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 A CEIA DO SENHORA BÍBLICA E HISTÓRICA PERSPECTIVA BATISTA 

WILLIAM R. DOWNING 

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A Ceia do Senhor: A Bíblica e Histórica Perspectiva BatistaPor William R. Downing

Nossa igreja administra a Ceia do Senhor para os membros da assembleia local somente.Esta prática é conhecida como “comunhão fechada”. Acreditamos também que a devida

observância desta Ordenança exige a utilização tanto de vinho quanto de pão ázimo.

A nossa prática pode parecer estranha para alguns que têm conhecido apenas as histori-

camente recentes inovações de uma comunhão aberta, do uso de bolachas e de suco de

uva. Este artigo é apresentado como uma explicação da nossa prática e é extraído de nosso

Manual de Membresia da Igreja, Apêndice E.

I. A CEIA DO SENHOR: UMA ORDENANÇA — NÃO UM SACRAMENTO.

Todos os comandos do Senhor Jesus Cristo à Sua Igreja são uma “ordenança”, ou seja,

algo ordenado, comissionado ou mandado. Entretanto, histórica e teologicamente, os Batis-

tas têm distinguido as Ordenanças da igreja como duas: Batismo e Ceia do Senhor1.

A Ceia do Senhor pode ser definida e descrita como o rito simbólico em que a igreja se

reúne para participar de maneira digna do pão sem fermento e do vinho que simbolizam o

corpo partido e o sangue derramado do Senhor Jesus Cristo, isto é, a Sua Pessoa e obra.

Este é um rito que tanto comemora a Sua morte (sofrimento e morte em suas propriedades

vicárias) e antecipa Seu retorno (veja Mateus 26:26-29; Marcos 14: 22-25; Lucas 22:17-20;

Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16-17; 11:17-34).

Esta observância é puramente simbólica e não é de forma alguma um sacramento ou

“meios visíveis de graça” de tal forma que a igreja comungue de Cristo quer literalmente,

como sustentam os Papistas, ou misticamente como sustentam os Protestantes.

NOTA: Uma ordenança é uma diretriz ou comando de natureza autoritária (Lat. ordo,

colocar em ordem, decretar, estabelecer). Um sacramento é um meio de graça através de

um determinado elemento, por exemplo, o batismo ou comunhão (Grego: μυστηριον, mis-

tério; Latim: sacramentum, segredo, sacer , sagrado). A observância do Batismo e da Ceia

 __________

[1] A ordenança principal é a pregação do Evangelho, que é ordenado por Deus para a salvação dos pecado-res, para a plantação de igrejas do Novo Testamento e a edificação dos crentes através da Palavra pregada.  

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do Senhor são ordens de nosso Senhor (Mateus 28:20), e não elementos físicos, através

dos quais a graça é secreta ou misteriosamente comunicada. A “mentalidade sacramental”

Protestante foi herdada da noção Romana de regeneração batismal e Missa. A Transubs-

tanciação Romanista é em dada extensão revivida na consubstanciação Luterana e presen-

te em um determinado grau na ideia Reformada de sacramento, que postula algo misteriosoe além dos elementos físicos.

Esse rito só poderia ser um “meio de graça” em seu simbolismo na medida em que poderia

fixar a mente ou o coração sobre a Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo e, assim, direcio-

nar os pensamentos para a verdade e a realidade da glória do Evangelho. Como o termo

“sacramento” etimológica, histórica e teologicamente implica algo misterioso e sacerdotal,

é uma terminologia bastante inadequada para uma igreja do Novo Testamento. Esta é uma

das razões para o uso predominante do termo “Ceia do Senhor” em vez de “comunhão”.

Este último termo é igualmente mal interpretado e associado a uma relação mística entre o

indivíduo e o Senhor, geralmente por mediação sacerdotal (ou seja, através de um sacer-

dote ou igreja), embora seja verdade que a assembleia local como um corpo comunga com

o Senhor corporativamente e simbolicamente na observância.

A Ceia do Senhor é uma Ordenança da Igreja do Novo Testamento ou Evangélica, assim co-

mo o Batismo. Ambos simbolizam as realidades do Evangelho à medida que eles centram-

se na Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, e são observados sob a autoridade e dentro

do contexto da assembleia local.

II. A CEIA DO SENHOR E A PÁSCOA.

A Ceia do Senhor não é o cumprimento da Páscoa. A Festa da Páscoa encontrou seu cum-

primento no Senhor Jesus Cristo como o Cordeiro de Deus (João 1:29; 1 Coríntios 5:7). A

Ceia do Senhor é uma Ordenança distintiva do Novo Testamento que se centra na Pessoa

e obra do Senhor Jesus Cristo. Deve ser observada “em memória de mim”, dEle. Os ele -mentos são pão sem fermento e vinho. O vinho é um símbolo de alegria (Salmo 104:15), e

nunca foi prescrito por Deus para a Páscoa (Êxodo 12:1-20; Números 9:11) 2. As “ervas a-

margas” da Páscoa, que tinham o propósito de lembrar aos israelitas o seu amargo cativeir o

no Egito não têm lugar na lembrança de nosso Redentor de e Sua gloriosa realização.

 __________[2] Na instituição original da Páscoa (Êxodo 12:3-20), nenhuma menção é feita a vinho no jantar da Páscoa.

Na verdade, em nenhum lugar por todo o Velho Testamento o vinho é associado à Páscoa. Se a Ceia do

Senhor não fosse outra coisa senão o cumprimento da Páscoa, por que um elemento puramente tradicional

receberia a ênfase e o elemento principal — o cordeiro — seria omitido? O vinho era um produto da tradição

e se tornou habitual. O Senhor usou esse costume providencial para simbolizar o Seu sangue.

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III. OS ELEMENTOS PRESCRITOS PELAS ESCRITURAS.

Esta igreja sustenta o uso tanto de vinho quanto de pão ázimo, na observância da Ceia do

Senhor. Estes são os elementos utilizados de acordo com o padrão inspirado do Novo Tes-

tamento. Foram estes elementos que o Senhor usou na refeição da Páscoa para simbolizarSua Pessoa e obra e para instituir esta Ordenança do Evangelho. O uso de suco de uva ou

 pão fermentado, ou outros elementos, nós consideramos como algo antibíblico.

Pão Ázimo

O pão sem fermento não foi utilizado naquela refeição da Páscoa, quando o Senhor instituiu

a Ceia, somente por causa de sua conveniência, mas também possuía um significado

simbólico. O fermento é o símbolo usual do mal nas Escrituras (Note que os sacrifícios do

Antigo Testamento não deveriam ser oferecidos com fermento; veja 1 Coríntios 5:6-8). O

simbolismo final no pão ázimo é a impecabilidade da humanidade do Senhor — Ele era

impecável3. Isso tem uma relação direta e vital com o significado redentor de Sua obra. As-

sim, pão ázimo é o único símbolo apropriado e bíblico que deve ser usado.

Vinho

O Senhor instituiu a Ceia a partir de partes remanescentes da ceia da Páscoa. Ele tomou

o cálice final de vinho tinto para simbolizar o Seu sangue que foi derramado em aliança-re-denção para Seu povo.

É fortemente objetado por alguns que “vinho fermentado” (uma redundância) não deve ser

utilizado na Ceia do Senhor. Tais acusações são baseadas em uma má interpretação da

Escritura, da tradição, e em um mal-entendido a respeito da conversão da graça além de

uma atitude legalista derivada da influência Neoplatônica4  (veja Colossenses 3:16, 21;

 __________

[3] Non posse peccar , “não é capaz de pecar”, o oposto de posse non peccar , simplesmente “capaz de nãopecar”. A impecabilidade verdadeira e completa da humanidade de nosso Senhor é essencial para a Sua

Deidade como o Deus-Homem, e era necessária no contexto de Sua obediência ativa (ou seja, Sua vida

perfeita debaixo da lei) e passiva (Seu sofrimento e morte), ambas estas obediências foram vicárias. 

[4] Neoplatonismo, foi um movimento religioso-filosófico no início da era Cristã, eram os últimos vestígios do

paganismo. Ele misturou-se com um Cristianismo apóstata, com o Judaísmo e o misticismo, e estabeleceu-

se como o Gnosticismo nos três primeiros séculos da era Cristã. Pensava-se que o pecado estava nas “coisas”

materiais em vez de no coração e na natureza humana, ou seja, o pecado era algo externo ao invés de interno

e espiritual. Finney ensinou esta mesma coisa, e abriu o caminho para o legalismo moderno, que também

enfatiza a parte externa, como se o pecado estivesse fora da personalidade e nas “coisas” que devem,portanto, ser evitadas.

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1 Timóteo 4:1-5). O vinho é o elemento Escriturístico adequado e deve ser usado. Consi-

dere o seguinte:

Em primeiro lugar, o vinho foi utilizado na Ceia do Senhor no Novo Testamento. É digno de

nota que Paulo não repreendeu a igreja de Corinto por causa do uso de vinho, mas sim porembriaguez (1 Coríntios 11:21).

