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Modelos de Negócios de Computação em Nuvem para o Canal U M L IVRO BRANCO COM A DEFINI ÇÃ O DE CICLO DE VENDAS , EST Á GIOS DE DESENVOLVIMENTO E PAP É IS DO CANAL NA COMPUTA ÇÃ O EM NUVEM . Um Recurso da Comunidade de Computa çã o em Nuvem/SaaS da CompTIA Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA

20110327 Cloud Computing Business Models PT - Versão Final Rev

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M o d e l o s d e N e g óc i o s d e C o mp ut a ç ã o

e m N uve m p a ra o Ca n a l

UM L IVRO BRANCO COM A DEFINIÇÃO DE CICLO DE VENDAS ,

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO E PAPÉ IS DO CANAL NA

COMPUTAÇÃO EM NUVEM .

U m R e c u r s o d a C o m u n i d a d e d e C o m p u t a ç ã o e m

N u v e m / S a a S d a C o m p T I A

Comunidade de Computação em

Nuvem/SaaS da CompTIA

LIVRO BRANCO: Modelos de Negócios de Computação em Nuvem para o Canal

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Índice

SUMÁRIO EXECUTIVO 2

AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO 2

A CADEIA DE FORNECIMENTO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM (‘CLOUD COMPUTING’) 4

O MODELO DE NEGÓCIO SUBJACENTE DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM (‘CLOUD COMPUTING’) 5

TRÊS MODELOS BÁSICOS DO SERVIÇO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM (‘CLOUD COMPUTING’) 6

PARA O CONSUMIDOR 6

PARA O FORNECEDOR DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM (‘CLOUD COMPUTING’) 6

PARA O CANAL 6

EXECUÇÃO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM (‘CLOUD COMPUTING’) NO CANAL 7

CONCLUSÃO 11

SOBRE NÓS 11

COMUNIDADE DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM (‘CLOUD COMPUTING’)/SAAS DA COMPTIA 11

A COMPTIA 12

AUTORES COLABORADORES 12

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Sumário Executivo A Computação em Nuvem (‘Cloud computing’) é um modelo de distribuição de tecnologia que está mudando a

forma como os fornecedores, distribuidores, revendedores e consumidores pensam sobre a abordagem e

implementação de sistemas de TI. Enquanto abre muitas novas oportunidades para o canal, também está

criando o potencial de ruptura dos modelos de negócios existentes e estratégias go-to-market. Este White

pape irá identificar e definir modelos de negócios básicos de Computação em Nuvem (cloud computing) e

delineará a orientação e relacionamento de modelos de Computação em Nuvem para empresas que operam

dentro e em torno do canal.

Avaliação da Situação A Computação em Nuvem (Cloud computing’) - a distribuição de aplicativos de softwares, plataformas e

infraestruturas de software como um serviço - é uma das tendências de negócios e de tecnologia de maior

potencial de expansão e mais disruptivas que atingiram o mercado de TI desde a criação da Internet. A

confluência do poder persistente e acessível de computação de banda larga de alta velocidade se

aproximando dos limites da Lei de Moore, a maturação da virtualização e a pressão econômica para reduzir

custos conspiraram para criar uma transformação amorfa conhecida como "a nuvem". O crescimento do

segmento de mercado de computação em nuvem é nada menos do que explosivo. Segundo a empresa de

pesquisa Gartner, a computação em nuvem ampliará de US$ 46,4 bilhões em vendas em 2008 para mais de

US$ 150 bilhões até 2013. Em 2015, muitos analistas esperam que a computação em nuvem, em termos

agregados, gere de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões em atividade econômica. No contexto, aquilo faria

com que a computação em nuvem representasse cerca de um quinto dos gastos totais globais de TI.

