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EXPEDIENTE EDITORIAL M ês de setembro, Mês da Bíblia. Mês de outubro, Mês Missionário. A Palavra de Deus está na Bíblia, mas não só nela. Deus nos fala também através de Sua Igreja (“Quem vos ouve, a Mim ouve” – Lc 10,16), como também nos fatos, na vida. Deus, hoje, como no início da Igreja, manda-nos evangelizar. A vontade de Jesus é que sejamos um, “para que o mundo creia”. Cristo veio ao mundo para trazer a salvação e nós somos os continuadores de Cristo ao longo da his- tória, recebendo também a missão de le- var a Boa Nova a todos os confins da terra, para que o mundo creia. “A Igreja existe para evangelizar” (Paulo VI – EN 14). Antes de subir ao céu, Jesus deu uma ordem aos seus discípulos, à Sua Igre- ja: “Ide, pregai o Evangelho...” (Mc 16,15). Enviou o Seu Espírito para que sejamos tes- temunhas. “Como o Pai me enviou, assim também Eu vos envio...” (Jo 20,21). Pregar o Evangelho, evangelizar, não é facultativo para a Igreja, não apenas um direito, mas um dever de todos os batizados. “Não é lícito a ninguém ficar inativo” (cf. CL 3). A missão, em seus elementos básicos, já está dada, não necessitamos inventar coisas no- vas. Para sabermos qual é a missão, deve- mos perguntar ao Senhor, não às pessoas sobre o que gostariam de receber. O povo tem direito a receber da Igreja a palavra in- tegral do Evangelho, pois não cabem expe- riências duvidosas... O evangelizador é enviado para, obede- cendo ao Senhor, servir ao Povo. É Jesus que nos envia, através da autoridade dada à Sua Igreja, para evangelizar, dentro de uma pastoral de conjunto, sistemática, bus- cando a formação integral do fiel. A Palavra e a Missão Pe. Luis Mello PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU Rua Mosela 1445, Mosela - Petrópolis - RJ contato: [email protected] PASCOM Pastoral da Comunicação Direção - Pe. Luis Mello Impressão Editora Gráfica Jornal da Cidade Comercial Renato Wendling ALIMENTAR-SE DA PALAVRA, SERVINDO-A Disse-nos o Papa João Paulo II (NMI): “Alimentar-nos da Palavra para sermos ‘ser- vos da Palavra’ no trabalho da evangeliza- ção: tal é, sem dúvida, uma prioridade da Igreja no início do novo milênio... Ao longo destes anos, muitas vezes repeti o apelo à nova evangelização; e faço-o agora mais uma vez para inculcar, sobretudo, que é preciso reacender em nós o zelo das ori- gens, deixando-nos invadir pelo ardor da pregação apostólica que se seguiu a Pen- tecostes. Devemos reviver em nós o sen- timento ardente de Paulo que o levava a exclamar: ‘Ai de mim se não evangelizar’ (1Cor 9,16). Esta paixão não deixará de suscitar na Igreja uma nova missionaridade, que não poderá ser delegada a um grupo de ‘espe- cialistas’, mas deverá estender-se a todos os membros do povo de Deus. Quem ver- dadeiramente encontrou Cristo não pode retê-lo para si; deve anunciá-lo. É preciso um novo ímpeto apostólico, vivido como compromisso diário das comunidades e grupos cristãos. Isto acontecerá, porém, no devido respeito ao caminho próprio de cada pessoa e na atenção às diferentes culturas em que deve ser semeada a men- sagem cristã, para que os valores especí- ficos de cada povo não sejam renegados, mas purificados e levados à sua plenitude” (NMI 40). A missão de falar de Deus deve ser acom- panhada por uma vida de oração constan- te, com escuta e diálogo com Deus. Falar de Deus e falar com Deus devem ser ações conjuntas. Falar, dar testemunho, dar a vida. Não será eficaz a missão se não “eu- caristizarmos” (“Isto é meu corpo dado... meu sangue derramado...”) a nossa vida, se não estivermos dispostos a “perder” tam- bém a nossa vida, se não amarmos como Ele nos amou. A luz de Cristo deve resplan- decer em nossa vida de entrega, doação, amor, serviço. Recebemos a Vida e a tes- temunhamos em nossa vida ofertada. Não ter medo de viver assim, pois quem assim o faz, “não perde nada... ganha Tudo” (Ben- to XVI). Valorizar a Palavra de Deus em setembro, colocando, por exemplo, a Bí- blia em destaque na sala, lendo-a mais constantemente. E testemunhar as trans- formações que Ela, a Palavra, vai operan- do em nossas vidas. Eis um belo programa, não só para os próximos 2 meses (Bíblia e Missão) mas para toda a vida! Projeto gráfico e diagramação Daniel Sant’Anna Equipe da Pascom Natalia, Alan, Patricia, Daniel, Leonardo Sant’Anna, Rosângela, Juliana, Rosário, Leon- ardo Laia, Michele, Adriana, Elisete, Josemar e Monique. Colaboradores Denise Marques, Elaine Pereira, Irmã Simone., Marcio e Cláudia Editora de texto Natalia Zimbrão Palavra do Papa Bento XVI Papa aos jovens: como alcançar a vida em plenitude? Em Cristo, “nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz” N a Praça de Cibeles, em Madri, no discur- so que dirigiu na Festa de Acolhida dos Jovens na Jornada Mundial da Juventude, no fim de tarde de quinta-feira, 18/08, disse o Papa: “Há palavras que servem apenas para en- treter, e passam como o vento; outras instruem, sob alguns aspectos, a mente”. “As palavras de Jesus – prosseguiu Bento XVI –, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam es- téreis e tornam-se efêmeras; não nos aproximam d’Ele. E, deste modo, Cristo continua distante, como uma voz entre muitas outras que nos ro- deiam e às quais estamos habituados”. O Papa explicou que Jesus não ensina algo que aprendeu de outros, mas o que Ele mesmo é, o único que conhece verdadeiramente o caminho do homem para Deus. Foi Cristo que abriu o caminho “para poder- mos alcançar a vida autêntica, a vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir”. “Queridos jovens – enfatizou o Papa –, escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós ‘espírito e vida’, raízes que ali- mentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz”. “Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o único Amigo que não engana e com o qual queremos partilhar o caminho da vida”. “Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outras sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lison- jeiras, mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o vazio e a frustração”, disse. “Fazei a vida em plenitude crescer com a graça divina, generosamente e sem mediocridade, propondo-vos seriamente a meta da santidade”. “Perante as nossas fraquezas, que às vezes nos oprimem, contamos também com a mise- ricórdia do Senhor, sempre disposto a dar-nos de novo a mão e que nos oferece o perdão no sacramento da Penitência”, assinalou. Bento XVI disse que se os jovens edificarem sua vida “sobre a rocha firme”, ela “será não só segura e estável, mas contribuirá também para projetar a luz de Cristo sobre os vossos coetâneos e sobre toda a humanidade”. O Papa convidou os jovens a serem “prudentes e sábios” e que edifiquem suas vidas “sobre o alicerce firme que é Cristo”. “Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem- aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros”. “Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobrirão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pessoa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito homem, que dá consistência a todo o universo”, afirmou Bento XVI. (ZENIT.org)

