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Resumo da Computação em Nuvem para o Canal UM ESCLARECIMENTO, AMPLIA ÇÃ O E EXTENS Ã O DAS DEFINI ÇÕ ES DE COMPUTA ÇÃ O EM NUVEM PARA APLICA ÇÃ O PR Á TICA NA COMUNIDADE DO CANAL DO REVENDEDOR DE TI Um Recurso da Comunidade de Computa çã o em Nuvem/SaaS da CompTIA Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA

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Resumo da Computação em

Nuvem para o Canal UM ESCLARECIMENTO, AMPLIAÇÃO E EXTENSÃO DAS

DEFINIÇÕES DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM PARA APLICAÇÃO

PRÁTICA NA COMUNIDADE DO CANAL DO REVENDEDOR DE TI

U m R e c u r s o d a C o m u n i d a d e d e C o m p u t a ç ã o e m

N u v e m / S a a S d a C o m p T I A

Comunidade de Computação

em Nuvem/SaaS da

CompTIA

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Índice

SUMÁRIO EXECUTIVO 3

AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO 3

ENTENDIMENTO FUNDAMENTAL DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM 5

O QUE COMPUTAÇÃO EM NUVEM NÃO É 6

QUEM É QUEM NO CANAL DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM 7

PROVEDORES DE SERVIÇO 7

DISTRIBUIDORES E AGREGADORES DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM 8

INTEGRADORES DE SISTEMAS 8

REVENDEDORES DE VALOR AGREGADO E PROVEDORES DE SERVIÇO GERENCIADO 7

DISTRIBUIÇÃO DA NUVEM NO CANAL 8

MODELOS DE IMPLANTAÇÃO 8

MODELOS DE SERVIÇO 9

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM 10

CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS DO CANAL 11

CONCLUSÃO 12

SOBRE NÓS 12

Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA 14

CompTIA 15

AUTORES COLABORADORES 15

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Sumário Executivo A Computação em Nuvem („Cloud computing‟) é um modelo de distribuição transformadora que está

mudando a forma como os fornecedores, distribuidores, revendedores e consumidores pensam sobre a

abordagem e implementação de sistemas de TI. O que exatamente "a nuvem" é permanece um assunto

de debate, pois há mais de duas dezenas de definições para a computação em nuvem. Além disso,

como “a nuvem” é aplicada ao canal convencional de TI é relativamente desconhecido. Neste trabalho,

a Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA fornecerá definições básicas e

características essenciais para a computação em nuvem, e colocará essas definições em um contexto

do canal. Este trabalho é um documento fundamental desenvolvido para dar à comunidade do canal

uma referência de base para a descrição da computação em nuvem e como ele se encaixa com as

diversas partes que compõem o canal.

Avaliação da Situação Libertar-se da nuvem é quase impossível. A Computação em Nuvem - ou a distribuição de aplicativo,

plataforma e infra-estrutura através da Internet1 como um serviço - está transformando a maneira pela

qual os fornecedores de tecnologia produzem e distribuem seus produtos, bem como a forma que as

empresas e organizações de pequeno e médio porte (SMB) consomem tecnologia. A revolução da

nuvem é mais do que apenas colocar aplicativos na rede ("webficar"). É uma mudança fundamental

para uma nova arquitetura de TI baseada em uma ampla disponibilidade com multi-locações, recursos

compartilhados e capacidade dinâmica. Trata-se de alterar a estrutura total de custo de tecnologia de

uma despesa de capital para um gasto operacional recorrente. E é tornar a tecnologia mais acessível,

produtiva e barata. E isso está levando à sua rápida adoção.

A computação em nuvem se transformou de um conjunto relativamente limitado de serviços baseados

na Web para uma gama completa de produtos e modelos de negócios. De acordo com a empresa de

análise Gartner, o mercado de computação em nuvem crescerá de US$ 46,4 bilhões em 2008 para

mais de US$150 bilhões até 2013. A Gartner prevê que 20 por cento de todas as empresas não terão

nenhuma infra-estrutura até 20122 já que terão sido completamente transformadas em consumidores

quase integrais de computação em nuvem. A divulgação em torno da computação em nuvem continua a

crescer, tornando-se cada vez mais difícil separar os rumores de marketing das implementações

efetivas de tecnologia e serviços através da Internet. Quase qualquer aplicativo ou serviço remotamente

atrelado à Internet está agora adotando a nuvem tanto como um descritor quanto uma proposta de

valor. Não é de se admirar que 59 por cento dos usuários finais e 64 por cento do canal dizem que a

computação em nuvem precisa de definições mais claras, de acordo com um novo estudo da CompTIA.