O que torna a computação em nuvem tão atraente é também o que faz com que seja perturbadora para a

distribuição convencional e a economia das tecnologias de hardware e software. Distribuído como um serviço

gerenciado remotamente ou como autoatendimento automatizado, ela muda tanto o lado da oferta como o do

consumo na equação do negócio. É uma agregação e centralização de recursos de computação que diminui

custos e é vendido em frações para usuários distintos. A Computação em nuvem (‘Cloud computing’) é

especialmente disruptiva para a comunidade do canal tradicional, pois, por definição, reduz ou elimina grande

parte da complexidade em sistemas de TI, tornando mais fácil para os prestadores de serviços em nuvem

venderem diretamente aos consumidores

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A natureza disruptiva da computação em nuvem, com um ritmo acelerado de mudança, tem feito muitos na

comunidade de TI questionar seus papéis e querer saber onde encontrar a sua oportunidade nesta nova era.

A Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA reconhece o dilema e os problemas que está

criando para a adoção e o avanço da computação em nuvem no canal. Sem uma definição mais clara da

computação em nuvem, um delineamento mais nítido dos papéis do canal na equação da computação em

nuvem, e um melhor entendimento da proposta de valor que cada entidade de negócio na cadeia de

fornecimento traz para os clientes, muitos na comunidade do canal deixarão escapar esta oportunidade rica e

lucrativa.

Neste artigo, definiremos os modelos básicos de negócios que conduzem a computação em nuvem, os

diversos agentes envolvidos, e como a computação em nuvem oferece oportunidades para todos, desde

grandes fornecedores de TI até pequenos revendedores de valor agregado (VARs).

A Cadeia de Fornecimento da Computação em Nuvem Em geral, a computação em nuvem não está mudando os tipos de empresas que existem atualmente no

mercado de TI. Os fabricantes de hardware, os fornecedores de software, distribuidores, integradores de

sistemas, desenvolvedores de aplicativos e VARs permanecerão como entidades empresariais viáveis na era

da computação em nuvem. Da mesma forma, o consumidor final não está mudando - de pequenas e médias

empresas (SMBs) a corporações estão comprando serviços em nuvem como eles compravam soluções locais

de TI no passado. No entanto, a computação em nuvem está adicionando novos tipos de provedores e

revendedores à cadeia de fornecimento. Por exemplo, uma nova classe de provedores de soluções exclusivas

em nuvem emerge livre de produtos de hardware e software de TI legados.

No texto "Resumo da Computação em Nuvem para o Canal", a Comunidade de Computação em

Nuvem/SaaS da CompTIA definiu os papéis dos vários agentes no canal de computação em nuvem. Eles são

fornecedores, prestadores de serviços, distribuidores e agregadores, integradores de sistemas, VARs e novos

provedores de serviços gerenciados (MSPs) com foco exclusivo em nuvem. Em termos simples, os

vendedores fornecem os serviços em nuvem, os provedores de serviços fornecem os mecanismos de

conexão, os distribuidores e agregadores agem como intermediários para a consolidação de soluções,

integradores de sistemas criam infraestruturas de nuvem (laaS – Infraestrutura como Serviço), VARs vendem

e gerenciam os relacionamentos de cliente em nuvem, e provedores de soluções implementam aplicativos em

nuvem (SaaS - Software como Serviço e PaaS - Plataforma como Serviço).

Para este trabalho, reformulamos a cadeia de fornecimento da computação em nuvem em agrupamentos que

refletem seus papéis relativos e funções:

Fornecedores de Computação em Nuvem

Inclui as empresas que são a fonte dos serviços de computação em nuvem responsáveis tanto pelo

desenvolvimento quanto pela distribuição de recursos para o consumidor. Este grupo inclui os fornecedores

tradicionais de hardware e software de TI bem como uma nova geração de fornecedores exclusivos de

computação em nuvem. Os provedores de computação em nuvem podem incluir fornecedores de software

independentes que contribuem com aplicativos para computação em nuvem, mas apenas se forem aplicativos

de hospedagem independentemente. Fornecedores de computação em nuvem não incluem as empresas que

revendem serviços em nuvem ou compram produtos/serviços em nuvem de terceiros e vendem como se

fossem produtos próprios (‘white labeling’).

