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ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS – UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DIVINÓPOLIS – FUNEDI
INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA – INESP
APOSTILA DE CÁLCULO IV
EQUAÇÕES DIFERENCAIS
ENGENHARIA CIVIL
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Prof. Luiz Elpídio de Melo Machado Versão: 2010/2
ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
2
PLANO DE ENSINO CURSO DISCIPLINA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Nº DE AULAS SEMANAIS ANO 2010
03 SEMESTRE 2º CARGA HORÁRIA PERÍODO 4º
54 UNIDADE ACADÊMICA INESP EMENTA Equações diferenciais de primeira e segunda ordem. Aplicação de equação diferencial em: cinemática, dinâmica, vibrações mecânicas, biologia, economia. OBJETIVOS Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de utilizar as técnicas de resolução das equações diferenciais para resolver problemas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I – Equações Diferenciais de Primeira Ordem 1.1 – Equações Lineares e Não-Lineares 1.2 – Equações de Variáreis Separadas 1.3 – Aplicações das Equações Lineares de Primeira Ordem 1.4 – Problemas de Mecânica 1.5 – Equações Exatas e Fatores Integrantes 1.6 – Equações Homogêneas 1.7 – Problemas e Aplicações Diversos 1.8 –Teorema da Existência e Unicidade 1.9 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem II – Equações Lineares de Segunda Ordem 2.1 – Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes 2.2 – Soluções Fundamentais das Equações Homogêneas Lineares 2.3 – Independência Linear 2.4 – Raízes Complexas da Equação Característica 2.5 – Raízes Repetidas; Redução de Ordem 2.6 – Método dos Coeficientes Independentes 2.7 – Método de Variação de Parâmetros 2.8 – Oscilações Mecânicas e Oscilações Elétricas 2.9 – Oscilações Forçadas MÉTODOS E RECURSOS DIDÁTICOS Aula expositiva, seguida de debates, exercícios de sondagem e fixação; Proposição de situações problemáticas, mediante condições explicativas para as possíveis soluções, pesquisa em livros e na www. Quadro negro, giz, internet, e-mail. Atividades extra-classe: - Resolução de listas de exercícios de fixação e aprofundamento. - Resolução virtual de exercícios em editor de texto matemático. AVALIAÇÃO Serão distribuídos 100 créditos no decorrer do semestre através de trabalhos e provas. Serão distribuídos 30 pontos no primeiro bimestre letivo, 35 pontos no segundo bimestre e 35 pontos no terceiro bimestre. As recuperações das avaliações ocorrerão ao longo do semestre. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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BOYCE, W. E. & PRIMA, R. C. Di. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999 LEITHOLD, L. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Ed. Harbra, 1994. ABUNAHMAN, Sergio. Equações diferenciais. 2.ed. Rio de Janeiro: Erica, 1993. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR SIMMIONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: MacGraw-Hill, 1987. STEWART, James. Cálculo. 5. São Paulo: Thomson, 2006. PISKUNOV, N.. Cálculo diferencial e integral. 7. ed. Porto: Lopes da Silva, 1984. GOLDSTEIN, Larry J.. LAY, David C. e SCHNEIDER, David I.. Matemática aplicada: economia, administração e contabilidade. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. LANG, Serge. Cálculo. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1975.
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1 – Equações Diferenciais
Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função sua variável e suas derivadas, ou seja
1.1 – Equações de Variáveis Separáveis
A equação geral de primeira ordem assume a forma
yxfdxdy
, . (Eq.1)
Se a Eq.(1) é não-linear, isto é , se f não é uma função linear da variável dependente y , não existe um método geral
para resolver a equação. Consideremos uma subclasse das equações de primeira ordem para as quais um processo
direto de integração pode ser usado.
Em primeiro lugar, reescrevemos a Eq.(1)
0,0 ,,,,,
,
,
,
yxyxyxyxyxyx
yx
yx
NdxdyNMM
dxdyN
NM
dxdy
fdxdy
0,, dxdyNM yxyx Eq.(2)
Caso M seja uma função apenas de x e N seja uma função apenas de y , a Eq.(2) se torna
0dxdyNM yx Eq.(3)
Uma equação deste tipo é dita separável porque é escrita na forma diferencial
dxMdyN
dxMdyNdyNdxM
xy
xy
yx 0
Exemplos
Ex.-1 Resolva a equação 2
2
1 yx
dxdy
.
