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Administração Mercadológica Aula 14 - Lidando com os concorrentes 137 Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno Aula Nº 14 – Lidando com os concorrentes Objetivos da aula: • Discutir os conceitos de concorrência (setorial e de mercado); • Descrever critérios e processos para a análise dos concorrentes; • Analisar a elaboração de estratégias competitivas. Habilidades e atitudes: • Identificação e análise dos concorrentes; • Identificação e análise da posição competitiva da empresa; • Elaboração de estratégias competitivas, considerando a empresa e o mercado. Questão central: • Quem são nossos concorrentes? Introdução “Se você conhece a si mesmo e a seu oponente, não precisa temer pelo resultado de cem combates.” (Sun Tse) Nos negócios, não podemos esquecer que um segmento que nos parece atrativo deverá sê-lo para outras empresas, que serão nossos possíveis concorrentes. A frase do lendário general chinês lembra a importância de conhecermos os nossos oponentes. A propósito, em outros trechos, Sun Tse discorre sobre a importância de conhecermos o terreno, que, no nosso caso, representa o mercado comprador - nossa preocupação nas últimas aulas.

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    Anotaes do Aluno

    Aula N 14 Lidando com os concorrentes

    Objetivos da aula:

    Discutir os conceitos de concorrncia (setorial e de mercado);

    Descrever critrios e processos para a anlise dos concorrentes;

    Analisar a elaborao de estratgias competitivas.

    Habilidades e atitudes:

    Identificao e anlise dos concorrentes;

    Identificao e anlise da posio competitiva da empresa;

    Elaborao de estratgias competitivas, considerando a empresa e o

    mercado.

    Questo central:

    Quem so nossos concorrentes?

    Introduo

    Se voc conhece a si mesmo e a seu oponente, no precisa temer pelo

    resultado de cem combates.

    (Sun Tse)

    Nos negcios, no podemos esquecer que um segmento que nos parece

    atrativo dever s-lo para outras empresas, que sero nossos possveis

    concorrentes. A frase do lendrio general chins lembra a importncia de

    conhecermos os nossos oponentes. A propsito, em outros trechos, Sun Tse

    discorre sobre a importncia de conhecermos o terreno, que, no nosso caso,

    representa o mercado comprador - nossa preocupao nas ltimas aulas.

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    Abordamos, em nossos ltimos encontros, a questo da escolha dos

    segmentos de atuao do ponto de vista da seleo dos clientes mais

    atrativos para a empresa. Nesta aula, vamos nos preocupar com outro

    assunto: a concorrncia.

    Quem gosta de futebol j ouviu esta histria. O tcnico da seleo brasileira

    de 1962 fazia uma preleo para os jogadores antes do jogo contra a Rssia.

    Explicava, em detalhes, como os jogadores brasileiros deviam se posicionar

    em campo e quais jogadas que deveriam ser realizadas para garantir a

    vitria. Ao final da palestra, o inesquecvel Garrincha, to conhecido pela

    sua genialidade dentro de campo quanto pelo seu candor fora dele, fez

    a fatdica pergunta: Professor, o senhor j combinou tudo isso com os

    russos?

    O concorrente no um inimigo, um elemento do mercado. Uma empresa

    no deve tentar destruir seu concorrente (que reagir da mesma forma...),

    mas descobrir formas de vencer a batalha pela preferncia dos clientes,

    usando a inteligncia. Uma anlise dos mercados mais lucrativos, como

    os mercados de tecnologia, indica que o jogo competitivo bem jogado

    oferece a possibilidade de ganhos para todos os participantes, inclusive

    para os clientes.

    1. Conceito setorial de concorrncia

    Um conceito poderoso para entendermos as ameaas e oportunidades

    competitivas o modelo de Porter da estrutura de competitividade do ramo.

    A intensidade da competio entre empresas no ramo determinada pelo

    impacto potencial de novos entrantes, fornecedores, produtos substitutos

    e clientes.

