Upload
francisco-estevao
View
72
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
12-02-2010
1
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
2
ASSIM COMO SE PODEM ESCREVER TODAS AS PALAVRAS
USANDO SÓMENTE AS POUCAS LETRAS DO ALFABETO
TAMBÉM
OS MILHÕES DE COMPOSTOS QUIMICOS EXISTENTES,
RESULTAM DA COMBINAÇÃO DE APENAS 92 INGREDIENTES
BÁSICOS, CHAMADOS
ELEMENTOS
ÁTOMO
é a menor porção possível dum
elemento
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
12-02-2010
2
A dimensão relativa de um ÁTOMO
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
cada um dos seus
átomos seria
inferior a esta
esfera
Se esta chave
crescer
até circundar
completamente
a TERRA
4
A ESTRUTURA DO ÁTOMO
NO CENTRO HÁ UM NÚCLEO COM CARGA ELÉCTRICA
POSITIVA
(este núcleo é muito pequeno comparado com a
dimensão total do átomo, sendo o seu diâmetro
cerca de 20 000 vezes menor)
EM VOLTA DESTE GIRAM OS ELECTRÕES (COMO OS
PLANETAS EM VOLTA DO SOL), E QUE POSSUEM CARGA
ELÉCTRICA NEGATIVA
(giram a velocidades muito elevadas, alterando
continuamente a sua trajectória, permitindo assim a
formação duma espécie de camada permanente em
torno do núcleo.
Em cada segundo um electrão percorre milhares de
quilómetros dando triliões de voltas ao núcleo)
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
12-02-2010
3
5
NUMERO ATÓMICONUM ÁTOMO NORMAL, AS CARGAS NEGATIVAS DOS ELECTRÕES
ESTÃO EQUILIBRADAS COM AS POSITIVAS DE IGUAL Nº DE PROTÕES
DO NÚCLEO.
O nº de protões do núcleo é o NUMERO ATÒMICO do elemento
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
NUMERO DE MASSAO ELECTRÃO TEM MASSA,..…..MAS QUE COMPARADA COM A DO
PROTÃO É INSIGNIFICANTE
NO NÚCLEO ALEM DOS PROTÕES, EXISTEM AINDA OUTRAS
PARTÍCULAS, SEM CARGA ELÉCTRICA, MAS COM MASSA DE VALOR
IGUAL Á DOS PROTÕES - OS NEUTRÕES
A soma do nº de protões e neutrões é o NUMERO de MASSA
6
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
A INFLUÊNCIA DOS NEUTRÕES NAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE CADA ELEMENTO É
MUITO REDUZIDA, SENDO O NÚMERO DE ELECTRÕES O
PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELAS PROPRIEDADES DE CADA
MATERIAL.
12-02-2010
4
7
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
Alguns dados interessantes:
O raio do Neutrão é a menor medida conhecida
tendo, 0,000 000 000 000 007mm
O peso do electrão é expresso em gramas pelo
numero 91 precedido de 28 zeros depois da
virgula.
O protão pesa 1838 vezes mais que o electrão e
em gramas esse peso equivale ao numero 167,
precedido de 25 zeros depois da virgula.
1 ELÉCTRÃO
1 PROTÃO
Para o HIDROGÈNIO
PROTÔES (+) ELÉCTRÕES(-)
1 (+) EQUILIBRAM (-) 1
1 ELECTRÃO EM ORBITA
Partículas existentes
no NUCLEO :
Protões 1
Neutrões 0
PESO ATÓMICO = 1
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
12-02-2010
5
9
Para o CARBONO
PROTÔES (+) ELÉCTRÕES(-)
6 EQUILIBRAM 6+ +
+ + +
+
- -
- - - -
Partículas existentes
no NUCLEO :
Protões 6
Neutrões 6
PESO ATÓMICO = 12
6 ELECTRÕES EM ORBITA
2 na camada interna
4 na camada externa
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
10
Para o OXIGÉNIO
Partículas existentes
no NUCLEO :
Protões 8
Neutrões 8
PESO ATÓMICO = 16
8 ELECTRÕES EM ORBITA
2 na camada interna
6 na camada externa
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
PROTÔES (+) ELÉCTRÕES(-)
8 EQUILIBRAM 8+ +
+ + + +
+ +
- -
- - - - - -
12-02-2010
6
11
OS CORPOS EM QUE OS ATOMOS ESTÃO AGRUPADOS DE
FORMA DESORDENADA E SEM NENHUM SISTEMA, CHAMAM-
SE CORPOS AMORFOS.
NESTES AS PROPRIEDADES SÃO IGUAIS EM TODAS AS
DIRECÇÕES ( isotropia).
Ex: o vidro, a resina, a cera, etc
CHAMAM-SE CORPOS CRISTALINOS AQUELES EM
QUE OS ATOMOS ESTÃO AGRUPADOS NUMA ORDEM
DEFINIDA.
AS PROPRIEDADES DIFERENTES EM DIRECÇÕES DIVERSAS
( anisótropia).
Ex: todos os metais e ligas quando no estado sólido
ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS
12
ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS
OS METAIS, AO SOLIDIFICAREM, CRISTALIZAM, OU SEJA, O
MOVIMENTO QUE OS SEUS ÁTOMOS POSSUÍAM, PERDE
ENERGIA E ESTABILIZAM EM POSIÇÕES ORDENADAS, QUE SE
REPETEM EM TRÊS DIMENSÕES E QUE FORMAM UMA FIGURA
GEOMÉTRICA REGULAR DENOMINADA “CRISTAL”.
cúbica centrada,
uma cúbica de
faces centradas
uma hexagonal
compacta,
12-02-2010
7
13
ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS
ETAPAS DE FORMAÇÃO DOS CRISTAIS, NA SOLIDIFICAÇÃO
Imagine-se, o metal na fase líquida
no interior de um recipiente, num
meio em que a temperatura ambiente
seja bastante inferior à temperatura
de solidificação do metal.