CxyyouCxyy
dxxdyy
dxxdyy
yx
dxdy
33
33
22
22
2
2
333
1
1
1
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5
Ex.-2 Achar a solução do problema de valor inicial 12243 2
y
xxdxdy
, 10 y . Determine y em função de
x .
Cxxxyy
Cxxxyy
dxxxdyy
yxx
dxdy
222
22
43
32
2
24312
12243
232
232
2
2
como 10 y então
32102020121 232
CCC
3222 232 xxxyy
42214221
4221
4221
132212
23
2
23
1
23
23
232
xxxyouxxxy
xxxy
xxxy
xxxyy
Ex.-3 Resolver o problema de valor inicial
221cos
yxy
dxdy
, 10 y .
Cxsenyy
Cxsenyxdxxdyyy
dxxdyyy
y
dxxdyy
ydxxdyy
yyxy
dxdy
2
22
22
2
ln
22lncos21cos21
cos21cos2121
cos
como
10y então 1010011ln 2 CCCsen
1ln2
xsenyy
Exercícios
Resolva a equação diferencial proposta:
E-1. yxy
2\ E-2. 3
2\
1 xyxy
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6
E-3. 0sen2\ xyy
E-4. y
xy23
13 2\
E-5. yxy 2coscos 22\
E-6. 212\ 1 yxy
E-7. y
x
eyex
dxdy
E-8. 2
2
1 yx
dxdy
Determine a solução do problema de valor inicial dado:
E-9. 2\ 21 yxy e 61
0 y .
E-10.
yxy 21\
e 21 y .
E-11. 0 dyyexdx x e 10 y .
E-12. 2
\
2 yxyxseny
e
3
0y
E-13.
2rddr
e 21 r .
E-14. yxy
xy 2\ 2
e 20 y .
E-15. 2123\ 1 xxyy e 10 y .
E-16. y
xy21
2\
e 02 y .
E-17.
3
2\
41
yxxy
e 21
0 y .
E-18. 52
3 2\
y
exyx
e 10 y .
E-19. yeey
xx
43\
e 10 y .
E-20. 03cos2 dyydxxsen e
32
y
E-21. dxxdyxy arcsen1 2122 e
00 y
Respostas
R - 1 cxy
32
32
ou cxy 32 23
R - 2 cxy 3
2
1ln31
2 ou cxy 32 1ln23
R - 3 cxy
cos1 ou xc
ycos1
ou xcy
cos1
R - 4 cxxyy 323
R - 5 Cxxsenytg 2
2412
21
ou Kxxsenytg 2222
R - 6
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R - 7 cexey xy
22
22
ou cexey xy 22 22
R - 8 cxyy 33
33
ou cxyy 333
R - 9 61 2 xx
y ou 61 2
xxy
R - 10 22
22
xxy ou 422 22
xxy
R - 11 21
2
2
xx exey
ou 1222
xx exey
R - 12 2
3ln49cos2
ln22
xsenxxyy ou
69,6cos2
ln22
xsenxxyy
R - 13 )ln(211
r
R - 14 21ln2
22
xy ou 41ln2
22 xy
R - 15 231
21 2
12
2 xy
ou 231
21 2
2 xy
ou 2
2 1231 xy
R - 16 422 xyy
R - 17 41
24
244
xxy ou
21
22
xy
R - 18 3532
xexyy
R - 19 732 2
xx eeyy
R - 20
21
22cos
33
xysen
ou 32cos332 xysen
R - 21
Bibliografia
BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p.
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2 – Equações Diferenciais de Primeira Ordem
As equações diferenciais de primeira ordem
yxfdxdy
, (1)
onde f é uma função de duas variáveis. Qualquer função diferenciável xgy que satisfaça a esta
condição para todos os valores de x em um certo intervalo é considerada como uma solução; nosso
objetivo é determinar as essas soluções existem e, em caso afirmativo, desenvolver métodos para
encontrá-las. Infelizmente, para uma função arbitrária f , não existe nenhum método geral para revolver
a equação em termos de funções elementares. Assim, vamos descrever vários métodos, cada um dos
quais se aplica a uma subclasse das equações de primeira ordem. As subclasses mais importantes são
as das equações lineares e das equações separáveis.
Se a função f da Eq. (1) depende linearmente da variável dependente y , então a equação
pode ser escrita na forma
xxxx qypyqypdxdy
\ , (2)
que é chamada equação diferencial linear de primeira ordem.