    A concorrncia entre empresas baseada no nmero e no equilbrio entre

    empresas, no crescimento do ramo, nos custos fixos, nos efeitos da escala

    de produo, na experincia e na dimenso das barreiras de sada (por

    exemplo, instalaes de produo especializadas, que dificilmente poderiam

    ser modificadas ou vendidas, acordos de trabalho, integrao com outros

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    negcios, compromisso dos administradores, restries governamentais

    etc).

    Um ramo composto por poucas empresas com altas barreiras de sada e

    crescimento lento caracterizado por uma grande rivalidade, margens

    reduzidas e baixos lucros. Sucesso rpido, rpido crescimento da indstria

    e poucos competidores freqentemente representam alto potencial de

    lucros.

    No entanto, novos entrantes so atrados para um ramo com altos lucros,

    boas perspectivas de crescimento e um ambiente competitivo calmo, se

    o investimento para entrar (barreira de entrada) for vivel e tiver boas

    perspectivas de ser recompensado por lucros e vendas futuras. As barreiras

    de entrada podem ser constitudas por patentes, altos investimentos,

    economias de escala, lealdade dos clientes ou os custos para acess-los etc.

    importante entender essas barreiras para obter viso clara da ameaa de

    novos entrantes.

    Produtos substitutos vindos de fora do ramo podem influenciar,

    significativamente, a estrutura competitiva. Por exemplo, as tecnologias

    de fotografia digital alteraram, completamente, a estrutura do mercado de

    filmes e mquinas fotogrficas. Algumas empresas mudaram o seu foco de

    atuao (por exemplo, a Kodak enfocou as aplicaes tcnicas especializadas,

    como fotografia area); outras se adaptaram ao novo ambiente. Outras,

    ainda, como a Polaroid, simplesmente desapareceram.

    Um aspecto importante da anlise setorial a avaliao da quantidade de

    empresas vendedoras que atuam no setor:

    MONOPLIO PURO:

    Somente uma empresa oferece certo produto ou servio em determinado

    pas ou regio: Ex: empresas de energia eltrica ou gs.

    OLIGOPLIO:

    Uma pequena quantidade de empresas, geralmente muito grandes,

    fabricam determinados produtos. Ex: ao, medicamentos, processadores

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    eletrnicos.

    CONCORRNCIA MONOPOLISTA:

    Mercado com muitos concorrentes que buscam focar os segmentos em

    que podem atender as exigncias dos clientes de modo superior. Ex:

    restaurantes, hotis, vincolas.

    CONCORRNCIA PURA

    No existem possibilidades de diferenciao, por isso os preos so

    praticamente uniformes. O melhor exemplo o mercado de commodities.

    Nesse caso, nenhum concorrente investe em propaganda. Nesse tipo de

    mercado, nos casos em que a propaganda pode ser percebida como

    criadora de um diferencial psicolgico (Ex: cigarros, cerveja), a concorrncia

    assume aspectos de concorrncia monopolista.

    2. Conceito de mercado de concorrncia

    Do ponto de vista j no do setor, mas do mercado, concorrentes so

    empresas que atendem ao mesmo tipo de necessidade dos clientes. Desta

    forma, a viso dos possveis concorrentes pode vir a ser muito ampliada.

    Por exemplo, uma empresa fabricante de automveis atenderia,

    fundamentalmente, necessidade de locomoo. Seus concorrentes diretos

    seriam outros fabricantes de automveis com produtos voltados para os

    mesmos segmentos de clientes (Fiat e Volkswagen, por exemplo, concorrem

    entre si no mercado de autos populares, mas no com a Mercedes, que

    no atua nesse segmento). Ambas poderiam considerar que fabricantes

    de outros tipos de veculos automotores (como motocicletas) so seus

    concorrentes indiretos. Outros meios de locomoo, como transportes

    coletivos de qualidade, poderiam ser vistos como possveis substitutos e

    tratados como concorrentes potenciais.

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    3. Anlise dos Concorrentes

    Uma vez identificados os seus concorrentes, a empresa deve proceder a

    uma anlise, buscando identificar objetivos, estratgias, foras, fraquezas e

    padres de reao deles.

    OBJETIVOS

    Uma vez reconhecidos os principais concorrentes, a empresa deve buscar

    identificar os objetivos dela e a forma de alcan-los.

