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Prof. Eng. Marcos Paulo P. de Oliveira Desenho Técnico Mecânico Apostila de Desenho Técnico Mecânico

Apostila de Desenho Técnico Mecânico · 2013. 3. 28. · Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção) 2. Desenho “NÃO” Projetivo Desenho não subordinado à correspondência,

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Prof. Eng. Marcos Paulo P. de Oliveira Desenho Técnico Mecânico

Apostila de Desenho Técnico

Mecânico

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

1

IntroduçãoO desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação

de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas

pelas diversas modalidades de engenharia e é um ramo especializado do desenho, caracterizado

pela sua normalização e pela apropriação que faz das regras da geometria.

Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações

escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica

universal da engenharia e da arquitetura.

Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação

da linguagem gráfica do desenho técnico exigem treinamento específico.

Exemplo:

Estas vistas, neste caso,

garantem o total entendimento do

desenho. A peça será construída a

partir dela.

Esta projeção será estudada

em um capítulo específico.

Verifique, na figura abaixo, se

você imaginou certo o perfil da peça.

Peça desenhada em 3D (TrêsDimensões).

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

2

A importância do Desenho Técnico

Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização

de boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos e muito

mais.

Na maioria dos casos as idéias são resumidas em desenhos que representam o que deve

ser executado ou construído ou apresentadas em gráficos e diagramas que mostram os resultados

dos estudos feitos.

Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente

ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só

para apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos

complicados.

Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o

ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação dos engenheiros ou técnicos,

pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém

sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor

geométrico, o espírito de iniciativa e de organização.

Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade técnica irá depender de uma

forma ou de outra, do desenho técnico.

A Origem do Desenho Técnico

A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu

gradualmente através dos tempos. Conforme histórico feito por HOELSCHER, SPRINGER E

DOBROVOLNY (1978) um dos exemplos mais antigos do uso de planta e elevação está incluído

no álbum de desenhos na Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de

1490.

No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o

matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária habilidade

como desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência

biunívoca entre os elementos do plano e do espaço. O sistema criado por Gaspar Monge,

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

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publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo

Desenho Técnico.

No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário

normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem

gráfica internacional, que simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercâmbio de

informações tecnológicas.

Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for

Standardization (NORMA ISO) normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como

linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.

Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos

utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não projetivos (gráficos, diagramas,

fluxogramas, dentre outros).

De acordo com a área o desenho projetivo aparece com vários nomes que correspondem a

alguma utilização específica.

Exemplos:

Desenho Mecânico

Desenho Elétrico/Eletrônico

Desenho Arquitetônico

Desenho de Máquinas

Desenho de Estruturas

Desenho de Tubulações

Normas Utilizadas em Desenho Técnico

NBR 10647 - Desenho Técnico – Norma Geral.

NBR 10067 – Princípios gerais de representação em Desenho Técnico.

NBR 10068 - Folha do Desenho – Layout e Dimensões.

NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico.

NBR 10582 - Apresentação da Folha para Desenho Técnico.

NBR 11534 – Representação de Engrenagens em Desenho Técnico.

NBR 12298 – Hachuras em Desenho Técnico.

NBR 13142 - Dobramento de Cópia para Arquivamento.

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4Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

NBR 6158 - Sistema de Tolerâncias e Ajustes.

NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura.

NBR 7191 - Normalização para obras de concreto.

NBR 8196 - Emprego de Escalas.

NBR 8402 - Execução de Caracteres para Escrita de Desenho Técnico.

NBR 8403 - Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipo e Espessura.

NBR 8404 - Indicação do estado de superfície em Desenho Técnico.

NBR 8993 - Representação de Partes Roscadas em Desenho Técnico.

Tipos de Desenho

1. De acordo com o aspecto geométrico

1.1. Desenho Projetivo

Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem

coincidir com o próprio desenho, compreendendo:

a) Vistas Ortográficas:

Figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre

planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a

forma do mesmo com seus detalhes.

b) Perspectivas:

Figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único

plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do

objeto.