3 Estudo de Pesquisa da CompTIA, "Computação em Nuvem: Oportunidades e Desafios", agosto de 2010

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Prestadores de Serviços

Inclui as operadoras, provedores de serviços de Internet, empresas de telecomunicações e empresas de

terceirização dos processos das grandes empresas que fornecem tanto meios de comunicação (conexões à

Internet) quanto infraestrutura (centros de hospedagem de dados) que permitem aos consumidores terem

acesso aos serviços de computação em nuvem. Os prestadores de serviços também podem incluir

integradores de sistemas que constroem e dão suporte aos centros de dados de hospedagem de ‘nuvens

privadas’.

Distribuição

Inclui distribuidores tradicionais, os serviços de agregação de computação em nuvem, e organizações de

habilitação que atuam como um ponto de integração para a distribuição e personalização de ofertas de

computação em nuvem. A distribuição fornece o canal com o seu papel tradicional de habilitação, treinamento,

suporte, financiamento e integração ‘pré-embalada’. Os distribuidores podem também fornecer serviços de

hospedagem em nome dos revendedores, mas isso não os torna um provedor de serviço ou computação em

nuvem, uma vez que não possuem as aplicações ou o relacionamento com o cliente.

Provedores de Soluções

Inclui VARs, MSPs, empresas de serviços profissionais que revendem, distribuem e dão suporte às ofertas

dos provedores de computação em nuvem. Embora os provedores de soluções possam apenas revender

serviços de nuvem, eles normalmente oferecem outros serviços em um modelo híbrido, tal como a venda e

suporte de soluções de ‘Equipamento dentro das Instalações do Cliente’ (‘Customer Premise Equipment -

CPE) e serviços de melhoria para aplicativos de computação em nuvem. Alguns provedores de solução

oferecem seus próprios serviços hospedados, mas eles não são prestadores de computação em nuvem, a

menos que eles tanto desenvolvam independentemente o aplicativo como sejam capazes de aumentar a

distribuição e o suporte. Outros provedores de soluções concentram-se principalmente na implantação

serviços de integração de aplicativos de computação em nuvem.

Brokers ou Corretores de Computação em Nuvem

Inclui consultores de tecnologia, organizações de serviço profissional de negócios, corretores e agentes

registrados, e formadores de opinião que ajudam a direcionar os consumidores na seleção de soluções de

computação em nuvem. Ao contrário dos fornecedores e provedores de soluções de computação em nuvem,

os corretores não estão normalmente envolvidos na migração ou implementação de soluções de computação

em nuvem. Sua função é simplesmente fazer as apresentações e, talvez, fechar uma contratação de serviços.

Uma vez que seu papel seja cumprido, o corretor repassa o relacionamento do cliente para o prestador de

serviços ou de computação em nuvem.

De um modo geral, cada entidade na cadeia de fornecimento de computação em nuvem é um prestador de

serviços de computação em nuvem. A designação genérica é Prestador de Serviço de Computação em

Nuvem (ou CSP, do inglês Cloud Service Provider) ou Prestador de Serviços Múltiplos (ou XSP, do inglês

Multiple Service Provider), denominações que cobrem quase todos os aspectos da computação em nuvem

nas várias fases do modelo de desenvolvimento e distribuição.

O Modelo de Negócios Subjacente da Computação em Nuvem A computação em nuvem não é uma tecnologia independente. É um modelo de negócio e distribuição

habilitada por tecnologias existentes modificadas para consumo à distância, sob encomenda e fracionado

conforme definido pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias, NIST (do inglês, National Institute for

Standards and Technologies).

