4-Os Quarenta Ditos an Nawawi 4 Bimestre Ilaei

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  • OS QUARENTA DITOS

    AN NAWAWI

    4 Bimestre

    Instituto Latino - Americano de Estudos Islmicos

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    DEDICATRIA

    Excepcionalmente, nas disciplinas do 4 bimestre do Curso de Divulgador do ILAEI, a formatao segundo as normas tcnicas internacionais exigidas para a redao de material didtico e obras literrias (ABNT) no foram observadas, preservando os trechos em lngua rabe que teriam seu contedo modificado. Alm disso, recebendo contribuio que s enriquece nossos estudos e aprendizado, foi preservado, na digitalizao, o formato dos originais redigidos para a gravao das aulas ministradas pelo nosso querido irmo e amigo do ILAEI Prof. Samir El-Hayek, para quem registramos nosso agradecimento. Sua contribuio ao Isl, dentre tantas outras, certamente lhe retornaro em bnos concedidas por Allah.

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    OS QUARENTA DITOS AN NAWAWI

    4 Bimestre

    NDICE

    Lista de abreviaturas...................................................................................................................04 Introduo.......................................................................................................................................05 Primeira aula 1 Tradio......................................................................................................07 Segunda aula 3 Tradio.......................................................................................................14 Terceira aula 6 Tradio.......................................................................................................18 Quarta aula 8 Tradio..........................................................................................................22 Quinta aula 10 Tradio........................................................................................................26 Sexta aula 13 Tradio...........................................................................................................30 Stima aula 17 Tradio........................................................................................................33 Oitava aula 20 Tradio.........................................................................................................39 Nona aula 23 Tradio............................................................................................................42 Dcima aula 25 Tradio.......................................................................................................46 Dcima primeira aula 27 Tradio....................................................................................49 Dcima segunda aula 29 Tradio.....................................................................................53 Dcima terceira aula 30 Tradio......................................................................................55 Dcima quarta aula 33 Tradio.........................................................................................59 Dcima quinta aula 36 Tradio.........................................................................................64 Dcima sexta aula 40 Tradio............................................................................................70

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    LISTA DE ABREVIATURA

    (S) - Salla Allahu Alaihi Wa Sallam- Que Deus o abenoe e lhe d paz. Expresso usada aps a meno do nome do Profeta Muhammad. (SWT) Subhnahu Wa Tala Glorificado e Exaltado seja. usada aps a meno do nome de Deus.

    (R) -Radhi Allahu Anhu (Anha) Que Deus esteja satisfeito com ele (ela). usada aps a meno do nome de um companheiro ou uma companheira. (A.S) Alaihi Salam Que a paz esteja com ele. Expresso usada aps a meno do nome de qualquer profeta ou anjo.

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    Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso

    Louvado seja Allah, Senhor do Universo, que a Sua paz e

    graa estejam com o fiel Mensageiro, com seus familiares e

    seus bondosos companheiros.

    INTRODUO

    Disciplina: Hadice (Tradio) do quarto bimestre dos alunos

    do Instituto Latino-Americano de Estudos Islmicos.

    OS QUARENTA NAWAWITAS

    As quarenta tradies nawawitas um livreto que inclui quarenta

    e dois ahdice (plural de hadice ou tradio proftica) compilados pelo

    Imam Abu Zakariya Yahia Ibn Charaf An Nawawi.

    O livreto apresenta os mais importantes ditos e atos do Profeta

    (Allah o abenoe e lhe d paz). um mero mtodo da sabedoria do

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) que nos foi transmitido atravs

    dos sculos para nos orientar para uma srie de aspectos que devem

    nortear a vida do muulmano. necessrio que cada um interessado

    nesta vida e na outra conhecer essas tradies, pelo que incluem do

    que foi perguntado a respeito de sua compilao aos quarenta ahdice.

    Quando foi perguntado respondeu An Nawawi: "H telogos que

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    reuniram quarenta tradies a respeito dos fundamentos da religio.

    Outros compilaram nos ramos e outros ainda a respeito do Jihad.

    Outros mais, compilaram a respeito do ascetismo, outros a respeito dos

    sermes. Todas as intenes foram excelentes, que Allah esteja

    satisfeito com todos eles. Conclu que reunir quarenta tradies mais

    importantes de tudo isso, que abrangem tudo que os outros

    compilaram. Que cada tradio seja uma importante base dos

    fundamentos da religio. Os telogos opinaram que abrangem todo o

    Islam, ou descrevem o Islam ou um tero dele.

    Tomou-se o cuidado que os quarenta ahdice sejam autnticos, com

    sua maioria constando das compilaes de Bukhri e Musslim.

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    osoidrociresiM O ,etnemelC O ,hallA ed emoN mE

    ALUA ARIEMIRP

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    OIDART ARIEMIRP

    euq uotaler )ele moc otiefsitas ajetse hallA euQ( battahK lA nbI ram

    sA :rezid )zap d ehl e eoneba o hallA( hallA ed oriegasneM o arivuo

    aossep adac ,missA .senetni sa moc odroca ed sadailava os sarbo

    ,odom esseD .senetni saus moc odroca ed ,acsub euq o ranacla

    ueS od e hallA ed asuac alep recetnoca oargime ajuc eleuqa

    asuac alep odnes omoc adaredisnoc res oargime asse ,oriegasneM

    ed acsub me rargime euq eleuqa ,mroP .oriegasneM ueS od e hallA ed

    a adivd mes ,rehlum amu rasopsed arap uo ,lairetam oicfeneb mugla

    )irhkuB( .uorgime uq o arap oliuqa arap res oargime aus

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    Observaes: mar Ibn Al Khattab quem primeiro foi denominado de Emir

    dos Crentes.

    As palavras do Profeta: "As obras so avaliadas de acordo com as

    intenes", significam que os atos s tm considerao se forem

    acompanhados pela inteno. Esta constitui no segredo dos atos.

    A sua afirmao: "essa emigrao ser considerada como sendo pela

    causa de Allah e do Seu Mensageiro" significa que aceita.

    Explicao da tradio

    Essa tradio constitui em importante base nos atos dos coraes, porque as

    intenes fazem parte dos atos dos coraes. Os telogos disseram: "Essa

    tradio inclui metade dos cultos", porque a balana dos atos ntimos. A

    tradio de Aicha (R): "Quem introduzir algo novo na nossa religio, que

    no lhe pertence, rejeitado." Outro texto diz: "Quem praticar algo que

    no faz parte da nossa religio, ser rejeitado." Constitui na metade da

    religio, porque o avaliador dos atos manifestos. Por isso se deduz das

    palavras do Profeta (S): "Os atos so avaliados conforme a inteno", que

    todo ato deve ser acompanhado de inteno, porque impossvel que o ser

    humano equilibrado faa algo sem inteno.

    Dentro os benefcios desta tradio que o ser humano recompensado ou

    castigado conforme sua inteno devido s palavras do Profeta (S): "Aquele

    cuja emigrao acontecer pela causa de Allah e do Seu Mensageiro,

    essa emigrao ser considerada como sendo pela causa de Allah e do

    Seu Mensageiro.

    Deduz-se deste hdice tambm que os atos so avaliados de acordo com o

    meio de sua prtica. Uma coisa pode ser lcita na raiz e ser considerada

    obedincia se a pessoa intencionar o bem com a sua prtica, como quando

    intenciona comer e beber seguindo a obedincia de Allah. Por isso, o Profeta

    (S) disse: "Sirvam-se da consoada porque constitui em bno.

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    A Hgira (Imigrao) a mudana do pas de guerra e do politesmo para ao

    pas do Islam e da segurana. Foi explicado que a hgira, como ato, pode

    proporcionar pessoa recompensa ou castigo. Aquele que imigra para Allah

    e Seu Mensageiro, recompensado e atinge o seu objetivo. Quem imigra

    por causa de um objetivo terreno ou por causa de uma mulher com quem

    deseja casar, privado dessa recompensa. Essa tradio entra no captulo

    dos cultos e nos captulos das relaes, no captulo dos casamentos, e em

    todos os captulos da jurisprudncia.

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    SEGUNDA TRADIO

    mar Ibn al Khattab (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que:

    Num dia em que ele e outras pessoas estavam sentados em companhia

    do Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz), aproximou-se

    dele um homem com roupa de resplandecente brancura, e tinha cabelos

    intensamente pretos. No se lhe notavam sinais de que tivesse viajado,

    nem tampouco o conhecia nenhum de ns. Sentou-se em frente ao

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz), apoiando os joelhos contra os do

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    Profeta; e, pondo as mos sobre as coxas dele, disse: Mohammad,

    fala-me acerca do Islam!O Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe

    d paz) lhe respondeu: O Islam exige que prestes testemunho de que

    no h outra divindade alm de Allah, e de que Mohammad o Seu

    Mensageiro; que observes a orao e que pagues o zacat; que jejues

    durante o ms de Ramadan, e que realizes a peregrinao Caaba, se

    tens meios para isso. O homem disse: Disseste a verdade. A ns

    surpreendeu-nos que lhe perguntasse, e que logo confirmasse a

    verdade. O homem voltou a perguntar: Fala-me sobre a f!E o Profeta

    lhe respondeu: Que creias e tenhas f em Allah, em Seus anjos, em

    Seus Livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juzo. E que creias e

    tenhas f no destino, tanto no bom como no mau. E o homem disse:

    Falaste a verdade! Fala-me agora sobre o ihsan (o devido cumprimento

    das obrigaes ou da benevolncia). O Mensageiro de Allah

    respondeu: Que adores a Allah como se O visses, pois se no O vs,

    Ele te v. O homem disse: Fala-me acerca da Hora (do Juzo). Disse o

    Profeta: Quem est sendo interrogado disso no tem melhor

    conhecimento do que quem est fazendo a pergunta. O homem

    insistiu: Fala-me, ento, dos sinais dela!Disse o Mensageiro: Ser

    quando a escrava der luz a sua prpria senhora, e quando vires os

    descamisados e desamparados pastores de ovelhas competindo nas

    construes dos altos edifcios. Aquele homem se foi. Fiquei pensativo

    por um bom tempo. O Profeta (S) me perguntou: mar, sabes quem

    era aquele que me perguntava?Eu disse: Allah e o Seu Mensageiro

    tm melhor conhecimento!Disse o Profeta: Era o Arcanjo Gabriel, que

    veio ensinar-vos a essncia da vossa religio. (Musslim).

    As palavras do Profeta (S): "E que creias e tenhas f no destino, tanto no

    bom como no mau. Significam que deve crer que Allah, Exaltado seja,

    estabeleceu o bem e o mau antes da criao das criaturas. Que todas as

    criaturas esto sujeitas determinao de Allah, Altssimo.