3

1 Em nuvens privadas, aplicativos, plataformas e infra-estruturas podem ser acessíveis por uma rede privada através de navegadores Web

2 As maiores previsões da Gartner para 2010, nota à imprensa, janeiro de 2010 (http://www.gartner.com/it/page.jsp?id=1278413)

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Definir a computação em nuvem é mais do que um exercício acadêmico. É uma questão de elaboração de

parâmetros de entendimento entre as partes constituintes do mercado que produzem, apóiam e consomem

serviços baseados em nuvem. Criando este vocabulário compartilhado de negócios e técnico ajuda a promover

o comércio efetivo entre todas as entidades na cadeia de fornecimento da computação em nuvem. Através de

definições claras e concisas, produtores e consumidores de serviços podem desenvolver estratégias de

negócios, planos de implementação, modelos de negócios e métricas de desempenho para maximizar o

potencial de um sistema de distribuição revolucionário.

Numerosas definições, freqüentemente concorrentes entre si, existem para a computação em nuvem. A maioria

faz um bom trabalho de moldar o que muitos consideram elementos básicos da computação em nuvem, mas

apenas 24 por cento dos usuários finais e 29 por cento do canal acreditam que as definições existentes sejam

suficientes.

Ilustração 1: Uma Definição Confusa da Computação em Nuvem

Em comparação, 18% dos participantes do canal usam uma definição de terceiros enquanto 20% usam uma definição desenvolvida internamente. Os

restantes 62% não usam uma definição formal.

E mesmo as definições existentes não são consistentes, de acordo com o estudo da CompTIA. A definição mais

importante e mais geralmente aceita é a desenvolvida pelo Instituto Nacional de Normas e Tecnologia (NIST –

National Institute of Standards and Technology) que fornece os elementos e as características essenciais do

meio. No entanto, muitos fornecedores e provedores de soluções acreditam que há uma oportunidade para

alargar a definição do NIST, incorporando as necessidades exclusivas do revendedor de TI e o canal de

serviços no modelo.

Neste trabalho, a Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA ratificará a definição de

computação em nuvem do NIST e o estenderá para incluir considerações fundamentais para a comunidade do

canal. Através destas definições contextualizadas, nosso objetivo é oferecer a todo o canal uma base comum

para enquadrar as discussões e comunicações eletrônicas da computação em nuvem, planejamento de

negócios e modelagem e execução de vendas e marketing.

3 Estudo de Pesquisa da CompTIA, "Computação em Nuvem: Oportunidades e Desafios", agosto de 2010

Os entrevistados para um estudo de pesquisa de 2010 da CompTIA deram uma definição uniforme de computação em nuvem e seu ecossistema esclareceria a confusão do mercado e melhor explicaria e simplificaria a proposta de valor para compra e venda

de serviços em nuvem

9% dos usuários finais usam uma definição formal de terceiros de computação em nuvem, 11% utilizam uma definição desenvolvida internamente.

Os restantes 80% não usam nenhuma definição formal ou não têm certeza do que sua empresa usa

Requer Definição

mais Clara

Usuários

Finais

Canal

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Entendimento Fundamental de Computação em Nuvem Existe um acordo quase universal de que computação em nuvem é a distribuição de um serviço com base na

Web que fornece acesso extensivo, elástico e multi-locação aos recursos de computação. A definição fica difusa

a partir daí. O que significa ser "elástico" ou "extensivo"? Alguns grupos incluem "facilidade de uso" ou

"facilidade de implementação" em suas definições, mas estas são medidas subjetivas. E, claro, definições

simples tendem ao colapso quando os serviços reais são vinculados a elas. A solução de gerenciamento de

relacionamento de cliente baseado na Web (CRM) tal como Salesforce.com é geralmente considerado um

produto de base na carteira de computação em nuvem, mas é um mecanismo de busca como o Google ou o

Bing da Microsoft? Serviços de email com base na Web tais como Hotmail e Yahoo são partes da computação

em nuvem, mas os e-mails distribuídos a um cliente remoto através de uma conexão SSL ou HTTPS a partir de

um servidor no local da Microsoft Exchange também são uma parte do universo da computação em nuvem?