ALIMENTAR-SE DA PALAVRA, Palavra do Papa Bento XVI Sal e Luz... · Mês de outubro, Mês Missionário. A Palavra de Deus está na Bíblia, mas não só nela. Deus nos fala também

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Page 1: ALIMENTAR-SE DA PALAVRA, Palavra do Papa Bento XVI Sal e Luz... · Mês de outubro, Mês Missionário. A Palavra de Deus está na Bíblia, mas não só nela. Deus nos fala também

EXPEDIENTE

EDITORIAL

Mês de setembro, Mês da Bíblia. Mês de outubro, Mês Missionário. A Palavra de Deus está na Bíblia,

mas não só nela. Deus nos fala também através de Sua Igreja (“Quem vos ouve, a Mim ouve” – Lc 10,16), como também nos fatos, na vida. Deus, hoje, como no início da Igreja, manda-nos evangelizar.

A vontade de Jesus é que sejamos um, “para que o mundo creia”. Cristo veio ao mundo para trazer a salvação e nós somos os continuadores de Cristo ao longo da his-tória, recebendo também a missão de le-var a Boa Nova a todos os confins da terra, para que o mundo creia.

“A Igreja existe para evangelizar” (Paulo VI – EN 14). Antes de subir ao céu, Jesus deu uma ordem aos seus discípulos, à Sua Igre-ja: “Ide, pregai o Evangelho...” (Mc 16,15). Enviou o Seu Espírito para que sejamos tes-temunhas. “Como o Pai me enviou, assim também Eu vos envio...” (Jo 20,21). Pregar o Evangelho, evangelizar, não é facultativo para a Igreja, não apenas um direito, mas um dever de todos os batizados. “Não é lícito a ninguém ficar inativo” (cf. CL 3). A missão, em seus elementos básicos, já está dada, não necessitamos inventar coisas no-vas. Para sabermos qual é a missão, deve-mos perguntar ao Senhor, não às pessoas sobre o que gostariam de receber. O povo tem direito a receber da Igreja a palavra in-tegral do Evangelho, pois não cabem expe-riências duvidosas...

O evangelizador é enviado para, obede-cendo ao Senhor, servir ao Povo. É Jesus que nos envia, através da autoridade dada à Sua Igreja, para evangelizar, dentro de uma pastoral de conjunto, sistemática, bus-cando a formação integral do fiel.