As primeiras células sólidas que se
formam, solidificam, em pontos com
localizações diferentes no seio do metal líquido,
Vão crescendo, por anexação de outras células vizinhas, dando assim
origem a um contorno irregular, que delimita uma área onde se encontram
milhares dessas pequenas células unitárias.
Um conjunto de células unitárias forma um “cristal”, com contornos
geométricos, bem definidos mas irregulares. Cada um desses
conjuntos designa-se “grão”
14
MATERIAIS METÁLICOS E NÃO METÁLICOS
MATERIAIS METÁLICOSFERROSOS Ex: Aço
NÃO FERROSOS Ex: Cobre
Bons condutores de calor e electricidade eléctrica
MATERIAIS NÃO METÁLICOS
Maus condutores de electricidade e calor (isolantes)
Ex: Borrachas , plásticos, etc
12-02-2010
8
15
PROPRIEDADES FISICAS
SÃO AQUELAS EM QUE PARA AS DETERMINAR NÃO
TENHO DE EMPREGAR QUAISQUER FORÇAS OU
ACÇÕES QUIMICAS
COR
CONDUCTIBILIDADE ELÉCTRICA
CONDUCTIBILIDADE TERMICA
FUSIBILIDADE
DILATABILIDADE
DENSIDADE
Como definir cada uma delas?
16
PROPRIEDADES MECÂNICAS
OS METAIS E LIGAS DEVEM POSSUIR UM CERTO Nº DE
PROPRIEDADES MECÂNICAS QUE LHES PERMITAM
RESISTIR AOS ESFORÇOS A QUE SÃO SUBMETIDOS ,
SEM CORREREM O RISCO DE ROTURA (partir).
AS PROPRIEDADES MECÂNICAS SÃO AQUELAS QUE PARA AS
DETERMINAR NECESSITO DE UTILIZAR FORÇAS EXTERIORES
SENDO NORMALMENTE DETERMINADAS POR MEIO DE ENSAIOS
MECÂNICOS, QUER ESTES SEJAM DESTRUTIVOS. QUER SEJAM
NÃO DESTRUTIVOS.
São elas:
12-02-2010
9
17
Dureza
Maleabilidade
Ductilidade
Elasticidade
Plasticidade
Fragilidade ou Resiliência
Tenacidade
Resistência á fadiga
PROPRIEDADES MECÂNICAS
18
Durezaresistência á penetração por outros corpos
Brinell
Rockwell
Vickers
Shore
( Para determinado tipo de aços existe uma
correspondência directa entre a Dureza e Carga de
Rotura)
(para aços vulgares: tmax = HB x0,35 ( kg/mm2)
PROPRIEDADES MECÂNICAS
12-02-2010
10
19
Maleabilidade Capacidade para se deixarem deformar
grandemente por uma acção mecânica
violenta (martelagem ou prensagem) sem que
se verifiquem quaisquer fendas.
ex : Chumbo a frio em oposição ao ferro fundido
PROPRIEDADES MECÂNICAS
20
DuctilidadeCapacidade para se deixarem reduzir por a
laminas de reduzidas espessuras ou a fios de
muito pequeno diâmetro.
ex : Cobre
PROPRIEDADES MECÂNICAS
12-02-2010
11
21
ElasticidadeCapacidade para retomarem a forma primitiva
logo que cesse de actuar a força que os tenha
deformado
PROPRIEDADES MECÂNICAS
22
Plasticidade
Capacidade para que quando deixa de actuar
a força externa que os tenha deformado
manterem a forma final com carácter
definitivo.
( não retornam à forma primitiva)
PROPRIEDADES MECÂNICAS - Ensaios
12-02-2010
12
23
Fragilidade ou ResiliênciaCapacidade para resistir a choques sem se
quebrar ou romper
PROPRIEDADES MECÂNICAS
24
Tenacidade
Capacidade de resistir a
ESFORÇOS DE APLICAÇÃO LENTA
E
PROGRESSIVA
PROPRIEDADES MECÂNICAS
12-02-2010
13
25
ESFORÇOS DE APLICAÇÃO LENTA
E
PROGRESSIVA
Tracção
Compressão
Flexão
Corte
Torção
PROPRIEDADES MECÂNICAS
FF
F-F F-F
F-F
F
-F
F
F
FF
F
-F
-F
-F-F
L
F
26
Resistência à Fadiga
Capacidade para suportarem esforços de
acção variável sem se desagregarem.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Exemplo: Partir um arame por fadiga aplicando esforços alternados de tracção
e compressão (flexão)
12-02-2010
14
ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA
SÓLIDOQualquer substancia física que
mantém a sua forma
independentemente do recipiente que
a contem
LÍQUIDOSubstancia física que livremente toma
a forma do recipiente que a contem
GASOSOSubstancia física que tem de estar
contido num recipiente fechado para
não escapar para a atmosfera
ATRACÇÃO
MOLECULAR
+
-
MUITAS SUBSTANCIAS PODEM ALTERAR O SEU ESTADO FÍSICO,
QUANDO SE RETIRA OU ADICIONA CALOR, NOMEADAMENTE OS METAIS
CALOR SENSIVEL E CALOR LATENTE
Se uma substancia está a aquecer é porque estamos a fornecer-lhe
calor, e a sua temperatura aumenta. Quando a temperatura de uma
substancia aumenta os seus átomos movem-se com maior
velocidade, sendo portanto maior a agitação molecular.
O CALOR SENSÍVEL É O QUE INVESTIDO NO AUMENTO
DA TEMPERATURA DA SUBSTÂNCIA.
Este fenomeno acontece até determinada temperatura, (em que as
vibrações são tão violentas que se rompe o equilibrio molecular
passando então os atomos a movimentar-se com maior facilidade)
denominada temperatura de fusão. Uma vez atingida esta
temperatura mantem-se constante até que o sólido funda
completamente.
O CALOR LATENTE É O CALOR FORNECIDO DURANTE
TODO O PROCESSO DE MUDANÇA DE FASE
12-02-2010
15
CALOR SENSÍVEL
A quantidade de calor
necessário fornecer ou
retirar a uma substancia
para provocar a sua
mudança de estado sem
alterar a temperatura .
