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A TI APLICADA À LOGÍSTICA:
O DESAFIO DO MERCADO GLOBALIZADO
CAMILA LÍGIA - 10823075 ([email protected])
KAIO SERGIO - 10823106 ([email protected])
MARIA HELENA BRITO - 10813098 ([email protected])
PRISCILLA CAMPOS - 10823068 ([email protected])
SAMMUEL TELES – 10823073 ([email protected])
RESUMO
Nosso artigo objetiva evidenciar a importância da tecnologia da informação aplicada à logística através de uma metodologia descritiva e teórica, a qual está diretamente ligada com a competitividade, pois trata de um fator muito importante dentro da organização, que é a diferenciação no mercado (manter e obter clientes está cada vez mais difícil) e através da estratégia logística é possível atingir uma filosofia ideal, a do Just-in-time. Além disso, os processos logísticos são agilizados, por serem baseados em informações exatas e confiáveis, suas metas são de disponibilizar o produto certo, na quantidade boa, no local e momento devido, nas condições perfeitas para o cliente ideal e em um preço justo, demonstrando a alta relevância das ferramentas de TI, que são imprescindíveis para a integração dos vários setores da empresa. É essencial que se saiba o que e como fazer para uma melhor utilização da mesma, pois muitos a possuem, mas não sabem explorá-la da forma correta, deixando de usufruir de diversos benefícios que possui. Também fica claro por meio deste, exemplos práticos da Tecnologia da informação na logística de diversas empresas e maneiras (sistema de posicionamento e comunicação automatic vehicle location, sistema de entrega administrada, EDI, Resposta Eficiente ao Cliente, do Data Warehouse). É evidente a importância dessa poderosa ferramenta nas empresas, para que consigam manter seu lugar no mercado e serem capazes de obter resultados cada vez mais proveitosos e inteligentes.
PALAVRAS-CHAVE: Logística; Informação; Tecnologia da informação; EDI
1
1. INTRODUÇÃO
Com o atual cenário competitivo, as empresas necessitam ser cada vez mais aptas às
mudanças nas questões operacionais e produtivas, visando reduzir gastos e ter uma
flexibilidade entre os meios para que se conquiste o cliente da forma mais completa possível,
já que a concorrência no mercado está mais intensa com o passar do tempo. Um fator antes de
pouca importância para a logística era o fluxo de informações, onde hoje, tornou-se um
elemento essencial para a sustentação das empresas.
Inserido nesse ambiente atual, a tecnologia da informação ganha espaço e poder dentro
das empresas, pois precisam de informações rápidas e precisas, que serão um fator decisivo na
eficácia dos sistemas logísticos, sendo um diferencial no mercado em que atua. Além disso,
esse sistema auxilia a empresa com vantagens em produtividade e valores. Age ligando as
atividades logísticas em um único processo integrado. O que era um simples sistema tornou-
se um elo entre compradores e vendedores em uma rede de sistema de relacionamento
eletrônico, onde integra fornecedores, produtores e clientes.
2. LOGÍSTICA
2.1. Conceito de Logística
Segundo o Aurélio1 o termo Logística vem do francês logistique e tem como uma de suas
definições a “parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção
e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos)”. O Council of Logistics
Management2, define logística como:
a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.
1 Dicionário Aurélio apud JUNIOR, Maurício Kuehne; NETO, Francisco Ferraes; Logística Empresarial. Disponível em <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/empresarial/4.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 40.2 JUNIOR, Maurício Kuehne; NETO, Francisco Ferraes; Logística Empresarial. Disponível em <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/empresarial/4.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 40.
2
Segundo BESSA e CARVALHO3 (2005) a logística tem como objetivo aumentar a
produtividade e a competitividade, flexibilizando o sistema de produção através do
aperfeiçoamento dos processos tecnológicos, tendo como resultado a redução de custos, a
valorização dos clientes e a expansão da área negociada, eliminando as barreiras comerciais.
“A atividade logística está diretamente voltada para a resolução da grande questão: como
agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos garantindo o aumento da
lucratividade?” (NETO e JUNIOR)4 O que é atualmente o grande desafio do mercado
Globalizado.