A Palavra e a Missão

Pe. Luis Mello

PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEURua Mosela 1445, Mosela - Petrópolis - RJcontato: [email protected]

PASCOMPastoral da ComunicaçãoDireção - Pe. Luis Mello

ImpressãoEditora Gráfica Jornal da Cidade

ComercialRenato Wendling

ALIMENTAR-SE DA PALAVRA, SERVINDO-A

Disse-nos o Papa João Paulo II (NMI): “Alimentar-nos da Palavra para sermos ‘ser-vos da Palavra’ no trabalho da evangeliza-ção: tal é, sem dúvida, uma prioridade da Igreja no início do novo milênio... Ao longo destes anos, muitas vezes repeti o apelo à nova evangelização; e faço-o agora mais uma vez para inculcar, sobretudo, que é preciso reacender em nós o zelo das ori-gens, deixando-nos invadir pelo ardor da pregação apostólica que se seguiu a Pen-tecostes. Devemos reviver em nós o sen-timento ardente de Paulo que o levava a exclamar: ‘Ai de mim se não evangelizar’ (1Cor 9,16).

Esta paixão não deixará de suscitar na Igreja uma nova missionaridade, que não poderá ser delegada a um grupo de ‘espe-cialistas’, mas deverá estender-se a todos os membros do povo de Deus. Quem ver-dadeiramente encontrou Cristo não pode retê-lo para si; deve anunciá-lo. É preciso um novo ímpeto apostólico, vivido como compromisso diário das comunidades e grupos cristãos. Isto acontecerá, porém, no devido respeito ao caminho próprio de cada pessoa e na atenção às diferentes culturas em que deve ser semeada a men-sagem cristã, para que os valores especí-ficos de cada povo não sejam renegados, mas purificados e levados à sua plenitude” (NMI 40).

A missão de falar de Deus deve ser acom-panhada por uma vida de oração constan-te, com escuta e diálogo com Deus. Falar de Deus e falar com Deus devem ser ações conjuntas. Falar, dar testemunho, dar a vida. Não será eficaz a missão se não “eu-caristizarmos” (“Isto é meu corpo dado... meu sangue derramado...”) a nossa vida, se não estivermos dispostos a “perder” tam-bém a nossa vida, se não amarmos como Ele nos amou. A luz de Cristo deve resplan-decer em nossa vida de entrega, doação, amor, serviço. Recebemos a Vida e a tes-temunhamos em nossa vida ofertada. Não ter medo de viver assim, pois quem assim o faz, “não perde nada... ganha Tudo” (Ben-to XVI). Valorizar a Palavra de Deus em setembro, colocando, por exemplo, a Bí-blia em destaque na sala, lendo-a mais constantemente. E testemunhar as trans-formações que Ela, a Palavra, vai operan-do em nossas vidas. Eis um belo programa, não só para os próximos 2 meses (Bíblia e Missão) mas para toda a vida!

Projeto gráfico e diagramaçãoDaniel Sant’Anna

Equipe da PascomNatalia, Alan, Patricia, Daniel, Leonardo Sant’Anna, Rosângela, Juliana, Rosário, Leon-ardo Laia, Michele, Adriana, Elisete, Josemar e Monique.

ColaboradoresDenise Marques, Elaine Pereira, Irmã Simone., Marcio e Cláudia

Editora de textoNatalia Zimbrão

Palavra do Papa Bento XVIPapa aos jovens: como alcançar a vida em plenitude?

Em Cristo, “nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz”

Na Praça de Cibeles, em Madri, no discur-so que dirigiu na Festa de Acolhida dos Jovens na Jornada Mundial da Juventude,

no fim de tarde de quinta-feira, 18/08, disse o Papa: “Há palavras que servem apenas para en-treter, e passam como o vento; outras instruem, sob alguns aspectos, a mente”.

“As palavras de Jesus – prosseguiu Bento XVI –, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam es-téreis e tornam-se efêmeras; não nos aproximam d’Ele. E, deste modo, Cristo continua distante, como uma voz entre muitas outras que nos ro-deiam e às quais estamos habituados”.

O Papa explicou que Jesus não ensina algo que aprendeu de outros, mas o que Ele mesmo é, o único que conhece verdadeiramente o caminho do homem para Deus.

Foi Cristo que abriu o caminho “para poder-mos alcançar a vida autêntica, a vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir”.

“Queridos jovens – enfatizou o Papa –, escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós ‘espírito e vida’, raízes que ali-mentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz”.

“Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o único Amigo que não engana e com o qual queremos partilhar o caminho da vida”.

“Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outras sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lison-jeiras, mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o vazio e a frustração”, disse.

“Fazei a vida em plenitude crescer com a graça divina, generosamente e sem mediocridade, propondo-vos seriamente a meta da santidade”.

“Perante as nossas fraquezas, que às vezes nos oprimem, contamos também com a mise-ricórdia do Senhor, sempre disposto a dar-nos de novo a mão e que nos oferece o perdão no sacramento da Penitência”, assinalou.

Bento XVI disse que se os jovens edificarem sua vida “sobre a rocha firme”, ela “será não só segura e estável, mas contribuirá também para projetar a luz de

Cristo sobre os vossos coetâneos e sobre toda a humanidade”.O Papa convidou os jovens a serem “prudentes e sábios” e que

edifiquem suas vidas “sobre o alicerce firme que é Cristo”.“Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos

fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros”.

“Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobrirão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pessoa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito homem, que dá consistência a todo o universo”, afirmou Bento XVI.

(ZENIT.org)