NOTA: A palavra usual para o vinho no Novo Testamento é οἷυος, denotando uma bebida

fermentada. O “vinho novo” das festas (veja Atos 2:13 -16) foi literalmente “vinho doce”

(γλεῦκος), daí o termo em Português “glicose” [em Inglês:  glucose  – N. do T.]. A festa de

Pentecostes era realizada no início do verão. A colheita das uvas era normalmente realizada

de setembro a outubro, assim, o vinho usado tinha quase um ano de idade. “Vinho novo” era

produzido pela imersão de passas em vinho velho ou a adição de açúcar, e fermentando-o, fazendo por meio deste processo uma bebida mais doce, mais inebriante. Muito tem sido

escrito sobre a ideia de “vinho não fermentado” (uma contradição de termos), mas as

palavras usadas nas Escrituras e os todos os contextos denotam vinho. A ideia de usar

suco de uva em vez de vinho se deriva da influência de homens como Charles G. Finney,

que defendia uma dieta vegetariana de acordo com sua filosofia Pelagiana de que o homem

não nasce depravado, mas torna-se um pecador através da influência de ambiente em que

está inserido. Assim, Finney pregou não somente contra o tabaco e o álcool, mas contra

café, chá e todos os temperos. Tais coisas, como eles alegam, conduzem à agitação inde-

vida da natureza animal e resultam em pecado (Veja Charles G. Finney, Palestras Sobre

os Avivamentos da Religião, pp. 397-398; B. B. Warfield, Perfeccionismo, pp. 6-7). Assim,

não somente os modernos movimentos “Temperança”* encontraram sua  fonte nesta

filosofia, mas também o fenômeno moderno da “comida saudável” vem acontecendo entre

os Cristãos também é em grande parte proveniente desta fonte. Tal pensamento é ineren-

temente Neoplatônico, que sustentava que ao mal está nas coisas materiais, ao invés de

no coração humano. Veja Colossenses 2:16, 21-23; 1 Timóteo 4:1-5 (Observe o uso da

palavra “alimentos”). 

NOTA: Dr. Thomas Bramwell Welch, um dentista, líder do movimento temperança e o

administrador da comunhão na Igreja Metodista Vineland, ficou indignado ao ter que usar

 __________

* Temperance movement : Literalmente, Movimento Temperança, é um movimento social contra o consumo

de bebidas alcoólicas. Os movimentos de temperança tipicamente criticam o consumo excessivo de álcool,

promovem a abstinência completa (abstemia), ou buscam usar sua influência política para pressionar o go-

verno a decretar leis para regular a disponibilidade de álcool ou até mesmo sua proibição completa (Wikipédia)

— N. do T. 

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vinho (uma prática bíblica e universalmente histórica) para a comunhão. Um dos comum-

gantes da Igreja utilizou em demasia em um serviço, e continuou bebendo após a celebra-

ção, tornando-se bastante ébrio, o que irritou muito o Dr. Depois de ler sobre o processo de

pasteurização, ele aperfeiçoou o processo com suco de uva que leva o seu nome na marca:

“Suco de Uva Welch” [Welch’s Grape Juice]. Este foi originalmente engarrafado para oscultos de comunhão sob o nome de “Vinho Welch Não-Fermentado Para Comunhão”

[Welch’s Unfermented Communion Wine]. Dr. Welch tem sido descrito como “um Metodista

abstêmio... e um homem de grande capacidade. Ele entrou no negócio das uvas por

motivos religiosos”. 

Muitas igrejas, no entanto, demoraram para deixar a prática bíblica e histórica do uso do

vinho. Seu filho, Charles, uma vez escreveu-lhe, nos primeiros dias, reclamando que “Você

espremeu uvas, você apertou a família quase sem dinheiro; você apertou seus amigos.

Parecia necessário reconhecer a derrota — derrota financeira, apenas, e sair debaixo da

prensa”.

Mas o novo produto gradualmente ganhou popularidade. De 1869 a 1872, o Dr. Welch

produzia uma quantidade limitada de “vinho não fermentado” para as igrejas no sul de New

Jersey e do sudeste da Pennsylvania. Logo a procura foi maior do que um homem poderia

manipular e Welch criou a Fruit Company Juice Welch [Companhia de Sucos de Frutas

Welch], precursor da internacionalmente conhecida companhia Welch de hoje. Seu suco

de uva se tornou o primeiro “refrigerante” (bebida não-alcoólica).

O seu filho, Charles, como seu pai, era um defensor declarado da proibição. Quando o mo-

vimento de proibição começou a pegar vapor durante a administração de Woodrow Wilson,

o nome Welch realmente decolou. Desde então, a Grape Juice Welch era a única bebida

não-alcoólica de frutas no mercado, era um substituto natural para as bebidas alcoólicas.

Charles fez da Grape Juice Welch uma indústria mundial. Ele se via como mordomo de

Deus e deu grandes somas de dinheiro para a Igreja Metodista e vários empreendimentos

do Movimento Temperança. Quando ele morreu, em 6 de janeiro de 1926, em sua últimaVontade e Testamento lê-se:

“O suco de uva não fermentado nasceu em 1869 a partir de uma paixão por servir a

Deus ajudando a Sua Igreja a dar em sua comunhão o fruto da videira, em vez do

cálice dos demônios. Muito cedo eu ouvi de meu Pai Celestial e do meu pai terreno:

“Tome a criança e a eduque para mim”, e esta comissão eu tentei executar fielmente”5.

 __________[5] Editado e abreviado a partir de um artigo histórico por Eileen Bennett, “O Dentista de Vineland Inventa

Bebida Sóbria”. 

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O sincero desejo de acabar com a tendência à embriaguez e dissipação que resultou na

ruína de tantas famílias e vidas, o levou, no entanto, a uma negação legalista e antibíblica

da adequada e legítima liberdade Cristã. Apesar da relativamente curta história do uso do

suco de uva, este é considerado sacrossanto nos dias de hoje, enquanto o uso do vinho

está seriamente desaprovado. Assim, a falsa teologia de Charles Finney e o zelo equivo-cado do Dr. Welch têm substituído o ensino claro das Escrituras.

Em segundo lugar, o consumo de vinho em si mesmo não é condenado nas Escrituras, mas

o seu abuso é. As várias advertências associadas ao consumo de vinho em todos os casos

implicam os pecados de embriaguez e aquilo que está associado com a embriaguez (por

exemplo, Gênesis 9: 20-27, 19:30-38; Provérbios 20:1, 23:29-35, 31:1-5; Habacuque 2:15).

A temperança6 era necessariamente um princípio que deveria ser considerado pelos reis,

 juízes ou aqueles que têm autoridade para que não pervertessem o julgamento. A abstinên-

cia total foi exigida para os sacerdotes somente quando eles estivessem oficiando (Levítico

10:5-10). Os recabitas foram abençoados por Deus, e referidos como exemplos, não porque

eles eram abstêmios totais, por si só, mas, sim, porque haviam obedecido o mandamento

de seu pai (Jeremias 35:10-19). Na Escritura, o vinho é um símbolo de alegria e da bênção

de Deus (Veja Deuteronômio 14:22-29; Salmos 104:14-15; Provérbios 3:10; Eclesiastes

9:7-9; Atos 2:13-16). O nazireu deveria se abster não só do vinho, mas de qualquer coisa

que se derivasse das videiras — vinho, uvas, passas, talos — porque ele estava carregando

um opróbrio por Deus durante o tempo de seu voto (Números 6:1-20). O vinho foi usado

medicinalmente, tanto externa quanto internamente (veja Lucas 10:34; 1 Timóteo 5:23).Também foi usado para aliviar o sofrimento e a depressão (Salmos 104:14-15; Provérbios

31:6-7). O vinho foi incluído nas libações feitas ao Senhor (Êxodo 29:40). O vinho e a

“bebida forte” eram uma parte essencial do “dízimo do Júbilo” (Deuteronômio 14:22-29).

Assim, a proibição nas Escrituras é contra o abuso de vinho ou embriaguez.

Em terceiro lugar, o próprio Senhor Jesus Cristo, tanto bebeu quanto fez vinho (Mateus

11:19; Lucas 7:34; João 2:1-11). Se Ele tivesse sido um abstêmio total, a acusação dEle

ter sido alegadamente um “bebedor de vinho” não teria sentido, pois Ele e ra, evidentemen-te, um homem de bom apetite e alguém que bebia. Aqueles que ensinam que a abstinência

total é absolutamente essencial e um requisito à piedade lançam uma sombra sobre ambos:

a ética e o caráter moral do Senhor. Além disso, o vinho que Ele fez na festa de casamento

não só foi fermentado, mas envelhecido à perfeição, tal como foi reconhecido pelo encarre-

gado da festa.

 __________[6] “Temperança” (ἐγκράτεια, “eu” ou “si próprio”, ἐγώ, “poder”) significa literalmente: “auto-controle”. Os

chamados movimentos “Temperança” do século XIX eram movimentos realmente abstêmios, que militavam

por abstinência total de álcool, e não por auto-controle ou “temperança”. 

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Em quarto lugar, acusações modernas contra o uso do vinho na mesa do Senhor pressu-

põem que o vinho é inerentemente mau ou imoral. A questão de beber vinho, no entanto, é

ética, não moral. A moralidade está preocupada com absolutos, coisas que estão certas ou

erradas inerentemente, quer refletindo ou se opondo ao caráter moral de Deus. A ética está

preocupada também com o tema da liberdade Cristã. Beber vinho é em si nem certo nemerrado, mas uma questão de liberdade cristã. Os princípios dessa liberdade prevalecerão

na medida em que é o “irmão mais fraco”, que deverá abster -se por causa de sua consciên-cia sensível. E o “irmão mais forte”, ou Cristão amadurecido espiritualmente, que pode

desfrutar de sua liberdade — contanto que ele faça isso para a glória de Deus (1 Coríntios

10:31), e não ofenda seu irmão mais fraco. Veja Romanos 14, onde este assunto éamplamente discutido em ambos os aspectos7.