2.2. Evolução da Logística
Com o processo de especialização da produção em diversos setores econômicos as
organizações entendiam a logística como responsável pela distribuição dos produtos, mas com
as mudanças ocorridas na economia, a diminuição do ciclo de vida dos produtos e a elevada
utilização da tecnologia, a logística foi abrangendo novas atividades ao longo da cadeia de
produção; em decorrência surgiram novos conceitos acerca do tema, por exemplo a
administração logística e a logística integrada, onde o objetivo não é somente a redução do
custo de uma atividade individual, mas sim o custo logístico total da empresa - transporte,
estocagem, armazenagem, processamento de pedidos, lotes de produção, de compras e serviço
ao cliente.
Segundo o Portal da Administração5, caracterizávamos o mundo empresarial até a
década de 1940 pela alta produção, baixa capacidade de distribuição e despreocupação com
custos o que nos mostra que não havia um conceito de logística empresarial; esse começou a
surgir na década de 1950 motivado principalmente por uma nova atitude do consumidor, o
3 BESSA, Marcos James Chaves; CARVALHO, Tereza Monnica Xavier Bacelar de. Tecnologia da informação aplicada à logística. Rev. Cent. Ciênc. Admin., Fortaleza, v. 11, n. especial. 2005. Pág. 122.
4 JUNIOR, Maurício Kuehne; NETO, Francisco Ferraes; Logística Empresarial. Disponível em <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/empresarial/4.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 41.
5 Portal da Administração. Logística : Evolução histórica da logística empresarial. Disponível em <http://www.htmlstaff.org/xkurt/projetos/portaldoadmin/modules/news/article.php?storyid=744>, acesso em 22 de maio de 2010.
3
que gerou uma preocupação com a prestação dos serviços, levando os empresários a melhorar
os canais de distribuição e analisar os custos para não sacrificar o seu lucro.
Ainda segundo a mesma fonte6, de 1965 em diante houve a consolidação dos conceitos da
área de logística e esta passou a ser estudada cientificamente, e colaborou para aumentar a
produtividade da energia para compensar o aumento dos fretes. A globalização trouxe a
integração dos mercados em nível mundial no sentido de que um produto e sua matéria-prima,
independentemente de sua origem ou procedência possa estar sendo oferecido para consumo
em qualquer parte do mundo, por isso a logística tornou-se condição essencial à integração
das atividades na empresa.
Com a evolução da logística empresarial a segmentamos em três grandes áreas: a
administração de materiais (associada ao fluxo de materiais e informações), movimentação de
materiais (seria o transporte eficiente de produtos acabados do final de linha de produção até o
consumidor) e a distribuição física (que é o conjunto de operações associadas à transferência
dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção até o local designado no
destino e no fluxo de informação associado).
Dornier et al. (2000)7 diz que:
a logística é como uma gestão de fluxos entre marketing e produção, e sendo assim, o processo logístico atravessa todas as áreas funcionais, criando então importantes interfaces, e por isso todas as organizações devem ser analisadas como um sistema no qual as diferentes áreas funcionais e os diferentes membros estão todos inter-relacionados. O autor (p. 41) ainda complementa, dizendo que a logística “é primeiramente e principalmente um fornecedor de serviço.
3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
3.1. Conceito de Tecnologia da Informação
Uma grande força motriz na busca de melhorias de lucratividade no campo da logística é
o uso da tecnologia da informação, uma vez que essa é capaz de fornecer as informações
6 Ibid.
7 DORNIER, Philippe-Pierre et al. Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: Atlas. 2000. Pág. 41.
4
certas no momento certo para tomar a decisão certa pelo motivo certo, e, portanto, melhorar
os lucros, o que é fundamental.8
Santos e Pontes (2006)9 disem que:
Ao se definir Sistemas de Informação, dois diferentes conceitos são
apresentados. A primeira consiste na abordagem sistêmica e gerencial da informação,
cujo objetivo do é integrar os diferentes setores da organização, permitindo satisfazer
tanto necessidades globais, quanto específicas da mesma. A segunda abordagem
relaciona sistemas de informação apenas ao uso da informática, onde a Tecnologia da
Informação pode ser definida como uma rede baseada em computador, contendo
sistemas operacionais que fornecem à administração dados relevantes para fins de
tomada de decisões.