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5Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

2. Desenho “NÃO” Projetivo

Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre

as figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga

variedade de representações gráficas, tais como:

a) Diagrama

b) Esquemas

c) Ábacos ou nomogramas

d) Fluxogramas

e) Organogramas

f) Gráficos

a) Diagrama

Desenhos no qual valores funcionais são representados em um

sistema de coordenadas.

b) Esquema

Figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas

relações e funções.

c) Ábaco ou nomograma

Gráfico com curvas apropriadas mediante o qual se

podem obter as soluções de uma equação determinada pelo

simples traçado de uma ou mais retas.

d) Fluxograma

Representação gráfica de uma seqüência de operações.

e) Organograma

Quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de uma

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6Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

organização, ou de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-

relações de suas unidades constitutivas.

f) Gráfico

Representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto

finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pontos

distintos.

3. Quanto ao grau de elaboração

3.1. Esboço

Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração

de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos

existentes ou à execução de obras.

3.2. Desenho Preliminar

Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do

projeto, sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto.

3.3. Croqui

Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão livre

e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade.

3.4. Desenho Definitivo

Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos necessários á

sua compreensão.

4. Quanto ao grau de pormenorização – (Grau de Detalhamento).

4.1. Desenho de componente

Desenho de um ou vários componentes representados separadamente.

4.2. Desenho de conjunto

Desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formar um todo.

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7Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

4.3. Detalhe

Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo.

5. Quanto ao material empregado

Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado.

6. Quanto à técnica de execução

Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou à máquina.

7. Quanto ao modo de obtenção

7.1. Original

Desenho matriz que serve para reprodução.

7.2.Reprodução

Desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo:

7.2.1. Cópia - reprodução na mesma escala do original.

7.2.2. Ampliação - reprodução maior que o original.

7.2.3. Redução - reprodução menor que o original.

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8Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Material de DesenhoO conhecimento do material de desenho técnico e os cuidados com ele são

fundamentais para a execução de um bom trabalho. A maneira correta de utilizar esse material

também, pois as qualidades e defeitos adquiridos pelo estudante, no primeiro momento em que

começa a desenhar, poderão refletir-se em toda a sua vida profissional.

Os principais materiais de desenho técnico são:

O papel;

O lápis;

A borracha;

A régua.

O Papel

Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados

obedecendo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas). O formato básico, designado por A0 é o do retângulo de lado medindo 841 e

1189 mm, tendo área de 1 m². A partir deste formato derivam os demais.

Existem ainda formatos menores que A4 e maiores que A0.

Figura Ilustrativa:

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9Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Tabela:

Formato DimensõesMargem Comprimento da

legenda

Espessurada Linha

Esquerda Outras Margem

A0 841 x1189 25 10 175 1,4

A1 594 x 841 25 10 175 1,0

A2 420 x 594 25 7 178 0,7

A3 297 x 420 25 7 178 0,5

A4 210 x 297 25 7 178 0,4

Ilustração da legenda A3 e a A4.

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10Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Dobramento do Papel

Nos formatos maiores do que o A4 será feito o dobramento da folha.

Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A

parte a é dobrada ao meio.

Para não perfurar a parte superior nos formatos A0, A1 e A2 faz se uma dobra triangular.

Indicação “direito”

Indicação “a”

Dobrar

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11Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Grafitas utilizadas para o Traçado

As grafitas são classificadas em macias, médias e duras. Elas são especificadas por letras

ou numerais e letras.

A Borracha

A borracha é um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia,

flexível e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.

A Régua

A régua é um instrumento de desenho que serve para medir o modelo, dependendo de

sua precisão, e transportar as medidas obtidas para o papel, quando o modelo exigir

maior precisão utilizaremos outros instrumentos, como o paquímetro.

A unidade de medida utilizada em desenho técnico, em geral, é o milímetro.

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Desenho Técnico Mecânico

ABCDEFGHIJKLMNOPQ

RSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz

Caligrafia TécnicaCaligrafia técnica são caracteres usados para escrever

legível e facilmente desenhável.

O traçado das letras pode ser

horizontal.