Um bom ponto de partida para definir a computação em nuvem é a definição desenvolvida pelo NIST. A

pesquisa de governo e da agência de normalização admite que sua definição seja fluida e sujeita a alterações.

No entanto, a definição do NIST4, agora em sua décima quinta iteração, oferece princípios claros para o que

constitui os fundamentos da computação em nuvem como uma tecnologia e mecanismo de distribuição. A

definição do NIST é:

A Computação em Nuvem é um modelo para permitir acesso conveniente, de rede sob demanda a um conjunto

compartilhado de recursos configuráveis de computação (por exemplo, redes, servidores, armazenamento,

aplicativos e serviços) que podem ser rapidamente provisionados e liberados com o mínimo esforço de

gerenciamento ou interação de provedor de serviços. Este modelo de computação em nuvem promove a

disponibilidade e é composto por cinco características essenciais (autoatendimento sob demanda, acesso à

rede de banda-larga, alocação de recursos, elasticidade rápida e serviço medido), três modelos de serviços

(software como serviço, plataforma como serviço, e infraestrutura como serviço), e quatro modelos de

implantação (nuvem privada, nuvem comunitária, nuvem pública e nuvem híbrida).

Conforme um adendo, o NIST faz a seguinte observação sobre a natureza da computação em nuvem:

O software de computação em nuvem leva vantagem total do paradigma de computação em nuvem por ser um

serviço orientado com foco apátrida, de baixo acoplamento, modular e de interoperabilidade semântica.

Em outras palavras, a computação em nuvem não é necessariamente proprietária e deve ter canais de

comunicação e interoperabilidade quase universais para garantir o acesso e uso dos dados.

A Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS CompTIA concorda com a definição do NIST, acrescentando

que os aplicativos, plataformas e infra-estruturas de computação em nuvem devem garantir a interoperabilidade

de soluções, a abertura nas normas, a acessibilidade aos recursos e dados, e a portabilidade para diferentes

prestadores de serviços. Em nossa opinião, esta abertura é necessária para assegurar a adoção e crescimento

sustentados da computação em nuvem, assegurando o valor de negócio ideal para os clientes.

4 http://csrc.nist.gov/groups/SNS/cloud-computing/

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Tendo em mente a definição do NIST, é útil pensar em computação em nuvem de forma ampla em dois

estratos: (1) aplicativos e serviços que englobam pacotes de aplicativos em nuvem (SaaS - Software como

Serviço) e aplicações de computação em nuvem personalizados (desenvolvidos em PaaS- plataforma como

Serviço) e, (2) rede, servidor, armazenamento e recursos de segurança compartilhados que constituem a IaaS

(Infra-estrutura como Serviço).

Ilustração 2: Os Estratos em uma Nuvem

‘Parte’ da Nuvem Cliente Alvo SaaS Usuários Finais PaaS Desenvolvedores laaS Operadores/TI

Referência: http://www.thecloudcomputingresource.com

O Que A Computação Em Nuvem Não É Dados a divulgação, o crescimento exponencial antecipado, e definições ambíguas, muitas empresas de

tecnologia reivindicam serem provedores de computação em nuvem. No entanto, o fato de que algumas

tecnologias e serviços compartilharem muitas das características encontradas na definição do NIST não os

torna uma parte do universo da computação em nuvem.

Antes de entrar nos detalhes do canal, a Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA acredita

que é necessário definir exclusões. As seguintes tecnologias e modelos de distribuição de computação não são

considerados explicitamente computação em nuvem.