Em quinto lugar, os usos sociais e cerimoniais do vinho devem ser distinguidos. O último

não está dentro do âmbito da liberdade Cristã, mas deve ser regulado pelo exemplo doNovo Testamento no contexto da Ceia do Senhor.

Em sexto lugar, é objetado que alguns têm uma fraqueza inerente para o álcool, e que, por

causa da indulgência pecaminosa que apresentava no passado ou por tendências gene-

ticas, essas pessoas seriam levadas novamente ao “alcoolismo” através do uso de vinho

na mesa do Senhor. Em resposta, as Escrituras não tratam embriaguez como uma “doen-

ça”. “Alcoolismo” não é uma doença em si, mas o pecado de embriaguez. É um pecado da

intemperança, ou perda de auto-controle (veja Gálatas 5:22-23), o que entristece o EspíritoSanto, como o faz a ira e uma infinidade de outros pecados. Quando Deus regenera um in-

divíduo, Ele quebra o poder reinante do pecado (isto é, o pecado como um poder dominantee princípio governante na vida; cf. Romanos 6:1-14). A embriaguez, como qualquer outro

pecado, deve ser vencida pela graça Divina. O vício de qualquer tipo é incompatível com o

ensinamento bíblico de regeneração e conversão. Opor-se a este princípio é negar o poderda graça para a conversão.

Finalmente, o simbolismo é perdido em grande parte, se suco de uva é usado. O “fruto da

videira” é a terminologia cerimonial e não defende o uso de suco de uva8. Há um fermento

 __________[7] O significado de “ofensa” na Escritura precisa de explicação. Não conota ferir os sentimentos de alguém

ou de ser “insensível” para com o outro. O substantivo é σκάνδαλον, “pedra de tropeço” (Em Português:

“Escândalo”). O verbo σκανδαλίςω (Em Português: “Escandalizar”). Ele conota fazer o outro entrar em algo

que viola a sua própria consciência. Por exemplo, um “irmão mais fraco” vê o “irmão mais forte” beber um

pouco de vinho, e, portanto bebe também ele mesmo, mas depois sua consciência a acusa por tal ato. Ele é,então, “ofendido” (“escandalizado”) em sua consciência. 

[8] isso é visto nas orações judaicas tradicionais. Antes de uma refeição, o chefe da casa agradeceria a Deuspor Sua graça e provisão, incluindo o vinho, que foi eufemisticamente refer ido como “o fruto da videira” em

linguagem cerimonial. Nosso Senhor simplesmente usou essa terminologia tradicional.

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natural no suco que é consumido no processo de fermentação. Se é necessária a utilização

de pão sem fermento, é igualmente necessário usar vinho.

IV. A OBSERVÂNCIA BÍBLICA.

A Preparação Bíblica

Há três aspectos da consciência dos participantes na observância desse rito: Em primeiro

lugar, deve haver um olhar para trás: “Fazei isto em memória de mim”. A igreja comemora

a morte do seu Senhor com todo o seu significado redentor e glória. Em segundo lugar, um

olhar para dentro: “Examine o homem a si mesmo”. Isto implica, neste contexto bíblico, uma

séria preparação antes da participação, uma preparação que não centra-se necessaria-

mente na introspecção, mas em Cristo (veja 1 Coríntios 11:27-32). Finalmente, deve haverser um olhar para a frente: “até que Ele venha”. Um senso de gloriosa expectativa deve re-

pousar sobre as mentes e os corações dos membros da igreja.

Os Pré-Requisitos Bíblicos

Em primeiro lugar, a conversão. Como este ritual é uma Ordenança do Evangelho a ser

observado no contexto da assembleia do Novo Testamento, não tem nenhum significado

para uma pessoa não-salva. O Novo Testamento ensina a salvação antes da Ceia doSenhor. Assim, membresia infantil da igreja, relações familiares ou a simples presença da

hora da celebração não qualificam alguém para participar da Ceia.

Em segundo lugar, o Batismo. Esta Ordenança sempre é antecedente à Ceia do Senhor

(Atos 2:41-42). É antibíblico servir a Mesa do Senhor para qualquer pessoa que não tenha

sido biblicamente imersa como um crente. Isto exclui, com base na Escritura, Papistas,

Protestantes, e quaisquer outras pessoas que foram batizadas ou aspergidas na infância,

antes de sua conversão, ou batizados de qualquer outra maneira senão como um crente,em obediência à Palavra de Deus.

Em terceiro lugar, fazer parte da membresia da igreja. Como a Ceia deve ser observada

no contexto da assembleia local, o participante deve estar dentro de sua comunhão e sob

a sua disciplina. Admitir pessoas de outras assembleias seria fazer uma exceção desconhe-

cida no Novo Testamento.

Em quarto lugar, um estilo de vida ordenado. A Mesa do Senhor é co-extensiva com a dis-

ciplina da igreja. É impossível correta e biblicamente observar a Ceia do Senhor na assem-

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bleia se não houver disciplina bíblica (Veja Mateus 18:15-17; Romanos 16:17; 1 Coríntios

5:1-13, 10:16; 2 Tessalonicenses 3:6, 14-15; Tito 3:10-11). A assembleia local deve ser uni-

ficada na verdade ou então não poderá observar adequadamente o rito. Se existir divisões

ou cismas, a verdadeira participação é impedida (Veja 1 Coríntios 10:16-18; 11:17-20).

Assim, um viver ordenado é um pré-requisito necessário.

A Participação Bíblica

Esta igreja pratica uma “comunhão fechada”. Há histórica e tradicionalmente vários pontos

de vista sobre a observância da Ceia ou comunhão do Senhor: (1) Comunhão Fechada, ou

a observância da Ceia do Senhor por todos os membros da igreja local que apresentam um

estilo de vida ordenado, ou seja, os pré-requisitos para a Ceia do Senhor são a salvação,

o Batismo, a membresia da igreja e um viver ordenado. (2) Comunhão Próxima, ou a obser-

vância da Ceia do Senhor somente por aqueles que foram batizados biblicamente e são

membros em pleno gozo de qualquer igreja Batista regular (Comunhão é, portanto, “fe -

chada” para aqueles que não foram batizados biblicamente). (3) Comunhão Aberta, ou a

observância da Ceia do Senhor por qualquer pessoa que estiver presente na administração,

independentemente do batismo bíblico ou não. As Comunhões Fechada ou Próxima foram

as práticas universais das igrejas Batistas até o século XVII. A Comunhão Aberta ou sem

restrições de qualquer espécie é um desvio do padrão do Novo Testamento e da autoridade

da igreja.

Considere os quatro princípios bíblicos seguintes: Em primeiro lugar, a Ceia do Senhor é

uma Ordenança da igreja, dada à igreja como uma instituição na Grande Comissão (Mateus

28:18-20). O Novo Testamento revela que ela só foi celebrada em uma assembleia (1

Coríntios 11:17). Assim, qualquer outra instituição — organização paraeclesiástica, família

ou comunhão informal dos crentes — está impedida de administrar essa Ordenança. Em

segundo lugar, essa Ordenança é para a igreja congregada ou reunida, não para aqueles

que se apartam da assembleia dos crentes — tais como membros doentes e acamados ou

a família dos que não são membros — veja 1 Coríntios 11:17-34. Em terceiro lugar, esterito está sob a disciplina da assembleia local. Nenhuma pessoa, portanto, deve ser admitida

a menos que seja um membro em boa posição com a igreja (cf. Mateus 18:15-17; Romanos

16:17; 1 Coríntios 5:1-13, 10:16; 2 Tessalonicenses 3:6, 14-15; Tito 3:10-11). Pois, fazer o

contrário seria ignorar e desobedecer a Palavra de Deus. Sem a adequada disciplina da

igreja a devida observância da Ordenança é impossível. Em quarto lugar, de acordo com

o mandamento do Senhor e o padrão das igrejas apostólicas, a Ceia do Senhor foi obser-

vada no contexto da assembleia local e nunca sem ela. O padrão do Novo Testamento é

simplesmente o de uma comunhão fechada (Mateus 28:18-20; Atos 2:41-42).

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Um Tempo Bíblico

Quando a igreja deve observar a Ceia do Senhor? A frase “partir do pão”, como usada no

Novo Testamento pode denotar a Ceia do Senhor, uma refeição regular, a refeição Dia do

Senhor comum da assembleia, ou seja, a “festa de amor” (veja 1 Coríntios 11:20-21, 33-

34; Judas 12). Quanto ao momento adequado de celebrá-la, o seguinte deve ser observado:

Primeiro, o Novo Testamento em nenhum lugar dá uma ordem definida para observar a

Ceia do Senhor a cada Dia do Senhor, apesar de que esta parece ter sido a prática

costumeira das igrejas primitivas. Em segundo lugar, o apóstolo inspirado ensinou o

princípio “todas as vezes” (1 Coríntios 11:26), o que parece ter alguma influência sobre a

frequência da observância.