2.1 – Para xp e xq constantes
A equação mais geral de primeira ordem com coeficientes constantes é
byadxdy
(3)
onde a e b são constantes xx qbepa .
temosapormembrosegundoodividindobyadxdy ,
0
apara
abya
dxdy
. Assim temos, abyparaa
abydxdy
ku
kudxdquerecordandoaaby
dxd
1lnln . Então, 0ln Caxaby
onde 0C é uma constante arbitrária. Tomando as exponenciais dos dois membros,
axCCaxCaxaby eeabyeeabyee 000ln
, para 0Cec temos:
axceaby . (4)
O comportamento geral da solução (3) depende principalmente do sinal do parâmetro a . Se
0a , então 0axe quando x , e os gráficos de todas as soluções tendem para a assíntota
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horizontal aby . Por outro lado, se 0a , axe quando x , e os gráficos das soluções
divergem da reta aby .
A solução constante aby é freqüentemente chamada de solução de equilíbrio, já que
dxdy
é sempre zero para esta solução.
Exemplo
Ex.-4 Resolva a equação diferencial 62 ydxdy
x
xxCCxCxy
key
keyeeyeeyee
Cxydxydy
dxydyy
dxdyy
dxdyy
dxdy
2
22223ln
3
333
23ln23
23
326262
Ex.-5 Resolva a equação diferencial 82 ydxdy
usando a solução da Eq. (4)
Escrevendo na forma da Eq. (3) 8282 ydxdyy
dxdy
assim temos 2a e
8b , então:
xx ceycey 22 42
8
Ex.-6 Resolva a equação diferencial 44\ yy .
a) Determine a função que passa pelo ponto 0,1 .
b) Determine a função que passa pelo ponto 1,0 .
c) Verifique se as funções satisfazem a equação.
Exercício
Resolva a equação diferencial:
E-22. 0186\ yy
E-23. 03\ yy
E-24. 02\ yy
E-25. 032\ yy
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E-26. 63\ yy
E-27. 342 \ yy
E-28. 22 \ yy
E-29. 63 \ yy
E-30. 1\ yy
E-31. 32\ yy
Resolva a equação diferencial e determine a função que passa pelo ponto dado:
E-32. 0102\ yy e 3,0
E-33. 93\ yy e 2,0
E-34. 02\ yy e 1,0
E-35. 32\ yy e 0,1
E-36. 153\ yy e 0,2
E-37. 55\ yy e 0,3
Respostas
R - 22 t
t key 63
R - 23 t
t key 3
R - 24 t
t key 2
R - 25 t
t key 2
23
R - 26 t
t key 32
R - 27 t
t key 2
43
R - 28 22 t
t key
R - 29 36 t
t key
R - 30 t
t key 1
R - 31 t
t key 2
23
R - 32
R - 33
R - 34
R - 35
R - 36
R - 37
2.2 – Fator Integrante
O objetivo é multiplicar a equação diferencial (2) por um fator integrante apropriado e assim
coloca-lo em uma forma integrável. Para determinar esse fator integrante, primeiro multiplicamos a Eq. (2)
por uma função xm , ainda indeterminada. Temos então
xxxxx
xxx
qmypmym
mqypy
\
\
. (5)
Devemos reconhecer o lado esquerdo da Eq.(5) como a derivada de alguma função. O fato de
que existem dois termos e um dos termos é \ym x sugere que o lado esquerdo da Eq.(5) pode ser a
derivada do produto ym x . Para que isto seja verdade, o segundo termo do lado esquerdo da Eq.(5),
ypm xx , deve ser igual a ym x\ . Isto, por sua vez, significa que xm deve satisfazer à equação
diferencial
xxx pmm \ . (6)
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Se admitirmos, temporariamente, que xm é positiva, podemos escrever a Eq.(6) como
0ln
\
xxxxx
x mparapmdxdp
mm
. (7)
Integrando os dois termos, tem-se:
0ln
0lnCdxpm
xx
xx ee
Cdxpm
.
0Cdxp
xxem . (8)
Observe que xm é positiva para todo x conforme admitido na Eq.(7).
Depois de determinarmos o fator integrante xm , voltamos à Eq.(5). Como xm satisfaz à
Eq.(6), a Eq.(5) se reduz a
xxx qmymdxd
. (9)
Integrando ambos os membros da Eq.(9), obtemos:
cdxqmym xxx
x
xx
mcdxqm
y
. (10)
Uma vez que y representa qualquer solução da Eq.(2), concluímos que toda solução da Eq.(2)
está incluída no segundo membro da Eq.(10). Portanto, esta expressão é uma solução geral da Eq.(2).
