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Apresentação

O livro Preparatório para Residência em Fisioterapia - 490 Questões Comentadas é o mais organiza-do e completo livro para os Fisioterapeutas que desejam ser aprovados nas provas de residências do Brasil. Fruto de um rigoroso trabalho de seleção de questões de concursos e elaboração de novos conteúdos, atende às mais diversas áreas de conhecimento em Fisioterapia.

A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fundamental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames em Fisioterapia:

1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores especializados.

2. 100% das questões são de concursos passados.

3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nos concursos.

4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.

5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o seguinte mo-delo:

FÁCIL

INTERMEDIÁRIO

DÍFICIL

Bons Estudos!

Leandro Pinto LimaEditor

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Sumário

1. Anatomia e fisiologia humana ........................................................................................... 23Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz1. Sistema Musculoesquelético .......................................................................................................................... 232. Sistema nervoso ............................................................................................................................................ 283. Sistema Genito-Urinário ................................................................................................................................ 314. Sistema Respiratório ..................................................................................................................................... 325. Sistema Cardiovascular .................................................................................................................................. 366. Sistema endócrino ......................................................................................................................................... 397. Sistema Tegumentar ...................................................................................................................................... 408. Sistema Digestório ........................................................................................................................................ 41

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 421. Introdução .................................................................................................................................................... 422. Noções básicas em anatomia humana ............................................................................................................. 42

2.1. Terminologia básica ............................................................................................................................................................ 423. Sistemas do corpo humano............................................................................................................................. 43

3.1. Sistema tegumentar ........................................................................................................................................................... 433.2. Complexo neuromusculoesquelético .................................................................................................................................. 46

3.2.1. Sistema ósseo ........................................................................................................................................................ 463.2.1.1. Divisão do esqueleto .............................................................................................................................................. 473.2.1.2. Esqueleto axial ...................................................................................................................................................... 473.2.1.3. Esqueleto apendicular ........................................................................................................................................... 483.2.2. O sistema articular ................................................................................................................................................. 493.2.3. O sistema muscular ................................................................................................................................................ 50

Referências Bibliográficas ................................................................................................................................... 51

2. Cinesiologia, biomecânica, cinesioterapia e terapia manual ................................................ 53Ana Carolina Freitas, Cleber Luz e Aila Almeida1. Biomecânica da marcha humana .................................................................................................................... 532. Cinesiologia/cinesioterapia ............................................................................................................................ 563. Recursos terapêuticos manuais ...................................................................................................................... 64

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 701. Introdução .................................................................................................................................................... 702. Princípios mecânicos do movimento humano .................................................................................................. 703. Áreas de atuação ........................................................................................................................................... 714. Metodologia da análise do movimento ........................................................................................................... 71

4.1. Cinemetria .......................................................................................................................................................................... 714.2. Dinamometria .................................................................................................................................................................... 714.3. Antropometria .................................................................................................................................................................... 724.4. Eletromiografia .................................................................................................................................................................. 72

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12 Preparatório para Residência em Fisioterapia

5. Análise biomecânica do movimento ................................................................................................................ 725.1. Campos de investigação ..................................................................................................................................................... 72

5.1.1. Anatomia funcional ............................................................................................................................................... 725.1.2. Cinemática ............................................................................................................................................................. 735.1.3. Cinética .................................................................................................................................................................. 74

6. Leis de Newton ............................................................................................................................................. 747. Força X Torque ............................................................................................................................................... 748. Movimento estático X Movimento dinâmico .................................................................................................... 759. Centro de gravidade ...................................................................................................................................... 7510. Sistemas de alavancas ................................................................................................................................... 75

10.1. Alavanca de 1° Classe ou interfixa; ...................................................................................................................................... 7610.2. Alavanca de 2° Classe ou interresistente ............................................................................................................................ 7610.3. Alavanca de 3° Classe; ......................................................................................................................................................... 77

11. Cinesiologia do esqueleto axial ...................................................................................................................... 7711.1. Princípios da biomecânica da coluna .................................................................................................................................. 7711.2. Análise cinesiológica da coluna vertebral ........................................................................................................................... 7911.3. Análise articular .................................................................................................................................................................. 79

11.3.1. Função do disco intervertebral .............................................................................................................................. 7911.4. Análise segmentar ............................................................................................................................................................. 80

12. Coluna cervical .............................................................................................................................................. 8013. Coluna torácica .............................................................................................................................................. 8014. Coluna lombar .............................................................................................................................................. 8015. Cinesiologia dos membros inferiores ............................................................................................................... 81

15.1. Anatomia funcional do MMII .............................................................................................................................................. 8115.1.1. Ritmo lombo-pélvico no movimento de flexão ...................................................................................................... 8115.1.2. Ritmo lombo-pélvico no movimento de extensão ................................................................................................ 8215.1.3. Ritmo lombo-pélvico em sedestração ................................................................................................................... 82

15.2. Considerações cinesiológicas sobre o quadril ...................................................................................................................... 8315.3. Ângulo de inclinação .......................................................................................................................................................... 8315.4. Análise cinemática do quadril ............................................................................................................................................. 8415.5. Considerações cinesiológicas sobre o joelho........................................................................................................................ 8415.6. Ângulo Q ............................................................................................................................................................................. 84

15.6.1. Desvios em valgo e varo do joelho ......................................................................................................................... 8415.6.2. Função do complexo articular do joelho ................................................................................................................ 84

15.7. Considerações cinesiológicas sobre o complexo tornozelo-pé ............................................................................................. 8515.7.1. Anatomofisiologia do tornozelo-pé ....................................................................................................................... 85

16. Cinesiologia dos membros superiores ............................................................................................................. 8716.1. Complexo do ombro ............................................................................................................................................................ 87

16.1.1. Articulação escapulotorácica ................................................................................................................................. 8716.1.2. Articulação esternoclavicular ................................................................................................................................. 8716.1.3. Articulação acromioclavicular ................................................................................................................................ 8716.1.4. Articulação glenoumeral ....................................................................................................................................... 8816.1.5. Estabilização dinâmica .......................................................................................................................................... 8816.1.6. Ritmo escapuloumeral ........................................................................................................................................... 88

16.2. Complexo do cotovelo ......................................................................................................................................................... 8816.2.1. Amplitude de movimento ...................................................................................................................................... 88

Referências bibliográficas ................................................................................................................................... 89

3. Recursos eletrotermofototerapêuticos e mecanoterapêuticos ............................................. 91Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz1. Eletroterapia ................................................................................................................................................. 912. Termoterapia ................................................................................................................................................ 95

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13Sumário

3. Fototerapia ................................................................................................................................................... 1014. Mecanoterapia .............................................................................................................................................. 104

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 1051. Bases biofísicas dos agentes eletrofísicos ........................................................................................................ 105

1.1. Breve histórico sobre as correntes elétricas ......................................................................................................................... 1051.2. Conceitos importantes em eletroterapia ............................................................................................................................. 105

1.2.1. Corrente elétrica .................................................................................................................................................... 1051.2.2. Resistência ............................................................................................................................................................. 1061.2.3. Frequência ............................................................................................................................................................ 1061.2.4. Largura de pulso .................................................................................................................................................... 1061.2.5. Intervalo interpulso ............................................................................................................................................... 1071.2.6. Intensidade ............................................................................................................................................................ 1071.2.7. Formato do Pulso ................................................................................................................................................... 107

2. Representação gráfica das correntes ............................................................................................................... 1082.1. Classificação das correntes .................................................................................................................................................. 108

3. Descrição qualitativa das correntes ................................................................................................................. 1084. Classificação ................................................................................................................................................. 109

4.1. Eletroterapia de baixa frequência: 1 a 1000 Hz ................................................................................................................... 1094.2. Eletroterapia de média frequência: 1000 Hz a 100.000Hz ................................................................................................... 1094.3. Eletroterapia de alta frequência: acima de 100.000 Hz ....................................................................................................... 109

5. Neurofisiologia da dor ................................................................................................................................... 1095.1. Aspectos periféricos da dor ................................................................................................................................................. 1105.2. Neurotransmissores da via nociceptiva ............................................................................................................................... 1105.3. Aspectos centrais da dor .................................................................................................................................................... 1105.4. Teoria das comportas medulares ........................................................................................................................................ 1115.5. Modulação endógena da dor ............................................................................................................................................. 112

6. Reparo tecidual ............................................................................................................................................. 1136.1. Etapas do reparo tecidual.................................................................................................................................................... 114

6.1.1. Fase hemorrágica ................................................................................................................................................... 1146.1.2. Fase inflamatória ................................................................................................................................................... 1156.1.2.1. Inflamação neurogênica ........................................................................................................................................ 1156.1.3. Fase proliferativa ................................................................................................................................................... 1176.1.4. Fase de remodelamento ........................................................................................................................................ 118

7. Corrente galvânica ........................................................................................................................................ 1187.1. Polaridade .......................................................................................................................................................................... 1197.2. Efeitos fisiológicos .............................................................................................................................................................. 1197.3. Indicações clínicas............................................................................................................................................................... 1207.4. Contraindicações................................................................................................................................................................. 120

8. Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) ........................................................................................... 1208.1. Teoria das comportas medulares ........................................................................................................................................ 1208.2. Modulação endógena da dor ou liberação dos opiatos ....................................................................................................... 1208.3. Características da corrente TENS ......................................................................................................................................... 120

8.3.1. Frequência ............................................................................................................................................................. 1218.3.2. Largura de pulso .................................................................................................................................................... 1218.3.3. Intensidade ............................................................................................................................................................ 121

8.4. Modalidades do TENS.......................................................................................................................................................... 1218.4.1. TENS Convencional ................................................................................................................................................ 1218.4.2. TENS acupuntura ................................................................................................................................................... 1218.4.3. TENS breve intenso ................................................................................................................................................ 1218.4.4. TENS BURST ou Trens de Pulso ............................................................................................................................... 122

8.5. Disposição dos eletrodos .................................................................................................................................................... 1228.6. Indicações ........................................................................................................................................................................... 1228.7. Efeitos colaterais do TENS.................................................................................................................................................... 122

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14 Preparatório para Residência em Fisioterapia

8.8. Contraindicações................................................................................................................................................................. 1229. Eletroestimulação funcional (FES) ................................................................................................................... 122

9.1. Fisiologia ........................................................................................................................................................................... 1239.2. Parâmetros ........................................................................................................................................................................ 1239.3. Objetivos............................................................................................................................................................................. 1249.4. Indicações .......................................................................................................................................................................... 124

10. Ultrassom terapêutico ................................................................................................................................... 12410.1. Física do ultrassom ............................................................................................................................................................. 12410.2. Produção de ondas ............................................................................................................................................................. 12410.3. Frequências terapêuticas do ultrassom .............................................................................................................................. 12510.4. Ciclo de trabalho (variação) ................................................................................................................................................ 12510.5. Comportamento do ultrassom à medida que se propaga através dos tecidos .................................................................... 126

10.5.1. Atenuação ............................................................................................................................................................. 12610.5.2. Absorção ................................................................................................................................................................ 12610.5.3. Reflexão ................................................................................................................................................................. 126

10.6. Efeitos fisiológicos não-térmicos ......................................................................................................................................... 12610.7. Efeitos terapêuticos não térmicos ....................................................................................................................................... 12610.8. Efeitos fisiológicos térmicos ................................................................................................................................................ 12710.9. Efeitos terapêuticos térmicos .............................................................................................................................................. 12710.10. Técnicas de aplicação ........................................................................................................................................................ 12710.11. Manipulação do cabeçote transdutor ................................................................................................................................ 12710.12. Dosimetria ........................................................................................................................................................................ 12710.13. Intensidade ....................................................................................................................................................................... 12810.14. Duração do tratamento ..................................................................................................................................................... 128

11. Modalidades de fototerapia ........................................................................................................................... 12811.1. Princípios biofísicos das fontes luminosas .......................................................................................................................... 12811.2. Radiação infravermelha ...................................................................................................................................................... 129

11.2.1. Fontes de RIV ......................................................................................................................................................... 12911.2.2. Propriedades.......................................................................................................................................................... 12911.2.3. Dosimetria ............................................................................................................................................................. 13011.2.4. Técnicas de aplicação ............................................................................................................................................. 13011.2.5. Indicações .............................................................................................................................................................. 13011.2.6. Contraindicações .................................................................................................................................................... 130

11.3. Radiação ultravioleta .......................................................................................................................................................... 13011.3.1. Classificação .......................................................................................................................................................... 13011.3.2. Efeitos fisiológicos ................................................................................................................................................. 13011.3.3. Dosimetria ............................................................................................................................................................. 131

11.4. Laserterapia ........................................................................................................................................................................ 13111.4.1. Tipos de laser ......................................................................................................................................................... 13211.4.2. Formas de aplicação .............................................................................................................................................. 13211.4.3. Efeito terapêutico do LASER ................................................................................................................................... 13211.4.4. Cicatrização de tecidos ........................................................................................................................................... 13311.4.5. Analgésico ............................................................................................................................................................. 13311.4.6. Princípios de aplicação ........................................................................................................................................... 13311.4.7. Dosagem do LASER ................................................................................................................................................ 13311.4.8. Perigos e contraindicações ..................................................................................................................................... 133

Referências Bibliográficas ................................................................................................................................... 133

4. Ética, bioética e deontologia ............................................................................................. 135Ana Carolina Freitas1. Ética e bioética .............................................................................................................................................. 1352. Código de ética e deontologia da fisioterapia .................................................................................................. 140

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15Sumário

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 1431. Ética ............................................................................................................................................................. 1432. Bioética ........................................................................................................................................................ 1443. Bioética e saúde pública ................................................................................................................................ 1464. Aspectos éticos na pesquisa com seres humanos .............................................................................................. 1465. Ética profissional .......................................................................................................................................... 147

5.1. Deontologia ........................................................................................................................................................................ 1475.2. Código de ética profissional ................................................................................................................................................ 1475.3. Código de ética do fisioterapeuta ........................................................................................................................................ 147

Referências Bibliográficas ................................................................................................................................... 151

5. Fisioterapia em geriatria e gerontologia ............................................................................ 153Aline Polti1. Políticas públicas direcionadas à população idosa ............................................................................................ 1532. Aspectos do processo de envelhecimento ........................................................................................................ 1553. Síndromes, patologias geriátricas e complicações no idoso ............................................................................... 1594. Fisioterapia em saúde do idoso ....................................................................................................................... 164