V. HERESIAS E ERROS.

A tendência da religião é substituir o símbolo pela a realidade. Esta é marcadamente

verdade tanto em relação ao Batismo (isto é, a regeneração batismal, o batismo como

essencial para a salvação e o perdão dos pecados) e à Ceia do Senhor. Há quatro grandes

heresias ou erros relativos a Ceia do Senhor:

A Transubstanciação E A Missa Romana

Esta é a própria essência do sacerdotalismo (ou seja, a manipulação mística dos sacramen-

tos pelo sacerdote). De acordo com esta doutrina, o pão e o vinho são literalmente transfor-

mados no próprio corpo e sangue do Senhor Jesus Cristo, pelo poder do sacerdote. Este

dogma romano ensina que em cada missa o Senhor é re-crucificado, daí o “sacrifício incru-

ento” da missa. Tal ensino é absolutamente blasfemo contra a Palavra de Deus, que ensina

que o Senhor, morreu uma única vez (o termo técnico grego é enfático, ἐφάπαξ, ou seja,

uma única vez, isso jamais se repetirá. Veja Romanos 6:10; Hebreus 9:28; 1 Pedro 3:18),

e está vivo para todo o sempre (Veja Hebreus 7:21-28). Os participantes, de acordo com odogma, realmente participam de Cristo por comer a hóstia. Este ensinamento se origina em

um antigo culto de adoração babilônico (observe a “rainha dos céus”, os “bolos” e a “libação”

de Jeremias 44:17-19). Não há nenhuma verdade do Novo Testamento permanecendo no

rito romano.

A Doutrina Luterana Da Consubstanciação

No debate entre Martinho Lutero e Ulrich Zwinglio sobre a Ceia do Senhor, Zwinglio alegou

que os elementos eram meramente simbólicos. Lutero, no entanto, enfaticamente afirmavaque quando o Senhor disse: “Isto é o meu corpo”, Ele apontou para Si mesmo em vez de

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remeter para o pão. Assim se desenvolveu a doutrina da consubstanciação (ou seja, duas

substâncias coexistindo ao mesmo tempo) ou que o pão e o vinho eram, ao mesmo tempo

pão e vinho, mas misticamente o corpo e o sangue do Senhor. Esta reação de Lutero levou

à doutrina do Ubiquitarianismo (ou seja, estar em toda parte ou presente em todo o tempo)

ou o dogma peculiar do idiomatum communicatio  (ou seja, a permeação da Divindade ehumanidade do Senhor, uma em outra, de modo que a presença da humanidade do Senhor

— carne e sangue — poderia estar presente em cada observância da comunhão.

O Conceito Sacramental Da Ceia Do Senhor Como Meio Visível De Graça

O Protestantismo afirma que a Ceia do Senhor (assim como o Batismo) é mais do que um

símbolo, pois contém um místico elemento de graça — isto é em algum sentido uma partici-

pação de Cristo pela fé. Essa tendência é observada no uso histórico do termo “sacramento”,

que tem a conotação de algum elemento místico (O grego μυστήριον, ou “mistério”, tornou-

se o termo Latino sacramentum, inerentemente conferindo um elemento misterioso ou mís-

tico para o rito). Para os crentes do Novo Testamento, que detêm a verdade do simbolismo

do pão e do vinho não há nenhum sacramento.

O Erro Da Comunhão Aberta Ou Irrestrita

Esta é uma grave ofensa ao Senhor e à Sua Igreja. É inerentemente derivado de um con-

ceito sacralista da Igreja, ou seja, que todos em uma determinada localidade ou área geo-gráfica são membros da comunidade e membros da igreja. Historicamente, a maioria das

denominações não aceitaria em sua “comunhão” nem mesmo um crente sem antes haver

passado por algum tipo de “batismo”. Entre os Batistas, a comunhão aberta ou irrestrita

 jamais havia sido praticada até tempos recentes. Dr. Cathcart afirma:

Esta prática é de origem relativamente recente, e sua história apresenta pouco para

recomendá-lo. Parece ter sido uma consequência natural dos tempos de perseguição,

quando os do povo de Deus eram poucos em número e eram obrigados a adorar em

lugares secretos; e quando a preservação dos fundamentos da Verdade Divina fez os

homens cegos aos erros graves que foram considerados como não destruidores-da-

alma. Na primeira metade do século XVII, esta prática apareceu na Inglaterra.  John

Bunyan era seu defensor mais capaz, e a igreja da qual ele foi o honrado pastor ilustra

as tendências naturais do sistema por seu retrocesso à aspersão infantil e à denomi-

nação Congregacional 9.

 __________

[9] William Cathcart, A Enciclopédia Batista, I, p. 257. Itálicos acrescentados.

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Historicamente, os Batistas têm praticado uma “comunhão restrita” em uma dada medida,

recebendo aqueles que foram convertidos e batizados biblicamente (ou seja, imersos),

aqueles que são membros regulares de igrejas irmãs (ou seja, a comunhão “Próxima”), ou

aqueles que fazem parte da assembleia local que estão “andando ordenadamente” (ou se ja,

comunhão “Fechada”). Há quatro razões pelas quais uma comunhão irrestrita não é bíblica: 

• A “Comunhão Aberta” permite que pessoas que não foram salvas participem da Ceia do

Senhor, o que é terminantemente antibíblico.

• A “Comunhão Aberta” permite que aqueles que foram aspergidos na infância e outras pes-

soas não-batizadas participem, o que é definitivamente errado e alheio ao Novo Testamento.

• A “Comunhão Aberta” nega a autoridade Escriturística da igreja como sendo uma institui-

ção ordenada de/por Deus. A Ordenança deixa de ser uma Ordenança da igreja e se torna

um rito ecumênico sem base Bíblica.

• A “Comunhão Aberta” é uma negação e o repúdio de toda e qualquer disciplina na igreja,

o que é absolutamente contrário à Palavra de Deus.

VI. OBJEÇÕES A UMA OBSERVÂNCIA RESTRITA DA CEIA DO SENHOR RESPONDIDAS. 

Objeção: “Estamos falando da Mesa do Senhor, e não da igreja. Portanto, a igreja não tem

direito de restringi-la”. 

Resposta: A Bíblia afirma claramente que a Ordenança deve ser observada no contexto

da assembleia local e que a assembleia local é a guardiã ordenada por Deus deste rito e a

guardiã da verdade (Veja Mateus 28:18-20; Atos 2:41-42; 1 Coríntios 11: 17-34; 1 Timóteo

3:14-15). Além disso, a apropriada disciplina da igreja e uma comunhão irrestrita não podem

coexistir. Pessoas de caráter e comportamento abertamente pecaminosos seriam admiti-das sem restrições, ou disciplina da igreja, se promulgada, tornaria-se sem sentido em

relação à Ceia do Senhor (1 Coríntios 5:1-13). Se a igreja é verdadeira para com seu Senhor

e pratica a disciplina bíblica, ela vai aderir a uma comunhão restrita; se ela pratica uma

comunhão aberta, ela será infiel ao seu Senhor.

Objeção:  “A Ceia do Senhor é uma Ordenança do Evangelho, e, portanto, deveria ser

aberta a todos e qualquer que usam o nome de Cristo como Cristãos professos”. 

Resposta: Embora tanto o Batismo e a Ceia do Senhor retratem o Evangelho e a verdade

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Cristológica em seu simbolismo, as Escrituras situam ambas as Ordenações no âmbito da

instituição da igreja local (Mateus 28:18-20). Estas não são Ordenanças públicas para o

público em geral.

Cada igreja tem uma autoridade e responsabilidade específica em relação a cada Orde-nança. Não é qualquer Cristão que pode batizar, ou batizar além da autoridade de uma de-

terminada igreja, nem qualquer pessoa pode administrar o rito sem ter sido chamado por

Deus para isso e reconhecido pela igreja como um administrador, ou por uma votação da

igreja, ou ambos. A igreja, e não qualquer indivíduo, tem autoridade para administrar a Ceia

do Senhor. Se o poder, a autoridade ou a responsabilidade de administrar a Ceia do Senhor

está inerentemente dentro de qualquer indivíduo em particular, então seria uma autoridade

sacerdotal alheia ao Novo Testamento. A autoridade, então, bíblica e logicamente, cabe à

igreja e aqueles a quem ela designa para administrar as Ordenanças. Estas são, portanto,

não apenas Ordenanças do Evangelho, elas são, escrituristicamente, Ordenanças da Igreja

e, portanto, estão sob a autoridade, responsabilidade e disciplina da igreja.

Objeção: “Cada pessoa está em comunhão com Cristo, portanto, isso é uma questão muito

pessoal entre o indivíduo e Deus”. 

Resposta: A Ordenança é uma observância da igreja na qual a assembleia corporativa-

mente comunga com o seu Senhor. É por isso que é observada apenas quando a igreja

está reunida e os elementos não são tomados por aqueles que estão doentes ou acamados(1 Coríntios 11:17-20, 33-34). Se o rito fosse uma questão intensamente pessoal, segundo

as Escrituras, então certamente haveria algum registro dos elementos sendo tomados em

várias casas por aqueles que estivessem incapazes de comparecer à celebração10.

Objeção:  “Somos todos membros da ver dadeira Igreja, o Corpo universal e invisível de

Cristo, e por isso temos o pleno direito de participar”. 

Resposta: O Novo Testamento pôs limitações nesta observância — é uma Ordenança daigreja, não uma Ordenança ecumênica; é para crentes batizados, não para todos os Cris-

tãos indiscriminadamente; é para aqueles que são membros dessa assembleia local, não

para membros de outras igrejas; é para os membros que estão andando ordenadamente,

não para aqueles que foram excluídos por pecado ostensivo ou conhecido. A teoria da

igreja “universal, invisível” permeia e perverte quase todos os aspectos da doutrina da igreja

com o seu fermento.