    O que os concorrentes esto buscando no mercado:

    O concorrente d mais importncia aos lucros de curto prazo ou ao

    crescimento de participao?

    O tamanho da organizao e sua situao financeira:

    O concorrente uma empresa isolada ou faz parte de um grupo? Neste

    caso, qual a orientao da matriz?

    Planos de expanso:

    Quais os planos e a estratgia de crescimento de cada um dos principais

    concorrentes?

    FORAS E FRAQUEZAS DOS CONCORRENTES

    Para avaliar a capacidade dos concorrentes de realizarem seus objetivos,

    til analis-los a partir do modelo proposto pela consultoria Little (citado

    em KOTLER, 2000) a qual identifica seis possveis posies competitivas:

    Dominante: domina os concorrentes e possui vrios tipos de estratgias.

    Forte: tem fora para reverter um ataque da concorrncia.

    Favorvel: tem fora e oportunidades reais para melhorar sua posio.

    Sustentvel: desempenha apenas o suficiente para garantir sua

    permanncia no mercado.

    Fraca: a empresa deve optar por tentar melhorar ou sair do mercado.

    Invivel: tem um desempenho insatisfatrio e sem chances de melhorar.

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    PADRES DE REAO DOS CONCORRENTES

    Cada um dos concorrentes tem uma filosofia prpria de realizao de

    negcios e podem ser classificados conforme descrito abaixo:

    Concorrente cauteloso ou omisso

    No reage com rapidez aos movimentos dos rivais por vrias razes: acredita

    na fidelidade do cliente; no tem inteno de investir; no reage por falta

    de recursos.

    Concorrente seletivo

    um concorrente que reage somente a determinados tipos de ataque.

    Quando sabemos o que provoca a reao de um concorrente, podemos ter

    pistas sobre as possveis conseqncias dos prximos ataques.

    Concorrente arrojado

    aquele que reage, rapidamente, a qualquer ataque.

    Concorrente imprevisvel

    o que no exibe um padro de reao previsvel. Freqentemente,

    pequenas empresas tomam atitudes imprevisveis, devido a decises de

    carter pessoal dos seus proprietrios-gestores.

    CATEGORIAS DE CONCORRENTES

    Aps a empresa ter conduzido sua anlise de valor para o cliente, ela pode

    concentrar seu ataque em um dos seguintes grupos de concorrentes

    (KOTLER, 2000):

    Fortes versus fracos: a maioria das empresas direciona seus ataques aos

    concorrentes fracos, pois isso exige menos recursos por participao

    de mercado conquistada. No entanto, ao atacar os concorrentes fracos,

    a empresa conquista pouco em termos de aprimoramento de suas

    capacidades.

    Prximos versus distantes: a maioria das empresas compete com os

    concorrentes que mais se parecem com elas. A Chevrolet concorre com a

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    Ford, no com a Jaguar.

    Bons versus maus: todo setor contm concorrentes bons e maus. Uma

    empresa deve auxiliar seus concorrentes bons e atacar seus concorrentes

    maus. Os concorrentes bons atuam segundo as regras do setor: fazem

    suposies realistas sobre o potencial de crescimento do setor; estabelecem

    preos que tm uma relao razovel com os custos; favorecem um setor

    saudvel. Os concorrentes maus tentam comprar participao, em vez

    de conquist-la; arriscam-se muito; investem em capacidade excessiva e

    tumultuam o equilbrio do setor.

    4. Papis no Mercado e Estratgias Competitivas

    Podemos fazer mais descobertas quando classificamos as empresas pelo

    papel que elas desempenham no mercado-alvo:

    Lder: detm a maior participao no mercado;

    Desafiante: detm a segunda maior participao e deseja ampli-la;

    Seguidora: detm participao modesta e pretende mant-la;

    Ocupante de nicho de mercado: atende a segmentos especficos,

    geralmente desprezados pelos concorrentes de maior porte.

    ESTRATGIAS DE LDER DE MERCADO

    Muitos setores possuem uma empresa reconhecida como lder de mercado.

    Essa empresa tem a maior participao de mercado para determinado

    produto. Exceto para os casos de monoplio legal de mercado, o lder deve

    se manter constantemente alerta para contingncias que podem desgastar

    sua liderana.