4.1. Avaliação e intervençâo ...................................................................................................................................................... 1644.2. Escalas de avaliação ............................................................................................................................................................ 171

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 1731. Aspecto políticos e epidemiológicos do envelhecimento ................................................................................... 173

1.1. Envelhecimento ativo ......................................................................................................................................................... 1741.2. Estatuto do Idoso ................................................................................................................................................................ 175

2. Bases anatômicas e fisiológicas da geriatria ................................................................................................... 1752.1. Sistema locomotor ............................................................................................................................................................. 1752.2. Sistema neurológico ........................................................................................................................................................... 1762.3. Sistema sensorial ................................................................................................................................................................ 1762.4. Sistema cardiovascular ....................................................................................................................................................... 1762.5. Sistema respiratório ............................................................................................................................................................ 1772.6. Sistema urinário ................................................................................................................................................................. 177

3. Fisiologia do envelhecimento ......................................................................................................................... 1774. Síndromes Geriátricas .................................................................................................................................... 179

4.1. Escalas de avaliação ............................................................................................................................................................ 1795. Principais patologias que acometem os idosos ................................................................................................. 179

5.1. Insuficiência cognitiva (demências, depressão, delirium) ................................................................................................... 1795.1.1. Demencia de Alzheimer (DA) ................................................................................................................................. 1805.1.2. Demência por Corpúsculo de Lewy ........................................................................................................................ 1805.1.3. Demência Frontotemporal (DFT) ........................................................................................................................... 1805.1.4. Demência Huntington (DH) ................................................................................................................................... 1805.1.5. Demências vasculares ............................................................................................................................................ 1805.1.6. Paralisia supranuclear progressiva ......................................................................................................................... 1805.1.7. Hidrocefalia de Pressão Normal (Hpn) ................................................................................................................... 1815.1.8. Depressão .............................................................................................................................................................. 1815.1.9. Delirium ................................................................................................................................................................. 181

5.2. Imobilidade ........................................................................................................................................................................ 1815.3. Incontinência urinária e fecal .............................................................................................................................................. 1825.4. Instabilidade postural ......................................................................................................................................................... 1835.5. Insuficiência familiar (e a institucionalização) .................................................................................................................... 183

6. Condições especiais na prática ........................................................................................................................ 1836.1. Artropatias .......................................................................................................................................................................... 1836.2. Osteoporose e fraturas ........................................................................................................................................................ 1846.3. Fraturas de quadril .............................................................................................................................................................. 184

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16 Preparatório para Residência em Fisioterapia

6.4. Tonturas e quedas ............................................................................................................................................................... 1856.5. Síndrome da Fragilidade ..................................................................................................................................................... 1856.6. Doença de Parkinson .......................................................................................................................................................... 1866.7. Cardiopatias ........................................................................................................................................................................ 186

6.7.1. Insuficiência cardíaca ............................................................................................................................................. 1876.7.2. Angina .................................................................................................................................................................. 1876.7.3. Cardiopatia isquêmica crônica ............................................................................................................................... 1876.7.4. Infarto agudo do miocárdio ................................................................................................................................... 187

6.8. Diabetes ............................................................................................................................................................................. 1887. Fisioterapia geriátrica.................................................................................................................................... 188Referências ........................................................................................................................................................ 189

6. Fisioterapia Neurofuncional .............................................................................................. 193Rafael Mota1. Doenças, síndromes neurológicas e trauma raquimedular ................................................................................ 193

1.1. Afecções, alterações e síndromes neurológicas ................................................................................................................... 1931.2. Lesões de nervos e plexos ................................................................................................................................................... 2021.3. Traumatismo raquimedular ................................................................................................................................................ 203

2. Avaliação em fisioterapia neurofuncional ....................................................................................................... 2052.1. Avaliação neurofuncional ................................................................................................................................................... 2052.2. Escalas, testes e índices ....................................................................................................................................................... 2062.3. Avaliação e distúrbios da marcha ........................................................................................................................................ 2102.4. Classificação internacional de funcionalidade ..................................................................................................................... 214

3. Reabilitação neurofuncional .......................................................................................................................... 215

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 2241. Revisão sobre neuroanatomia e neurofisiologia .............................................................................................. 224

1.1. Neurônios ........................................................................................................................................................................... 2241.2. Neuroglia ............................................................................................................................................................................ 2251.3. Condução do impulso nervoso ............................................................................................................................................ 2251.4. Transmissão sináptica ......................................................................................................................................................... 2261.5. Função dos nervos periféricos ............................................................................................................................................. 226

2. Neuroplasticidade ......................................................................................................................................... 2272.1. Plasticidade no adulto ........................................................................................................................................................ 228

3. Avaliação clínica do paciente neurológico........................................................................................................ 2283.1. Medidas discriminativas ..................................................................................................................................................... 2283.2. Medidas de previsão ........................................................................................................................................................... 2293.3. Medidas de avaliação .......................................................................................................................................................... 2293.4. Medidas funcionais: ............................................................................................................................................................ 2293.5. Medidas de qualidade de vida ............................................................................................................................................ 229

4. Principais doenças neurológicas ..................................................................................................................... 2294.1. Doença de Parkinson .......................................................................................................................................................... 229

4.1.1. Repercussões funcionais da doença de Parkinson .................................................................................................. 2304.2. Acidente vascular encefálico .............................................................................................................................................. 231

4.2.1. Como ocorre o AVE? ............................................................................................................................................... 2314.2.2. Acidente vascular encefálico isquêmico ................................................................................................................. 2314.2.3. Acidente vascular encefálico hemorrágico ............................................................................................................. 2314.2.4. Conduta fisioterapêutica no AVE ............................................................................................................................ 231

4.3. Traumatismo cranioencefálico (TCE) ................................................................................................................................... 2324.3.1. Fisiopatologia do TCE ............................................................................................................................................. 2324.3.2. Intervenção terapêutica no paciente com TCE ........................................................................................................ 232

4.4. Doença de Alzheimer .......................................................................................................................................................... 2334.4.1. Quadro Clínico........................................................................................................................................................ 233

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17Sumário

4.4.2. Tratamento ............................................................................................................................................................ 2334.5. Síndrome de Guillain-Barré (SGB) ....................................................................................................................................... 233

4.5.1. Tratamento ............................................................................................................................................................ 2334.6. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) .................................................................................................................................... 234

4.6.1. Tratamento ............................................................................................................................................................ 2344.7. Traumatismo raquimedular ................................................................................................................................................ 234

4.7.1. Lesão Completa ..................................................................................................................................................... 2344.7.2. Lesões Incompletas ............................................................................................................................................... 2344.7.3. Tratamento ............................................................................................................................................................ 235

Referências ........................................................................................................................................................ 235

7. Fisioterapia em Ortopedia, Traumatologia e Reumatologia ................................................. 239Rafael Mota1. MMSS e MMII: patologias, disfunções, avaliação e reabilitação ........................................................................ 2392. Coluna vertebral: patologias, disfunções, avaliação e reabilitação .................................................................... 2513. Patologias reumatológicas ............................................................................................................................. 2544. Testes e escalas em ortopedia e traumatologia e reumatologia ........................................................................ 262

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 2691. Ombro .......................................................................................................................................................... 269

1.1. Patologias e lesões mais comuns ........................................................................................................................................ 2691.2. Avaliação do complexo do ombro ....................................................................................................................................... 272

2. Cotovelo e complexo do antebraço .................................................................................................................. 2732.1. Hipomobilidade articular .................................................................................................................................................... 2732.2. Miosite ossificante .............................................................................................................................................................. 2742.3. Epicondilites ou epicondilalgias .......................................................................................................................................... 2742.4. Avaliação do cotovelo e antebraço ...................................................................................................................................... 274

3. Punho e mão ................................................................................................................................................. 2753.1. Síndrome do túnel do carpo ................................................................................................................................................ 2753.2. Compressão do canal De Guyon .......................................................................................................................................... 2753.3. Tenossinovite estenosante de de Quervain ......................................................................................................................... 2753.4. Dedo em gatilho ................................................................................................................................................................. 2763.5. Doença de Kienböck............................................................................................................................................................ 2763.6. Contratura de Dupuytren .................................................................................................................................................... 2763.7. Avaliação do punho e mão .................................................................................................................................................. 276

4. Quadril ......................................................................................................................................................... 2774.1. Artroplastia de quadril ........................................................................................................................................................ 2774.2. Fraturas do fêmur ............................................................................................................................................................... 2784.3. Bursite trocantérica............................................................................................................................................................. 2784.4. Síndrome do piriforme ........................................................................................................................................................ 2784.5. Avaliação do quadril ........................................................................................................................................................... 279

5. Joelho ........................................................................................................................................................... 2805.1. Lesões ligamentares ........................................................................................................................................................... 280

5.1.1. Lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) ........................................................................................................... 2805.1.2. Lesão do ligamento cruzado posterior (LCP) .......................................................................................................... 2815.1.3. Lesão do ligamento colateral medial (LCM) ........................................................................................................... 2815.1.4. Ligamento colateral lateral (LCL) ........................................................................................................................... 281

5.2. Lesão meniscal ................................................................................................................................................................... 2815.3. Artroplastia total de joelho ................................................................................................................................................. 2815.4. Avaliação do joelho ............................................................................................................................................................. 282

6. Tornozelo e pé .............................................................................................................................................. 2846.1. Neuroma de Morton ........................................................................................................................................................... 2846.2. Tendinite e tenossinovite .................................................................................................................................................... 284

Page 11: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

18 Preparatório para Residência em Fisioterapia

6.3. Fascite plantar .................................................................................................................................................................... 2856.4. Entorses e lacerações ligamentares ..................................................................................................................................... 2856.5. Ruptura do tendão do calcâneo .......................................................................................................................................... 2856.6. Avaliação do tornozelo e pé ................................................................................................................................................ 286

7. Coluna vertebral e postura ............................................................................................................................. 2877.1. Cervicalgia .......................................................................................................................................................................... 2877.2. Lombalgia........................................................................................................................................................................... 2897.3. Alterações posturais ............................................................................................................................................................ 291

Referências ........................................................................................................................................................ 293

8. Fisioterapia em pediatria ................................................................................................. 297Aila Almeida1. Desenvolvimento neuropsicomotor e maturação do sistema respiratório da criança .......................................... 2972. Complicações em neonatologia e patologias pediátricas .................................................................................. 3013. Avaliação em saúde da criança e do adolescente .............................................................................................. 3124. Promoção, prevenção e reabilitação da saúde da criança e do adolescente ........................................................ 315

4.1. Reabilitação neurofuncional e motora ................................................................................................................................ 3154.2. Reabilitação respiratória ..................................................................................................................................................... 318

4.2.1. Oxigenoterapia ...................................................................................................................................................... 3224.3. Atenção básica na saúde da criança e do adolescente e

políticas públicas na atenção a saúde da criança e do adolescente ..................................................................................... 3245. Uti neonatal .................................................................................................................................................. 328

5.1. Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria .............................................................................................................. 332

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 3341. Neonatologia ............................................................................................................................................... 334

1.1. Recém-nascido de risco ...................................................................................................................................................... 3351.2. Prematuridade .................................................................................................................................................................... 335

2. Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) .................................................................................................... 3362.1. Desenvolvimento motor normal no primeiro ano de vida ................................................................................................... 337

3. Avaliação em neonatologia e pediatria ........................................................................................................... 3383.1. Exame físico ........................................................................................................................................................................ 3383.2. Exame neurológico ............................................................................................................................................................. 3403.3. Escalas de avaliação do desenvolvimento e habilidade motoras ......................................................................................... 341

3.3.1. Alberta Motor Infant Scale (AIMS) ......................................................................................................................... 3413.3.2. Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI) ................................................................................................. 3423.3.3. Gross Motor Function Measure (GMFM) ................................................................................................................. 3423.3.4. Teste de triagem do desenvolvimento de Denver ................................................................................................... 342

4. Complicações em neonatologia e patologias pediátricas ................................................................................. 3424.1. Paralisia cerebral (PC) ......................................................................................................................................................... 3424.2. Espinha bífida ..................................................................................................................................................................... 3444.3. Luxação congênita do quadril (LCQ) ou displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)..................................................... 3444.4. Torcicolo congênito ............................................................................................................................................................. 3444.5. Pé torto congênito .............................................................................................................................................................. 3454.6. Artrogripose múltipla congênita ......................................................................................................................................... 3454.7. Distrofia muscular de Duchenne (DMD) ............................................................................................................................. 3454.8. Síndrome de Down (SD) ...................................................................................................................................................... 3464.9. Doença de Osgood-Schlater ................................................................................................................................................ 3474.10. Doença de Legg-Calvé-Perthes ........................................................................................................................................... 3474.11. Doença da membrana hialina ou síndrome do desconforto respiratório ............................................................................. 3484.12. Taquipneia transitória do recém-nascido ............................................................................................................................ 3484.13. Displasia broncopulmonar (DBP) ........................................................................................................................................ 349

Page 12: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

19Sumário

4.14. Síndrome de aspiração do mecônio (SAM) .......................................................................................................................... 3494.15. Apneia da prematuridade ................................................................................................................................................... 350

5. Promoção, prevenção e reabilitação da saúde da criança e do adolescente ........................................................ 3505.1. Recursos fisioterapêuticos .................................................................................................................................................. 350

5.1.1. Conceito Neuroevolutivo Bobath ............................................................................................................................ 3505.1.2. Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) ou Kabat..................................................................................... 3525.1.3. Método Frenkel ...................................................................................................................................................... 3525.1.4. Método Phelps ....................................................................................................................................................... 3525.1.5. Método Rood ......................................................................................................................................................... 3525.1.6. Principais Recursos Da Fisioterapia Respiratória ..................................................................................................... 352

6. Uti neonatal (UTIN) e pediátrica ..................................................................................................................... 3556.1. Intervenção no DNPM na UTIN ............................................................................................................................................ 3556.2. Ventilação mecânica (VM) em Neonatologia e Pediatria ..................................................................................................... 356

7. Atenção à saúde do adolescente ..................................................................................................................... 3578. Políticas públicas direcionadas à saúde da criança ........................................................................................... 358Referências ........................................................................................................................................................ 358

9. Fisioterapia na saúde da mulher ........................................................................................ 365Alaí Barbosa Paixão e Aline Polti1. Politicas de saúde da mulher .......................................................................................................................... 3652. Anatomia e fisiologia da mulher ..................................................................................................................... 3673. Gestação, parto e puerpério ........................................................................................................................... 3694. Oncologia na saúde da mulher ........................................................................................................................ 3735. Patologias e reabilitação uroginecológica ....................................................................................................... 3806. Fisioterapia dermatofuncional ....................................................................................................................... 3857. Doenças reumatològicas na saúde da mulher .................................................................................................. 387

