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EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS CONVENCIONAIS ESTRUTURADAS EM AÇO: REQUISITOS E CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA FINANCIAMENTO PELA CAIXA ANEXO 3 Procedimentos Típicos das Ligações das Alvenarias com Estruturas em Aço Maio 2002

Aco Alvenarias

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EDIFICAÇÕES HABITACIONAISCONVENCIONAIS ESTRUTURADAS EM

AÇO:REQUISITOS E CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA

FINANCIAMENTO PELA CAIXA

ANEXO 3

Procedimentos Típicos das Ligaçõesdas Alvenarias com Estruturas em Aço

Maio 2002

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ÍNDICE

1. Projeto de Alvenaria............................................................................................................ Pg. 031.1. Conteúdo do Projeto para a Produção da Alvenaria............................................... Pg. 041.2. Ligação da Alvenaria com a Estrutura em Aço....................................................... Pg. 04

1.2.1. Ligação Alvenaria x Pilar................................................................................ Pg. 051.2.1.1. Ligação Vinculada Semi-rígida....................................................... Pg. 051.2.1.2. Ligação Desvinculada Deformável................................................. Pg. 08

1.2.2. Ligação Alvenaria x Viga................................................................................ Pg. 091.2.2.1. Ligação Vinculada Semi-rígida....................................................... Pg. 091.2.2.2. Ligação Desvinculada Deformável................................................. Pg. 09

2. Sistema de Revestimento.................................................................................................. Pg. 102.1. Estrutura em Aço Revestida...................................................................................... Pg. 11

2.1.1. Preenchimento do Perfil em Aço.................................................................... Pg. 112.1.2. Tratamento do Perfil em Aço para Recebimento de Revestimento............ Pg. 132.1.3. Argamassa de Regularização......................................................................... Pg. 14

2.1.3.1. Reforço Localizado na Argamassa................................................ Pg. 142.1.4. Junta de Movimentação no Revestimento.................................................... Pg. 16

2.1.4.1. Junta de Movimentação Horizontal............................................... Pg. 162.1.4.2. Junta de Movimentação Vertical.................................................... Pg. 172.1.4.3. Preenchimento da Junta................................................................. Pg. 17

2.2. Estrutura em Aço Aparente....................................................................................... Pg. 182.2.1. Tratamento do Perfil em Aço x Revestimento............................................... Pg. 18

2.2.1.1. Tratamento em Viga de Aço Aparente........................................... Pg. 192.2.1.2. Tratamento em Pilar de Aço Aparente........................................... Pg. 20

2.2.2. Tratamento em Revestimento de Gesso........................................................ Pg. 213. Resumo................................................................................................................................ Pg. 23

3.1. Resumo do estudo das ligações alvenaria / estrutura metálica............................ Pg. 233.2. Cuidados nas ligações revestimento / estrutura metálica..................................... Pg. 24

4. Bibliografia......................................................................................................................... Pg. 25

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ANEXO 3

Procedimentos Típicos das Ligações das Alvenariascom Estruturas em Aço

1. Projeto de Alvenaria

O projeto de Alvenaria muitas vezes está relacionando somente com aprodução de alvenarias modulares e econômicas. No entanto, além deproporcionar racionalidade ao sistema, o projeto deve antecipar asinterferências e equalizar todas as questões de estabilidade, utilização,durabilidade e manutenção.

Cabe ao projetista da alvenaria coletar as informações necessárias nosprojetos; arquitetônico, estrutural, instalações hidro-sanitárias, instalaçõeselétricas, impermeabilização, etc., quanto as condições de exposição,principalmente das fachadas, das condições de solicitação a que estarãosubmetidas tanto as fachadas quanto as vedações internas, quanto adisponibilidade de materiais, prazos e custos e demais informaçõespertinentes, realizando assim o detalhamento mais preciso da alvenaria a serexecutada.

Segue lista das principais informações a serem coletadas nos diversos projetospara a elaboração do projeto de produção da alvenaria.

• Dimensões das paredes acabadas (comprimentos, largura eespessura);

• Dimensões internas dos compartimentos;• Posição relativa da alvenaria em relação aos perfis metálicos (entre os

vãos das estruturas ou exterior a ela);• Localização das aberturas (portas, janelas e instalações especiais);• Definição se a estrutura metálica será ou não completamente revestida;• Tipo e padrão de qualidade dos revestimentos;• Detalhes construtivos de fixação das esquadrias, peças suspensas,

etc;• Detalhes arquitetônicos que interfiram nas características e na

execução da alvenaria, tais como sacadas, beirais, platibandas,ressaltos e reentrâncias para proteção da fachada.