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    Suas palavras: "Ser quando a escrava der luz a sua prpria senhora"

    significam que o concubinato crescer tanto que a escrava concubina dar

    luz uma filha para o seu senhor.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 Faz parte da orientao do Profeta (S), o reunir-se com seus

    companheiros e essa virtude indica a sua excelente conduta.

    2 Que os anjos (A.S.) podem aparecer para as pessoas em forma

    humana, como o anjo Gabriel apareceu para o Mensageiro (S).

    3 A boa educao do aprendiz perante o mestre, pois Gabriel sentou-se

    perante o Profeta (S) de tal forma que indica educao, ateno e

    preparao para ouvir o que se lhe diz.

    4 A possibilidade de denominar o Profeta com o nome, ao dizer: "

    Mohammad". Isso, talvez seja antes de Allah proibir isso com o versculo:

    "No julgueis que a convocao do Mensageiro, entre vs, igual

    convocao mtua entre vs." (24:63). Por ser que isso aconteceu de

    acordo com o costume dos bedunos que iam ter com o Profeta (S) e o

    chamavam pelo nome. Isto mais razovel, porque a primeira possibilidade

    necessitaria de data de acontecimento.

    5 Explicao de que o Islam possui cinco pilares. Que o Profeta (S)

    respondeu a isso, dizendo: "O Islam o testemunho de que no h outra

    divindade alm de Allah e que Mohammad o Mensageiro de Allah, a

    prtica da orao, a paga do Zakat, o jejum durante o ms de Ramadan

    e a peregrinao Casa para quem tem posses para isso.

    6 preciso que o indivduo testemunhe oralmente, ciente pelo corao

    de que no h outra divindade alm de Allah, nem adorado entre as

    criaturas, os profetas e as pessoas escolhidas, ou rvores, ou pedras, ou

    outra coisa por causa das palavras de Allah, Altssimo: "Isto porque Allah

    a Verdade; e o que invocam, em vez d'Ele, a falsidade. Sabei que Ele

    Grandioso, Altssimo." (22:62).

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    7 Esta religio s completa com o testemunho de que Mohammad o

    Mensageiro de Allah.

    8 O Mensageiro de Allah (S) reuniu os dois testemunhos num s pilar,

    porque a adorao s se completa com as duas questes, a sinceridade

    para com Allah, o que o primeiro testemunho rene, e em seguida o Profeta

    (S), o que o segundo testemunho rene. Por isso o Profeta reuniu em um s

    pilar, como vemos no hdice de mar.

    9 A religio do muulmano s se completa com a prtica dos cinco

    pilares, tendo-se poder para isso. "No h obrigao na impossibilidade,

    nem ilcito na necessidade." Allah no nos encarrega com algo superior

    nossas foras.

    10 - O anjo Gabriel descreveu o Profeta (S) como veraz. E Gabriel foi

    veraz nisso, pois o Profeta (S) a mais veraz das criaturas.

    11 A f rene seis aspectos: A crena em Allah, em Seus anjos, em

    Seus Livros, em Seus mensageiros, no Dia do Juzo Final e na

    predestinao.

    12 A diferena entre o Islam e a F (Iman): O Islam significa a prtica e a

    f significa os atos do corao. Porm, cada um o complemento do outro.

    13 A crena em Allah o pilar mais importante da f. Por isso o Profeta

    (S) deu prioridade a ele, dizendo: "Que creia em Allah."

    14 Esclarecimento de que o Ihsan (a benevolncia) que o ser humano

    adore a seu Senhor de forma como se O tivesse vendo e deseja chegar a

    Ele. Este grau de benevolncia o mais completo. Se no chegar a esta

    situao, que se situe no segundo grau: Que adore a Allah por temor de Seu

    castigo. Por isso, o Profeta (S) disse: "Se voc no O v, Ele estar lhe

    vendo" , ou seja, se voc no O adorar como se O tivesse vendo, Ele o v.

    15 O conhecimento da Hora oculto e s Allah o tem. Quem alegar que

    conhece estar mentindo.

    16 O acontecimento da Hora tem condies, ou seja, indcios. Allah, o

    Altssimo, diz: "Porventura, aguardam (os incrdulos) algo, a no ser a

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    Hora, que os aoitar subitamente? J lhes chegaram os indcios."

    (Mohammad, 47:18), ou seja, seus sinais.

    Os telogos dividiram os sinais da Hora em trs partes:

    Uma parte que j passou, uma parte que se renova e uma parte que s

    acontecer prximo da Hora. So as grandes e importantes condies,

    como o retorno de Jesus, filho de Maria (A.S.), o Anti-Cristo, o Gog e Magog,

    o nascimento do sol no seu ocaso.

    O Profeta (S) citou um dos sinais "o de a escrava der luz a senhora, e

    quando os descamisados e desamparados pastores de ovelhas

    competindo nas construes dos altos edifcios.

    17 A excelente forma de o Profeta ensinar seus companheiros

    perguntando-lhes se sabiam a resposta ou no, para instru-los. Este um

    timo mtodo de ensino porque ao perguntar e dar a resposta faz com que

    retenham a resposta.

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    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    SEGUNDA AULA

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    TERCEIRA TRADIO

    Abdullah Ibn mar (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: O Islam fundamentado

    em cinco pilares: 1) o prestar testemunho de que no h outra divindade

    alm de Allah, e de que Mohammad o Seu Mensageiro; 2) o

    cumprimento da orao; 3) o pagamento do zakat; 4) a peregrinao

    Casa de Allah (em Makka); e 5) a observao do jejum, no ms de

    Ramadan. (Bukhri e Musslim)

    Explicao da tradio

    Nesta tradio o Profeta (S) esclarece que o Islam parecido com um

    edifcio que o proprietrio conserva e protege interna e externamente.

    Explica, tambm, que o Islam foi edificado sobre cinco pilares: O testemunho

    de que no h outra divindade alm de Allah e que Mohammad Seu

    Mensageiro, a prtica da orao, o pagamento do zakat, a peregrinao

    Casa e o jejum durante o ms de Ramadan. Isto j foi tratado atrs na

    tradio de mar Ibn Al Khattab que pode ser consultado.

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    QUARTA TRADIO

    Abdullah Ibn Massud (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz), o mais veraz dos verazes, disse:

    Cada um de vs permanece na forma de esperma, no ventre da me,

    por quarenta dias, ento se transforma em cogulo pelos prximos

    quarenta dias e, ento, se transforma num embrio pelos prximos

    quarenta dias, e ento, um anjo enviado que insuflar a alma no feto,

    estando instrudo a lhe registrar quatro coisas que governaro o seu

    destino neste mundo, isto , sua subsistncia, a extenso de sua vida,

    suas atividades, e se ser feliz ou infeliz. Por Aquele alm do Qual no

    h outra divindade, se um de vs atuar como os habitantes do Paraso,

    at que no haja entre eles a distncia de um brao e o que lhe foi

    destinado prevalecer, e ele ento passar a agir de acordo com os

    habitantes do inferno, nele entrar. E se, por outro lado, algum atuar de

    acordo com os habitantes do inferno at que no haja entre eles a

    distncia de um brao e o que lhe foi destinado prevalecer, e passar a

    agir de acordo com os habitantes do Paraso, nele entrar. (Bukhri e

    Musslim)

    Explicao da tradio Este o quarto hadice das tradies nawawitas que mostra o

    desenvolvimento do feto no tero da me, o seu nascimento, sua morte, sua

    subsistncia, etc.

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    Esclarece que o feto, antes de quatro meses no considerado de formao

    completa. Por isso, se for abortado naturalmente antes dos quatro meses,

    no h necessidade de ser lavado, nem amortalhado, nem se faz a orao

    fnebre por ele, porque no atingiu completa formao humana.

    Esclarece, tambm, que aps quatro meses recebe o sopro divino e passa a

    ser considerado um ser completo. Se for abortado naturalmente, depois

    disso, ter de ser lavado e amortalhado e ser feita a orao fnebre sobre

    ele, como se tivesse nove meses.

    Explica, tambm, que os fetos tm anjos responsveis de acordo com as

    palavras: "-lhe enviado um anjo", ou seja, o anjo encarregado dos fetos.

    Que as situaes do ser humano lhes so registradas enquanto no ventre da

    me: Subsistncia, extenso da vida, suas atividades e se ser feliz ou

    infeliz. H, ainda o esclarecimento da prudncia de Allah, Altssimo, que tudo

    est predestinado e tem trmino pr-determinado que no adianta nem

    atrasa.

    Mostra, ainda, que o ser humano deve temer a Allah sempre, porque o

    Mensageiro (S) informou: "se um de vs atuar como os habitantes do

    Paraso, at que no haja entre eles a distncia de um brao e o que lhe

    foi destinado prevalecer, e ele ento passar a agir de acordo com os

    habitantes do inferno, nele entrar."

    Esclarece, ainda, que no se deve perder a esperana. A pessoa pode estar

    agindo em desobedincia por muito tempo e, ento Allah o agracia com a

    orientao, orienta-se no final de sua vida.

    Se algum disser: "Onde est a prudncia de constranger algum que atua

    como os habitantes do Paraso, at que no haja entre eles a distncia de

    um brao e o que lhe foi destinado prevalecer, e ele ento passar a agir de

    acordo com os habitantes do inferno?"

    Respondemos: "A prudncia nisso que a pessoa atua como os habitantes

    do Paraso sob o ponto de vista das pessoas. Mas ele, na realidade, est

    dissimulando e com outra inteno. Esta supera a outra e ele termina a sua

    vida com um final infeliz. Com base nisso, as palavras "at que no haja

  • 17

    entre eles a distncia de um brao" uma aproximao de sua morte e no

    do Paraso com seus atos.

    : :" " . " :

    ".

    QUINTA TRADIO

    Aicha (Que Allah esteja satisfeito com ela) relatou que o Mensageiro de

    Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: Aquele que tentar introduzir

    em nossa religio algo que no faa parte dela ser rechaado.

    (Bukhri e Musslim)

    Explicao da tradio

    Os telogos muulmanos disseram que esta tradio a balana das obras

    aparentes e o hdice de mar, no incio do livro: As obras so avaliadas de

    acordo com as intenes" a balana das obras ntimas, porque a obra

    possui inteno e tem um aspecto. O aspecto a evidncia dela e a inteno

    a parte ntima dela.

    Concluses tiradas da tradio (hdice):

    "Aquele que tentar introduzir em nossa religio (o Islam) algo que no

    faa parte dela ser rechaado, mesmo que seja com boa inteno.