1kJ/kg = 0,2388 kcal/kg
1 kcal/kg = 4,187 kJ/kg
O calor que causa uma mudança de temperatura numa
substancia
CALOR LATENTE DE
Temperatura ºC
Quantidade de calor kj/kg
-50
0
50
100
-500 0 500 2500
A
BC
DE
335 Kj/KG
2257 KJ7KG
FUSÃO
VAPORIZAÇÃO CONDENSAÇÃO
SOLIDIFICAÇÃO
GELO
ÁGUA
VAPOR
Vejamos o caso da agua á pressão atmosférica como exemplo:
30
Tempo
Te
mp
era
tura
LIQUIDO
SÓLIDO
PARA UM METAL PURO
(a igual pressão)
Tempo
Te
mp
era
tura
LIQUIDO
SÓLIDO
Temp. de Fusão Temp. de Solidificação
12-02-2010
16
31
LIGAS METÁLICAS
FERROSAS NÃO FERROSASEx: Aço (Fe + C) Ex: Bronze ( Cu + Sn)
ASSOCIAÇÃO HOMOGÉNEA DE DOIS OU
MAIS METAIS EM PROPORÇÕES VARIADAS
FUNDIDOS CONJUNTAMENTE E DE TAL
MODO QUE SOLIDIFICANDO CONSTITUEM UM
PRODUTO DE CARACTERÍSTICAS BEM
DEFINIDAS E DIFERENCIADAS E DIFERENTES
DAS DOS ELEMENTOS QUE ENTRAM NA
CONSTITUIÇÃO DA LIGA.
(Ferro + Carbono) (Cobre+ Estanho)
32
LIGAS METÁLICAS – Diagrama de equilíbrio
12-02-2010
17
33
LIGAS METÁLICAS – Diagrama de equilíbrio
O processo de solidificação é diferente, ou seja verifica-se dentro
duma zona de temperaturas e não a uma temperatura constante. ( há
excepções)Te
mp
era
tura
(ºC
)
Composição (%)
50% de C
50% de A70% de C
30% de A
100% de C 100% de ES2
t1
t2
t0
L2
LIQUIDUS
Lin
ha
ca
rac
terí
sti
ca
du
ma
lig
a
50
% d
e C
e 5
0 %
de
E
Composição
da parte
liquida á
temperatura t2
Composição
dos cristais
solidificados á
temperatura t2
30% de C
70% de A
34
MATERIAIS FERROSOS
Produção do Ferro Fundido (Gusa)
A INDUSTRIA NÃO PRODUZ FERRO PURO !!!!
Contém sempre outros elementos:
CARBONO ( em maior %)
SILICIO
FOSFORO
ETC.
SÃO AS LIGAS FERRO-CARBÓNICAS
FERRO FUNDIDO DE 1ª FUSÃO OU GUSA( % C > 1,6%)
AÇOS ( 0,1%< C < 1,6% )
% C < 0,1 FERRO OU AÇO MACIO
12-02-2010
18
35
Produção do Ferro Fundido (Gusa)
O
Alto Forno
36
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
MATERIAS PRIMAS
COMBUSTÍVEL
FUNDENTES
12-02-2010
19
37
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
MATERIAS PRIMAS – Minerais de ferro mais utilizados:
MAGNETITE Oxido magnético ferro ( O4 Fe3 ) com cerca de 72% de ferro
HEMATITE Oxido de ferro ( O3 Fe2 ) com cerca de 70% de ferro
LIMONITEOxido de ferro hidratado com cerca de 60% de ferro
COMBUSTÍVEL – O coque metalúrgico obtido por destilação
da hulha ( carvão mineral)
- Grande porosidade e resistência á compressão sem risco
esmagamento
- Elevado poder calorífico
38
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
FUNDENTES – Materiais utilizados com a finalidade de reagirem
com as impurezas do minério (ganga) e cinzas do combustível, geralmente
siliciosas e contendo enxofre.
(As gangas do minério não fundem com a restante carga, e a ficarem
incorporados na gusa seriam prejudiciais.)
Garantem a fusão da ganga, assim como a separação da mistura por
diferença de densidades, dando origem a chamada:
ESCÓRIA ( menos densa que a gusa, quando no estado líquido)
São ÁCIDOS ( com base em silício ou alumina), ou BÁSICOS ( carbonato de
cálcio) dependendo da natureza da ganga do minério, de forma a que a
ESCÓRIA produzida seja quimicamente neutra.
12-02-2010
20
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
Nomenclatura
Boca
Cuba
Ventre
Zona de
FusãoCadinho
270ºC
700ºC
1100ºC
1750ºC
1600ºC
40
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
Nomenclatura
12-02-2010
21
41
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
Nomenclatura
42
Produção do Ferro Fundido (Gusa) – O Alto Forno
PRINCIPAL REACÇÃO
O3Fe2 + 3CO ==> 2Fe + 3 CO2
12-02-2010
22
FIME 1 FILME 2
ABRINDO A SAIDA
DO FERRO FUNDIDO
DESCARGA DA
ESCÓRIA
44
MATERIAIS FERROSOS
Ligas Ferro - Carbonicas
Nestas ligas o CARBONO pode apresentar-se sob diferentes aspectos
( em função do processo de obtenção da liga e portanto do arranjo dos
seus átomos e moléculas):
O FERRO puro praticamente não tem aplicação industrial.
Aparece ligado com o CARBONO formando
LIGAS FERRO CARBÓNICAS
12-02-2010
23
45
MATERIAIS FERROSOS
Ligas Ferro - Carbonicas
Tanto o ferro como o carbono podem apresentar-se com características
diferentes em função do arranjo dos seus átomos e moléculas.
A ESTA PROPRIEDADE CHAMA-SE ALOTROPIA
FORMAS ALÓTRÓPICAS
DO CARBONO
DIAMANTE
GRAFITE
CARVÃO
46
Temperatura
ºC
tempo
Não
Mág
néti
co
Má
gn
éti
co
FERRO a
FERRO g
FERRO d
LIQUIDO
768
911
1392
1536
FORMAS ALÓTRÓPICAS
DO FERRO
MATERIAIS FERROSOS
Ligas Ferro - Carbonicas
12-02-2010
24
47
Temperatura
ºC
tempo
Não
Mág
néti
co
Mág
né
tico
FERRO a
FERRO g
FERRO d
LIQUIDO
768
911
1392
1536
MATERIAIS FERROSOS
Ligas Ferro - Carbonicas
Ferro a existe ate 911ºC
Dissolve muito pouco Carbono
( 0,006%), que aumenta com a
temperatura ( a 700ºC dissolve
cerca de 0,04%-MARTENSITE)
Ferro g existe ate 1392ºC
Dissolve até 1,7% de
Carbono, à temperatura de
1145ºC.- A solução sólida
resultante chama-se
AUSTENITE
Ferro d existe ate 1536ºC
Náo dissolve praticamente
Carbono .
48
MATERIAIS FERROSOS
Ligas Ferro - Carbonicas
Gusa ou ferro fundido de 1ª fusãoContem elevada % de Carbono ,fósforo e enxofre
Grande Dureza e baixa Resiliência Difícil Maquinação
GUSA BRANCA Fabricação de AÇO
GUSA CINZENTA Para 2ª fusão
(carbono sob a forma de grafite) ( peças em FerroFundido)
12-02-2010
25
49
FERRO FUNDIDO DE 2ª FUSÃO
A 2ª fusão da gusa cinzenta vai permitir reduzir os vários teores de
impurezas que esta contem sendo normalmente efectuada em:
FORNOS DE CUBA ou Cubilotes
FORNOS ELECTICOS
FORNOS DE SOLEIRA
obtendo-se
Ferro Fundido de 2ª fusãoou simplesmente
Ferro Fundido.
50
FERRO FUNDIDO DE 2ª FUSÃO
Em função da carga que é introduzida nestes fornos, em conjunto com a
gusa podemos obter:
Ferros Fundidos Brancos
( % C entre 2 e 2,5%)- para posterior novo
tratamento
Ferros Fundidos Cinzentos
(cerca de 4% de C em Grafite)- vazamento de
peças.
Ferros Fundidos Especiais
Por adição de silício, tungsténio, vanádio,
crómio, etc
12-02-2010
26
51
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
MÉTODOS:
CONVERTIDORESBESSEMER
THOMAS
L.D. ( Linz Doenewitz)
FORNO SIEMENS –MARTIN
FORNO ELÉCTRICO
52
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
Método BESSEMERutilizado quando os minérios de
ferro existentes dão origem a
gusas siliciosas e magnésicas,
pobres em fósforo e enxofre.
A oxidação do silício é uma
reacção altamente exotérmica
sendo responsável pelo aumento
da temperatura e pela formação
duma escória de características
acidas, obrigando a que o
revestimento interior do
convertidor seja à base de silício
(características ácidas)
Agente Oxidante
AR
12-02-2010
27
53
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
Método…THOMASutilizado onde as gusas obtidas
no AF devido ao minério de ferro
disponível eram de
características fosforosas, e
demasiadamente pobres em
silício para poderem ser tratadas
no Método Bessemer.
A oxidação do fósforo só é
possível com base numa escoria
de características básicas
obrigando a um revestimento
interior do convertidor de
características também básicas –
Dolomite (carbonato duplo de
cálcio e magnésio)
Agente Oxidante
AR
54
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
( Linz Doenewitz)
Para gusas demasiadamente pobres
em silício para serem tratadas no
convertidores Bessemer e
demasiadamente pobres em fósforo
para serem tratadas no processo
Thomas
A natureza química do revestimento
interior (ácido ou básico) varia de
acordo com o tipo de gusa a tratar
Agente Oxidante
Oxigénio
Método L.D
12-02-2010
28
55
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
FORNO
SIEMENS -MARTIN
56
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
FORNO
SIEMENS -MARTIN
12-02-2010
29
57
FABRICAÇÃO DOS AÇOS
FORNO
ELÉCTRICO
58
VARIAÇÃO
DAS
PROPRIEDADES
DOS AÇOS
COM
A % DE
CARBONO
INFLUÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
12-02-2010
30
59
PROCESSO DE PRODUÇÃO - DA MINA AOS AÇOS COMERCIAIS
60
INFLUÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
CRÓMIO (Cr) – 30%
Dureza
Resistência à tracção
Resistência ao desgaste
Resistência á corrosão
(aços inoxidáveis)
Cond. Térmica
Cond. Eléctrica
NÍQUEL (Ni) – 30%Resiliência
Resistência à tracção
Limite elásticidade
Resistência á corrosão
Coefic. dilatação
Cond. Témica
Cond. Eléctrica
Magnetização
12-02-2010
31
61
INFLUÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
MANGANÊS (Mn) – 14%
Limite elásticidade
Resistência à tracção
Resistência ao choqueCond. Térmica
Magnetização
TUNGSTÉNIO (W) – 20%Dureza
(até elevadas temperaturas)
Resistência mecânica
Tenacidade
Não magneticos
62
INFLUÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
VANÁDIO (Va) – 5%
MOLIBDÉNIO (Mo) – 8%
Limite elásticidade
Resistência à tracção
Resistência á corrosão
Propriedades de corte
Limite elásticidade
Carga de rotura
Resistencia à fadiga(quando junto com o Crómio)
12-02-2010
32
63
INFLUÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
COBALTO (Co) – 20%
c
SILÍCIO (Si) – 4%Limite elásticidade
(fabrico de molas)
Cond. Eléctrica
Ponto de fusão da liga
Temperatura de têmpera
64
INFLUÊNCIA DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS
Quanto a temperaturas de fusão
Tungsténio = 3 380ºC
Molibdénio = 2 620ºC
Crómio = 1 920ºC
Vanádio = 1 730 ºC
Cobalto = 1 490ºC
Alumínio = 660ºC
Quanto a Densidades
Tungsténio = 19,2
