296 282 333 / 919 534 [email protected]

50 PortalegreRua 15 de Maio, 37300-206 PortalegreTel/Fax: 245 202 [email protected]

51 PortoRua da Alegria, 394000-041 PortoTel: 222 006 101

52 Póvoa de VarzimRua Latino Coelho, 1007, r/c4490-650 Póvoa de VarzimTel: 252 627 [email protected]

53 QueluzRua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A2745-158 QueluzTel: 309 909 [email protected]

54 Regu. de MonsarazRua João de Deus, 147200-376 Reguengos de MonsarazTlm: 963 090 [email protected]

55 Rio MaiorRua João de Deus, 41, r/c2040-287 Rio MaiorTel/Fax: 243 908 [email protected]

56 SantarémTravessa dos Pasteleiros, 162000-043 SantarémTel: 243 324 [email protected]

57 SesimbraTravessa Cândido dos Reis, 9, 1.º2970-789 SesimbraTel: 212 280 306

58 SetúbalRua dos Almocreves, 62, r/c2900-213 SetúbalTel: 265 525 765

59 SintraRua Dr. António José Soares, 2 - Portela2710-423 Sintra – Tlm: 916 449 [email protected]

60 TaviraRua TCor Melo Antunes, 2, r/c - Dto.8800-687 TaviraTel: 281 324 108

61 TomarPraceta Dr. Raul Lopes, 1, r/c2300-446 TomarTel/Fax: 249 313 [email protected]

62 Torres NovasRua Miguel de ArnidePrédio Alvorão, 69-A, r/c - C2350-522 Torres NovasTel: 249 822 [email protected]

63 ValençaRua José Rodrigues4930 Valença

64 Vendas NovasRua General Humberto Delgado, 47 - C7080-167 Vendas NovasTel: 265 087 654

65 Viana do CasteloRua de S. Pedro, 39, 1.º4900-538 Viana do CasteloTel: 258 827 705

66 Vila Franca de XiraAlameda Capitães de Abril, 18 - Cave A2600-125 Vila Franca de XiraTel: 263 276 146

67 Vila RealLargo Conde de Amarante,Edifício do Governo Civil, r/c5000-529 Vila RealTel: 259 324 379

68 Vila R. de S. AntónioAv. da República - Fronteira Fluvial(Antiga Alfandega)8900-206 Vila Real de Santo AntónioTel/Fax: 281 544 [email protected]

69 VinhaisLargo dos Combatentes da GrandeGuerra - Arrabalde - Casa da Assistência5320-318 Vinhais

70 ViseuRua da Prebenda, 3, r/c3500-173 Viseu – Tel. 232 423 [email protected]

1 Winnipeg (Canadá)1331 Downying St. Winnipeg,Manitoba, R3E 2R8 – CanadáTels: 204 772 1760/228 1132

2 Quebec (Canadá)Cp 42027 – Succ. JeanneManse, MontrealQC, Canadá – H2w2t3

3 Ontário (Canadá)1171 Dundas Street West, TorontoOntário M6J 1x3Tel: 416 534 75 15Fax: 416 534 31 71

4 Sallaumines (França)24 Rue de Quimper62430 SallauminesTel: 0033 21677052

5 GabuRua Sello Coiada-GabuGuiné-Bissau

6 S. Vicente/MindeloChã de MarinhaRibeira de JuliãoCabo VerdeC.P. 89A-5VTel: 2329105

Núcleos da Liga dos Combatentes no País

e no estrangeiro

1 AbrantesRua do Arcediago, 162000-399 AbrantesTel: 241 372 885nú[email protected]

2 Alcácer do SalCalçada 31 de Janeiro, 217580-098 Alcácer do SalTel: 96 876 43 [email protected]

3 AlcobaçaRua Luís de Camões, 63, r/c - D2460-014 AlcobaçaTel: 262 597 [email protected]

4 AlmadaPraça Gil Vicente, 13, 4.º - F2800-098 AlmadaTel: 212 751 988

5 Angra do HeroísmoLargo da Boa Nova9700-031 Angra do HeroísmoTel: 295 212 [email protected]

6 Aveiras de CimaRua António Amaro dos Santos, 52050-075 Aveiras de CimaTel: 263 476 796

7 AveiroRua Eng. Von Halfe, 61, 1.º - C3800-177 Aveiro – Tel: 234 427 878

8 AzambujaRua Boavista Canada, 202050 AzambujaTel: 263 418 160

9 BatalhaRua Maria Júlia Sales Oliveira ZuqueteMoinho de Vento – Apartado 1042440-901 BatalhaTel: 244 765 [email protected]

10 BejaPraça da República, 42, 1.º7800-427 BejaTel: 284 322 320

11 BelmonteEdifício Multiusos - Sala 1Rua Pedro Álvares Cabral6250-086 Belmonte

12 BragaBêco do Eirado, 13, 1.º4710-237 BragaTel: 253 216 [email protected]

13 BragançaEdif. Principal - Largo General SepúlvedaApartado 76 – 5300-054 BragançaTel: 273 326 [email protected]

14 Caldas da RainhaPavilhões do Parque D. Carlos I2500-109 Caldas da RainhaTel/Fax: 262 843 [email protected]

15 Castelo BrancoRua de Santa Maria, 1046000-178 Castelo BrancoTel: 272 323 757

16 ChavesTerreiro de Cavalaria, 25400-193 ChavesTel: 276 351 [email protected]

Temos hoje um Portugal de profundos e demasiados antagonismos econtradições. Em 2040 teremos um Novo Portugal!

Um Portugal sem Combatentes da Guerra do Ultramar, sem Combatentes do25 de Abril, sem Políticos com ou sem complexos desses momentos verdadei-ramente importantes da História de Portugal.

Então, aqui e ali, apenas um ou outro afloramento remanescente de umamanta psicológica que cobriu, afectou e dividiu portugueses, será incorporadono comportamento emocional dos que continuarão a construir Portugal.

Como noutras épocas, uma vez mais, combatentes a quem a vida conduziraté 2040, serão então acolhidos e acarinhados como uma espécie de Heróis doSéculo Passado.

Então, o peso das vozes dos que se levantaram na defesa das ForçasArmadas, na Guerra que tiveram que travar em África e dos que se baterampelo reconhecimento e dignidade dos que nela então serviram Portugal, nãoterão mais eco, não provocarão mais custos e deixarão de ser uma presençaincómoda.

Então, igualmente, os que escreveram ou discursaram sobre quem fez oudeixou de fazer o 25 de Abril; - Quem fez ou deixou de fazer o 25 de Novembro;- Quem, após esses acontecimentos, conduziu o País sem disfarçar o incómododo peso desse milhão de portugueses que se bateu em África a mando de umapolítica cega e teimosa; - Quem apoiou ou deixou de apoiar os Combatentesda Guerra do Ultramar e suas famílias; - Então, tudo será já passado.

Mas quer se queira, quer não, será um passado com História.Não estarão mais em campo os antagonismos e contradições político-militares

que ajudaram a semear, na sociedade portuguesa no final do século XX e princípiodo século XXI, roturas com o passado que os antecedeu. Nesse Novo Portugal2040, já alguém poderá afirmar ou escrever sem rótulo sobre tais feitos e suasconsequências.

Os netos não deixarão de escrever sobre a História de seus avós.Enfim, esses avós serão, na História de Portugal, uma geração tão notória

como o foi a geração que iniciou o Império. Pela simples razão que foi a geraçãoque acabou por fazer a guerra e a acção militar que puseram fim a esse mesmoImpério. A geração da 2.ª Guerra Mundial, da Guerra Fria da NATO, da GuerraQuente do Ultramar, do 25 de Abril, enfim do Fim dos Impérios.

Com o acordo de uns e o desacordo de outros, não há forma de os riscar doMapa de Portugal. Nesse Novo Portugal, os portugueses considerarão quehouve então, como sempre houve na História de Portugal, Combatentes eHeróis... não se sabe se também Santos!

Entretanto hoje, a nós Combatentes ainda vivos dessa Guerra do Fim doImpério, cabe-nos contribuir e tudo fazer pelo reconhecimento e dignidade dosque serviram e servem as Forças Armadas. Sem humilhações ou vergonhasimpostas, antes pelo contrário, com o sentimento de um novo olhar de apreçopelos sacrifícios passados e feitos conseguidos. Com pelo menos a sensação deque os responsáveis de ontem e de hoje assumiram e assumem as decisõesque tomaram e reconhecem os que sofreram as consequências dessas suasdecisões. Que sintamos um contributo visível para a Honra que sentimos eDignidade interior que respiramos. Que o Congresso dos Combatentes de 11 deJunho tenha para isso contribuído.

Um novo Portugal

MatosinhosRua Prof. Rocha Pereira, 1284250-007 PortoTels: 96 757 65 09 - 22 401 49 13

Nesse Novo Portugal, osportugueses considerarão

que houve então, comosempre houve na História de

Portugal, Combatentes eHeróis... não se sabe se

também Santos!

Combatentese heróis

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O «Combatente» reserva-se o direito de não publicar colaboração não solicitada ou queseja contrária ao seu Estatuto Editorial.

Os artigos assinados, são da responsabilidade dos seus autores e podem nãoreflectir a opinião da Direcção.

Tenente-Coronel Tavares Correia

CombatenteEdição n.º 348TrimestralJunho 2009

Proprietário e Editor:Liga dos CombatentesRua João Pereira da Rosa, 181249-032 LisboaTel.: 213 468 245Fax: 213 463 [email protected]/NIF 500816905

Director:Presidente da Direcção CentralConselho Editorial:Direcção CentralDirector Executivo:Hélder Freire

Edição online e gestão de informática:Jorge Martins

Secretariado:Anabela [email protected]

Design:Ricardo Nogueira

Execução gráfica:Xis e érre, [email protected]

Revisão:António Costa

Impressão:Sunprint, Lda.

Expedição:Translista, [email protected]

Tiragem:43.000 exemplares

Depósito Legal:210799/04ISSN – 223 582ICS – 101 525

Gabu – Mais trezeossadas recuperadas

Guerra em Angola começou antes

do que dizem

Cerimónia do diado Combatente

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Assembleia-geral daLiga dos Combatentes

Sumário

Tabela de PublicidadeContracapa ................................. 1.400 €Verso da capa ........................... 1.200 €Verso da contracapa ................ 1.100 €Página dupla ............................. 1.600 €Página inteira ............................... 500 €Meia página dupla ...................... 900 €Meia página .................................. 600 €Terço de página ........................... 400 €Quarto de página ........................ 250 €Rodapé .......................................... 150 €IVA à taxa legal

Aatribuição deste estatuto foi decididaem sessão solene, na sede social da

Liga dos Combatentes, por ocasião daprimeira homenagem nacional dos Com-batentes por Portugal, aos agraciadoscom esta Ordem cimeira da República,que integra o Programa Nacional dascomemorações do Bicentenário destaOrdem. Já este ano Jaime Neves foipromovido a Ten. General.

Alvará da Torre e Espada

Considerando que o Coronel deInfantaria Comando Jaime AlbertoGonçalves das Neves ao longo dasua brilhante e valorosa carreiramilitar prestou altos serviços às for-ças e à Pátria, marcados pelo heroís-mo, abnegação, altruísmos e notá-vel espírito de decisão; Consideran-do que no comando de tropas emcampanha revelou invulgares quali-dades de chefia, espírito de missão,coragem e sangue frio em acções dealto risco debaixo de fogo; Conside-rando que o Coronel Jaime Nevesteve uma participação decisiva nasacções militares que conduziram àrestauração da democracia em Por-tugal e à sua intransigente defesa,nomeadamente pela sua actuaçãoem 16 de Março de 1974, em 25 deAbril de 1974 e em 25 de Novembrode 1975 e que teve acção importan-tíssima na restauração da disciplinanas Forças Armadas; Considerandoas qualidades de carácter, generosi-dade e frontalidade que são timbre

O Major General Jaime Neves, émembro honorário da Liga dosCombatentes, título que lhe foi

conferido pela Assembleia Geral,ouvido o Conselho Supremo e por

proposta da Direcção Central.A distinção atribuída ao General

Jaime Neves, resulta dacondecoração com a Ordem

Militar da Torre e Espada,conferida pelo Presidente da

República, na qualidade dePresidente de Honra do Conselho

Supremo da LC.

Membro honorário da Liga promovido a Generalda sua personalidade e o prestígionacional de que goza, quer entre osseus camaradas de armas, quer nasociedade civil; Considerando osefeitos de heroísmo militar e cívicodo Coronel Jaime Neves, as eleva-das condecorações e significativoslouvores, que lhe foram atribuídosao longo de toda uma carreira mili-tar, que constitui, elevado exemplo,e o elegeu como motivo do maiorprestígio, para as Forças Armadas ecredor da gratidão, do povo português;Mário Soares, Presidente da Repúbli-ca e grão-mestre das Ordens Honorí-ficas Portuguesas, faz saber que, nostermos da respectiva Lei Orgânica,aprovada pelo Dec. - Lei n.º 414-A/86, de 15 de Dezembro, confere aoCoronel de Infantaria «comando» Jai-me Alberto Gonçalves das Neves, denacionalidade portuguesa, o grau degrande-Oficial com palma da OrdemMilitar da Torre e Espada, de Valor,Lealdade e Mérito.

Presidência de República,24 de Julho de 1995

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Destaque

Desde Janeiro de 2009, está apresentado na Sede da Liga dosCombatentes o Tenente Coronel QTS, Carlos Manuel da SilvaTavares Correia, a prestar apoio no âmbito do Programam “Conser-vação das Memórias”, tendo já participado na Missão de interven-ção em Gabu (Guiné-Bissau) que decorreu de 22 de Março a 04 deAbril. Do seu currículo consta uma comissão como Alferes Miliciano

na Ex-Província da Guiné (1970/1972), GACA 2 (1973/1975), BSM (1975/1981),RIAH (1981/1983), BCAÇ N.º5 (1985/1986), RIT (1986/1990), TMTT (1990/1994),EME (1994/1997), CTM (Angola) 1997/1998, CCSL (1998/1999), IGE (1999/2000),BMI (2000/2001), DDHM (2001/2003) e BRIGMEC (2003/2008). Foi promovido aoactual posto em Fevereiro de 2004.

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Numa das edições recentes darevista «Combatente» (segundo

informações que na altura nos chega-ram), publicámos uma breve resenhasobre a vida do Major David Neto ondeafirmámos que era o militar portuguêsmais condecorado de sempre. Sabemosagora que também o Tenente CoronelPerestrello da Silva, recebeu inumeras eimportantes condecorações, que fazemdele um dos militares mais condecora-dos em campanha, de sempre.

Sem se tratar de uma competição, ébom que se saiba quem são os nossosheróis e, assim, prestar-lhes a devidahomenagem.

O Tenente Coronel Perestrello daSilva possuía as seguintes condecora-ções: Grau de Comendador e de Cava-

Dos pressupostos que levaram àsua condecoração, consta, para a

história, que «o tenente Perestrelloda Silva, oficial que eu já tive oportu-nidade de apreciar em outras situa-ções arriscadas na primeira linha eque, nesta acção eu vi intrépido e reso-luto à frente dos seus subordinados,entre os quais ganhou extraordinárioprestígio, merece ser distinguido pelamaneira como conduziu e dirigiu a suacompanhia na ocupação das posições,pela coragem e valentia com que sedefendeu e, mais tarde, tendo assumi-do o comando do Batalhão, na fasemais crítica do combate, pela compe-tência e sangue frio que demonstrou naorganização e direcção da retirada, ini-ciada em momento oportuno, e prolon-gando a resistência, de posição emposição, conseguindo sensível demorano avanço do inimigo. Demais, sabe-seque este oficial depois se distinguiu emserviços prestados pelo B.I. 14, na oca-sião da ofensiva vitoriosa dos aliados».

DestaqueDestaque

O Tcor. Henrique Augusto Perestrello D’Alarcão eSilva, nasceu em Braga a 2 de Dezembro de 1891 efaleceu em Lisboa em 9 de Dezembro de 1954. Cursouo Colégio Militar e combateu no Sul de Angola e naFlandres durante a I G.G. Foi o oficial com mais linhas defogo e o militar com as mais altas condecoraçõesportuguesas, em campanha.

