8
Worldwide Vineyards A Reenxertia da Videira em T-bud e Chip-bud Os Trabalhos Preparatórios e de Manutenção

2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

Worldwide Vineyards

A Reenxertia da Videira em T-bud e Chip-bud

Os Trabalhos Preparatórios

e de Manutenção

Page 2: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

O sucesso de uma operação da reenxertia é condicionado pela boa qualidade dos trabalhos preparatórios e de acompanhamento dos estaleiros. Para os trabalhos post-enxertia, considera-se a necessidade em mão-de-obra para 4500 cepas a 1 pessoa a tempo completo durante 3 meses. O ano seguinte, e salvo acidente, a vinha reenxertada conhece um desenvolvimento normal e não pede nenhum cuidado específico. A colheita é geralmente abundante.

1- FASE PRE-ENXERTIA : OS TRABALHOS PREPARATORIOS A- A PREPARAÇÃO DAS VARAS DE GARFOS ���� Recolha e acondicionamento As varas de garfos são os sarmentos que fornecerão os “olhos”. Período de toma : possível desde o começo do inverno se um período mínimo de frio (descanso vegetativo) teve lugar, e imperativamente antes de qualquer sinal de novo crescimento vegetativo da videira (lágrimas). Com boas condições de conservação, as varas de garfos podem ser utilizadas durante vários meses. Recolha dos sarmentos : antes ou durante os trabalhos de poda. Contar 2 a 3 olhos por enxêrto. � As varas escolhidas devem apresentar um diâmetro médio (aproximadamente 8 mm), com longos merítalos e gomos francos. Seleccionar sarmentos longilíneos (80 à 100 cm de comprimento). Evitar os sarmentos com malformações e anomalias. Excluir igualmente os gomos com grandes netos (> 5mm). Cortar os mais pequenos netos a base dos gomos. Suprimir as eventuais gavinhas sobre os nós ao oposto dos gomos, a base dos pedúnculos. � É absolutamente necessário recolher os gomos revestidos pela escama . De facto, se a escama protectora é aberta ou caida, os gomos cotanilhosos desidratarão-se de modo irremediável, mesmo se as condições de conservação parecem ótimas (sacos, câmara de frio, humidificador…). Se alguns olhos só aparecem cotanilhosos durante a recolha, é prudente prever uma quantidade de varas mais importante. Se muitos de ellos estão desenvolvidos, aconselhamos mudar a parcela onde estão recolhidos. � Confeccionar os sarmentos em feixes (a contagem será mais fácil), dispostos no mesmo sentido. As varas de garfos devem imediatamente ser condicionadas e abrigadas após a recolha . O frio, o sol e o vento desidratam-os, e comprometem a qualidade deles.

DEFEITOS DA VARA DE GARFO

VARA DE GARFO OPTIMA : Diâmetro : cerca de 8 mm, sem gavinhas e relativamente

direita

1- Fibras trituradas 2- Gavinha 3- Necrose e feridas 4- Neto vigoroso 5- Diâmetro o corvatura demasiado acentuado

Page 3: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento. Embrulhar os feixes em sacos de tela ou jornais molhados, dobrados de sacos de plástico resistentes e furados com pequenos orifícios para favorecer a ventilação. Prestar atenção durante o transporte. Os gomos são frágeis e devem ser manipulados com cuidado. Colocar os sacos o mesmo dia em câmara de frio : temperatura de 4 a 5° Celsius e umidade cerca de 90%. Controlo de vigor : para garantir a segurança do projecto de reenxertia, e poder encontrar outras varas de garfos, é necessário controlar o estado de frescor delas uma vez por mês . Procedimento do teste : retirar uma amostra representativa de algunas varas nos sacos, colocando-as dentro de um recipiente com água, em posição vertical, ao interior e atrás de uma janela exposta ao sol. Se as condições de conservação forem boas, em menos de duas semanas todos os rebentos começarão a crescer. Se, ao contrário, apenas alguns deles se desenvolverem, é necessário proceder à uma nova recolha de varas.