Exemplo de letras maiúsculas

Exemplo de letras minúsculas

Exemplo de algarismos

Proporção nas letras(Fonte “Arial” do Software Microsoft Word

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvw

0123456789

Caligrafia Técnicatécnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve

traçado das letras pode ser no sentido vertical ou com uma inclinação de 65° a 75°

letras maiúsculas

letras minúsculas

Fonte “Arial” do Software Microsoft Word)

Inclinação de 75ºcom a Horizontal

Sem Inclinação

mail: [email protected]

12

caligrafia deve ser

de 65° a 75° com a

Inclinação de 75ºcom a Horizontal

Sem Inclinação

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13Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Figuras GeométricasDesde o início da história do mundo, o homem tem se preocupado com a forma, a

posição e o tamanho de tudo que o rodeia.

Essa preocupação deu origem à geometria que estuda as formas, os tamanhos e as

propriedades das figuras geométricas.

Figura geométrica é um conjunto de pontos.

Veja abaixo duas figuras geométricas.

As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das

maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. O desenho técnico

permite representar peças de oficina, conjuntos de peças, projetos de máquinas, etc.

Para compreender as figuras geométricas é indispensável ter algumas noções de ponto,

linha, plano e espaço.

Ponto

O ponto é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o

ponto observando:

Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel;

Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel.

Graficamente temos um ponto através do cruzamento de duas linhas

.

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14Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Linha

As linhas podem ser curvas ou retas.

Linha reta ou reta

A reta não tem início nem fim, ela é infinita.

Através do ponto A definem-se duas semi – retas.

Ponto A

Semi-Reta

Semi-Reta

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15Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Semi-reta

A semi-reta sempre tem origem mas não tem fim, conforme ilustrado na figuraacima.

Segmento de Reta

Trecho da reta. Entre os pontos A e B temos um segmento de reta.

De acordo com a posição no espaço, a reta pode ser:

Plano ou superfície plana

O plano é também chamado de superfície plana.

Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma

idéia do

plano.

É comum representar o plano da seguinte forma:

De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser:

Ponto A Ponto B

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Desenho Técnico Mecânico

Figuras planas

As figuras planas têm várias formas.

com sua forma:

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia

Horizontal

mail: [email protected]

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nome das figuras planas varia de acordo

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17Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Sólidos GeométricosO sólido geométrico é formado por figuras planas que se sobrepõem umas às outras.

As principais características do sólido geométrico são as três dimensões: comprimento,

largura e altura.

Exemplos de Prismas:

Prismas são sólidos geométricos que recebem o nome da figura que o gerou.

Elementos do Prisma:

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18Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Pirâmide

A pirâmide é outro tipo de sólido geométrico. Ela é formada por um conjunto de

planos que decrescem infinitamente.

Elementos da Pirâmide

Prisma Quadrangular (Cubo)Prisma Hexagonal

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19Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Tipos de Pirâmide

Existem diferentes tipos de pirâmide. Cada tipo recebe o nome da figura plana que lhe

deu origem.

Sólido de revolução

O sólido de revolução é outro tipo de sólido geométrico. Ele se forma pela rotação

da figura plana em torno de seu eixo.

A figura plana que dá origem ao sólido de revolução é chamada figura geradora.

As linhas que contornam a figura geradora são chamadas linhas geratrizes.

Pirâmide Triangular

Pirâmide Quadrangular

Pirâmide Retangular

Pirâmide Pentagonal Pirâmide Hexagonal

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20Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Os sólidos de revolução são vários. Entre eles destacamos:

O cilindro.

O cone.

A esfera.

Cilindro - é o sólido de revolução cuja figura geradora é o retângulo.

Cone - é o sólido de revolução cuja figura geradora é o triângulo.

Esfera - é o sólido de revolução cuja figura geradora é o círculo.

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21Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

PerspectivaPerspectiva é a representação gráfica dos objetos tridimensionais. Ela pode ser feita

de várias maneiras, com resultados diferentes, que se assemelham mais ou menos à visãohumana.

