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16-02-2011 1 A primeira barreira contra a invasão de tecidos centra-se em barreiras fisico- químicas. Se estas barreiras forem penetradas o nosso corpo contêm células que actuam rapidamente ao invasor. Outras barreiras incluem moléculas que removem nutrientes como ferro. Células também participam directamente nas defesas de primeira linha. Esta forma de imunidade é inata. A segunda linha de defesa corresponde à imunidade específica ou adaptativa que pode levar dias a elaborar um ataque contra um organismo invasor ou toxinas produzidas por estes invasores. Vamos estudar anticorpos e a imunidade conferida por células. Vamos também ver como microrganismos causam doença. A IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA Imunidade inata Imunidade adquirida ou específica Resposta independente de antigénio Resposta dependente de antigénio Resposta imediata Tempo de espera entre a exposição e a resposta máxima Não há especificidade antigénica Especifica para antigénio Não há memória imunitária Há memória imunitária

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A primeira barreira contra a invasão de tecidos centra-se em barreiras fisico-químicas. Se estas barreiras forem penetradas o nosso corpo contêm células queactuam rapidamente ao invasor. Outras barreiras incluem moléculas que removemnutrientes como ferro. Células também participam directamente nas defesas deprimeira linha. Esta forma de imunidade é inata.

A segunda linha de defesa corresponde à imunidade específica ou adaptativa quepode levar dias a elaborar um ataque contra um organismo invasor ou toxinasproduzidas por estes invasores. Vamos estudar anticorpos e a imunidade conferidapor células.

Vamos também ver como microrganismos causam doença.

A IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDAImunidade inata Imunidade adquirida ou específica

Resposta independente de antigénio Resposta dependente de antigénio

Resposta imediata Tempo de espera entre a exposição e a resposta máxima

Não há especificidade antigénica Especifica para antigénio

Não há memória imunitária Há memória imunitária

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Componentes Funções principais

CÉLULAS EFECTORAS

Neutrófilos Fagocitose precoce e morte de micróbiosMacrófagos Fagocitose eficiente e morte de micróbios;

libertação de citocinas, inflamaçãoCélulas assassinas naturais (AN) Lise de células infectadas, activação de

macrófagos

PROTEíNAS EFECTORAS

Complemento Morte de micróbios, opsonização de micró-bios, activação de leucócitos

Lectina ligadora de Activação de complemento, opsonização demannose de micróbiosProteína C-reactiva Activação de complemento, opsonização de

de micróbiosFactores de coagulação Isolar tecidos infectados com organismos

CITOCINASTNF, IL-1, InflamaçãoINF-a, -b Resistência a infecção viralINF-g* Activação de macrófagosIL-12 Produção de INF-g por AN e linfócitos TIL-15 Proliferação de células AN

IL-10, TGF-b Controlo de inflamação

*, INF- também é produzido durante a imunidade adaptativa; INF, interferão; IL, interleucina; TGF, factor de transformação de crescimento; TNF, factor necrotizantede tumores.

Componentes da imunidade não-específica (inata)

Exemplos de padrões moleculares de parasitas e os seus receptores

PAMP PRR Consequências

Paredes de micorganismos Complemento Opsonização, Activação de complemento

Carbohidratos com manose Proteina ligadora de manoseOpsonização, Activação de

complemento

Lipoproteinas de Gram-+Componentes de leveduras TLR-2 (receptor Toll 2) Activação de macrófagos,

citoquinas inflamatórias

RNA dupla cadeia TLR-3 Produção de interferão (antiviral)

LPS de Bactérias TLR-4 Activação de macrófagos, citoquinas inflamatórias

Flagelina (flagelos de bactérias) TLR-5 Activação de macrófagos, citoquinas inflamatórias

RNA viral de cadeia única rica em U TLR-7 Produção de interferão (antiviral)

PAMP, padrões moleculares associados a organismos patogénicosPRR, receptores que reconhecem padrões

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n

Polissacárido O Corpo central Lípido A

P

P

P

P

P

GlcN

GlcN

KDO

KDO

KDO

Hep

Hep HepGlu GluGal

GalGlu-Nac

Ácido ceto-desoxioctónico (KDO)

HeptuloseÁcidos gordos-(OH)

GlucosaminaVárias combinações de: Glucose Abequose,Galactose, Paratose, Ramnose, Tivelose, Manose

LIPOPOLISSACÁRIDO (LPS)Imunidade inata

Man Rha Gal

GluParOAc

Man Rha Gal

GluAbeOAc

“S. paratyphi A” “S. typhimurium”

A imunidade inata é capaz de reconhecer um grande padrão em LPS, não é capaz dedistinguir entre centenas de distintas combinações de oligossacáridos de LPSs,como representado em baixo, mas a imunidade inata reconhece manose! Aimunidade adaptativa é específica e consegue distinguir muitos polisssacáridos O.