���� Utilização Antes da utilização : 48 a 24 horas antes do início da enxertia, retirar as varas de garfos da câmara de frio. As varas colocam-se à rehidratar em posição vertical, em recipiente com 25 à 30 cm de água, e ao abrigo (sol, vento). Será prudente retirar a quantidade de sarmentos necessária para quatro à cinco dias de intervenção. As varas restantes se retirarão a medida da progressão das obras, ou para uma segunda passagem dos primeiros enxertos. Duração da rehidratação : variável. Depende das variedades e do frescor do material. Se as varas se encontrarem extremamente frescas e saudáveis, podem ser utilizadas assim que são retiradas da câmara fria. Mas, de um modo geral, aconselhamos que sejam rehidratadas durante 1 à 2 dias antes do início da enxertia, protegidas do calor e da luz, para não favorecer um abrolhamento prematuro dos gomos. Caso ocorra algum contratempo no decorrer dos trabalhos, é essencial que se embrulhem e coloquem de novo na câmara fria. A imersão completa dos feixes deve proscrever-se, porque pode induzir uma má apreciação do estado de frescor real dos garfos, que tornam-se artificialmente inchados. De facto, quando o material é de boa qualidade, em poucas horas a rehidratação ocorrerá naturalmente, num movimento ascendente a partir da base. Os rebentos de má qualidade que não beneficiarão da rehidratação, serão mais facilmente detectados (apresentam um aspecto oxidado, cotonígero ou contraído). A rehidratação das varas de garfos ajuda a amolecer a madeira e facilitar assim un corte nitido dos garfos. Por outro lado, se a madeira esteve molhada por demasiado tempo, existe o risco ver os gomos abrolhar prematuramente o aprodecer. Notas : se a presença de gelo ou de geada for constatada dentro dos sacos de conservação das varas é cuidado cancelar a enxertia com este material, porque os gomos podem resultar gelados e os danos são dificeis de apreciar visualmente. Por contra, a presença de bolor nos feixes é uma prova de boa conservação higrométrica. É possivel eliminar o bolor mergulhando, os feixes um momento num banho de desinfectante (fungicida).

Page 4: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

B- A DESCASQUE

A descasque das cepas é indispensável. Além de um ganho de tempo considerável no momento da enxertia, a descasque dá a possibilidade de melhor apreciar o estado sanitário do tronco, de posicionar o garfo à melhor lugar, e de tornar a fita de ligadura mais estanque. Trata-se de seleccionar uma superfície saudável, lisa e plana entre dois merítalos em volta do tronco. A descasque consiste na remoção da casca velha (cortiça morta), sem danificar as partes verdes e vivas da planta. Recomenda-se proceder a descasque após uma chuva de inverno, com uma escova, uma luva abrasiva, uma correia dentada, ou também com uma máquina de despampanar. C- ADUBOS E FERTILIZANTES Teoricamente, a fertilização não é necessária. A ideia principal que deve guiar o viticultor é de não surpreender as videiras com um comportamento desusado durante o ano da enxertia. As videiras em que normalmente se procede a um tratamento anual com fertilizantes, devem ser tratadas da mesma forma, ou com um ligeiro decréscimo, no Inverno anterior à operação de enxertia. As que não costumam sofrer qualquer tratamento deverão também continuar a ser tratadas da forma habitual. Quando a vinha se encontra particularmente fraca ou se desenvolveu de forma invulgar, pode recorrer-se a uma pequena dose de azoto. Ao contrário, uma vinha nova e vigorosa nunca deve ser fertilizada, dado que é muito mais difícil corrigir um excesso de vigor e seiva do que uma carência.. D- TRATAMENTOS FITOSSANITARIOS Antes a reenxertia, nenhum tratamento fitossanitário é necessário, excepto doença grave. São formalmente proibidos os 8 dias que precedem a intervenção dos enxertadores . E- PODA DE INVERNO Trata-se de realizar uma poda clássica de frutificação. Em efeito, um programa de reenxertia pode ser anulado por diferentes razões (maus garfos, mau tempo, acidente do enxertador....), e é importante poder preservar a colheita em casos de não enxertia. Recomendamos proceder à uma poda normal, mas "acelerada". Em efeito, cortar as videiras de maneira cuidada e definitiva é uma despesa que pode ser evitada. Conservar todos os ramos do ano é inconcebível, seria então impossível retirar-os dos arames e das videiras em Maio-Junho. F- OUTRAS TAREFAS Antes que os trabalhos de reenxertia começam realmente, convem igualmente pensar à: - instalar um sistema de irrigação - afastar os tutores e suprimir os vínculos existentes - efectuar uma monda manual - despampar as cepas (15 dias antes) - fixar os arames de suporte da amarra