Foi professor do Colégio Militar, Sub-Director doInstituto Profissional dos Pupilos do Exército e Coman-dante do Regimento de Infantaria N.º 1.

Tem as suas condecorações expostas no Museu dasOferendas do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, naBatalha.

Comandou a Escolta de Honra aos «Soldados Desco-nhecidos» ao Mosteiro da Batalha – Sala do Capítulo.

Foi Porta-Bandeira na Festa da Vitória em Paris, sobo comando do capitão Ribeiro de Carvalho.

Foi igualmente Porta-Bandeira na Festa da Vitória emBruxelas sob o comando do Major André Brun, desfilan-do perante a tribuna onde estava o Rei Alberto daBélgica e o Rei D. Manuel, já no exílio.

leiro da Ordem Militar da Torre e Espa-da de Valor, Lealdade e Mérito, comPalma; Medalha de Prata e Valor Mi-litar, com Palma (letra C) Três Cruzesde Guerra; Graus de Oficial e Comen-dador da Ordem Militar de Aviz; Me-dalha da Cruz Vermelha de Mérito;Medalha de Ouro e Prata de Compor-tamento Exemplar; Medalhas Come-morativas das Campanhas do ExércitoPortuguês no Sul de Angola e emFrança em 1918; Medalha da Vitória;Ferrager da Ordem de Torre Espada,entre outras.

O espólio do Tenente Coronel Peres-trello, está depositado no Mosteiro daBatalha e foi doado pelos seus filhos,um dos quais, o Coronel António Peres-trello lhe dedicou um poema.

Estes feitos, foram bem caracteriza-dos, numa sessão realizada na Socie-dade de Geografia de Lisboa, em queo General Santos Correia, a propósitodo 9 de Abril, disse:

«Bout Deville – Em cumprimento damissão recebida do Cap. Vale de An-drade, comandante do B.I. 14, o Ten.Perestrello da Silva, comandante da2.ª Companhia, ocupou, pelas 8 horas,o posto de Eton, onde se manteve atéperto das 12 horas.

Tornada insustentável a ocupação doposto pela violência do bombardea-mento, o Ten. Perestrello retirou so-bre Bout Deville, onde se encontravao comandante do Batalhão, com a 3.ªCompanhia (Ten. Aníbal de Azevedo)e um pelotão da 4.ª Companhia.

Bout Deville foi o centro de umavalorosa resistência. Tendo sido feri-do o Cap. Vale de Andrade, assumiu ocomando o Ten. Perestrello, que, pelasua competência e exemplo que davada sua valentia, ganhou a confiança

dos seus cooperadores e conseguiumanter sempre elevado o espíritocombativo dos que lutavam sob assuas ordens.

A massa inimiga aumentava cons-tantemente. A fim de evitar o envol-vimento, Perestrello retirou sobre Clif-ton (P), sempre combatendo. Encon-trou aí uma secção inglesa com duasmetralhadoras. Nova e valorosa resis-tência foi aí efectuada e mantida atéque nova ameaça de envolvimentolevou o Ten. Perestrello a retirar, coma secção inglesa, sempre combaten-do, sobre Pont Riqueul, onde conti-nuou a resistir até à chegada dasforças inglesas (1 ou 2 batalhões).Então, as forças do Ten. Perestrello,exaustas por quatro horas de lutaconstante e violenta, durante a qualtiveram uns 50 mortos e mais de umacentena de feridos, cumprida comheroísmo a missão recebida, sempreordenadamente, retiram na direcçãode Merville».

É dos militares portuguesesmais condecorados

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Um heróido 9 de Abril Resistir até poder com actos de bravura

O Clarim do Silêncio*(Ao 9 de Abril)

Do rufar do tamborAo clarim do silêncioA morte vem marchando…

…entre a chuvadas balasque molha estropiandoe mutilandocorpos ensanguentadosde póe aventuralutandomoinhos de aragemcom armas luzentesda doirada misériaem passo firmede coragemvagueando dependentesdas almas de inferiaque o tempo comee consomede voragem:marchando sorridentes!...

…e aqueles, que escapandovivos dos túmulosou dos sacos de areiaentricheiradosvão olhandoos raios dos «raides»perdidos no clarãoda terra de ninguémsem tréguas…estão, então tropeçandono arame farpadoda vigília da noite infindapara aquéme para alémda angústia e da traição!...

Do rufar do tamborAo clarim do silêncioA morte foi marchando!...

* Poema da autoria do CoronelAntónio Perestrello dedicado àmemória de seu pai.

Dados biográficosOs filhos do Tenente Coronel Perestrellodepositaram as suas condecoraçõesno Museu das Oferendas na Batalha

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Apesar de ter sido o iniciador dasacções no terreno e profundamen-

te conhecedor dos tramites a seguir paraa preparação de nova missão, tudo se fezpara que a seguinte tivesse lugar, dandoassim continuidade ao trabalho já realiza-do, ainda antes da “época das chuvas”.

Após a elaboração dos planos e muitatroca de correspondência, em 22 deMarço, partiu a Equipa de Missão com oCor. Goulão (colaborador da Liga e Com-batente na Guiné), o Ten.-Cor. Diogo(vogal da Direcção Central, que inte-grou a Missão a Farim) e o Ten.-Cor.

Correia (a prestar serviço na Liga desdehá pouco e Combatente na Guiné).

Contámos com o indispensável apoioda Embaixada de Portugal na Guiné-Bis-sau, através do gabinete do Adido deDefesa, (Cor. Nogueira e SMor Virgílio).

À chegada, esperava-nos o Cor. No-gueira que teve a amabilidade de nosreceber e apoiar desde a chegada. Per-noitámos em Bissau, nas instalações daCooperação Técnico-Militar (CTM) quejá do anterior nos tinham dado apoio,desta vez com o SMor Raimundo, dadoque houve rotação de pessoal.

Pela manhã, após reunião técnicapara coordenação, foi a saída paraGabu (Nova Lamego). O Cor. Danif,Oficial pára-quedista na reforma e resi-dente na Guiné, tal como na Missãoanterior, tinha coordenado o aluguer deviaturas com condutor e o deslocamen-to de meios para apoio, pertença daLiga e estacionados no CTM. Levámostambém um representante do Institutode Defesa Nacional, (IDN) com o qualfoi celebrado um Protocolo, que sóassim permitiu este tipo de interven-ção, tendo vindo a ser importante nos

contactos com as autoridades locais,quer em Gabu, quer nos reconhecimen-tos a outros locais de inumação.

As distâncias na Guiné não se medemsó em quilómetros, mas também emhoras.

Fazia calor, acima dos 37 graus e láfomos. Chegados a Gabu, instalámo-nosnuma das poucas unidades hoteleirasna Cidade. O René (francês e dono doestabelecimento, ainda em acabamen-tos) recebeu-nos com simpatia; fomosos únicos hóspedes durante a estadia,dado contar apenas com 8 quartos e aEquipa Técnica chegar alguns dias maistarde.

Ainda nesse dia visitámos o cemité-rio, para identificação das campas aabrir.

E não houve descanso. Acompanha-mento dos trabalhos de escavação ereconhecimento dos cemitérios a inter-vir numa próxima missão.

As distâncias na Guiné não se medemsó em quilómetros, mas sim em horas,dado que se encontra estrada alcatroa-da, de terra batida e, muito mais lento,a Picada, com percursos só transitáveisde viatura todo o terreno. Fomos a todaa região Sul de Gabu; Quebo, Cacine,Catió, Bedanda, Bolama, Buba, Fula-cunda, Enxalé, Bambadinca e Bafatá.

Temperaturasentre os 40-42 graus.

A Equipa Técnica chegaria na madru-gada do dia 30. Chefiada pela Prof. Dra.Eugénia Cunha acompanhada das An-tropólogas, Dra. Teresa Ferreira, Dra.Sónia Codinha, Dra. Maria Carvalho e oEspecialista Superior de Medicina Le-gal, Gonçalo Carnim. Ainda nesse diaregressámos a Gabu e iniciaram-se ostrabalhos de exumação dos restos mor-tais dos Combatentes. Tarefa morosa ecuidada, com a recolha de todos oselementos que ajudem numa posterioridentificação. Dado que a quase totali-dade não tinha a placa com a identifi-cação na campa, há que comparar os

dados que se recolheram sobre asvítimas, enquanto estavam vivas, comos dados que se obtêm do esqueleto(ex: fractura antiga, identificaçõesdentárias, que ficam marcadas parasempre).

Se houver coincidência de caracterís-ticas suficientes a pessoa fica identifica-da. Quando não há dados suficientes doesqueleto que permita a identificação,tem de se retirar amostras para obterADN e comparar com o de um familiar,sendo que esse processo é mais demo-rado. Nesses dias, fez ainda mais calor,com os trabalhos a decorrer sob tempe-raturas entre os 40-42 graus. Foramtrazidas mais 13 ossadas para Bissau,que foram depositadas num Ossário naCapela anteriormente recuperada pela

Mais treze ossadas recuperadasna Guiné Bissau

destaque

dest

aqueÁlvaro Diogo Tenente-Coronel

Viemos de Farim em meados de Dezembro. Uma semana depois, aconteceu afatalidade; o falecimento inesperado do Chefe de Missão e Vice-Presidente da Ligados Combatentes, o Major-General Camilo. O grupo de trabalho reuniu sob a direcçãodo Presidente da Liga e a nova missão foi definida: Gabu em Março de 2009Ga

bu

Liga dos Combatentes, numa cerimóniaque contou com a presença do Embai-xador de Portugal na República da Gui-né-Bissau, dos Militares presentes nasMissões de Cooperação, autoridades daGuiné-Bissau e as Equipas de Missão eTécnica.

À noite, um jantar de despedida comos colaboradores nesta missão, com apresença do Sr. Embaixador que profe-riu algumas palavras que muito honra-ram a Missão, sendo encorajadoras paraoutras que se venham a realizar. Vãocomeçar os preparativos da próximaMissão, que terá de ser planeada emmoldes diferentes, dado terem de seraccionados meios e pessoal para locaisvariados e muito distantes do aloja-mento base.

Distribuiçãode livroseducativospara a escolade Dulombi

Uma das urnascom os restos

mortais de umcombatente

português

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Associando-se a mais um “Encontrode Combatentes”, o XXI e sob o

patrocínio da Câmara Municipal da Vilada Madalena, na Ilha do Pico, realizou--se a cerimónia do “Dia do Combatentee de Homenagem aos Combatentes daIlha do Pico”. Assinalou-se tambémnesta data, a criação de mais um Nú-cleo da Liga.

Presentes entidades civis e militaresdos Açores. Após as honras militares,registaram-se alocuções do Presidentedo Núcleo de Angra do Heroísmo/Praiada Vitória, lida mensagem do Presiden-te da Direcção Central da Liga dos Com-batentes pelo seu representante e aalocução do Presidente da Câmara Mu-nicipal da Vila da Madalena, a que seseguiu o descerramento da placa co-memorativa e de homenagem aos Com-batentes da Ilha do Pico, colocada nafachada do Edifício da Câmara, comdeposição de coroas de flores e home-

nagem aos mortos pela força militarconstituída por elementos dos três ra-mos das Forças Armadas.

Seguiu-se a Entrega do Guião donovo Núcleo da Ilha do Pico da Liga dosCombatentes, formalizando assim, pu-blicamente a criação de mais um pólode actividade da Liga, junto dos Comba-tentes “Picarotos”.

A Missa de Sufrágio, com Guarda deHonra ao Altar, foi na belíssima Matriz

No Pico nasceu mais um NúcleoÉ o 71.º, em Portugal

e o 3.º dos Açores.Contam-se mais 6 no

estrangeiro.

da Madalena, com a participação eleva-da da população em geral.

Pelas características geográficas daIlha, a Comissão Administrativa, paramelhor apoio próximo aos combaten-tes, é construída por elementos dos trêsConcelhos da Ilha; Madalena, Lajes doPico e S. Roque.

Longa vida a mais este Núcleo da Ligados Combatentes.

O Núcleo de Braga, realizou, em Bar-celos uma cerimónia comemorativa daBatalha de La Lys.

Depois do hastear da bandeira, se-guiu-se uma missa de sufrágio peloscombatentes falecidos em combate.

Depois, já com a presença de autori-dades civis e militares, realizaram-sevárias alocuções alusivas à data, juntodo monumento aos combatentes daGrande Guerra, após o que foram de-postas algumas coroas de flores.

Esteve presente, nestas cerimóniasuma força do Regimento de Cavalarian.º 6.

O núcleo regional de Beja da Liga dosCombatentes, as forças militares e desegurança da cidade estiveram presentesna cerimónia de comemoração do Dia doCombatente Português e de homenagemaos militares falecidos na Batalha de La Lys.O evento teve lugar no Cemitério Munici-pal onde foram depositadas coroas deflores junto às placas com os nomes doscombatentes do concelho falecidos emcombate. Fernando Figueiredo, coman-dante do Regimento de Infantaria 3, afir-mou que esta comemoração é uma ho-menagem a todos os “heróis” que perece-ram em combate, “muitos deles provavel-mente ainda por identificar”.

Em Maio passado, realizou-se, pelaprimeira vez uma excursão a Santia-

go de Compostela promovida pelo Nú-cleo de Penafiel, que congregou Asso-ciados, Combatentes e familiares.

Saíram do Campo Conde de TorresNovas (Campo da Feira), com paragemem Valença e Santiago de Compostela.Dali seguiram para Vigo com passagempor Samil até Viana do Castelo. Era jánoite quando regressaram a Penafiel.

O passeio decorreu dentro de umambiente saudável, tendo os seus par-

ticipantes dado por bem empregue esteconvívio, ficando com a expectativa dese repetir.

Lembramos também que no próxi-mo dia 20 de Setembro de 2009, oNúcleo de Penafiel vai levar a efeito a3.ª Peregrinação a Fátima com os Asso-ciados, Combatentes e familiares.

Os interessados devem inscrever-seaté 11-09-2009 na Sede do Núcleo dePenafiel. Preço por pessoa 11,50 Euros.

Contactos: Sr. Araújo 933 142 326

O Núcleo da Póvoa de Varzim da Liga dos Combatentes comemorou, a 9de Abri, o 91.º aniversário da Batalha de La Lys, data em que se decidiucelebrar o ‘Dia do Combatente’. A cerimónia, que decorreu junto aoMonumento aos Mortos pela Pátria situado na Praça Marquês de Pombal,ficou marcada pela realização de um discurso do presidente da CâmaraMunicipal, Macedo Vieira

Dia do Combatente assinalado na Póvoa

Iniciativas em ElvasA II Feira Internacional do Patrimó-

nio, realizada na cidade de Elvas,teve a participação do Núcleo daque-la cidade.

Esta iniciativa do Núcleo reforça avontade de representação junto dasentidades regionais dando a conhe-cer as suas actividades e iniciativas.

No contexto do certame o Núcleodesenvolveu e apresentou uma ex-posição fotográfica sobre o Ultramar,a partir da recolha de fotografias deálbuns pessoais de membros da Di-recção do Núcleo e alguns sócios, oque constituiu um pólo de interessedos combatentes e público em geral.

Braga foi a Barcelos

Beja

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Este primeiro ciclo de debates constoude cinco encontros realizados em:

- 21 de Janeiro, sobre o livro “O Caça-dor de Brumas” de Bernardino Louro,com o TCor. João Sena e o Cor. Montez;18 de Fevereiro, sobre o livro “A Geraçãodo Fim” de 21 Oficiais de Infantaria docurso 54/58, com o TCor José Aparício eCor. José Parente; 18 de Março, sobre aobra literária de Carlos Vaz Ferraz, comos Coronéis Matos Gomes e AnicetoAfonso; 15 de Abril, sobre as obras “AsGuerras da Minha Guerra” do Cor. RuiMarcelino e as “Guerra do Capitão Agos-tinho” do Dr. Carlos Gueifão, com os

autores e o Cor. Barão da Cunha; 20 deMaio, 5.º e último encontro deste pri-meiro ciclo, sobre o livro “Tempo Africa-no” do Cor. Barão da Cunha e que contouna mesa com a presença, do Dr. Isaltinode Morais,Presidente da C.M.O, do TGen.Chito Rodrigues Presidente da DC da LC,TGen. Sousa Pinto, Presidente da CPHM,o autor e Presidente do Núcleo.