Nív

eis

da re

spos

ta im

unitá

ria

Imunidade Inata, Imunidade Adaptativa e a Memória Imunológica num adulto

saudável

Infecção e Imunidade

4 8 12 9 12 2 50

Dias após 1º contágiopelo vírus 10

16

Anos após 1º contágiopelo vírus 10

Meses após 1º contágiopelo vírus 10

Imunidade Inata

Imunidade adaptativa Memória Imunitária

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Duração da infecção

Nív

eis

de m

icro

rgan

ism

os n

os te

cido

s

Ratinhos sem imunidade inata (PMN–, MAC–, B/T+)

Ratinhos sem imunidade adaptativa (PMN+, MAC+, B/T–)

Ratinhos normais

A importância da imunidade e das defesas não-específicas (imunidade inata) na defesacontra microrganismos patógenicos. Animais sem imunidade adaptativa ou sem imunidadeinata não conseguem eliminar microrganismos que causam doença. PMN, leucócitospolimorfonucleares; MAC, macrófagos; B/T, linfócitos B e linfócitos T.

A importância da imunidade inata e adaptativa

Infecção e Imunidade

Imunidade inata Imunidade adaptativa(Resposta rápida) (Resposta lenta e memória)

Macrófago

Célula dendrítica

Complemento Mastócito

Eosinófilo

Basófilo

Neutrófilo

AssassinoNatural

Assassino Natural T

Linfócito T λδ

Linfócito B Linfócito T αβ

Linfócito T CD4+Linfócito T

CD8+

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BARREIRAS PRIMÁRIAS - Inespecíficas

Estas barreiras protegem-nos de penetração em tecidos susceptíveis acolonização por organismos patogénicos. Só depois de penetração destasbarreiras é que a imunidade é estimulada a resonder.

1. Barreiras morfológicas : cabelos do nariz, muco nasal, pele, etc2. Barreiras químicas: lisozima, ácido do estômago.3. Barreiras microbiológicas: flora normal da boca, intestino, sistema génito-urinário4. Células fagocíticas, complemento, etc.

Helicobacter pilori no estômago

Brucella abortus

Lisozima naslágrimas e na saliva,lavagem com saliva

Flora normal

Flora normal

Muco no sistema respiratório superior,

muco e cílios na traqueia, tosse

Muco, cabelos do nariz, cílios,

espirros

Ácido do estômago (pH 2)

Pele(flora normal)

Fluxo de urina,Flora normal

Peledescamação, salinidadeácidos gordos, acidez

Alteraçãode pH

Barreiras físicas, químicas e a flora normal

Infecção e Imunidade

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Acne

Foliculite

Impetigo

Tinea unguis

Tinea

Doenças de Pele

As células epiteliais da traqueia possuem cíliosque barrem muco (que pode contermicrorganismos patogénicos) para a laringe auma velocidade de cerca de 3 cm por hora.

Alcool, frio, anestesia ou doenças que afectam oepitélio traqueal podem inibir o movimento ciliar epermitir que muco acumule em regiões profundasdos pulmões onde microrganismos patogénicospodem iniciar uma infecção.

Barrimento de muco por cílios da traqueia

Infecção de Imunidade

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Ovário

ÚteroBexiga

Uretra Vagina

Cervix

Recto

Ossopúbico

Bexiga

Ossopúbico

Uretra

Pénis Testículo

Reto

Lactobacillus acidophilusLactobacillus vaginalisLactobacillus fornicalis

A bexiga das mulheres e dos homens está vulgarmente estéril, mas ascélulas epiteliais da uretra são colonizadas por bactérias, incluindo E. colie Proteus mirabilis. Ambas podem ser oportunistas e causar doença.Alterações do tracto génito-urinário, por exemplo, aumento do pH, podempredispôr doença.A vagina das mulheres adultas está colonizada por espécies do generoLactobacillus que fermentam glicogénio com a produção de ácido láctico econsequente diminuição do pH para cerca de 4.5. Antes da puberdade nãohá produção de glicogénio e o pH da vagina é neutro-alcalino com E. coli,estafilococos, estreptococos e difteroides. Após a menopausa a vaginatambém tem um pH neutro com alterações da flora normal.