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 3881. Politicas de saúde da mulher .......................................................................................................................... 3882. Anatomia e fisiologia da mulher ..................................................................................................................... 389

2.1. Pelve ................................................................................................................................................................................... 3892.2. Assoalho pélvico ................................................................................................................................................................. 3922.3. Períneo ............................................................................................................................................................................... 3932.4. Sistema reprodutor feminino .............................................................................................................................................. 3942.5. Sistema urinário ................................................................................................................................................................. 396

2.5.1. Fisiologia da micção ............................................................................................................................................... 3962.6. Mama ................................................................................................................................................................................. 397

3. Gestação, parto e puerpério ........................................................................................................................... 3973.1. Alterações anatômicas e fisiológicas da gravidez ................................................................................................................ 3983.2. Fisioterapia na gestação ..................................................................................................................................................... 399

4. Oncologia na saúde da mulher ........................................................................................................................ 4004.1. Câncer de ovário ................................................................................................................................................................. 4004.2. Câncer de colo uterino ........................................................................................................................................................ 4014.3. Câncer de mama ................................................................................................................................................................. 402

5. Patologias e reabilitação uroginecologia feminina .......................................................................................... 4055.1. Incontinência urinária (IU) .................................................................................................................................................. 4055.2. Bexiga neurogênica ............................................................................................................................................................ 4065.3. Incontinência anal .............................................................................................................................................................. 4075.4. Prolapso urogenital ou distopia urogenital ......................................................................................................................... 407

6. Fisioterapia dermatofuncional ....................................................................................................................... 407Referências ........................................................................................................................................................ 409

Page 13: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

20 Preparatório para Residência em Fisioterapia

10. Fisioterapia Pneumofuncional e UTI ................................................................................... 413Débora Paiva1. Patologias e complicações respiratórias .......................................................................................................... 4132. Patologias e complicações cardiovasculares..................................................................................................... 4193. Avaliação ...................................................................................................................................................... 4224. Exames radiológicos ...................................................................................................................................... 4295. Gasometria arterial – distúrbios ácido-básicos ................................................................................................ 4316. Reabilitação cardiorrespiratória e recursos terapêuticos .................................................................................. 432

6.1. Reabilitação cardiorrespiratória .......................................................................................................................................... 4326.2. Terapia de higiene brônquica e terapia de expansão pulmonar .......................................................................................... 4386.3. Oxigenoterapia ................................................................................................................................................................... 4416.4. Treinamento muscular ventilatório ..................................................................................................................................... 442

7. Ventilação mecânica invasiva ......................................................................................................................... 4438. Ventilação mecânica não-invasiva .................................................................................................................. 4529. Mobilização precoce na uti/efeitos da imobilidade prolongada ......................................................................... 45610. Resolução RDC nº 26, de 11 de maio de 2012 ................................................................................................... 457

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 4591. Resolução – RDC nº 7 de 24 de fevereiro de 2010.............................................................................................. 4592. Fisiologia cardíaca ......................................................................................................................................... 4593. Fisiologia respiratória .................................................................................................................................... 4604. Doenças pulmonares...................................................................................................................................... 461

4.1. Asma .................................................................................................................................................................................. 4614.2. Enfisema pulmonar ............................................................................................................................................................ 4624.3. Bronquite crônica ............................................................................................................................................................... 4624.4. Dpoc ................................................................................................................................................................................... 4624.5. Bronquiectasia .................................................................................................................................................................... 4624.6. Pneumonia ........................................................................................................................................................................ 4624.7. Fibrose cística ..................................................................................................................................................................... 4624.8. Sdra ................................................................................................................................................................................... 4634.9. Tuberculose......................................................................................................................................................................... 4634.10. Insuficiência respiratória aguda – IRPA ............................................................................................................................... 463

5. Doenças cardiovasculares ............................................................................................................................... 4635.1. Trombose venosa profunda (TVP) ...................................................................................................................................... 4635.2. Infarto agudo do miocárdio ............................................................................................................................................... 4635.3. Insuficiência cardíaca ......................................................................................................................................................... 4645.4. Tetralogia de fallot .............................................................................................................................................................. 4645.5. Valvulopatias ...................................................................................................................................................................... 464

6. Reabilitação cardíaca .................................................................................................................................... 4647. Avaliação funcional ....................................................................................................................................... 4658. Recursos Terapêuticos - TEP/THB ..................................................................................................................... 467

8.1. Terapia de higiene brônquica .............................................................................................................................................. 4678.2. Terapia de expansão pulmonar ........................................................................................................................................... 4678.3. Exercícios respiratórios ........................................................................................................................................................ 468

9. Oxigenoterapia ............................................................................................................................................. 46810. Ventilação mecânica ...................................................................................................................................... 469

10.1. Desmame da ventilação mecânica e extubação .................................................................................................................. 47011. Ventilação Não Invasiva (VNI) ......................................................................................................................... 47012. Mobilização precoce na UTI ............................................................................................................................ 471Referências ........................................................................................................................................................ 471

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21Sumário

11. SUS e Saúde Coletiva ......................................................................................................... 475Ana Carolina Freitas1. Construção histórica das políticas de saúde no Brasil........................................................................................ 4752. Sistema Único de Saúde ................................................................................................................................. 477

2.1. Arranjo institucional, princípios e diretrizes, avanços e desafios ......................................................................................... 4772.2. Legislação estruturante do SUS ........................................................................................................................................... 483

2.2.1. Constituição Federal de 1988 ................................................................................................................................. 4832.2.2. Leis Orgânicas da Saúde: Lei Federal nº 8.080/90 e Lei Federal Nº 8.142/90 .......................................................... 4852.2.3. Norma Operacional Básica e Norma Operacional de Assistência à Saúde ............................................................... 4922.2.4. Emenda Constitucional nº 29 de 2000 ................................................................................................................... 4942.2.5. Portaria nº 399 de 22 de fevereiro de 2006: Pacto pela Saúde ............................................................................... 4952.2.6. Portaria nº 687 de 30 de março de 2006: Política Nacional de Promoção da Saúde................................................ 4982.2.7. Portaria nº 1996 de 27 de agosto de 2007: Política Nacional de Educação Permanente em Saúde......................... 5002.2.8. Decreto nº 7508 de 28 de junho de 2011 ............................................................................................................... 501

3. Sistemas de atenção à saúde .......................................................................................................................... 5033.1. Rede de atenção à saúde (RAS) .......................................................................................................................................... 5033.2. Atenção básica/estratégia de saúde da família ................................................................................................................... 506

4. Humanização em saúde ................................................................................................................................. 5165. Noções de epidemiologia ............................................................................................................................... 521

5.1. Processo saúde-doença ...................................................................................................................................................... 5215.2. Determinantes e condicionantes da saúde .......................................................................................................................... 5235.3. Conceitos básicos em epidemiologia ................................................................................................................................... 524

6. Vigilância em saúde (portaria 1271/2014) ...................................................................................................... 529

RESUMO PRÁTICO .............................................................................................................................................. 5391. Construção histórica das políticas de saúde no Brasil........................................................................................ 539

1.1. Brasil Colônia E Império: 1500-1889 ................................................................................................................................... 5391.2. República Velha: 1889-1930 ............................................................................................................................................... 5391.3. Era Vargas: 1930-1945 ........................................................................................................................................................ 5401.4. Período Desenvolvimentista: 1945-1963 ............................................................................................................................ 5401.5. Ditadura Militar: 1964-1984 ............................................................................................................................................... 5411.6. Nova República: 1985-Presente .......................................................................................................................................... 541

2. Sistema Único De Saùde E Legislaçâo Estruturante ........................................................................................... 5422.1. O Sistema Único de Saúde................................................................................................................................................... 5422.2. Legislação Estruturante do SUS .......................................................................................................................................... 544

2.2.1. Constituição Federal de 1988 ................................................................................................................................. 5442.2.2. Leis Orgânicas da Saúde ......................................................................................................................................... 544 2.2.2.1. Lei nº 8.080 de 19 de dezembro de 1990 .................................................................................................. 544 2.2.2.2. Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990 .................................................................................................. 5452.2.3. Normas Operacionais Básicas (NOB) e Normas Operacionais da Assistência à Saúde (NOAS) ................................. 5462.2.4. Pacto pela Saúde: Portaria nº 399 de 22 de fevereiro de 2006 ............................................................................... 5472.2.5. Portaria nº 687 de 30 de março de 2006: Política Nacional de Promoção da Saúde................................................ 5472.2.6. Portaria nº 1.996 de 27 de agosto de 2007: Política Nacional de Educação Permanente em Saúde........................ 5482.2.7. Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011 .............................................................................................................. 548

3. Sistemas de atenção à saúde ......................................................................................................................... 5483.1. Redes de atenção à saúde ................................................................................................................................................... 5493.2. Atenção básica .................................................................................................................................................................... 549

4. Humanização em saúde ................................................................................................................................. 5505. Noções de epidemiologia ............................................................................................................................... 551

5.1. Tipos de estudos epidemiológicos ...................................................................................................................................... 551

Page 15: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

22 Preparatório para Residência em Fisioterapia

5.2. Processo saúde-doença ...................................................................................................................................................... 5525.2.1. Causalidade das doenças ....................................................................................................................................... 5525.2.2. História natural das doenças .................................................................................................................................. 5525.2.3. Prevenção .............................................................................................................................................................. 5535.2.4. Determinantes e condicionantes da saúde ............................................................................................................. 554

5.3. Indicadores epidemiológicos .............................................................................................................................................. 5545.3.1. Medidas de Ocorrência de Doenças ........................................................................................................................ 5545.3.2. Taxas de mortalidade ............................................................................................................................................. 5545.3.3. Expectativa de Vida ................................................................................................................................................ 5565.3.4. Morbidade ............................................................................................................................................................. 5565.3.5. Letalidade .............................................................................................................................................................. 556

6. Vigilância em saúde ...................................................................................................................................... 5566.1. Vigilância da situação em saúde ......................................................................................................................................... 5576.2. Vigilância epidemiológica ................................................................................................................................................... 5576.3. Vigilância sanitária ............................................................................................................................................................. 5576.4. Vigilância alimentar e nutricional ....................................................................................................................................... 5586.5. Vigilância ambiental ........................................................................................................................................................... 5586.6. Vigilância em saúde do trabalhador .................................................................................................................................... 5586.7. Laboratórios de saúde pública ............................................................................................................................................ 558

Referências ........................................................................................................................................................ 559

Page 16: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

Recursos eletrotermofototerapêuticos e mecanoterapêuticos

3

Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

Alternativa B: INCORRETA. A dor é considerada atual-mente o quinto sinal vital, impactando na quali-dade de vida e aspectos psicossociais2,3. Ao cessar ou diminuir o quadro álgico, o TENS indiretamente pode auxiliar na redução do estresse emocional, no entanto, isso seria caracterizado como uma con-sequência secundária de sua ação principal que é analgesia.Alternativa C: CORRETA. O TENS tem como principal função o controle da dor. Ele pode realizar este objetivo por meio de mecanismos inibitórios da dor como teoria das comportas medulares ou pela liberação de peptídeos opioides endógenos, de-pendendo da modalidade de TENS escolhida1. O TENS convencional, que costuma ser o mais usa-do, inibe o quadro álgico por meio da teoria das comportas, onde os impulsos dos nervos senso-riais de grande diâmetro inibem os neurônios do corno dorsal da medula, restringindo a passagem dos impulsos das fibras aferentes C e AS, responsá-veis pela condução nociceptiva, culminando com o alívio da dor4.Alternativa D: INCORRETA. Apesar de melhorar o flu-xo sanguíneo, essa modalidade eletroterapêu-tica tem como objetivo principal a redução da percepção dolorosa através da diminuição da condutividade e transmissão de impulsos condu-zidos pelas fibras de pequeno calibre ao sistema nervoso central1.Alternativa E: INCORRETA. O TENS, como já elucidado, é uma corrente voltada para analgesia. A vasodi-latação é alcançada, especialmente, por meio do aumento da temperatura, responsável por dilatar

1. ELETROTERAPIA

01 (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, 2015/RESI-DÊNCIA MULTIPROFISSIONAL/FISIOTERAPIA) Mu-

lher, 45 anos de idade, sedentária, trabalha como digitadora, 6 horas por dia, há 8 anos. Apresentou dor lombar de início intermitente, com melhora na mudança de postura. Atualmente a dor é constante e incapacitante. Foi diagnosticada com lombalgia crônica. Na avaliação com fisioterapeuta relata dor na região lombar, com piora na posição sentada e com o tempo de permanência em pé no ônibus. Ao exame físico observa-se fraqueza de muscula-tura abdominal e contratura em paravertebrais na região lombar. Após avaliação entre outras medi-das, indicou-se estimulação elétrica Transcutânea – TENS, cujo maior objetivo neste caso, será:

Reduzir a hipertrofia muscular. Reduzir o estresse emocional gerado pela dor. Reduzir os estímulos dolorosos. Restaurar a circulação periférica e local. Promover vasodilatação profunda na região lombar

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O TENS é uma modalidade de eletroterapia que se constitui como uma técnica de neuromodulação sensorial não invasiva, cujo prin-cipal objetivo é analgesia1. Por conseguinte, devido a sua ação, o TENS não é indicado para redução da hipertrofia.

Page 17: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

92 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

as arteríolas e vênulas atuando sobre a musculatu-ra lisa dos vasos. As modalidades de aquecimento profundo, como a diatermia por ondas curtas, são bem indicadas quando se deseja uma profundida-de de penetração maior1.

