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10. Consumo de Bebidas Alcoólicas

10. Consumo de Bebidas Alcoólicas - Secretaria da Saúde€¦ · consumo moderado de algumas bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, em relação a um conjunto de doenças,

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Situação EpidemiológicaResultado do Inquérito

Já existe consenso sobre o papel protetor do consumo moderado de algumas bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, em relação a um conjunto de doenças, especialmente as cardiovasculares. Por outro lado, o consumo excessivo participa da determinação da maioria das doenças e agravos não transmissíveis, como a h i p e r t e n s ã o a r t e r i a l , o s a c i d e n t e s cerebrovasculares, a cirrose e o câncer hepáticos, a miocardite alcoólica, gastrite e úlcera gástricas, vários tipos de câncer, além da própria síndrome de dependência do álcool, ou alcoolismo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de dois bilhões de habitantes do planeta consome bebida alcoólica, entre os quais 76 milhões apresentam consumo abusivo e desordens relacionadas. Esse consumo abusivo é responsável por 3,2% da mortalidade, 4% dos anos potenciais de vida perdidos por incapacidade. Entre as causas de morte decorrentes do uso abusivo de álcool, destacam-se aquelas por acidente de veículo motor e por violências, participando de 20% a 30% destas ocorrências; 20% a 30% das mortes por neoplasias de esôfago, de fígado, a cirrose

28,29,30hepática, epilepsia e miocardites alcoólicas .

Em pesquisa sobre a presença de álcool no sangue das vítimas de acidente de trânsito em quatro capitais brasileiras, incluindo Curitiba, pode se avaliar que 61% delas apresentavam 0,10 ou mais gramas de álcool por litro de sangue circulante. Cinco vezes maior entre homens do que mulheres, sem diferenças de distribuição entre

29grupos de distintos níveis de escolaridade .

No inquérito realizado em Curitiba, utilizou-se critério da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2000) que considera como risco, o consumo de bebidas alcoólicas em mais de duas doses diárias para homens e mais de uma dose diária para mulher nos trinta dias anteriores à entrevista. Como uma dose padronizou-se: uma lata de cerveja, uma taça de vinho, um drinque ou cocktail ou uma dose de cachaça ou uísque.

Figura 10.1 - Consumo alcoólico de risco, segundo sexo, Curitiba, 2002

Fem TotalMasc

1,7

8,3

4,6

Dentre os 2.522 entrevistados 51% havia consumido bebida alcoólica no último mês; e o consumo considerado de risco ocorreu em 4,6% das vezes: 1,7% entre as mulheres e 8,3% entre os homens (p=0,000).

%

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Doenças e Agravos Não Transmissíveis no Estado do Paraná

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O consumo de álcool em doses consideradas de risco é praticamente o mesmo nas duas classes socioeconômicas, ou seja, nos grupos que freqüentaram escola por até sete anos ou em período de tempo superior a sete anos: 4,7% e 4,6%, respectivamente.

Discussão: O consumo diário de bebida alcoólica em níveis considerados de risco em Curitiba está entre os menores do país, ao lado de São Paulo e Florianópolis. No Brasil, a freqüência média de consumo de risco, nas capitais estudadas foi de 8%, chegando a atingir 12% em algumas capitais.

O dado preocupante é que entre os muito jovens e adolescentes esta freqüência é igual à média da população geral, e a freqüência de adolescentes que ingeriu alguma bebida alcoólica no mês que antecedeu a entrevista foi 45,2%.

Os dados apontam para a importância de se desenvolver programas de promoção de saúde e prevenção de consumo abusivo de álcool e priorizar a população escolar.

Quando se observa este consumo nos diferentes grupos de idade, destaca-se o fato de as maiores freqüências ocorrerem entre adultos jovens e mesmo entre adolescentes, caindo após os 50 anos de idade (p=0,019).

Figura 10.2 - Consumo alcoólico de risco,segundo idade, Curitiba, 2002 - MS / INCA

15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60 e +

4,4

5,9

6,0

4,7

3,0

0,4

%

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