• Tipo e dimensões dos componentes estruturais;• Carregamentos considerados para carga dos elementos de vedação;• Identificar a presença de juntas estruturais;• Perfis metálicos do contravento em relação à forma e interferência com

a alvenaria.• Disposição e localização dos ramais hidráulicos, previsão de Kits

hidráulicos;• Utilização de shafts verticais;

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• Instalação de peças sanitárias;• Passagem de tubulação elétrica;• Pontos de luzes, tomadas e interruptores;• Instalação de incêndio;• Instalação de gás;• Instalação telefônica;

1.1. Conteúdo do Projeto para a Produção da Alvenaria.

A partir das informações coletadas, o projetista define o Projeto de Alvenariaque deve conter os seguintes itens:

• Especificação dos componentes da alvenaria (blocos, composição,dosagem da argamassa de assentamento e do micro concreto deenrijecedores);

• Locação da primeira fiada, a partir do eixo de referência predefinido;• Planta de primeira e segunda fiada com a distribuição dos

componentes;• Elevações das paredes, identificando o posicionamento das instalações

e das aberturas, bem como eventuais enrijecedores existentes (cintas epilaretes);

• Amarrações entre as fiadas;• Definição dos sistemas de fixação da alvenaria na estrutura metálica

adjacente (vigas e pilares), indicada em planta baixa;• Necessidade de juntas de controle: posicionamento e dimensão.• Definição quanto ao uso de vergas e contravergas pré-fabricadas ou

moldadas no local e o seu posicionamento;• Definição quanto ao uso de “shafts” ou embutimentos de instalações ou

de dutos de prumada;• Definição dos prazos entre as etapas do processo executivo;• Parâmetros de controle e tolerâncias de cada etapa.

Cabe ressaltar que além da existência do projeto para produção da alvenaria, otreinamento e a qualificação da mão-de-obra, aliado a um planejamento econtrole das atividades, é de extrema importância.

1.2. Ligação da Alvenaria com a Estrutura em Aço

O termo “Ligações” das alvenarias é conhecido na engenharia como todas assoluções adotadas para unir ou desunir as alvenarias no contato com aestrutura suporte.

A maneira como é efetuada essa ligação é determinada pelo tipo de trabalhoentre ambos: vinculado ou desvinculado sendo fator importante para se evitar osurgimento de patologias nas vedações.

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Se a opção for por uma ligação vinculada, a alvenaria será solicitada aacompanhar as deformações previstas na estrutura, bem como todos osrevestimentos aplicados sobre ela. O contrário acontece numa ligaçãodesvinculada onde as deformações previstas se darão de forma independente.

A distância entre apoios define o sistema de ligação vinculada ou desvinculada:Tipo Vinculada Sistema Semi Rígido Vãos < 6,5 m.Tipo Desvinculada Sistema Deformável Vãos ≥ 6,5 m.

1.2.1. Ligação Alvenaria x Pilar

Considerações para a escolha adequada da ligação alvenaria x pilar.

• O preenchimento, com argamassa, das juntas verticais próximas aoapoio, contribui para o melhor desempenho da ligação.

• A largura do bloco é fator determinante, a relação mínima da altura útilda parede pela espessura do bloco sem revestimento deve ser ≤ 30.

• É obrigatório a utilização de argamassa de assentamento comresistência à compressão entre 6 e 8 MPa.

• A tolerância para deslocamento admissível máximo da estrutura ondese apoia a alvenaria, é de L/1000 para deformação da estrutura após aexecução da alvenaria.

1.2.1.1. Ligação Vinculada Semi-rígida

A ligação semi-rígida é aquela que liga a alvenaria solidariamente à estrutura,devendo ser empregada em vãos < 6,50 m. Para edificações térreas, pode-seutilizar ligação semi-rígida independente do tamanho do vão.

Deve-se utilizar telas eletrosoldadas, quando possível, ou o acessório deligação chamado “ferro-cabelo” ou “fio-cabelo” (barra de aço dobrada comdiâmetro de 4,2 a 8 mm), soldado à estrutura. ( figuras 1 a 5 )

Tela soldada galvanizada Ferro dobrado de amarração

Figura 1. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas

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Como regra geral, deve-se definir o tamanho da tela soldada da seguinteforma:

Largura - inferior à largura do bloco, com 1 a 2 cm de sobra nas laterais.Comprimento horizontal - no mínimo de 40cm.