02 (FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMÍLIA/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ/BA, 2015/ RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL REGIONALIZADO EM SAÚDE DA FAMÍ-LIA) Com relação às possíveis vantagens da estimu-lação elétrica neuromuscular sobre o exercício, é correto afirmar que

A aplicação é mais simples e pode ser realizada em períodos menores de estímulo. O padrão de ativação ocorre de forma mais fun-cional, priorizando as fibras mais comprometidas. O potencial de ativação do músculo é recrutado no seu máximo, superando, assim, qualquer pro-grama de exercícios. A ação no organismo tende a ser mais sistêmica em decorrência das adaptações geradas pela ele-troestimulação. A aplicação é mais simples e pode ser realizada em períodos menores de estímulo. A ação muscu-lar ocorre conforme a necessidade do músculo esti-mulado, permitindo uma recuperação mais rápida e efetiva.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O tratamento com eletrote-rapia deve seguir os mesmos princípios dos pro-gramas de fortalecimento com exercícios volun-tários, com frequência das sessões e número de repetições similares. O tempo de sustentação da contração e de relaxamento deve ir de encontro às características de fadiga do músculo estimu-lado. No início, os parâmetros podem ser esco-lhidos para minimizar a fadiga, mas ao longo das sessões, o tempo de contração é aumentando e o de relaxamento reduzido para incrementar os ganhos de força, contudo, deve-se levar em consi-deração que a taxa de fadiga é maior em relação à contração voluntária5. Sua aplicação, assim como a dos exercícios, exige uma série de cuidados e co-nhecimentos, portanto, não é mais simples.Alternativa B: INCORRETA. O recrutamento das uni-dades motoras na estimulação elétrica ocorre de forma reversa em relação à sequência natural e de-pende de três fatores pelo menos: o efeito dos im-pulsos originários de aferentes cutâneos ativados

pelo estímulo artificial, o diâmetro do axônio mo-tor, e a distância entre o eletrodo ativo e o axônio5.Alternativa C: CORRETA. Na estimulação elétrica neuro-muscular os estímulos devem ser de intensidade e duração suficientes para que a membrana nervosa seja despolarizada, são gerados então potenciais de ação com ativação sincronizada das unidades motoras culminando com a contração muscular. A estimulação elétrica consegue manipular o padrão de saída da atividade dos motoneurônios, o que é somado a sua atividade inerente; já no exercício voluntário, a ativação das unidades motoras ocorre de forma hierárquica e gradual. A estimulação elé-trica, portanto, possibilita atingir níveis de ativida-de mais altos do que qualquer regime de exercício, desafiando o potencial adaptativo do sistema até o seu limite5.Alternativa D: INCORRETA. Na estimulação neuromus-cular a atividade se restringe ao músculo que sofre menos influência de outros efeitos ligados ao trei-namento que aparecem durante o exercício. Efeitos sistêmicos secundários, portanto, são inexistentes ou quase nenhum5.Alternativa E: INCORRETA. A primeira parte dessa afirmativa é exatamente igual à alternativa A e, portanto, não será abordada novamente. Em re-lação à segunda parte, a ação muscular almejada deve estar de acordo com as necessidades do músculo que podem envolver o auxílio à contra-ção muscular, fortalecimento muscular seletivo e reeducação muscular, acelerando o processo de recuperação5.

03 (UEPA, 2015/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Na seleção dos recursos

fisioterapêuticos da eletrotermofototerapia na prá-tica fisioterapêutica o profissional deve levar em consideração as indicações e as contraindicações. Em relação às indicações e contraindicações é cor-reto afirmar que:

I. A TENS convencional não possui contraindicações para aplicação em pacientes portadores de epi-lepsia sem controle.

II. A TENS não deve ser utilizada para o alívio de dores sintomáticas, a menos que a etiologia seja conhecida ou tenha sido diagnosticada uma sín-drome dolorosa.

III. Em úlceras diabéticas com presença de hemor-ragia, a aplicação de laserterapia é bem indicada.

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93Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

IV. A aplicação de diatermia por ondas curtas é con-traindicada em áreas da pele afetadas por aplica-ções de radioterapia.

V. A Microcorrente não possui contraindicações es-pecificas, porem deverão ser levadas em conside-ração as contraindicações gerais da eletroterapia.

A alternativa que contém todas as afirmativas cor-retas é:

II, IV e V. I, II e III. I, III e V. III, IV e V. II, III e V.

GRAU DE DIFICULDADE

Assertiva I: FALSA. Existem poucas contraindicações ao uso do TENS, no entanto, deve-se tomar muito cuidado com pacientes que sofrem de epilepsia sem controle, pois se ele apresentar algum even-to durante o uso do TENS, é difícil excluí-lo como causador do problema. Portanto, a epilepsia é uma contraindicação do TENS não apenas no modo con-vencional1,6.Assertiva II: VERDADEIRA. O TENS consiste em um mé-todo, cuja principal função é o controle da dor, agindo na dor aguda e crônica. Apesar disso, a dor não diagnosticada é considerada uma contraindi-cação para a aplicação do TENS1,6.Assertiva III: FALSA. A laserterapia de baixa intensida-de é bem indicada no tratamento de úlceras e feri-das abertas, no entanto, áreas de hemorragia cons-tituem-se como uma contraindicação absoluta ao seu uso, devido à possibilidade de o laser induzir uma vasodilatação exacerbando o quadro1,6.Assertiva IV: VERDADEIRA. A diatermia por ondas curtas é contraindicada em tecidos lesados pela radiote-rapia, pois pode provocar alterações malignas1,6.Assertiva V: VERDADEIRA. A microcorrente possui inten-sidade muito baixa e é responsável por desenca-dear diversos efeitos bioquímicos e biológicos no tecido. Não existem contraindicações específicas à microcorrente, no entanto, devem ser observadas as contraindicações gerais da eletroterapia7,8.Resposta:

04 (SESAB/BA, 2014/RESIDÊNCIA EM FISIOTERAPIA HOS-PITALAR COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA) So-

bre a eletroterapia, é correto afirmar que

As correntes elétricas de curta duração e de alta frequência de pulso, liberadas no nível sensorial, ativam o mecanismo de portão de modulação da dor. O aumento da carga funcional produzido pela estimulação elétrica é suplementado com o au-mento de recrutamento dos nervos motores. As fibras musculares, nervos sensoriais e cartila-gem do menisco são tecidos excitáveis. O uso terapêutico das correntes elétricas, para facilitar a consolidação de fraturas é contraindica-do. O ultrassom de baixa frequência (0,75 MHz) au-menta a capacidade da célula sintetizar e secretar as partes componentes dos fibroblastos.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. Correntes de curta duração, alta frequência de pulso, e intensidade no nível sensorial como, por exemplo, o TENS convencional ou de alta frequência, reduzem o quadro álgico por meio da ativação do mecanismo de portão de mo-dulação da dor. Os pulsos de curta duração e com amplitude de corrente que produz um nível de sen-sação confortável ativam seletivamente os nervos A-beta sem ativar os neurônios motores, diminuin-do a percepção da dor6,9.Alternativa B: INCORRETA. O aumento da carga funcio-nal produzido pela estimulação elétrica é suple-mentado com o aumento do recrutamento das fibras musculares tipo II, contribuindo para o incre-mento da força muscular6,9.Alternativa C: INCORRETA. O tecido muscular e o ner-voso são excitáveis, pois possuem capacidade de gerar e propagar sinais elétricos chamados de po-tenciais de ação. Já a cartilagem do menisco não é um tecido excitável6,9.Alternativa D: INCORRETA. Vários estudos vêm demons-trando que as correntes elétricas terapêuticas po-dem auxiliar na consolidação de fraturas estimu-lando o crescimento ósseo6,9.Alternativa E: INCORRETA. O ultrassom de alta frequên-cia (3MHz) aumenta a capacidade da célula de sintetizar e secretar as partes componentes dos fibroblastos, por sua vez, o de baixa frequência (0,75MHz) incrementa a liberação de fibroblastos pré-formados6,9.

05 (UEPA, 2012/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Com relação à Corrente

Interferencial (CI) classifique as afirmativas abaixo

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94 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

em verdadeiras ou falsas e assinale a sequência correta:

I. é o fenômeno que ocorre quando se aplicam duas correntes de alta frequência, com ampli-tude modulada em baixa frequência, para finali-dades terapêuticas no mesmo ponto ou série de pontos de um determinado meio.

II. a superposição das duas correntes alternadas denomina-se interferência, nesse ponto onde ocorre a intercessão das duas, surge uma nova corrente com amplitude modulada.

III. usam-se duas correntes de média frequência, uma das correntes tem sua frequência fixa de 4000 Hz, enquanto que a outra pode ser ajustada entre 4000 Hz e 4250 Hz (valores variáveis).

IV. o método tradicional de amplitude é a técnica tetrapolar, onde o equipamento libera duas cor-rentes alternadas não moduladas em circuitos separados. Quando estas correntes se super-põem no tecido, ocorre a interferência.

V. com frequências levemente diferentes, essas cor-rentes não irão interagir entre si. Em decorrência da interferência das ondas, as amplitudes das correntes são somadas algebricamente e surge uma nova onda com frequência igual à média aritmética das duas frequências.

A sequência correta é:

V, V, F, V, F. F, V, V, V, F. F, F, V, V, V. F, V, V, F, F. V, F, V, V, V.

GRAU DE DIFICULDADE

Assertiva I: FALSA. A corrente interferencial é definida como a aplicação transcutânea de correntes elétri-cas alternadas de média frequência, cuja amplitude é modulada em baixa frequência, para finalidades terapêuticas em um mesmo ponto ou uma série de pontos de um meio específico com frequências dis-tintas que interagem entre si10.Assertiva II: VERDADEIRA. A corrente interferencial é produto da mescla de duas correntes de média frequência levemente fora de fase. Uma delas é de frequência fixa e a outra é ajustável, e elas se so-mam ou se anulam de forma previsível, originando a corrente interferencial de amplitude modulada resultante10.Assertiva III: VERDADEIRA. Como já mencionado an-teriormente, a corrente interferencial é formada pela combinação de duas correntes de média

frequência, uma delas possui frequência fixa, que é normalmente de 4000 Hz, e a outra é ajustável entre 4000 a 4250 Hz (os valores podem variar nos diferentes estimuladores interferenciais10).Assertiva IV: VERDADEIRA. A técnica tetrapolar é o mé-todo tradicional da terapia interferencial, no qual são liberadas duas correntes não moduladas em circuitos separados que se superpõem no tecido produzindo a interferência. Existe também a for-ma de aplicação bipolar na qual são usados dois eletrodos com a superposição das duas correntes alternadas dentro do aparelho10.Assertiva V: FALSA. As frequências das correntes são levemente distintas e elas interagem entre si. De-vido à interferência das ondas, as amplitudes das duas correntes são somadas de forma algébrica e daí surge uma nova onda cuja frequência é igual à média aritmética de ambas frequências10.Alternativa correta: B

06 (UFPA, 2015/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE/FISIOTERAPIA) São

recursos fisioterapêuticos com início do efeito anal-gésico em poucos minutos:

TENS e FES. TENS e crioterapia. Crioterapia e ultrassom contínuo. Calor superficial e corrente russa. Ultrassom pulsado e crioterapia.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O TENS se caracteriza como uma corrente de impulsos curtos e de baixa inten-sidade, usada especialmente para o manejo da dor aguda e crônica benigna. O início do efeito analgé-sico é rápido na modalidade convencional do TENS, inferior a 30 minutos. O FES tem como função favo-recer ou produzir movimento funcional, portanto, ele não é indicado para analgesia6,11.Alternativa B: CORRETA. O TENS convencional promove analgesia rápida, como já visto nos comentários da alternativa acima. A crioterapia também produz alívio da dor, por meio da supressão da sensação dolorosa pela inibição da condução nervosa. O aumento do frio ocasiona uma queda sucessiva da condução nervosa até que ela cessa completa-mente. Ela age rapidamente sobre a dor, sugerindo que ela pode agir como um estímulo sensorial no mecanismo de comporta da dor, além disso, seus estímulos são tão intensos que levam à liberação de endorfinas e encefalinas6,11.

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95Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

Alternativa C: INCORRETA. A crioterapia é um recurso fisioterapêutico com efeito analgésico em poucos minutos, como visto na alternativa B. O ultrassom é um recurso capaz de proporcionar analgesia atra-vés de efeitos térmicos decorrentes, especialmente da aplicação contínua, no entanto, ainda não está bem elucidado o mecanismo através do qual o ultrassom age sobre a dor6,11. Os efeitos do ultras-som são dependentes da temperatura, eles surgem quando se atinge uma temperatura entre 40 a 45º por, no mínimo, 5 minutos.Alternativa D: INCORRETA. O calor superficial é capaz de gerar analgesia, embora ainda não se saiba exatamente através de qual mecanismo. O início dos efeitos locais da sua aplicação depende da absorção da energia pelos tecidos12. A corrente russa ocasiona contração muscular com contração sincronizada de quase todas as unidades motoras, favorecendo o ganho de força muscular, portanto, não possui efeito analgésico1.Alternativa E: INCORRETA. Na aplicação pulsada do ultras-som, também é possível gerar analgesia e ele deve ser escolhido quando os efeitos térmicos não são desejáveis. Seu efeito sobre o processo inflamatório, acelerando-o, favorece a analgesia4,6,12, mas o tempo de ação não é rápido como o do TENS e da crioterapia.

2. TERMOTERAPIA

07 (FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMÍLIA/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ/BA, 2015/ RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL REGIONALIZADO EM SAÚDE DA FAMÍ-LIA) Com relação aos efeitos da termoterapia por adição, é correto afirmar que

Não importa a característica do tecido que rece-be o estímulo, mas sim o tipo de temperatura que é gerado. Os efeitos de vasoconstrição ocorrem pela res-posta de estímulo da musculatura lisa dos vasos. Dependem da capacidade do tecido dissipar o calor, que é, em grande parte, um fator ligado ao suprimento sanguíneo da área. Os processos químicos e biológicos tornam-se mais lentos, resposta que explica o relaxamento provocado por esta técnica. Temperaturas muito elevadas podem provocar lesão em razão do aumento da viscosidade do teci-do e agregação intravascular de plaquetas e eritró-citos e formação de massa oclusiva nos vasos.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. Após a absorção da energia, o modo como o calor foi emitido não é importante, pois os efeitos do aquecimento advêm do volume de tecido que absorveu a temperatura, a composi-ção do tecido, sua capacidade de dissipar calor, a velocidade de aumento da temperatura e a tempe-ratura para qual o tecido é aquecido11,13.Alternativa B: INCORRETA. A termoterapia por adição ocasiona uma vasodilatação por meio de vários mecanismos. O aumento da temperatura age na musculatura lisa dos vasos, levando à dilatação das arteríolas e vênulas. O reflexo axonal local também pode ocasionar vasodilatação na pele por meio da estimulação de terminações nervosas sensitivas cutâneas produzindo impulsos nervosos antidrô-micos nos ramos dos nervos sensitivos em torno dos vasos sanguíneos epiteliais. Ainda, a maior quantidade de metabólitos no sangue age sobre a parede dos vasos estimulando a vasodilatação11,13.Alternativa C: CORRETA. Os diversos efeitos do aqueci-mento são consequência de diversos fatores rela-cionados às características do tecido, a temperatu-ra que o tecido atinge e a velocidade de aumento dessa temperatura. Dentre os relativos às caracte-rísticas do tecido, encontra-se sua capacidade de dissipar calor que está relacionada, em grande par-te, ao suprimento sanguíneo1.Alternativa D: INCORRETA. A termoterapia por subtra-ção é responsável por tornar os processos quími-cos e biológicos mais lentos devido à diminuição da temperatura. Já na termoterapia por adição, ocorre o oposto, pois o aumento da temperatura é responsável por acelerar as reações químicas en-volvidas na atividade metabólica. O aquecimento ainda é capaz de diminuir a tensão, porém, devido a sua atuação sobre o fuso muscular e seus aferen-tes e órgão tendinoso de Golgi, aumentando sua velocidade de disparo culminando com aumento da inibição1.Alternativa E: INCORRETA. O aquecimento pode oca-sionar um dano tissular local resultando em dila-tação adicional devido à liberação de substâncias similares à histamina e bradicinina1. As tempera-turas locais muito baixas (igual ou menor a Oº) é que podem causar danos por congelamento nas células devido ao aumento da viscosidade. A lesão originária do resfriamento é caracterizada por dano vascular com agregação intravascular de plaquetas e eritrócitos, e formação de massa oclusiva nos va-sos10.