Abaixo estão sendo mostrados três tipos de perspectivas:

Perspectiva Isométrica Perspectiva Cavaleira Perspectiva Dimétrica

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22Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Características de cada uma delas:

Perspectiva Isométrica:

Perspectiva Cavaleira:

Perspectiva Dimétrica:

Comprimento: Escala 1:1.Largura: Escala 1:2.Altura: Escala 1:1.Ângulo α = 45º.

Comprimento: Escala 1:1.Largura: Escala 1:1.Altura: Escala 1:1.Ângulo α = 30º.Ângulo β = 30º.

Comprimento: Escala 1:1.Largura: Escala 1:2.Altura: Escala 1:1.Ângulo α = 42º.Ângulo β = 7º.

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23Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Perspectiva Isométrica

Perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que o

objeto se situa num sistema de três eixos coordenados (axonometria). Estes eixos fazem

entre si um ângulo de 120º, conforme ilustrado na figura abaixo.

Eixos Isométricos:

Figura Ilustrativa de um cubo:

Círculo Isométrico

Para a construção da perspectiva do circulo é necessária a construção de uma das

faces do cubo isométrico, que possui arestas do tamanho do diâmetro do círculo que se vai

desenhar.

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24Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

3 – Pelos pontos 1 e 2 traçar linhas atéos pontos médios opostos definindo ospontos 3 e 4.

4 – Pelos pontos 3 e 4 traçar os arcosde concordância.

Seqüência de construção:

Exercícios de Fixação

01)

1 – Marcar os pontos médios dos lados 2 – Traçar os arcos (Diagonal menor)

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25Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

02)

03)

04)

05)

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26Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

06)

07)

08)

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27Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

09)

10)

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28Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

EscalaEscala é a relação entre as medidas da peça e do desenho.

A escala é necessária porque nem sempre os desenhos são do mesmo tamanho das peças a

serem construídas.

Assim, quando se trata de uma peça muito grande, o desenho é feito em tamanho menor

com redução igual em todas as medidas e quando se trata de uma peça muito pequena há um

aumento em todas as suas medidas, a este processo denominamos redução ou ampliação do

desenho respectivamente.

Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da

peça.

A indicação da escala do desenho é feita por numerais separados por dois pontos. O

numeral à

esquerda dos dois pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos dois

pontos representa as medidas reais da peça.

Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o tamanho

do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.

A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1.

As cotas não são alteradas pelo uso das escalas

Escalas recomendadas

Veja, a seguir, as escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR

8196/1983.

CATEGORIA ESCALAS RECOMENDADAS

Escalas deampliação

20:1 50 : 1 10:1

2:1 5:1

Escala natural 1:1

Escala deRedução

1:2 1:5 1:10

1:20 1:50 1 : 100

1 : 200 1 : 500 1 : 1 000

1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000

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29Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Entendimento das Escalas:

Escala Natural

Escala 1:1 (lê-se Escala um pra um).

Escala de Redução

Escala 1:20 (lê-se Escala um para vinte).

Escala de Ampliação

Escala 2:1 (lê-se Escala dois pra um).

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Desenho Técnico Mecânico

Sistemas de ProjeçõesProjeção é a representação

Projeção é a representação do objeto no papel com suas dimensões reais,

permitindo sua construção

O objeto apresenta três dimensões e o plano de representação apresenta somente

Para a representação gráfica de um

operação e também necessitamos conhecer 3 elementos fundamentais:

1. O Modelo

2. O Observador

3. O Plano de Projeção

Em Desenho Técnico utilizamos 2 planos

projeções:

a) Plano vertical (PV).

b) Plano horizontal (PH).

Modelo

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Sistemas de ProjeçõesProjeção é a representação gráfica de um objeto no plano

Projeção é a representação do objeto no papel com suas dimensões reais,

dimensões e o plano de representação apresenta somente

Para a representação gráfica de um objeto necessitamos de um artifício que justifique a

operação e também necessitamos conhecer 3 elementos fundamentais:

utilizamos 2 planos, ortogonais entre si, para a representação das

vertical (PV).

horizontal (PH).