O “ferro-cabelo” pode ter a forma de gancho na extremidade livre ou de um“estribo” de armação, com comprimento mínimo de 50 cm, pois isto melhora asua ancoragem dentro da argamassa de assentamento.

Ambas são geralmente instaladas a cada 60 cm de altura, coincidentes com asfiadas de argamassa de assentamento.

Figura 2. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas

Figura 3. Exemplo de Ligação Vinculada Semi-rígida

Ferro cabelo a cada60 cm de altura

Pilarmetálico

Argamassa deassentamento

Alvenaria dentro daaba do perfil

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Figura 4. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas

Figura 5. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas

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1.2.1.2. Ligação Desvinculada Deformável

São ligações onde a alvenaria trabalha com maior grau de liberdade emrelação à estrutura. Utilizadas em estruturas com grandes vãos, ≥ 6,50 m e,portanto, deformação absoluta elevada.

São projetadas de forma a trabalhar dentro de uma moldura que permita amovimentação no plano que estão contidas e que impeça ao mesmo tempomovimentação indesejada no plano transversal.

O processo utilizado é o emprego de 2 cantoneiras metálicas, paralelas,espaçadas da espessura do bloco, fixadas ao pilar em aço por solda de campoou pinos aplicados com pistola. A dimensão mínima da aba de contato dacantoneira é de 50 mm.

Figura 6. Exemplos de Ligações Desvinculadas Deformáveis comUtilização de Cantoneiras

Em alguns casos, o perfil utilizado como pilar em aço pode ser dimensionadoem função da espessura da alvenaria, dispensando a utilização dascantoneiras metálicas.

Figura 7. Exemplo de Ligação Desvinculada Deformável com Utilização dePilar em Chapa Dobrada

Nos casos exemplificados nas figuras 6 e 7, deverá ser deixado um vão de 2 a3 cm para inserção de uma placa contínua de EPS.

Pilar em ChapaDobrada

20 a 30 mm

Placa de EPSAlvenaria

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1.2.2. Ligação Alvenaria x Viga

Considerações para a escolha da ligação alvenaria x viga

• A rugosidade das vigas não é levada em consideração para o sistemade fixação das alvenarias, sendo necessário apenas a limpeza eficientee a remoção de todo material solto, graxas e poeiras.

• A ligação da alvenaria com a viga, é definida, da mesma forma que aligação alvenaria x pilar, em dois tipos: vinculada, sistema semi-rígidoou desvinculada, sistema deformável.

1.2.2.1. Ligação Vinculada Semi-rígida (vãos < 6,5 m)

Este sistema, quando adotado, considera pequenas deformações térmicas eestruturais sobre o painel de alvenaria, sendo necessário a utilização deargamassas de cimento e água com aditivo expansor (argamassa não retrátil).

O preenchimento deve ser executado após a conclusão de todas as alvenarias,não antes de 7 dias do seu término, e elevada de baixo para cima do prédiocom a fixação de cima para baixo.

Figura 8. Ilustração do sistema semi-rígido

1.2.2.2. Ligação Desvinculada Deformável (vãos ≥ 6,5 m)

Para o sistema deformável adota-se o processo de confinamento lateralatravés de cantoneiras, similar ao utilizado na ligação junto aos pilares.

Alvenaria

Viga

Argamassacom aditivoexpansor

1,5 a 3,5 cm

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Figura 9. Ilustração do Sistema Deformável

2. SISTEMA DE REVESTIMENTO

O sistema de revestimento corresponde ao acabamento final da edificação:sendo a parte que fica visível aos usuários e proprietários. A integridade destesistema é, pois, de grande importância para a confiabilidade na utilização dasestruturas metálicas e na satisfação das pessoas que interagem com aedificação. Para tal fazem-se necessários cuidados que garantirão a qualidadee a durabilidade da edificação.

Na definição dos procedimentos e cuidados a serem tomados na execução dosistema de revestimento devem ser considerados os seguintes aspectos:

• Concepção estrutural da edificação• Sistema estrutural• Deformações previstas• Tipo de aço• Sistema de alvenarias• Tipo de elemento de vedação

Para que sejam feitas considerações gerais sobre o sistema de revestimento,será adotado que, basicamente, existem duas situações principais em setratando de estrutura metálica:

• Estrutura metálica revestida (oculta)• Estrutura metálica aparente.