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96 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

08 (HOSPITAL SANTA MARCELINA, 2014/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA) Leia as

afirmações a seguir, sobre o uso de meios físicos, e assinale alternativa correta.

Na termoterapia por conversão, o aquecimento envolve transferência da conversão de uma forma de energia, geralmente mecânica ou eletromagné-tica, para energia cinética/térmica. São exemplos de aquecimento por convecção o ultrassom e o micro-ondas. Micro-ondas é um aparelho de aquecimento profundo que emprega vibrações acústicas de alta frequência, acima do espectro audível do ser hu-mano. O ultrassom pulsado está contraindicado na pre-sença de implantes metálicos. A hidroterapia e os banhos de contraste são exemplos de aquecimento por condução.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. A energia térmica pode ser transmitida por radiação, condução ou conversão. A conversão envolve a produção de calor a partir de outra fonte de energia, que pode ser o som, eletricidade ou agentes químicos, ou seja, o aque-cimento ocorre por meio de outras formas de ener-gia. Um exemplo de termoterapia por conversão ocorre na aplicação do ultrassom, onde a energia mecânica produzida pelas ondas acústicas de alta frequência transforma-se em energia térmica nas interfaces dos tecidos4,11.Alternativa B: INCORRETA. O micro-ondas e o ultrassom utilizam a modalidade de calor por conversão1.Alternativa C: INCORRETA. O micro-ondas é um apa-relho capaz de gerar aquecimento profundo por meio de radiação eletromagnética. As radiações eletromagnéticas conhecidas como micro-ondas ocupam a parte do espectro eletromagnético que vai do comprimento de onda de 1 m (frequência de 300 MHz) até 1 mm (300 GHz); o terapêutico fica na faixa de 122,5 mm, correspondente a 2450 MHz. O ultrassom, por sua vez, é o aparelho que gera vi-brações acústicas em uma frequência superior ao espectro audível pelo ser humano (acima de 18 KHz)1,4,6.Alternativa D: INCORRETA. Existem controvérsias na li-teratura em relação à contraindicação da aplicação do ultrassom em regiões com implantes metálicos. Alguns defendem que o ultrassom pode ser usado sobre placas metálicas de forma segura, pois não ocasiona elevação da temperatura dos tecidos ad-jacentes ao implante, já que a remoção do calor da

região é mais rápida do que a absorção6. Por outro lado, também existem visões opostas, que defen-dem que quando o feixe de ultrassom atinge um implante metálico, ocorre uma reflexão de cerca de 30% da energia incidente através do tecido mole devido à diferença de impedância acústica entre o implante e os tecidos moles, ou seja, essa ener-gia adicional é depositada na forma de calor nos tecidos moles, além disso, uma parte da energia incidente refletida é convertida da forma de onda longitudinal para transversa ou oblíqua, sendo ab-sorvida rapidamente na forma de calor na interface formada entre o osso e o tecido mole por não se propagar no lado da interface do tecido mole1,4. Apesar das contradições, pode-se concluir que a literatura não contraindica de forma absoluta o uso do ultrassom pulsado na presença de implantes metálicos.Alternativa E: INCORRETA. Na hidroterapia, a transferên-cia de calor se dá por convecção; já nos banhos de contraste, o aquecimento ocorre por condução12.

09 (SESAB/BA, 2014/RESIDÊNCIA EM FISIOTERAPIA HOS-PITALAR COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA) Das

seguintes opções, indique qual a contraindicada no tratamento da Crioterapia:

Queimaduras de primeiro grau, pequenas ou superficiais. Insuficiência circulatória. Espasticidade que acompanha distúrbios do sis-tema nervoso central. Dor aguda ou crônica. Espasmo muscular agudo ou crônico.

GRAU DE DIFICULDADE

DICA DO AUTOR: De acordo com as diretrizes para o tratamento da espasticidade por meio de medi-cina física, o frio diminui a sensibilidade ao reflexo de estiramento do fuso muscular e inibe os moto-neurônios por meio das vias polissinápticas. A par-tir disso, é destacada a importância da prescrição clínica individualizada e a indicação da crioterapia como facilitadora da cinesioterapia. No entanto, os autores concluem que não existem evidências advindas de trabalhos científicos qualificados que comprovem a efetividade dessa modalidade para o tratamento da espasticidade.Alternativa A: INCORRETA. A aplicação da crioterapia no tratamento de queimaduras de primeiro grau, pequenas ou superficiais, logo após a lesão, traz efeitos benéficos: desencadeia uma vasoconstrição

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97Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

que reduz o escape de plasma; diminui o metabo-lismo celular; alivia a dor; previne a hipóxia secun-daria; atenua a formação de edemas e bolhas, e ajuda no processo de cicatrização1,4,12.Alternativa B: CORRETA. A crioterapia não deve ser apli-cada em áreas afetadas por doenças vasculares, pois a vasoconstrição comprometerá ainda mais o suprimento sanguíneo para a região1. A insuficiên-cia circulatória é uma contraindicação com aumen-to das chances de ulceração pelo frio, caso a criote-rapia seja aplicada12.Alternativa C: INCORRETA. A crioterapia pode ser usada para redução da espasticidade. A estimulação dos termoceptores superficiais estimula o sistema ner-voso central de forma imediata, facilitando a con-tração muscular. Além disso, a estimulação cutânea diminui a atividade dos neurônios motores gama com diminuição dos disparos dos fusos muscula-res, diminuindo a espasticidade. A literatura sugere que o frio é responsável por efeitos diferenciados sobre os pequenos eferentes fusimotores mielini-zados e eferentes secundários, e sobre os grandes nervos motores mielinizados das fibras extrafusais, sendo que nos dois primeiros o efeito do resfria-mento na condução é maior, de forma que ocorre uma redução da atividade dos fusos musculares, amenizando o reflexo de estiramento. Ainda, o res-friamento é responsável por tornar as fibras muscu-lares intra e extrafusais mais viscosas12.Alternativa D: INCORRETA. A crioterapia é indicada para o tratamento da dor aguda e crônica. O alívio da dor pelo frio pode ocorrer de várias formas: por meio da diminuição do edema e da liberação de ir-ritantes que induzem à dor; redução da velocidade e do número de impulsos na condução dos recep-tores e neurônios relacionados à dor (esse efeito é mais intenso nas fibras A-delta); e liberação de en-dorfinas e encefalinas12.Alternativa E: INCORRETA. A aplicação do frio pode reduzir o espasmo muscular culminando com o aumento da amplitude de movimento1. Os meca-nismos fisiológicos do tratamento crioterápico re-duzem o espasmo por meio de ação sobre o fuso muscular, órgão tendinoso de Golgi e do sistema gama12.

10 (FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMÍLIA/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ/BA, 2015/ RESIDÊNCIA

MULTIPROFISSIONAL REGIONALIZADO EM SAÚDE DA FAMÍ-LIA) ______________________ é o recurso terapêu-tico mais indicado como agente térmico superficial para o alívio da dor e rigidez, bem como para au-mentar a mobilidade articular e favorecer a rege-

neração de lesões de tecidos moles e problemas de pele.

A alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto acima é:

Micro-ondas. Banho de imersão. Terapia por ultrassom. Diatermia por ondas curtas. Fototerapia por radiação infravermelha.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A diatermia por micro-ondas é uma modalidade capaz de aquecer tecidos mais profundos4,13. Portanto, não se constitui como um agente térmico superficial.Alternativa B: INCORRETA. O banho de imersão é uma modalidade que aquece os tecidos superficiais. O banho de imersão em água quente tem efeito anal-gésico, vasodilatador e miorrelaxante4,13.Alternativa C: INCORRETA. O ultrassom é uma modali-dade capaz de produzir efeitos térmicos e não tér-micos. O ultrassom permite ao fisioterapeuta con-trolar a profundidade na qual o aquecimento vai ocorrer quando se almejam efeitos térmicos. Além disso, sua profundidade de penetração está direta-mente relacionada com a frequência de saída, a de 3 MHz permite alcançar tecidos mais superficiais e a de 1 MHz, tecidos mais profundos4,13.Alternativa D: INCORRETA. A diatermia por ondas curtas é um método de aquecimento profundo que pode ser aplicado também na modalidade pulsada, por isso, além dos efeitos térmicos, possui também os não térmicos4,13.Alternativa E: CORRETA. A profundidade de penetração da radiação infravermelha é pequena, variando en-tre 0,1 mm a 3 mm, dependendo do comprimento de onda. As alterações térmicas provenientes dessa modalidade são oriundas da absorção da radiação que causa vibração molecular culminando em alte-rações térmicas, portanto, é considerada uma mo-dalidade de aquecimento superficial, mesmo que o aumento da temperatura possa atingir tecidos mais profundos por condução direta ou convecção. Suas indicações incluem analgesia, redução da rigidez ar-ticular com aumento da mobilidade e o tratamento de algumas lesões de pele e tecidos moles4,13.

11 (SESAB/EESP, 2015/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL REGIONALIZADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA 2015) Na apli-

cação do ultrassom terapêutico, existe a possibilida-

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98 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

de de uma onda refletida encontrar com uma onda incidente resultante, causando a chamada onda es-tacionária. A ocorrência desse fenômeno deve ser evitada, pois ______________________________.

A alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto acima é:

É pró-inflamatória, apesar de não causar risco aos tecidos. O efeito mecânico supera em muito o térmico nesta aplicação. Torna a aplicação ineficaz, uma vez que uma onda anula a outra. É formado por um elevado nível de energia, au-mentando o risco de dano tissular. As repercussões teciduais, embora sejam míni-mas, podem permitir alteração vascular importante.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O ultrassom em si possui efeito pró-inflamatório, pois é capaz de promover a liberação de mediadores químicos pelas células in-flamatórias responsáveis por atrair e ativar os fibro-blastos para o local da lesão estimulando a produ-ção de colágeno no estágio proliferativo do reparo. No entanto, a atuação do ultrassom nesse processo pode produzir alterações na membrana de várias células que podem ser destrutivas ou reversíveis e sutis. Normalmente, a destruição ocorre com níveis de ultrassom muito altos, no entanto, mesmo em níveis mais baixos, a destruição pode ocorrer, caso seja desenvolvido um campo de ondas estacioná-rias6,11,12.Alternativa B: INCORRETA. As ondas estacionárias, jun-tamente com a cavitação, correntes acústicas e mi-cromassagem, é um mecanismo físico envolvido na produção dos efeitos terapêuticos não térmicos do ultrassom. No modo pulsado, o ultrassom produ-zirá, predominantemente, efeitos não térmicos ou mecânicos, com redução do aquecimento médio dos tecidos. Entretanto, é importante atentar para o fato de que mesmo que o ultrassom contínuo esteja relacionado com predominância de efeitos térmicos, quando usado com intensidade baixa, é capaz de gerar mais efeitos mecânicos6,11,12.Alternativa C: INCORRETA. O campo de ondas estacioná-rias é originário da interação entre as ondas refle-tidas e incidentes, portanto as ondas estacionárias consistem em duas ondas sobrepostas e, ao invés de se anularem, a dose é duplicada devido ao efei-to de somação espacial, podendo ocasionar danos teciduais6,11,12.

Alternativa D: CORRETA. A energia do ultrassom é re-fletida nas interfaces de tecidos com impedâncias acústicas distintas que, quando encontra a nova energia que está sendo transmitida, forma ondas de alta energia (chamadas de ondas estacionárias), que representam um risco aos tecidos vizinhos de-vido ao seu potencial lesivo1.Alternativa E: INCORRETA. As ondas estacionárias re-presentam um risco potencial aos tecidos. Quando ocorre a formação de ondas estacionárias, a força das microcorrentes em torno das bolhas, quando se encontram nos antinodos de pressão, pode lesar as células fixas como as endoteliais que revestem os vasos. Pode ocorrer também destruição dos eri-trócitos ao serem carregados através dos arranjos de bolhas nos antinodos de pressão. Ainda acon-tece estagnação reversível das células sanguíneas que formam bandas separadas a uma distância que equivale à metade do comprimento da onda, cen-tradas nos nodos de pressão8.

12 (SESAB/BA, 2014/RESIDÊNCIA EM FISIOTERAPIA HOS-PITALAR COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA) Sobre

os efeitos biofísicos da aplicação de ultrassom, é correto afirmar que

O aumento da extensibilidade das estruturas ri-cas em colágeno é efeito não-térmico. O efeito térmico moderado do ultrassom é uti-lizado para o alongamento do tecido, redução de tecido cicatricial e inibição da atividade simpática. A energia ultrassônica em pulso leva a eventos relacionados à cavitação estável e à cavitação tran-sitória que produzem os efeitos não térmicos. O ultrassom, aplicado com uma frequência de saída de 1 MHz, nos efeitos térmicos, pode afetar tecidos localizados abaixo de 2 cm de profundida-de e o ultrassom de 3 MHz é eficaz em tecidos loca-lizados até 5 cm de profundidade. O aumento da velocidade de condução do ner-vo sensorial e do nervo motor é efeito térmico.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O aumento da extensibilida-de das estruturas ricas em colágeno é, prioritaria-mente, um efeito térmico da aplicação do ultras-som4,5.Alternativa B: INCORRETA. O efeito térmico moderado do ultrassom objetiva principalmente: tratamento da inflamação crônica, redução do quadro álgico e do espasmo muscular e aumento do fluxo sanguí-neo4,5.