• Clientes/dispositivos Fat

• Acesso do navegador proprietário

• Virtualização independente de implementações de computação nuvem

• A computação em rede

• Mainframes

• Backup online

• Infra-estruturas de computação do Cliente /servidor

• Dispositivos proprietários

• Serviços dedicados de hospedagem

• Sistemas que alavancam a conexão à Internet, mas que não são baseados na Web

Estes sistemas e modelos não se enquadram na definição principal porque só compartilham certas

características da computação em nuvem ou são componentes e/ou mecanismos de acesso aos recursos de

computação em nuvem. Por exemplo, um computador pessoal com acesso à rede é uma necessidade absoluta

para acessar os recursos da computação em nuvem, mas um PC não é computação em nuvem. Da mesma

forma, nuvens privadas podem ser redes privadas, fechadas, mas isto não torna um mainframe computação em

nuvem.

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Há também o debate com relação ao fato de se serviços gerenciados - monitoramento e gerenciamento remotos de

hardware e software no local – são parte de computação em nuvem. Sob a definição mais rigorosa, os serviços

gerenciados não o são, apesar de compartilharem praticamente a mesma estrutura de negócio e modelo de receita. A

diferença são os privilégios do local associados aos serviços gerenciados, que são de fato uma evolução dos serviços

convencionais de correção/parada. Pela definição do NIST, a computação em nuvem não está vinculada pelas

limitações de escala e desempenho da infra-estrutura convencional e serviços de correção/parada. No entanto, é

possível distribuir a computação em nuvem como um serviço gerenciado por um provedor de terceiros, daí o debate.

Quem é Quem no Canal de Computação em Nuvem O canal é uma enorme fusão de diversas empresas de tecnologia que desempenham papéis diferentes e sobrepostos

na distribuição de produtos e serviços às organizações de usuários finais. Os tipos de empresas que existem no canal

convencional não mudarão tanto assim na era da computação em nuvem. No entanto, suas funções variam de acordo

com suas capacidades. Nesta seção, identificaremos as diversas empresas no canal de computação em nuvem e os

papéis que desempenham.

Fornecedores

Inclui todos os fabricantes de hardware, editores de software, fornecedores de software independentes (ISVs)

convencionais e empresas exclusivas de computação em nuvem que agem como uma fonte - o provedor subjacente -

de aplicativos, plataformas e infra-estrutura. Alguns fornecedores só podem suprir a tecnologia (produtos) para a

construção de nuvens.

Provedores de Serviços

Normalmente inclui empresas de telecomunicações, integradores de sistemas globais, firmas de terceirização de

processos empresariais e prestadores de serviço de Internet que fornecem a infra-estrutura ponte entre os prestadores

de serviço de computação em nuvem, fornecedores e clientes finais. Cada vez mais os prestadores de serviços são as

empresas de construção de nuvens privadas e híbridas para as grandes empresas.

Distribuidores e Agregadores de Computação em Nuvem

Cada vez mais distribuidores atuam como fontes de computação em nuvem, consolidando recursos e aplicativos para

revenda através do canal. Agregadores são essencialmente os distribuidores de recursos de computação em nuvem

sem o negócio legado de distribuição de hardware e software. Essas entidades, muitas vezes, integrarão os recursos

para construir os serviços de nuvem holística vendidos através do canal.

Integradores de Sistemas

O revendedor integra tecnologias complexas em sistemas holísticos. O papel tradicional de integradores de sistemas

não muda muito na nuvem, exceto que, como prestadores de serviços, constroem nuvens privadas e híbridas. Muitos

integradores de sistemas também constroem sistemas para a distribuição de computação em nuvem independente de

seus parceiros fornecedores de OEM (fabricantes de equipamento original), e implementam aplicativo em nuvem/

soluções SaaS para os clientes.

Revendedores de Valor Agregado e Provedores de Serviços Gerenciados

VARs e MSPs revendem serviços de nuvem e acrescentam seus próprios serviços profissionais e de valor agregado

para a venda. Este modelo difere pouco do modelo convencional de revenda de hardware e software, exceto que os

serviços altamente complexos e de valor agregado extensivo às vezes são mais difíceis de justificar e incluir na venda

de computação em nuvem. VARs não precisam apenas revender serviços; eles podem atuar como corretores e

agentes de indicação para provedores de computação em nuvem, cobrando comissões por seus esforços. E são os

VARs que tipicamente oferecem os serviços de migração e customização para os usuários finais que adotam serviços

em nuvem. Este grupo inclui também os prestadores de serviços híbridos que combinam aplicativos baseados em

nuvem e serviços com aplicativos legados, no local e, prestadores de serviços "nascidos-na-nuvem" (revendedores que

começaram apenas em serviços de nuvem e estão livres de produtos de hardware e software legados).