 __________[10] A prática da comunhão individual se deriva do conceito sacralista de sociedade e da exaltação dos

elementos a um significado sacramental.

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NOTA: Aqueles que veem a observância da “comunhão” em um sentido ecumênico como

uma demonstração de unidade religiosa ou espiritual em reuniões religiosas ecumênicas,

deve considerar que os três lugares que teriam sido apropriados e muito vantajosos para

tal acontecimento teriam sido (1) na Conferência de Jerusalém em Atos 15, (2) no encontro

entre Paulo com seus representantes gentios e os líderes da Igreja de Jerusalém (Atos21:17-26), e (3) na reunião em Antioquia, que ocasionou o confronto entre Paulo e Pedro

(Gálatas 2). Mas nessas reuniões importantes, em que uma demonstração de unidadeespiritual e doutrinal era primordial, a observância da “comunhão” não desempenhou abso-

lutamente nenhum papel. O ensinamento bíblico é claro e inconfundível — e, infelizmente,

irrelevante para o pragmatismo religioso moderno e inovação.

Objeção:  “Um homem deve examinar a si mesmo para ver se ele é digno de participar.

Não é tarefa da Igreja policiar a mesa”. 

Resposta: O contexto do autoexame (1 Coríntios 11:27-29) não se presta a essa interpre-

tação. O significado é que uma pessoa deve examinar a si mesmo para ver se ela discernecorretamente o corpo do Senhor, isto é, se ele está devidamente preparado no coração e

na mente de participar, consciente do verdadeiro significado da Ordenança. Para alguns

dos Coríntios a Ordenança era apenas mais um pedaço de pão, apenas mais um gole de

vinho, e assim tinham perdido o seu verdadeiro significado. Depois segue-se uma declara-

ção sobre este autojulgamento que o próprio Senhor comprometeu-Se a fazer porque a

igreja era demasiado permissiva para fazê-lo. A questão de participar ou não depende nãoda auto-introspecção, mas da disciplina na igreja (cf. 1 Coríntios 11:30-34).

Objeção: O apóstolo Paulo, evidentemente, observou a Ceia do Senhor com a assembleiaem Trôade (Atos 20:6-11).

Resposta: Se isso fosse verdade, então este foi o único caso registrado no Novo Testa-

mento de tal prática. Partindo do princípio de que isso não ocorreu, pode ser respondido

que Paulo, como apóstolo inspirado, teve em um único sentido uma autoridade sobre e uma

relação com todas as igrejas que ninguém senão os apóstolos originais tinham. Assim, talexemplo não daria apoio a uma “comunhão Aberta”. No entanto, ele pode ter simplesmente

denotado uma refeição comum ou simplesmente o ágape, ou a “festa de amor”, isto é, a

comunhão nas refeições coletivas dos crentes no primeiro dia da semana. 

Objeção: Nós vamos ofender os membros de nossa família, parentes e visitantes, especial-mente aqueles que são propriamente Cristãos, se não os admitirmos à Ceia do Senhor. Isto

parece anticristão tanto em princípio quanto em prática.

Resposta: Nós devemos ser obedientes e crer, e sermos consistentes com as Escrituras.

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Muito da verdade do Evangelho é ofensivo para o homem natural, verdades tais como a

necessidade de arrependimento, as realidades do inferno e da condenação eterna, etc. Às

vezes, a verdade bíblica é ofensiva até mesmo para os Cristãos professos que podem ser

ignorantes, mal instruídos, ou mesmo totalmente arrazoáveis. Nós todos, como crentes,

temos em determinado grau e interiormente algum nível de rebeldia em relação aos man-datos da Escritura tanto no que diz respeito tanto à fé ou prática!

Embora a própria verdade possa ser ofensiva para alguns, não devemos sustentar ou

observar a verdade de maneira ofensiva. A Ceia do Senhor pode ser administrada de uma

forma inofensiva por observarmos em uma reunião destinada somente para os membros.

Objeção: “A única restrição para a admissão à Mesa do Senhor não é — se tal admissão

de algum modo devesse ser restrita — apenas no caso de alguém que está sob a primeira

fase da disciplina na igreja?”. 

Resposta: Tal prática como a que proíbe uma pessoa de participar da Mesa do Senhorcomo o primeiro passo para uma ação disciplinar é uma prática herdada e importada do

Catolicismo e do Protestantismo. Alguns grupos Protestantes proíbem a participação na

comunhão como o primeiro passo da ação disciplinar da igreja. Tal ação deriva da suposta

natureza sacramental dos elementos e da observância. A liderança da igreja — sacerdotes,

ministros, presbíteros — tem o poder e a prerrogativa de reter os meios da graça daquele

que se encontra sob desaprovação.

O Novo Testamento, que é o nosso padrão inspirado, faz da disciplina da igreja uma ação

decisiva e inclusiva, ou seja, ou alguém está dentro da membresia da assembleia local ou

é excluído completamente. Embora possa haver avisos e advertências, não há etapas ou

fases de disciplina da igreja. Ou alguém é considerado digno de participar, ou é totalmente

excluído da membresia da igreja e de seus privilégios. Tal pessoa é vista como um objeto

de evangelismo, mas é totalmente excluída da participação e até mesmo da frequência àigreja. Aqueles que postulam uma comunhão Aberta ou Irrestrita, devem, se consistentes,

admitir à sua comunhão mesmo aqueles que foram excluídos sob disciplina —  ou agir

contrariamente aos seus próprios princípios gerais.

Objeção: “O próprio Senhor serviu a Judas na ‘Última Ceia’, quando Ele instituiu o rito da

comunhão. Isto deve significar que qualquer um pode participar sem qualquer restrição. Is-so não significa que todos, independentemente do seu estado espiritual, deveriam ser admi-

tidos? Certamente não somos mais justos ou experientes do que o nosso Senhor! O ônus

está sobre o indivíduo, e não sobre a igreja ou sobre o ministro”. 

Resposta: A condição espiritual de Judas era secreta, conhecida apenas pelo nosso Se-

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nhor. Seria totalmente incoerente com a própria natureza do rito servir ou admitir à Ceia do

Senhor a alguém cuja vida fosse escandalosa (1 Coríntios 5:1-13). O registro bíblico, no

entanto, não afirma que Judas estava presente quando o nosso Senhor instituiu a Ordenan-

ça. A evidência bíblica favorece o contrário, como a seção a seguir demonstra.

VII. JUDAS E CEIA DO SENHOR.

Foi alegado que Judas esteve presente na instituição da Ceia do Senhor e, portanto, nin-

guém deve ser excluído da sua observância, independentemente de seu estado espiritual,

ou seja, deveríamos praticar somente uma comunhão Aberta, nunca uma comunhão Fe-

chada ou Próxima. De acordo com o ensinamento de uma comunhão Aberta, a assembleia

local não tem relação com a Mesa senão a de “hospedá-la” para o público em geral sem le-

var em conta a disciplina ou mesmo a salvação. As seguintes observações devem ser feitas:

Primeiro, Judas e sua situação permanecem como um caso único. Nosso Senhor escolheu

Judas como um discípulo para “que a Escritura se cumprisse” no propósito inescrutável de

Deus, sabendo que ele não era somente não-regenerado, mas um instrumento de Satanás

(João 6:64, 70-71; 17:12). Ninguém, senão o nosso Senhor conhecia a mente e o coração

de Judas, e exteriormente ele era, evidentemente, acima de qualquer suspeita como Seu

companheiro e Seu tesoureiro. Ninguém sequer suspeitava que ele era um ladrão ou o

traidor (João 12:6; Mateus 26:22). Ora, é possível que alguém possa ser admitido à Mesado Senhor, e seja um pecador secreto, não-regenerado, ou mesmo criminoso — caso nin-

guém saiba do seu estado e ele seja contado exteriormente como parte do povo de Deus,

e, esteja incluído dentro desse grupo local como foi o caso de Judas —, mas essa não pode

ser a prática consciente de uma igreja! Nosso Senhor sabia que tinha que manter Judas ali

até o tempo determinado em “que as Escrituras se cumprissem”, Ele o r etirou imediata-

mente (João 13:21-31).

Em segundo lugar, como a situação de Judas permanece única, ele não pode ser usadocomo um exemplo para admitir conscientemente um pecador aberto ou não-regenerado à

mesa do Senhor. Nosso Senhor não só escolheu este homem e chamou-o como Seu

discípulo (“para que a Escritura se cumprisse”), mas lhe deu poder para pregar o Evangelho,

curar os doentes e expulsar demônios (Mateus 10:1-4; Lucas 9:1-2). Agora, se isto servir

para argumentar que devemos admitir qualquer ou todos, sem exceção, porque Judas foi

supostamente admitido, então também devemos permitir um ministro não-regenerado e

tolerar aqueles que alegadamente possuem certos “dons”, sem qualquer consideração à

sua condição ou estado doutrinário, ético ou espiritual —  posto que Judas fez aquelas

outras coisas também!

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Em terceiro lugar, Judas não estava presente na instituição da Ceia do Senhor. É evidente

que ele já havia deixado o cenáculo antes de sua observância (Mateus 26:20-30; Marcos

14:17-26; Lucas 22:14-24; João 13:1-30, 18:1). O seguinte deve ser observado para escla-

recimentos necessários: Primeiro, Mateus, Marcos e João em todas as passagens anun-

ciam que a traição aconteceu no início ou durante a refeição da Páscoa, o que precedeu ainstituição da Ceia do Senhor. Em segundo lugar, somente Lucas supostamente coloca o

anúncio da traição após a refeição (Lucas 22:21-23). Deve-se notar que Lucas não era uma

testemunha ocular — os outros foram. Além disso a cronologia de Lucas está muitas vezes

em desacordo com os outros registros do Evangelho. As informações e os dados estão

presentes no relato de Lucas, mas a sequência não está. Em cada caso, a instituição da

Ceia do Senhor começa um novo parágrafo, que denota uma mudança de assunto e tempo.