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99Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

Alternativa C: INCORRETA. O ultrassom pulsado está re-lacionado, especialmente, com a geração de efei-tos não térmicos (cavitação, correntes acústicas, micromassagem, ondas estacionárias). A cavitação estável está relacionada com a oscilação de um lado para o outro das bolhas dentro das ondas de pressão do ultrassom que, no entanto, permane-cem intactas. Já na cavitação transitória, ocorre o colapso da bolha devido à alteração do seu volume gerando aumento da pressão e alteração de tem-peratura, seguidos de dano tecidual substancial4,5.Alternativa D: INCORRETA. Na aplicação do ultrassom, quanto maior a frequência, menor será a profun-didade de penetração, pois a atenuação aumenta com a elevação da frequência, por isso, a frequên-cia de 1 MHz alcançará tecidos mais profundos e a de 3 MHz, tecidos mais superficiais4,5.Alternativa E: CORRETA. O efeito térmico do ultrassom está relacionado com o aumento da velocidade de condução dos nervos motores e sensoriais. O modo de emissão contínuo privilegia os efeitos tér-micos4,5.

13 (SESAB/BA, 2014/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM CLÍNICA DA PESSOA E DA FAMÍLIA) Com relação

aos efeitos locais da aplicação da termoterapia por subtração, é correto afirmar que

Há um efeito constritor direto do frio sobre a musculatura lisa das arteríolas e vênulas. O resfriamento da pele causa vasodilatação ime-diata que age para diminuir a perda de calor cor-poral. Os termorreceptores da pele são estimulados e promovem vasodilatação autônoma reflexa na su-perfície do corpo. As anastomoses se abrem, aumentando o fluxo sanguíneo no local o que promove reação à manu-tenção da temperatura corporal. A troca de calor tipo contracorrente (de artérias para veias), ajuda a elevar a transferência de calor para a periferia, especialmente nos membros, em razão das vias paralelas arteriovenosas mais longas.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. A termoterapia por subtração é responsável por uma vasoconstrição dos vasos sanguíneos cutâneos por meio de um reflexo do sistema nervoso autônomo decorrente da estimu-lação dos termorreceptores epiteliais. Além disso, também age diretamente sobre a musculatura lisa das arteríolas e vênulas1,11.

Alternativa B: INCORRETA. O resfriamento da pele du-rante a aplicação da termoterapia por adição é res-ponsável por causar uma vasoconstrição com redu-ção do fluxo sanguíneo através da pele, limitando a condução de calor para a superfície4,5,12.Alternativa C: INCORRETA. O resfriamento da pele es-timula os termorreceptores que produzem uma vasoconstrição autônoma reflexa da superfície cor-poral12.Alternativa D: INCORRETA. Na termoterapia por subtra-ção, as anastomoses sofrem constrição, reduzindo o fluxo sanguíneo local12.Alternativa E: INCORRETA. A troca de calor contracorren-te auxilia na redução da transferência de calor para a periferia. Esse mecanismo é de fato mais efetivo nos membros, pois é favorecido pelas vias paralelas arteriovenosas relativamente longas. O objetivo é impedir uma queda brusca da temperatura central do corpo12.

14 (UEPA, 2014/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Para Agne (2013), o ultras-

som terapêutico é um dos principais recursos em-pregados no tratamento de lesões em diferentes tecidos, estando seus efeitos atrelados à profun-didade do campo próximo (zona de Fresnel) das ondas ultrassônicas. Com relação à profundidade da ação terapêutica do ultrassom é correto afirmar que:

O ultrassom com frequência de saída de 1 MHz tem um campo próximo três vezes mais largo e três vezes menos profundo que o ultrassom com fre-quência de saída de 3 MHz. O ultrassom com frequência de saída de 1 MHz tem um campo próximo três vezes menos largo e três vezes mais profundo que o ultrassom com fre-quência de saída de 3 MHz. O ultrassom com frequência de saída de 3 MHz tem um campo próximo três vezes menos largo e três vezes mais profundo que o ultrassom com fre-quência de saída de 1 MHz. O ultrassom com frequência de saída de 3 MHz tem campo próximo três vezes mais profundo e três vezes mais largo que o ultrassom com frequên-cia de 1 MHz. O ultrassom com frequência de saída de 1 MHz tem campo próximo três vezes mais profundo e três vezes mais largo que o ultrassom com frequên-cia de 3 Mhz.

GRAU DE DIFICULDADE

Page 25: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

100 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

DICA DO AUTOR: O campo próximo ou zona de Fres-nel é a região próxima ao transdutor e, a que fica além daquela, é denominada zona de Fraunhoffer ou campo distante1. No campo próximo, a distribui-ção da energia é uniforme. O diâmetro do transdu-tor influencia no comprimento do campo próximo e alinhamento dos feixes de ultrassom, sendo que quanto maior for o diâmetro, melhor será o alinha-mento. Além disso, a transmissão do ultrassom a uma frequência de 1 MHz é mais divergente em relação ao de 3 MHz12.Alternativa A: INCORRETA. O ultrassom com frequência de saída de 1 MHz tem um campo próximo três ve-zes menos largo em relação à frequência de saída de 3 MHz4,12.Alternativa B: CORRETA. O ultrassom com frequência de saída de 3 MHZ possui um campo próximo 3 ve-zes mais largo em relação ao de 1 MHz. Se a área de radiação efetiva (ERA) do transdutor fosse de 5 cm2 para as duas frequências, o comprimento do campo proximal com frequência de saída de 3 MHz seria de 33 cm, e o de 1 MHz de 11 cm. Já a profun-didade está relacionada com a frequência de saída, e o de 3 MHz alcança profundidades de 1 a 2 cm e o de 1 MHz de 3 a 5 cm4,12.Alternativa C: INCORRETA. O ultrassom de 3 MHz tem um campo próximo três vezes mais largo e menos profundo que o ultrassom com frequência de saída de 1 MHz4,12.Alternativa D: INCORRETA. O ultrassom com frequência de saída de 3 MHz tem campo próximo menos pro-fundo e três vezes mais largo que o ultrassom com frequência de 1 MHz4,12.Alternativa E: INCORRETA. O ultrassom com frequência de saída de 1 MHz tem campo próximo três vezes menos largo que o ultrassom com frequência de 3 Mhz4,12.

15 (UEPA, 2012/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Os efeitos térmicos ge-

rados pelo ultrassom são capazes de aquecer es-truturas constituídas por tecido fibroso, como as cápsulas articulares, ligamentos, tendões e tecido cicatricial, causando um aumento temporário na sua extensibilidade, com consequente:

Aumento na rigidez articular; Aumento do edema; Aumento da dor; Aumento do espasmo muscular; Promoção de processos de cicatrização.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A rigidez articular está re-lacionada com alguns parâmetros, como o com-portamento de ligamentos, cápsula articular e estruturas periarticulares, e alterações na pressão do fluido. O ultrassom é responsável pela redução da rigidez articular, pois ele exerce efeito sobre as fibras de colágeno, aumentando sua elasticida-de e reduzindo sua viscosidade, incrementando, assim, a extensibilidade do tecido cicatricial em tendões, ligamentos e cápsulas em torno da ar-ticulação, reduzindo as contraturas articulares responsáveis pela redução da amplitude de mo-vimento10,14.Alternativa B: INCORRETA. Devido a sua ação pró-in-flamatória, o ultrassom estimula a formação do edema mais precocemente, porém como ele ace-lera a fase inflamatória, acaba por proporcionar uma resolução rápida desse edema. Além disso, o ultrassom também é um bom recurso para o tratamento do edema depressível, o emprego da frequência de saída de 3 MHz contínuo é capaz de liquefazer os detritos celulares em uma espécie de gel10,14.Alternativa C: INCORRETA. Estudos mostram que o ul-trassom pode levar à redução da dor, pois seus efeitos térmicos elevam o limiar de ativação das terminações nervosas livres10,14. Ele também é res-ponsável pela redução da dor por meio da ação do calor nas fibras nervosas mielinizadas, agindo sobre o mecanismo das comportas medulares. Ele ainda aumenta a velocidade de condução nervosa nos nervos normais, gerando um efeito contrairri-tante, no entanto não existe um consenso sobre o mecanismo exato de redução do quadro álgico pelo ultrassom1.Alternativa D: INCORRETA. O aquecimento tecidual ocasionado pelo ultrassom reduz o espasmo mus-cular10,14. A redução do espasmo muscular, pelo incremento da temperatura do tecido muscular, é decorrente da redução da atividade das fibras aferentes do fuso muscular do tipo II e incremento da atividade dos aferentes do órgão tendinoso de Golgi5.Alternativa E: CORRETA. O ultrassom pode desem-penhar um importante papel na aceleração da cicatrização e reparo de tecidos moles. O reparo desses tecidos envolve três fases de cicatrização e o ultrassom pode atuar em todas. Na fase inflama-tória, ela estimula a liberação de histamina pelos mastócitos, iniciando um processo que culmina

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101Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

com a aceleração da fase inflamatória. Na fase proliferativa, estimula os fibroblastos aumentan-do a produção de colágeno, que confere força ao tecido conectivo. A cavitação e o microfluxo alte-ram a permeabilidade da membrana celular aos íons cálcio, incrementando a síntese de colágeno e a força de tensão. Já na fase de remodelação, o ultrassom, por meio do aquecimento tecidual, au-menta a elasticidade e diminui a viscosidade das fibras de colágeno10,14.

3. FOTOTERAPIA

16 (SESAB/BA, 2014/RESIDÊNCIA EM FISIOTERAPIA HOS-PITALAR COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA) A uti-

lização terapêutica da luz, por meio de radiações infravermelhas, tem como destaque:

A radiação infravermelha é um agente térmico superficial usado para alívio da dor e rigidez, para aumentar a mobilidade articular e favorecer a re-generação de lesões de tecidos moles e problemas da pele. A aplicação dos raios infravermelhos é indicada no uso clínico de pacientes com problemas circu-latórios, pois o calor provoca vasoconstrição que diminui o fluxo sanguíneo da área. Os dois tipos de geradores de luz infravermelha: gerador de luz infravermelha próxima (não lumino-so) e de luz infravermelha distante (luminoso). A radiação infravermelha atinge tanto a camada mais superficial da pele (epiderme), como a cama-da mais profunda (a hipoderme). Os geradores não-luminosos produzem certo grau de luz visível, colocando-os na extremidade “próxima” do espectro infravermelho. Como há luz visível, parte da energia do tratamento é refletida pela superfície da pele.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: CORRETA. A radiação infravermelha é responsável por um efeito térmico a nível superfi-cial (até 3 mm de profundidade). Ela atua no alívio da dor, pois aumenta a condução dos nervos sen-soriais, ocasionando o incremento da liberação de endorfinas influenciando as respostas senso-riais, consequentemente, afeta o mecanismo das comportas; ajuda a combater a infecção por fun-gos; é eficaz no tratamento da psoríase; pode ser empregada na profilaxia de úlceras de pressão;

alivia o espasmo muscular; promove a cicatriza-ção e reparo tecidual; melhora a flexibilidade dos tecidos; diminui a rigidez articular e; aumenta a vascularização epitelial5,11,12. Assim sendo, ela é indicada para todos os objetivos mencionados na alternativa.Alternativa B: INCORRETA. A aplicação dos raios in-fravermelhos ocasiona vasodilatação cutânea devido à liberação de vasodilatadores químicos, histamina e outras substâncias similares e por um possível efeito direto nos vasos sanguíneos, au-mentando o fluxo sanguíneo da área. Não é indi-cada para pacientes com problemas circulatórios, pois o aumento do fluxo sanguíneo da região leva a uma sobrecarga dos mecanismos circulatórios locais podendo causar necrose tecidual12.Alternativa C: INCORRETA. O gerador de luz infraver-melha próxima é luminoso, ele emite radiações infravermelhas e radiações visíveis, principalmen-te da banda do infravermelho curto com pico em torno de 1000 nm. O gerador de luz infraverme-lha distante é não luminoso, pois emite radiações da banda de infravermelho longa em torno de 3000 a 4000 nm12.Alternativa D: INCORRETA. O infravermelho terapêutico é absorvido na superfície da pele, especialmente pela água. Seu poder de penetração é pequeno com profundidade máxima de até 3 mm, atingindo as camadas mais superficiais da pele12.Alternativa E: INCORRETA. Os geradores não luminosos emitem uma pequena radiação visível vermelha, no entanto, ele está na extremidade distante do espectro infravermelho12.

17 (UEPA, 2012/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Com relação à radiação

laser (laserterapia) é correto afirmar que:

A monocromaticidade refere-se à organização perfeita no que diz respeito ao deslocamento orde-nado de suas ondas que oscilam uniformemente. No laser, os feixes são paralelos, sem divergência e com elevada colimação. Os efeitos da radiação laser sobre os tecidos não dependem da absorção de sua energia e da transformação desta em determinados processos biológicos. Os efeitos fisiológicos do laser independem da intensidade e frequência dos pulsos além do tem-po de emissão sobre uma determinada área.