Flora normal do tracto génito-urinário

Infecção e Imunidade

Fornix (Lat), Arcada, fornicatio “fazer debaixo da arcada”Fornix do cérebro, algumas orquídeas, moluscos

Lactobacillus fornicalis (for.ni.ca’ lis. L. gen. n. fornicalis of the posterior fornix)

Flora normal do sistema digestivo

Colon

Intestino delgado

Estômago

EnterococcusLactobacillus

EnterobactériasEnterococcus feacalisBacteroidesBifidobacteriumEubacteriumPeptococcusPeptostreptococcusRuminococcusClostridiumLactobacillusStreptococcusStaphylococcusMetanógenos

Apesar de Escherichia coli ser oorganismo entérico mais bemconhecido e fácil de isolar de fezes,estas bactérias atingem cerca de 107-9

por grama de fezes, enquanto que onúmero total de bactérias é cerca de1011 por grama. Isto equivale a cerca de30% do peso das fezes na forma depeso de microganismos.

As bactérias do intestino produzem:

vitaminastiamina, riboflavina, B12, K

gasesCO2, CH4, H2

OdoresH2S, NH3, aminas, indole, ácido butírico, putrescina

Infecção e Imunidade

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INTERNATIONAL JOURNAl OF SYSTEMATIC BACTERIOLOGY, .1986, p. 499-5010020-77 13/86/WWB-O3 $02.00/0Copyright 0 1986, International Union of Microbiological SocietiesVol. 36, No. 4

Bacteroides caccae sp. nov., Bacteroides merdae sp. nov., andBacteroides stercoris sp. nov. Isolated from Human FecesJOHN L. JOHNSON, W. E. C. MOORE, AND LILLIAN V. H. MOORE*

ETIMOLOGIABacteroides merdae (mer’dae) L. gen. n. merdae of feces, referring to source of isolate.Bacteroides caccae (cac’cae, pronounced kak’ke) Gr. n. kakke feces; NL gen. n. caccae of feces, referring to source of isolate.Bacteroides stercoris (ster’co.ris) L.N. stercus feces; L. gen. n. stercoris of feces, referring to source of isolate.

Bacteroides sp.Bifidobacterium sp.Escherichia coli

Micrografias electrónicas de placa dentária contendo principalmentespécies de Streptococcus, entre as quais S. sobrinus (marcados comanticorpos e que são mais escuras que os restantes organismos). Notemque as bactérias têm todas forma cocoide.

Medulaóssea

Raíz

CoroaEsmalteDentina

Sulco gengival

Polpa

Osso alvéolarMembranaperiodontal

No primeiro ano de vida (antes do aparecimento dos dentes) Enterococcus e Lactobacillus são os organismospredominantes na boca. Após o aparecimento de dentes a maior parte da flora normal é constituída por bactériasanaeróbias. A colonização de bactérias nas áreas lisas dos dentes depende da deposição de uma camada deglicoproteínas ácidas da saliva à qual se ligam especificamente algumas espécies do género Enterococcus (E.sanguis, E. sobrinus, E. mutans e E. mitis). Estas espécies e depois outras espécies (i. e. Fusobacterium, Borrelia eActinomyces) formam a placa dentária. A placa dentária é anaeróbia devido principalmente à actividade metabólicados organismos.As cáries dentárias (doença) são provocadas por microrganismos. O esmalte (fosfato de cálcio) é dissolvido peloácido (ácido láctico) produzido pela fermentação de açucares pelas bactérias. E. sobrinus e E. mutans parecem serresponsáveis pelas cáries. E. mutans produz um exopolissacárido (dextrano) muito adesivo a partir de sacaroseque potencia a ligação das bactérias aos dentes.As bactérias da boca podem causar doença como as cáries, contudo, a maior parte das espécies constituem umabarreira eficaz contra a colonização por outros organismos potencialmente patogénicos.