Uma de suas características é a utilização de ferramentas de informática, comunicação e
automação, juntamente com as técnicas de organização e gestão, alinhadas com a estratégia de
negócios, com o objetivo de aumentar a competitividade da empresa.
A TI é algo cada vez mais importante na vida das pessoas e no dia-a-dia das empresas.
Tudo gira em torno da informação. Portanto, quem souber reconhecer a importância da TI,
Com certeza essa pessoa se tornará um profissional com grande qualificação para atenderas
necessidades do mercado. Da mesma forma, a empresa que melhor conseguir lidar com a
informação, certamente terá vantagens competitivas em relação aos concorrentes.
3.2. Evolução da Tecnologia da Informação
Devido a exigências do mercado em obter respostas rápidas para seus problemas,
surgiu um setor vital para a economia atual, que é a Tecnologia da Informação.
Ao compreender a evolução da TI, podemos entender a importância que essa
ferramenta é necessária nas empresas atuais, mostrando, por exemplo, a forma que os
sistemas utilizados nos dia de hoje são modificados, desenvolvidos e aplicados.
8 BIGATON, Ana Laura Wiethaus; FILHO, Edmundo Escrivão. Logística e a tecnologia da informação. 2004. Disponível em <http://avlvirtual.wordpress.com/2010/05/12/ti-aplicada-a-logistica/>, acesso em 22 de maio de 2010.
9 SANTOS, Mara Celene Silva; PONTES, Mariangela de Matos. A tecnologia da informação na logística: o uso do EDI nas operações logísticas em uma empresa do setor têxtil. 2006. Pág. 13. Disponível em <http://www.fucape.br/premio/documentos/2006/mono_10.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010.
5
Apesar dos computadores nos anos de 1960 serem limitadíssimos em relação a
aplicações, eles começaram a ter uma grande importância nas empresas. Nos anos 70, ano de
origem da tecnologia da informação, os avanços tecnológicos começaram a abrir portas na
área de transformação de dados em informação e na adaptação desses sistemas com as
exigências da empresa.
Surgem então nesse período os primeiros softwares gerando assim uma série de
inovações, entre esses softwares podemos citar, segundo Carmelito10 (2008), o surgimento do
MRP - Materials Requirement Planning, que era um programa que resolvia soluções de
processamento das requisições de materiais a partir da previsão e estrutura do produto
mostrando assim quais são os itens necessários e também quando e quanto deverão ser
comprados ou fabricados.
Segundo PACHECO e TAIT11 (2000), em 1980 com o avanço tecnológico na área dês
microcomputadores e escritórios, a tecnologia da informação cresceu muito e passou a ser
mais usado. Os gerenciadores de bancos de dados passaram a ser disponíveis nos PCs,
incluindo os softwares de baixo custo, que por causa disso começaram a dominar o mercado e
devido a essas inovações ocorreram as novas estratégias com base na tecnologia da
informação. Apesar desses avanços, os computadores ainda eram incompatíveis entre si,
causando dificuldade na integração dos sistemas em sua flexibilidade. A busca pela
descentralização se torna mais forte.
Ainda segundo os mesmos autores PACHECO e TAIT12 (2000), logo na década de
1990, houve o fim dessa incompatibilidade com o surgimento de sistemas abertos, integração
e modelos se tornam itens essenciais na área de sistemas de informação. A integração
tecnológica flexibilizou e facilitou a troca e o acesso às informações otimizando o
funcionamento da empresa. Para ARAÚJO, LECAR e GONGALVES13 surge, por exemplo, o
ERP – (Enterprise Resource Planning), um dos programas mais importantes para a gestão
10 CARMELITO, Ricardo. Conceitos Básicos do MRP (Material Requirement Planning). 2008. Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/conceitos-basicos-do-mrp-material-requirement-planning/26507/>, acesso em 22 de maio de 2010.
11 PACHECO, Roberto C.S.; TAIT, Tania Fatima Calvi. Tecnologia de Informação: evolução e aplicações. 2000. Disponível em <http://www.upf.br/cepeac/download/rev_n14_2000_art6.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010.12 Ibid.13 ARAÚJO, Luiz Eduardo de; LECAR , Marcelo; Gonçalves, Vinícius; Processo de Implantação de ERP. Disponível em <http://luizeduardoaraujo.info/_files/trabalhos/engsoft/bd/Processo_Implantacao_ERP.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010.