Observe que para se encontrar a solução dada pela Eq.(10) são necessárias duas integrações, a primeira
para ter xm pela Eq.(8) e a segunda para determinar y pela Eq.(10).
Nota-se primeiramente, que antes de determinar o fator integrante xm pela Eq.(8) é
necessário ter certeza de que a equação diferencial tem exatamente a forma da Eq.(2); em particular o
coeficiente de \y deve ser a unidade. De outra forma, a função xp usada para o cálculo de xm será
incorreta. Em segundo lugar, depois de encontrar xm e de multiplicar a Eq.(2) pelo fator integrante é
preciso verificar que os termos envolvendo y e \y são, de fato, a derivada de xm como devem ser.
Esta verificação proporciona certeza sobre a correção de xm . Como é natural, uma vez que se tenha
encontrado a solução y , é possível também verificar a sua correção, substituindo-a na equação
diferencial.
A interpretação geométrica da Eq. (10) é a de uma família de curvas, uma para cada valor de c .
Estas curvas são as curvas integrais da equação diferencial. Muitas vezes é importante selecionar um
membro da família de curvas integrais, o que faz pela identificação de um ponto particular 00 , yx
contido no gráfico da solução. Esta exigência se escreve, usualmente, como
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00yy x , (11)
e é conhecida como uma condição inicial. Uma equação diferencial de primeira ordem, como a Eq.(1) ou
Eq. (2), e uma condição inicial, como a Eq. (11), constituem, em conjunto, um problema de valor inicial.
Exemplo
Ex.-7 Determine a solução geral da equação diferencial 2\ 43 tyty .
tyt
y
tty
ty
tt
ttyty
43
43
43
\
2\
2\
tp
Ex.-8 Determine a solução do problema de valor inicial xeyy 2
\ e 10 y .
Ex.-9 Achar a solução do problema de valor inicial ttyy 2\ e 00 y .
Ex.-10 Achar a solução do problema de valor inicial tyy 2\ e 00 y .
Exercício
Determine a solução geral para a equação diferencial
E-38. tetyy 2\ 3
E-39. tetyy 22\ 2
E-40. 12\ tetyy
E-41. tyt
y 2cos31\ , 0t
E-42. teyy 32\
E-43. tyty sen2\ , 0t
E-44. 2
22\ ttetyy
E-45. 22\2 141 ttyyt
E-46. tyy 32 \
E-47. tetyty 2\
E-48. tteyy 2\ 3
E-49. 2\ 32 tyy
Ache a solução do problema de valor inicial proposto
E-50. tteyy 2\ 2 , 10 y
E-51. tteyy 2\ 22 , 01 y
E-52. 12 2\ ttyty , 21
1 y ,
0t
E-53.
2\ cos2
tty
ty , 0y , 0t
E-54. teyy 2\ 2 , 20 y
E-55. tyty sen2\ , 12
y
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25
E-56. teytyt 2\3 4 , 01 y E-57. tytty 1\ , 12ln y
Respostas
R - 38
tt
tCeety 32
91
3
R - 39
tt
tCeety 2
23
3
R - 40
ttt
tCeetey
193
22
R - 41
tCt
ttseny
t 2cos
942
32
R - 42
tt
tCeey 2
3
R - 43
221cos1
tCtsen
tt
ty
t
R - 44 tt e
Cty 2
3
R - 45
221 t
Ctarctgyt
R - 46 263 tt e
Cty
R - 47
Ctteety tt
t
2
R - 48
ttt
tCeetey 322
R - 49 tt te
Ct
ty 22
R - 50
R - 51
R - 52
R - 53
R - 54
R - 55
R - 56
R - 57
2.3 – Discussão sobre as Equações Lineares
Já foi visto que achar soluções dos problemas de valor inicial, com equações lineares de primeira
ordem, é possível mediante o fator integrante para transformar a equação diferencial numa forma
integrável. Agora vamos analisar algumas questões de natureza geral que são:
a) Os problemas de valor inicial mencionados têm sempre uma solução?
b) Podem ter mais de uma solução?
c) A solução vale para todos os t , ou somente para um intervalo restrito nas vizinhanças do ponto
inicial?