4 http://csrc.nist.gov/groups/SNS/cloud-computing/

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Três Modelos Básicos de Serviços de Computação em Nuvem

O Software como Serviço (SaaS)

Aplicações que funcionam em uma infraestrutura de computação em nuvem através de um cliente ou

navegador remoto. SaaS inclui serviços tais como e-mail gerenciado (Microsoft Exchange), CRM

(Salseforce.com), e aplicativos de produtividade de escritório (Google Apps). Fornecedores que prestam

esses serviços estão revendendo suas ofertas através de provedores de soluções que possam agregar

serviços de implantação, migração, treinamento e suporte acima da oferta principal.

A Plataforma como Serviço (PaaS)

Uma plataforma ou ambiente sobre o qual os usuários possam desenvolver e implementar serviços para o

consumo. Prestadores de PaaS incluem Microsoft Azure, Force.com da Salesforce.com, e Google App

Engine. O canal pode tanto usar a PaaS para desenvolver as suas próprias ofertas exclusivas quanto

revender capacidade e dar suporte às organizações que necessitem de serviços PaaS. Para o canal, PaaS

refere-se a exercitar a habilidade de tanto alavancar plataformas quanto dar suporte às plataformas baseadas

em computação em nuvem.

A Infraestrutura como Serviço (IaaS)

Diferente dos serviços convencionais de hospedagem, a laaS compreende o compartilhamento de recursos

de infraestrutura para o funcionamento de software na nuvem que normalmente seriam implantados e

operados no local. laaS fornece aos consumidores processamento, armazenamento, redes e outros recursos

de computação fundamentais necessários para o funcionamento de aplicativos. O canal é tanto um prestador

quanto um corretor de laaS pela construção e distribuição de infraestruturas baseadas em computação em

nuvem, a revenda de serviços de infraestrutura e o suporte às organizações na sua utilização e

funcionamento dos serviços.

Ilustração 1: Os Estratos em uma Nuvem

Referência:

http://www.thecloundcompntingresoure.com

A economia do modelo subjacente de vendas é a que separa a computação em nuvem do modelo de

tecnologia convencional, instalada no local. Uma vez que a computação em nuvem é essencialmente um

serviço baseado em assinatura, é vendido e faturado como uma despesa operacional recorrente (em oposição

a uma despesa feita de uma única vez ou de capital limitado). A economia da computação em nuvem cria

novas oportunidades e propostas de valor para diferentes entidades da cadeia de fornecimento:

Para o Consumidor

Parte da ‘Nuvem’ Cliente Alvo SaaS Usuários Finais PaaS Desenvolvedores IaaS Operadores/TI

Parte da ‘Nuvem’ Cliente Alvo SaaS Usuários Finais PaaS Desenvolvedores IaaS Operadores/TI

Parte da ‘Nuvem’ Cliente Alvo SaaS Usuários Finais PaaS Desenvolvedores IaaS Operadores/TI

Parte da ‘Nuvem’ Cliente Alvo SaaS Usuários Finais PaaS Desenvolvedores IaaS Operadores/TI

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A computação em nuvem diminui e racionaliza os gastos e investimentos com tecnologia. Como um serviço,

distribuiu os custos em incrementos regulares, previsíveis. Em alguns casos, os consumidores de computação

em nuvem podem gastar mais com tecnologia ao longo do tempo, mas equilibram aqueles custos acumulados

com as economias de curto prazo e previsibilidade nas despesas. Os consumidores também ganham acesso

à tecnologia com menores custos de gestão e manutenção do que as soluções CPE.