6
empresarial, o qual é um software que facilita o fluxo de informações integradas. Tendo a
finalidade de dar suporte a todas ou à maioria das operações de uma empresa dentre elas aos
departamentos administrativos, o de manufatura, o de distribuição, de recursos humanos e o
de gestão da qualidade.
Segundo BEAL14 (2001, pág. 7) a “tecnologia da Informação serve para designar o
conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação e está
fundamentada em componentes como hardware, software, sistemas de telecomunicações e
gestão de dados e informações.” Enquanto que Novaes (1989, pág. 36)15 conceitua a Logística
como o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a
armazenagem de produtos, como os serviços e informações associados, cobrindo desde o
ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do
consumidor. Portanto a tecnologia da informação deve ser vista como suporte aos processos
de logística e às decisões operacionais e de negócios das empresas.
O papel a ser desempenhado pela TI é estratégico, busca ajudar o desenvolvimento do
conhecimento coletivo dos funcionários e do aprendizado contínuo, tornando mais fácil para
as pessoas na organização compartilharem problemas, perspectivas, ideias e soluções.
Segundo BESSA e CARVALHO16 (2005):
Apesar das grandes vantagens que a TI pode proporcionar a uma empresa, como melhoria nos processos e controles internos, melhoria na qualidade do produto, um funcionamento organizacional que ganhasse tempo e atendesse a grandes distâncias, melhoria no relacionamento cliente/empresa e liderança na competitividade. Existem também as desvantagens, e, dentre elas, pode-se encontrar: o medo dos empresários em mudar a cultura organizacional, os custos que são elevadíssimos e a rápida mudança no ritmo de trabalho.
4. INTEGRAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COM A
LOGÍSTICA
14 BEAL, Adriana. Introdução á gestão da tecnologia da informação. 2001. Pág. 07. Disponível em http://www.vydia.com.br>. Acesso em 22 de maio de 2010.
15 NOVAES, Antônio G. Sistemas Logísticos: transporte, armazenagem e distribuição física de produtos. São Paulo. Ed. Edgar Blücher Ltda. 1989. Pág. 36.16 BESSA, Marcos James Chaves; CARVALHO, Tereza Monnica Xavier Bacelar de. Tecnologia da informação aplicada à logística. Rev. Cent. Ciênc. Admin., Fortaleza, v. 11, n. especial, p. 120-127. 2005.
7
Segundo BESSA e CARVALHO17 (2005) no setor logístico, a tecnologia de informação
possui um principal papel, senão o mais fundamental e possui modernas ferramentas
especializadas. Tem como objetivo ser um instrumento facilitador nas tomadas de decisões
possibilitando a integração e a troca de informações entre as atividades que compõem a cadeia
de valor de uma empresa, ou seja, as chamadas atividades primárias – que tratam desde a
entrada de pedidos até sua entrega ao cliente – e as atividades secundárias – que provêem a
infra-estrutura e a tecnologia para viabilizar o atendimento ao cliente.
Seguindo a classificação de BANZATO e GASNIER18 (2001) o conteúdo é enriquecido
por cada processamento de informação, são definidas as camadas de softwares, totalizando-se
em cinco, que progressivamente agregam mais recursos e funcionalidade aos computadores:
A primeira camada se refere à plataforma de hardware que processa dados em código de
máquina, a segunda camada contempla o sistema operacional, que está encarregado de
gerenciar os diversos componentes e periféricos conectados no sistema, servindo como uma
interface de comunicação entre o hardware e os níveis seguintes, a terceira camada envolve as
linguagens de programação e os gerenciadores de bancos de dados, já na quarta camada,
residem os aplicativos para usuários finais e por fim na quinta camada encontramos a
tecnologia de Workflow. Porém nos laboratório de pesquisa já estão disponíveis as aplicações
da sexta camada, que se popularizarão em breve, com o advento das tecnologias de interface
de voz e linguagem natural.