É, no entanto, bastante possível que Lucas se refira ao primeiro cálice de vinho tinto servido

durante a ceia Pascal, em vez do cálice final com o qual nosso Senhor provavelmente ins-

tituiu a Ordenança; em terceiro lugar, João afirma que Judas se retirou da refeição da

Páscoa imediatamente após o recebimento do bocado (Nota: João 13:1-2 deve ser lido,

“tendo começado a ceia”, “durante a ceia”, ou “no início da ceia”, e não “acabada a ceia”.

Cf. vv. 4, 12 e 26)11. Assim, o testemunho da Escritura é que Judas não estava presente na

instituição dessa Ordenança.

VIII. UMA NOTA HISTÓRICA SOBRE A PRÁTICA DOS PRIMEIROS BATISTAS.

A Primeira (1644-1646) e a Segunda (1677, 1688, 1689) Confissão de Fé Batista de Lon-

dres, bem como a Confissão de Fé Batista da Filadélfia na América (1742), todas revelam

que os primeiros Batistas Britânicos e Americanos sustentavam tanto a Comunhão Fechada

ou a Próxima [Restrita]12.

As seguintes citações revelam claramente que estes primeiros Batistas sustentavam princí-

 __________[11] A leitura “tendo começado a ceia” (TR, δείπνου γενομένου, aor. ptc.) Ou “durante a ceia” (BNT, δείπνου 

γινομένου. pres. ptc.] coloca o tempo durante a refeição da Páscoa, no momento em que nosso Senhor deu

a Judas o bocado, e ele imediatamente retirou-se.

[12] A primeira ocorrência de uma comunhão Aberta, ou de PedoBatistas admitidos à Mesa do Senhor foi

feito sob o ministério de John Bunyan, que, embora, pessoalmente, fosse um Batista, teve seus filhos

aspergidos na igreja Anglicana local, e nunca defendeu consistentemente os princípios Batistas em sua igreja.

A igreja de Bunyan em Bedford, Inglaterra, fiel a essa tendência, eventualmente se tornou e continua como

uma Igreja Congregacional, e não mais como uma congregação Batista. No início de 1960, quando estavam

reformando a casa de Bunyan, os certificados de batismos anglicanos de seus filhos foram encontrados por

trás de alguns tijolos na lareira. Esta informação foi dada pessoalmente ao autor em 1984 pelo pastor da

Igreja Evangélica Bedford durante uma excursão pessoal à área de Bedford e ao “País de Bunyan”. 

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pios bíblicos consistentes a respeito da Ceia do Senhor:

ARTIGO XXXIX

Da Primeira Confissão Batista de Londres (1644-1646)

O Batismo é uma Ordenança do Novo Testamento, dada por Cristo, a ser dispensado às

pessoas que professam a fé ou que são feitos discípulos; e sobre a sua profissão de fé de-

vem ser batizados e, depois tomar a Ceia do Senhor (Mateus 28:18-19; João 4:1; Marcos

16:15-16; Atos 2:37-38, 8:36-37, etc13.

Artigo XX do Anexo à Primeira Confissão de Londres (1644-1646), por Benjamin Coxe

Embora o direito de um crente à participação na Ceia do Senhor flua imediatamente deJesus Cristo apreendido e recebido pela fé, contudo, na medida em que todas as coisas

devem ser feitas não só decentemente, mas também com ordem (1 Coríntios 14:40); e a

Palavra estabelece a ordem que os discípulos devem ser batizados (Mateus 28:19; Atos

2:38), e, em seguida, ser ensinados a observar todas as coisas (ou seja, todas as outras

coisas) que Cristo ordenou aos Apóstolos (Mateus 28:20), e em conformidade com isso os

Apóstolos primeiro batizaram os discípulos, e, em seguida, os admitiram à Ceia (Atos 2:41-

42); nós, portanto, não admitimos qualquer participação na Ceia, nem comungamos com

qualquer pessoa na participação desta Ordenança, senão somente com os discípulos [ten-

do sido uma única vez biblicamente] batizados, pois não devemos ter comunhão com aque-les que fazem o contrário à ordem.

O presente apêndice, após a Confissão de 1644-1646, ensina estritamente uma comunhão

Fechada ou Restrita segundo o padrão do Novo Testamento, o que torna o Batismo um

pré-requisito para a Ceia do Senhor. Não havia nenhuma questão sobre isso até meados

do século XVII, por causa do compromisso de alguns que foram pessoalmente Batistas,

 __________[13] A Confissão de 1644-1646 sustenta decididamente uma comunhão Fechada, necessariamente colo-

cando o Batismo [bíblico] como um requisito para a Ceia do Senhor, segundo o padrão do Novo Testamento.

Até o momento da Confissão de 1689, algumas poucas igrejas Batistas Calvinistas tinham seguido uma

prática de comunhão Aberta devido à influência do Protestantismo. Note-se também, que os Presbiterianos

eram mais aceitáveis do que os Batistas perante o Estado, e assim os Batistas evidentemente acharam

favorável à confessionalidade paralela aos Presbiterianos em alguns assuntos. A grande transição da comu-

nhão Fechada para Aberta, no entanto, veio em 1760-1820, como resultado da era dos grandes avivamentos

na América e na Grã-Bretanha, com sua tendência a quebrar barreiras doutrinais. Alguns Batistas naquela

época disciplinaram membros que tomaram a comunhão em assembleias mistas. Veja R. Phillip Roberts,

Continuidade e Mudança: Batistas Calvinistas de Londres e o Avivamento Evangélico de 1760-1820.Wheaton: Richard Owen Roberts, 1989, pp. 184-192. 

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mas não eclesiasticamente, suas igrejas tendiam mais para o Congregacionalismo ou para

ajustamentos mistos. Como foi referido anteriormente, o defensor mais capaz desta posição

foi John Bunyan. William Kiffin respondeu a Bunyan numa publicação polêmica em favor da

prática bíblica e histórica da comunhão Fechada, ressaltando que até o tempo de Bunyan

a comunhão Aberta era desconhecida entre os Batistas14

.

A Segunda Confissão De Fé Batista De Londres (1677, 1689)

O conceito Protestante da Igreja “universal” composta por todos os eleitos, ausente na

Confissão de 1644-1646, foi importado para a Confissão Batista de 1689 através da influ-

ência da Presbiteriana Confissão de Fé de Westminster (1646), e devido ao desejo dos Ba-

tistas, durante a última parte do século XVII por uma unidade e aceitação por parte daqueles

que professavam a Fé Reformada. No Capítulo 26 da Segunda Confissão de Londres, é

este desejo de unidade e aceitação, promovido pela doutrina de uma igreja “católica ou

universal”, que favorece ainda mais a ideia da comunhão Aberta, a inter -comunhão das

igrejas, é um desvio do padrão inspirado do Novo Testamento em uma variedade de as-

suntos. A própria Confissão era um tanto ambígua, por estas razões, necessitou de um

apêndice explicativo.

Capítulo 26: Sobre A Igreja

Da Segunda Confissão de Fé Batista de Londres (1677, 1689)

1. A igreja católica ou universal, que (em relação à obra interior do Espírito e verdade da

graça) pode ser chamada invisível, consiste de todo o número dos eleitos, que foram, são

ou serão reunidos em um só corpo, sob Cristo, a Cabeça da mesma; ela é a Esposa, o

Corpo, a plenitude dAquele que cumpre tudo em todos1  (1 Hebreus 12:23; Colossenses

1:18; Efésios 1:10, 22, 23; 5:23, 27, 32).

(Seções 2-4 omitidas)

5. Na execução deste poder com que Ele é assim confiado, o Senhor Jesus chama do

mundo para Ele mesmo, através do ministério de Sua Palavra, por meio de Seu Espírito,

aqueles que são dados a Ele por Seu Pai9, para que eles possam andar diante dEle em

todos os caminhos da obediência, os quais Ele prescreveu em Sua Palavra10. Àqueles que

assim são chamados, Ele ordena que andem juntos, em comunidades particulares, ou igre-

 jas, para a sua mútua edificação, e para a devida realização do culto público, que Ele requer

deles, no mundo11 (9 João 10:16; João 12:32 • 10 Mateus 28:20 • 11 Mateus 18:15-20).

 __________[14] Kiffin, William, Um Firme Discurso Sobre o Direito à Comunhão na Igreja, Londres: 1681.

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6. Os membros dessas igrejas são santos por chamamento, manifestando visivelmente e

evidenciando (na e pela sua profissão e caminhar) a sua obediência a esse chamado de  

Cristo12; e voluntariamente consentem em caminhar juntos de acordo com a designação de

Cristo, entregando-se a si mesmos ao Senhor, e uns aos outros, pela vontade de Deus em

sujeição às ordenanças do Evangelho13

 (12 Romanos 1:7; 1 Coríntios 1:2 • 13 Atos 2:41-42, 5:13-14; 2 Coríntios 9:13).