    Manter a posio de liderana requer uma combinao de trs possveis

    aes. Primeiramente, a empresa deve encontrar maneiras de expandir

    a demanda de mercado total. Em segundo lugar, a empresa deve buscar

    defender sua participao de mercado. E em terceiro lugar, pode tentar

    aumentar ainda mais sua participao de mercado.

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    Expanso do mercado total:

    Normalmente, a lder que lucra mais, quando h expanso do

    mercado total;

    Em geral, a lder de mercado deve buscar novos usurios, novos usos

    e maior utilizao de seus produtos.

    Defesa da participao de mercado:

    Ao mesmo tempo em que a lder tenta expandir as dimenses de

    seu mercado total, deve defender seus negcios dos ataques dos

    rivais;

    At mesmo quando a lder de mercado no est buscando expanso,

    deve evitar deixar pontos fracos que possam ser explorados pelos

    concorrentes;

    O lder de mercado deve considerar, cuidadosamente, os territrios

    que merecem ser defendidos, at mesmo com prejuzo, e os que

    podem ser deixados de lado.

    O objetivo da estratgia defensiva reduzir a probabilidade de ataque,

    desviar os ataques para reas menos ameaadas e diminuir sua intensidade.

    Qualquer ataque pode comprometer os lucros. Porm, a rapidez na reao

    pode ter enorme importncia nos resultados dos lucros.

    Expanso da participao de mercado

    As lderes de mercado podem melhorar sua lucratividade com aumento de

    sua participao de mercado. A empresa deve considerar trs fatores antes

    de tentar aumentar sua participao de mercado:

    O primeiro fator a possibilidade de provocar uma iniciativa antitruste.

    Esse aumento no risco reduziria a atratividade de tentar aumentar

    demais a participao de mercado.

    O segundo fator o custo econmico. A lucratividade pode cair

    com os ganhos adicionais de participao de mercado depois de

    determinado nvel.

    O terceiro fator que as empresas podem seguir uma estratgia de

    mix de marketing equivocada, em seu esforo por uma participao

    de mercado mais expressiva e, assim, no conseguir aumentar os

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    lucros.

    ESTRATGIAS DE DESAFIANTE E SEGUIDORA DE MERCADO

    As empresas que ocupam o segundo ou o terceiro escalo em um

    setor geralmente so bastante grandes e podem adotar duas atitudes

    competitivas. Elas podem atacar a lder e outros concorrentes com ofertas

    agressivas por mais participao de mercado, sendo consideradas empresas

    desafiantes de mercado. Ou podem entrar no jogo e tentar no prejudicar

    ningum, evitando reaes dos concorrentes; empresas que adotam essa

    atitude so seguidoras de mercado.

    Uma desafiante de mercado deve, em primeiro lugar, definir seu objetivo

    estratgico. A maioria visa aumentar sua participao de mercado.

    A desafiante deve decidir a quem atacar:

    - atacar a lder de mercado estratgia de alto risco que pode trazer

    recompensas elevadas;

    - atacar empresas de porte semelhante ao seu que no estejam

    trabalhando bem ou que estejam com poucos recursos;

    - atacar pequenas empresas locais e regionais.

    As seguidoras de mercado geralmente procuraro imitar a lder e se

    contentar com as parcelas de mercado que a lder no tenha interesse em

    atender. Essa uma estratgia de baixo risco que pode trazer resultados

    bastante razoveis, se a seguidora desenvolver as competncias e obtiver

    clientes certos.

    A seguir, detalharemos as possveis estratgias de defesa e ataque.

    5. Estratgias de defesa

    Vamos detalhar as possveis estratgias de defesa:

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    Anotaes do Aluno

    - Defesa de posio: como j vimos, a lder deve proteger sua posio

    atual;

    - Defesa de flanco: a lder de mercado deve, tambm, erguer postos

    para proteger uma frente vulnervel;

    - Defesa antecipada: uma manobra mais agressiva atacar antes de o

    inimigo comear a ofensiva.