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102 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

Considera-se reflexão a passagem direta da luz através dos tecidos para áreas adjacentes ao local desejado.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. A monocromaticidade refe-re-se à cor única da luz produzida pelo laser, sendo que grande parte da radiação emitida é agrupada em torno de um único comprimento de onda com largura de banda estreita1,4,9,12. Os raios lasers pos-suem um comprimento de onda específico e, por isso, possuem uma frequência definida, decorren-do daí a monocromaticidade1.Alternativa B: CORRETA. A colimação está relaciona-da com o paralelismo dos raios de luz ou fótons emitidos pelos aparelhos laser, praticamente sem divergência da radiação emitida com a distância. A energia, então, é propagada por distâncias muito longas sem sofrer divergência1.Alternativa C: INCORRETA. A luz gerada por um apare-lho de laserterapia ou de luz monocromática pode interagir com o tecido de duas maneiras. A primei-ra é por meio da dispersão da luz incidente, que diz respeito a uma mudança na direção de pro-pagação da luz quando ela atravessa os tecidos decorrente da variabilidade no índice de refração dos componentes do tecido em relação à água. A segunda está relacionada com a absorção da luz incidente por um cromóforo, que é uma molécu-la excitável pelos fótons incidentes, e os compri-mentos de onda emitidos na laserterapia são ab-sorvidos de imediato por diversas biomoléculas, limitando a penetração a alguns milímetros. Por-tanto, a absorção é considerada de fundamental importância no que tange à base fotobiológica da laserterapia, pois ela é quem possibilita os efeitos fotobiológicos e clínicos1.Alternativa D: INCORRETA. A frequência de pulso, de acordo com alguns estudos, é de fundamental importância para alguns efeitos fisiológicos da la-serterapia, além disso, a intensidade e o tempo de emissão também influenciam nos efeitos fisiológi-cos do laser que estão relacionados com o trata-mento de condições reumatológicas, de lesões de tecidos moles e alívio da dor1.Alternativa E: INCORRETA. A reflexão diz respeito ao re-direcionamento de um feixe para longe da superfí-cie em um ângulo similar e oposto ao de incidência. O ultrassom é refletido pelas interfaces teciduais, sendo encontrados os índices de reflexão mais elevados, onde a impedância acústica dos tecidos

adjacentes apresenta maiores diferenças. Nas inter-faces entre o tecido mole e o osso, ocorre bastante reflexão, em torno de 35%4,5,12.

18 (UEPA, 2015/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Paciente 65 anos, diabé-

tico, relata cirurgia vascular para varizes em MID, apresentando úlcera mista em extremidade de MID, com bordas irregulares, palidez perilesional e lipodermatoesclerose, é encaminhado para o aten-dimento da fisioterapia. As propostas terapêuticas indicadas para este caso são:

LASER 660, Microcorrentes, Alta voltagem e exercícios; LASER 900, Microgalvânica, Alta voltagem e exercícios; Ultrassom Terapêutico, Alta frequência, Micro-galvânica e exercícios; Ultrassom Terapêutico, Alta Voltagem, Microgal-vânica e Parafina; Alta Voltagem, Alta frequência, Parafina e exer-cícios.

GRAU DE DIFICULDADE

DICA DO AUTOR: A lipodermatoesclerose é uma inflamação seguida por fibrose do tecido adipo-so subcutâneo que se apresenta, de forma aguda, como eritema, calor e dor. Não raramente, é con-fundida com celulite.Alternativa A: CORRETA. O laser é muito bem indica-do nesse caso devido aos seus efeitos analgési-co, anti-inflamatório e cicatrizante1. Esse compri-mento de onda estimula a liberação de fatores pelos macrófagos responsáveis que estimulam uma proliferação de fibroblastos acima dos níveis de controle, acelerando a cicatrização de feridas abertas e das margens da ferida11. A microcorren-te está indicada, pois reduz a dor, incrementa a síntese proteica de ATP e destrói bactérias, além de ser responsável pela abertura dos leitos capila-res, melhorando a drenagem linfática8. É indicada para o tratamento de úlceras, como a diabética devido ao seu efeito sobre o pH e na liberação de íons, acelerando o processo cicatricial de feridas. A eletroestimulação de alta voltagem também está indicada, pois promove a cicatrização de feridas e tecidos por meio do incremento do fluxo san-guíneo; fagocitose; melhora da oxigenação; redu-ção do edema; atração de fibroblastos e células

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103Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

epiteliais; síntese de DNA; mitose celular; eleva-ção da produção de ATP; melhora do transporte nas membranas; atuação sobre a organização da matriz de colágeno e na contração da ferida com migração de células da derme15. O exercício físico é importante para manutenção ou recuperação da mobilidade, otimização do estado de saúde e da sensação de bem-estar, além disso, ele possui uma série de efeitos cardiovasculares positivos como a melhora do retorno venoso, além de ser benéfico no controle da diabetes (especialmente tipo II) auxiliando no controle da glicemia9,15.Alternativa B: INCORRETA. Como explicado acima, o Laser de 660 nm e os de 820 e 870 nm são mais indicados para o tratamento de feridas, devido ao efeito sobre os macrófagos12. A galvânica é uma corrente direta contínua, a microgalvânica, por sua vez, é empregada no tratamento de rugas e estrias15. A alta voltagem e os exercícios, como já dito na alternativa anterior, são propostas tera-pêuticas indicadas.Alternativa C: INCORRETA. Novamente o exercício é uma proposta terapêutica indicada nesse caso; já a microgalvânica não tem indicação específica para o quadro clínico apresentado. Os estudos não são incisivos em afirmar que o ultrassom é o melhor recurso para o tratamento de úlceras, porém alguns demonstram efeitos positivos com melhora da velocidade de regeneração1. Além dis-so, o ultrassom é eficaz na facilitação do processo de inflamação e pode ajudar no alívio da dor. A alta frequência tem efeito bactericida e antissép-tico através da conversão de oxigênio em ozônio pela passagem da onda eletromagnética. O ozô-nio é germicida e, em contato com fluidos orgâ-nicos estimula a formação de moléculas reativas de oxigênio que influenciam eventos bioquímicos do metabolismo celular beneficiando o reparo te-cidual e atuando como antimicrobiano, bacterici-da e fungicida. Ele é bem indicado para acelerar o processo de cicatrização de feridas cutâneas, por-tanto, pode trazer benefícios para o tratamento do paciente1,9,15.Alternativa D: INCORRETA. Como já mencionado ante-riormente, o recurso de alta voltagem e o ultras-som terapêutico podem trazer benefícios nesse caso, diferentemente da microgalvânica. O banho de parafina é um método de calor superficial que consiste na submersão da região tratada na parafi-na e enrolada em um saco plástico ou imersa várias vezes formando de 8 a 10 camadas. Essa técnica não é indicada para regiões corporais com feridas

abertas ou problemas de circulação, portanto, não deve ser aplicada nesse caso4,12.Alternativa E: INCORRETA. De acordo com o que foi co-locado no comentário da alternativa acima, a para-fina não é indicada nesse caso.

19 (UNIFESP, 2015/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE/FISIOTERAPIA) Um paciente doou 1

rim para transplante há 6 meses e desenvolveu ci-catriz hipertrófica na região doadora. Esta cicatriz causa a sensação de restrição nos movimentos de tronco do paciente. Foi indicada a fisioterapia para melhorar a aderência da cicatriz. O recurso eletro-terapêutico que pode ser utilizado para melhorar a aderência cicatricial é:

Laserterapia de baixa intensidade. Ondas curtas pulsado. Ultrassom. Estimulação de alta voltagem. Estimulação elétrica nervosa transcutânea.

GRAU DE DIFICULDADE

DICA DO AUTOR: As aderências ocorrem quando as fibras de colágeno aderem-se de maneira anormal às estruturas ao seu redor devido à imobilização, trauma ou complicação cirúrgica, restringindo a elasticidade normal e o deslizamento das estrutu-ras envolvidas5,15.Alternativa A: INCORRETA. A laserterapia estimula a regeneração de feridas abertas, auxilia no trata-mento de várias condições artríticas e de lesões de tecidos moles, e no alívio da dor9. Sua ação inclui o estímulo dos macrófagos com liberação de fatores que vão estimular a proliferação de fi-broblastos, além disso, aumenta a formação de colágeno, causa vasodilatação, estimula a síntese de DNA e aumenta a produção de RNA. Em lesões de tecidos moles, ele pode ser aplicado já na fase aguda para acelerar o processo de reparo tecidual. A laserterapia tem como sua maior indicação o tratamento de úlceras e feridas abertas e, apesar dos seus efeitos benéficos no processo de cicatri-zação, não é o melhor recurso para se alcançar o objetivo almejado1,9,16.Alternativa B: INCORRETA. A aplicação da diatermia por ondas curtas no modo pulsado gera uma car-ga térmica mais baixa, no entanto tanto, ondas curtas contínuo, quanto o ondas curtas pulsado podem ser usados para aquecimento tecidual

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104 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

profundo. Seus efeitos são o incremento do fluxo sanguíneo, aumento da extensibilidade do tecido colagenoso profundo, redução da rigidez articu-lar e alívio da dor e de espasmos musculares pro-fundos. O ondas curtas pulsado, devido à menor carga térmica, pode ser usado para o tratamento de lesões teciduais nos estágios iniciais10, apesar disso, não é a melhor escolha para esse caso, já que uma maior carga térmica poderia trazer mais benefícios, como um aumento mais importante da extensibilidade do colágeno.Alternativa C: CORRETA. O ultrassom é o método mais interessante para alcance do objetivo proposto, pois, ele aquece estruturas formadas por tecido fibroso, como o tecido cicatricial, aumentando temporariamente, sua extensibilidade. Esse efei-to ocorre, porque ele aquece preferencialmente o tecido colagenoso e melhora a extensibilidade do colágeno maduro encontrado no tecido cica-tricial, auxiliando na reorientação das fibras com melhora da elasticidade sem perda de força4,12.Alternativa D: INCORRETA. A estimulação de alta volta-gem produz diversos efeitos fisiológicos e clínicos como o aumento do fluxo sanguíneo; estímulo da fagocitose; melhora da oxigenação; diminuição do edema; atração de fibroblastos e células epiteliais; síntese de DNA e aumento da produção de RNA; estímulo da mitose celular; melhora do transporte nas membranas, e ainda auxilia na organização da matriz de colágeno e contração da ferida com mi-gração de células da derme15. Portanto, seus efeitos são indicados para a cicatrização de feridas, redu-ção de edema e alívio da dor, não sendo o método de escolha que traria maiores benefícios para o ob-jetivo proposto.Alternativa E: INCORRETA. O TENS é uma corrente em-pregada, prioritariamente, no manejo da dor1, consequentemente, não seria capaz de alcançar o objetivo almejado para o paciente.

4. MECANOTERAPIA

20 (PUC/SP, 2015/ RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL COM ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA)

Recursos mecanoterâpeuticos são aqueles utiliza-dos nas sessões de fisioterapia, que complemen-tam as sessões e estimulam o equilíbrio, proprio-cepção, fortalecimento, alongamento. Seguindo essa ordem de tratamento, podemos utilizar

Bola suíça, disco proprioceptivo, tornozeleiras de contenção e faixa elástica.

Prancha de equilíbrio, disco proprioceptivo, hal-teres e tornozeleiras. Prancha de equilíbrio, disco proprioceptivo, hal-teres e faixa elástica. Bola suíça, halteres, disco proprioceptivo e faixa elástica. Faixa elástica, bola suíça, tornozeleiras e halte-res.

GRAU DE DIFICULDADE

Alternativa A: INCORRETA. O treino de equilíbrio é dire-cionado para a habilidade de manter uma posição específica através do controle motor consciente e inconsciente14. A bola suíça pode ser usada para diversos propósitos: equilíbrio, coordenação, força, flexibilidade, controle da postura e do movimento. Já o treinamento proprioceptivo visa recuperar a sensibilidade proprioceptiva treinando as vias afe-rentes modificadas e otimizando a sensação dos movimentos articulares16. Os déficits propriocepti-vos podem ser trabalhados com treinamentos em superfícies instáveis, como o disco propriocepti-vo1,13. A força, por sua vez, refere-se à capacidade do músculo de gerar força contra uma resistência ou carga. O treinamento para força muscular pre-coniza o uso de cargas mais altas com menor nú-mero de repetições. No entanto, a tornozeleira de contenção não fornece uma carga ou resistência, ela serve de suporte para a articulação do torno-zelo em caso de alterações das estruturas que lhe conferem estabilidade. Por fim, o alongamento é qualquer manobra, cujo objetivo seja aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles en-curtados com aumento da amplitude de movimen-to. Existem diversas técnicas de alongamento que podem ou não usar recursos mecanoterapêuticos, como as faixas elásticas, que também são usadas para ganho de força muscular1.Alternativa B: INCORRETA. A prancha de equilíbrio oferece uma base de apoio instável permitindo trabalhar o equilíbrio dinâmico16. O disco proprio-ceptivo, como já discutido acima, é indicado para trabalho proprioceptivo. O halter é capaz de ofere-cer resistência, por isso, é utilizado para fortaleci-mento muscular. As tornozeleiras, por sua vez, não possuem aplicação no alongamento, elas podem ser de contenção, como já esclarecido acima, ou usadas para fortalecimento muscular1,13.Alternativa C: CORRETA. Como já elucidado nos comen-tários das alternativas anteriores, a prancha de equi-líbrio é um recurso mecanoterapêutico para ganho de equilíbrio, o disco proprioceptivo para trabalho

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105Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

proprioceptivo, o halter para fortalecimento mus-cular e a faixa elástica para alongamento12.Alternativa D: INCORRETA. No comentário da alternati-va A, a bola suíça é classificada como um recurso mecanoterapêutico para ganho de equilíbrio. Os halteres são usados para fortalecimento e o disco proprioceptivo para propriocepção. Já a faixa elás-tica é empregada para alongamento.

Alternativa E: INCORRETA. A faixa elástica é um recurso usado, principalmente, para alongamento e for-talecimento muscular. A bola suíça pode ser em-pregada no treino proprioceptivo se o paciente possuir controle de peso corporal na extremidade.4 Tornozeleiras podem ser usadas para contenção ou fortalecimento muscular, e halteres são recursos para fortalecimento muscular9.

RESUMO PRÁTICO

1. BASES BIOFÍSICAS DOS AGENTES ELETROFÍSICOS

1.1. BREVE HISTÓRICO SOBRE AS CORRENTES ELÉTRICAS

Figura 1: Primeiros experimentos com eletroterapia.

O uso da corrente elétrica para alívio das dores e sintomas físicos foi verificado em relatos desde 2750 a.C. Desde então, marcos históricos delineiam os avanços ocorridos na eletroterapia em diver-sas civilizações. As descargas de peixes elétricos encontrados no Mar Mediterrâneo eram usadas pelos egípcios para minimizar as dores do corpo17. Em 200 a 130 a.C., Galeno também recomendou a utilização desse peixe elétrico para reduzir o

quadro álgico. Entre 10 e 54 a.C., um médico ro-mano chamado Scribonius Largo utilizou o mesmo peixe para tratamento de demência. Em 1789, Luigi Galvani experimentou uma corrente que produzia contração no músculo da perna de uma rã. A partir de então, iniciou-se a eletroterapia como ciência. Avanços importantes para a ciência começariam a surgir nesse período. O cientista Hans Christian Oerstad, em 1820, descobriu a relação entre eletri-cidade e magnetismo. Ainda nesse século, Michael Faraday descobriu que um campo magnético pode induzir uma corrente em um fio condutor, sendo possível idealizar equipamentos que emitiam cor-rentes elétricas no corpo humano (figura 1).