Espuma dePoliuretanoExpandido ou placade EPS Placa de EPS

Alvenaria

2 a 3 cm

Viga

Espuma dePoliuretanoExpandido ouplaca de EPS

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2.1. Estrutura em Aço Revestida

Nas situações em que a estrutura metálica será revestida, é importante garantira aderência do sistema de revestimento nos perfis metálicos devido à suabaixa porosidade e conseqüente baixa capacidade de ancoragem mecânica.

É obrigatório a avaliação da necessidade de previsão de juntas de alívioconforme o revestimento e sua norma ABNT pertinente.

2.1.1. Preenchimento do Perfil em Aço

Quando a estrutura em aço for inteiramente revestida faz-se necessário oprévio preenchimento dos espaços vazios entre as abas e a alma, conformeindicado nos exemplos abaixo:

Figura 10. Ilustração dos Vazios a Serem Preenchidos em Pilares e Vigas

Ligação

Espaço vazio aser preenchido

Alvenaria

Plano verticalda base

Corte no Pilar

Alvenaria

VigaEspaço vazio a serpreenchido

Corte na Viga

Plano verticalda base

Ligação

Pilar

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Para executar o preenchimento destes vazios deverão ser utilizados blocos deconcreto celular autoclavado (facilidade de serem cortados nas dimensõesnecessárias), blocos de concreto ou cerâmicos. A fixação destes blocos àestrutura deverá ser feita através de uma argamassa colante, tipo AC IIaditivada com polímero acrílico modificado (índice de resina superior a 50%).

Figura 11. Detalhe genérico do perfil metálico já preenchido

Em determinadas situações é possível que não seja feito o enchimentodos perfis metálicos, envolvendo o pilar com alvenaria ou com painéis (gessoacartonado, por exemplo), conforme detalhe a seguir:

Figura 12. Exemplo de envolvimento de pilar com painel

Argamassacolante aditivadacom polímeroacrílico modificadoViga ou pilar

metálico Enchimento com blocos deconcreto celular, cerâmicoou concreto adaptados aovão entre as mesas

Painel Perfil metálico

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No caso de envolvimento total dos perfis metálicos, pode-se fazer opreenchimento com micro-concreto ou argamassa, conforme a seguir:

Figura 13. Exemplo de Envolvimento Total do Pilar com Micro-concreto

2.1.2. Tratamento do Perfil em Aço para Recebimento de Revestimento

Antes do lançamento da argamassa de revestimento, toda a estrutura metálicadeverá ser tratada com uma argamassa colante, tipo AC II aditivada compolímero modificado (a mesma utilizada para fixação dos enchimentos descritano item anterior).

É necessário que sejam utilizadas na transição do perfil metálico/alvenaria,telas de fibra de vidro, que devem ser posicionadas nos pontos de contatoalvenaria/estrutura metálica e fixadas com argamassa colante aditivada compolímero modificado durante o tratamento do perfil metálico.

Deverá ser utilizada tela de fibra de vidro com 160 g/m2, resistente aalcalinidade e de acabamento firme.

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Figura 14. Exemplos do Posicionamento das Telas em Pilares

2.1.3. Argamassa de Regularização

Antes do lançamento da argamassa de regularização, toda a alvenaria deveráser coberta por uma camada de chapisco.

A argamassa de regularização é a camada do sistema de revestimento quedefine o plano vertical no qual será aplicado o acabamento final, conforme NBR7200.

2.1.3.1. Reforço Localizado na Argamassa

Deverão ser previstos reforços com tela galvanizada de malha retaeletrosoldada (fio 22 e malha de 1”) na argamassa de revestimento emalgumas situações que serão relacionadas a seguir:

Pilar metálico

Tela de Fibra devidro

Argamassacolanteaditivada compolímeroacrílicomodificado

Enchimento

Alvenaria

Enchimento Perfilmetálico

Tela de Fibra devidro

Enchimento comargamassa colante

aditivada com polímeromodificado

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Figura 15. Exemplo da Localização dos Reforços na Viga

Figura 16. Exemplos da localização dos reforços nos pilares

Viga metálica

Tela de Fibra devidro

20 cm

Argamassa deregularização

Ligação

Telagalvanizada

20 cm 20 cm

Pilar metálico

Alvenaria

Telagalvanizada

Pilar em aço

Tela galvanizadaArgamassa deregularização

Enchimento

Tela

20 cm 20 cm

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2.1.4. Junta de Movimentação no Revestimento

As juntas de movimentação têm por finalidade subdividir o sistema derevestimento aliviando as tensões provocadas pelas movimentações da base edo próprio sistema de revestimento.