A apresentação e comentário à obrafoi feito pelo TGen Chito Rodrigues apóso que, usaram da palavra o Dr. Isaltinode Morais e o TGen. Sousa Pinto. Segui-ram-se diversas intervenções, espelhan-do diferentes modos de ver e sentir

factos e acontecimentos ocorridos o queconstitui um contributo importante paraa História que há-de ser feita.

Todos os encontros tiveram numerosaparticipação e intervenções, limitada ape-nas pelo tempo disponível para o encontro.

Pelo Presidente do Núcleo que abriue fechou todos os encontros, foi anun-ciado que em 20 de Outubro terá lugaro primeiro encontro do 2 .º ciclo dedebates sobre a mesma temática.

Os Presidentes da três instituições pre-sentes deram o seu apoio à iniciativa depublicação de uma colectânea de Obrassobre a temática “ Escritor Combatente”.

Por iniciativa do Núcleo deOeiras/Cascais e a colaboração

da CMO decorreu, na LivrariaGaleria Municipal Verney, em

Oeiras, o primeiro ciclo decolóquios-debates versando atemática “O Fim do Império-

-Escritor Combatente”.

Colóquios em Oeiras

José Manuel Montez Coronel

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Por iniciativa duma Comissão Orga-nizadora da Freguesia de Silva Escura,

no concelho de Sever do Vouga, foiinaugurado no dia 14 de Junho umMonumento de Homenagem aos Com-batentes naturais daquela freguesia quecombateram na Guerra do Ultramar.

O programa teve início com umacerimónia religiosa na igreja Matriz,com bênção do Monumento.

As honras militares estiveram a car-go de uma secção de pára-quedistasdo Regimento de Infantaria n.º 10,

Silva Escura homenageia combatentesacompanhados pela fanfarra de S.Lourenço.

Procedeu-se à deposição de trêscoroas de flores em memória dosCombatentes que tombaram no cum-primento do dever.

Posteriormente assistiu-se à inter-venção das várias entidades convida-das, designadamente, do representan-te da Comissão Organizadora do even-to, do Arqt.º Eduardo Varandas, repre-sentante do Presidente da DirecçãoCentral da Liga dos Combatentes, do

Presidente da Câmara Municipal deSever do Vouga e do representante doGovernador Civil do Distrito de Aveiro.

O Arqt.º Eduardo Varandas, na suaintervenção, aproveitou a circunstân-cia para recordar a sua condição deCombatente da Guerra do Ultramar,manifestando a sua total solidarieda-de para com os homenageados, enal-tecendo o gesto simbólico em queestava a participar e dando ênfaseaos companheiros que ficaram muti-lados para sempre, referindo-se comespecial acuidade a todos aquelesque pagaram com o sacrifício da pró-pria vida a missão que lhes tinha sidoconfiada. Leu de seguida a mensa-

gem do Senhor Presidente da Direc-ção Central da Liga dos Combatentes,da qual foi portador, para transmitir osentimento de agrado e de reconhe-cimento, em nome da Liga dos Com-batentes, pela iniciativa encetada peloPresidente da Junta de Freguesia deSilva Escura e de toda a sua populaçãono sentido de materializar num Mo-numento a justa Homenagem aos fi-lhos da terra que lutaram de armas namão nos teatros de operações emque estiveram envolvidos.

O antigo Presidente da República generalRamalho Eanes, visitou a Liga dos Combatentes,tendo mantido conversações com o Presidenteda Direcção Central, general Chito Rodrigues.Na oportunidade o general Ramalho Eanes,assinou o livro de Honra da LC e manifestou-sedisponível para acompanhar e ajudar, na medi-da das suas possibilidades, na concretizaçãodos projectos em que a Liga dos Combatentesestá envolvida.

General Ramalho Eanesvisitou a Liga

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Em 15 e 16 de Maio, realizou-se umaexcursão às Rias Baixas (costa da Galiza).

Cerca de 50 sócios, familiares e ami-gos da Liga dos Combatentes, desfruta-ram das paisagens e belezas arquitec-tónicas daquela região.

ADirecção do Núcleo de Loulé da Ligados Combatentes, em colaboração

com a Câmara Municipal de Loulé e a Juntade Freguesia de Benafim, comemorou o3.º Aniversário da Fundação do Núcleo deLoulé da Liga dos Combatentes, com umalmoço convívio, no Centro Comunitário deBenafim, no dia 17 de Maio.

Estiveram presentes 108 pessoas en-tre sócios, familiares e convidados. O

Comemorações em Loulé

Chaves organizou passeio às Rias BaixasForam dois dias bem preenchidos,

que deu para visitar e conhecer locaiscomo San Xenxo, Porto Novo e La Co-ruña e saborear a sua gastronomia. Ànoite após o jantar, foi organizado ummomento de animação denominado de

“Queimada”, com o aparecimento ines-perado de bruxas malvadas e um bemanimado baile, que despertou a alegriae a boa disposição de todos os presen-tes. No segundo dia realizou-se um pas-seio de barco junto à costa galega.

actual Núcleos actual Núcleos

evento presidido pelo Secretário-Geralda Liga dos Combatentes, Coronel Tra-vassos Fernandes, que enalteceu o tra-balho realizado pela Direcção do Nú-cleo, em prol dos ex-combatentes eseus familiares.

Foram entregues os troféus, do I Tor-neio de Petanca, com o apoio do Clube dePetanca “Escola de Loulé”. Os sócios com-batentes, Ângelo Silva e Carlos Ferreira,

receberam os diplomas, da conclusão doMódulo 1 Microsoft Office 2003 e Inter-net, que decorreu no Núcleo de Loulé daLiga dos Combatentes de Janeiro a Maio,com a orientação do Sargento-Ajudante,João Ribeiro.

O Secretário-Geral e o Presidente doNúcleo de Loulé da Liga dos Combaten-tes, respectivamente Coronel TravassosFernandes e Marçal Mendonça, entrega-ram os Testemunhos de Apreço, pelosmais de 25 anos de sócio, aos sócioscombatentes Rogério Sousa e Jorge Mena.

O Presidente da Mesa da AssembleiaGeral do Núcleo de Loulé da Liga dosCombatentes, Pedro Oliveira, agradeceu apresença do Secretário-Geral da Liga dosCombatentes, do Capitão-Tenente Domin-gues, do Comando da Zona Marítima do Sule do Major Belchior, do Regimento deInfantaria n.º 1, de Tavira, nas comemora-ções do 3.º aniversário do Núcleo.

O Presidente do Núcleo de Loulé, Mar-çal Mendonça, referiu o facto de que coma criação do Centro de Apoio MédicoPsicológico e Social do Sul e Algarve, afuncionar nas nossas instalações e contar-mos nas nossas fileiras com 400 sócios, asede social tornou-se muito pequena.

Vinhais abriu portas a um Núcleo extinto desde 1970, contando com a pre-

sença de dezenas de associados e outrosconvidados, nomeadamente Presidente

da Liga dos Combatentes, Presidentes daAssembleia e Câmara Municipal de Vi-nhais, 2.ª Comandante do Regimento deInfantaria n.º 17 de Chaves, Presidente do

Núcleo da LC de Chaves, entidades locaise população que quis assistir a este acto.

O programa incluiu os discursos doPresidente da Liga dos Combatentes Ge-neral Joaquim Chito Rodrigues, Presiden-te do Núcleo da LC de Vinhais FranciscoJosé Gomes e Presidente da CâmaraMunicipal Dr. Américo Jaime Afonso Pe-reira, assinatura de Protocolo de Coope-ração das Instalações cedidas pela Câma-ra Municipal de Vinhais; descerramentode uma placa alusiva à efeméride; bên-ção da Sede pelo Pároco Luís ManuelTeixeira Morais e romagem ao Talhão dosCombatentes no Cemitério Municipal sen-do proferida pelo Pároco invocação reli-giosa, deposição de flores e Honras Mili-tares por uma força do Regimento deInfantaria n.º 17 de Chaves.

Terminada a cerimónia teve lugar umlanche convívio com todos os presentes.

O Presidente do Núcleo de Vinhais noseu discurso lembrou a acção meritóriadas Direcções cessantes e traçou umPlano de Acção para desenvolvimentoneste triénio.

Fortalecer a sua acção no campo dasolidariedade social e stress pós-traumá-tico de guerra, arranjo e conservação doTalhão dos Combatentes, e construção deum ossário, além de pugnar por melho-res instalações.

Sensibilizar os Presidentes de CâmaraMunicipal e Juntas de Freguesia, entida-des locais e população a erigir um Monu-mento que imortalize os militares queabnegadamente deram a vida ao serviçoda Pátria, é outro dos objectivos.

Seguiu-se uma intervenção do Presi-dente da DC, General Chito Rodrigues,que incentivou a nova Direcção e seregozijou pela reactivação do Núcleo, que

muito se deve ao esforço da D. Hortense,funcionária e sócia da Liga dos Combaten-tes, cujo pai havia sido o último tesoureirodo Núcleo, nos anos de 1970.

Após enunciar os grandes objectivos eProgramas Estruturantes da Liga terminoucom mais agradecimentos às autoridadesmunicipais pelo apoio concedido.

No discurso do Presidente da CâmaraMunicipal este prontificou-se em apoiar oNúcleo no que estiver ao alcance daEdilidade e congratulou-se com esta ini-ciativa.

Foi um dia de festa, onde as gentes deVinhais ficaram satisfeitas por alguém seempenhar em reactivar o Núcleo fechadodurante 38 anos, convictos na justeza daLiga levar por diante os objectivos que sepropõe desenvolver e que se torna tam-bém uma mais-valia para o desenvolvi-mento da própria Vila.

Reactivado o Núcleo de Vinhais

Cerimónia da reactivação einauguração das instalações donúcleo da Liga dos Combatentes deVinhais no passado mês de Maio

Exposiçãoem Manteigas

O Núcleo de Manteigas com o pa-trocínio da Câmara Municipal de Man-teigas, a que se juntou a vontade eapoio do Museu da Liga dos Comba-tentes, realizou uma exposição sobre«O Combatente Português», certameno âmbito da Expo-Estrela 2009 quedecorreu no Município de Manteigas.

A exposição esteve patente no Ar-quivo Municipal desta cidade peloperíodo de 21 de Fevereiro a 9 deMarço. Esta iniciativa do Núcleo deManteigas constitui uma importantesensibilização da História da Liga dosCombatentes, na região da Serra daEstrela, como constatamos pelo fluxode visitantes.

O empenho e dedicação do Núcleode Manteigas foram notórios e reco-nhecidos.

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Dia do Combatente

«Neste espaço de tão marcada simbo-logia histórica pelo qual perpassam assombras tutelares dos nossos egrégiosavós, neste espaço intemporal aglutina-dor das memórias dos que edificaram esublimaram a portugalidade, neste tem-plo sagrado importa que nos recolhamosem meditação profunda a fim de que aténós cheguem os ecos vindos do passa-

do, a fim de na projecção dos valores queaqui se representam, sentirmos o palpi-tar do coração da Pátria.....

E, indo ao encontro dos nossos ances-trais, porque “as nações todas são mis-térios, cada uma é todo o mundo a sós “,havemos então e agora, de implorar:

“Ó mãe de reis e avó de impérios, /Vela por nós “ e vela por nós também

“Pai que foste cavaleiro “ pois que sendohoje a vigília nossa:

“Dá-nos o exemplo inteiro / E a tuainteira força!”

“Quem quer passaralém do Bojador,tem que passaralém da dor”

E havemos de escutar, vindo das bru-mas do passado, o “rumor dos pinhais edas naus a haver”, de contemplar o rostosério da “Princesa do Santo Graal, /Humano ventre do Império, /Madrinhade Portugal” e de seguir o cortejo místicoe os sublimes instrumentos que o acom-panham, entrando nesta Casa Capitular,verdadeiro altar da Pátria, contemplan-

do emocionados, banhados pela luzideal do espírito, a “ínclita geração, osAltos Infantes “ e o Mestre seu Pai:

“Mestre, sem o saber, do Templo, /Que Portugal foi feito ser, / Que houves-te a glória e deste o exemplo / De odefender “.

E cumprindo a antevisão da escrituragravada em pedra neste Mosteiro de

Santa Maria da Vitória, as naus a haversulcaram os mares e “foram de ilha emcontinente, correndo até ao fim do mun-do, vendo-se a terra inteira, de repente,surgir redonda do azul profundo“.

E porque “Quem quer passar além doBojador, tem que passar além da dor”, aepopeia valeu a pena, porque:

“Tudo vale a pena / Se a alma não épequena“.

Possamos aqui e agora sentir palpi-tar o coração da Pátria!

E captar a sua essência no crisol emque se fundem todos os valores espiritu-ais, afectivos, culturais, gerados e viven-ciados ao longo da história pela comuni-dade nacional, formada pela ininterrup-ta cadeia de gerações repositório detudo quanto dá carácter aos povos que aintegram e de onde resultam os impera-tivos a que o Estado, hoje em dia funda-do na legalidade democrática, comoexpressão política da soberania popular,se deve constituir em instrumento deconstrução de uma sociedade livre. UmaPátria na sua intemporalidade espirituale afectiva é o enlace solidário e fraternalde todos quantos contribuíram para asua formação, de todos quantos a elapertencem e no passado pertenceram,de todos quantos a amaram e por elatrabalharam, viveram e morreram, des-de a Mãe e o Pai fundadores, passandopela “Princesa do Santo Graal”, pelovencedor de Aljubarrota e seus filhos,Altos Infantes, por Nun’Álvares, dentrode dias elevado à dignidade dos altarese à canonização pela Santa Sé, por Vascoda Gama, Afonso de Albuquerque, Ca-mões, os poetas, escritores e pensado-res do fecundo século XIX, o genial autorda Mensagem e todos quantos, com osuporte matricial do povo, constituíramo húmus fecundo da portugalidade.

Cabe a todos nósem preito de homenagemrecordar e reverenciartodos quantos combaterame morreram por Portugal.

Assim, as gerações que em cada mo-mento integram e compõem o todocolectivo, as gerações que sucessiva-mente enfolham, enfloram, fruteiam e

Na cerimónia comemorativado 90.° aniversário da Batalha de La Lys,e do Dia do Combatente, o JuizConselheiro Monteiro Diniz, representanteda República para a Região Autónomada Madeira, foi o orador convidado,nas cerimónias que se realizaramno Mosteiro da Batalha.

Homenagem a todos que combateram e morreram por Portugal

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Dia do CombatenteDia do Combatente

fenecem, hão-de ater-se ao legado his-tórico que herdaram de seus pais e seusavós, à simbologia transpessoal e in-temporal da cadeia ininterrupta dos queas precederam e, desde o momentofundador construíram, edificaram, de-senvolveram e sublimaram a Pátria,entendida esta como um espaço desentimento, de afectividade, de vincula-ção aos valores perenes do local denascimento, de vivências familiares, doespaço lustral dos pais, dos maiores, dosancestrais e de todos os valores que aolongo dos séculos se foram erigindo econsolidando e se encontram agora de-positados em nossas mãos para seremtransmitidos às gerações do porvir.

Nesta data tão simbólica, nesta SalaCapitular tão carregada de profundossignificados espirituais, nesta hora derecolhimento profundo, cabe a todosnós em preito de homenagem recordare reverenciar os soldados desconheci-dos que aqui repousam para sempre epor eles e para além deles todos quantoscombateram e morreram por Portugal.

No desfiladeiro das Termópilas, o reide Esparta, Leónidas, acompanhado de300 dos seus guerreiros sustiveram, atéà morte, o avanço das inumeráveis le-giões de Xerxes, salvando com a imola-ção das suas vidas a inviolabilidade daterra mãe, permanecendo para a poste-ridade a mensagem heróica dos seus

soldados – ide dizer a Esparta que mor-remos aqui para cumprir as suas leis –como símbolo do sacrifício supremo,depositando a própria vida como oferen-da nos altares da Pátria.