Flora normal da boca

Infecção e Imunidade

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Porphyromonas gingivalis

Enterococcus durans

Gengivite

Caries dentárias

Canidida albicansCandidíase oral (Sapinhos)

AS LINHAS DE TORRES VEDRAS

OUA IMUNIDADE

Os general Inglês Arthur Wellesley (Duque de Wellington)mandou construir as Linhas de Torres Vedras em 1910 para deter as tropas Francesas (Marechal Massena) no caso de ter de retirar de posições a norte de Torres Vedras e proteger Lisboa e o local de embarcação das suas tropas na região de Oeiras e Paço d’Arcos.As linhas de Torres Vedras foram utilizadas depois da retirada inglesa da Batalha do Buçaco em 27 de Setembro de 1810.

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A GUARDA IMPERIALOU

IMUNIDADE ADAPTATIVA

A Guarda Imperial era compostapelos melhores soldado doexército de Napoleão. Só entravamem combate quando as linhas desoldados normais fraquejava ouprecisava de reforço para alcançarvantagem sobre o inimigo.Assim é a imunidade adaptativa.

AntigénioReforçar a produção de anticorpos com novas

imunizações ao longo de algumas semanas

Sangrar o animal e recolher sangue para um tubo de centrífuga

Deixar coagular osangue durante um 12horas a 4ºC.

Centrifugar abaixa rotação

Eritrócitos, glóbulos brancos

Soro

Produzir antisoro num animal experimental

Infecção e Imunidade

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Juntar uma solução com o antigénio injectado ao ratinho. Misturar. Incubar à temperatura ambiente ou no frigorifico. Passado algumas horas nota-se que a solução está turva e mais algumas horas depois nota-se um precipitado enquanto a solução está límpida.

Reacção de Precipitação

Antigénio; proteínaou polissacárido

Antisoro

Lâmina de microscópio com sangue

Lâmina de microscópio com sangue e anticorpos contra eritrócitos

Aglutinação

Infecção e Imunidade

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Nome do adjuvante Composição Mecanismo de acção

Adjuvante incompleto Emulsão de óleo-água Retarda libertação do antigénio da emulsão,de Freund aumenta fagocitose por macrófagos

Adjuvante completo Emulsão de óleo-água Retarda libertãção de antigénio da emulsão,de Freund com micobactérias mortas aumenta fagocitose por macrófagos,

aumenta imunidade celular

Adjuvante de Freund Emulsão de óleo-água com Acção semelhante ao adjuvantecom MDP muramilpeptídeos de completo de Freund

micobactérias

Alum + Bordetella pertrussis Hidróxido de alumínio Retarda libertãção de antigénio da emulsão,B. pertrussis mortas aumenta fagocitose por macrófagos,

aumenta imunidade celular

Adjuvantes

Adjuvantes aumentam a imunogenecidade de antigénios proteicos,particularmente proteínas solúveis que não são facilmentefagocitadas por macrófagos. As emulsões dos adjuvantes comproteínas antigénicas são mais facilmente fagocitadas. Osadjuvantes com micobactérias ou com Bordetella ou os seuscomponentes produzem reacções inflamatórias locais com atracçãode macrófagos e linfócitos T.

Infecção e Imunidade

Albumina sérica humana (ASH) + soro de coelho anti-ASH +++++

Albumina sérica de gorila + soro de coelho anti-ASH ++++

Albumina sérica de macaco + soro de coelho anti-ASH ++

Albumina sérica de galinha + soro de coelho anti-ASH -

Infecção e Imunidade

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Imunogenicidade - Capacidade de duma substância em causar uma resposta imunitária.

NÃO-PRÓPRIAS

Hidratos de carbonoMonossacáridos, dissacáridos, trissacáridos não são imunogénicos.Polissacáridos podem ser imunogénicos

CeluloseAmidoAmilopectinaGlicogénioHeteropolissacáridos não-próprios são geralmente imunogénicos

ProteinasAminoácidos não são imunogénicosA imunogenecidade aumenta com o tamanho. Polipeptídeos com menos de 8.000 daltons não são imunogénicos ou são imunógenos fracos. Insulina é um exemplo

Proteínas não-próprias são geralmente imunogénicas. Existem regiões imunosilenciosas. Estas regiões silenciosas são muitas vezes iguais ás regiões próprias.

Infecção e Imunidade

Não são imunogénicos

NH3

NH3

COOH

COOH

SS

SS

SS

20 Aminoácidos

30 Aminoácidos

Imunogenecidade

Imunogenecidade 2

Proteínas (cont.)Homopolímeros de aminoácidos com peso molecular elevado não são geralmenteimunogénicos; poli-L-prolina é imunogénico em cobaios; poli-D-ácido glutâmiconão é imunogénico (constituinte da capsula de Bacillus anthracis). Copolímeros dedois aminoácidos são geralmente imunogénicos.