 A redação da seção 5: “para que eles possam andar diante dEle em todos os caminhos da

obediência, os quais Ele prescreveu em Sua Palavra”, com a referência bíblica para Mateus

28:20, é intrinsecamente contraditória, se há alguma ordem lógica ou relação entre o Batis-

mo e a Ceia do Senhor. Mais uma vez, a de claração na seção 6: “...em sujeição às orde-

nanças do Evangelho” necessariamente implica Batismo Escriturístico (ou seja, o Batismo

de crentes por imersão), Cf. Capítulo 29. A admissão de qualquer pessoa à membresia ou

à Ceia do Senhor, sem o Batismo bíblico seria uma violação da, ou inconsistência com,

esta Confissão.

Capítulo 29: Sobre O Batismo

Da Segunda Confissão De Fé Batista De Londres (1677, 1689)

1. O Batismo é uma Ordenança do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, sendo

para a pessoa batizada um símbolo de sua comunhão com Ele, em Sua morte e ressurrei-ção; de sua união com Ele3; da remissão dos pecados4, e da sua consagração a Deus,

através de Jesus Cristo, para viver e andar em novidade de vida5 (3 Romanos 6:3-5; Colos-

senses 2:12; Gálatas 3:27 • 4 Marcos 1:4; Atos 22:16 • 5 Romanos 6:4).

2. Aqueles que realmente professam o arrependimento para com Deus, fé e obediência ao

nosso Senhor Jesus Cristo são os únicos sujeitos apropriados desta Ordenança6 (6 Marcos

16:16; Atos 8:36-37; 2:41; 8:12; 18:8).

3. O elemento exterior a ser usado nesta Ordenança é a água, na qual a pessoa deve ser

batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo7 (7 Mateus 28:19-20; Atos 8:38).

A partir do conteúdo deste artigo, seria biblicamente inconsistente e uma violação desta

Confissão se uma Igreja Batista admitir qualquer pessoa em sua membresia sem o Batismo

Escriturístico (ou seja, a imersão de um crente e sobre uma profissão credível se sua fé).

Algumas igrejas nos nossos dias, no entanto, que sustentam esta Confissão (1677, 1688,

1689) admitiram certas pessoas em sua membresia sobre sua aspersão infantil ou como

“membros associados” de membros de pleno direito, e também os admitiu à Mesa do Se-nhor, embora os anciãos de tais igrejas não administrariam eles mesmos o rito do “batismo”,

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quer por aspersão ou para infantes. Não é a aceitação de tais pessoas como membros um

pleno reconhecimento e aceitação da aspersão infantil como legítimo “batismo”? É bastante

inconsistente aceitar tal “batismo”, ainda assim não realizar o rito. É igualmente incoerente

admitir pessoas à Mesa do Senhor que não foram obedientes no que diz respeito ao Batis-

mo bíblico. Lógica e consistentemente, qual é a diferença entre a administração de asper-são infantil e aceitação da mesma para a membresia e a admissão na Mesa como válida?

Certamente há aqui uma contradição, ou, talvez, pior ainda, um compromisso que prova

uma falta de convicção ou uma fraqueza inerente. Podemos esperar receber a bênção de

Deus?

O Batismo é considerado um ato essencial de obediência por parte de um crente. O ato em

si é de grande importância e significado, como refletido na declaração acima. De acordo

com a seção 4, a menos que tenha sido imerso, ele é logicamente considerado como uma

pessoa não-batizada, e assim, desobediente às ordens claras de Cristo sobre esse ponto.É, então, uma prática boa e consistente admitir voluntariamente tal pessoa na membresia

da igreja ou à Mesa do Senhor? A razão para tal permissividade ou passividade deve ser a

ignorância, a falta de convicção bíblica e doutrinária, a difamação do significado do Batismo

e da Ceia do Senhor, uma inconsistência culposa, a fraqueza, o medo de homens, ou uma

desobediência aberta. Que outra razão poderia ser dada, além do uso indevido do nome

“Batista”, como a identificação de suas igrejas?15 Que tais ministros ou anciãos decidam

por si mesmos16.

Capítulo 30: Sobre A Ceia Do Senhor

Da Segunda Confissão De Fé Batista De Londres (1677, 1689)

 __________[15] A marca primária de identificação para os Batistas não é o Batismo de crentes por imersão, como sepoderia pensar, mas uma obediência total e absoluta para com as Escrituras. Assim, o Batismo de crente porimersão necessariamente segue.

[16] Cf. Êxodo 32. Quando Moisés tardava em descer do monte, o povo ficou agitado e queria que Arão lhesconcedesse comodamente suas vontades religiosas. Ele pediu que eles dessem o ouro de seus brincos, e

fez um bezerro de fundição [o deus touro do Egito]. Ele fundiu, formou e esculpiu — empregou muito tempoe esforço em sua concepção, construção, aparência e detalhes. Quando confrontado por Moisés, eleabsolveu-se da culpa, dizendo: “lancei-o [o ouro] no fogo, e saiu este bezerro” (Êxodo 32:24). Ele não estava

disposto a admitir sua culpa e fraqueza em acomodar o povo e seus esforços intensos na fabricação dobezerro de ouro. Ele queria que Moisés acreditasse que ele esteve passivo em todo o assunto. Semelhan-temente, alguns de nossos irmãos Batistas querem contornar as questões de aceitar a aspersão infantil einvocar esse “Princípio Aarônico de não-culpabilidade”! Poderíamos lembrar -lhes mais do pecado de Davi nouso do “carro novo”, que foi feito baseado no pensamento de que a obediência a Deus era irrelevante, e queo fim justifica os meios (2 Samuel 6), e sua desculpa para mandar Joabe matar Urias através da espada dosfilhos de Amom (2 Samuel 11:25; 12:7-10). Em nenhum desses casos os instigadores ficaram imunes da

desaprovação Divina. Será que esses irmãos se sairão melhor?

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1. A Ceia do Senhor Jesus foi instituída por Ele na mesma noite em que foi traído, para ser

observada em Suas igrejas até o fim do mundo; para lembrança perpétua e demonstração

do sacrifício de Si mesmo em Sua morte1, confirmação da fé dos crentes em todos os

benefícios disso, seu alimento espiritual e crescimento nEle, seu maior envolvimento em

todos os deveres deles para com Ele; e ser um vínculo e penhor de sua comunhão com Elee uns com os outros2 (1 1 Coríntios 11:23-26 • 2 1 Coríntios 10:16, 17, 21)

2. Nesta Ordenança Cristo não é oferecido ao Pai, nem qualquer sacrifício real é feito de

modo algum para remissão dos pecados dos vivos ou mortos, mas um memorial daquela

oferta única de Si mesmo, por Si mesmo, na cruz, de uma vez por todas3, e uma oblação

espiritual de todo o louvor possível a Deus pela mesma4; de modo que o sacrifício papal da

Missa, como eles chamam, é a mais abominável injúria ao próprio único sacrifício de Cristo,

a única propiciação por todos os pecados dos eleitos (3 Hebreus 9:25, 26, 28 • 4 1 Coríntios

11:24; Mateus 26:26-27)

3. O Senhor Jesus, nesta Ordenança, nomeou que Seus ministros orem e abençoem os

elementos do pão e do vinho, e, assim, os separem a partir de um uso comum para um uso

sagrado; e tomar e partir o pão, tomar o cálice, e (eles também participando) oferecer am-

bos aos comungantes5 (5 1 Coríntios 11:23-26, etc.).

4. A negação do cálice ao povo; a adoração dos elementos, o levantá-los ou carregá-los

em adoração, e reservá-los para qualquer pretenso uso religioso, são todos contrários à na-tureza desta Ordenança e à instituição de Cristo6 (6 Mateus 26:26-28, 15:9; Êxodo 20:4-5).

5. Os elementos exteriores desta Ordenança, devidamente consagrados aos usos ordena-

dos por Cristo, têm relação com Ele crucificado de forma que, embora em termos usados

figurativamente, são às vezes chamados pelo nome das coisas que representam, a saber,

o corpo e o sangue de Cristo7; ainda que, em substância e natureza, eles ainda permane-çam verdadeira e somente, pão e vinho, como eram antes8 (7 1 Coríntios 11:27 • 8 1 Co-

ríntios 11:26-28).

6. Aquela doutrina que sustenta uma mudança da substância do pão e do vinho, na subs-

tância do corpo e do sangue de Cristo (comumente chamada de transubstanciação) pelaconsagração de um sacerdote, ou por qualquer outra forma, é repugnante, não somente às

Escrituras9, mas até mesmo ao bom senso e a razão; destrói a natureza da Ordenança; e

tem sido, e é, a causa de superstições múltiplas, sim, de idolatrias grosseiras10 (9 Atos 3:21;

Lucas 14:6, 39 • 10 1 Coríntios 11:24-25).

7. Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis destaOrdenança, em seguida, também interiormente pela fé, realmente e de fato, não de maneira

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carnal e corporalmente, mas espiritualmente, recebem e alimentam-se de Cristo crucifica-

do, e todos os benefícios de Sua morte; o corpo e sangue de Cristo não sendo corporais

ou carnais, mas espiritualmente presentes pela fé dos crentes nessa Ordenança, como es-

tão os próprios elementos aos seus sentidos exteriores11 (11 1 Coríntios 10:16, 11:23-26).

8. Todas as pessoas ignorantes e ímpias, como tais são incapazes de desfrutar de comu-

nhão com Cristo, são também indignas da mesa do Senhor, e não podem, sem grande pe-cado contra Ele, enquanto eles permanecem assim, participar destes santos mistérios, ou

ser admitidos a eles12, sim, quem participar indignamente será réu do corpo e do sangue

do Senhor, comendo e bebendo juízo para si mesmo 13 (12 2 Coríntios 6:14-15 • 13 1 Co-

ríntios 11:29; Mateus 7:6).