Desde então, desde a longínqua anti-guidade helénica até aos nossos diasmuitos exemplos similares ocorreram,devendo afirmar-se que todos os comba-tentes que um dia tombaram em defesada Pátria, obedecendo às suas leis, sãomerecedores de que os vindouros lhesconcedam os lauréis simbólicos devidosao despojamento das suas vidas.

Não há prova de amor superior à deque alguém dá quando sacrifica a pró-pria vida por outrem.

Mas, essa prova de amor é, porventu-ra, ainda mais sublimada, quando a vidaé dada em defesa da Pátria.

E tudo isto radica no reconhecimentode quantos, conquistaram, alargaram edelimitaram o espaço da territorialidadenacional, defenderam a sua inviolabili-dade, descobriram os mistérios do marsem fim, praticando para tanto actosexcepcionais de abnegação e sacrifício,numa luta titânica contra as circunstân-cias hostis que de geração em geraçãofizeram o Portugal que nos foi legado, nadimensão dos valores e símbolos trans-mitidos ao longo de uma história multis-secular que esteve na génese e projec-ção da cultura ocidental e na sua difusãojunto de povos e civilizações espalhadaspelos diversos continentes.

E neste tempo de Abril, tempo emble-mático que assinalou uma viragem his-tórica da sociedade portuguesa à qualforam restituídos os direitos e liberdadesfundamentais, também aqui, as ForçasArmadas, coroando a longa resistênciado povo português e interpretando osseus sentimentos profundos, contribuí-ram decisivamente para lhe devolver osgrandes valores de que haviam sidodespojados.

E desde então, reconhecida a sua matrizdemocrática, Portugal passou a desem-penhar, nomeadamente através da lín-gua e da cultura expandidas nos novospaíses de expressão cultural portuguesa,um papel significativo na sua projecçãoe afirmação no Mundo. E novamente,tanto em operações militares como em

operações de manutenção de paz, asForças Armadas cumpriram as significati-vas missões a que foram chamadas, comum desempenho sempre exemplar ecredor do reconhecimento. Nesta ceri-mónia reportada embora a um precisomomento histórico – o 91.° aniversário daBatalha de La Lys, na qual o Corpo Expe-dicionário Português, no dia 9 de Abril de1918, na região de Flandres e no sector deYpres, entre mortos, feridos e desapare-cidos perdeu cerca de 7.500 soldados –mas na qual se assinala também o Dia doCombatente, àquela efeméride profun-damente associado, haveremos de recor-dar e ter bem presente, a continuidadeinconsútil de um povo iniciada nos alvo-res da nacionalidade e projectada atravésdos séculos até aos nossos dias, continui-dade pejada de heroísmo, sofrimentos,vitórias mas também amargas derrotasque constituíram o cadinho no qual seamalgamaram as idiossincrasias tão pró-prias nos reconhecidos sentimentos desolidariedade, humanismo e fraternidadedo povo português.

E se a abóbada não caiu, como profeti-zou o combatente das hostes deNun’Álvares que a fez erguer, também osvalores afirmados pela nossa história,malgrado os relativismos, o cepticismo, aindiferença e o distanciamento de algunsem relação aos ideais consubstanciadosnos sentimentos profundos do povo por-tuguês, jamais cairão, cabendo a todosnós, a todos quantos acreditam nos valo-res supremos do interesse da grei, contri-buir para a sua exaltação e a sua defesa.

E para além de recordar todos quan-tos um dia sofreram, lutaram e tom-baram ao serviço da Pátria, idealmen-te simbolizados pelos combatentesque jazem sob a abóbada mítica quecobre esta nobre e venerável SalaCapitular, vamos em silêncio profun-do, honrando o exemplo e a memóriaque nos legaram curvarmo-nos co-movida e respeitosamente perante oseu túmulo onde para todo o semprerepousarão.

Juíz Conselheiro Monteiro Diniz

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Patronoda Infantaria Realizou-se no passado

dia 26 de Abril, no Vaticano,a canonização de D. Nuno

Álvares Pereira, a quepresidiu o Papa Bento XVI.Foram assim reconhecidas

as qualidades e virtudesdeste Combatente, Herói

e agora Santo.

Nuno Álvares Pereira, nasceu em1360.

Exímio e exigente líder militar,combatendo sempre em inferiorida-de numérica, invencível na arte daguerra e na firmeza e coerência dassuas convicções, consegue consoli-dar o trono de Avis, participar naconquista de Ceuta e assegurar umasignificativa parcela dos bens queviriam a integrar a futura Casa deBragança.

O ambiente medieval, forjou a suajuventude, tornando-o no chefe mi-litar, vencedor das batalhas dos Ato-leiros, de Aljubarrota e Valverde,

O facto da sua canonização, é paraPortugal e os portugueses motivo dejúbilo e de esperança. D. Nuno Álva-res Pereira viveu em tempos difíceisde crise dinástica, com fortes divi-sões no tecido social e político portu-guês, que punham em perigo a pró-pria identidade e independênciacomo Nação. Levado pela sua invul-gar humildade, desprendeu-se detodos os seus bens – que eram mui-tos, pois o Rei o tinha recompensadocom numerosas comendas – e repar-

apesar da desproporção de meiosbélicos e humanos que pendiam parao lado do inimigo.

Casou com D. Leonor Alvim dequem teve três filhos, sobrevivendoapenas a sua filha Beatriz, que viriaa casar com D. Afonso, dando origemà Casa de Bragança. Tendo ficadoviúvo muito cedo, dedicou-se à Or-dem do Carmo no convento quemandou construir em Lisboa. Ali en-cetou uma vida religiosa de simpli-cidade dedicada aos pobres.D.

Nun

o Ál

vare

s Pe

reira

tiu-os por instituições religiosas esociais em benefício dos necessita-dos.

Logo após a sua morte começou aser venerado como santo pelos cren-tes. As suas virtudes heróicas foramoficialmente reconhecidas pelo PapaBento XV, que o proclamou beato,em 1918.

Nuno Álvares Pereira fez da suavida uma missão, correndo todos osriscos para bem servir a Pátria e opovo.

Nuno Álvares Pereira foi beatificado aos 23 de Janeiro de 1918 peloPapa Bento XV, que consagrou o dia 6 de Novembro ao, então, beato.Iniciado em 1940, o processo de canonização foi posteriormente inter-rompido e, em 2004 reiniciado.

No Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 – acto formal no qual o Papapediu aos Cardeais para confirmarem os processos de canonização jáconcluídos –, o Papa Bento XVI anunciou para 26 de Abril de 2009 acanonização do Beato Nuno de Santa Maria, juntamente com quatrooutros novos santos. O processo referente a Nuno Álvares Pereiraencontrava-se concluído desde a Primavera de 2008, noventa anos apósa sua beatificação.

D. Nuno Álvares Pereira foi canonizado como São Nuno de Santa Mariapelo papa Bento XVI às 9h 33min (hora de Portugal) de 26 de Abril de2009.

A Conferência Episcopal Portuguesa, em nota pastoral sobre a cano-nização de Nuno de Santa Maria, declarou: “(...)o testemunho de vida deD. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e dafraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários ede iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadaniaexemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida políticacomo expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.

Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres dehoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valoresevangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutarpelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais despro-tegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de umasociedade mais justa e fraterna que todos desejamos.»

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A canonização é a confirmação,por parte da Igreja, que um fielcatólico é digno de culto públicouniversal (no caso dos beatos, oculto é diocesano) e de ser dado aosfiéis como intercessor e modelo desantidade.

Este é um acto reservado ao Papa,desde o século XII, a quem competeinscrever o novo Santo no cânone. AIgreja sempre reconheceu os San-tos, mas nem sempre o modo deproceder nas causas de Canonizaçãofoi igual.

Também a beatificação se tornouuma prerrogativa da Santa Sé, e oprimeiro acto deste tipo refere-seao papa Alexandre VII em 1662 nabeatificação de Francisco de Sales.

O processo para a canonizaçãotem uma primeira etapa na Dioceseem que faleceu o Servo de Deus. Asegunda etapa tem lugar em Roma,onde se examina toda a documenta-

ção enviada pelo Bispo diocesano.Após exame profundo da documen-tação efectuada pelos teólogos eespecialistas, compete ao Papa de-clarar a heroicidade das virtudes, aautenticidade dos milagres, a beati-ficação e a canonização.

ProcessoProcessoProcessoProcessoProcesso

A tramitação do processo de santi-dade de um católico morto com famade santo passa por etapas bem dis-tintas. Cinco anos após a sua morte,qualquer católico ou grupo de fiéispode iniciar o processo, através deum postulador, constituído median-te mandato de procuração e aprova-do pelo Bispo local.

Juntam-se os testemunhos e pede--se a permissão à Santa Sé. Quandose consegue esta permissão, proce-de-se ao exame detalhado dos rela-tos das testemunhas, a fim de apurar

Guilhermina de Jesus foi curada por intercessão doBeato Nuno Álvares Pereira, milagre que teve oreconhecimento da Igreja.

Guilhermina de Jesus estava em Leiria quando omilagre aconteceu. A sexagenária sofreu lesões noolho esquerdo por ter sido atingida com salpicos deóleo a ferver. Depois de ter pedido a intervenção doSanto Condestável, foi observada por diversos médi-cos em Portugal e foi analisada por uma equipa decinco médicos e teólogos em Roma, que considera-ram a sua cura miraculosa.

Ao saber que foi a sua cura que permitiu a canoni-zação do Beato Nuno, esta portuguesa confessa:“Fiquei muito contente porque o Beato Nuno serámais conhecido e poderá ajudar mais pessoas comome ajudou a mim”.

de que forma a pessoa em questãoexercitou a heroicidade das virtudescristãs.

Aos bispos diocesanos compete odireito de investigar acerca da vida,virtudes ou martírio e fama de san-tidade ou de martírio, milagres adu-zidos, e ainda, se for o caso, do cultoantigo do Servo de Deus, cuja cano-nização se pede.

Este levantamento de informaçõesé enviado à Santa Sé. Se o examedos documentos é positivo, o “servode Deus” é proclamado “venerável”.

A segunda etapa do processo con-siste no exame dos milagres atribuí-dos à intercessão do “venerável”. Seum destes milagres é considerado au-têntico, o “venerável” é considerado“beato”. Quando após a beatificação severifica um outro milagre devidamentereconhecido, como poderá ser o casodos Pastorinhos, então o beato é pro-clamado “santo”.

Passos e significados da Canonização

A cura

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Combatente, Herói e agora SantoD.

Nun

o Á

lvar

es P

erei

ra Heróis

Não. Não navegam no sofrimentoOs que então cumpriram seu deverDe cabeça erguida, sem lamentoSão da Pátria Heróis sem o saber

Vivem!Vivem mesmo os que morreram!Todos!Todos os que juntos sofreramVivem!Vivem anónimos e altivosEntre aqueles que os esqueceram!

Hoje, Grandes Homens ou mendigosSão no Portugal atlântico e europeuHeróis Pátria mesmo desconhecidosHeróis com nome que guerra não levou!

J. Chito Rodrigues

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Passou-se, seguidamente, à eleição dosCorpos Sociais, tendo por unanimida-

de, sido eleita a Lista A. Já com a presençado SEDNAM, Dr. Mira Gomes, foram assi-nados Protocolos no âmbito dos Progra-mas Estruturantes da Liga dos Combaten-tes: Liga Solidária; Cidadania, Cultura e

consideração nos próximos anos 2009//2011. Sua Exa. o Secretário de Estado(SEDNAM) usou da palavra, congratulan-do-se pela eleição dos novos Corpos So-ciais, pelo trabalho desenvolvido e pelosobjectivos a alcançar com os Planos Estru-turantes da Liga dos Combatentes.

Na oportunidade, o General Chito Rodri-gues, ao fazer o balanço de seis anos deactividade, disse:

«Mais que uma condição, criámos umestado de espírito dos Combatentes. Dei-xámos de nos apelidar de ex-combaten-tes, de antigos combatentes, ou de vete-ranos de guerra, para assumirmos a desig-nação simples e inteira de Combatentes,tal como nos apontam as raízes tradicio-nais da nossa própria Instituição.

Actual Assembleia Geral

Actual Direcção mais três anos à frente da LCNo passado dia 23 de Abril decorreu na Sede da Liga dosCombatentes, sob a presidência do General Brochado deMiranda, Presidente da Assembleia-Geral, a Reunião de

Assembleia-Geral Ordinária e Eleitoral da Liga dos Combatentes.Foi apresentado, discutido e aprovado o Relatório e Contas

referente ao ano de 2008 e trocadas informações no âmbitodos Programas Liga Solidária e Congresso de Combatentes.

Talvez, também por isso, tenhamosaumentado o número de Núcleos e onúmero de novos sócios e tenham nes-tes anos, mais que duplicado o númerode monumentos erguidos em homena-gem aos combatentes da Guerra do Ul-tramar passando de 52 em 2003 para106 em 2008.»

O general Chito Rodrigues, definiudepois os objectivos do seu novo man-dato: «O rejuvenescimento e divulga-ção da nova imagem da Liga dosCombatentes; A assunção de um novoconceito de Combatente; A defesa in-transigente dos deveres e direitos doscombatentes; O aumento de Núcleos ede Sócios da Liga de Combatentes; Arecuperação e dignificação de instala-

ções à responsabilidade da DirecçãoCentral e dos Núcleos; Liderança domovimento associativo dos combaten-tes; Passagem de testemunho aos Com-batentes empenhados nas operaçõeshumanitárias e de paz.»

Para além da continuação dos objecti-vos referidos, o Presidente da DirecçãoCentral falou do Programa EstruturanteLiga Solidária; Programa Estruturante Cul-tura Cidadania e Defesa; Programa es-truturante Conservação das Memórias ePrograma Estruturante Inovação e Mo-dernização.

Depois de garantir a sua disponibilida-de e da sua equipa, para prosseguir osobjectivos a que se propôs, o GeneralChito Rodrigues, teve uma palavra paraos colaboradores da LC, dizendo: «Conti-nuaremos com o mesmo grupo exemplarde funcionários e o mesmo grupo, volun-tário, eficiente e dedicado de membrosda Direcção Central que me têm acompa-nhado e que procuraremos reforçar.»

Foi, depois, a oportunidade para sali-entar o bom entendimento e colabora-ção com o poder público, que centrou nafigura do Secretário de Estado Mira Go-mes, afirmando: «Permitam-me que as-sinale a forma com o Senhor Secretáriode Estado da Defesa Nacional e Assuntosdo Mar, Dr. João Mira Gomes vem apoi-ando a Liga dos Combatentes, nomeada-mente os Planos Estruturantes 2005/2008 e como se disponibilizou para aassinatura de Protocolos com a Liga ten-do em vista os Planos Estruturantes 2009/2012. O apoio é efectivo para 2009 eprevisto para o período 2010/2012.

Não se trata de um agradecimentoprotocolar. Trata-se de um agradecimen-to sincero e sentido. Agradecimento quesublinha a sua permanente disponibili-dade para estar sempre connosco nosmomentos mais significativos.»

O Presidente da LC, terminou poucodepois, afirmando que contava com oapoio e confiança de todos os presentes.

Defesa; Conservação das Memórias; Ino-vação e Modernização e, Cuidados deSaúde.

Seguiu-se uma intervenção do Presi-dente da Direcção Central, General Joa-quim Chito Rodrigues, onde enumerou asprincipais linhas programáticas a ter em

O General ChitoRodrigues recebeuo Secretário deEstado da Defesa,Dr. Mira Gomes

O CoronelTravassos Fernandes,

Secretário-geral daLC na assinatura da

acta de posse

Foram assinados cincoProtocolos entre

o SEDNAM e a Ligados Combatentes

”“

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Congresso Actual Actual Congresso

Na tarde do dia 10, durante a apre-sentação do Congresso, no Forte do

Bom Sucesso, em Lisboa, o Presidenteda Comissão Executiva, General ChitoRodrigues, dirigindo-se aos convidadose participantes, disse que «muitos seinterrogam como foi possível, porquê epara quê esta unidade na acção. Asrespostas que dão a si próprios le-vam-nos a duvidarem dos propósitos,da conduta e a colocarem-se sob ex-pectativa estratégica.