Page 5: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

2- FASE POST-ENXERTIA : OS TRABALHOS DE MANUTENÇÃ O A- A DECAPITAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA VARA TERMINAL

A efectuar 48 horas após a reenxertia. O objectivo consiste em suprimir a velha vegetação das cepas para limitar o excesso de concorrência e de vigor, assim de favorecer o garfo. A operação consiste em encurtar os braços ou troncos à altura do forcado, ou dois nós acima do ponto de enxertia (20 cm mínimo). Cuidado : é necessário manter uma vara terminal acima do ponto de enxertia, e só uma. A vara terminal assegura a vitalidade aérea da cepa, e permite manter a cepa em vida em caso de fracasso da enxertia. 48 horas apos a reenxertia : suprimir os braços ou varas, sem tesourar o tronco, conservando uma vara terminal acima da cepa durante 10 a 12 dias.

12 dias apos a reenxertia : a vara terminal encurta-se a 1 folha e mantem-se as sim no momento de cada despampa semanal.

+ 12

Page 6: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

���� A Vara Terminal:

Em resumo, conhece 3 etapas :

1ra Fase : Conservação de uma vara terminal

No momento da decapitação, preserva-se um ramo inteiro que tem função de vara terminal. A vara terminal permite limitar o traumatismo causado pela supressão da folhagem, e favorecer naturalmente um fluxo de seiva ascendente. A vara terminal é mantida durante 10 à 12 dias máximo. 2nda Fase : Encurtar a vara terminal a uma só folha

No fim destes 12 dias, reduz-se a vara terminal a uma folha (ou um gomo). Se lo reduz assim cada semana. O olho ou o gomo podem ser renovados. 3ra Fase : Crescimento desimpedido da vara terminal pe los enxertos > 120cm

Logo que os enxêrtos atingem 120 cm de comprimento, a vara terminal é deixada em crescimento desimpedido. Na presente fase, não faz concorrência mais ao enxêrto; pelo contrário, atenua o seu vigor. Além disso, permite a planta de acumular um máximo de reservas pela fotossíntese, o que preservará a planta durante o Inverno, ou em caso de acidente do enxêrto. A vara terminal será removida quando encurtar o tronco, na epoca da poda invernal. É às vezes necessário manter a vara terminal até ao segundo ano, nomeadamente quando os enxêrtos são excessivamente frágeis e doentes (diâmetro < 1 cm), ou quando as cepas devem ser reenxertadas. Logo que o enxêrto eleva-se acima do tronco (>120 cm de comprimento ou diâmetro >3 cm), então a vara terminal é definitivamente suprimida. B- A REGA Uma rega abundante (15 à 20 litros por cepa) deve o brigatoriamente ser efectuada no momento da floração , que as videiras foram enxertadas ou devam ser-o. A rega tem por objectivo de reactivar a corrente de seiva no momento crítico em que tem tendência para abrandar. Se a intervenção tem lugar mais de uma semana após a floração, convem regar ou repetir a rega 24 a 48 horas antes do começo dos trabalhos. Podemos pedir-os efectuar regas suplementares em certos casos, por exemplo: - uma primeira rega que se revelou insuficiente, - despampas tardias que provocaram “paragens de seiva”, - apodrecimento do olho primário (então o objectivo é favorecer o abrolhamento de olhos laterais), - em caso de ano particularmente frio. Para ser eficazes, os contributos de água devem ser importantes e situados no primeiro solo (raizes activas); quer à razão de 15 a 20 litros/cepa em superfície (perda, evaporação), quer cerca de 5 à 6 litros/cepa quando a irrigação é enterrada (injector).