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É importante reconhecer que a computação em nuvem torna possível para as entidades acima referidas

fornecer implementações de ponta a ponta. Isso significa que um fornecedor muitas vezes pode distribuir

serviços baseados em nuvem diretamente aos consumidores sem envolver um parceiro do canal. Da mesma

forma, um VAR tradicional pode construir um serviço em nuvem independente de parceiros fornecedores e

distribuí-lo aos clientes. Os elementos-chave para a distribuição do canal são:

• Planejamento/ desenvolvimento: desenvolver escopo de adoção e planos de implantação

• Distribuição: a migração da infra-estrutura e dados de um consumidor de sistemas legados no local para

conjuntos de aplicativos (SaaS, PaaS) e recursos (IaaS) baseados em nuvem

• Implementação: permitir o uso de recursos de computação em nuvem

• Gerenciamento: administração contínua de aplicativos e recursos em nuvem

• Suporte: treinamento, personalização e ajustes das operações de computação em nuvem

O grau em que cada entidade do canal distribui serviços depende da sua especialização tecnológica, clientes-

alvo, e capacidade de atender os clientes. Por exemplo, um grande fornecedor pode querer levar os serviços

em nuvem diretamente para os clientes, mas pode não ter os recursos para a distribuição em escala de ponta a

ponta. Um fornecedor pode ser capaz de executar todas as funções neste paradigma de distribuição, mas pode

não atingir todos os segmentos de mercado com uma força de vendas limitada. Por outro lado, VARs pequenas

podem ter a capacidade de distribuir de forma independente infra-estrutura e aplicativos de computação em

nuvem, mas não conseguir escala para atender às necessidades de clientes de médio porte e corporativos. No

final, a escala é um fator limitante de distribuição de computação em nuvem no canal.

Distribuição da Nuvem no Canal A Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA acredita que a definição do NIST sobre

computação em nuvem é um bom enquadramento para a interpretação geral, particularmente para os

consumidores empresariais de serviços baseados na web. O que ela não faz é levar em consideração as

realidades do mercado do canal convencional. Nesta seção, colocaremos a definição do NIST em um contexto

do canal, tornando-a aplicável aos fornecedores, provedores de soluções, VARs, integradores de sistemas,

distribuidores e outras partes constituintes do canal.

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Modelos de Implantação

Nuvem Privada

Algumas organizações podem optar por construir e operar suas próprias estruturas de nuvem privada

O NIST diz que nuvens privadas podem ser gerenciadas e/ou hospedados por terceiros. O canal tem

um papel fundamental no desenvolvimento de nuvens privadas através da prestação de consultoria,

concepção, implantação, implementação e serviços de apoio contínuos para operadores de nuvem

privada.

Nuvem Comunitária

O NIST diz que esta nuvem é do tipo "compartilhado por várias organizações e suporta uma

determinada comunidade que partilha interesses”." Poucos exemplos deste tipo surgiram até agora,

mas uma nuvem compartilhada entre um pequeno conjunto de empresas estabelecidas para a troca

segura de informações ou transações seria considerada uma nuvem comunitária. É mais provável que

uma nuvem comunitária seria hospedada e administrada por uma parte independente, dada a

quantidade de partes constituintes que a usariam. Aqui, o canal tem a oportunidade de construir,

gerenciar, revender, nuvens e dar suporte a nuvens comunitárias.

Nuvem Pública

Propriedade de entidades privadas para o uso entre os grupos da indústria em geral, uma nuvem

pública é uma infra-estrutura compartilhada (rede, computação, armazenamento) acessível através da

Internet pública para serviços distribuídos remotamente e baseados em nuvem. A nuvem pública é um

elemento fundamental na cadeia de computação em nuvem que o canal alavanca para dar suporte a

seus clientes.