E afinal a resposta é simples. É muitomais e de muito maior importância oque nos une, do que o que nos separa.

Representamos indirectamente maisde um milhão de portugueses que sebateram em África e os que hoje sebatem nas Operações de Paz e Huma-nitárias e sentimo-nos unidos por sen-timentos semelhantes aos vividos pormais de 4 milhões de portugueses secontarmos com as suas famílias.

Mesmo com sacrifícioda própria vida

Enquanto exigimos ao Estado que nosgaranta a dignidade e direitos corres-pondentes ao mérito das nossas ac-ções, somos o único sector da socieda-de portuguesa de quem o Estado rece-be a garantia, como contrapartida, documprimento dos deveres, mesmo com

Decorreu nos dias 10 e 11, em Lisboa, oCongresso dos Combatentes. Perto deuma vintena de organizações estiverampresentes, para debater questões comoCidadania e Defesa, Apoio à Saúde,Apoio Social e a Condição militar.

o sacrifício da própria vida. Lutamospelo reconhecimento efectivo por partedo Estado, dessa diferença, alicerçadana defesa dos interesses vitais de Por-tugal nas traiçoeiras florestas africanasou nas difíceis montanhas do Afeganis-tão, de armas na mão, arriscando aprópria vida».

Referindo-se à tarefa que todos ti-nham pela frente, o General Chito Ro-drigues referiu: «Encontrámos para dis-cutir no congresso pontos de interessecomum aos que serviram e servem asForças Armadas: Cidadania e Defesa,Apoio Social e Apoio à Saúde.

Os únicos e verdadeiros donos e usu-ários desse trabalho e do produto útilfinal, que ele porventura venha a pro-duzir, são exclusivamente os Comba-tentes e suas famílias, nomeadamenteos mais carenciados no campo econó-mico, físico ou mental».

Falar a uma só voz

No final dos trabalhos, resultaram asseguintes conclusões:

«O Primeiro Congresso dos Comba-tentes, que agora termina, só pode serconsiderado como mais um passo, masum importante passo no sentido doreconhecimento, da dignificação e daresolução dos problemas dos comba-tentes portugueses.

Certo é que muitas outras iniciativasforam levadas a cabo, mas é a primeiravez que os combatentes falam a umasó voz, conseguida pela colaboraçãodas diversas Associações.

A sinergia assim conseguida não podeperder-se!

A especificidade da condição militar eo carácter profundamente nacional doserviço militar não podem permitir quealguém se aproprie dos combatentes,da sua sede de justiça, dos seus an-seios, da sua saúde.

As contas das dívidas para com oscombatentes eram, foram e serão com aNação pela qual tudo deram, e cabe aoEstado ser o executor dessas dívidas.Assim, as prestações devidas aos comba-tentes não devem ficar dependentes daformação de fundos autónomos, mas doOrçamento do Estado a quem serviram.

Os combatentes também gostariamde ver reconhecida na organização su-perior do Estado a importância dos com-batentes, e o preenchimento dos qua-dros desse organismo por pessoal co-nhecedor dos assuntos dos combaten-tes, quando não por combatentes.

As conclusões aqui tiradas não serãocompletas, nem muito precisas. Sãoum elencar de assuntos, para os quaisnem são adiantadas respostas concre-tas. Mas aqui foram reafirmados princí-pios absolutamente indeclináveis.

Todas as intervenções aqui apresen-tadas serão recolhidas e difundidas,não para simples memória, como basede trabalho em iniciativas futuras.

Vamos pois continuar, vamos passardo geral ao particular, do difuso aoconcreto, da queixa à reivindicação.

Este reino é obra de soldados, escre-veu Mouzinho de Albuquerque; não detudo no reino, mas decerto de muitodesse reino, dizemos nós.

Orgulhamo-nos dessa obra; não que-remos ser donos dela, mas não quere-mos ser o entulho dessa obra.

É por isso que aqui viemos, e é porisso que continuaremos a lutar».

Encerrou os trabalhos, o Presidenteda Comissão Executiva que, a dadaaltura da sua intervenção disse:

«É importante que tenhamos a noçãode que é nossa convicção de que estenosso Congresso não terminou. É umpasso de um processo.

De um processo cívico e político quetem um propósito: - Fazer aquilo que éessencial para manter a dignidade doscombatentes o que constitui uma per-manente obrigação de todos em espe-cial dos seus comandantes.

50.º aniversárioda Guerra do Ultramar

É por isso que muitos de nós aqui estão.A maior parte de forma voluntária.

Importa que os valores, objectivose grandes temas que nos conduziramaté aqui de forma que a muitos sur-preendeu e surpreenderá constituama razão da nossa força.

Foi uma manifestação de maturidade,civismo e cidadania.

Em primeiro lugar que é fundamentalcontinuarmos organizados para, em con-junto, aprofundarmos e desenvolvermostrabalho conducente à solução dos pro-blemas enunciados nas conclusões des-te congresso, no âmbito da cidadania edefesa, apoio social, nomeadamente ainclusão social, e apoio à saúde, nomeada-mente o Stress pós-traumático.

Em segundo lugar, assinalo que noano de 2011 se perfazem 50 anos sobreo início da Guerra em África 1961/1975.

A Liga dos Combatentes tem em anda-mento um programa de evocação dessadata.

O cinquentenário do início da Guerracolonial ou do Ultramar, julgo ser umtema que nos diz respeito a todos. Deve-mos assinalar essa significativa data emconjunto, porventura partilhando os ca-minhos de memória com os nossos ad-versários de então.

Para isso propomos que se juntem anós e promovamos a constituição deuma Comissão Organizadora Conjuntapara a Evocação do 50.º Aniversário doInício da Guerra do Ultramar, tendocomo finalidades:

Organizar cerimónias evocativas doEsforço dos Combatentes de Língua Ofi-cial Portuguesa;

Evocação histórica e memória parti-lhada da história comum contemporâ-nea;

Análise das consequências e proble-mas para os combatentes, dos conflitosem que estiveram envolvidos;

Preparação de um Congresso dosCombatentes, em princípio para omês de Fevereiro de 2011, comoum dos actos evocativos dessa efe-méride.

Preparemos, pois, uma comemora-ção de nível nacional em honra dos quese bateram nessa guerra e dos que alicaíram».

É muito mais o que nos une, do que o que nos separa

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a pedir a intervenção do Governador.Este, talvez, por ser cabo-verdiano, decor, vai tentando pôr água na fervura,recusa qualquer intervenção armada.

Por sua vez a P.I.D.E. ia fazendo rus-gas, informando que o Distrito estavaaltamente politizado, com doutrinado-res vindo do Congo fazendo aproveita-mento do descontentamento existentena zona algodoeira, e com alguns ex-cessos nessas rusgas ia acelerando aescalada para um confronto, entre aspopulações negra e branca, que seadivinhava a breve prazo.

Os primeiros tiros

Até que no dia 2 de Fevereiro (osignatário estava, até há pouco tempo,convencido que teria sido a 3 de Janeirode 1961) – depois de um apelo doloroso

Na cerimónia dolançamento do livro

«Angola afinal era deles»,da autoria do Dr. José

Nunes Valente, realizadano passado dia 9 de Maio,no Forte do Bom Sucesso,

em que aborda, finalmentecom veracidade, o tema doinício da «guerra colonial»,

aqui deixo o relato dosacontecimentos que

originaram os primeirostiros na guerra de Angola.

Fiz parte da 3.ª CCE que embarcoupara Angola com outras duas Com-

panhias em Junho de 1960. A 1.ª CCEteve como destino Cabinda, a 2.ª CCE oToto e a 3.ª CCE Malanje.

Com a previsão de possíveis distúrbiosa ser originados pela próxima indepen-dência do Congo (ex-belga) privilegiou--se o patrulhamento do itinerário Malan-je — Quela — Longo — Camaxilo, por sero principal eixo de ligação a Luanda.

Durante esses patrulhamentos, fomo-nos apercebendo do mal-estar das po-pulações da área da Baixa do Cassanje(Quela — Xamutera — Milando-Longo)motivado pela violência das condições devida impostas pela empresa algodoeiraCotonang, ao obrigar a permanênciados autóctones junto das plantaçõesalgodoeiras, afastando-as dos seus fa-miliares e agregados habitacionais. Etambém dos seus queixumes pela ex-

ploração dos comerciantes nas trocascomerciais e bem assim das entidadesadministrativas que os obrigavam a irpara o «Contrato». Destas peripéciasfomos dando conhecimento, em rela-tórios que depois eram transmitidas àsentidades de Luanda.

Populares recusampagar impostos

O mês de Janeiro de 1961 viria arevelar-se o período crítico da Baixa doCassanje. Em Janeiro de 61 o SobaQuivota recusou o pagamento de im-postos ao Chefe de Posto do Milando,dizendo que já tinham o seu Governo.

Em 11 de Janeiro de 1961, um pelotãocomandado pelo Tenente Silva Santos,da 3.ª CCE, viu-se rodeado de nativos,armados de catanas e canhangulos, com

Guerra de Angolacomeçou antes do que dizem

Só assim o grupo de nativos se pôsem retirada e foi constatado teremdeixado no terreno onze baixas (mortose feridos) vítimas de rajada de pistolametralhadora. Os feridos declararampertencer à UPA e teriam sido engana-dos por lhes terem incutido que as balasdo branco eram como água. Resta acres-centar que mais ninguém do Grupo deCombate abriu fogo, nem a metralha-dora que estava instalada no telhado doedifício. Portanto, não se verificou qual-quer massacre, os nossos militares per-ceberam qual a missão que nos incum-bia, era defender a ordem pública semmassacrar.

Entretanto a 4.ª CCE, partia nesse diapara o Quela, onde tem um confrontocom nativos e sofre duas baixas porfogo cruzado das nossas tropas.

Operação Cassanje

A 6 de Fevereiro, dá-se a chegada da4.ª CCE ao Cunda Ribaza, onde se juntaao Pelotão da 3.ª CCE que quatro diasantes tinha dado os primeiros tiros daGuerra Colonial.

Somente relatamos estes acontecimen-tos para que gerações vindouras nãosofram, como nós, as mentiras que nosensinaram no ensino da nossa História.Nós que a vivemos sejamos dignos delas.

Estórias da História

ameaças de confrontos e, somente, gra-ças ao bom senso e presença de espíritodo oficial saíram ilesos do encontro.

Em Janeiro de 61, foi morto um capa-taz da Cotonang e nos bolsos das calçasfoi encontrado um bilhete escrito porele mesmo, em quimbundo, dizendo:«Lumumba, a mulher Maria e o filhoPessa mandam que ninguém trabalhe eque só as mulheres podem cozinhar».

Comerciantes alertarampara guerra eminente

Também no mesmo mês se constataque os indígenas se recusam a trabalhar,desertando dos trabalhos agrícolas, pa-ralisando quase na totalidade a explora-ção algodoeira. Por sua vez os comercian-tes vendo os indígenas em constantesreuniões começam a entrar em pânico ea deslocar-se à sede do Distrito, Malanje,

de comerciantes da área do Cunda,com conhecimento, destes, que seriamatacados nessa madrugada ou no de-correr do dia, fomos chamados ao Co-mandante da Companhia (o Alferes M.ºCarvalhão e eu, 2.º Sargento M.º) ten-do-nos sido posto ao corrente da situa-ção o signatário perguntou se se man-tinha a proibição de abertura de fogoem caso de confronto, tendo o mesmoComandante da Companhia entrado emcontacto com Luanda, vem autorizaçãopara usar medidas dissuasoras até àintervenção armada em caso de altera-ção da ordem. Saíu então do Quartelum Pelotão menos, com cerca de 20militares, depois de uma noite debaixode chuva.

Chegados à povoação de Quela, de-parámos com a estrada cortada comuma primeira paliçada a barrar a passa-gem. Sendo removida e reconstruído,

mais à frente, um ponteco, chegámosao Cunda-Ribaza, de manhã, onde opelotão foi dividido em dois grupos decombate, um comandado pelo AlferesCarvalhão e o segundo por este escriba,Sargento Moura, indo ocupar posiçõesde defesa, em dois pontos estratégicos,em edifícios dos comerciantes brancos.Depois de instalado o grupo de comba-te do Sargento Moura, surge pelo sectorà sua responsabilidade um grupo denativos, de algumas centenas, armadosde catanas e canhamgulos com umfeiticeiro na testa da coluna.

Dados os primeiros tiros, não se de-movendo de continuar a marcha com ointuito de atingir as nossas tropas, quan-do a segurança começava a perigar, oSargento Moura deu ordem a um seusoldado, atirador especial, para abatero feiticeiro, tendo-se conseguido comum único tiro de espingarda Mauser.

José Castelo Branco de Moura

Estó

rias

da H

istó

ria

Foi preciso remover muitos obstáculos

A UPA dizia que as balas dos portugueses eram água

Os comerciantes portugueses estavam preocupados com os rumores que ouviam

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Estórias da História

Um amor para toda a vida

Destr

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“Lim

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Ramiro Martins

A partida de Lisboa

Finalmente, o dia 1 de Junho de 1964tinha chegado.

De manhã cedo os fogueiros tinhamcomeçado a acender as caldeiras e,pelas 09.00 horas já tinham algumapressão. Já se sentia o vapor nas condu-tas que atravessavam o Navio e o chei-ro característico a nafta queimada quesaía pelas chaminés.

Estávamos atracados no Duque d’Albaoposto ao CNOCA. Começaram a chegaros familiares; pais, filhos, irmãos, noi-vas etc., a nossa ausência não seria paramenos de um ano, para muitas famíliasera um sacrifício.

O pessoal ocupa os seus postos defaina. Recolhidas as espias, o rebocadorpassa o cabo de reboque. O navio len-

Os planos eram: os senhores oficiaisabriram o baile e, depois os marujosescolhiam os seus pares para dançar.Tal e qual como nos salões da VienaImperial, só faltava o Strauss. Todavia,tínhamos “Os Coxos”.

Como nas fitas de Hollywood

Um dia, saímos para o mar com des-tino à Ilha do Sal. Chegámos ao anoite-cer e, recebemos instruções para ves-tirmos o camuflado, botas etc. Parte daForça de Desembarque ia desembarcar.Íamos armados. Tal e qual como se vianas fitas de Hollywood – Como se fosseuma missão secreta de comandos pres-tes a executar um golpe de mão! Levá-mos os bilhetes de identidade…e fo-ram-nos entregues umas tábuas pinta-das de vermelho com a inscrição “Lima”.Um grupo ia ao aeródromo militar e ládeixar uma tábua junto de cada avião.O meu grupo recebe as mesmas instru-ções mas, a nós cabia-nos os depósitosde combustíveis da “Shell”. E fomoslargados dos Zebros na praia.

Conforme as instruções recebidas láfomos: eu com o meu grupo de 4,escalámos as paredes da “Shell” e,deixámos lá as tábuas. Surpreendemoso guarda, era civil, pobre homem!

Desarmado e, de um momento parao outro ter em frente dele 4 indivíduosarmados. Tremia como varas verdes.Explicámos que vínhamos por bem eque aquilo era um exercício e nadamais. Pediu-nos para deixarmos os nos-sos nomes cujo pedido foi prontamentesatisfeito. E, regressámos ao navio quepairava ao largo.

Uma tarde estávamos no “Piqueni-que”, na Praça Nova a tomar uma bebi-da, quando o meu chefe nos disse parairmos imediatamente para bordo por-que o navio misto “Ana Mafalda” daSociedade Geral estava com fogo abordo no alto mar.

Saímos quase a correr, mas não eramprecisas pressas, as caldeiras do navioestavam apagadas e seriam precisasalgumas 6 horas para atingirem a pres-são necessária para sair-mos para o mar.

No cais apareceram algumas pessoascom familiares e amigos a bordo, irrita-

o navio. Fico-me com um grupo junto àenfermaria a falarmos de cenas alegresdo teatro de revista do Parque Mayer,mais para atenuar os efeitos que sentía-mos depois da despedida.

Sai o jantar, são bifes de cebolada.