Observador Plano de Projeção

mail: [email protected]

30

Projeção é a representação do objeto no papel com suas dimensões reais,

dimensões e o plano de representação apresenta somente duas.

objeto necessitamos de um artifício que justifique a

para a representação das

Plano de Projeção

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31Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

O método de representação de objetos em 2 planos perpendiculares entre si foi criado por

um matemático francês chamado Gaspard Monge, por isso este método é também chamado de

“Método Mongeano”.

A geometria descritiva foi criada por ele e esta serviu de base para o desenho Técnico.

A intersecção de dois planos perpendiculares gerou os 4 diedros da geometria descritiva.

O que são os diedros?

Diedros são regiões limitadas por 2 planos perpendiculares entre si, um plano

vertical (PV) e um plano horizontal (PH), ou seja, um objeto colocado em qualquer diedro

terá as duas projeções vertical e horizontal.

Os diedros são numerados no sentido anti-horário (sentido contrário do movimento

dos ponteiros do relógio).

Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método Mongeano, adota a

projeção no 1º diedro.

No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) recomenda a

representação no 1º diedro.

Ao interpretar um desenho técnico procure identificar, de imediato, em que diedro

ele está representado.

O objetivo é visualizar o objeto em um só plano, então, é feita a chamada “épura”

ou planificação do diedro, que consiste na rotação do plano horizontal no sentido horário

enquanto o plano vertical..

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Desenho Técnico Mecânico

1º Diedro – Método Alemão

O modelo se encontra entre o observador e o plano de projeção.

Este sistema é também chamado

DIN – Deutsch Insdustrie Nomen

Normas Técnicas.

O símbolo indicativo do 1º Diedro é o seguinte:

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Método Alemão

O modelo se encontra entre o observador e o plano de projeção.

também chamado de “Método Europeu” e é adotado pela norma alemã

Insdustrie Nomen e também pela ABNT – Associação Brasileira

O símbolo indicativo do 1º Diedro é o seguinte:

mail: [email protected]

32

O modelo se encontra entre o observador e o plano de projeção.

adotado pela norma alemã

Associação Brasileira de

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Desenho Técnico Mecânico

Projeção OrtogonalCada plano recebe um nome de acordo com sua posição.

As projeções são chamadas vistas, conforme a ilustração a seguir.

Estudaremos as projeções no 1º Diedro.

O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de

projeção que gira para a direita é plano de projeção late

Exemplo do rebatimento nos planos

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Projeção OrtogonalCada plano recebe um nome de acordo com sua posição.

projeções são chamadas vistas, conforme a ilustração a seguir.

Estudaremos as projeções no 1º Diedro.

O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de

projeção que gira para a direita é plano de projeção lateral.

Exemplo do rebatimento nos planos

mail: [email protected]

33

O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de

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Desenho Técnico Mecânico

Tipos de LinhasPara desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Vamos

b) Linha para arestas e contornos visíveis

c) Linha para arestas e contornos

d) Linha de Centro

e) Linha de simetria

a) Linha para arestas e contornos visíveis

É uma linha contínua e grossa.

b) Linha para arestas e contornos não

É uma linha tracejada e fina.

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Tipos de LinhasPara desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Vamos citar algumas delas:

Linha para arestas e contornos visíveis

Linha para arestas e contornos não-visíveis

Linha para arestas e contornos visíveis

É uma linha contínua e grossa.

Linha para arestas e contornos não-visíveis

tracejada e fina.

mail: [email protected]

34

citar algumas delas:

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Desenho Técnico Mecânico

c) Linha de Centro

É uma linha fina formada por traços e pontos

f) Linha de simetria

É uma linha fina formada por traços e pontos alternadoso modelo é simétrico.

Modelo simétrico:

No exemplo abaixo a peça é simétrica apenas em um sentido.

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Linha de Centro

É uma linha fina formada por traços e pontos alternados

Linha de simetria

É uma linha fina formada por traços e pontos alternadoso modelo é simétrico.

Modelo simétrico:

No exemplo abaixo a peça é simétrica apenas em um sentido.

mail: [email protected]

35

alternados.