Em se tratando de uma edificação em estrutura metálica, o posicionamentodestas juntas estará preferencialmente associado aos alinhamentos dastransições entre os perfis metálicos e as alvenarias. Nos itens a seguir serãofeitas as principais considerações sobre o seu posicionamento, dimensões epreenchimento.

2.1.4.1. Junta de Movimentação Horizontal

As juntas de movimentação horizontais estão posicionadas no alinhamento datransição viga metálica / alvenaria, a cada pavimento, interna e externamente,conforme detalhe genérico a seguir:

Figura 17. Exemplo do Posicionamento da Junta Horizontal na Viga

Viga metálica

Sistema derevestimento final

Argamassa deregularização

LigaçãoJunta de Movimentação

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2.1.4.2. Junta de Movimentação Vertical

Em função dos vãos entre pilares normalmente adotados nas estruturas emaço as juntas de movimentação vertical, de modo geral, estão posicionadas natransição entre o pilar metálico e a alvenaria.

A definição de juntas de movimentação a cada pilar costuma ser suficiente emfunção do revestimento (espaçamento entre juntas verticais da ordem de 6 m).

Figura 18. Exemplos de Posicionamento da Junta Vertical no Pilar

2.1.4.3. Preenchimento da Junta

O preenchimento das juntas de movimentação deve ser executado comelastômeros capazes de absorver as deformações do sistema de revestimento.

Junta de Movimentação

EnchimentoPilar emaço

Tela galvanizada

Argamassa deregularização Apoio

flexívelMastique

Alvenaria

Junta de Movimentação

Pilar em aço

Tela MastiqueApoioflexível

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De modo geral é utilizado corpo de apoio de polietileno expandido e ummastique (silicone ou poliuretano).

As dimensões das juntas de movimentação deverão ser baseadas nas normasda ABNT.

Figura 19. Exemplo de Preenchimento das Juntas

2.2. Estrutura em Aço Aparente

Nas situações em que a estrutura metálica não será revestida, ficando total ouparcialmente aparente, o sistema de revestimento torna-se mais simples,sendo a parte mais importante o tratamento da ligação sistema de revestimento/ perfis metálicos.

Para execução do sistema de revestimento nesta situação, a limpeza daalvenaria, o chapisco, a utilização de telas de reforço em regiões de tubulaçõese estruturas de concreto (cintas, pilaretes e tirantes), a execução da argamassade regularização e a aplicação do acabamento final devem ser feitos conformeas recomendações feitas para a estrutura metálica revestida.

2.2.1. Tratamento do Perfil em Aço x Revestimento

A definição da forma em que será feito o tratamento das ligações dorevestimento com a estrutura metálica depende da posição relativa do sistemade revestimento em relação aos perfis. As interfaces entre os dois materiaisserão conectadas através de mastiques ou tintas elastoméricas comalongamento ≥ 200%. Diversas situações são apresentadas a seguir:

Revestimentofinal Mastique

Corpo de apoiosob pressão

Argamassa deregularização

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2.2.1.1. Tratamento em Viga de Aço Aparente

Figura 20. Exemplos do Tratamento da Ligação do Revestimento emVigas

Revestimento final

Vigametálica

Alvenaria

Corpo de apoio

Mastique

Pintura elastoméricacom tela

Argamassa deregularização

Pinturaelastomérica

Revestimentofinal

Alvenaria

Viga em aço

Argamassa deregularização

Pinturaelastomérica

Revestimentofinal

Argamassa deregularização

Viga metálica

Mastique

Mastique

Alvenaria

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2.2.1.2. Tratamento em Pilar de Aço Aparente

Figura 21. Exemplos do Tratamento da Ligação do Revestimento emPilares

Alvenaria

Argamassa deregularização

Revestimentofinal Mastique

Fitacrepe

CantoneiraMetálica

Pilar Metálico

Perfil Metálico

Revestimentofinal

Pinturaelastomérica

Cantoneirametálica

Alvenaria

Argamassa deregularização

Alvenaria

PilarMetálicoMastique

Corpo deapoio

CantoneiraMetálica

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2.2.2. Tratamento em Revestimento de Gesso

Quando utilizado o revestimento em gesso, este pode ser aplicado sobresuperfícies de blocos cerâmicos, cimento, lajes e vigas de concreto, sobremassa única e sobre blocos de isopor (EPS).

Vale ressaltar quanto ao uso de gesso junto a estruturas de aço ou esquadriasmetálicas, que evite-se o contato entre o revestimento e o aço nas áreas deinterseção.