    Deduz-se desta base que todas as inovaes so rechaadas, mesmo que o

    autor tenha boa inteno.

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    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    TERCEIRA AULA

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    SEXTA TRADIO

    Al Numan Ibn Bachir (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que

    ouviu o Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) dizer: O que lcito

    claro, e o que ilcito claro; entre eles h algumas coisas ambguas

    que as pessoas no conhecem. Aquele que evita as coisas duvidosas

    salvaguarda a sua f e sua honra; aquele que se envolve com as coisas

    duvidosas cai em atividades ilcitas. O seu caso como o do pastor que

    pastoreia seu rebanho nas vizinhanas de uma reserva exclusiva de

    pastagens, mas est sempre apreensivo de que algum dos animais

    possa invadir a pastagem. Sabei que cada rei tem uma demarcao

    exclusiva e proibida, e a demarcao proibida de Allah so as coisas

    ilcitas. Sabei tambm que h no corpo humano um pedao de carne;

    quando este est saudvel, todo o corpo fica saudvel, e quando est

    doente, todo o corpo fica doente. o corao. (Bukhri e Musslim)

  • 19

    Explicao da tradio

    O Profeta (S) dividiu as questes em trs partes? Uma parte evidentemente lcita, sem dvida, uma parte evidentemente ilcita,

    sem dvida. Estas so claras. O lcito lcito, e a pessoa no comete

    pecado com ele. O ilcito ilcito e a pessoa comete pecado com ele.

    O primeiro exemplo: A permisso de se comer gado. O segundo exemplo

    a proibio das bebidas inebriantes.

    Quanto terceira parte a questo ambgua que se tem dvida se lcita

    ou ilcita. Muitas pessoas no sabem classificar, porm outras consegue.

    A respeito disso, o Profeta (S) disse: "Aquele que evita as coisas

    duvidosas salvaguarda a sua f e sua honra." (salvaguarda a sua f no

    que h entre ele e Allah. e salvaguarda a sua honra no que h entre ele e as

    pessoas, para que no digam: fulano cometeu o ilcito, mesmo sabendo que

    duvidoso. Ento o Profeta (S) deu um exemplo quanto a isso, citando o

    caso do pastor que pastoreia seu rebanho nas vizinhanas de uma reserva

    exclusiva de pastagens, mas est sempre apreensivo de que algum dos

    animais possa invadir a pastagem.

    Ento, o Profeta (S) disse: "Sabei que cada rei tem uma demarcao

    exclusiva e proibida (no sentido de que os reis acostumaram demarcar

    uma parte de pastagens e plantaes), e a demarcao proibida de Allah

    so as coisas ilcitas (ou seja, o que Ele proibiu aos Seus servos)". Em

    seguida, o Profeta (S) disse: "Sabei que h no corpo humano um pedao

    de carne; quando este est saudvel, todo o corpo fica saudvel, e

    quando est doente, todo o corpo fica doente. o corao. uma

    indicao de que o homem deve cuidar do que possui no corao de

    desejos que o tenta a cair no ilcito e nas questes duvidosas.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 - Na lei islmica o que lcito evidente e o que ilcito evidente. As

    coisas duvidosas so conhecidas por algumas pessoas.

  • 20

    2 O indivduo que tiver dvidas a respeito de algo se lcito ou ilcito,

    deve evit-lo at descobrir que lcito.

    ": " : ": " .

    STIMA TRADIO

    Tamim Ibn Aus (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) disse a ele e a outras pessoas: A

    religio constitui conselho sincero. Ento lhe perguntamos: A quem?

    Disse: A Allah, a Seu Livro, a Seu Mensageiro, aos lderes

    muulmanos, e aos muulmanos em geral. (Musslim)

    Explicao da tradio

    O aconselhar a Allah aconselhar seguir a Sua religio, obedecer os

    Seus mandamentos, evitar Suas proibies, confirmar a Sua

    Mensagem, arrepender-se a Ele, confiar n'Ele, e outros preceitos e leis

    islmicos.

    O aconselhar a Seu Livro crer que constitudo pelas palavras de

    Allah, abrange as informaes verdicas, os preceitos justos, as

    parbolas benficas. Que se deve adot-lo como rbitro em todas as

    nossas questes.

    O aconselhar a Seu Mensageiro crer nele, que o Mensageiro de

    Allah para todas as criaturas, am-lo, seguir o seu exemplo, confirmar

    a sua mensagem, obedecer as suas ordens, evitar as suas proibies

    e defender a sua religio.

    O aconselhar aos lderes muulmanos, mostrando-lhes a verdade,

    sem perturb-los, ter pacincia ao que podem causar de prejuzos,

  • 21

    alm de outros direitos conhecidos, ajud-los em que se deve ajudar

    como enfrentar os inimigos, etc.

    O aconselhar a todos os muulmanos, ou seja, aconselh-los a

    praticarem o bem, coibirem o ilcito, ensin-los a prtica do bem. Por

    isso, a religio passou a constituir conselho. A prioridade nisso a

    prpria pessoa que deve se aconselhar.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 A restrio da religio no conselho por causa das palavras do Profeta

    (S): "A religio aconselhar."

    2 Os objetivos do conselho so cinco: Allah, Seu Livro, Seu Mensageiro,

    os lderes muulmanos e os muulmanos em geral.

  • 22

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    QUARTA AULA

    ":

    " .

    OITAVA TRADIO

    Ibn mar (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o Mensageiro

    de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: Fui ordenado a lutar

    contra as pessoas (os rabes politestas) at testemunharem que no h

    outra divindade alm de Allah e que Mohammad o Mensageiro de

    Allah, pratiquem a orao, paguem o zakat. Se fizerem isso, seu sangue

    e seus bens estaro salvo de mim, a no ser pela conta do Islam. A

    Allah, o Altssimo, iro prestar contas. (Bukhri e Musslim)

    Explicao da tradio

    "Fui ordenado" Ou seja, Allah o ordenou, "a combater os politestas (de

    Makka) at testemunharem". Esta tradio geral, porm, foi especificado

    pelas palavras de Allah: "Combatei aqueles que no creem em Allah e no

    Dia do Juzo Final, nem se abstm do que Allah e Seu Mensageiro

    proibiram, e nem professam a verdadeira religio daqueles que

    receberam o Livro, at que paguem de bom grado a Jizya e se sintam

    submissos" (9:29).

  • 23

    Da mesma forma, a Sunna cita "pessoas" como sendo os rabes, porque

    eram os que combatiam os muulmanos.

    Dos benefcios desta tradio a obrigao de combater os rabes

    politestas, na Pennsula Arbica, porque o Profeta (S) disse: "No haver

    na Pennsula Arbica duas religies", ou seja, o Islam e outra religio.

    Por isso, no se aceita do rabe, na Pennsula a no ser o Islam. A tradio,

    visa especificamente os rabes, porque do no rabe se aceita a jizya, de

    acordo com o Alcoro, a Sunna e outras provas que citamos.

    Os telogos muulmanos esto em consenso de que a tradio no geral,

    mas particular. Que esta tradio no incentiva a luta, mas a paralizao da

    luta. Os muulmanos no combatem at eliminar todo o exrcito inimigo,

    mas a luta cessa partir do momento que o inimigo ingressa no Islam, ou

    com o pagamento da Jizya, como h em outros textos indicativos. Os no-

    muulmanos, porm, combatiam at eliminar totalmente o outro exrcito ou

    escraviz-lo.

    O Alcoro critica a violncia dos incrdulos que proibiam as pessoas simples

    de ingressarem no Islam, convocando-os para o dilogo. Prega a tolerncia,

    permitindo que as pessoas expressem a sua opinio num clima totalmente

    livre.

    A tradio no disse: Fui ordenado para eliminar os politestas, mas diz: Fui

    ordenado combater os rebeldes, que no honram seus compromissos, at

    ingressarem no Islam. Se ingressarem, o Islam apaga o que aconteceu antes

    dele.

    Esclarecemos que o hadice no fonte de consolidao das prescries,

    mas fonte para detalhar os preceitos sintetizados no Alcoro Sagrado.

    Deve-se, tambm, chamar a ateno do perigo de se narrar a tradio sem

    citar o contexto e a oportunidade em que foi dito. Deve-se sempre, ao se

    citar uma tradio, citar o contexto e a causa com base no Alcoro para dar a

    sua sentena a respeito.

    Conclui-se da tradio, tambm, que, quem deixar de pagar o zakat deve ser

    combatido. Por isso, Abu Bakr (R) combateu quem deixou de pagar o zakat.

  • 24

    Conclui-se, tambm, que se a pessoa demonstrar superficialmente o Islam, o

    seu ntimo deixado cargo de Allah. Por isso, disse: "Se fizerem isso, seu

    sangue e seus bens estaro salvo de mim a no ser pela conta do

    Islam. A Allah, o Altssimo, iro prestar contas.

    : ":

    " .

    NONA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o Profeta

    (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: Abstende-vos do que vos proibi e

    pratiquei o que puderdes do que vos permiti. O que levou os povos que

    vos precederam para a perdio foi a sua insistncia em fazerem

    perguntas sobre questes desnecessrias, alm de manterem

    divergncias com os seus profetas. (Bukhri e Musslim)

    Explicao da tradio

    "Abstende-vos do que proibi" e "pratiquei o que puderdes do que

    permiti" so duas condies que significam primeiro a se afastarem de tudo

    que foi proibido, porque o afastamento mais fcil do que o ato e todos

    podem faz-lo. Quanto ao ordenado, ele disse para praticarem o que

    puderem, porque o ato de fazer algo difcil para as pessoas. Por isso, a

    ordem foi acompanhada para fazerem o que podem.

  • 25

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 A obrigao do afastamento do que foi proibido pelo Profeta (S), por

    ser, primeiro, o que Allah ordenou. Isso no indica que a proibio para a

    averso.

    2 A advertncia quanto aos muitos questionamentos e muitas

    divergncias, porque isto causou a perdio dos povos anteriores. Se o

    fizermos, pode ser que nos perdemos como se perderam.

  • 26

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    QUINTA AULA

    :} { :} {

    " .