Teorema: Se as funções p e q são contínuas num intervalo aberto I : t , que contém o
ponto 0tt , então existe uma única função ty que satisfaz à equação diferencial
tt qypy \ para cada t em I e que também satisfaz à condição inicial 00yy t , onde 0y é
um valor inicial arbitrário.
O teorema afirma que dado um problema de valor inicial tem uma solução e também que a
problema tem somente uma solução. Em outra palavras, teorema assegura a existência e a unicidade da
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2
solução do problema de valor inicial tt qypy \ e 00yy t . Além disso, o teorema afirma que
a solução existe em algum intervalo I que contenha o ponto inicial 0t , no qual os coeficientes p e q
sejam contínuos. Isto é, a solução pode ser descontínua ou pode não existir, somente nos pontos onde
pelo menos uma das funções p e q seja descontínua. Estes pontos podem ser identificados, muitas
vezes, por simples inspeção.
Exemplo
Ex.-11 Determine o intervalo no qual o problema de valor inicial 2\ 42 tyty e 21 y , tem uma
solução única. Determine essa solução.
Ex.-12 Achar a solução do problema de valor inicial 12\ tyy e 5,00 y .
Obs.: t s
t dseref0
22
é a função erro, que foi extensamente tabelada e é considerada
uma função conhecida, dado um valor t , podem consultar uma tabela de valores de função erro,
ou então lançar mão de um procedimento numérico.
A seguir temos algumas das mais importantes propriedades das equações diferenciais lineares
de primeira ordem e respectivas soluções.
a) Há uma solução geral, com uma constante arbitrária, que inclui todas as soluções da equação
diferencial. Uma solução particular, que satisfaz a uma certa condição inicial, pode ser
determinada pela escolha conveniente do valor da constante arbitrária.
b) Há uma expressão fechada para a solução, a equação
x
xx
mcdxqm
y
ou a equação
x
t
t ss
m
ydsqmy
00
. Além disso, embora a expressão envolva duas integrações, é uma
solução explícita para ty e não uma equação defina implicitamente.
c) Os possíveis pontos de descontinuidade, ou singularidades, da solução podem ser identificados
(sem a resolução do problema) pela determinação dos pontos de descontinuidade dos
coeficientes. Assim, se os coeficientes forem contínuos para todos os t , então a solução
também existe e é contínua para todos os t
Exercício
Achar a solução geral da equação diferencial:
E-58. tyt
y sen1\ , 0t E-59.
tttyyt sen3\2 , 0t
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25
E-60. teyy t 22\ E-61. 12 \ tyy
RESPOSTAS
R - 58 tCt
ttseny t 2cos
432
23
R - 59
R - 60
R - 61
Bibliografia
BOYCE, W. E. & DIPRIMA, R. C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. Tradução Horacio Macedo. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 6ª ed. 532p.
ENGENHARIA Prof. Luiz Elpídio M. Machado CÁLCULO IV – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
24
Capítulo 3 – Equações Lineares de Segunda Ordem
3.1 Equações Homogêneas com os Coeficientes Constantes
Uma equação diferencial ordinária de segunda ordem tem a forma
dtdyyt
fdt
yd,,2
2
, onde f é
uma função conhecida. Dizemos que esta equação é linear quando a função f é linear em y e suas
derivadas, isto é, quando yqdtdypgf ttt
dtdyyt
,,
. Neste caso a equação fica
ttt gyqypy \\\ . Uma equação diferencial linear de segunda ordem é homogênea se o termo
tg for nulo para todo t .
Vamos dirigir a atenção para as equações nas quais as funções P , Q e R são constantes. Neste
caso a equação fica 0\\\ cybyay .
A equação 02 crbrar é a equação característica da equação diferencial
0\\\ cybyay , trtr ececy 2121 é uma solução esta equação diferencial.
Exemplo
Ex.-13 Achar a solução geral da equação 067 \\\ yyy .
Ex.-14 Dado 065\\\
yyy ,
20y e
3
\
0y .
a) Ache a solução do problema de valor inicial.
b) Faça o gráfico da função.
c) Determine o ponto crítico.
d) Descreva seu comportamento quando t aumenta indefinidamente.
Ex.-15 Achar a solução do problema de valor inicial 0384\\\
yyy ,
20y e
21\
0y . Faça o gráfico da
função e determine o ponto crítico. Descreva seu comportamento quando t aumenta.