Nunca deve ser utilizado gesso como revestimento da estrutura em açopropriamente dita.

O gesso utilizado deve atender as exigências especificadas na NBR 13207 –gesso p/ construção civil .

Segue abaixo detalhes genéricos sobre o revestimento da alvenaria em gesso.

Obs: Em toda a região exposta do metal será aplicado pintura elastomérica.

Figura 23. Alvenarias Revestidas em Gesso com Proteção por PinturaElastomérica

Revestimento emgesso

Alvenaria fora da aba:argamassa deassentamento + barrade amarração

Argamassa deassentamento Pilar metálico

Alvenaria dentro daaba do perfil:

Pintura elastomérica +tela de poliéster, aderida

a estrutura metálica

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Figura 24. Alvenarias Revestidas em Gesso com Proteção por MassaCorrida

Pilarmetálico

Revestimentoem gesso

Alvenaria fora daaba do perfil

Alvenaria dentroda aba do perfil:

Argamassa deassentamento

Massa corridapara isolamento

da estrutura

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3. RESUMO

3.1. Resumo do Estudo das Ligações Alvenaria x Estrutura Metálica

ITEM TIPO DE LIGAÇÃOSemi-rígido Deformável

ESTRUTURADE APOIO

Para vãos até 6,5 mentre apoios.

Para vãos superiores a 6,5m e alvenarias sobre lajesdeformáveis.

LIGAÇÃOLATERAL

PILAR/ALVENARIA

Tela eletrosoldada acada 60 cm

Ferro cabelo a cada 60cm

Cantoneiras fixadas compistola de pressão e pinosde aço ou soldadas.

Pilar em perfis de chapadobrada.

L ≤ 6,5m L > 6,5 m

Perfil

Alvenaria

Tela

Cantoneira

Argamassa deassentamento

Pilarmetálico

Alvenaria

Ferrocabelo

Microconcreto

Ferro cabelo

Perfil metálico

Pilar

Placa de EPS

Alvenaria

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ITEM TIPO DE LIGAÇÃOSemi-rígido Deformável

LIGAÇÃOSUPERIOR

VIGA/ALVENARIA

Argamassa de cimentoe água com aditivoexpansor (não retrátil ).

Espuma de poliuretanoexpandido ou placa deEPS.

3.2. Cuidados nas ligações Revestimento / Estrutura Metálica

ITEM DETALHE

Tratamento com pinturaelastomérica

(Pilar não revestido)

Tratamento commastique

(Pilar não revestido)

Tratamento comargamassa colante

aditivada com polímero(Pilar revestido )

Revestimentofinal

Pinturaelastomérica

Argamassa deregularização

Pilar

Mastique

Perfil

Argamassa colanteaditivada compolímero modificado

Enchimento

Viga

Argamassac/ expansor

Viga

Espuma depoliuretano

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4. Bibliografia

1) LASKA, Walter. Mansonry and Steel – Detailing handbook. The AberdeenGroup USA. 1993.

2) THOMAZ, Ercio. Trincas em Edifícios – Causas, prevenção e recuperação.IPT/EPUSP/PINI. 2000.

3) NASCIMENTO, Otávio Luiz do; CUNHA, Fabiana Oliveira; PISCITELLI,Alexandra Ancelmo. Manual de Alvenaria para Estrutura Metálica.Consultare Engenharia. 2002

4) COELHO, Roberto de Araujo. Apostila do Curso “SistemasComplementares para Edifícios em Estruturas Metálicas”. Fupam/FAU-USP.2001.

5) MATTOS DIAS, Luis Andrade de. Estruturas de Aço – Conceitos, técnicas elinguagem. Editora Zigurate. 2000.

6) ABCI. Manual Técnico de Alvenaria. ABCI/PROJETO. São Paulo. 1990.

7) ACI – American Concrete Institute. Allocuable Deflections:manual ofConcrete.1979.

8) CSTC - Centre Scientifique Et Techinique de la Construction. Fissuration deMaçonneires. Note D’information Techinique 65. Bruxelas. 1980.

9) SIQUEIRA FILHO, F.S.; DIAS, E. M.. Racionalização da Construção:Produção de fachadas e Impermeabilização. CREA/DF. Distrito Federal.1999.

10) ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,Departamento de Engenharia de Construção Civil. O Emprego de TelasMetálicas Eletrosoldadas como Componente de Ligação entre Alvenaria eEstrutura. São Paulo. 1999.