    DCIMA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relata que o Profeta

    disse: gente, Allah o mais puro e o mais organizado, e Ele nada

    aceita que no seja lcito e puro. Allah ordenou aos muulmanos o

    mesmo que ordenara para os Seus mensageiros. Assim sendo, o

    Altssimo Allah disse: mensageiros, desfrutai de todas as ddivas e

    fazei o bem (Alcoro Sagrado, 23:51). E disse Mais: Comei de todo o

    bem com que vos temos agraciado (Alcoro Sagrado, 7:160). Ento ele

    relatou o caso de um homem que empreendeu uma longa viagem. Este

    fica desfigurado, fraco, coberto de poeira; ergue as mos para o cu, e

    ora: meu Senhor, meu Senhor, uma vez que a pessoa come coisas

    ilcitas, e bebe coisas ilcitas, veste coisas ilicitamente (ganhas), seu

    alimento ilicitamente obtido, como ento poder a sua orao ser

    aceita? (Musslim)

  • 27

    Explicao da tradio

    Allah Puro e s aceita o que puro. Aquele que puro por si, puro por

    seus atributos e por seus atos, e s aceita o que puro em si e seus ganhos

    so puros. O impuro por si como o inebriante, ou cujos ganhos provm dos

    juros. Allah, Exaltado seja, no o aceita. Ele ordenou os crentes como

    ordenou os mensageiros: "Desfrutai de todo o bem com que vos

    agraciamos." (2:172).

    Allah ordenou aos mensageiros e aos crentes uma s coisa: que desfrutem

    de tudo o que puro. Quanto s coisas impuras, so proibidas por causa da

    prescrio de Allah, Exaltado seja: "Prescreve-lhes todo o bem e veda-

    lhes o imundo." (7:157).

    O Mensageiro de Allah (S) citou a pessoa que consome o ilcito, Allah no

    lhe atende as splicas, mesmo que haja motivo para ser atendido: viaja por

    longo tempo, fica fatigado e coberto de poeira, ergue as mos para o

    cu, e ora: meu Senhor, meu Senhor, porm, come coisas ilcitas,

    bebe coisas ilcitas, veste coisas ilicitamente (ganhas), seu alimento

    ilicitamente obtido, como ento poder a sua orao ser atendida?

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    Que Allah, Exaltado seja, ordenou Seus servos, mensageiros e quem

    recebeu a mensagem que desfrutem das coisas puras e agradecerem a

    Allah, Glorificado e Exaltado seja. Que o ser humano deve praticar o que lhe

    pedido e se vede do que lhe exigido.

  • 28

    : ":

    " : .

    DCIMA PRIMEIRA TRADIO Al Hassan Ibn li Ibn Abi Tlib (Que Allah esteja satisfeito com ele)

    relatou que aprendeu de memria umas palavras do Mensageiro de

    Allah (Allah o abenoe e lhe d paz); foram estas: Abandona o que te

    deixa em dvida, pelo que no te deixa em dvida, pois, a veracidade

    o sossego, e a mentira o tormento dalma. (Tirmizi)

    Explicao da tradio Abu Mohammad Al Hassan Ibn Ali (R), neto do Mensageiro de Allah (S),

    baseado em seu pai e sua me, filha do Mensageiro de Allah relatou que o

    Profeta (S) disse: "Abandona o que te deixa em dvida, pelo que no te

    deixa em dvida", quer dizer que voc deve abandonar aquilo que

    duvidoso por coisas que no so duvidosas. Isso parece com o hdice

    anterior de que o Profeta (S) disse: "... h entre eles algumas coisas

    ambguas que as pessoas no conhecem. Aquele que evita as coisas

    duvidosas salvaguarda a sua f e sua honra". O que lhe perturba e tem

    dvidas dele, que seja nas questes terrenas ou da Outra Vida. O melhor

    se livrar dele para que no se perturbe e intranquilidade no que faz.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    O seu texto que indica que o ser humano deve abandonar o que duvidoso

    pelo que no duvidoso. Que o ser humano ordenado a evitar o que

    perturba a sua conscincia.

  • 29

    : ": " .

    DCIMA SEGUNDA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: um sinal

    das excelncias do Islam, em algum, o fato de ele no se imiscuir com

    o que no lhe diz respeito. (Tirmizi)

    Explicao da tradio

    Esta tradio representa o fundamento da educao e da boa orientao

    que o ser humano deixe o que no lhe diz respeito, que no tem relao com

    ele. Isto indica a sua boa religiosidade e ser tambm um sossego para ele.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 - Que o Islam tem coisas excelentes e coisas no excelentes por causa

    das palavras: " um sinal das excelncias do Islam".

    2 - Que a pessoa no perca o que lhe interessa das coisas terrenas e

    religiosas, mas se preocupa e age de acordo com ele para alcanar o seu

    objetivo.

  • 30

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    SEXTA AULA

    ": ".

    .

    DCIMA TERCEIRA TRADIO

    Anas (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o Profeta (Allah o

    abenoe e lhe d paz) disse: Nenhum de vs chegar a ser um

    verdadeiro crente, at que deseje para o seu irmo o que deseja para si

    mesmo. (Bukhri e Musslim)

    Explicao da tradio

    Nenhum de vs chegar a ser um verdadeiro crente, at que deseje para o

    seu irmo (ou seja, o irmo muulmano) o que deseja para si mesmo (de

    coisas terrenas e religiosas, porque este o objetivo da irmandade religiosa,

    que goste para o irmo o que gosta para si mesmo.

    ....

    DCIMA QUARTA TRADIO - REMOVIDA

  • 31

    ":

    " .

    DCIMA QUINTA TRADIO

    Aquele que cr em Allah e no Dia do Juzo Final no deve causar

    nenhuma inconvenincia ao seu vizinho; aquele que cr em Allah e no

    Dia do Juzo Final deve respeitar o hspede; aquele que cr em Allah e

    no Dia do Juzo Final deve falar bem, ou se calar. (Bukhri e Musslim).

    Explicao da tradio

    Esta tradio faz parte das ticas obrigatrias islmicas:

    Primeiro: ser generoso com o vizinho, pois este tem direitos. Os telogos

    disseram: "Se o vizinho muulmano parente, possui trs direitos: o direito

    de vizinho, do Islam e de parentesco. Se for muulmano e no for parente,

    possui dois direitos: O de vizinho e o do Islam. Se no for muulmano nem

    parente, tem um direito: o de vizinho.

    Segundo: Quanto ao hspede, quem passa por seu pas, estando em

    viagem. Ele estranho, necessitado. Quanto ao que dito pela lngua uma

    das mais perigosas coisas. Portanto, deve-se tomar cuidado com que se

    fala. Que fale o bem ou se cale.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A obrigao de se ser generoso com o vizinho. No deve prejudic-lo, trat-

    lo bem. Quem no se restringe de fazer o mal ao vizinho no crente por

    causa das palavras do Profeta (S) Por Allah, nunca chegar a ser um

    verdadeiro crente, repetindo a frase por trs vezes. Foi-lhe

    perguntado: Mensageiro de Allah, quem esse? Disse: aquele

    cujo vizinho no se encontra a salvo das suas ms aes.

  • 32

    : . :" " ": " .

    DCIMA SEXTA TRADIO

    Abu Huraira (R) relatou que, em certa ocasio, um homem se aproximou

    do Profeta (S), e lhe disse: Aconselha-me! Disse: No te enfureas!

    Porm, aquele homem insistiu em sua petio, e o Profeta repetiu: No

    te enfureas! (Bukhri)

    Explicao da tradio

    O conselho o compromisso de seguir uma ordem importante. Aquele

    homem queria que o Profeta (S) lhe desse um conselho. Disse-lhe: "No te

    enfureas." O Profeta (S) deixou de aconselhar com o temor a Allah que foi

    aconselhada pelo Altssimo nossa comunidade e aconselhou os povos que

    receberam o Livro antes de ns, dizendo-lhe para no se enfurecer, porque

    conhecia a situao daquele homem de que se irritava facilmente. Da o

    conselho de no se irritar. A inteno aqui no proibir o enfurecimento que

    uma das naturezas humanas. Mas ter domnio sobre ele prprio na hora

    da irritao, porque a irritao uma brasa que Satans coloca no corao

    do filho de Ado. Por isso voc o v com os olhos vermelhos, com as veias

    inchadas, sem sentimentos por causa da clera. Por isso faz coisas

    desaconselhveis, arrependendo-se, depois, pelo que aconteceu. Por isso, o

    Profeta (S) lhe deu este conselho que serve a ele e a quem tiver a mesma

    situao.

    O que se conclui da tradio que dever do mestre ou o instrutor que leve

    em considerao a situao do questionador e do aluno, que fale com ele de

    acordo com a sua situao. Se o perguntador for outro, deve falar-lhe de

    outra forma.

  • 33

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    STIMA AULA

    : {

    }. .

    DCIMA STIMA TRADIO

    Chadad Ibn Aus (R) relatou que o Mensageiro de Allah (S) disse: Allah

    prescreveu a benevolncia quanto a todos os assuntos, inclusive

    quando tiverdes de aplicar a pena de morte. Do mesmo modo, se

    tiverdes de sacrificar algum animal, fazei-o com benevolncia, afiando

    bem o cutelo, desejando que o animal descanse, e que no sofra.

    (Musslim)

    Explicao da tradio

    A benevolncia, o oposto de maldade, uma boa ao que est prescrita

    sobre todas as coisas. No exclusiva para com o ser humano, mas em

    tudo. Se vocs tiverem de sacrificar algum animal, como gado ou caa,

    fazem-no bem feito, com benevolncia, afiando bem a faca, para que o

    animal descanse e no sofra.

    Ao dizer: "Se tiverem de aplicar a pena de morte", quer dizer em ser

    humano ou no que permitido matar de animais ou feras.

  • 34

    Ao dizer: "fazei-o com benevolncia", que utilize o melhor meio para atingir

    o objetivo sem judiar.

    Ao dizer: "Sacrifiquem com benevolncia" visa o animal que permitido

    sacrificar, como gado e caa. Que a pessoa utilize o melhor mtodo para

    atingir o seu objetivo legal. Por isso, disse: "Que amole bem a sua faca, e

    tranquilize o animal a ser sacrificado.

    Entre os benefcios desta tradio est o fato de que Allah, Glorificado e

    Exaltado seja, estabeleceu a benevolncia em tudo, mesmo na hora de

    matar, utilizando-se o melhor meio para tirar a vida.

    ":

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    DCIMA OITAVA TRADIO

    Abu Zar, Jundub Ibn Junda e Abu Abdel Rahman, Moaz Ibn Jabal (R)

    relatou que o Mensageiro de Allah (S) disse: Teme a Allah onde estiver.

    Segue o mal ato com um bom ato que o apagar. O Criador das pessoas

    as criou com bom carter. (Tirmizi)

    Explicao da tradio

    Ao dizer: "Teme a Allah", representa uma ordem para se precaver do

    castigo de Allah com a obedincia s Suas ordens e para evitar as Suas

    proibies. Este o temor e o melhor limite que se disse a seu respeito.