Já em Cabo Verde, os dias corriam comcerta monotonia, muitos de nós íamospara a praia outros para a cidade. Os queficavam a bordo jogavam às cartas, es-creviam longas cartas à família ou na-moradas e bebiam cerveja, que era ba-rata, outros liam ou ouviam música.

A praia era na Matiota e, lá existia umbar/café e restaurante que era muitofrequentado pelos marujos. O pôr-do-solvisto na direcção do Monte Cara eralindo, houve quem o igualá-se ao pôr-do-sol no Japão. Cá fora na esplanada osautofalantes radiavam mornas e colade-ras que são as canções tradicionais de

Cabo Verde, a vista para o mar e, a Ilhade Santo Antão lá ao fundo: esta misturaprovocava um ambiente único, difícil deolvidar, mesmo depois de 40 anos.

Um dia recebemos ordem de irmosao Sal a fim de embarcar uma compa-nhia do Exército e transportá-la a Bis-sau. Lá fomos e, ao largo largamosferro. Uma barcaça transportava parteda companhia. Com sacos, malas e oque podiam transportar. Nós não tínha-mos suficiente espaço para a guarni-ção, quanto mais para uma companhiado Exército. Ficaram a dormir no convésao Deus dará. Puxa! A rusticidade doMilitar Português é incrível!

Na volta embarcámos outra Compa-nhia que voltava a Portugal depois decumprida a sua comissão na Guiné.

Notava-se na cara daqueles rapazes aalegria de voltarem a casa, para as famí-lias, noivas e amigos, para a sua terranatal, depois de uma longa e penosaausência. Já com o farol do Caio pela popavejo um dos soldados fazer um gesto com3 dedos da mão que representa algo naanatomia do homem, apontando a terraa dizer bem alto: – Adeus Guiné, vai parao ******* – uma palavra que confirmava ogesto. Não pude conter o riso, juntamen-te com os presentes.

Os «Coxos»

Um dia no programa da chamada“psico social”, organizámos uma festacom distribuição de presentes e alimen-tos àquela pobre gente da Baía de SãoPedro, São Vicente, que depois rompe-

ram num vibrante: – Viva Salazar. Peran-te sorrisos disfarçados da marujada.

Antes da festa foi-nos dito que have-ria baile, “abrilhantado” pela orquestrade bordo, composta pelos: o clarim debordo no trompete, o cabo sinaleiro noacordeon, o Fininho (marinheiro elec-tricista) como baterista e, o Vitorino naguitarra, este último tinha um defeitofísico por acidente causado em serviçoque o tinha com uma certa dificuldadeno andar, portanto alguém apelidou aOrquestra de “Os Coxos” faziam umbarulho que se assemelhava a músicacom muitas fífias quando estavam bê-bados, especialmente o Vitorino.

das, irritadíssimas, com o facto de o“Lima” não poder sair imediatamente!Explicações foram dadas.

Assim que tivemos pressão sufi-ciente largá-mos da muralha e mete-mos proa ao mar aberto. O tempoestava péssimo, quem nos viu saircontou-nos o espectáculo que foi,ver o “Lima” galgar as ondas à saídado porto, no canal entre as ilhas deSanto Antão, São Vicente e dar gran-des balanços de proa/popa e debombordo/estibordo. O pior foiquando entrámos em pleno Oceanocom vento força nove, vagas muitoaltas, que o nosso “Lima” como umCavaleiro Galante atravessava. Aventania soprava furiosamente, asvagas altas galgavam e varriam oconvés, entrava pelos escovéns pa-recendo repuxos gigantes de águae espuma. Um espectáculo impres-sionante!

Recebemos uma mensagem pelaRádio, que o incêndio tinha sido extinto,pelo pessoal e meios de bordo.

Agora tínhamos que dar uma volta de180 graus para regressarmos a SãoVicente.

Para o leme foram enviados dois dosmarinheiros mais corpulentos que ha-via a bordo a fim de aguentar as guina-das que o leme dava.

Na ponte vi o nosso comandanteagarrado à bitácula dar ordens para oleme com uma calma impressionante ea rir-se. Era um marinheiro com “M”grande! E, assim o demonstrou duranteo resto da comissão.

Futebol com «molho»

As relações entre a guarnição do”Lima” e uma parte da populaçãolocal, especialmente com os estudan-tes intelectuais, não andava muitobem. Era notório que não éramos bemvistos aos olhos de uma boa parte dapopulação: Éramos os colonialistas,os patrões, as forças de ocupação,andávamos a mandar nas casas dosoutros etc, etc. Todavia, o antagonis-mo não era nada pessoal mas sim eracontra aquilo que nós representáva-mos – O Governo Central.

tamente afasta-se da muralha. Rumaao pontal de Cacilhas onde o rebocadoracaba a sua missão e, recolhe o cabo dereboque.

Dobrando o pontal de Cacilhas o na-vio aumenta a velocidade a caminho dabarra.

Diante de nós o casario de Lisboa; Caisdo Sodré, Santos, Alcântara, (pilares daponte sob o Tejo, ainda faltavam 2 anospara terminar os trabalhos), Belém, BomSucesso, passamos entre as Torres esaímos pela Barra Sul ou Grande cerca das17.00 horas soltando rumo ao Funchal. OOceano recebe-nos com mar de pequenavaga pela proa que não incomoda muito

Continuação do número anterior

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Aconteceu que num Domingo have-ria um jogo de futebol, Club de SãoVicente e os seus grandes rivais a Praia.O futebol lá é encarado ao estilo daAmérica Latina. Há pancadaria, árbitrosinsultados que têm que sair sob escoltae tudo o mais.

Não sei porquê alguns membros daguarnição “Lima” decidiram ir assistirao jogo e fazer claque pela Praia, levan-do para o efeito um dístico em pano quedepois de desfraldado se lia em letrasgarrafais “Lima saúda a Praia”.

À saída somos (os marujos do “Lima”)apedrejados pela turbamulta, era ummotim! Tomou tamanhas proporções quejá eram homens, mulheres e crianças aatirar-nos pedras e a gritarem “filos diputa”, “vai p’ra bo terra”, mandragonos,e “hambombos” (os dois últimos eramtermos depreciativos como mimoseia-vam os Metropolitanos) as pedras caíame, eu sou atingido por uma que só meapanha a dobra do boné por felicidade.A mesma sorte não teve um Cabo Mer-gulhador que fazia parte da guarnição“Schultz” teve que ser hospitalizado comum ferimento grave na testa. Houve oreceio de que nunca mais pudesse exer-cer a sua actividade de mergulhador,não tenho a certeza mas, creio que issofelizmente não aconteceu.

O tempo ia decorrendo e, o dia deNatal estava a aproximar-se e um diarecebemos a visita de umas senhorasda melhor sociedade lá da terra, per-tencentes ao Movimento Nacional Fe-minino a fim de nos entregarem algunspresentes.

A mim coube-me; um livro pequenocom histórias de cowboys que, emboranão tivesse sido usado era no entanto jávelho, a julgar pela cor amarelada dopapel e… um maço de cigarros que jáhavia muito tempo que tinha perdido afrescura.

Programa de Rádio

Um dia, aconteceu algo ridículo, quemuito nos fez rir.

Nós mantínhamos uma ronda emcirculação pela cidade e arredores. Paraisso utilizávamos um jeep e, depois domotim em que fomos atacados mantí-nhamos contacto com o navio via rádioem onda VHF.

O rádio era operado a bordo pelopessoal de serviço.

Acontece que um dia chega um se-nhor daqueles com uma certa posiçãolá na terra e, protesta porque tinhacaptado linguagem obscena no seu rá-dio lá em casa e, pela linguagem usadaeram transmissões que vinham do nos-so navio. E, era verdade.

Aconteceu que os operadores quan-do comunicavam entre si usavam umalinguagem de… fazer corar um CaboFogueiro! Era cada uma!

Ora bem, viemos a saber que a espo-sa desse senhor, tinha ouvido tudo e,contou ao marido por graça e, depoisviemos a saber que, segundo umaempregada doméstica, havia um grupode senhoras amigas que eram ouvintesassíduas do “Programa Radiofónico” emVHF lá em casa dessa senhora.

O nosso Comandante achou imensapiada a isto tudo.

Enfim agora era só esperar pelo diada partida.

Não pensávamos noutra coisa. Seriao dia 9 de Agosto de 1965. Quem medisse foi o Sargento Sinaleiro quandoandávamos no serviço de ronda.

Chegou o dia da partida e, confessoque senti algo dentro de mim. Estava deguarda nessa manhã.

Começou a chegar gente ao cais, aslavadeiras, aquelas que tinham traba-lhado para nós e outros que eram nos-sos amigos: O Anacleto e os filhos, quetrabalhavam para os Cabos de Rancho eDespenseiros. E, muitas pessoas devárias posições sociais.

A minha lavadeira chorava e a filhaestava comovida.

Toda a guarnição a bordo, era a fainada largada. No meu posto no castelovejo tudo e sinto dentro de mim triste-za: tinha a certeza que nunca mais veriaaquela boa gente. Seria o derradeiroadeus e a última vez que nos víamos.Soltos os cabos, rumámos ao oceanoaberto, saímos do porto com a Ilha deSanto Antão por estibordo. Estávamos acaminho do velho Portugal, olhei pelapopa e vi a Ilha de São Vicente, adesaparecer gradualmente no horizon-te até que desapareceu completamen-te. Nunca mais a tornei a ver.

Hoje, passados 41 anos, ainda tenhosaudades de Cabo Verde, isso fica con-nosco. Estive lá 13 meses e algo ficasempre dentro de nós.

Um dia em Lisboa, no comboio paraCascais senta-se em frente de mim umcasal de Cabo Verdianos falando creou-lo, perguntei-lhes de que ilha eramnaturais, eram de São Nicolau, falamosde Cabo Verde e quando o comboio seaproximava da Parede, destino deles, osenhor pergunta-me com um sotaquedistintamente Cabo Verdiano: o senhoresteve lá na tropa?

Perante a minha resposta afirmativa,pergunta: porque é que os senhoresque já lá estiveram na tropa tem tantassaudades de Cabo Verde? Respondi-lhe: “Razões várias, nomeadamente opovo”. Recebi um sorriso sadio de am-bos.

Características do Navio:Deslocamento Máximo ............................................................ 1.563 ToneladasComprimento ..................................................................................... 96.9 MetrosCalado Máximo ................................................................................... 3.3 MetrosVelocidade Máxima ....................................................................................37 NósVelocidade Cruzeiro ...................................................................................18 NósAutonomia ..................................................................... 5,400 Milhas a 15 Nós

Máquinas:2 grupos de turbinas a vapor “Parsons” 33.000SHP3 caldeiras “Yarrow” com pressão de 400 Ibs2 HélicesCombustível: nafta, com capacidade para 345 tons

Estórias da História

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já aconteceuCompanhia de Caçadores 1518

Mário Moreira Antunes, comunica que no dia 18 deAbril 2009 se realizou o 41.º almoço/convívio do aniver-sário do regresso de Angola (1966/1968) da Comp. Caç.1518 na Fábrica da Indusa em Águeda.

Companhia de Caçadores 3440 (Angola 1971/1973)realizou o seu almoço/convívio no dia 07 de Junho de2009, na Universidade Lusófona, ao Campo Grande emLisboa, com homenagem a Cassiano Correia (organizadordo 1.º Encontro, já falecido).

Batalhão 2867Jaime Rodrigues Negalho, deu-nos conta que no passa-

do dia 30 de Maio de 2009, os antigos militares doBatalhão 2867 (Guiné 1969/1970) realizaram o 1.º almo-ço/convívio das 4 Companhias: C.C.S., 2482, 2483 e 2484na Quinta do Paúl, em Ortigosa – Leiria.

Companhia de Artilharia 7257Companhia de Artilharia 7257 (Moçambique 1974-

1975), realizou no passado dia 17 de Maio de 2009 o 1.ºalmoço/convívio em Martinhança – Marinha Grande no“Solar dos Noivos”.

Companhia de Sapadores 235A Comissão Organizadora do Convívio da Companhia de

Sapadores 235 (Angola 1961/1963), informa que o 23.ºconvívio do 48.º aniversário da partida para Angola serealiza no dia 27 de Junho de 2009 no Restaurante“Abadia” no Porto.

Companhia de Caçadores 99Cor. José Ataíde Montez, relatou-nos que a Companhia

de Caçadores 99 (Bat. Caç. 88 – Angola) efectuou em 02de Maio de 2009, em Viseu o seu XVI Encontro. Concen-tração de centena e meia de combatentes e seus fami-liares que prestaram junto do Monumento aos Comba-tentes da GG, homenagem aos mortos da Companhia,com colocação de flores, missa no vicariato de Sto.Estêvão e almoço/convívio em ambiente de alegria erecordação.

1.ª guarnição do NRP “Jacinto Cândido”

O Comdt. Filipe Horácio Pereira de Macedo, deu-nosconta que no passado dia 18 de Abril 2009, se reuniucom os seus camaradas para mais um almoço/conví-vio da 1.ª guarnição do NRP “Jacinto Cândido” 1969/1973, para comemorarem o 40.º aniversário da entre-ga à Armada Portuguesa deste navio. O encontrorealizou-se em Porto de Mós, na casa do Sr. AlmiranteCrespo. Foi uma excelente jornada de confraterniza-ção entre os cerca de 44 elementos e respectivasfamílias que se juntaram a desfilar recordações dessaestadia na Alemanha e na Comissão em África (Guinée Moçambique) que tantas saudades deixaram. Foramlembrados os elementos da guarnição já falecidos ecortado o bolo de aniversário da corcinto pelos 40 anosde sucessos que ainda continuam, pois o navio conti-nua operacional.

Companhia de Caçadores 2681Amaro Firmino Correia, da Companhia de Caçadores 2681

(Guiné 1970/1971), informa que no dia 13 de Junho 2009,realizou-se o habitual encontro com missa na Igreja Nova ealmoço/convívio no Restaurante “Café Relógio” no Funchal.

Companhia de Cavalaria 1773Joaquim Francisco, informa que a Companhia de Cava-

laria 1773, realizou a 16 de Maio de 2009, o seu habitualalmoço/convívio em Aveiras de Cima.

A C.Cav. 1772 do Batalhão 1927 (Angola 1967-1969),realizou o seu 18.º almoço/convívio em Santa Cruz.

Fuzileiros Especiais 13 (Guiné 1968/1970)

Destacamento de Fuzileiros Especiais 13 (Guiné 1968//1970), realizou, no passado dia 18 de Abril de 2009, umalmoço comemorativo do 41.º aniversário do regresso daGuiné, onde estiveram presentes cerca de 70 pessoas,entre elementos do DFE e seus familiares, vindos doNorte e Sul do País, tendo o encontro decorrido numespírito de sã e duradoura camaradagem.

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CCS/BCAV 1915 e CCAV 1693Cor. Orlando José Sequeira da Silva, informa que no dia

02 de Maio de 2009 teve lugar o 31.º almoçoc da CCS/BCAV 1915 e CCAV 1693 (Guiné 1967/1969) então coman-dadas pelo Cap. Mil. Arquitecto Egas Vidigal Vieira e Cap.Cav. Orlando José Sequeira da Silva respectivamente. Esteevento decorreu em Paredes, precedido de Missa emBaltar em memória dos combatentes já falecidos.

Batalhão de Cavalaria 1928No passado dia 02 de Maio de 2009, no Restaurante Quinta

dos Girassóis em Fernão Ferro – Sesimbra, o almoço/convíviodo 39.º Aniversário do regresso a Portugal do Batalhão deCavalaria 1928, em comissão no leste de Angola 1967/1970.Com grande participação dos ex-combatentes e seus fami-liares foi proferido discurso em memória dos camaradas jáfalecidos e de graças pelos vivos.

CPM 3335 e o PPM 2226Artur Craveiro Lopes comunica que o convívio de 2009 se

realizou entre a CPM 3335 e o PPM 2226 no dia 30 de Maiode 2009, no Hotel do Parque nas Termas de S. Pedro do Sul.