Essas descobertas proporcionaram avanços importantes no uso da eletricidade. Uma vertente importante foi a aplicação das correntes elétricas para fins terapêuticos que começou a desenvolver no século XVIII com um pico de crescimento no fi-nal do século XX.

1.2. CONCEITOS IMPORTANTES EM ELETROTERAPIA

1.2.1. CORRENTE ELÉTRICA

Fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial (DDP) entre os extremos de um condutor. Para que os elétrons se movimentem de um lado para o ou-tro, é necessária uma força que os impulsionem. A essa força chamamos de força eletromotriz (FEM), e ela ocorre quando em determinado material possui um dos polos com falta e o outro com ex-cesso de elétrons. Esta diferença de potencial é mensurada em Volt, mas como estamos falando de tecidos biológicos, os campos elétricos atuam com milivoltagem (mV).

Page 31: 2017 · 2.1. Avaliação neurofuncional

105Recursoseletrotermofototerapêuticose mecanoterapêuticos

proprioceptivo, o halter para fortalecimento mus-cular e a faixa elástica para alongamento12.Alternativa D: INCORRETA. No comentário da alternati-va A, a bola suíça é classificada como um recurso mecanoterapêutico para ganho de equilíbrio. Os halteres são usados para fortalecimento e o disco proprioceptivo para propriocepção. Já a faixa elás-tica é empregada para alongamento.

Alternativa E: INCORRETA. A faixa elástica é um recurso usado, principalmente, para alongamento e for-talecimento muscular. A bola suíça pode ser em-pregada no treino proprioceptivo se o paciente possuir controle de peso corporal na extremidade.4 Tornozeleiras podem ser usadas para contenção ou fortalecimento muscular, e halteres são recursos para fortalecimento muscular9.

RESUMO PRÁTICO

1. BASES BIOFÍSICAS DOS AGENTES ELETROFÍSICOS

1.1. BREVE HISTÓRICO SOBRE AS CORRENTES ELÉTRICAS

Figura 1: Primeiros experimentos com eletroterapia.

O uso da corrente elétrica para alívio das dores e sintomas físicos foi verificado em relatos desde 2750 a.C. Desde então, marcos históricos delineiam os avanços ocorridos na eletroterapia em diver-sas civilizações. As descargas de peixes elétricos encontrados no Mar Mediterrâneo eram usadas pelos egípcios para minimizar as dores do corpo17. Em 200 a 130 a.C., Galeno também recomendou a utilização desse peixe elétrico para reduzir o

quadro álgico. Entre 10 e 54 a.C., um médico ro-mano chamado Scribonius Largo utilizou o mesmo peixe para tratamento de demência. Em 1789, Luigi Galvani experimentou uma corrente que produzia contração no músculo da perna de uma rã. A partir de então, iniciou-se a eletroterapia como ciência. Avanços importantes para a ciência começariam a surgir nesse período. O cientista Hans Christian Oerstad, em 1820, descobriu a relação entre eletri-cidade e magnetismo. Ainda nesse século, Michael Faraday descobriu que um campo magnético pode induzir uma corrente em um fio condutor, sendo possível idealizar equipamentos que emitiam cor-rentes elétricas no corpo humano (figura 1).

Essas descobertas proporcionaram avanços importantes no uso da eletricidade. Uma vertente importante foi a aplicação das correntes elétricas para fins terapêuticos que começou a desenvolver no século XVIII com um pico de crescimento no fi-nal do século XX.

1.2. CONCEITOS IMPORTANTES EM ELETROTERAPIA

1.2.1. CORRENTE ELÉTRICA

Fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial (DDP) entre os extremos de um condutor. Para que os elétrons se movimentem de um lado para o ou-tro, é necessária uma força que os impulsionem. A essa força chamamos de força eletromotriz (FEM), e ela ocorre quando em determinado material possui um dos polos com falta e o outro com ex-cesso de elétrons. Esta diferença de potencial é mensurada em Volt, mas como estamos falando de tecidos biológicos, os campos elétricos atuam com milivoltagem (mV).

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PÓLO NEGATIVO

(-)

PÓLO POSITIVO

(+)

Figura 2 - Fluxo ordenado de elétrons.

Na figura acima é possível ver o fluxo de elé-trons. Este fluxo ocorre de um polo a outro do ma-terial. Esses polos foram convencionalmente deno-minados de negativo (-) e positivo (+) (figura 2).

O fluxo de elétrons ocorre mais fácil em ma-teriais que possuem apenas um ou dois elétrons de valência em sua última camada (Ex. metais). Esses materiais nós chamados de condutores. Os materiais que possuem suas camadas de valência quase completas tendem a ser mais estáveis com poucos elétrons livres, sendo chamados de iso-lantes.

Os nossos tecidos possuem características de condutores de isolantes, sendo considerado um estado intermediário denominado semicondutor.

Lembrem-se que toda corrente elétrica se pro-paga no material através de movimentos ondulató-rios. Considere o exemplo abaixo como uma oscila-ção elétrica em um determinado material (figura 3).

Fase positiva

(+)

Fase negativa

(-)Figura 3 - Oscilação elétrica em um determinado material

1.2.2. RESISTÊNCIA

Dificuldade oferecida pelo condutor à passa-gem da corrente elétrica. Quanto maior a resis-tência, maior será o calor gerado pelo maior atrito entre os átomos. A unidade de medida é ohm (Ω). A resistência gera trabalho devido ao atrito im-posto. Este atrito gera calor e quando isto ocorre chamamos de efeito joule. Portanto, o trabalho imposto pode ser quantificado em joule (J), mas como estamos falando de tecido biológico, a re-sistência oferecida por estes tecidos é mensurada em milijoule (mJ).

Figura 4 - Resistência e trabalho gerado pela passagem da corrente elétrica

A figura da lâmpada a cima representa muito bem a resistência e o trabalho gerado pela passa-gem da corrente elétrica. O filamento de tungstê-nio no interior da lâmpada superaquece devido ao elevado atrito dos elétrons passando por esse ma-terial. O calor gerando é tão intenso que permite a emissão de feixes luminosos (figura 4).

1.2.3. FREQUÊNCIA

É uma característica dependente do tempo e é mensurada em Hertz (Hz). Ela refere-se à frequência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um segundo. Como descrito anteriormente, podemos notar que as correntes terapêuticas são classificadas de acordo com sua faixa de frequência (figura 5).

1 segundo

Figura 5 - Representação da frequência

1.2.4. LARGURA DE PULSO

Corresponde ao tempo de passagem dos elé-trons nos tecidos. É mensurado em milissegundos (ms) ou microssegundos (µs). Existe um conceito importante relacionado à largura de pulso, que é a cronaxia. Este termo corresponde à largura de pulso mínima capaz de evocar a estimulação de nervos, ou seja, só haverá potencial de ação se a largura de pulso da corrente aplicada for igual ou superior ao mínimo necessário para desencadear o estímulo (figura 6).

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Duração do pulso

Figura 6 - Representação da largura de pulso

1.2.5. INTERVALO INTERPULSO

No exemplo 1, não há intervalo, mas no exemplo 2, há. Percebam que quanto maior for a distância do intervalo, menos pulso teremos (figuras 7 e 8).

Figura 7 - Representação de corrente sem intervalo interpulso

Figura 8 - Representação de corrente com intervalo interpulso

1.2.6. INTENSIDADE

Corresponde à quantidade de elétrons que passa por um condutor. Isto depende da largura e da amplitude do pulso. A quantidade do fluxo de elétrons ou intensidade da corrente corresponde à área sob o pulso elétrico. A intensidade é men-surada em ampere (A). Entretanto, como estamos falando de tecidos biológicos, utilizaremos miliam-peragem (mA) ou microamperagem (µA).

Verifiquem que no exemplo 1 a área sob o pulso é menor quando comparado à área sob o pulso do exemplo 2. Isto significa que houve aumento da intensidade (figura 9).

Exemplo 1

Exemplo 2

Figura 9 - Exemplos de representações de intensidades

1.2.7. FORMATO DO PULSO

A carga de cada fase pode variar, gerando for-mato de onda distinto para cada corrente (figura 10).

Onda retangular:• Tempo de subida e descida instantâneo.

Onda triângular:• Tempo de subida e descida gradual.

Onda trapezoidal:• Tempo de subida e descida gradual com

tempo de sustentação.

Onda quadrada:• Tempo de subida e descida instantâneo.

Onda senoidal:• Tempo de subida e descida gradual.

Figura 10 - Representação de diferentes formatos de onda

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132 Ana Carolina Freitas, Aila Almeida e Cleber Luz

11.4.1. TIPOS DE LASER

O laser é classificado de acordo com a potência de emissão. A radiação LASER pode ser classificada como:

Classe Potência Efeitos Uso

1 Baixa Nenhum nos olhos ou pele Laser Point

2 Baixa CW – 5mW

Seguro na pele/ olhos protegidos por respostas de aversão

-

3A Baixa CW – 5mW

Olhar diretamente para o feixeCom auxílios ópticos pode ser perigoso

Terapêutico: modelos fisioterápicos

3B Média CW – 500mW

Olhar diretamente para o feixeCom auxílios ópticos pode ser perigoso

-

4 AltaCW –

500mW+

Perigoso para a pele e para os olhos Destrutivo: modelos cirúrgicos.

Quanto aos comprimentos de onda utilizados, os mais comuns são:

Tipo Comprimento de Onda Radiação

Laser de Rubi 694,3 Luz Vermelha

Laser de He-Ne 632,8 Luz Vermelha

Laser de Diodo (GaAIAs)

750 Luz Vermelha

780 Infravermelho

810 Infravermelho

820 Infravermelho

850 Infravermelho

1300 Infravermelho

860 Infravermelho

904 Infravermelho

11.4.2. FORMAS DE APLICAÇÃO

1. Aplicação por pontos – Neste modo, a caneta de emissão luminosa permanece fixa em um ponto. Para isto, são necessários vários pontos em toda a área tratada. Normalmente permanece de 30 a 60 segundos em cada ponto, respeitando uma distância mínima de 1 cm entre os pontos.

2. Aplicação por zona – Consiste na aplicação, de uma vez só, de uma área maior que um ponto. Para isto, usam-se lentes divergentes para au-mentar sua abrangência.

3. Aplicação por varredura – Consiste em uma apli-cação dinâmica, à maneira de um pincel; a cane-ta faz com que o ponto iluminado “varra” toda uma região.

11.4.3. EFEITO TERAPÊUTICO DO LASER

O Laser tem que ser aplicado em ângulo reto, para que a penetração seja maximizada. Ao pene-trar nos tecidos, pode ser refletida e refratada em várias interfaces abaixo da pele, o que levará ao espalhamento e perda da penetração.

Comprimentos de onda diferentes possuem profundidades de penetração diferentes.

Os efeitos comprovados em estudos científi-cos são:1. Analgesia;2. Antoedematoso;3. Cicatrização de tecidos;4. Anti-inflamatório.

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11.4.4. CICATRIZAÇÃO DE TECIDOS

• Quanto maior a frequência, melhor será a cica-trização;

• Aumenta a formação de colágeno, vasodilata-ção e síntese de DNA;

• Recomendado para o tratamento de ferimentos e úlceras tróficas.

11.4.5. ANALGÉSICO

• Usado para o alívio de dor em muitas condições, tanto rápidas como de longa duração;

• Indicado para artrite reumática, osteoartrite, bursite e vários aspectos de dores nas costas (in-flamação nervosa, espasmo muscular);

• Dores neurogênicas (trigeminal, neuralgia pós--herpética e outras) são aliviadas em alguns pacientes com aplicações laser. Acredita-se que isto seja devido ao laser, afetando o metabolis-mo de serotonina;

• A dor também é tratada pela aplicação da fonte laser em pontos gatilho ou de acupuntura.

11.4.6. PRINCÍPIOS DE APLICAÇÃO

• Utiliza-se a caneta laser sobre a pele;• A posição do paciente deve ser escolhida para

que a área a ser tratada esteja acessível e susten-tada;

• A superfície da pele a ser tratada deve ser inspe-cionada e limpa com álcool;

• A natureza do tratamento e a necessidade de se usar óculos protetores são explicadas ao pacien-te;

• Óculos protetores projetados para o compri-mento de onda utilizado;

• Uma chave geralmente é usada para ativar a máquina e garantir que pessoas não autorizadas não liguem o laser.

11.4.7. DOSAGEM DO LASER

Quanto ao comprimento de onda - Laser vermelho visível é recomendado para situações superficiais, tais como ferimentos, úlceras e con-dições cutâneas, e infravermelho para estruturas mais profundas, como as musculoesqueléticas.

Quanto à intensidade - A dose de tratamento é estipulada em termos de J/cm², ou mJ.

IMPORTANTE: A dosimetria do laser é ainda muito discutida, em função da falta de mais trabalhos de pesquisa básica. Existe muita diversificação quanto à profundidade de penetração, tempos de exposição e comprimento de onda.

Quanto à frequência de pulso - A frequência de pulso tem que ser considerada, pois:a) Baixas frequências de pulso = condições agudas;b) Altas taxas de repetição de pulso = condições

crônicas. Quanto à área de tratamento – Considere a

área de tratamento em cm2, subdivida em peque-nas zonas de 2cm2 e aplique a caneta laser em cada ponto. Se a técnica de varredura for preconizada, você deverá mover o laser continuamente sobre a superfície do ferimento.

11.4.8. PERIGOS E CONTRAINDICAÇÕES

1. Dano ocular pela aplicação sem óculos de pro-teção;

2. É recomendado que superfícies reflexivas sejam retiradas da área ou cobertas;

3. O feixe laser só deve ser ligado quando a caneta estiver em contato com a pele;

4. Precauções posteriores incluem usar óculos pro-tetores;

5. O tratamento em uma área bem iluminada, para assegurar a constrição da pupila e, assim, dimi-nuir a quantidade de radiação que poderia en-trar no olho também é recomendado;

6. Evitar tratamento direto em tecidos neoplásicos;7. O uso do laser sobre a moleira aberta em crian-

ças e sobre o útero grávido deve ser evitado;8. Em áreas infectadas não deve ser aplicado pon-

tualmente.

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