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Para o Provedor de Computação em Nuvem

Os prestadores de serviços de computação em nuvem - fornecedores, operadoras e provedores de serviços –

obtêm maior percepção do comportamento do consumidor com a computação em nuvem do que com

soluções locais. Os Provedores de Computação em Nuvem lidam diretamente com os consumidores

conforme a automação aumenta e a complexidade da solução diminui. Isto significa que os provedores não só

conhecem os hábitos e necessidades de consumo de tecnologia, mas também são capazes de padronizar os

consumidores em suas plataformas e aplicativos. A computação em nuvem oferece o potencial de dar aos

prestadores maior controle sobre a experiência do cliente, e que pode levar a uma maior influência sobre os

gastos com TI. De uma perspectiva de desenvolvimento e suporte, a computação em nuvem pode mudar o

modelo de negócios de um fornecedor, provendo ciclos de inovação mais integrados e mais rápidos já que os

fornecedores precisam desenvolver uma única vez na computação em nuvem, em vez de muitas vezes para

muitas plataformas, eliminando o ônus permanente de suporte à versão em ambiente fragmentado.

Para o Canal Para o canal, a computação em nuvem é uma faca de dois gumes. Como o modelo de serviços gerenciados,

fornece aos provedores de solução um fluxo de receita recorrente. Como um revendedor ou serviço de

suporte para soluções de computação em nuvem, provedores de soluções recebem uma fatia dos

pagamentos recorrentes do serviço. No entanto, já que muitas ofertas de infraestrutura são automatizadas e

de autosserviço, por definição, a computação em nuvem tem efetivamente reduzido as oportunidades de valor

agregado para as empresas de infraestrutura tradicional. Do lado do aplicativo, no entanto, a riqueza e a

interoperabilidade de pacotes de aplicativos SaaS e a capacidade de desenvolver aplicativos de negócios em

ambientes PaaS aumenta a oportunidade de oferecer aos clientes uma maior variedade de soluções de valor

agregado a um custo menor, com maior eficiência e um tempo menor de comercialização. Em geral, o canal

tem um papel vital como planejador e implementador de tecnologias de computação em nuvem, preservando

assim seu papel tradicional de serviços profissionais.

É importante para a comunidade do canal compreender as funções subjacentes que os fornecedores e

consumidores desempenham na equação predominante de valor de computação em nuvem. A comunidade

de provedores de computação em nuvem fornece a função ou o acesso a ferramentas e recursos

compartilhados para os consumidores. Os consumidores de computação em nuvem buscam somente aquelas

ferramentas e recursos que diminuirão os custos e aumentarão a produtividade. Como veremos na próxima

seção, a diferença entre estes dois extremos está onde o canal encontrará a maior parte de suas

oportunidades.

Executando a Computação em Nuvem no Canal Quantos possíveis modelos de negócios de computação em nuvem existem? Dado que cada negócio na

cadeia de fornecimento do canal pode desenvolver uma proposição de valor única, as possibilidades são

infinitas. Ao invés de focar em modelos de negócios distintos, ou como diferentes entidades do canal podem

se envolver em computação em nuvem, nós nos concentramos neste trabalho nas diferenças entre os

modelos de vendas diretas e indiretas e os possíveis papéis que as entidades do canal podem desempenhar

na venda e distribuição de serviço.

Com suas características automatizadas, de autoatendimento, e sob demanda, as soluções baseadas em

computação em nuvem são, por natureza, menos complexas e mais fáceis de implantar do que suas

contrapartes feitas no local. O ponto da computação em nuvem é simplificar a tecnologia e torná-la mais

acessível, abrindo assim um maior potencial para distribuição rápida ao cliente e vendas diretas. Mas a

realidade é que a computação em nuvem segue o mesmo ciclo de maturação e curva de comoditização como

as tecnologias feitas no local. Quanto menos complexa é uma tecnologia, mais provável que possa ser

vendida diretamente. Inversamente, quanto mais complexa a tecnologia, mais provável que possa ser vendida

através de um canal que pode assumir o ônus de superar as complexidades em nome do consumidor.

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Como a computação em nuvem não é monolítica, estes pressupostos de complexidade e comoditização têm

exceções. Em geral, porém, as características divergentes das soluções de SaaS, PaaS e laaS exigem que o

papel que uma entidade do canal desempenha no fornecimento de soluções seja diferente dependendo da

implementação de computação em nuvem.