Deve ser notado que esta confissão difere da Confissão de Fé de Westminster, chamando

ambos Batismo e Ceia de “Ordenanças” do Senhor, em vez de “sacramentos”. Se as decla-rações de seções 1 e 2 são tomadas literalmente e de forma consistente, então, a observân-

cia da Ceia do Senhor, sendo uma lembrança e memorial, deve ser simbólica, e, portanto,não pode e não deve ser considerada como um “sacramento”. A eficácia consiste nas glo -

riosas realidades espirituais relembradas e simbolizadas, não em nada esotérico ou místico

além do corporal17.

Se as declarações de seções 7 e 8 são tomadas de forma consistente como que afirmam,

então elas fortemente implicam que apenas os crentes devem participar, necessitando dealgum tipo de restrição, isto é, estar sob a autoridade e disciplina da igreja. Além disso, a

expressão “Os que comungam dignamente”, no sentido Batista são aqueles que foram obe-

dientes ao Batismo bíblico. Qualquer acomodação contrária seria um comprometimento da

verdade e de princípios bíblicos.

O Apendíce Da Primeira Edição

Da Segunda Confissão De Fé Batista De Londres (1677, 1689)18.

 __________[17] Apesar da posição bíblica, histórica e neotestamentária Batista, alguns Batistas modernos, sob a influên-cia Reformada, começaram a chamar ambos Batismo e Ceia do Senhor de “sacramentos” em vez de “Orde-nanças” [isto é, aquilo que foi ordenado (Mateus 28:19)]. 

[18] Este apêndice sobre o Batismo foi adicionado ao original em 1677, e também na primeira edição de 1688,mas não foi publicado com a edição de 1689, ou qualquer edição subsequente desta Confissão. Algumascópias da Confissão de Filadélfia, no entanto, trazem este apêndice em anexo. A maioria das igrejas Batistasque sustentam a Confissão de 1689 hoje praticam uma “comunhão Aberta”, evidentemente, por ignorância,

pela influência da tradição Reformada, pelo pressuposto inconsistente de uma teoria de “igreja universal”, ou

uma igreja “invisível, universal”, ideia herdada do plano de fundo latentemente Dispensacional dos anciãosou membros.

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Porque a Confissão de Fé Batista de 1677, 1989 foi conciliatória em relação aos grupos

Protestantes ou Reformados, e um tanto ambígua quanto ao assunto de uma observância

restrita da Ceia do Senhor, um apêndice longo foi anexado à primeira edição [1677, 1688]

como mais uma polêmica sobre Batismo e a Ceia do Senhor.

Observe os seguintes excertos do Apêndice:

...Também pode ser adicionado, que se esta santidade-de-nascimento qualificasse

todos os filhos de cada crente para a Ordenança do Batismo; por que não para todas

as outras Ordenanças? Para a Ceia do Senhor, como foi praticado por um longo tempo

 juntos? Pois se recorremos ao que as Escrituras falam geralmente deste assunto, será

encontrado que as mesmas qualidades que dão direito a qualquer pessoa ao Batismo

também lhe dão direito à participação em todas as Ordenanças e privilégios da casa

de Deus, que são comuns a todos os crentes.

Todo aquele que pode e indaga uma boa consciência para com Deus, quando ele é

batizado (como todos devem fazer isso para que seja para ele mesmo um sinal de

sua salvação), é capaz de fazer a mesma coisa em todos os outros atos de adoração

que ele executa...

....Nós não somos insensíveis que, quanto à ordem da casa de Deus, e à totalidade

da comunhão nela, há algumas coisas em que nós (assim como outros) não estamosem um acordo completo entre nós mesmos, como por exemplo, o princípio conhecido,

e estado das consciências dos diversos dentre nós, que concordaram nesta Confissão

é tal que não podemos sustentar a comunhão eclesiástica com quaisquer outros, a

não ser com crentes batizados e Igrejas constituídas de tais; ainda assim, alguns ou-

tros de nós têm uma maior permissividade e liberdade em nossos espíritos nesse sen-

tido; e, portanto, propositadamente omitimos a menção de coisas dessa natureza, pa-

ra que pudéssemos concordar, ao dar essa prova de nosso acordo, tanto entre nós

mesmos e com outros bons Cristãos, nesses artigos importantes da Religião Cristã,principalmente insistidos por nós; e isto, não obstante todos nós estimamos que a

nossa principal preocupação — tanto entre nós e todos os outros que em todo lugar

invocam o nome do Senhor Jesus Cristo, nosso Senhor, deles e nosso, e O amam

com sinceridade — seja esforçarmo-nos para manter a unidade do Espírito no vínculo

da paz; e em ordem quanto a isso, exercer toda a humildade e mansidão, com lon-

ganimidade, suportando-nos mutuamente em amor.

Assim, a prática bíblica e consistente de uma comunhão Fechada ou Próxima foi gradu-

almente minada por um desejo de aceitação em relação à comunidade Reformada, através

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do comprometimento, e de uma crescente falta de convicção em relação às consistentes e

bíblicas convicções Batistas.

Ainda permanece muito o claro ensino do Novo Testamento de que a Ceia do Senhor deve

ser observada dentro do contexto e sob a disciplina da assembleia local, e deve ser reser-vada para aqueles que foram convertidos, biblicamente batizados, que são membros dessa

assembleia, e demonstram um viver ordenado (Mateus 28:18-20; 1 Coríntios 5:1-13).

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!  

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Bibliografia Para Estudo Adicional

Booth, Abraham, Uma Defesa Dos Batistas, Londres, (1778). Republicado em 1985 por

Baptist Standard –Bearer Press. 270 pp.

Cathcart, William, A Enciclopédia Batista. Philadelphia: Louis H. Everts, 1881(Republicado por Baptist Standard –Bearer Press, 1988. 1445 p.

Christian, John T., Comunhão Fechada. (Início de 1900. Republicado por Baptist Standard –

Bearer Press.

Downing, W. R., A Igreja do Novo Testamento: Sua Natureza, Características e

Perpetuidade. 293 pp.

Gentry, Kenneth L., O Cristão e as Bebidas Alcoólicas. Grand Rapids: Baker Book House,

1986. 117 pp.

Graves, James Robinson, A Intercomunhão de Igrejas: Antibíblica, Inconsistente e

Produtora de Males Somente (1882). Republicado pela The Baptist Standard –Bearer, Paris,

ARK, 1995, 368 pp.

Howell, R. B. C., Os Termos da Comunhão na Mesa do Senhor (1846). Republicado pela

Baptist Heritage Publications, (1987). 271 pp.

Jenkins, Charles A., Doutrinas Batistas. St. Louis: Chancy R. Barnes, 1880. 566 pp.

Kiffin, William, Um Firme Discurso Sobre o Direito à Comunhão na Igreja, Londres: 1681.

Republicado pela Baptist Standard –Bearer, Paris, ARK, 1995. 42 pp.

Strong, Augustus Hopkins, Teologia Sistemática. Valley Forge, PA: The Judson Press,

1907. 959-980 pp.

Weston, Henry G., As Conferências de Madison Avenue. Philadelphia: The American

Baptist Publication Society, 1867. 454 pp.

Williamson, G. I., Vinho na Bíblia e na Igreja. Phillipsburg, N.J.: Presbyterian & Reformed

Publishing Company, 1976. 53 pp. 

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  10 Sermões — R. M. M’Cheyne 

  Adoração — A. W. Pink

  Agonia de Cristo — J. Edwards

  Batismo, O — John Gill

 

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

  Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

  Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

  Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

  Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

  Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink  Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

  Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

  Confissão de Fé Batista de 1689

  Conversão — John Gill

  Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

  Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

  Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

  Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

 

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins  Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

  Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne 

  Eleição Particular — C. H. Spurgeon

  Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — 

J. Owen

  Evangelismo Moderno — A. W. Pink

  Excelência de Cristo, A — J. Edwards

  Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

  Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

  Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

  In Memoriam, a Canção dos Suspiros —  Susannah

Spurgeon

  Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — 

Jeremiah Burroughs

  Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

  Jesus! – C. H. Spurgeon

  Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

 

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon  Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

  Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

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  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A —  C. H.

Spurgeon 

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Pink

  Oração — Thomas Watson

  Pacto da Graça, O — Mike Renihan

  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — 

Thomas Boston

 

Plenitude do Mediador, A — John Gill  Porção do Ímpios, A — J. Edwards

  Pregação Chocante — Paul Washer

  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

  Reformação Pessoal & na Oração Secreta —  R. M.

M'Cheyne

 

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

  Sangue, O — C. H. Spurgeon

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  Sermões de Páscoa —  Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

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  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

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  Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja —  J.

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  Teologia Pactual e Dispensacionalismo —  William R.

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Tratado Sobre o Amor de Deus, Um —  Bernardo deClaraval

  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade.3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto.4

 Nos quais o deus deste século cegou osentendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus.5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.8  Em tudo  somos  atribulados,  mas  não  angustiados;  perplexos,  mas  não  desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos;11

 E assim nós, que vivemos, estamos sempreentregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal.12

 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.13

 E temosportanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos.14

 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco.15

 Porque tudo isto é por amor de vós, paraque a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus.

16

 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, ointerior, contudo, se renova de dia em dia.

17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação