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ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL€¦ · tário (DU) da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). Com o tema “Ensinar e aprender Medicina: de-safi os do presente,

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Jornal AMRIGS 3

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SULEntidade fi liada à Associação Médica Brasileira - AMBFundação em 27/10/1951 - Av. Ipiranga, 5311CEP 90610-001- Porto Alegre/RS - Tel: (51) 3014.2001Instituto Vida SolidáriaTel: (51) 3014.2002 - www.amrigs.org.br

DIRETORIA – Gestão 2014/2017Presidente: Alfredo Floro Cantalice NetoVice-Presidente: Jair Rodrigues Escobar  Diretor Administrativo: Arthur da Motta Lima NettoDiretor de Finanças: Marcelo Scarpellini SilveiraDiretor do Exercício Profi ssional: Jorge Utaliz Guimarães SilveiraDiretor Científi co: Jair Rodrigues Escobar Diretor de Assistência e Previdência: Geraldo Vargas Barreto VianaDiretora de Normas: Lizete Pessini PezziDiretor de Comunicação: Jorge Alberto Bianchi TellesDiretor de Integração: Bernardo Avelino AguiarDiretor da UniAMRIGS: Antonio Carlos WestonDiretor de Patrimônio: Dirceu Francisco de Araújo RodriguesCONSELHO DE REPRESENTANTESPresidente: Rosemarie Lopes Gomes Primeira Secretária: Miréia Simões Pires WayhsSegundo Secretário: Marcelo Lopes IgansiCONSELHEIROS NATOSEx-Presidentes da AMRIGS: Hans Ingomar Schreen, Martinho Álvares da Silva e Newton Barros.Ex-Presidentes do CR: Albino Júlio Sciesleski, Anis Hauad, Bruno Wayhs, Gilberto Pereira Gomes, James Ricachenevsky, José Carlos H. Duarte dos San-tos, Juarez Monteiro Molinari, Lia Mariza Cerutti Scortegagna, Luiz José Varo Duarte, Marília Thomé da Cruz, Miréia Simões Pires Wayhs, Roger Lahorgue Castagno, Stela Maris Scopel Piccoli e Túlio Miguel Schein Wenzel.CONSELHEIROS ELEITOSAda Lygia M.de Pinto Ferreira, Armindo Pydd, Carlos Roberto Hecktheuer, Enio Paulo Pereira de Araújo, Fernando Egídio Batista Oliveira, Genaro Lai-tano, Germano Mostardeiro Bonow, Gisele Rodrigues Lobato, Hélio Marti-nez Balaguez, Itamar Sofi a do Canto, Izaias Ortiz Pinto, João Antonio da S. Stucky, João Carlos Kabke, José Paulo Rotunno Corrêa, Luiz Antonio Lucca, Luiz Bragança de Moraes, Marcelo Lopes Igansi, Mirian Beatriz Gehlen Ferrari, Nicolau Laitano, Niura Terezinha Tondolo Noro, Norma Beatriz Dutra Benve-nuti, Renato Menezes de Boer, Roberto Cesar Costa, Rosa Mary Lech da Silva, Rosalvo Ottoni Costa, Rosemarie Lopes Gomes, Sonia Elisabete S. Kunzler, Trajano Henke e Walter Neumaier.DELEGADOS JUNTO À AMBAnna Maria Costa Aguiar, Dirceu Francisco de Araújo Rodrigues, Juarez Mon-teiro Molinari, Miréia Simões Pires Wayhs e Roger Lahorgue Castagno.JORNAL AMRIGSÓrgão Ofi cial da Associação Médica do Rio Grande do SulFundado em 15/10/1952Produção editorial e fotografi a:Assessoria de Comunicação da AMRIGSEdição: PlayPress Assessoria e ConteúdoJornalista responsável: Marcelo Matusiak – Mtb 10063Diretoria de Comunicação: Jorge TellesNúcleo de Comunicação e Marketing: Luciana CorsoArte: Rafael AzeredoColaboração: Juliana Demarco (estagiária de jornalismo)Editoração: Solo editoração e design gráfi coImpressão: Gráfi ca OdisséiaTiragem: 5 mil exemplaresPeriodicidade: TrimestralContato: [email protected]

Anuncie no Jornal AMRIGSContatos e informações sobre anúncios podem ser

obtidos pelo telefone (51) 3233.7334 ou pelo e-mail [email protected], com Alexandre Dallapicolla.

Editorial

Índi

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A atitude tomada pelos deputados na Câmara Federal, na madrugada do dia 30 de novembro, desfi gu-rando o pacote que reúne um conjunto de medidas de combate à corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal e que foi avalizada por mais de dois milhões de assinaturas de cidadãos, é digna de repúdio. 

A AMRIGS defende a total validação das dez me-didas encaminhadas pelo MPF ao Congresso Nacional. Não existe razão para que os nossos parlamentares se posicionem contrariamente aos anseios da população brasileira, que clama pelo fi m da corrupção. 

Dentre tantas mazelas que os desvios de recursos públicos causam, é im-portantíssimo destacar o quanto esse tipo de ação é maléfi ca para a saúde dos brasileiros. A fraude fi scal e outras formas de desperdício do dinheiro público são fatores que geram a crise permanente que o sistema de saúde do país vive há vá-rios anos. Menos desperdício e menos corrupção são aspectos fundamentais para reverter esse quadro que causa desolação e desânimo entre os profi ssionais que atuam na área.