Ainda segundo o mesmo autor19, com a meta de integrar e automatizar os componentes da
cadeia de valor, as soluções de TI referidas acima, incluem os produtos identificados como:
CRM, sistema especializado no atendimento personalizado do cliente (Planejamento); WMS,
sistema que agrega inteligência aos processos inerentes aos almoxarifados (Execução); EIS,
sistema de acompanhamento do negócio, por meio do monitoramento de seus principais sinais
vital (Controle).
17 Ibid., pág. 123.18 BANZATO,Eduardo. GASNIER,Daniel. Consultores da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo. 2001. Disponível em < http://www.guialog.com.br/ARTIGO294.htm>, acesso em 22 de maio de 2010.
19 BANZATO,Eduardo. GASNIER,Daniel. Consultores da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo. 2001. Disponível em < http://www.guialog.com.br/ARTIGO294.htm>, acesso em 22 de maio de 2010.
8
Segundo BANZATO e GASNIER20 (2001) os efeitos da aplicação de uma TI são
imensos, com uma enorme repercussão, podemos citar como exemplos a redução de custos à
automação dos processos no setor financeiro, através do processo de simulação diminuem-se
os riscos, temos também a qualificação de clientes, a velocidade e agilidade de respostas e
aberturas em novos mercados, no setor mercadológico; quanto aos processos internos, tem-se
a melhoria da comunicação e consistência das informações.
As novas tecnologias contribuem para um ambiente novo tão quanto competitivo, no qual
se torna um pré-requisito para o sucesso. A TI não só aumenta a velocidade dos processos
logísticos como também atribui fidelidade à informação.
4.1. Vantagem Competitiva da Ti aplicada à Logística
Segundo BIGATON e FILHO21 as empresas necessitam de informações precisas e que se
diminua o lead time de fabricação, para que se tenha mais agilidade nos processos de
recebimento e expedição e sejam possíveis as trocas de informações e de materiais entre
empresas.
A TI age disponibilizando à gerência informações sobre o local exato dos materiais, pois
ninguém tem a capacidade de executar de forma precisa seu trabalho sem que possua uma
informação verdadeira e concreta sobre a movimentação de materiais.
4.2. Os Impactos Da Troca Eletrônica De Informações Nas Atividades
Logísticas
Segundo FERREIRA22 (2004 apud SANTOS, 2006, pág. 21) sendo utilizado de forma
adequada, o Intercâmbio Eletrônico de Dados (EDI) pode proporcionar diversos benefícios na
20 Ibid.
21 BIGATON, Ana Laura Wiethaus; FILHO, Edmundo Escrivão. Logística e a tecnologia da informação. 2004. Disponível em <http://avlvirtual.wordpress.com/2010/05/12/ti-aplicada-a-logistica/>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 3.
22 FERREIRA (2004) apud SANTOS, Mara Celene Silva; PONTES, Mariangela de Matos. A tecnologia da informação na logística: o uso do EDI nas operações logísticas em uma empresa do setor têxtil. 2006. Disponível em <http://www.fucape.br/premio/documentos/2006/mono_10.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 21
9
realização de operações logísticas, atuando nas áreas de transporte, estoque, serviço ao cliente
e no gerenciamento na cadeia de suprimentos.
Ainda segundo SANTOS (2006, pág. 21) citamos o exemplo, na atuação da área de
transportes, com a transmissão das informações e documentação, na possibilidade de
acompanhamento e uso da carga e descarga praticamente em tempo real. Como também com
a redução de custos por evitar fretes adicionais, criar uma relação entre cliente e
transportadora, pode-se também planejar sua logística e diminuir o tempo de atendimento, é
possível preparar o destinatário para o recebimento de sua carga no momento da sua chegada.
Segundo ALVES e FERREIRA23 (2005), o EDI permite às empresas a melhora da gestão
e do controle de produção, através da reposição continua a partir das necessidades.
De acordo com a pesquisa realizada por Porto ET AL.24(2000 apud SANTOS, 2006, pág.