Nuvem Híbrida

Conhecida por muitos nomes diferentes, as nuvens híbridas são a combinação de dois ou mais

modelos de implantação, tais como nuvens privadas e públicas. Nuvens híbridas é a forma mais

comum de implementação de computação em nuvem uma vez que podem alavancar recursos

públicos, serviços privados e, em muitos casos, infra-estrutura legada no local. A integração e

habilitação de nuvens híbridas oferecem uma riqueza de oportunidades para o canal em serviços de

consultoria, integração e suporte.

Modelos de Serviço

Software como Serviço (SaaS)

Aplicações que funcionam em uma infra-estrutura de computação em nuvem através de um cliente ou

navegador remoto. SaaS inclui serviços tais como e-mail gerenciado (Microsoft Exchange), CRM

(Salseforce.com), e aplicativos de produtividade de escritório (Google Apps). Fornecedores que

prestam esses serviços estão revendendo suas ofertas através de provedores de soluções que

possam agregar serviços de implantação, migração, treinamento e suporte acima da oferta principal.

Plataforma como Serviço (PaaS)

Uma plataforma ou ambiente sobre o qual os usuários possam desenvolver e implementar serviços

para o consumo. Prestadores de PaaS incluem Microsoft Azure, Force.com da Salesforce.com, e

Google App Engine. O canal pode tanto usar a PaaS para desenvolver as suas próprias ofertas

exclusivas quanto revender capacidade e suporte às organizações que necessitem de serviços PaaS.

Para o canal, PaaS refere-se a exercitar a habilidade de tanto alavancar plataformas quanto dar

suporte às plataformas baseadas em computação em nuvem.

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Infraestrutura como Serviço (IaaS)

Diferente dos serviços convencionais de hospedagem, a laaS compreende o compartilhamento de

recursos de infra-estrutura paro funcionamento de software na nuvem que normalmente seriam

implantados e operados no local. laaS fornece aos consumidores processamento, armazenamento,

redes e outros recursos de computação fundamentais necessários para o funcionamento de

aplicativos. O canal é tanto um prestador quanto um corretor de laaS pela construção e distribuição de

infra-estruturas baseadas em computação em nuvem, a revenda de serviços de infra-estrutura e o

apoio às organizações na sua utilização e funcionamento dos serviços.

Características Essenciais da Nuvem A definição do NIST abrange as características essenciais que compõem a computação em nuvem.

No entanto, algumas são potencialmente perturbadoras para o canal. Nesta seção, afastaremo-nos de

indicar o papel do canal e oportunidades, e mostraremos, ao invés, como a nuvem pode

disintermediar segmentos do canal tradicional de hardware e software e perturbar os modelos de

negócios tradicionais do fornecedor. É imperativo que o canal reconheça a oportunidade que a nuvem

cria para evitar a desintermediação e aproveitar novas oportunidades relevantes.

Auto-serviço sob demanda

O NIST diz que um consumidor pode, unilateralmente, abastecer capacidades de computação quando

necessário sem exigir a interação humana com o provedor do serviço. Do ponto de vista do canal,

auto-serviço automático é problemático, pois elimina o suporte profissional e serviços de manutenção

que os provedores de soluções tradicionalmente distribuem. Enquanto a nuvem simplifica a

distribuição de recursos e aplicativos, não expulsam completamente a complexidade. O canal

encontrará maiores graus de valor e oportunidade em ofertas de nuvens mais complexas onde os

usuários têm a possibilidade, mas não o conhecimento para o exercício de auto-atendimento. Além

disso, muitas oportunidades de integração/interoperabilidade tradicional complexa, gerenciamento de

mudanças e consultoria de processo de negócios permanecerão abertas para o canal.

Acesso de rede banda larga

A computação em nuvem requer conectividade de rede onipresente e estável acessível por

dispositivos do cliente. O truísmo único da nuvem é que ela nunca eliminará por completo o hardware

instalado no local, uma vez que tanto o cliente quanto os dispositivos de rede são necessários para a

conexão à nuvem. O canal continuará a desempenhar um papel vital na construção e manutenção

das infra-estruturas no local.

Distribuição de Recursos

A computação em nuvem requer ampla infra-estrutura e recursos que podem aumentar para suportar

aplicativos potencialmente acessados por milhões de usuários em qualquer ponto, de qualquer lugar.