É uma linha fina formada por traços e pontos alternados que indica que

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Desenho Técnico Mecânico

Abaixo segue um exemplo dos

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Abaixo segue um exemplo dos Tipos de Linhas

mail: [email protected]

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37Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

CotagemCotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho. Para a cotagem de um

desenho são necessários alguns elementos:

a) Linhas de cota são linhas contínuas finas, com setas nas extremidades. As cotas

são colocadas sobre estas linhas, mas não a tocam.

b) A linha de chamada é uma linha contínua fina que limita as linhas de cota.

c) Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus

elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.

Observe a figura abaixo:

Linha de Cota

Cota

Linha de ChamadaSeta

Distância

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38Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Outros detalhes:

As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cota. As linhas

auxiliares também guardam uma pequena distância das vistas do desenho técnico.

Em desenho mecânico, normalmente a unidade de medida usada é o milímetro (mm), e é

dispensada a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra distinta do milímetro

(por exemplo, a polegada), coloca-se seu símbolo.

Exemplo de uma peça cotada:

Cotagem de Diâmetros:

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39Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Cotagem de Raios:

Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação para

facilitar a leitura.

Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e

inclinados de cerca de 30º.

Cotagem de elementos esféricos

A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de

seus raios.

a) ESF = Esférico

b) Ø = Diâmetro

c) R=Raio

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40Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Cotagem de elementos angulares

Cotagem de ângulos em peças cilíndricas

Cotagem de Chanfros

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41Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Em eixos e à 45º.

Cotagem em espaços reduzidos

Para cotar em espaços reduzidos, é necessário colocar as cotas conforme os desenhos

abaixo. quando não houver lugar para setas, estas substituídas por pequenos traços oblíquos.

Cotagem por faces de referência

A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada

como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.

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42Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Cotagem aditiva em duas direções:

Cotagem por coordenadas

Cotagem por linhas básicas

Furo X Y Ø

1 8 8 42 8 38 43 22 15 54 22 30 35 35 23 66 52 8 47 52 38 4

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43Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Cotagem de furos espaçados igualmente

Cotagem Simplificada

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44Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Indicações especiais

Raio definido por outras cotas

O raio deve ser indicado com o símbolo R sem cota quando o seu tamanho for definidopor outras cotas.

Cotas fora de escalaAs cotas fora de escala, nas linhas de cota sem interrupção, devem ser sublinhadas.

Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos

A relação de conicidade 1:20 indica que a cada 20

milímetros do comprimento da peça, diminui-se um milímetro

do diâmetro.

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45Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Desenho em CorteCorte

Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre

imaginário. ele permite ver as partes internas da peça.

Hachuras

Na projeção em corte, a superfície imaginária cortada é preenchida com hachuras.

Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada cortada,

mostram também os tipos de materiais.

O hachurado é traçado com inclinação de 45º graus.

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46Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Indicação do Corte

Corte na Vista Frontal

Corte na Planta

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47Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Corte na Lateral Esquerda

Observações:A expressão “Corte AA” é colocada embaixo da vista hachurada.As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.Na vista hachurada, as linhas tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não dificulte a leiturado desenho.

Mais de um Corte no desenho

Na vista Lateral esquerda

Na vista Frontal

Representação dos dois cortes

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48Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Exemplo de Desenho em Corte(Cotado)

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49Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Outros exemplos de Corte

Corte Total

Pode – se aplicar o recurso do corte a qualquer uma de suas projeções (Elevação, Planta e

lateral esquerda). O objeto será cortado por um plano de corte ou plano secante na posição

adequada para que os detalhes internos sejam representados de forma clara e objetiva.

No exemplo abaixo o plano de corte adotado é um plano de simetria.

No caso abaixo a projeção em corte total é a elevação. A seção plana é destacada no

desenho pelas linhas de hachura e a posição do plano de corte está indicada na planta.

O nome do corte é colocado abaixo da projeção representada em corte.

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50Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Corte Total

O corte total é feito por um plano paralelo a um dos planos de projeção. A projeção em

corte pode ser uma das projeções principais do objeto.

O traço do plano de corte é indicado por linha traço ponto estreita. È freqüente o uso da

linha de centro ou eixo de simetria como indicação da posição do corte.

Nas extremidades da linha que indica o plano de corte são desenhados segmentos com

traço largo, em que se apóiam as setas indicativas do sentido de rebatimento do plano de corte.