Níquel e Cobalto = 8,9 e 8,8
Crómio = 7,1
Manganês = 7,3
Alumínio = 2,7
12-02-2010
33
65
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
LIGAS FERRO- CARBÓNICAS
OBTIDAS POR FUSÃO, COM
TEORES DE CARBONO
INFERIORES A 1,7% SÃO
NORMALMENTE DESIGNADAS
POR
AÇOS
66
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO AO
TEOR EM
CARBONO
QUANTO À
COMPOSIÇÃO
QUÍMICA
QUANTO À
APLICAÇÃO
AÇO EXTRA – MACIO (ATÉ 0,15%)
AÇO MACIO ( 0,15 A 0,30%)
AÇO SEMI DURO ( 0,30 A 0,6%)
AÇO DURO ( 0,6 A 0,8%)
AÇO MUITO DURO ( 0,8 A 1%)
AÇO EXTRA-DURO ( 1 A 1,6%)
AÇOS SEM LIGA (AÇOS AO CARBONO)
AÇOS - LIGA
AÇOS PARA FERRAMENTA)
AÇOS DE CONSTRUÇÃO
AÇOS ESPECIAIS
12-02-2010
34
67
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO AO
TEOR EM
CARBONOAÇOS COM TEOR CARBONO < 0,85%
Hipoeutetóides
Constituidos por Perlite e Ferrite
Baixa tenacidade
Baixa dureza
Fáceis de maquinar e forjar
Boa maleabilidade
Boa ductilidade
Aplicação em peças sujeitas a esforços pouco
severos
Grande parte dos produtos estampados e laminados
( chapas e perfilados ) utilizados em mecânica geral
são aços hipoeutetóides mesmo um “aço rápido”
com elevadas % de elementos de liga.
68
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO AO
TEOR EM
CARBONOAÇOS COM TEOR CARBONO > 0,85%
Hipereutetóides
Constituidos por Perlite e Cementite
Maior tenacidade
Maior dureza
Bons de maquinar e forjar
Boa maleabilidade
Boa ductilidade
Aplicação em peças sujeitas a esforços mais
severos e fabrico de ferramentas
12-02-2010
35
69
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO À
COMPOSIÇÃO
QUÍMICA AÇOS AO CARBONOPropriedades dependam das % de carbono
Grande % de aços utilizados na construção em geral
70
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO À
APLICAÇÃO AÇOS PARA FERRAMENTA
Aços Rápidos (teor de Carbono entre 0,6 e 0,8%)
Grandes velocidades de corte, mantendo a dureza
mesmo a elevadas temperaturas (600ºC)
Aço Rápido Extra Superior A.R.E.S.
20% de Tungsténio
10% Cobalto
4% de Crómio
1% de Molibdénio e Vanádio
Aço Rápido Superior A.R.S.
18% de Tungsténio
4% de Crómio
1% de Molibdénio e Vanádio
Aço Rápido Ordinário A.R.O.
10% a 18% de Tungsténio
4 a 5% de Crómio
12-02-2010
36
71
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO À
APLICAÇÃO AÇOS DE CONSTRUÇÃO
São os que se aplicam em construção mecânica
em geral
- Aços para tratamentos térmicos sem liga ( 0,1% < C < 0,6%)
Para fabrico de veios, parafusos, cavilhas, peças de
automóveis, etc
-Aços para Tempera superficial ( C < 0,85%; Cr e Va)
Para construção de veículos, motores etc
-Aços para Cementação ( C > a 0,25%)
Para engrenagens, rodas dentadas, veios etc
- Aços para molas ( Si aprox 2% e 0,8% Mn)
-Aços para Nitruração ( Cr; Mo; Al)
Para engrenagens e moldes
-Aços inoxidáveis ( Cr, Mo, Va,)
-Peças sujeitas a corrosão, moldes, ind cirúrgica, etc
72
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO À
APLICAÇÃO AÇOS DE CONSTRUÇÃO
Exemplo: Aço X 40 Cr Mo Va 18
Aço de liga com mais de 5% de elementos de liga que
nos é indicado pela letra X com 0,4 % de Carbono
sendo o elemento de liga mais importante o Crómio que
apresenta um teor de 18%. As % de Mo e Va não são
apresentadas.
12-02-2010
37
73
CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
QUANTO À
APLICAÇÃOAÇOS ESPECIAIS
Na sua composição verifica-se a influencia de um
ou mais elementos de liga que comunicam ao aço
uma dada propriedade que o caracteriza
relevantemente:
Aços Inoxidáveis ( Cr > 12% e max. 18%)
-Aços ao crómio (Cr >12% ; 0,4 < C < 1%)
-Aços cromo-níquel ( C< 0,1%; Cr 18% e Ni 8%; estrutura austenitica)
-Aços cromo-níquel ( Cr 26% e Ni 5% estrutura ferritica)
-Aços cromo-niquel-molibdénio (Mo < 5% resistencia aos acidos
Aços baixo coef. dilatação -INVAR- ( Ni cerca 36%)Para fabricar aparelhos de medição rigorosa paquímetros
micrómetros, escalas,etc
Aços p/ resistências eléctricas - (Ni cerca de 32%)
Aços p/ imanes e relés ( Co < 20%)
74
TRATAMENTOS DOS AÇOS
MECÂNICOSPROCESSOS DE DEFORMAÇÃO PARA ORIENTAR AS
FIBRAS MELHORANDO AS PROPRIEDADES
MECÂNICAS
TÉRMICOSPROCESSOS DE AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO
DESTINADOS A ALTERAR A ESTRUTURA SEM
ALTERAR A COMPOSIÇÃO QUIMICA, MAS
MELHORANDO AS PROPRIEDADES MECÂNICAS
TERMOQUÍMICOSPROCESSOS QUE COMBINAM OS
TRATAM TERMICOS COM REACÇÕES
QUIMICAS DE ACÇÃO SUPERFICIAL
SUPERFICIAIS DEPOSITO DE OUTROS ELEMENTOS
NA SUPERFICIE
A QUENTE
A FRIO
ESTAMPAGEM
ESTIRAGEM
FORJAMENTO
TEMPERA
RECOZIMENTO
REVENIDO
CEMENTAÇÃO
NITRURAÇÃO
CARBONITRURAÇÃO
SULFONITRURAÇÃO
ELETRÓLISE
METALIZAÇÃO IMERSÃO
PROJECÇÃO
12-02-2010
38
75
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TÊMPERA
Dureza
Resistência
Limite ElásticoResistência
ao choque
Alongamento
TRÊS FASES:
1. AQUECIMENTO ATÉ TEMPERATURA DE TÊMPERA
2. ESTÁGIO Á TEMPERATURA DE TÊMPERA
3. ARREFECIMENTO
OBJECTIVO
Alterando a
estrutura do
aço à
temperatura
ambiente
76
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TEMPERA
AQUECIMENTO
Lentamente até 700ºC
com estágio para
homogeneização da
temperatura por toda a
peça e somente depois
aquecimento rápido até à
temperatura de têmpera.