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24
Exercícios
Achar a solução geral da equação diferencial proposta:
E-62. 032 \\\ yyy
E-63. 023\\\
yyy
E-64. 06 \\\ yyy
E-65. 032\\\
yyy
E-66. 05 \\\ yy
E-67. 094\\\ yy
E-68. 099 \\\ yyy
E-69. 022\\\
yyyDetermine a solução do problema de valor inicial dado. Desenhe o gráfico da solução e descreva
seu comportamento quando t aumenta.
E-70. Corrigir
E-71. 034 \\\ yyy ,
2
0y e
1
\
0y .
E-72. 056 \\\ yyy ,
4
0y e
0
\
0y .
E-73. 03 \\\ yy ,
2
0y e
3
\
0y .
E-74. 035 \\\ yyy ,
1
0y e
0
\
0y .
E-75. 042 \\\ yyy ,
0
0y e
1
\
0y .
E-76. 098 \\\ yyy ,
1
1y e
0
\
1y .
E-77. 04 \\ yy ,
1
2
y e
1
\
2
y .
E-78. 025\\\
yyy ,
10y e
1
\
0y .
Respostas
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17
R - 62
tt
tececy 3
21
R - 63
tt
tececy 2
21
R - 64
3
2
2
1
tt
tececy
R - 65
tt
tececy
2
2
1
R - 66
t
teccy 5
21
R - 67
23
2
23
1
tt
tececy
R - 68
tt
tececy 2
539
2
2539
1
R - 69
tt
tececy 31
2
31
1
R - 70
t
tey ; quando t temos que y .
R - 71
tt
teey 3
21
25
; quando t temos que 0y .
R - 72
23 812tt
teey ; quando t temos que y .
R - 73
t
tey 3
1
; quando t temos que 1y .
R - 74
tt
teey 2
1352
135
2613513
2613513
.
R - 75
tt
teey 4
3314
331
332
332
.
R - 76
199
109
101
tt
teey ; quando t temos que y .
R - 77
22
22
23
21
tt
teey ; quando t temos que y .
R - 78
tt
teey 2
3332
333
332337
332337
; quando t temos que y .
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18
3.2 – Raízes complexas da equação característica
A equação 0\\\ cybyay onde a , b e c são números reais. Se procurarmos
soluções de y como combinação de rtce , então r deve ser raiz da equação característica
02 crbrar . Se as raízes 1
r e 2
r foram complexas temos que ir 1
e ir 2
onde e são reais. As expressões correspondentes de y são
ti
tey
1
e
ti
tey
2
.
Pelo cálculo direto, podemos mostrar que o wronskiano de u e v é
t
tvueW
2
, .
Assim, desde que 0 , o wronskiano W não é zero, e assim u e v formam um conjunto
fundamental de soluções. Portanto, se as raízes da equação forem números complexos i ,então a
solução geral da equação 0\\\ cybyay é
tsenectecy tt
t
21cos , onde
1c e
2c são constantes arbitrárias.
Se 0 a função t
y é decrescente, se 0 a função t
y é crescente e se 0 a
função t
y oscila de forma permanente.
Exemplo
Ex.-16 Achar a solução geral de 0\\\ yyy .
Ex.-17 Achar a solução geral de 09\\
yy .
Ex.-18 Achar a solução do problema de valor inicial 0145816 \\\ yyy
2
0y e
1
\
0y .
Exercícios
Achar a solução geral da equação diferencial:
E-79. 022\\\
yyy
E-80. 062 \\\ yyy
E-81. 082\\\
yyy
E-82. 022 \\\ yyy
E-83. 0136 \\\ yyy
E-84. 094\\
yy
E-85. 025,12 \\\ yyy
E-86. 0499\\\
yyy
E-87. 025,1\\\ yyy
E-88. 025,64 \\\ yyy
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Achar a solução do problema de valor inicial proposto:
E-89. 04\\ yy ,
0
0y e
1
\
0y
E-90. 054 \\\ yyy ,
1
0y e
0
\
0y
E-91. 052 \\\ yyy , 0
2
y e 2\
2
y
E-92. 0\\ yy , 2
3
y e 4\
3
y
E-93. 025,12 \\\ yyy ,
3
0y e
1
\
0y
E-94. 022 \\\ yyy , 2
4
y e 2\
4
y
Respostas
R - 79
tsenectecy tt
t 21cos
R - 80
tsenectecy tt
t55cos
21
R - 81
tsenectecy tt
t77cos
21
R - 82
tsenectecy tt
t
21cos
R - 83
tsenectecy tt
t22cos
3
2
3
1
R - 84
23
23cos
21
tsenctcyt
R - 85
22cos
21
tsenectecy tt
t
R - 86
34
2
3
1
tt
tececy
R - 87
tsenectecytt
t
2
2
2
1cos
R - 88
23
23cos 2
2
2
1
tsenectecy tt
t
R - 89
tsenyt
221
a oscilação é estacionária.