Ao lado das setas indicamos as letras que dão nome ao corte (AA, BB, etc).

Se a posição do plano de cortefor muito evidente, suaindicação pode ser omitida dodesenho.

As linhas invisíveis além doplano de corte poderão seromitidas se isto não impedir acorreta interpretação dodesenho.

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51Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Caso Particular(Corte longitudinal em paredes finas)

São consideradas finas as paredes que formam as nervuras ou reforços e paredes, em

geral, de espessuras sensivelmente mais finas que as medidas do objeto.

A seção plana destes elementos não deve receber hachuras quando o plano secante for

longitudinal aos mesmos.

O exemplo abaixo mostra a diferença de análise entre o corte longitudinal e o transversal

de uma nervura.

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Desenho Técnico Mecânico

Corte por Planos Paralelos

É aplicado nos casos em que os detalhes do objeto não podem ser cortados por um único

plano de corte. Podem ser usados dois ou mais planos paralelos

mais adequada.

A vista representada em corte não delimita as seções definidas pelos diferentes planos

utilizados. Esta vista se apresenta como se houvesse um único plano secante. As hachuras são

desenhadas de forma contínua.

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Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Corte por Planos Paralelos

É aplicado nos casos em que os detalhes do objeto não podem ser cortados por um único

plano de corte. Podem ser usados dois ou mais planos paralelos que devem ser indicados na vista

A vista representada em corte não delimita as seções definidas pelos diferentes planos

utilizados. Esta vista se apresenta como se houvesse um único plano secante. As hachuras são

A planta mostra a posição dostrês planos de corte utilizadospara seccionar os detalhes doobjeto.

A elevação é representadacomo uma única seção.

mail: [email protected]

52

É aplicado nos casos em que os detalhes do objeto não podem ser cortados por um único

que devem ser indicados na vista

A vista representada em corte não delimita as seções definidas pelos diferentes planos

utilizados. Esta vista se apresenta como se houvesse um único plano secante. As hachuras são

A planta mostra a posição dostrês planos de corte utilizados

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53Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Corte Rotacionado

O corte rotacionado é feito com, pelo menos, dois planos de corte concorrentes. O objeto

deve ter um núcleo básico de revolução, com detalhes distribuídos à sua volta, com a

possibilidade de um dos planos de corte rebatido em torno do eixo do núcleo.

A vista em corte é desenhada após o rebatimento de um dos planos secantes.

No desenho abaixo a elevação é desenhada com as medidas de referência da planta, após

o rebatimento.

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54Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Meio Corte

O meio corte pode ser utilizado somente se o objeto for simétrico. A projeção

representada em meio corte tem as seguintes características:

a) Do lado esquerdo do eixo de simetria desenha-se a meia vista do objeto.

b) Do lado direito do mesmo eixo desenha-se o meio corte.

c) Na meia Vista não são representadas as linhas invisíveis.

A representação em meio corte contém metade da vista do objeto em corte e a outra

metade em vista. A meia vista e o meio corte são separados pelo eixo de simetria.

A representação em meio corte pode ocorrer com o eixo de simetria na posição horizontal.

Neste caso é recomendado pelo norma técnica desenhar a metade em corte abaixo do eixo de

simetria.

A norma técnica não estabeleceindicação para o meio corte.

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55Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Corte Auxiliar

O corte auxiliar ocorre quando o plano secante não é paralelo a nenhum dos planos de

projeção. O corte auxiliar deve ser desenhado na direção definida pelas setas indicativas do

sentido da projeção.

Corte Parcial

O corte parcial indica detalhes internos em uma vista do objeto e é delimitado pelo

contorno do desenho e por linhas de ruptura. Não há necessidade de indicação para o corte

parcial.

Corte Parcial

Corte Auxiliar

Linha de Ruptura – Sinuosa e Estreita

Tradicionalpara eixos

Outra opção

Ruptura

NBR 10067

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56Desenho Técnico Mecânico 1º Edição (em construção)

Seções

A seção mostra apenas os detalhes do objeto pertencentes ao plano secante.