A Temperatura de
têmpera depende da %
de carbono e dos
elementos de liga.
Austenite
Austenite
+
Cementite
D=40ºC
12-02-2010
39
77
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TEMPERA
ESTÁGIO Á TEMPERATURA
Tempo necessário para toda a massa da peça adquira a estrutura
pretendida.Tempo reduzido - propriedades diferentes no exterior e no interior
Tempo excessivo - aumenta o tamanho do grao diminuindo a ductilidade
Principais factores que determinam o tempo de estagio.
Dimensões da peça
Temperatura de têmpera
Modo de aquecimento
Composição do aço
Por regra:
Aços ao Carbono – 5 min / 10 mm de espessura
Aços média liga – 7 min / 10 mm de espessura
Aços muita liga – 10 min / 10 mm de espessura
78
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TEMPERA
ARREFECIMENTO
Efectuando um arrefecimento rápido, quando se atinge a temperatura de
transformação em ferro a , o carbono dissolvido no ferro g não tem
tempo para se libertar, ficando preso nas malhas do ferro obtendo-se
uma solução sobre-saturada de carbono em ferro a.:
A MARTENSITE
(responsável pelas propriedades do aço após a têmpera)
A velocidade mínima de arrefecimento à qual se forma a MARTENSITE,
chama-se
velocidade crítica de têmpera
Meios arrefecedores:
ÁGUA - OLEO - BANHO DE SAIS - JACTOS DE AR - AR
Velocidade de arrefecimento
12-02-2010
40
79
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TEMPERA
FACTORES QUE INFLUENCIAM A TÊMPERA
Meio de arrefecimento
Composição química do aço
Tamanho do grão
Dimensões da peça
Temperatura da têmpera
80
TRATAMENTOS TÉRMICOS
TEMPERA
REALIZAÇÃO PRÁTICA DUMA TÊMPERA
Caso de uma peça em aço ao carbono com 0,6% de carbono
a) TEMPERATURA DE TÊMPERA
-Como é um aço hipoeutetoide ( menos de
0,85% de Carbono) temos de aquecer a
peça até que toda a estrutura seja
austenítica, pelo que pelo Diagrama Fe-C
retiramos a temperatura de tempera. cerca
de 800ºC
b) PROCEDIMENTO
-Aquecer lentamente até 700ºC e estagiar a
essa temperatura.
-Aquecer até 800ºC
-Estagio a essa temperatura de em função
da espessura da peça.
-Sendo a % de Carbono baixa a velocidade
crítica de têmpera é elevada obrigando a
um arrefecimento rápido (água)
12-02-2010
41
81
TRATAMENTOS TÉRMICOS
RECOZIMENTO
OBJECTIVO
Estabilizar a estrutura do aço após anteriores
tratamentos térmicos e mecânicos.
TRÊS FASES:
1. AQUECIMENTO LENTO E GRADUAL ATÉ À TEMPERATURA DE
RECOZIMENTO.
2. ESTÁGIO Á TEMPERATURA DE RECOZIMENTO.
3. ARREFECIMENTO MUITO LENTO AO AR
TIPOS DE RECOZIMENTO:-DE NORMALIZAÇÃO.
-DE AMACIAMENTO
-DE ELEMINAÇÃO DE TENSÕES
-CONTRA ENCRUAMENTO
-DE REGENERAÇÃO
82
TRATAMENTOS TÉRMICOS
REVENIDO
Dureza
Resistência
Limite ElásticoResistência
ao choque
Alongamento
OBJECTIVO
TRATAMENTO EFECTUADO LOGO APÓS A
TÊMPERA PARA ATENUAR ESTES EFEITOS
NEGATIVOS
TRÊS FASES:1. AQUECIMENTO LENTO E GRADUAL ATÉ 300ºc
2. ESTÁGIO Á TEMPERATURA DE REVENIDO PARA
UNIFORMIZAÇÃO DA ESTRUTURA E REDUZIR TENSÕES
INTERNAS.
3. ARREFECIMENTO MUITO LENTO AO AR
12-02-2010
42
83
TRATAMENTOS TÉRMICOS
COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DE UMA TEMPERA, COM OS
DE UMA TÊMPERA SEGUIDA DE REVENIDO PARA UM AÇO CO
0,6% DE CARBONO
TEMPERATURA
(ºc)
RESISTÊNCIA
À
TRACÇÃO
(Kg/ mm2)
LIMITE
ELÁSTICO
(Kg/ mm2)
DUREZA
(HB)
ALONGAMENTO
(%)
RESISTÊNCIA
AO
CHOQUE
(Kg/ mm2)
SEM
TRATAMENTO 75 50 234 20 0,1
TEMPERADO
EM AGUA 800 200 150 760 7 0,04
REVENIDO
APÓS
TÊMPERA250 A 300 100 80 525 15 0,1
84
TRATAMENTOS TÉRMOQUIMICOS
CEMENTAÇÃO
A CEMENTAÇÃO É DOS TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS O MAIS
UTILIZADO
Aplica-se a aços com reduzida % de C (cerca de 0,2% ) e tem por
finalidade conferir maior dureza superficial enquanto o núcleo
mantém a suas características iniciais.