Para muitas empresas, essa exigência torna o provisionamento de serviços em nuvem da

competência de grandes fornecedores de tecnologia que dispõem de recursos financeiros e técnicos

para construir grandes redes de centro de dados distribuídas. Isso não significa que as menores

empresas do canal não podem distribuir a computação em nuvem, mas isto realmente torna as coisas

um pouco mais difíceis.

Rápida Elasticidade

Consumidores de computação em nuvem devem ser capazes de ampliar e aumentar seu consumo de

tecnologia à vontade, ou pelo menos com maior velocidade do que a infra-estrutura convencional, no

local. Embora o canal possa atuar como corretor de serviços elásticos, os provedores de soluções têm

uma chance igual de ser desintermediado pela natureza de auto-atendimento de vários serviços de

computação em nuvem simplificados.

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Serviço Mensurado

A computação em nuvem é distribuída na maioria das vezes como uma despesa operacional, o que

significa que é um modelo de pagamento recorrente, previsível semelhante às cobranças de eletricidade e

telefone. O usuário final tem o acesso medido aos aplicativos e infra-estrutura pelo uso. Muitos provedores

de soluções estão em desacordo com os fornecedores de computação em nuvem sobre quem deve faturar

o cliente já que o faturamento é análogo à propriedade da conta. Mas o serviço medido exige que o

prestador tenha a capacidade de medir o consumo variável de serviços e o desempenho dessa função

muitas vezes só é possível pelo fornecedor de computação em nuvem. Alguns fornecedores estão

atendendo seus parceiros de canal no „meio do caminho‟ através do controle do processo de faturamento,

embora forneça ferramentas através do qual o revendedor possa faturar seus clientes.

A exceção à desintermediação são as entidades que foram criadas especificamente para capitalizar sobre

computação em nuvem. Esta classe pequena, mas emergente de negócios do canal está livre das

considerações legadas e limitações de negócios de vendas convencionais de hardware e software. Ainda não

está claro como essas empresas evoluirão na era da computação em nuvem. Por enquanto, eles estão

prosperando porque estão livres.

Considerações Adicionais do Canal A definição do NIST não abrange algumas das necessidades práticas e operacionais relacionadas à

computação em nuvem. Estas necessidades operacionais são fundamentais para o canal, que resumiremos

aqui. Cada um desses itens é „distribuível‟ e uma função na qual o canal pode oferecer serviço especializado e

de consultoria.

Acordos de serviço (SLAs)

A computação em nuvem é distribuída e administrada por provedores de terceiros. O desempenho da

distribuição do serviço é medido através de acordos de serviço, que especificam as expectativas do

consumidor em nuvem. SLAs adquirem maior importância quando a computação em nuvem é distribuída

como um conjunto de serviços gerenciados e monitorados por intermediários que distribuem no canal

múltiplas ofertas.

Conformidade com as regulamentações

Quando uma organização contrata ou assina um serviço em nuvem, está atribuindo o risco e a

responsabilidade ao provedor. Como parte do SLA ou outras métricas contratuais, os prestadores de

serviços e recursos em nuvem devem levar em conta questões de conformidade com as regulamentações,

tais como auditoria e inspeção, armazenamento de dados e informação, e orientação do processo e

procedimento, e resposta e concerto de serviços.

Segurança e privacidade

Um dos principais inibidores para a adoção de computação em nuvem são as preocupações de segurança

e privacidade. A definição do NIST não menciona nada em relação à segurança, mas os princípios

fundamentais de segurança - confidencialidade, integridade e disponibilidade - são essenciais para a

adoção de computação em nuvem. O canal pode servir como um consultor, assessor, e provedor de

serviços de segurança e privacidade para aqueles que distribuem ou adotam os serviços em nuvem.

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Transparência e visibilidade operacional

A computação em nuvem oferece o canal com uma janela para o uso da computação e tecnologia do

cliente que anteriormente não estava disponível. Os provedores de soluções podem usar a inteligência

adquirida a partir do consumo em nuvem para a prestação de serviços de monitoramento e otimização e

fazer recomendações para a melhoria de aplicativos e infra-estrutura.

Treinamento e suporte

A computação em nuvem está mudando o mecanismo de distribuição de aplicativos e infra-estruturas para

os consumidores finais. Mesmo se o canal é em parte desintermediado do processo de vendas e

operações, ainda pode desempenhar um papel vital como um consultor já que muitos usuários

necessitarão de suporte de treinamento e customização para assegurar que obtenham o retorno esperado

do investimento.