Este paradigma da complexidade e comoditização é melhor expresso pela comparação das características

dos serviços de computação em nuvem vendidos, direta ou indiretamente, para os consumidores:

Ilustração 2: Comparação dos Serviços de Computação em Nuvem através de Modelos de Vendas Diretas e Indiretas

Este paradigma de complexidade e comoditização é melhor expresso pela comparação das características dos serviços de computação em nuvem

vendidos, direta ou indiretamente, para os consumidores:

DIRETA INDIRETA Padronizada Customizável Simples Robusta Venda por Catálogo Venda sob Consulta Transacional Abrangente Funcional Produtiva Habilidades Limitadas Habilidades Dinâmicas Baixa Integração Integração Extensiva Bem Compreendida Não facilmente Adotada

Seja através de um modelo direto ou indireto, o ciclo de distribuição de serviços de computação em nuvem

tem sete papéis ou estágios essenciais. Nenhum serviço de computação em nuvem – seja uma grande ou

pequena empresa - pode ser implementado sem passar por cada um:

1. Aconselhamento

No início do processo, um consultor avalia a disponibilidade da computação em nuvem da organização e sua

capacidade de adotar soluções de infraestrutura e de aplicativos de computação em nuvem. O consultor

desenvolve uma estratégia inicial e fornece um menu de opções de computação em nuvem bem como a

orientação sobre como começar a selecionar uma solução. Qualquer pessoa na cadeia de computação em

nuvem - até o consumidor - pode desempenhar esse papel.

2. Planejamento e Desenvolvimento

Nesta fase, o consumidor identificou o tipo de infraestrutura de computação em nuvem (público, privado ou

híbrido) ou aplicativo de computação em nuvem (SaaS / PaaS) e pode mesmo ter escolhido um provedor de

computação em nuvem. Necessidades de ativos, integração, migração e implementação são avaliadas. A

partir daqui um plano de implementação é desenvolvido para que o consumidor ou adote ou migre os

sistemas, aplicativos ou dados existentes do usuário para a nuvem.

3. Distribuição

Em alguns casos, a computação em nuvem é a implementação de sistemas personalizados que residem em

uma plataforma baseada em nuvem tal como aquelas fornecidas pela Microsoft Azure, o Amazon Web

Services, o Google’s App Engine, ou Force.com da Salesforce.com. Antes que o serviço seja implementado,

deve ser construído sobre uma plataforma para distribuição ao consumidor. Em ofertas mais convencionais, a

distribuição é um serviço que existe e simplesmente requer ativação e estipulação de conta.

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4. Implementação

A implementação inclui a migração de dados e contas para a plataforma de nuvem, integração de

aplicativos CPE com os recursos da nuvem, a implantação de serviços e aplicativos adicionais ao serviço

de nuvem, e a personalização da aplicação às necessidades específicas do consumidor.

5. Operação/Gerenciamento

Até agora, o serviço em nuvem é totalmente operacional. Os provedores e os gestores de conta mantêm

a qualidade do serviço e as expectativas de serviço nesta fase. As operações incluem a garantia de que

sistemas e recursos estejam disponíveis e funcionando nominalmente. A manutenção inclui a aplicação

transparente de atualizações, correções e alterações de configuração conforme necessário.

6. Suporte

O estágio de suporte fornece continuamente apoio (‘helpdesk’), administração de sistemas, suporte a

treinamento para os usuários finais. Difere da fase de Operação/Gerenciamento na qual foca mais na

garantia de uma experiência positiva do cliente do que no funcionamento do serviço.

7. Gerenciamento de Conta

O gerenciamento de contas é mais uma função contínua do que uma fase distinta no ciclo de distribuição.