Page 7: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

C- A DESPAMPA A supressão dos sarmentos e ladrãos é a condição essencial de um bom sucesso da enxertia . Deve ser completa e repetida tanto que necessário d urante dois ou três meses , segundo o vigor e repetição deles, e de maneira mais espaçada em seguida. Em efeito, os pâmpanos podem impedir o abrolhamento do enxêrto, desviam as correntes de seivas, e impedem a lignificação dos ramos. Por conseguinte, os troncos devem manter-se isentos de qualquer vege tação supérflua . Convem cessar despampar quando o enxêrto atinge 120 cm de comprimento. D- TUTORAGEM A refazer ou consolidar. Os tutores devem ser instalados nas três semanas que seguem a reenxertia. Os enxêrtos são frágeis e muito sensíveis ao peso e ao vento no primeiro ano. Para evitar que os enxêrtos quebrem-se ou descolem- se, é necessário turorar-os e amarrar-os , o que deve ser efectuado cada 15/20 cm de crescimento adicional , segundo uma frequência semanal. Em fim de temporada, sem decotar-os, os enxêrtos estan enrolados sobre o arame superior da amarra.

E- CONTROLO DE ERVAS DANINHAS E TRABALHO DO SOLO

Um solo coberto de ervas mantido sob controlo não é prejudicial à enxertia.

Uma oxigenação à nível do primeiro solo é um factor favorável, na medida que a concorrência permanece muito moderada (triturações ou tosquias regulares).

Inversamente, um crescimento descontrolado das ervas daninhas é realmente nocivo, e pode não somente comprometer o sucesso da reenxertia, mas igualmente contrariar a sobrevivência das cepas decapitadas.

Page 8: 2012 NOTE GREFFONS TPE BA4 2012 PORT - advid.pt preparatorios manutencao.pdf · Armazenamento : Umedecer os feixes (borrifo, gotinhas) para manter uma umidade útil durante o armazenamento

A monda quimica deve excluir-se desde um mês antes a reenxertia, e até ao fim da temporada estival , os efeitos dos herbicidas podendo verdadeiramente revelar-se catastroficos. Por conseguinte, a unica monda possivel é mecânica ou manual , cuidando de não sacudir as cepas, e projectar nada sobre os gomos. A trituração ou a tosquia das ervas daninhas são completamente necessarias, assim que se começam a desenvolver. Observou-se desde numerosos anos, que as parcelas cujo as fileiras e os espaçamentos entre deles são trabalhados, dão melhores resultados em termos de percentagem de sucesso (pegamento), crescimento e homogeneidade dos enxertos. F- TRATAMENTOS FITOSSANITARIOS Devido ao seu desfasamento vegetativo, as videiras reenxertadas são pouco sensíveis as doenças criptogâmicas de Primavera e início de Verão. Tornam-se sensíveis quando a folhagem desenvolve-se largamente e o crescimento abranda. Os tratamentos do fim de temporada são pelo contrário indispensáveis para assegurar a lignificação e a perenidade dos enxêrtos. Todas as intervenções devem ser efectuadas em função da folhagem moderada dos enxêrtos, e utilizando o pulverizador a baixa pressão para não sacudir nem quebrar os enxêrtos. Viroses e fungos da madeira não desaparecem com a reenxertia.

Worldwide Vineyards BP 16 83660 Carnoules - France Tel : +33 0494 006 200 - Fax : +33 0494 573 774 - Email : [email protected] SARL au capital de 17600 Euros - RCS Toulon 2005 B 01142 – Code APE 0161Z – SIRET 332 147 552 00043 – TVA : FR 80 332 147 552

www.wo rldwide-vineyards.com