22), nota-se que 40% das empresas não estão explorando de forma correta e completa o uso
do EDI, usando-o apenas para diminuição de erros, papeis e métodos burocráticos. Isso deve
ocorrer pelo fato das empresas a associarem apenas a características operacionais, quando esta
ferramenta pode ser usada na intensificação da relação entre os parceiros comerciais,
possibilitando melhorar a atuação de ambos junto ao consumidor final. Além do que a mesma
pode servir de incentivo para uma mudança baseada em novas formas de gestão da cadeia de
suprimentos
4.3. Exemplos de Tecnologias da Informação na Logística
Através do avanço da TI, é possível que as empresas executem tarefas altamente
complexas e inimagináveis.
|BIGATON e FILHO25 (2004) trazem interessantes exemplos acerca do nosso tema:
23 ALVES, Maria Rita Pontes Assumpção; FERREIRA, Karine Araújo. Logística e troca eletrônica de informação em empresas automobilísticas e alimentícias. 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132005000300012&script=sci_arttext>, acesso em 22 de maio de 2010.
24 Porto ET AL. (2000) apud SANTOS, Mara Celene Silva; PONTES, Mariangela de Matos. A tecnologia da informação na logística: o uso do EDI nas operações logísticas em uma empresa do setor têxtil. 2006. Disponível em <http://www.fucape.br/premio/documentos/2006/mono_10.pdf>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 22
25 BIGATON, Ana Laura Wiethaus; FILHO, Edmundo Escrivão. Logística e a tecnologia da informação. 2004. Disponível em <http://avlvirtual.wordpress.com/2010/05/12/ti-aplicada-a-logistica/>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 4.
10
Através do sistema de Entrega Administrada Rhodia (EAR), com o qual é possível monitorar, controlar e fazer a reposição automática de fenol nos clientes da empresa de forma totalmente informatizada, via internet e ininterruptamente graças a sensores eletrônicos mos tanques de fenol dos clientes, que acoplados a microcomputadores avisam quando o estoque atinge o nível de reposição, que foi previamente acertado entre a Rhodia e o cliente (REVISTA TECNOLOGÍSTICA, 2003);
dos sistemas de posicionamento e comunicação Automatic Vehicle Location (AVL), que permitem o conhecimento da posição de um veículo e a realização de operações associadas, através de tecnologias que suportem os seus componentes, por exemplo, a utilização de receptores GPS embarcados, ou de rádio freqüência, com apoio de antenas próprias, ou pelo chamado network positioning, com o apoio de operadoras de celular (RODRIGUES, 2003);
do ECR (Resposta Eficiente ao Cliente) e o EDI (Intercâmbio Eletrônico de Dados), no qual as organizações concordam em padrões de dados comuns para não ocorrer em incompatibilidade de dados e que proporciona vantagens tais como o fornecimento de melhor feedback sobre quando e quais produtos estão sendo vendidos - e isso pode resultar em lead times menores e programações de entrega mais previsíveis; eliminação da papelada e erros associados à entrada manual dos dados; o que significa menos devolução, menos custos e maior nível de serviço ao cliente (MAZZEO, 2001);
do Data Warehouse (DW) que armazena dados históricos e atuais em um único banco de dados, facilitando a elaboração de relatórios, que são geralmente criados por ferramentas conhecidas como Sistema de Informações para Executivos (HAMACHER, 2000);
5. O DESAFIO DA INCLUSÃO DIGITAL DAS PEQUENAS EMPRESAS
Segundo MATSUBAYASHI26 (2007), hoje no Brasil muitas empresas de pequeno porte
são abertas e o numero só cresce, para uma empresa realmente existir e ser chamada de
empresa ela tem que ter todos os setores de uma organização mesmo sendo uma empresa
pequena, a logística é uma delas sendo muito importante na organização, ela não é tão simples
assim como entregar mercadorias, para que uma organização seja eficiente e competitiva ela
deve ter uma excelente sistema de logística pois ela tem o poder de colher as informações do
mercado e transformar em dados importantes para que a organização saiba lidar com o
mercado e ser competitiva, mais como ser competitiva sendo uma micro e pequena empresa
(MPES)? Para isso devemos entender que existem vários tipos de investimentos que nem
todas as organizações têm esse poder aquisitivo para telas, uma delas, que pode ser a mais
cara, é investir em tecnologia.
Ainda segundo o mesmo autor, apesar de um mercado cheio de novidades, novas
tecnologias a logística é praticada de forma parcial, isso gera um grande desafio a ser vencido 26 MATSUBAYASHI, Roberto. Logística: o desafio da inclusão digital das pequenas empresas. 2007. Disponível em < http://www.baguete.com.br/artigos/298/roberto-matsubayashi/26/02/2007/logistica-o-desafio-da-inclusao-digital-das-pequenas-emp>, acesso em 22 de maio de 2010.