    Ao dizer: "Teme a Allah onde estiver", ou seja, em qualquer lugar que

    estiver. No para temer a Allah apenas no local em que visto pelas

    pessoas, nem num local onde ningum o v, pois Allah, o Altssimo, o v

    onde estiver. Por isso, deve tem-Lo onde estiver.

  • 35

    Ao dizer: "Segue o mal ato com um bom ato", quer dizer que a boa ao

    segue a m. Se cometer um mau ato, faa-o ser seguido por um bom ato,

    arrependendo-se do mau ato, pois o arrependimento constitui em bom ato.

    Ao dizer: "que o apagar", que dizer que o bom ato em seguida ao mau ato,

    apagar este. Isto comprovado pelas palavras de Allah: "... porque as

    boas aes anulam as ms." (11:114).

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A preocupao do Profeta (S) para com a sua comunidade, orientando-a

    para o bem e a reforma. Indica, tambm, a obrigao de se temer a Allah,

    em qualquer lugar que estiver, em segredo ou manifestamente.

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    " : . ":

    ".

    DCIMA NONA TRADIO

    Ibn Abbs (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou: Estava eu, um

    dia, atrs do Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz), quando ele me

    disse: jovem, ensinar-te-ei algumas palavras: Resguarda a Allah e Ele

    te resguardar. Recorda a Allah, e O encontrars sempre tua frente. Se

    implorares por algo, implora Allah. E se pedires ajuda, pede Allah. E

    tem certeza de que ainda que se rena todo o povo para beneficiar-te

    em algo, no conseguiro faz-lo, a no ser naquilo que Allah houver

    disposto para ti. E se se reunirem para prejudicar-te em algo, no o

  • 36

    conseguiro, a no ser naquilo que Allah houver determinado para ti.

    Assim, as penas (das canetas) ficam retiradas, e as folhas (dos livros do

    destino) secas. (Tirmizi)

    Explicao da tradio

    Ao dizer: "Estava atrs do Profeta", deduz-se que estava montado com ele.

    Pode ser tambm que estava andando atrs dele. O importante so os

    conselhos que lhe deu.

    Disse: "Vou ensinar-te algumas palavras". Disse isso para que preste

    ateno no que iria dizer.

    A primeira frase: "Resguarda a Allah e Ele te resguardar." (isto significa

    resguardar os limites e a lei, acatando Suas ordens e evitando Suas

    proibies, Ele ir resguardar a sua religio, sua famlia, seus bens e a si

    mesmo, porque Allah, Glorificado seja, recompensa os benfeitores.)

    Sabe-se disso que quem no resguarda a Allah no merece ser resguardado

    por Ele. Com isso se estimula a resguarda de Allah.

    A segunda frase: "Resguarda a Allah, e O encontrars sempre tua

    frente." Ele indica todo o bem e o aproxima d'Ele.

    Terceira frase: "Se implorares por algo, implora Allah". Quando pedir,

    faa-o Allah e no qualquer criatura. Se voc pedir algo criatura, fica

    sabendo que ela uma das causas e que o Causador Allah, Exaltado seja.

    Quarta frase: "E se pedires ajuda, pede Allah." Se voc precisar de

    ajuda, pea Allah, porque Ele Que possui o poder sobre os cus e a terra

    e ir ajud-lo se quiser. Se voc for sincero no pedido de ajuda, e confiar

    n'Ele, Ele o ajudar. Fica sabendo que, se pedir ajuda s pessoas, elas

    sero as intermedirias e foi Allah que proporcionou a ajuda.

    Quinta frase: "E tem certeza de que ainda que se rena todo o povo para

    beneficiar-te em algo, no conseguiro faz-lo, a no ser naquilo que

    Allah houver disposto para ti." Certamente, o benefcio das pessoas

    provm de Allah, na realidade, porque Ele Quem lhe destinou o benefcio.

  • 37

    Isto nos estimula a confiarmos em Allah e que todo o povo no nos

    beneficiar a no ser com a anuncia de Allah.

    Sexta Frase: "E se se reunirem para prejudicar-te em algo, no o

    conseguiro, a no ser naquilo que Allah houver determinado para ti."

    Com base nisso, se lhe acontecer um malefcio, fica sabendo que Allah o

    determinou. Portanto, aceite a Sua predestinao. No inconveniente

    querer se livrar do malefcio, porque Allah, Exaltado seja, diz: "E o delito

    ser expiado com o talio." (42:40).

    Stima frase: "Assim, as penas (das canetas) ficam retiradas, e as folhas

    (dos livros do destino) secas." Querendo dizer que no h mudana nas

    palavras de Allah. Hdice compilado pelo Tirmizi e cotado como excelente,

    autntico.

    Outra narrativa diz: "Resguarde Allah que O encontrar sua frente.

    Conhea Allah na prosperidade, que ir conhec-lo na dificuldade."

    Quer dizer: respeite o direito de Allah em poca de prosperidade, quando

    est com sade e quando est rico, Allah ir proteg-lo em tempo de

    dificuldade. Se voc perder a sade e a riqueza, e precisar de Allah, Ele ir

    reconhec-lo pelo o que fez antes de bons atos.

    "Fique sabendo que o que Allah lhe predestinou ir acontecer porque

    o decreto de Allah."

    O que Allah lhe decretou e em seguida suspendeu no ir lhe acontecer.

    Tudo est nas Mos de Allah. Isso mostra que o ser humano deve sempre

    confiar completamente em seu Senhor. Em seguida, disse: "Fica sabendo

    que a vitria vir com a pacincia." Esta frase estimula a pacincia,

    porque se a vitria est com a pacincia, o ser humano tem pacincia para

    alcanar a vitria.

    Ao dizer: "A facilidade est com a adversidade." Allah, Exaltado seja, diz:

    "Em verdade, com a adversidade est a facilidade! Certamente, com a

    adversidade est a facilidade!" (94:5-6).

  • 38

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A boa-nova de que o ser humano se for acometido pela adversidade, deve

    esperar a facilidade. Allah, Exaltado seja, citou isto no Alcoro: "Em

    verdade, com a adversidade est a facilidade! Certamente, com a

    adversidade est a facilidade!" (94:5-6).

  • 39

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    OITAVA AULA

    : ": "

    .

    VIGSIMA TRADIO

    Ucba Ibn Amru (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: O que as

    pessoas alcanaram das primeiras palavras da profecia foram: 'Se no

    tiver vergonha, faz o que quiser.' (Bukhri)

    Explicao da tradio

    O Mensageiro de Allah (S) disse: "O que as pessoas alcanaram das

    primeiras palavras da profecia foram: 'Se no tiver vergonha, faz o que

    quiser.'" Isto quer dizer que provm das primeiras profecias dos povos

    anteriores, e foi adotada pela Chari'a (Lei Islmica). Se voc no tiver

    vergonha, faz o que quiser. Quer dizer que se fizer algo do qual no vai se

    envergonhar, pode faz-lo. Este um dos significados. O outro : Se a

    pessoa no tiver vergonha, faz o que quer e no se importa. Ambos os

    significados esto corretos.

  • 40

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A vergonha um das coisas tratadas pelas leis anteriores. Que o ser

    humano deve ser sincero. Se ele no ir sentir vergonha do que faz, que o

    faa. Esta liberdade est vinculada ao fato de que o seu ato no cause

    corrupo. Se isto acontecer, deve se negar a praticar o ato.

    : . ": "

    .

    VIGSIMA PRIMEIRA TRADIO

    Sufian Ibn Abdullah (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que em

    certa ocasio perguntou: Mensageiro de Allah, fala-me algo

    definitivo acerca do Islam, para que eu no tenha que perguntar a

    ningum mais. Ele disse: Dize: creio em Allah; e ento, age com

    firmeza! (Musslim)

    Explicao da tradio

    Pedi: " Mensageiro de Allah, fala-me algo definitivo acerca do Islam,

    para que eu no tenha que perguntar a ningum mais. Ele disse: Dize:

    creio em Allah; e ento, age com firmeza!'" Quer dizer, palavras

    abrangentes, claras, evidentes, no preciso perguntar a ningum mais. O

    Profeta (S) lhe disse: "Diz: creio em Allah; e ento, age com firmeza!" (ou

    seja, cr em Allah com o corao e age conforme isso.) O Profeta (S) lhe

    deu duas frases que abrangem toda a religio. A crena em Allah abrange a

    crena em tudo que Allah informou a respeito d'Ele, a respeito do ltimo Dia,

    a respeito de Seus mensageiros e o que enviou por eles. Abrange, tambm,

    a constncia. Por isso, disse: "Ento, age com firmeza." Isto est edificado

    sobre a crena e ento disse: "Ento" que indica a organizao e da

    retido, o dever de seguir a senda reta, a senda dos que foram agraciados

  • 41

    por Allah dos profetas, sinceros, mrtires e benfeitores. Se o ser humano

    construir a sua vida com base nas duas frases ser feliz neste mundo e no

    Outro.

    Os benefcios deste hadice:

    Que a crena em Allah no suficiente se no houver constncia e retido.

    :

    " : " .

    VIGSIMA SEGUNDA TRADIO

    Abdullah Ibn Jber Ibn Abdullah al Ansri (Que Allah esteja satisfeito

    com ele) relatou que um homem perguntou ao Mensageiro de Allah

    (Allah o abenoe e lhe d paz): Se eu praticasse as oraes prescritas,

    jejuar durante o ms de Ramadan, considerar lcito o que lcito, ilcito

    o que ilcito, sem acrescentar nada a isso, irei para o Paraso?

    Respondeu-lhe: Sim! (Musslim)

    Explicao da tradio

    "Se eu praticar as oraes prescritas, que so as cinco dirias, a orao

    de sexta-feira, jejuar durante o ms de Ramadan, o ms entre Cha'ban e

    Chauwal, praticar o lcito e evitar o ilcito, sem nada acrescentar a isso,

    irei ingressar no Paraso?" Respondeu-lhe: "Sim." A tradio no cita o

    zakat nem o hajj. Pode-se dizer que isto est includo no dizer: "evitar o

    ilcito", porque deixar de pagar o zakat e praticar o hajj ilcito.

  • 42

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    NONA AULA

    : ":

    " .

    VIGSIMA TERCEIRA TRADIO

    Abu Mlik al Achari (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: A purificao a metade

    da f, e a frase: Louvado seja Allah Enche a balana; e a splica:

    Glorificado e louvado seja Allah faz encher sobejamente o espao

    entre os cus e a terra. A orao luz, a caridade prova, a pacincia

    iluminao, o Alcoro argumento a seu favor ou contra voc. Cada

    pessoa sai vendendo-se, ou a liberta ou a perde. (Musslim)

    Explicao da tradio

    O dizer: A purificao" quer dizer a abluo. Quanto f, quer dizer "a

    orao". Quanto a ser a metade da f, significa que a f abandonar e

    enfeitar. abandonar o politesmo e este impureza, como Allah diz: "Em

    verdade os idlatras so impuros. Que depois deste seu ano no se

    aproximem da Sagrada Mesquita!" (8:28).