R - 90
tsenetey tt
t
222cos
a oscilação é amortecida.
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R - 91
tseneyt
t22
a oscilação é crescente.
R - 92
tsentyt
321cos321 a oscilação é estacionária.
R - 93
tseneteytt
t
22
25cos3
a oscilação é amortecida.
R - 94
tseneteytt
t
44 2cos2
a oscilação é amortecida.
1.7 Bibliografia
BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno. 6.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.
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APLICAÇÃO
Oscilações Mecânicas
Equação do movimento da massa è
ttttFPkPPm
\\\
onde
m é a massa em kg
é a viscosidade do meio sm
N
k é a constante elástica da mola mN
tF força externa
Condições iniciais
00PP posição inicial
\
0
\
0PP velocidade inicial
Exemplo
Ex.-19 Um corpo de massa 4 kg estica uma mola 5 cm. O corpo é deslocado 15 cm, na direção positiva e depois é
solto. O corpo está em um meio que exerce uma resistência viscosa de 60N quando a sua velocidade é
0,5m/s. Determine a função que modela o movimento.
Resolução
a) Coeficiente elástico da mola
kdFm
kdmg mcmd 05,05 2
10 smg kgm 4
05,0104 k
k05,040
mNk 800
b) Coeficiente de viscosidade do meio
vFv
NFv
60 smv 5,0
5,060
605,0
msN120
c) Equação diferencial
ttttFPkPPm
\\\
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08001204
\\\
tttPPP
408001204
\\\
tttPPP
020030
\\\
tttPPP
d) Equação característica
020030 \\\
ttt
PPP
101
r e 202
r
e) Equação posição
trtr
tececP 21
21
tt
tececP 20
2
10
1
d) Condições
“O corpo é deslocado 15 cm”
mcmP 15,0150
Ex.-20 Um corpo de massa 10 kg provoca um deslocamento de 5cm em uma mola. Se o corpo for deslocado de 5cm
e depois posto em movimento, com velocidade inicial, de 0,2m/s, determine a posição do corpo nos instantes
posteriores.
Exercícios
E-95. Um corpo de 2kg de massa estica 15cm uma mola. Se o corpo for puxado mais 10cm e depois liberado, se não
houver resistência do ar, determine a sua posição em qualquer instante t .
E-96. Um corpo de massa 100g estica 5cm uma mola. Se o corpo for impulsionada, a partir do equilíbrio, com uma
velocidade para baixo de 10cm/s, e se não houver resistência do ar, determinar a posição em qualquer instante
t .
E-97. Um corpo, pesa 30N, estica em 8cm uma mola. Se o corpo for empurrado para cima, contraindo 3cm a mola, e
depois for impulsionado para baixo,com velocidade de 0,8m/s, e se não houver resistência do ar, achar a sua
posição em qualquer instante t .
E-98. Um corpo pesando 16N estica 10cm uma mola. O corpo está ligado a um amortecedor viscoso, com constante
de amortecimento 2Ns/m. Se o corpo for movimentado, da posição de equilíbrio, com velocidade para baixo de
0,6m/s, achar a sua posição em qualquer instante t .
E-99. Uma mola é esticada 10cm por uma força de 3N. Um corpo com massa de 2kg é pendurado na mola e também
é ligado a um amortecedor viscoso que exerce uma força de 3N quando a velocidade for 5m/s. Se o corpo for
puxado para baixo 5cm além da posição de equilíbrio, e receber uma velocidade inicial para baixo de 10m/s,
determinar a sua posição em qualquer instante t .
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Respostas
R - 95
tPt
16,8cos1,0
R - 96
tsenPt
14,140071,0
R - 97
tsentPt
18,11072,018,11cos03,0
R - 98
R - 99
Bibliografia
BOYCE, Willian E. & DI-PRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno.
6.e. Rio de Janeiro: LTC, 1997. 532p.