Ácidos Nucleicos - DNA e RNADNA não é geralmente imunogénico. Na doença autoimune Lupus ErythematosisSistémico existem anticorpos anti-DNA (também contra cardiolipina, histonas eribossomas.Anticorpos contra DNA de cadeia única do bacteriófogo T4 (este vírus possui DNAde cadeia dupla).Anticorpos contra DNA cadeia dupla depois de aquecido e arrefécido rapidamentena presença de albumina sérica bovina.

LípidosLípidos não são imunogénicos, mas lipoproteínas podem levar à produçao deanticorpos anti-lípidos.

Infecção e Imunidade

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Celulose

Glucose -1, 4 glucose

Glucose a-1, 4 glucose

Amilopectina, glicogénio

Ligação a-1, 6

a-amilose

Dextrano

Glucose a-1, 6 glucose

Ligação a-1, 2 (a-1, 3)

Imunogenecidade de alguns polissacáridos

A subunidade básica destes polissacáridos é glucose. Acelulose é o polissacárido mais abundante da natureza,existe em plantas. Amido, amilopectina, glicogénio sãoreservas de carbono em todos os seres vivos. Dextrano étambém uma polímero de reserva nalgumas bactérias e emfungos.Só dextrano é imunogénico.

Infecção e Imunidade

1M HCl, 120ºC, 5 min.

1M HCl, 120ºC, 10 min.

1M HCl, 120ºC, 15 min.

107 - 108 daltons

105 - 106 daltons

104 daltons

103 daltons

IMUNOGÉNICO

IMUNOGÉNICO

NÃO É IMUNOGÉNICO

NÃO É IMUNOGÉNICOInfecção e Imunidade

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OCOOH

OH

HO H

H

H

H

O

OCH2OH

NHCOCH3

HO H

H

H

H

OH H

O

n

Ácido glucurónico N-acetil-glucosamina

Ácido hialurónico

Quase todos os heteropolissacáridos bacterianos sãoaltamente imunogénicos. Este é o caso com ospolissacáridos capsulares de Streptococcuspneumoniae. Contudo, ácido hialurónico é oconstituinte da cápsula de Streptococcus pyogenesmas não é imunogénico, porque também é encontradoem tecido conectivo.

OCOOH

OH

HO H

H

H

H

O

OCH2OH

OH

H H

H

OH

OCOOH

OH

HO H

H

H

H

O

OCH2OH

OH

H H

H

OH

OOH OH

Ácido glucurónico Glucose

Ácido celobiurónico

n

Polissacárido capsulardo tipo S3 de

Steptococcus pneumoniae

OCOOH

OH

H

H

H

H

OCH2OH

OH

H H

H

OH O

CH2OH

OH

H

H H

H

OCH2OH

OH

H

H

H

HOH OH

Ácido celobiurónico

OO O

Glucose Galactose

n

OPolissacárido capsular

do tipo S8 de Steptococcus pneumoniae

Heteropolissacáridos bacterianos

Infecção e Imunidade

Ácido celobiurónico

Glucosil-galactose

Antigenecidade - especificidade antigénica

O poder de resolução dos anticorpos é comparável à especificidade de enzimas.

Os anticorpos ligam-se a determinantes antigénicos naturais ou artificiais (haptenos). Osdeterminates antigénicos não são imunogénicos, mas anticorpos formados contra os antigénioscom os determinantes reagem com eles.Um determinante antigénico é constituido por 4-6 aminoácidos ou 4-6 monossacáridos.