Conclusão Dado que é um meio e modelo de negócio dinâmico, a definição de computação em nuvem pode ser tão fútil

como caçar nuvens. Assim, as definições atuais são transitórias uma vez que inovações em tecnologia e

distribuição provavelmente trarão ainda mais mudanças.

A intenção da Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA – e o esforço do NIST diante disto -

é fornecer à indústria do canal um quadro e compreensão fundamental da computação em nuvem. É nossa

convicção que este esforço gerará uma maior clareza sobre as formas e as capacidades da computação em

nuvem, as ferramentas que medem seu desempenho, modelos de negócios otimizados para distribuição e

suporte, e, finalmente, a razão fundamental do retorno sobre o investimento para os consumidores. Como tal,

este trabalho deve ser visto como um começo tanto para a definição quanto para o entendimento das

aplicações práticas da computação em nuvem.

Sobre Nós Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA

A Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA é

um grupo colaborativo de provedores de tecnologia e

fornecedores, distribuidores, prestadores de serviços e

revendedores de computação em nuvem dedicado ao avanço da computação em nuvem no mercado global de

tecnologia. Nossa comunidade é dedicada à definição de tecnologias, modelos de negócios e melhores práticas

de computação em nuvem, à construção de ferramentas e recursos em nuvem, à criação e administração de

credencial profissional e à deliberação e resolução de questões relacionadas à evolução de desafios e

oportunidades de computação em nuvem. Nossa comunidade está decidida a promover a indústria e as normas

regulamentares que garantam a transparência, desempenho e integridade de plataformas, aplicativos e

negócios de computação em nuvem. Nosso objetivo subjacente é nada menos do que garantir alta qualidade e

desempenho na computação em nuvem entre todas as partes constituintes do mercado.

Para obter mais informações sobre a Comunidade de Computação em Nuvem/SaaS da CompTIA ou para se

envolver nas atividades de nossa comunidade, por favor, entre em contato através do email

[email protected].

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LIVRO BRANCO: Resumo da Computação em Nuvem para o Canal

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CompTIA

A CompTIA é a voz da indústria da tecnologia da informação (TI) no mundo. Seus integrantes são as empresas

na vanguarda da inovação e os profissionais responsáveis para maximizar os benefícios que organizações

recebem de seus investimentos em tecnologia. A CompTIA dedica-se ao avanço do crescimento da indústria

através de seus programas educacionais, pesquisa de mercado, eventos de rede, certificações profissionais, e

defesa de políticas públicas. Para obter mais informações, visite www.comptia.org ou nos siga no Twitter

através do link http://www.Twitter.com/comptia.

Autores Colaboradores

Lawrence M. Walsh, Presidente,

The 2112 Group

Brad DeSent , Presidente da Comunidade,

Apex Consulting Group

Chris Chase, Integrador de

Soluções, Directive

Denna Mensch, Vice

Presidente, Synnex

Corporation

Frank Hughes,

Presidente, Cloud

Services Depot

Jim Chow,

Gerente Sênior, Google Apps Channels Google

Kunjal Trivedi,

Estrategista de Serviços Gerenciado, Cisco

Michael Proper,

Diretor-presidente,

Clear Center

Richard Stopa, Dirigente,

ICC Global Hosting

Shiv Kumar,

Vice Presidente Executivo, ZSL Inc.

Stephen Cho,

Diretor, Google Apps Channels Google

Terry Calloway, Presidente,

Data Technique, Inc.

Tricia Wurts, Presidente,

Wurts & Associates

Dave Sobel, Diretor-presidente,

Evolve Technologies

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© 2010 The Computing Technology Industry Association, Inc. Todos os direitos reservados. CompTIA é um marca registrada americana da CompTIA, Inc. Security Trustmark é uma marca comercial da CompTIA, Inc. Outros produtos e nomes

de empresas aqui mencionados podem ser marcas comerciais de suas respectivas empresas. A reprodução ou divulgação é proibida sem consentimento por escrito da CompTIA. Impresso nos EUA 01-1818 – em Setembro de 2010.