    - Defesa contra-ofensiva: a maioria das empresas lderes de mercado,

    quando atacadas, reage com contra-ataque. Um contra-ataque

    eficaz invadir o principal territrio do atacante, de maneira que

    ele tenha que alocar recursos para se defender.

    - Defesa mvel: na defesa mvel, a lder amplia seu domnio para outros

    territrios que possam servir como futuros centros de defesa e

    ataque. Ela se espalha por meio da ampliao e da diversificao

    do mercado.

    - Defesa por retrao. As grandes empresas s vezes reconhecem que

    no podem mais defender todo seu territrio. O melhor a fazer,

    nesse caso, a retrao planejada (tambm chamada retirada

    estratgica). A retrao planejada significa desistir de territrios

    vulnerveis e realocar recursos em territrios mais fortes.

    6. Estratgias de ataque

    Tendo em vista objetivos e opositores bem definidos, podemos distinguir

    cinco estratgias de ataque:

    Ataque frontal: em um ataque puramente frontal, o atacante se iguala a

    seu oponente no que se refere a produto, propaganda, preo e distribuio.

    O princpio da fora diz que o lado com maior efetivo (recursos) vencer.

    Um ataque frontal modificado, como o corte de preo em relao ao preo

    do oponente, pode funcionar, se a lder de mercado no reagir e se o

    concorrente convencer o mercado de que seu produto igual ao da lder.

    Ataque de flanco: uma estratgia de flanco atender s necessidades

    no atendidas pelo mercado. Ao preencher essas lacunas, a empresa

    desafiante pode transform-las em segmentos fortes. A estratgia de flanco

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    consoante com a melhor tradio do marketing moderno, que afirma ser

    o objetivo do marketing a descoberta e o atendimento de necessidades.

    Ataques pelo flanco so bastante razoveis e particularmente atraentes para

    um desafiante com menos recursos do que seu oponente. Os ataques pelo

    flanco so bem mais propensos ao sucesso do que os ataques frontais.

    A manobra de cerco um esforo para lanar mo sobre uma poro

    generosa do territrio inimigo por meio de uma blitz. Ela implica o

    lanamento de uma grande ofensiva em diversas frentes.

    A guerrilha consiste em travar ataques pequenos e intermitentes para

    constranger e desmoralizar o oponente para, ento, assegurar pontos

    de apoio permanentes. So usados meios de ataque diversos, tais como

    cortes de preo seletivos, intensas promoes-relmpago e aes judiciais

    ocasionais.

    A estratgia mais indireta o bypass, em que a empresa desvia dos

    concorrentes e ataca mercados mais fceis, para ampliar sua base de

    recursos.

    6. Estratgias de ataque

    Tendo em vista objetivos e opositores bem definidos, podemos distinguir

    cinco estratgias de ataque:

    Ataque frontal: em um ataque puramente frontal, o atacante se iguala

    a seu oponente no que se refere a produto, propaganda, preo e

    distribuio. O princpio da fora diz que o lado com maior efetivo

    (recursos) vencer. Um ataque frontal modificado, como o corte de

    preo em relao ao preo do oponente, pode funcionar, se a lder

    de mercado no reagir e se o concorrente convencer o mercado de

    que seu produto igual ao da lder .

    Ataque de flanco: uma estratgia de flanco atender s necessidades

    no atendidas pelo mercado. Ao preencher essas lacunas, a empresa

    desafiante pode transform-las em segmentos fortes. A estratgia

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    de flanco consoante com a melhor tradio do marketing

    moderno, que afirma ser o objetivo do marketing a descoberta e

    o atendimento de necessidades. Ataques pelo flanco so bastante

    razoveis e particularmente atraentes para um desafiante com

    menos recursos do que seu oponente. Os ataques pelo flanco so

    bem mais propensos ao sucesso do que os ataques frontais.

    A manobra de cerco um esforo para lanar mo sobre uma poro

    generosa do territrio inimigo por meio de uma blitz. Ela implica o

    lanamento de uma grande ofensiva em diversas frentes.

    A guerrilha consiste em travar ataques pequenos e intermitentes para

    constranger e desmoralizar o oponente para, ento, assegurar

    pontos de apoio permanentes. So usados meios de ataque

    diversos, tais como cortes de preo seletivos, intensas promoes-

    relmpago e aes judiciais ocasionais.