BART 1896 (CCS, CART 1612, CART 1613 e CART 1614)António Leite de Magalhães, informa que o almoço/

/convívio do BART 1896 (CCS, CART 1612, CART 1613 eCART 1614) teve lugar em Viana do Castelo (cidade deonde todo o Batalhão partiu de comboio para o Cais deAlcântara em Lisboa de onde zarpou no NIASSA, para aGuiné nos anos de 1965/1967).

CART 2717Secundino Brandão Mendes, informa que o almoço/

/convívio da CART 2717 que prestou serviço em NANCA-TARY/Moçambique 1970/1972, se realizou no dia 30 deMaio de 2009 em Vila do Conde.

Combatentes do Ultramar da AfuradaFernando Carvalho, diz que no passado dia 06 de Junho

de 2009, se realizou o 37.º almoço/convívio dos Comba-tentes do Ultramar da Afurada, no Restaurante “MiraMar” em Leiria, com passagem pelo cemitério de Coim-brões - Gaia, para deposição de flores.

Batalhão Caçadores 155/CCSJosé Maria da Encarnação Festas, informa que no pas-

sado dia 31 de Maio de 2009, se realizou o convívio do B.Caç. 155/CCS (Angola 1961/1963) e no dia 07 de Junho,o almoço/convívio do Comando Agrupamento 3953 (Mo-çambique 1971/1973).

Comando Agrupamento 1988 e 1989António José Silva, informa que a exemplo dos anos

anteriores, os Comando Agrupamento 1988 e 1989 (An-gola 1967/1969), realizaram no dia 06 de Junho de 2009,o seu habitual convívio na Quinta do Barreiro em Viseu.

Companhia de Caçadores 555Cap. António Ritto, informou-nos que no dia 30 de Maio

de 2009, se realizou no Santuário de Nossa Sra. da Ortiga– Fátima, a confraternização da C. Caç. 555, que esteve 2anos em Cabedú na Guiné 1963/1965.

Companhia de Caçadores 2506 (B. Caç. 2872)Carlos Jorge Mota, informa que o Convívio da C. Caç.

2506 (B. Caç. 2872), (Angola 1969/1971), teve lugar nogrande Porto, no dia 09 de Maio de 2009. Ex-combatentes da Freguesia de Pontével

Fernando Santos, informa que no dia 25 de Abril de2009 se realizou o 1.º Encontro de Ex-combatentes daFreguesia de Pontével, com missa na Igreja Matriz poralma de todos os que já faleceram e almoço/convívioonde não faltou animação pela noite dentro com músicapara mais de 300 pessoas. Esteve presente também umaDelegação da Associação Portuguesa dos Veteranos deGuerra.

Pelotão Morteiros 2248Manuel Ferreira Mascarenhas, informa que no dia 06 de

Junho de 2009, se realizou o 17.º convívio do PelotãoMorteiros 2248 “Os Preciosos” (Angola 1970/972), noRestaurante “Monte Aventino” no Porto.

CCS do Batalhão Caç. 2845No passado dia 09 de Maio, realizou-se o almoço/

/convívio organizado por elementos da CCS do BatalhãoCaç. 2845, que serviu na Guiné 1968/1970, no restauran-te “A Toca do Júlio” em Colares – Sintra.

BART 2866Fernando Faria, informa que o almoço/convívio do

BART 2866 (Guiné 1969-1970), realizou-se no dia 10 deMaio de 2009 em Santa Iria de Azóia no Hotel VIP.

Batalhão Caçadores 1875

BART 2865António Joaquim Silva, informa que o 17.º convívio do

BART 2865 constituído pela CCS, CART 2476, 2477, e 2478se realizou no dia 06 de Junho 2009 em Tomar. EsteBatalhão operou no Sul da Guiné em 1969/1970.

CART 2412Joaquim Moura, informa que no dia 16 de Maio de

2009, realizou-se o almoço/convívio da CART 2412 naSerra do Pilar (Jardim do Morro), com romagem aocemitério contíguo à Igreja de Nossa Sra. do Rosário(Gondomar), para homenagear o camarada António Fer-nando Castro Silva, organizador do 1.º convívio e dinami-zador destes encontros. O almoço foi no Restaurante“Vale Maior” em Valongo.

Associação de Comandos – Delegação de ÉvoraRealizou no dia 23 de Maio de 2009 o almoço anual dos

Comandos do Alentejo no Restaurante “Pátio Alenteja-no”.

CART 2373Manuel Prata, informa que o 15.º Encontro da CART

2373 (Niassa/Moçambique 1968/1970),se realizou nodia 30 de Maio de 2009, em Vila Nova de Gaia.

CLOG 6Luís Augusto informa que no passado dia 06 de Junho 2009,

se realizou o 6.º almoço/convívio CLOG 6, com realização deuma missa em honra dos ex.-camaradas já falecidos, naIgreja Paroquial de Marinha das Ondas – Figueira da Foz ealmoço no Restaurante “O Peleiro”.

BART 2901

Fernando Rui Soares Moura, informa que o 24.ºconvívio do BART 2901 se realizou na Maia / Porto.

Companhia de Caçadores 4244

Francisco Bento Soares, informa que no passado dia09 de Maio de 2009, em Porto de Mós teve lugar ohabitual almoço/convívio do B. Caç. 1875, que esteveno Norte de Angola (1966-1968), sendo o seu lema“Firmes no Dever e na Honra”.

Caçadores 1458 do Batalhão 1866

Jacinto de Sousa Ramos, contou-nos que o 7.ºEncontro da Comp. Caç. 4244 (Tete/Moçambique1973/1974) se realizou em Castelo de Vide no dia 02de Maio de 2009.

Francisco do Carmo, diz que a Companhia de Caça-dores 1458 do Batalhão 1866 “Quipedro” (Excelentese Valorosos) realizaram mais um almoço/convívio emOldrões / Penafiel no dia 03 de Maio de 2009.

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José Marques Alexandre, procuraos camaradas - António Afonso e Amé-rico F. da Conceição da CompanhiaDivisionária de Manutenção de Mate-rial do Entroncamento. Contacto: 96031 55 05

Alfredo Rafael Franco, procura ca-maradas da Companhia de CaçadoresIndependentes 672 (Angola 1964//1966), tais como: Carlos F. M. Gou-veia; José S. Martinho; Victor Manuelde Sousa Dias; Carlos Alberto da SilvaCoelho; Ernesto Henriques Duarte; Ma-nuel Rodrigues de Oliveira; FranciscoReis Abreu ou Francisco H. Abreu;Manuel João Pereira Duarte; José M.A. Louro; José M. G. Adriano; João VazFerreira e João S. Costa, com vista aorganizar o 1.º Convívio Nacional des-ta Companhia.

Contactos: [email protected] de França 33 130 562 458Fur. Barreto 262 835 101 ou 96 308

27 56 José Augusto 265 107 755 ou 93

406 20 95

Luís Esteves,procura ex-militaresque estiveram no Pelotão das TrêsMarias em Nambuangongo, entre Ja-neiro e Julho de 1963.

Contactos: 214 391 971 ou 963 855385

Francisco Mendes Costa Varino,que esteve em Angola/Nova Lisboa,na Companhia 1203 que pertencia aoRegimento de Infantaria 21, procuracamaradas que passaram por Angola1966/1968 em rendição individualcondutores, ou então que assentarampraça no dia 30/08/1965 na Figueirada Foz e que eram do Pelotão Verme-lho, para se reunirem num convívio ecelebrarem os 40 anos do regresso deAngola. Contacto: 96 033 82 98

Luís Humberto Miguel Serpa, pro-cura camaradas da Companhia CCS 540“Os Leopardos” (Angola 1963/1966),tais como:

Rui Gaiões - São Martinho do BispoAntero da Costa Pereira - CoimbraLeitão Marques - Lisboa

Companhia de Caçadores Especiais 374Joaquim Madureira Pinto, informa que no dia 06 de

Junho de 2009, se realizou mais um almoço/convívio daC. Caç. Especiais 374 “Os Caramelos do Bembe” (Angola1962/1964), na bela cidade de Marco de Canaveses.

Companhia de Caçadores 1434Manuel Constantino Figueira, informa que se realizou

no dia 06 de Junho de 2009, o 7.º almoço/convívio daComp. Caç. 1434, no Restaurante “Pátio Alentejano” emÉvora, onde foi descerrada uma lápide junto ao antigo R.I.16, hoje Região Militar Sul, e visita ao Quartel por ondeforam mobilizados para Angola.

Batalhão de Caçadores 141Vilaça Gonçalves, informa da realização no dia 06 de

Junho de 2009 de mais um almoço de confraternizaçãodo pessoal do Batalhão de Caçadores 141 (CCS / CC142/ CC143 / CC 144 / Pelotão de Morteiros 21 e Secção deAuto marcas) em Leiria.

CART 3538Fernando Monteiro, informa que no passado dia 10 de

Junho 2009, se realizou o habitual almoço/convívio daCART 3538 em Paredes.

Companhia de Construções 1708Artur da Silva, informa que o 16.º encontro/convívio da

Companhia de Construções 1708 (Angola 1967/1969) serealizou a 14 de Junho 2009 em Ancas - Anadia no Restauran-te “Retiro” do Sr. José Castro, onde festejaram quatro décadasda chegada a Lisboa, com muita festa entre colegas, amigose familiares, não esquecendo os que já partiram.

BART 1896/CCSAntónio Leite Magalhães, informa que no passado dia

26 de Abril 2009, se realizou mais um convívio do BART1896/CCS (Guiné 1966/1968) em Viana do Castelo.

CCS 4213Augusto Oliveira, informa que no passado dia 10 de

Junho de 2009, se realizou o habitual almoço/convívio daCCS 4213 em Santarém.

CCaç Esp 370 e Cmd Agr7Em 20 de Junho, no Sardoal, sob a responsabilidade do

combatente Manuel Machado e família, realizou-se o 20ºalmoço-convívio da CCaçESp370 e CmdAgr7. Presentes o entãoCap Chito Rodrigues, Comandante da Companhia e o entãoMajor Pires Tavares, Chefe de Estado Maior do CmdAgr7.

Após uma missa no centro da vila, o convívio decorreuno Restaurante Três Naus com muito entusiasmo e diver-sas intervenções.

O próximo Convívio será em Setúbal dia 5 de Junho de2010.

vai acontecerCCS – Batalhão Caçadores 2835

14.º convívio da CCS/BatCaç.2835 NovaLamego (Gabú, Guiné 1968/1969), a re-alizar em Chaves a 12/09/2009. Concen-tração em frente ao Quartel do RI 19 emChaves às 09H30. Para mais informaçõescontactar o ex-cabo António Lisboa Gue-des 276 106 412 / 96 494 38 83.

28.ª Companhia de Comandos40.º aniversário do Bat. CMDS – Moçam-

bique – 20.º convívio. No próximo dia 26de Setembro de 2009, Restaurante “San-cho”, localizado na Estrada Nacional 1 –Curia – Aguim – Anadia. Para quem sair naportagem da Mealhada, fica a 3 Km paraNorte. Concentração no largo em frenteao restaurante. Confirmações até 20 deSet. para Dr. Gualter 965 613 413/Borra-lho 967 124 153 / Veiga 916 690 038 ou231 081 650.

BART 7220.7415.º almoço/convívio do BART 7220.74,

que se realizará no dia 4 de Julho de 2009,no restaurante “os Severianos” em TorresVedras – Lourinhã. Contactos: HenriqueCoelho 962 685 259 / 912 826 664 ouE-mail: [email protected]

Batalhão de Cavalaria 437O Batalhão de Cavalaria 437, (Angola

1963/1965), realizará no dia 05 de Se-tembro de 2009, na “Quinta do Moinho”em Alvados, quem vem de Torres Novasficará à esq.ª da Estrada Principal, emdirecção a Porto de Mós. Concentraçãoem Monsanto (Alcanena) às 10H00 juntoà Igreja, para realização de Eucaristia,seguiremos juntos para o Almoço às13H00. Contactos: Arménio Dias 917 591705/Manuel dos Santos 914 213 804/Campanera 964 531 092.

4.ª Comp. de Caçadores EspeciaisDavid M. Ferreira, informa que a 4.ª

Companhia de Caçadores Especiais (An-gola 1960/1962) vai realizar a 05 deSetembro de 2009 o seu almoço anual deconfraternização no Restaurante “Cais doMoliço” – Vagos. Contactar: Duarte Santi-ago 234 321 396 / 917 244 710 ou DavidFerreira 234 385 084 / 936 052 712.

Companhia de Caçadores 10Militares da Companhia de Caçadores

10 em Aileu – Timor Leste, vão realizar em18 de Julho de 2009 o almoço/convívio.Os interessados devem contactar com o1.º Cabo Arlindo Alberto Pais Oliveira 966190 028.

Companhia de Artilharia 1562Arnaldo Gonçalves informa que o pró-

ximo convívio da Companhia de Artilharia1562 (Angola 1966-1968), se irá realizarno dia 26 de Julho em Fátima. Concentra-ção às 10H00 junto à Cruz Alta. Missa às11H00 na Igreja da Santíssima Trindade,segue-se almoço no restaurante “ O Truão”em Boleiros. Contactos: 22 480 63 81/917 801 823.

Pelotão de Morteiros 2001João Alves, informa que o Pelotão de

Morteiros 2001 (Angola 1968/1970) vairealizar o 10.º almoço/convívio na Mari-nha Grande em 09 de Agosto de 2009.

29.ª Companhia de Comandos(Angola/Moçambique 1970-1972)Vai realizar no dia 25 de Julho, o seuhabitual almoço/convívio. Concentraçãoa partir das 9H00 junto à sede da Delega-ção na Mata de S. Sebastião (junto àrodoviária de Évora).

Contacto: Manuel Ourives 91 713 03 96

Guilherme Joaquim Mendes Pe-reira, procura camaradas que perten-ceram à Companhia de Artilharia 414que estiveram em Coma, Norte deAngola no ano de 1963 ou que per-tenceram à Companhia de Caçadores2676.

Contacta: Guilherme 96 963 19 56

Fernando Nunes Marques, ex-cabo159 mais conhecido por Sargento Fé-lix, procura camaradas da Companhiade Sapadores 151 (Angola 1961//1963), pois gostaria de vos dar umabraço e recordar bons tempos dejuventude.

Contacto: [email protected]

Sandra Teixeira, procuraex-camaradas de José Nunes Tei-xeira

PR/460/71/2 – A+ CATH T71que estiveram com ele ao serviçoda Pátria em Angola.

Fazia parte da Companhia deFuzileiros Navais. Faleceu no RioZaire em 05 de Fevereiro de 1973.

Se o reconheces, estiveste comele ou sabes o que se passou,Contacta: Sandra Teixeira 91 34537 81

Contrato com aInforma-se os nossos associados, que já está em vigor, o novo

contrato de fornecimento de combustíveis com a GALP.Trata-se da aquisição de vantagens significativas para os subscritores

deste contrato, pelo que os interessados devem inscrever-se junto dosseus Núcleos.

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Participação em eventos

Este evento permitiu à equipa doCEAMPS recolher informação no

âmbito do estudo que está a realizarcom os combatentes Prisioneiros deGuerra e sinalizar novos casos paracontinuar o apoio a estes combaten-tes, e enquadra-se no protocolo decolaboração de apoio médico, psico-lógico e social, efectuado em 2007,entre a Liga dos Combatentes e aANPG.

É de referir que estão a ser acompa-nhados no apoio médico, psicológico esocial no CEAMPS de Lisboa cerca de 40casos, sendo 30 da região de Lisboa.

VII encontro nacional

Na mesma data, a Associação Nacio-nal dos Prisioneiros de Guerra levou aefeito, o seu VII Encontro Nacional.

A concentração contou com o apoiodo Sargento-mor Alves, que guiou osantigos militares e famílias, numa vi-sita guiada ao Pólo do Museu do Arsituado no Aeródromo de Ovar queteve elevada aderência e decorreucom muito interesse entre os partici-pantes.

CEAMPS no Encontro Nacional de Prisioneirosde Guerra em Ovar – Maceda

A convite da AssociaçãoNacional de Prisioneiros de

Guerra (ANPG), uma equipado CEAMPS constituída pelo

Coordenador, duas técnicas eduas voluntárias estiveram

presentes no EncontroNacional de Prisioneiros de

Guerra que decorreu na ForçaAérea em Ovar.