Infecção e Imunidade

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R GlcNAc Gal

Fuc

R GlcNAc Gal GalNAc

Fuc

R GlcNAc Gal Gal

Fuc

R GlcNAc Gal GalNAc

Fuc

R GlcNAc Gal Gal

Fuc

O A B AB

Soro deindividuos

do tipo:

O

B

A

AB

Anti-A, Anti-B

Anti-B

Anti-A

Sem anticorpos para A ou B

Não há aglutinação Aglutinação Aglutinação Aglutinação

Não há aglutinação Não há aglutinação Aglutinação Aglutinação

Não há aglutinação Aglutinação Não há aglutinação Aglutinação

Não há aglutinação Não há aglutinação Não há aglutinação Não há aglutinação

Infecção e Imunidade

Poli - L - glutamil - alanil - tirosina(a-hélice)

L - lisina

L - alaninaD - alanina

L - glutaminaL - alaninaL - tirosina

Cadeialinear

Poli - lisina e poli - alaninanão são imunogénicas

L - tirosinaL - alaninaL - glutamina

Anti-linear+

antigénio linear

Anti-linear+

antigénio helicoidal

Anti-helicoidal+

antigénio linear

Anti-helicoidal+

antigénio helicoidal

A experiência de Sela

PORTADOR

Infecção e Imunidade

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“S. newport”

ManRha Gal

GluAbe OAc

Man ManRha Gal

GluAbe OAc

Man ManRha Gal

GluAbe OAc

Man

“S. newington”

Rha GalMan Rha GalMan Rha GalMan Rha GalMan

Antigénios com determinantes antigénicos repetitivos [bactérias, vírus,polissacaríedeos, proteínas fibrosas (colagénio)] podem ser precipitados porum anticorpo (anticorpos monoclonais) dirigido contra um determinante.

Infecção e Imunidade

DNP

DNP

X

y

z

DNP

X

y

z

DNP

DNP

DNPDNP

DNPDNP

DNPDNP

DNPDNP

DNPDNP

X

y

z

DNP

DNP

DNPDNP

DN

PD

NP DNPDNP

Infecção e Imunidade

Condições para a precipitação deproteínas

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A A

Anti-A Anti-B

BBC

D

B

Albumina sérica bovina+

anti-A Não há precipitação

Albumina sérica bovina+

anti-B Não há precipitação

Albumina sérica bovina+

anti-A, -B, -C, -D Há precipitação

Infecção e Imunidade

NN

SO3-

NN

SO3 -

NN CH3

NN C

H3

Infecção e Imunidade

Albumina sérica de ratinhos (ASR) não é imunogénico em ratinhos

A conjugação de haptenos à albumina sérica de ratinhos induzuma resposta imunitária contra os haptenos.

Um antigénio é constituido por um portador com determinantesantigénicos. O portador é necessário para o reconhecimentopelas células envolvidas na resposta imunitária.

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Hapteno

Determinante do portador

Conjugado entrehapteno e portador

Anticorpos contra o hapteno

Anticorpos contra os determinates

Anticorpos contra o hapteno e os determinantes

Anticorpos contra conjugados

Uma proteína conjugada com multiplas cópias de um hapteno. A imunização com esteconjugado leva à formação de anticorpos contra o hapteno, contra os determinantesnaturais da proteína e contra determinantes naturais/hapetnos.

ASO3H

NH2

NaNO3 + ProteínaHCl

ASO3H

N N Proteína

ASB—N N —ASO3H + anticorpos anti-ASB precipitadoanticorpos anti-AAN

OAL—N N —ASO3H + anticorpos anti-ASB precipitado

ASB + anticorpos anti-ASB e anti-ANN precipitado

OAL + anticorpos anti-ASB e anti-AAN não há precipitado

ASO3H

NH2

ASO3H

N N Albuminasérica bovina (ASB)

Misturar “antisoro”com hapteno

Misturar antisorocom antigénio

Com experiências deste tipo e com modificações da composição dos haptenos de prova, em contraste com os haptenos conjugados de imunização, foi possível demonstrar que os anticorpos têm uma elevada especificidade.

Ácidoarsinílico

anticorpos anti-AAN Infecção e Imunidade

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NN

SO3-

NN

SO3 -

Antisoro de coelho contra proteínas séricas de cavalo conjugadascom m-azobenzenosulfunato

NN R

NN

R

NN

ROrto Meta Para

R = SO3- + ± + + ±

R = AsO3H- - + -

R = COO - - ± -

Antigénios de teste constituídas por proteínas séricas de galinha conjugadas com:

NN

NN

CH3

CH

3

Antisoro de coelho contra proteínas séricas de cavalo conjugadas

com p-azotoluidina

NN R

NN

R

NN

ROrto Meta Para

R = CH3 + ± + ± ++

R = Cl + + + ± ++

R = NO2 ± + + ±

Antigénios de teste constituídas por proteínas séricas de galinha conjugadas com:

Karl Landsteiner and J. van der Scheer, 1927

Infecção e Imunidade