    Quanto frase: "Louvado seja Allah" enche a balana, ou seja, a sua

    recompensa.

  • 43

    O dizer: "A orao luz", ou seja, veda a prtica das desobedincias,

    probe o ilcito e orienta para a retido.

    Ao dizer a caridade prova Ou seja, um argumento para o doador de

    pagar o direito do dinheiro. Diz-se tambm, argumento na crena do doador,

    porque o hipcrita, na maioria das vezes, no doa."

    Quanto ao "a pacincia iluminao" quer dizer a pacincia na obedincia

    a Allah e se afastar das desobedincias. Significa que o paciente continua

    iluminado e constante na retido.

    O dizer: "Cada pessoa sai vendendo-se", quer dizer que cada um se

    empenha, alguns se vendem a Allah obedecendo-O e se libertam do castigo.

    Outros se vendem para Satans e se perde.

  • 44

    . :"

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    . :

    OIDART ATRAUQ AMISGIV

    o euq uotaler )ele moc otiefsitas ajetse hallA euQ( bodnuJ raZ ubA

    ,hallA ed sarvalap uitimsnart ,)zap d ehl e eoneba o hallA( ateforP

    miM a aitsujni a ibiorp euq sie ,sueM sovres :maizid euq ,omisstlA

    on ,otnatrop ;sv ertne e sv arap adibiorp ieralced a e ,omseM

    sv sodot ,sueM sovres !sortuo so moc snu aitsujni siatemoc

    ,missA .oiug uE meuq a eleuqa otecxe ,sodahnimacnesed siartnocne

    sv sodot ,sueM sovres .ieraiug sov uE e ,zirterid ahniM rop iarolpmi

    euq arap iarolpmi ,missA .otnemila uE meuq a otecxe ,sotnimaf siatse

    sov sodot ,sueM sovres .ieratnemila sov e ,etnemila sov uE

    arap iarolpmi ,missA .otsiv uE meuq a otecxe ,sodipsed sierartnocne

    e setion ,satlaf sietemoc ,sueM sovres .ieritsev sov e ,atsiv sov euq

    o iarolpmi ,missA .sodacep so sodot odrep sov uE e ,sodiuges said

    ,eM-racidujerp sierargol siamaj ,sueM sovres .ieraodrep sov e ,odrep

    sovres .rezid missa rop ,eM-raicifeneb ocuopmat men ,rezid missa rop

    o messevit ,sonamuh e soing ,sv ed omitl o e oriemirp o es ,sueM

  • 45

    corao mais devoto, isso em nada aumentaria o Meu Reino. servos

    Meus, ainda que o primeiro e o ltimo de vs, humanos e gnios, se

    reunissem num mesmo lugar, e Me pedissem, e Eu concedesse a cada

    um o seu anseio, isso no diminuiria o que tenho mais do que uma

    agulha diminuiria a gua do mar se nele fosse introduzida. servos

    Meus, so as vossas obras que computo, e logo vos compensarei por

    elas! Aquele que achar boa a recompensa, que louve a Allah. Porm,

    aquele que achar o contrrio, que no culpe a ningum, mas a si

    mesmo. (Musslim)

    Explicao da tradio

    Este hadice e seus similares so denominados de hdice cudsi por ser

    narrativa do Profeta (S) s palavras de Allah, Exaltado seja. Disse: "

    servos Meus, eis que proibi a injustia a Mim Mesmo, e a declarei

    proibida para vs e entre vs" (Allah mostra neste hdice que proibiu a

    injustia a Si Mesmo, no injusto com ningum, nem aumentando o pecado

    ou reduzindo o bom ato, como disse: "E quem tiver praticado o bem e for,

    ademais, crente, no ter que temer injustia, nem frustrao." (20:112).

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    Que a injustia entre ns proibida. O Mensageiro de Allah esclareceu que

    quanto ao sangue, os bens, as honras. Ele disse, em Arafa: "Vosso

    sangue, vossos bens e vossas honras so sagrados como sagrado este

    vosso dia, este vosso ms e esta vossa cidade."

  • 46

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    DCIMA AULA

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    VIGSIMA QUINTA TRADIO

    Abu Zar (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que alguns homens

    se dirigiram ao Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) e lhe disseram:

    Mensageiro de Allah, os ricos levam todas as recompensas; eles rezam

    tal como rezamos; jejuam como jejuamos, e, quanto caridade, eles do

    o que lhes sobra de seus bens. Disse o Profeta: Acaso no vos deixou

    Allah nada que possais oferecer como caridade? Pois sabei que o

    pronunciardes Glorificado seja Allah! uma caridade; e a proclamao

    de Allah o Maior! uma caridade; e a pronncia de Louvado seja

    Allah! tambm uma caridade; e a proclamao de No h outra

    divindade alm de Allah! uma caridade. A recomendao do bem

    uma caridade, e o opr-se ao que mal uma caridade; inclusive, a

    relao sexual do indivduo uma caridade tambm. Disseram-lhe:

    Mensageiro de Allah, o fato de que um satisfaa o seu desejo, isso

    tambm merecedor de recompensa? Respondeu o Profeta:

  • 47

    Porventura, se o tivesse satisfeito de modo ilcito, no teria cometido

    uma falta? Desse mesmo modo, ser recompensado quando o satisfizer

    de modo lcito. (Musslim)

    Explicao da tradio

    Quando os pobres se queixaram ao Profeta (S) que os ricos levam todas as

    recompensas; eles rezam tal como rezamos; jejuam como jejuamos, e,

    quanto caridade, eles do o que lhes sobra de seus bens, querendo

    dizer que os pobres no so em caridade, o Profeta (S) lhes mostrou a

    caridade que eles podem doar. Disse-lhes: "Acaso no vos deixou Allah

    nada que possais oferecer como caridade? Pois sabei que o

    pronunciardes Glorificado seja Allah! uma caridade; e a proclamao

    de Allah o Maior! uma caridade; e a pronncia de Louvado seja

    Allah! tambm uma caridade; e a proclamao de No h outra

    divindade alm de Allah! uma caridade. A recomendao do bem

    uma caridade, e o opr-se ao que mal uma caridade; inclusive, a

    relao sexual do indivduo (com a esposa) uma caridade tambm.

    Disseram-lhe: Mensageiro de Allah, o fato de que um satisfaa o seu

    desejo, isso tambm merecedor de recompensa? Respondeu o

    Profeta: Porventura, se o tivesse satisfeito de modo ilcito, no teria

    cometido uma falta? Desse mesmo modo, ser recompensado quando o

    satisfizer de modo lcito.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A forma correta de o Profeta ensinar as pessoas de forma interrogativa para

    tranquilizar o corao do ouvinte. a sua forma de ensinar quando perguntou

    a respeito da venda da tmara mida: "Diminui o seu peso ao secar?"

    Disseram que sim. Ento ele proibiu aquilo.

  • 48

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    " .

    VIGSIMA SEXTA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: Em todos os

    dias da vida, as falanges (articulaes) do ser humano devem proceder

    a uma caridade. A cada dia em que o sol nasa, o estabelecer a justia

    entre duas pessoas uma caridade. Ajudarmos algum a subir em sua

    montaria ou colocarmos a carga nela tambm uma caridade, cada

    passo que dermos para irmos para a orao uma caridade; mais

    ainda, o retirar-se o empecilho do caminho tambm uma caridade.

    (Bukhri e Musslim)

    Explicao da tradio

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o Profeta (Allah

    o abenoe e lhe d paz) disse: Em todos os dias da vida, as falanges

    (articulaes) do ser humano devem proceder a uma caridade, em

    agradecimento s ddivas de Allah em sade, bem-estar. Em cada dia em

    que o sol nasce, o estabelecer a justia entre duas pessoas uma caridade.

    As utilidades desta tradio:

    Que cada pessoa deve fazer caridade em cada dia que o sol nasce em

    nmero de suas articulaes. Diz-se que as articulaes so 360. E Allah

    sabe mais.

  • 49

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    DCIMA PRIMEIRA AULA

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    VIGSIMA STIMA TRADIO

    Al Nawas Ibn Saman (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou:

    Perguntei ao Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) acerca

    da bondade e da malcia. Disse ele: A bondade o excelente carter, e

    a malcia o que se passa no teu interior, e que detestas que seja

    descoberto pelos demais. (Musslim)

    Wbisa Ibn Mabad (R) relatou: Uma vez fui ter com o Profeta (S), e ele

    me perguntou: Vieste perguntar sobre a virtude? Respondi: Sim! Ele

    disse: Pergunta ao teu corao a respeito dela. A virtude a coisa que

    satisfaz a tua alma e sossega o teu corao; e o pecado a coisa que

    perturba a tua alma e desassossega o teu corao. Deves seguir isso,

    mesmo que as pessoas te forneam pareceres constantemente a

    respeito desse pecado. (Ahmad e Drimi)

  • 50

    Explicao da tradio

    O hadice de Wbisa Ibn Mabad (R) relata: Uma vez fui ter com o Profeta

    (S), e ele me perguntou: Vieste perguntar sobre a virtude? Respondi:

    Sim! Ele disse: Pergunta ao teu corao a respeito dela", ou seja, no

    pergunte a ningum mas pergunte ao seu corao para lhe orientar. "A

    virtude a coisa que satisfaz a tua alma e sossega o teu corao."

    Quando voc percebe que est tranquilo e seu corao sossegado com algo,

    isto virtuoso e voc deve faz-lo. Quanto ao pecado a coisa que

    perturba a tua alma e desassossega o teu corao. Mesmo que as

    pessoas te forneam reiteradamente pareceres favorveis de que tal e tal

    coisa lcita, mas a coisa continua perturbando a sua alma e desassossega

    o seu corao, deve evit-la.

    Concluses tiradas da tradio (hadice) e da anterior:

    1 - A virtude do bom carter uma vez que o Profeta (S) disse que a boa

    conduta a virtude.

    2 Que o ser humano deve olhar para a sua conscincia e no ir atrs

    dos pareceres das pessoas que nada conhecem. Portanto, a pessoa deve

    seguir a sua intuio.