Seguidamente e com muita partici-pação, foi celebrada missa pelo páro-co da freguesia de Maceda e Capelãodo Aeródromo de Manobra n.º 1, Flo-rentino de Sousa. Seguiu-se o almoçoconvívio, com a presença de mais de

duas centenas e meia de companhei-ros antigos prisioneiros de guerra efamiliares, que decorreu dentro domelhor espírito de sã camaradagem,sendo o mesmo do agrado de todosos presentes.

Na sequência de convite dirigido aoPresidente da Direcção Central da LC,

esteve presente, em sua representação,o Coronel Faustino Alves Lucas Hilário,que presidiu ao acto.

Presentes, a Cônsul-geral de Portugal –Drª Maria Amélia Paiva, Monsenhor Eduar-do Resendes – antigo capelão militar e omajor Mike Gomes – luso-canadiano eoficial do Exército Canadiano.

Numa manifestação de grande en-tusiasmo, com o reencontro de amigos ecamaradas de armas, que em algunscasos não se viam há muito, conduziramao reviver de momentos difíceis de suasvidas, a um forte sentimento de cidadaniae a extraordinários momentos de “me-mória partilhada”.

Ao iniciar-se a refeição, o Presidente,em exercício, do Núcleo de Toronto, Se-

nhor Tibério Branco, agradeceu a presen-ça dos convidados, aos quais fez referên-cias muito elogiosas, e regozijou-se pelaelevada adesão e entusiástica participa-ção de todos os presentes.

A Senhora Cônsul-geral dirigiu palavrasde elevado apreço a todos os Combaten-tes e suas Famílias, reconhecendo-lhesum empenho constante por dignificaremas suas origens, honrarem o bom-nomede Portugal e constituírem um valiosocontributo para o desenvolvimento doPaís que os acolheu. O major Mike Go-mes, filho de pais oriundos de Ponte daBarca, enalteceu o nome de Portugal,valorizando o muito que os Portuguesesfizeram pelo Mundo e o que representa-ram em termos culturais e científicos.

Por último usou da palavra o coronelLucas Hilário que, após caracterizar anatureza do “Combatente por Portugal”,evidenciou alguns aspectos que afecta-ram, afectam e continuarão a afectar asrespectivas vidas. Exortou, ainda, à conti-

nuação destes convívios, fazendo reflec-tir neles o espírito de união, repelindo,sempre o que o possa degradar.

Após a leitura do “Memorando de En-tendimento”, documento que outorga à“Ontário Association of Portuguese Vete-rans” a qualidade de “Núcleo da Liga dosCombatentes”, o Coronel Hilário proce-deu à entrega da “Bandeira” e “Guião” daInstituição que passaram a integrar desde6 de Junho de 2008.

À margem do convívio, o representan-te da LC, esteve presente nos estúdios daFPTV – Festival Portuguese Television(Portuguese Digital Television), para par-ticipar em entrevista, em directo, no no-ticiário da noite daquela estação; e narádio CIRV – Rádio Internacional (Multicul-tural Super Mix), com entrevista, emhorário nobre; participou num jantaroferecido pelo presidente do SportingClube de Portugal de Toronto; Em 19 deAbril de 2009, participou na “EmissãoPortuguesa”, no programa da manhã, daEstação de Rádio da rede italiana “Chin”;durante o convívio, que teve coberturatelevisiva da “OMNI”, da rede “ROGERSInternacional)”, concedeu entrevistas aosrepórteres desta estação de televisão, aojornalista Carlos Morgadinho da “VénusCreations” e do jornal digital “Gentes daDiáspora” e ao jornalista Fernando CruzGomes do “Sun”, edição portuguesa.

Toronto – Encontro de combatentesRealizou-se em Toronto mais um

encontro de Combatentes,organizado pelo “Núcleo da Liga dosCombatentes” e “Ontário Association

of Portuguese Veterans”. Tratou-sedo 6.º evento levado a efeito pela“Ontário Association of Portuguese

Veterans” e do 1.º enquanto“Núcleo da Liga dos Combatentes

em Toronto”.

No passado dia 20 de Maio 2009, realizou-se na Sede do Núcleode Coimbra uma reunião com elementos da Direcção Central, daEquipa Coordenadora do CEAMPS, de Sociólogas e Psicólogas e daComissão Directiva do Núcleo, afim de apreciar o local das futurasinstalações destinadas ao CAMPS da Zona Centro.

Ficou acordado o seguinte:1 - Construir divisórias para os gabinetes médicos:2 - Adaptar as casas de banho existentes para uso de deficientes.

A Direcção Central, representada pelo Sr. Coronel Hilário, com-prometeu-se a enviar um arquitecto para, conjuntamente com oCoronel Médico Dr. Silva Santos, fazer o levantamento das altera-ções e apresentar o respectivo projecto.

CAMPS - futuras instalações em Coimbra

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Tele objectiva Tome nota

Joss Stone actua em Loulé

No âmbito do programa musicaldo Allgarve’09, a cantora britânicaJoss Stone vai dar um concertoem Loulé, junto ao monumentoDuarte Pacheco, no próximodia 31 de Julho, pelas 22h00.Detentora de uma voz possante,Joss Stone é uma das grandesrevelações na área da soul music.Já foi distinguida com vários BRITAwards e um Grammy Award.Já no Allgarve Jazz, está agendadopara dia 26 de Julho, no mesmolocal e à mesma hora, um concertocom a lendária dupla de jazzdo pianista Chick Coreae do vibrafonista Gary Burton.Brevemente será divulgado também o outro nome que iráactuar

Romaria Saloia de S. Mamede,em Janas

No dia 17 de Agosto, dia de S.Mamede, Santo protector dos gados,continua a realizar-se em Janas umasingular romaria tipicamente saloia.Diz-se que este Santo protector dogado, além de curandeiro, defendedas doenças e amansa o gado bravo.Manda a tradição que os animaispresentes dêem, de manhã, trêsvoltas à Ermida, no sentido contrárioaos ponteiros do relógio. Ainda háalguns anos, muitos animais e osseus donos compareciam na romaria.Vinham de terras distantes comoMafra e Loures e até de TorresVedras. À volta da capela monta-seum animado arraial e fazem-sepiqueniques, onde não falta o leitãode Negrais. Da parte da tarde,pagam-se as promessas. Os donosdos animais fazem oferendas aoSanto e recebem em troca fitasmulticolores de algodão que sãocolocadas nos animais. É uma formade pôr o Santo em contacto com ogado e prolongar, por um ano, o seuefeito benéfico. Também nas bodas ebaptizados aqui realizados, osconvivas dão três voltas à capela.Actualmente, o número de animaispresentes decresceu bastante, mas afesta ainda mantém as suas caracte-rísticas. Mas, à falta de burros, devacas, de cavalos, e até de avestru-zes e outros animais exóticos,seguem os seus donos nas rituais trêsvoltinhas à capela.

LISBON JAZZ SUMMER SCHOOL 2009De 17 a 25 de Julho 2009

Em Julho, o Centro Cultural deBelém transforma-se, pelo segundoano consecutivo, numa escola deverão de jazz. Estudantes e músicosde jazz participam numa semanaintensiva de formação essencial-mente prática, com dois cursos adecorrer em paralelo: o Férias comJazz, um curso de iniciação ao jazzdestinado a músicos com idadesentre os 12 e os 15 anos; e o Cursode Verão, orientado pelo sexteto deum dos mais reconhecidos saxofo-nistas do panorama internacional, onova-iorquino GREG OSBY.

Loulé apoia Núcleo da Ligados Combatentes(Jornal do Algarve - Algarve - Edição2711 de 12-03-2009)

O Núcleo de Loulé da Liga dosCombatentes, em parceria com a Câ-mara Municipal de Loulé e todas asJuntas de Freguesia, promoveram re-centemente, no edifício da Assem-bleia Municipal de Loulé, uma sessãode trabalho e apresentação do Pro-grama Cuidados de Saúde/PTSD (Per-turbação de Stress Pós-Traumático2009-2012) e do Centro de ApoioMédico, Psicológico e Social do Sul eAlgarve.

“Este dia ficará na história de todosos ex-combatentes da guerra do Ul-tramar, o monumento ao Combaten-te do Ultramar irá ser construído narotunda da Rua dos Combatentes daGrande Guerra”, adiantaram os res-ponsáveis. O dia acabou no salão defestas da Câmara de Loulé, com umjantar social e espectáculo de fados,com o objectivo de angariar fundos,para a compra de uma viatura para oCentro de Apoio.

Simbolismo

Com especial deferência, nacondição de ex-combatenteportuguês gostaria de saudar arevista «Combatente», a suaexpressão literária virtuosa, acor a luz carregada desimbolismo ilustram o passadopatriótico de um povo quedignificou a pessoa humana, asimagens, as tradições gloriosase memórias dos combatentes,expostas hoje com renovadoorgulho nos vários núcleos portodo o País…

António Ramalho

Agradecimento

Agradeço a V. Ex.ª, a publicaçãona revista «Combatente», dafotografia do meu avô e seuscompanheiros, acompanhadada minha mensagem…

Maria Dias Abreu

Editorial

…Quero transmitir-lhe a minhagrande apreciação peloeditorial «O Mundo Mudou…?»da sua autoria. Acreditamos najuventude mas sem rupturacom o mais velho e com opassado com tudo o que elenos lega…

Ten. Gen. Arménio de Oliveira

EXPOSIÇÃO “NEBULOSAS”Museu do Combatente(junto à Torre de Belém)

TELAS A ÓLEO PINTADAS POR JOSÉTIBÚRCIO TEIXEIRA

Inauguração: 23 de Maio às 16H00A exposição está patente ao públicode 23 de Maio a 3 de Julho de 2009todos os dias, das 10H00 às 18H00

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Posta RestanteEstremoz – Em frente Marche!Em frente Marche!Em frente Marche!Em frente Marche!Em frente Marche!Colaborador Major Velez Correia(Diário do Sul - Évora - Edição 10844de 26-02-2009)

A ver “Navios”…E eu permito-me apontar, como

exemplo dessa situação nefasta, o fac-to da Liga dos Combatentes andar preo-cupada com a construção de Lares paramuita dessa “juventude” que hoje seencontra naquela idade a que uns cha-mam de terceira, enquanto outros adesignam por Ouro. E essa grande preo-cupação já tem mais de meia dúzia deanos. Conseguiu terrenos cedidos pelasCâmaras, elaborou projectos que, emcertos casos, custaram muito dinheiro,elaborou candidaturas, primeiro ao FE-DER, que não resultaram, apesar demuito bem informadas. Depois surgiu oPARES e novamente se apresentaramcandidaturas atempadamente e satis-fazendo todos os requisitos impostospelo Instituto da Segurança Social. Masafinal, o PARES já “pariu” e dos 550milhões existentes para este fim, em2006 à Liga dos Combatentes não che-gou… um cêntimo. Novamente a insti-tuição ficou… a ver “navios” passandoao largo do Forte do Bom Sucesso, lugartão carregado de história, que a Ligarecuperou e salvou da degradação.

Fundo Liga Solidária – Donativos 2008

ANTECEDENTE ............................................................................................... 44.851,88Anónimo ............................................................................................................... 50,00Núcleo Abrantes ...............................................................................................250,00Fernando Alves ................................................................................................... 20,00Clube Model Troia .............................................................................................200,00Nucleo Coimbra .................................................................................................750,00Anónimo ................................................................................................................. 5,00Manuel Chis Nogueira ........................................................................................ 55,00Catarina Alvim ..................................................................................................... 10,00Núcleo Caldas Rainha ......................................................................................500,00Rosa Saraiva ........................................................................................................ 62,50Almoço e Palestra no Forte do Bom Sucesso 24/04/09 ............................ 91,00Jorge Henrique Reis Baptista Martins ............................................................. 79,00Adelino Manuel Ribeiro Marques .................................................................... 15,00Rui Fernando Pimpão Pinto .............................................................................. 10,00SALDO ............................................................................................................ 46.949,38

NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8

EXPOSIÇÃO “ARTE MODERNAE CONTEMPORÂNEA”JULHO 2009 – Museu do Combatente

Emília BizarroLousã

Lisa SérgioMontemor-o-Novo

Maria MarquesMontemor-o-Novo

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4 sugestões de leitura

ADEUS, ATÉ AO TEU REGRESSO(O Movimento Nacional Femininona Guerra Colonial (1961-1974)Autor: Sílvia Espírito Santo – Editora:“Livros Horizonte”

Distribuição: Rua das Chagas, 17,1.º Dto., 1200-106 LisboaTEL: 21 346 69 17 - FAX: 21 315 92 [email protected]

Sílvia Espírito Santo, natural de Leiria,é licenciada em História pelaUniversidade de Coimbra e, mestraem Estudos sobre as Mulheres pelaUniversidade Aberta de Lisboa. Temparticipado em colóquios econferências com temas sobre adidáctica da História e sobre aparticipação das mulheres na GuerraColonial (1961-1974). Foi este últimoo objecto da sua dissertação demestrado.

em Lisboa foi para Angola aos doisanos de idade, onde viveu até aos 27anos. Em Janeiro de 1969 ingressou naEscola Militar em Nova Lisboa, ondeefectuou o curso de SargentosMilicianos.Carlos Ganhão reproduz o olhar de umjovem euro-africano, o seupensamento e o da sua geração, àépoca, sobre a temática que foi aguerra encomendada pelas grandespotências e que nos foi imposta emAngola. Relata episódios eacontecimentos por ele vividos naguerra de contra guerrilha no Norte deAngola, nos anos de 69/70/71, daqual foi protagonista.

de Avis, do Império Britânico e outras.É comendador da Ordem de Nossa Sra.da Conceição de Vila Viçosa e daLegião de Honra, e Cavaleiro de H. D.da Ordem de Malta.As memórias que o autor traz agora apúblico são páginas preenchidas comos eventos recentes da nossa históriacontemporânea, por vezes dosbastidores desses eventos que aindahoje suscitam polémica e acesadiscussão.

TRABALHOS E DIAS DE UM SOLDADODO IMPÉRIOAutor: Carlos de AzeredoEditora: CivilizaçãoDistribuição: Tel.: 22 605 09 17

Carlos de Azeredo, nasceu em Outubrode 1930, no concelho de Marco deCanaveses.Frequentou a Escola do Exército ondecompletou o curso para a Arma deCavalaria entre 1948 e 1952.Cumpriu cinco comissões no Ultramar,duas no antigo Estado Português daÍndia – onde foi prisioneiro de guerradas tropas indianas -, uma em Cabindae duas na Guiné.Dirigiu o planeamento e comandou aexecução do Movimento Militar do 25de Abril de 1974 para o Norte dePortugal.É condecorado com a Cruz de Guerra1.ª Classe, duas medalhas de ServiçosDistintos – Ouro e Prata com Palma -,as Grã-Cruzes das Ordens de Cristo e

DEMBOS (A Floresta do Medo -Angola 1969-1971)Autor: Carlos GanhãoEditora: TerramarDistribuição: Tel.: 21 726 92 96

Carlos Augusto Rodrigues Ganhão.Nascido a 18 de Novembro de 1948

CACIMBADOS – A vida por um fioAutor: Manuel BastosEditora: Babel EditoresDistribuição: 7 Dias e 6 NoitesContactos: TEL: 22 745 72 97ou [email protected]

Manuel Correia Bastos, nasceu na vilade Aguim no Concelho de Anadia, em1950. Em 1972 foi mobilizado para aex-colónia de Moçambique ondecumpriu o serviço militar obrigatório,até ser gravemente ferido emcombate, um ano depois. Desdeentão, tem escrito crónicas e relatossobre a experiência da guerra e osseus efeitos traumáticos. Os seustextos e palavras reflectem a coragemde quem enfrentou uma guerra e odesafio de reestruturar uma vidadilacerada. A sua perspectivaenriquecedora tem ajudado ao longodos anos inúmeros veteranos asuperar o desafio do Stress Pós--Traumático e as novas gerações aconhecerem a realidade da guerra.Cacimbados relata o percurso de umsoldado e da sua Companhia emMoçambique nos últimos anos daGuerra Colonial.

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