Por causa de seus aspectos consultivos, periodicamente traz todo o processo de volta à primeira fase. O

Provedor de Serviço de Computação em Nuvem (CSP, do inglês Cloud Service Provider), que detém a

conta, aconselha os consumidores sobre como otimizar o uso dos serviços e identifica os recursos

adicionais disponíveis. O gerente analisa os relatórios de utilização para identificar áreas onde o

consumidor pode melhorar as operações e obter economias de custos através da adoção de serviços

adicionais de computação em nuvem. O gerenciamento de conta é uma função fundamental tanto para

provedores quanto para revendedores já que pode ajudar a garantir que o consumidor continue como tal

e contrate serviços adicionais.

Uma vez que todos os agentes na cadeia de fornecimento, incluindo os provedores e consumidores, podem

desempenhar praticamente qualquer uma das funções no ciclo de vida de computação em nuvem, quais são

os melhores para o canal? O equilíbrio entre as vendas diretas e indiretas de computação em nuvem é uma

questão de escala e capacidade. Como os produtos se tornam mais simples de implementar através da

nuvem, são mais prováveis de serem vendidos diretamente pelo provedor de nuvem. Por outro lado, ofertas

de nuvem mais complexas e sistemas que exijam uma ampla integração e suporte contínuo são mais

propensos a fluir através do canal.

A necessidade de utilizar intermediários é demonstrada na figura abaixo. Embora provedores de computação

em nuvem possam ter a capacidade de cumprir cada etapa do ciclo de vida de nuvens, nem sempre é

vantajoso para eles fazerem isso. Dependendo da complexidade do serviço e do mercado-alvo, muitas vezes

faz sentido repassar certas funções aos parceiros de canais que têm mais recursos e capacidades em

determinados segmentos. Por exemplo, um fornecedor de computação em nuvem poderia vender seus

serviços de aplicativo de produtividade de escritório diretamente ao consumidor final, mas, ao contrário dos

provedores de solução ou corretores de computação em nuvem, podem não ter as capacidades de vendas

para atingir um alvo SMB ou a capacidade de serviço de implementação para grandes empresas. Da mesma

forma, os provedores de soluções podem ser capazes de hospedar e distribuir um aplicativo de

gerenciamento de relacionamento de clientes (CRM) via a nuvem, mas é altamente improvável que eles

teriam a capacidade de vendas e serviço para atingir o mercado corporativo. A figura abaixo ilustra o equilíbrio

entre escala e complexidade para justificar modelos de ida ao mercado direta e indireta.

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Ilustração 3: Modelos de Ida Direta e Indireta ao Mercado na Computação em Nuvem

Alta Capacidade Inovação/Melhoria Corporativo Complexo

Distribuição/Acessibilidade

Viabilidade

Capacidade de Escala Mercado

Empresas de

Médio Porte Integração/Agregação

Infraestrutura

Suporte

Simples Habilidades Técnicas Pequenos Negócios

Baixa Capacidade Alcance de Vendas do Mercado

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A exceção a esse paradigma é quando os provedores de computação em nuvem são capazes de remover

totalmente a complexidade de um serviço e torná-lo uma oferta totalmente de auto- serviço. Neste caso, o

provedor pode ignorar o canal, uma vez que não exige nem uma equipe de vendas direta nem indireta. Na

maioria dos casos, porém, o valor agregado e alcance de mercado determinarão o tamanho da organização de

origem em estratégias de ida ao mercado.

Conclusão A computação em nuvem é perturbadora tanto no bom quanto no mau sentido. É abrir a porta para os

aplicativos, ferramentas e recursos de desenvolvimento anteriormente indisponíveis para as organizações. É

tornar os aplicativos e infraestrutura mais acessíveis para as grandes e pequenas empresas, e fazendo a

implementação de tecnologias inovadoras mais fácil e rápida. Aos olhos do consumidor, é uma vasta melhora

na inovação tecnológica e na relação custo/benefício.