  • 51

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    VIGSIMA OITAVA TRADIO

    Al Irbadh Ibn Sria (Que Allah esteja satisfeito com ele) narrou: Certa

    ocasio, o Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) nos

    exortou com umas palavras que sobrecarregavam os nossos coraes,

    e fizeram com que derramssemos lgrimas. Dissemos-lhe que parecia

    ser a sua ltima admoestao. Ele ento nos dirigiu algo mais como

    admoestao. Disse: Admoesto-vos a temerdes Allah (por causa das

    vossas obrigaes para com Ele) e ouvirdes e obedecerdes mesmo um

    escravo que poderia ser designado como autoridade sobre vs. Aqueles

    que sobreviverem depois de mim vero muitas diferenas. Deveis

    seguir a minha sunna (prticas) e as prticas de meus bem orientados

    sucessores. Apegai-vos a esses preceitos e tradies e afastai-vos das

    inovaes na religio, porque cada inovao um extravio. (Abu

    Daoud)

    Explicao da tradio

    Ao dizer: nos exortou", significa que nos lembrou com estmulos e

    ameaas. O Profeta (S) costumava exortar seus companheiros sem muita

    ameaa. Ao dizer: "com umas palavras que sobrecarregavam os nossos

    coraes", ou seja, ficaram com medo, "e fizeram com que

    derramssemos lgrimas. Dissemos-lhe que parecia ser a sua ltima

    admoestao.", porque a admoestao do viajante muito forte. Disse-

    nos: Admoesto-vos a temerdes a Allah". Aquilo era costume dos

  • 52

    companheiros que aproveitavam a oportunidade para que fossem

    aconselhados pelo Profeta (S) para o que bom. Ele os aconselhou a

    temerem a Allah, e isto significa tomar precaues contra Seu castigo,

    acatando Suas ordens e evitando Suas proibies devido s obrigaes

    para com Ele e ouvirem e obedecerem mesmo um escravo que poderia ser

    designado como autoridade sobre eles. Este o significado geral do

    versculo: " crentes, obedecei a Allah, ao Mensageiro e s autoridades,

    dentre vs!" (4:59).

    Ao dizer: "Aqueles que sobreviverem depois de mim vero muitas

    diferenas." Isto aconteceu na poca dos companheiros. Ento, o Profeta

    (S) ordenou que se seguissem a sunna (prticas) dele e as prticas dos

    orientados sucessores. Os sucessores do Profeta (S) que governaram a

    comunidade seguindo os seus preceitos e tradies, foram Abu Bakr, mar,

    Othman e li (que Allah esteja satisfeito com eles). Aconselhou-os a se

    apegarem firmemente a eles. Em seguida, o Profeta (S) advertiu contra as

    inovaes na religio, sem provas nem indicaes legais. Disse: "porque

    cada inovao um extravio. (Abu Daoud e Tirmizi)

  • 53

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    DCIMA SEGUNDA AULA

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    VIGSIMA NONA TRADIO

    Moaz (Que Allah esteja satisfeito com ele) contou que perguntou ao

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) que lhe dissesse qual a ao que

    o ajudaria a entrar no Paraso e o manteria afastado do Inferno. O

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) respondeu: Ests inquirindo

    sobre uma questo de grande importncia, porm, isso fcil para

    quem Allah lhe facilita. Adora a Allah, e no lhe associes nada nem

    ningum; pratica a orao (salat), paga o zacat (tributo social), observa

    o jejum de Ramadan, e faze a peregrinao Casa de Allah. Depois o

    Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) acrescentou: Acaso no desejas

    que te indique as portas da excelncia e da virtude? O jejum um

    escudo (contra as tentaes), a caridade (em nome de Allah) apaga os

  • 54

    pecados como a gua apaga o fogo. Similarmente, a orao noturna

    (tambm apaga os pecados). E, em seguida, recitou: Cujos corpos

    no relutam em se afastar dos leitos para invocarem ao seu Senhor com

    temor e esperana, e fazem caridade daquilo com que lhes agraciamos.

    Nenhuma alma sabe que deleite para os olhos lhes estaro reservados

    em recompensa de quanto fizeram. (32:16-17). Ento o Profeta (Allah o

    abenoe e lhe d paz) acrescentou: Acaso no desejas que te fale

    acerca da cabea da religio, do seu pilar, e do seu pice? Disse Moaz:

    Claro que sim, Mensageiro de Allah! O Profeta (Allah o abenoe e

    lhe d paz) disse: A cabea da f o Islam; seu pilar a orao (salat);

    e o seu pice o Jihad (a luta e o esforo pela causa de Allah). Ato

    contnuo, voltou a perguntar: Acaso no desejas que te diga quem o

    controlador de tudo isto? Respondeu: Certamente que sim,

    Mensageiro de Allah!Nesse momento, estirou a lngua, e disse:

    Mantm-na sob controle!Perguntou Moaz: Mensageiro de Allah,

    seremos chamados a prestar contas pelo que dizemos?O Profeta

    (Allah o abenoe e lhe d paz) respondeu: Preste ateno! As pessoas

    sero arrastadas ao Inferno, to-somente em virtude do resultado das

    suas lnguas (isto , do que falam). (Tirmizi)

    Explicao da tradio

    Nesta tradio o Profeta (S) citou a expresso "Sacalatuka Ummuk (ou seja,

    perdeu-o). No se visou com esta expresso o seu significado literal, mas o

    chamar a ateno para se compreender o que seria dito. Quando o Profeta

    (S) disse: "As pessoas sero arrastadas ao Inferno, to-somente em virtude

    do resultado das suas lnguas." (isto , o que falam ser o motivo de serem

    arrojados no Inferno) que Allah nos livre disso.

  • 55

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    DCIMA TERCEIRA AULA

    ":

    " .

    TRIGSIMA TRADIO

    Abu Salaba al Khuchani Jursum bin Nachir (Que Allah esteja satisfeito

    com ele) relatou que o Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz) disse:

    Allah, o Exaltado, prescreveu certas obrigaes que no devereis

    ignorar; do mesmo modo, fixou certos limites que no devereis

    transgredir, proibiu certas coisas que no devereis fazer; contudo

    calou-Se quanto a certas questes, simplesmente por misericrdia para

    convosco, e no por esquecimento. Assim sendo, no devereis ser

    inquisitivos quanto a essas coisas! (Essa uma boa tradio, a qual o

    Darqutni e outros relataram.)

    Explicao da tradio

    Ao dizer: "Allah prescreveu certas obrigaes que no devereis

    ignorar", ou seja, estabeleceu obrigaes conhecidas como as cinco

    oraes, o zakat, o jejum, a peregrinao, o respeito aos pais, o

    estreitamento dos laos do parentesco, etc.

  • 56

    Ao dizer: Fixou certos limites que no devereis transgredir, proibiu certas

    coisas que no devereis fazer (ou seja, proibiu coisas como o politesmo, o

    desrespeito aos pais, o matar pessoas, a no ser por merecimento, as

    bebidas inebriantes, o roubo e muitas outras coisas). Contudo calou-Se

    quanto a certas questes (ou seja, no preceituou, no tornou obrigatrias

    nem proibiu) simplesmente por misericrdia para convosco, e no por

    esquecimento (pois Allah no esquece, como Moiss, a paz esteja com ele,

    disse: "Meu Senhor jamais Se equivoca, nem Se esquece de coisa

    alguma." (20:52). Assim sendo, no devereis ser inquisitivos quanto a essas

    coisas!

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    " .

    TRIGSIMA PRIMEIRA TRADIO

    Sahl Ibn Saad al Sidi (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou:

    Um homem foi ter com o Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz), e

    disse: Mensageiro de Allah, indica-me uma ao que, se eu praticar,

    Allah e as pessoas me amaro. Disse-lhe: No d maior importncia a

    este mundo, que Allah te amar. No cobices o que as pessoas tm, que

    elas te amaro. (Ibn Mja)

    Explicao da tradio

    Sahl Ibn Saad al Sidi (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou: Um

    homem foi ter com o Profeta (Allah o abenoe e lhe d paz)" (sem citar o

    nome do homem, porque no havia necessidade de conhec-lo, pois o

  • 57

    objetivo conhecer o preceito e a questo), e disse: Mensageiro de

    Allah, indica-me uma ao que, se eu praticar, Allah e as pessoas me

    amaro. (Este pedido, certamente um pedido muito importante em que a

    pessoa pede o que atrai o amor de Allah e o amor das pessoas). Disse-lhe:

    No d maior importncia a este mundo (seja asctico), (ou seja, deixe o

    que h no mundo que no lhe ser de algum proveito na Outra Vida. Isto

    estimula o amor Outra Vida, porque esta vida e a Outra so antagnicas,

    se desprezar uma est desejando a outra. Isto abrange que o ser humano

    deve se preocupar em agir para obter a Outra Vida, deixando o que no lhe

    ser proveitoso na Outra Vida, perdendo tempo e no aproveitando. Quanto

    ao que atrai o amor das pessoas, o Profeta (S) disse: No cobices o que

    as pessoas tm, que elas te amaro. No deve pedir nem cobiar as

    coisas dos outros afastando-se completamente delas. Assim, as pessoas

    iro am-lo. Se ele pedir s pessoas o que elas possuem, iro ach-lo

    inconveniente e iro odi-lo.

    ": "

    .

    TRIGSIMA SEGUNDA TRADIO

    Abu Said, Saad Ibn Mlik Ibn Sinan al Khudri (Que Allah esteja satisfeito

    com ele) relatou que o Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d

    paz) disse: Ningum pode se prejudicar nem prejudicar aos outros.

    (Ibn Mja)

    Explicao da tradio

    O exemplo disso o de um vizinho que possui uma rvore e ele a irriga,

    deixando a gua infiltrar na casa do vizinho, sem inteno. Pode ser que no

  • 58

    saiba daquilo. O seu dever parar este prejuzo quando souber de sua

    ocorrncia, mesmo que o dono da rvore no tenha a inteno de prejudicar.

    Dizemos a ele: "Mesmo que no tenha a inteno de prejudicar, isto

    rejeitado. Os telogos, baseados nesta tradio, fizeram analogias de muitas

    coisas que dizem respeito ao vizinho.

  • 59

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    DCIMA QUARTA AULA

    ": "

    .

    TRIGSIMA TERCEIRA TRADIO

    Ibn Abbs (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Mensageiro de Allah disse: Se fosse dado s pessoas o que elas

    alegam, reclamariam as propriedades e o sangue dos outros. Porm, a

    prova deve ser apresentada pelo acusador e o juramento de quem

    nega. (Baihaqui)

    Explicao da tradio

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 - Que a lei islmica se preocupa em proteger as propriedades e as vidas

    das pessoas ao dizer: "Se fosse dado s pessoas o que elas alegam,

    reclamariam as propriedades e o sangue dos outros.