11
por (MPES) que por fim não podem investir em novas tecnologias por serem muito caras, no
Brasil o ministério de desenvolvimento indústria e comercio exterior (MDIC) com a sua
secretaria de tecnologia industrial estruturou um grande programa para investir e incluir as
(MPES) no seu plano de inclusão digital, sua estratégia é implantar tele centros de informação
de negócios que visam dar suporte aos empresários de (MPES), a (MIDC) começou com esse
projeto quando viu que as micro e pequenas empresas estavam sendo excluídas e prejudicadas
por não possuir essas tecnologias.
MATSUBAYASHI (2007) ainda fala que, pesquisas mostram que grande parte das micro
e pequenas empresas tinham um sistema muito básico de informatização e tecnologia, com
isso o SEBRAE com o seu núcleo de informatização a PROINPE investiu milhões em
empresas desse porte na cidade de são Paulo que eram mais de mil possam, a partir desses
incentivos uma aquisição de software de gestão de serviços e também cursos de capacitação
para que o empresário domine esses novos recursos de tecnologia de informação. Mais
mesmo assim com todos esses avanços as (MPES) não atingem os padrões globais de
gerenciamento de cadeia de suprimentos, mais o melhor a fazer é adotar padrões e praticas
com base em experiências boas, aprender a trocar experiências com outras empresa e sempre
buscar soluções para os problemas e também modernizar seus conceitos de logística e
distribuição e assim poder sair de uma (MPES) para se tornar uma grande empresa e sempre a
abrir novos horizontes.
6. CONCLUSÃO
A logística é uma exigência para os empresários, pois sem ela não conseguem manter
uma cadeia de produção em pleno funcionamento. Em todos os departamentos de uma
empresa encontramos alguma atividade logística. É por isso que concordamos com as sábias
palavras de BIGATON e FILHO27 (2004, pág. 5):
Não se pode pensar em logística de forma estratégica sem associá-la a tecnologia da informação, que é uma poderosa ferramenta da logística no seu trabalho, pois a tecnologia da informação vem contribuindo não só para que a logística alcance altos níveis de primazia competitiva, mas também que se torne cada vez mais eficiente e efetiva na geração de valores para as empresas.
27 BIGATON, Ana Laura Wiethaus; FILHO, Edmundo Escrivão. Logística e a tecnologia da informação. 2004. Disponível em <http://avlvirtual.wordpress.com/2010/05/12/ti-aplicada-a-logistica/>, acesso em 22 de maio de 2010. Pág. 5.
12
Mas não basta supor que a TI é a chave do sucesso, e ela resolverá todas as deficiências. Como diz Wang (1998) à informação tecnológica pode ser a maior ferramenta dos tempos modernos, mas é o julgamento de negócios dos humanos que a faz poderosa.
Concluímos que as ferramentas são criadas e disponibilizadas para facilitar o trabalho
do homem, mas é o uso delas que realmente a fazem possuir tal importância, pois de que
adianta todo um sistema logístico integrado se os funcionários não sabem utilizá-lo?
13
REFERÊNCIAS
ALVES, Maria Rita Pontes Assumpção; FERREIRA, Karine Araújo. Logística e troca eletrônica de informação em empresas automobilísticas e alimentícias. 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132005000300012&script=sci_arttext>, acesso em 22 de maio de 2010.
BANZATO,Eduardo. GASNIER,Daniel. Consultores da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo. 2001. Disponível em < http://www.guialog.com.br/ARTIGO294.htm>, acesso em 22 de maio de 2010.
BEAL, Adriana. Introdução á gestão da tecnologia da informação. 2001. Pág. 07. Disponível em http://www.vydia.com.br>. Acesso em 22 de maio de 2010.
BESSA, Marcos James Chaves; CARVALHO, Tereza Monnica Xavier Bacelar de. Tecnologia da informação aplicada à logística. Rev. Cent. Ciênc. Admin., Fortaleza, v. 11, n. especial, p. 120-127. 2005.
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