Ciclo térmico semelhante ao da tempera ( AQUECIMENTO, ESTÁGIO E
ARREFECIMENTO) mas, em conjunto com um cemento ( substancia
rica em CARBONO)
O ferro g (existente à temperatura a que a peça é aquecida) da
superfície da peça absorve o carbono libertado pelos gases do
cemento, ficando a camada superficial com percentagens de C que
podem variar entre 0,85 e 1%, ( forma-se martensite) enquanto o
núcleo mantém os valores iniciais
APLICAÇÃO: Rodas de engrenagens, eixos, pernos, hastes de
êmbolos, etc
12-02-2010
43
85
TRATAMENTOS TÉRMOQUIMICOS
NITRURAÇÃO
Embora se possa aplicar a qualquer aço, tem melhores resultados
quando aplicada em aços liga que contenham cerca de 1,25% de
Aluminio e 1,5% de Crómio.
Quando se pretende obter grandes durezas superficiais aliadas a
grande resistência ao desgaste
Aquecimento em fornos até cerca de 520ºC na presença duma
substancia rica em AZOTO, estagio a essa temperatura dependendo
da dimensão da peça, seguido de arrefecimento lento dando origem á
formação superficial de NITRETOS
Pode ser também efectuado com:
Cianetos – Cianuração
Amoníaco–Nitruração Gasosa
APLICAÇÃO: Cilindros e segmentos de motores e outras peças que
necessitam ter elevada resistência quando sujeitas a grande atrito e
que devem conservar a dureza a elevadas temperaturas de
funcionamento.
86
TRATAMENTOS TÉRMOQUIMICOS
CARBONITRURAÇÃO e SULFONITRURAÇÃO
A CARBONITRURAÇÃO é uma combinação dos dois tratamentos
anteriores.
O aquecimento é efectuado a temperaturas de cerca de 650 a 750ºC.
- O AZOTO faz baixar o ponto de transformação do ferro g em ferro a
obtem-se uma estrutura Austenitica a temperaturas mais baixas-.
À superfície forma-se martensite contendo azoto.
APLICAÇÃO: Quando se pretende obter grandes durezas superficiais
aliadas a grande resistência ao desgaste e em peças de pequenas
dimensões.
A SULFONITRURAÇÃO consiste em manter as peças a tratar em
fornos com banhos de sais de sulfureto de sódio e de cianeto de
sódio a temperatura de ordem dos 570ºC.
verifica-se uma incorporação simultânea de aómos de enxofre de
carbono e de azoto na superficie da peça.
APLICAÇÃO: Quando se pretende obter grande resistência ao
desgaste
12-02-2010
44
87
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS
CONSISTEM EM RECOBRIR AS SUPERFÍCIES DAS PEÇAS COM UMA
PELÍCULA MUITO FINA ( CENTÉSIMOS DE MM ) DE UM METAL AUTO-
PROTECTOR.
Podem ser obtidos por:
- ELECTRÓLISE
- IMERSÃO EM BANHO DE METAL FUNDIDO
- METALIZAÇÃO POR PROJECÇÃO
ELECTRÓLISE
Processos electrolíticos utilizando:
Cobre – Cobreagem
Niquel – Niquelagem
Crómio – Cromagem
Cádmio - Cadmiagem
ânodos
cátodo
Solução de Sulfato de
crómio
eça
88
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS
IMERSÃO EM BANHO DE METAL FUNDIDO
Utiliza metais com baixo ponto de fusão
Zinco - Galvanização ou Zincagem (chapas e arames zincados e tubos
galvanizados)
Estanho – Estanhagem ( folha de flandes etc)
METALIZAÇÃO POR PROJECÇÃO
O metal usado como recobrimento ( Zinco ou Aluminio), é projectado
no estado de pulverizado sobre a peça.
Não é tão eficaz como o processo anterior mas é mais prático.
Utiliza-se em tratamento de grades e portões e em construção naval e
estruturas de chassis
12-02-2010
45
89
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES
COBRE
ZINCO
ESTANHO
CHUMBO
ALUMÍNIO
90
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES - COBREDos mais aplicados na industria metalomecânica,
(assim como o aluminio) logo a seguir ao ferro
Obtido a partir de minerais de cobre
CALCOPIRITE – Cobre metalúrgico
Obtido também por refinação electrolítica a partir do cobre metalúrgico
Cobre electrolítico ( mais puro).
CARACTERISTICAS:1.Densidade – 8,9
2.Temperatura de fusão – 1050ºC3.É muito dúctil, não se prestando a ser limado4.Não é adequado para fundição em moldes por ficar poroso5.Melhora com tratamentos mecânicos a frio (laminagem)6.Excelente condutor eléctrico ⇨ maior utilização7.Excelente condutor de calor ⇨ aparelhos térmicos8.Não é atacado pela água mas é atacado por ácidos, originando
“verdete”, muito tóxico9.Com estanho ou com zinco forma ligas designadas por
“bronzes” e “latões”
12-02-2010
46
91
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES - ZINCOPrincipal minério ⇨ Blenda (ZnS)
Obtém-se por:
Via seca
Via húmidaem ambos os processos se obtêm purezas da ordem de 99,98 %.
CARACTERISTICAS:
1.Densidade - 7,1
2.Temp. de fusão – 420ºC
3.Cor - Branca
4.Bom condutor de electricidade e calor
5.Muito macio e pouco dúctil e baixa elasticidade
6.Tratamentos superficiais de aços (zincagem)
7.Fabrico de chapas de cobertura e tubagens finas
8.Protecção de cascos de aço contra electro-corrosão
92
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES - ESTANHO
Principal minério (Cassiterite SnO2 )Difícil de obter por conter percentagens muito baixas (1%, máx.