    2 Que o alegado, se apresentar provas, ser beneficiado com a sentena a

    seu favor, por causa das palavras do Profeta (S): "Porm, a prova deve ser

    apresentada pelo acusador." (a prova tudo que mostra a verdade e no

  • 60

    se restringe s testemunhas. Tudo que demonstra a verdade constitui em

    prova.)

    3 - E o juramento de quem nega a acusao.

    4 Se quem nega deixar de prestar juramento, ser condenado.

    : :"

    " .

    TRIGSIMA QUARTA TRADIO

    Abu Sad al Khudri (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que

    ouvira o Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) dizer:

    Quem dentre vs presenciar uma ao condenvel, que se oponha a

    ela com suas mos; se no puder, que o faa com suas palavras; se

    tambm no puder, que o faa com o corao, sendo que isto o

    mnimo que se espera da sua f. (Musslim)

    Explicao da tradio

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A obrigao de se mudar o condenvel nos graus apresentados, primeiro

    com a mo, e isto s pode ser feito pela autoridade. Se no houver

    autoridade, que seja com palavras, e isto o papel dos orientadores que

    mostram as coisas condenveis para as pessoas.

  • 61

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    TRIGSIMA QUINTA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: No tenhais

    inveja, nem manipuleis os preos das coisas. No vos odieis, nem vos

    deis as costas. No vos rivalizeis, prejudicando, uns, as vendas dos

    outros. servos de Allah, sede como irmos! O muulmano irmo do

    muulmano, no injusto para com ele, no o abandona sua sorte,

    no o engana, nem o menospreza. A piedade se encontra aqui mesmo

    (demonstrou, indicando o peito trs vezes); demasiada maldade

    demonstraria uma pessoa que menosprezasse o seu irmo muulmano!

    Tudo o que possui um muulmano inviolvel: seu sangue, seus bens,

    sua honra. (Musslim).

    Explicao da tradio

    As suas palavras: No tenhais inveja" indicam a proibio da inveja que

    denota o desagrado quanto s ddivas que Allah concede ao irmo, quer

    seja religiosas ou terrenas, quer desejando que cessem ou no. Quando a

    voc desagrada o que Allah concedeu ao seu irmo, isto inveja.

  • 62

    "nem manipuleis os preos das coisas." Os telogos explicaram que a

    manipulao dos preos algum puxar os preos no leilo, no desejando

    comprar, mas beneficiar o vendedor ou prejudicar o comprador.

    "No vos odieis", ou seja, no devem odiar uns aos outros.

    "Nem vos deis as costas", ou seja, no devem divergir nas direes.

    "No vos rivalizeis, prejudicando, uns, as vendas dos outros.

    servos de Allah, sede como irmos!Sejam irmos na amizade, na

    lealdade.

    Ento, o Profeta (S) confirmou essa fraternidade, dizendo: "O muulmano

    irmo do muulmano." O que os irmana o Islam, a maior relao entre os

    muulmanos.

    "No injusto para com ele" (no o agride). "No o abandona sua

    sorte, no o engana, nem o menospreza."

    A piedade se encontra aqui mesmo, quer dizer que o temor a Allah se

    encontra no corao. Se o corao possui temor, todo o resto do corpo o

    segue (demonstrou, indicando o peito trs vezes).

    Ento, disse: "demasiada maldade demonstraria uma pessoa que

    menosprezasse o seu irmo muulmano! Tudo o que possui um

    muulmano inviolvel: seu sangue, seus bens, sua honra.

    Quanto aos bens, no podem ser infringidos com roubos e usurpaes, ou

    por qualquer outro meio.

    Quanto sua honra no pode ser caluniado, difamando a sua honra.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    1 - A proibio da inveja. A inveja causa muitos malefcios: o desgostar

    quanto ao decreto de Allah. A inimizade ao irmo. A existncia de rancor no

    corao do invejoso toda vez que as ddivas o rancor aumenta e

    desagradece a sua sobrevivncia.

    2 a proibio de manipulao dos preos pelo prejuzo que pode causar

    aos outros. Por ser a causa de inimizade. No permitido que o muulmano

    odeie ao seu irmo ou cause algo que gere dio.

  • 63

    3 A proibio de darem as costas uns aos outros, deixando de se

    consultarem, porque isso contra a fraternidade religiosa.

    4 A proibio de se rivalizarem, aumentando o preo das coisas para

    prejudicarem uns aos outros, ou pedir a mo de alguma moa, mesmo

    estando ela comprometida com outro, etc.

    5 A obrigao do desenvolvimento da fraternidade religiosa devido s

    suas palavras: servos de Allah, sede como irmos! O muulmano

    irmo do muulmano, no injusto para com ele, no o abandona sua

    sorte, no o engana, nem o menospreza, porque isto o contrrio

    irmandade religiosa.

  • 64

    Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

    DCIMA QUINTA AULA

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    TRIGSIMA SEXTA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o Profeta

    (Allah o abenoe e lhe d paz) disse: quele que aliviar, de um crente,

    uma angstia, das angstias desta vida, Allah aliviar algumas das

    angstias no Dia do Juzo; e quele que resolver a dificuldade de um

    necessitado, Allah resolver as dificuldades, tanto nesta, como na Outra

    Vida; e pessoa que for discreta para com as faltas de um muulmano

    Allah ser discreto com as faltas dela, nesta e na Outra, e Allah estar

    ajudando o servo enquanto este estiver ajudando o seu irmo; e quele

    que empreender um caminho na busca do conhecimento, Allah

    facilitar, por isso, um caminho para o Paraso. Sempre que se reunir

    um grupo de indivduos para recitar e estudar o Livro de Allah, fazendo-

    o em uma das Casas do Senhor, o sossego descer sobre eles, e a

    misericrdia de Allah (louvado seja) os cobrir; os anjos os rodearo, e

    sero mencionados por Allah, ante aqueles que se encontram na Sua

  • 65

    presena. Aquele cujas obras tenham sido rebaixadas no ser

    dignificado, por sua linhagem. (Musslim)

    Explicao da tradio

    Quem atrasar o seu trabalho, no adiantar a sua ascendncia. Ou seja,

    quem se atrasar por causa de seus maus atos, a sua ascendncia de nada

    lhe valer; no o elevar nem no o adiantar. A ascendncia pertencer a

    uma tribo ou coisa similar.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    O incentivo quanto facilitar as coisas para quem est em dificuldade, ao

    dizer: "quele que aliviar, de um crente, uma angstia, das angstias

    desta vida, Allah aliviar algumas das angstias no Dia do Juzo". O

    alvio ser de acordo com a dificuldade. O devedor, por exemplo, que no

    tem possibilidade de pagar a sua dvida dar-lhe prazo, ou perdoando-o que

    melhor do que dar-lhe prazo. O ajudar quem for acometido por uma

    desgraa. O que importa aliviar conforme a dificuldade.

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    TRIGSIMA STIMA TRADIO

    Abdullah Ibn Abbs Ibn Abdel Muttalib (Que Allah esteja satisfeito com

    ele) relatou que o Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz)

    transmitiu de seu Senhor (louvado e exaltado seja), dizendo: Allah tem

  • 66

    descrito tanto as boas como as ms obras, e as tem detalhado. Para

    quem teve a inteno de realizar uma boa obra, e no chegou a cumpri-

    la, Allah a anotar como se a tivesse realizado integralmente. E se teve

    inteno de realiz-la e a realizou, Allah lhe anotar o mrito de dez

    boas obras, que podero ser multiplicadas em at setecentas vezes, ou

    muito mais. E se a pessoa teve a inteno de realizar uma m obra, sem

    chegar a faz-lo, Allah a anotar como se tivesse realizado uma boa

    obra, integralmente; porm se o fizer, Allah anotar como se cometesse

    apenas uma m obra. (Bukhri e Musslim)

    Explicao da Tradio

    Observe, caro aluno, que Allah nos concede o sucesso, a enorme bondade

    de Allah, Exaltado seja, e analise as palavras: "a anotar", indicando a

    considerao por ela. As palavras: "integralmente uma boa obra" para

    confirmar a forte considerao por ela. No que diz respeito s ms aes

    que quis praticar e deixou de faz-lo, "Allah a anotar como se tivesse

    realizado uma boa obra, integralmente", confirmando-a com

    integralmente. "Porm se o fizer, Allah anotar como se cometesse

    apenas uma m obra", e no a confirmou como por inteiro. Louvado seja

    Allah, Glorificado seja, no se consegue enumerar o louvor a Ele.

    Concluses tiradas da tradio (hadice):

    A inteno se divide em trs partes:

    1 Que tente fazer e no consegue realizar para ser-lhe escrito como mau

    ato por inteiro.

    2 Teve a inteno de fazer e deixou de faz-lo, no por temor a Allah,

    mas por ele mesmo. Isto ser escrito a seu favor e no contra ele.

    3 Deixar de faz-lo por temor a Allah. Isto o que esta tradio diz, Allah

    a anotar integralmente como boa obra.

  • 67

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    TRIGSIMA OITAVA TRADIO

    Abu Huraira (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o

    Mensageiro de Allah (Allah o abenoe e lhe d paz) afirmou que Allah

    (louvado seja) disse: Aquele que hostiliza um dos Meus servos mais

    devotos, est em guerra coMigo. Jamais o Meu servo se aproximar de

    Mim com algo que Eu goste mais do que lhe prescrevi como obrigatrio.

    Que Meu servo continue se aproximando de Mim atravs dos atos

    opcionais (oraes, jejum, caridades), at que Eu venha a am-lo. E, ao

    am-lo, serei seus ouvidos com os quais ouve, suas vistas com as

    quais v, suas mos com as quais opera, e suas pernas com as quais

    anda. Se Me pedir algo, dar-lhe-ei; e se em Mim buscar refgio,

    conceder-lho-ei. (Bukhri)

    Explicao da tradio

    As suas palavras: Allah (louvado seja) disse: Aquele que hostiliza um dos

    Meus servos mais devotos," (Esta tradio um Hdice Cudsi, porque o

    Profeta a narrou repetindo as palavras de seu Senhor. Todo hdice narrado

    repetindo as palavras de seu Senhor chamado de Hadice Cudsi. A

    hostilidade o oposto da amizade e o amigo o oposto do inimigo. Os

    diletos de Allah so os crentes e tementes. A prova disso so as palavras de

    Allah, Exaltado seja: "No , acaso, certo que os diletos de Allah jamais

    sero presas do temor, nem se angustiaro? Estes so os crentes, e

    so tementes." (10:62-63).

    As palavras: "est em guerra comigo". Ou seja, declarei guerra contra ele

    e ser o inimigo de