Para a indústria de TI, a computação em nuvem é uma oportunidade para transformar os modelos de negócios

e os sistemas de distribuição. A nuvem está tornando mais fácil e mais efetivo do ponto de vista de custos

distribuir aplicativos, plataformas e infraestrutura para as organizações de consumidores. É tornar as receitas

provenientes das vendas de tecnologia mais uniformes e previsíveis. E é permitir um meio mais rápido e

eficiente de suporte e manutenção de tecnologias através da gestão centralizada dos sistemas hospedados.

Enquanto a nuvem pode ser e será perturbadora para o modelo de canal convencional do revendedor, há

espaço de sobra para os intermediários no modelo de ida ao mercado de computação em nuvem. A

complexidade dos sistemas e integração, customização de aplicativos e serviços, integração de infraestrutura

no local e aplicativos com a nuvem, assessoria em soluções de computação em nuvem, e o gerenciamento de

relacionamentos de provedores são áreas onde o canal continuará a desempenhar um papel vital na equação

de relacionamento do cliente. As novas leis do canal de computação em nuvem reduzem-se à simplicidade

versus complexidade. Onde sistemas em nuvens são simples e automatizados, há menos necessidade para o

canal. No entanto, sistemas complexos - e sempre haverá sistemas complexos - quase sempre necessitarão

da assistência de terceiros, tanto para o provedor quanto para o consumidor em nuvem para encontrar o

sucesso que buscam.

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Sobre Nós Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA

A Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA é um grupo colaborativo de provedores de

tecnologia e fornecedores, distribuidores, prestadores de serviços e revendedores de computação em nuvem

dedicado ao avanço da computação em nuvem no mercado global de tecnologia. Nossa comunidade é

dedicada à definição de tecnologias, modelos de negócios e melhores práticas de computação em nuvem, à

construção de ferramentas e recursos em nuvem, à criação e administração de credencial profissional e à

deliberação e resolução de questões relacionadas à evolução de desafios e oportunidades de computação em

nuvem. Nossa comunidade está decidida a promover a indústria e as normas regulamentares que garantam a

transparência, desempenho e integridade de plataformas, aplicativos e negócios de computação em nuvem.

Nosso objetivo subjacente é nada menos do que garantir alta qualidade e desempenho na computação em

nuvem entre todas as partes constituintes do mercado.

Para obter mais informações sobre a Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA ou para se

envolver nas atividades de nossa comunidade, por favor, entre em contato através do email

[email protected].

CompTIA

A CompTIA é a voz da indústria da tecnologia da informação (TI) no mundo. Seus integrantes são as

empresas na vanguarda da inovação e os profissionais responsáveis para maximizar os benefícios que

organizações recebem de seus investimentos em tecnologia. A CompTIA dedica-se ao avanço do crescimento

da indústria através de seus programas educacionais, pesquisa de mercado, eventos de rede, certificações

profissionais, e defesa de políticas públicas. Para obter mais informações, visite www.comptia.org ou nos siga

no Twitter através do link http://www.Twitter.com/comptia.

Autores Colaboradores

Lawrence M. Walsh,

Presidente

The 2112 Group

Brad DeSent, Presidente da

Comunidade

Apex Consulting Group

Chris Chase Integrador de Soluções

Directive

Denna Mensch Vice Presidente da

Synnex Corporation

Frank Hughes Presidente

Cloud Services Depot

Jim Chow

Gerente Sênior, Google Apps Channel

Google

Kunjal Trivedi

Estrategista de Serviços Gerenciados Cisco

Michael Proper Diretor Presidente

Clear Center

Richard Stopa – Dirigente -

ICC Global Hosting

Shiv Kumar

Vice Presidente Executivo - ZSL Inc.

Stephen Cho

Diretor - Google Apps Channels Google

Terry Calloway Presidente

Data Technique, Inc.

Tricia Wurts

Presidente

Wurts & Associates

Dave Sobel

Diretor Presidente da

Evolve Technologies

www.comptia.org

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Impresso nos EUA 01-1818 – em Setembro de 2010.