4%) vindo associado com Pb, W, Zn e Cu, é primeiramente “concentrado” e depois refinado em fornos.
CARACTERISTICAS:1.Densidade – 7,32.Temperatura de fusão – 230ºC3.Cor – prateado4.Bom condutor de electricidade e calor5.Maleável, macio e pouco tenaz.6.Inoxidabilidade - Protecção superficial de materiais
ferrosos ( aço estanhado)
12-02-2010
47
93
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES - CHUMBOO principal minério é a Galena (PbS)
cujo teor varia até 12%;
“concentração”, seguido de depurações
pureza da ordem de 99, 94%
CARACTERÍSTICAS
1.É muito maleável
2.Muito denso
3.Oxida superficialmente com facilidade
4.Muito resistente aos ácidos
5.Ponto de fusão muito baixo (330 ºC)
94
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES - ALUMINIO
CARACTERISTICAS:
1.Muito leve, densidade = 2,72.Bastante maleável 3.Por laminagem, aumenta a resistência mecânica4.Excelente condutor de calor5.Utilizado em ligas - Duraluminio, Alpax, etc.6.Ponto de fusão = 660 ºC7.Resistente à oxidação
Principal minério Bauxite Al2O3.H2O ( 50%)
1ª fase – obtenção da alumina2ª fase – electrólise da alumina
12-02-2010
48
95
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
MATERIAIS SIMPLES e suas ligas
COBRE
ZINCO
ESTANHO
CHUMBO
ALUMÍNIO
Bronzes
Latões
Solda
Duraluminio
96
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
LIGAS METALICAS - BRONZES
ZINCO CHUMBO FOSFORO
Desoxidar o bronze Mais plástico e macio Eliminar óxidos de cobre
e auto lubrificante aumento da tenacidade
aumento da dureza(Casquilhos ,rodas dentadas, chumaceiras)
ALUMINIO
< 8% maleavel > a 14% não maleável
Entre 8 e 14% têm características semelhantes aos Aços após tempera e
revenido além de boa resistência à corrosão
OUTROS ELEMENTOS
( 0,2 a 2%)
(destinados a melhorar
determinadas propriedades)
COBRE ( 88 a 89,8%)ESTANHO
(~10%)
< A 9% MALEÁVEIS
> A 26% DUROS
12-02-2010
49
97
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
LIGAS METALICAS - LATÕES
FERRO ALUMINIO CHUMBO SILICIO ESTANHO MANGANÊS
aumento da tenacidade flexão e da dureza
maior resistência à corrosão
OUTROS ELEMENTOS
( sempre < a 3%)
(destinados a melhorar
determinadas propriedades)
COBRE ( ~73%)
zinco(~25%)
DE 25 A 35% - MALEÁVEIS A FRIO
DE 36 A 45% - MALEÁVEIS A QUENTE
98
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
LIGAS DE ALUMINIO
DURALUMINIO 90 a 94% de ALUMINIO
3,5 a 4,5% de COBRE
0,9 a 1,5% de MANGANÊS
0,5 a 1.0% de MAGNÉSIO
0,2 a 0,9% de SILICIO
Densidade – 2,8
Dureza HB – 50 a 60
Resistência tracção – 16 a 22Kg /mm2
Pode melhorar as suas propriedades mecânicas se submetida a um
tratamento térmico semelhante à tempera dos aços denominada
BENEFICIAÇÃO
(Aquecimento até 500ºC e arrefecimento rápido em agua)
mas….
necessita de maturação.
12-02-2010
50
99
MATERIAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
LIGAS DE ALUMINIO
ALPAX 87 a 90% de ALUMINIO
pequena% de MANGANÊS
pequena de MAGNÉSIO
10 a 13% de SILICIO
ALUMINIO- COBRE (8 a 12%) - ligas para fundição
ALUMINIO – SILICIO (20%) –COBRE (2%) – dilatação reduzida devido ao
silicio
100
MATERIAIS NÃO METÁLICOS
COURO
BORRACHA
FIBRAS
PLÁSTICOSSINTÉTICOS
MADEIRA
12-02-2010
51
101
MATERIAIS NÃO METÁLICOS
MADEIRAOrigem vegetal
MACIAS – Pinho de flandres, Tilia e Acácia
DURAS – Carvalho , castanho, freixo e nogueira
RESINOSAS – pinho manso e bravo, cedro…
FINAS – sobreiro, cerejeira, pereira…
Baixa densidade
Boa resistência à compressão no sentido das fibras
Irregular resistência à flexão
Fácil trabalho por corte
COUROOrigem animal
Necessita de tratamento – curtido ou curtume
Boa tenacidade, elasticidade e flexibilidade
Razoável resistência a agentes químicos
Má resistência ao calor
102
MATERIAIS NÃO METÁLICOS
BORRACHADe origem vegetal e obtido por coagulação do látex de certas plantas
tropicais
Misturada com algum enxore, a 130ºC – VULCANIZAÇÂO - melhora as
caracteristicas de resistencia a temperarturas negativas assim como
ás temperaturas superiores a 15ºC
Grande elasticidade
Boa maleabilidade
Bom isolante
Fraca resistência ao calor
Alterada pelos lubrificantes normais
Envelhece com o tempo tornando-se quebradiça
Reduz-se com o aumento da % de enxofre
VEGETAIS – cânhamo, linho, algodão etc
MINERAIS – amianto ( silicato hidratado de mgnésio e calcio)
ANIMAIS – lã, seda.
FIBRAS
12-02-2010
52
103
MATERIAIS NÃO METÁLICOS
PLÁSTICOS SINTÉTICOS
TERMOPLASTICOS - deformam-se pela acção do calor
Ex: policloreto de vinilo (PVC),
polietileno.
poliestireno,
policarbonato,
poliamida,
poliuretano
teflon
TERMOSTESTÁVEIS – dificilmente se deformam pela acção do
calor
Ex: melamina,
fenoplastos