    A estratgia mais indireta o bypass, em que a empresa desvia dos

    concorrentes e ataca mercados mais fceis, para ampliar sua base

    de recursos.

    7. Estratgias de imitao e de especializao

    As empresas seguidoras geralmente adotam a estratgia de imitar o lder. A

    forma mais bvia e condenvel a simples falsificao. O falsificador produz

    uma cpia do produto da lder, embala a cpia e a comercializa no mercado

    negro ou entre comerciantes de m reputao. Alm do risco de aes legais,

    a falsificao destri o prprio valor que procura imitar. A falsificao no

    pode ser considerada uma estratgia de negcios sustentvel. H, porm,

    formas legais de imitao:

    - Clonagem: o clonador imita o produto, o nome e a embalagem da lder,

    com variaes quanto a sutilezas. Difere da falsificao apenas quanto ao

    fato de respeitar as exigncias legais no limite mnimo da sua aplicao.

    - Imitao: o imitador copia algumas caractersticas da lder, porm

    mantm a diferenciao em termos de embalagem, propaganda, preo etc.

    Geralmente, o imitador se dirige a mercados de menor poder aquisitivo,

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    Anotaes do Aluno

    desprezados pelo lder, que no se importa com o imitador, desde que ele

    no o ataque agressivamente.

    - Adaptao: o adaptador melhora ou adapta os produtos da lder. Ele pode

    optar por vender para mercados diferentes. A adaptao uma estratgia

    vlida e pode trazer retornos to ou mais interessantes do que as estratgias

    de lderes e desafiantes.

    Uma alternativa para a seguidora em um grande mercado ser lder

    em um mercado menor ou em um nicho. A idia-chave na atividade de

    nicho a especializao, geralmente a partir da adaptao sistemtica e

    inovadora de produtos e servios dos lderes de mercado. A especializao

    de uma ocupante de nicho pode ocorrer em uma ou mais das seguintes

    dimenses:

    Especialista em usurio final: a empresa se especializa em atender a um tipo

    de consumidor final.

    Especialista em porte de cliente: a empresa se concentra em vender para

    clientes de pequeno, mdio ou grande porte.

    Especialista em clientes especficos: a empresa restringe suas vendas a um

    ou a alguns clientes. Muitas empresas comercializam toda a sua produo

    para uma nica empresa.

    Especialista geogrfico: a empresa vende somente em uma certa localidade,

    regio ou rea do mundo.

    Especialista em um produto ou uma linha de produtos: a empresa

    comercializa ou produz somente um produto ou uma linha de produtos.

    Especialista em preo-qualidade: a empresa opera nos extremos de

    qualidade alta ou baixa do mercado.

    Especialista em servio: a empresa oferece um ou mais servios que no

    sejam oferecidos por outras empresas.

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    150Faculdade On-Line UVB

    Anotaes do Aluno

    Os nichos podem enfraquecer, por isso a empresa deve, continuamente,

    buscar novos nichos. Ao fortalecer dois ou mais nichos, ela aumenta suas

    chances de sobrevivncia.

    Sntese da aula

    Esta aula foi dedicada a estudar a questo da concorrncia.

    Em resumo, verificamos que as empresas precisam estudar e conhecer os

    seus concorrentes (atuais e potenciais, diretos e indiretos), tanto quanto

    precisam estudar e conhecer os seus clientes e mercados;

    De acordo com a posio competitiva da empresa (lder, desafiante,

    seguidora, ocupante de nicho) em relao aos concorrentes mais relevantes,

    a estratgia dever ser diferente, buscando, sempre, o equilbrio entre o

    foco no cliente e no concorrente.

    Na prxima aula, a ltima do nosso curso, vamos retomar a discusso do

    Marketing no sculo XXI: a nova economia.

    Referncias

    KOTLER, P. Administrao de Marketing: a edio do novo milnio. So

    Paulo: Prentice Hall, 2000.

    CHURCHILL JR., Gilbert A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os

    clientes. So Paulo: Saraiva, 2002.