No Brasil, a saúde pública é tratada de forma totalmente inadequada. Médi-cos e agentes de saúde são poucos e mal pagos. Os cidadãos enfrentam fi las em hospitais e postos de saúde. Há falta de leitos, UTIs, equipamentos, hospitais e unidades ambulatoriais que atendam à demanda existente. A impunidade da cor-rupção só aumenta esse tipo de situação, gerando desvio de recursos e incentivo às fraudes. 

Por isso, entendemos que não há mais espaço para a existência de estrutu-ras que favoreçam a prática de qualquer ilegalidade no Brasil. A corrupção é um câncer que precisa ser eliminado do seio da sociedade brasileira. Práticas que pre-judicam o desenvolvimento social do nosso país devem ser extintas com a maior brevidade possível. Os deputados, talvez, tenham perdido uma oportunidade ím-par de ouvir o clamor da população e darem uma resposta adequada. Ao contrário, praticando alterações descabíveis no pacote apresentado pelo Ministério Público Federal, acabam por prestar um desserviço à Nação. 

A AMRIGS luta, permanentemente, pela melhoria do sistema de saúde no país. Infelizmente, só podemos lamentar que o Brasil, hoje, esteja sem ética e sem saúde, com milhares de pessoas buscando, desesperadamente, atendimento mé-dico-hospitalar e não conseguindo receber os cuidados que necessitam. Será que os nossos parlamentares não conseguem observar a situação de calamidade que a saúde pública vive atualmente? E que poderiam ter contribuído para amenizar este quadro e não agravá-lo? 

Esperamos, sinceramente, que todos nós possamos viver novos tempos no Brasil. Onde a corrupção, os desmandos, os desvios de dinheiro façam parte do passado. Que tenhamos gestores e representantes públicos que contribuam, efetivamente, para o fortalecimento da sociedade brasileira. E isso passa por go-vernantes e parlamentares que priorizem iniciativas que gerem saúde, educação, segurança e investimento social. Mais do que um desejo, é um apelo que fazemos, na defesa dos interesses dos cidadãos brasileiros, cansados de abusos e desman-dos.

Alfredo Floro Cantalice NetoPresidente da AMRIGS

Sem ética e sem saúdePalavra do Presidente

04 Caravanas AMRIGS

07 AMRIGS 65 anos

10 SINAM RS

12 Natal no Hospital Santo Antônio

20 Exercícios para cada idade

Expediente

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AMRIGS em Ação

Em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a Caravana AMRIGS esteve presente na região Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul,

com o debate sobre o “Os agrotóxicos e os riscos à saú-de”. Em Ijuí, o evento esclareceu os riscos do uso de defensivos agrícolas por exposição ocupacional ou am-biental. A palestrante, bióloga Vanda Garibotti, lem-brou que a exposição humana pode não ser exclusiva do contato direto, mas também através do contato das pessoas com os resíduos dos agrotóxicos na água, solo, ar e/ou alimentos.

Já a região Noroeste debateu o tema em evento que contou com as participações das médicas da Se-cretaria Estadual de Saúde e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Regina Michel e Virgínia Dapper, que fi zeram um alerta sobre o assunto, considerado caso de saúde pública, e afi rmaram que o poder públi-co deve incentivar a produção de alimentos orgânicos, livres de defensivos agrícolas.

Na cidade de Cruz Alta, a bióloga Vanda Garibotti trouxe uma abordagem do cenário atual, o qual coloca o Brasil como líder no ranking de países que mais uti-lizam agrotóxicos. A média é de 7,5 litros consumidos por pessoa em um ano.

Passo FundoCom o objetivo de reduzir as estatísticas de mor-

tes maternas e perinatais devido a complicações da pré-eclâmpsia, os ginecologistas, os obstetras e os ultrassonografi stas têm buscado conscientizar a po-

pulação sobre as principais formas de prevenção da doença. Este foi o tema da palestra do médico ginecologista, obste-tra e diretor de Comunicação da AMRIGS, Jorge Telles.

IraíNa edição da Caravana AMRIGS re-

alizada em Iraí, o mestre e doutor em ci-rurgia, Gerson Junqueira, abordou os tipos existentes de tumores cutâneos, seus diagnósticos e respectivos tratamentos. O evento reuniu médicos da cidade e re-gião. Segundo o palestrante, a localidade apresenta alta incidência de câncer de pele, ao contar com um grande número de

imigrantes alemães e italianos, que apresentam pele muito clara.

Serenatas de NatalAo longo do ano de 2016, foram realizadas 26

Caravanas AMRIGS em diversas localidades do Rio Grande do Sul, com grande sucesso e repercussão. Em sua última edição, no dia 1º de dezembro, a Caravana intitulada “Serenatas de Natal “ levou o Grupo Vocal AMRIGS/IVS para cantar nos corredores do Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves. Em parceria com a Pre-feitura da cidade, a ação proporcionou momentos de alegria e confraternização entre os pacientes, os médi-cos, os enfermeiros e os funcionários do hospital.

Assista ao vídeo da Caravana AMRIGS “Serenatas de Natal”, disponível em facebook.com/amrigs.

Agende uma edição da Caravana AMRIGS na sua cidade, em 2017, através do fone (51) 3014.2007, com Maria da Graça Schneider, ou por e-mail: [email protected]

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Última edição da Caravana AMRIGS em 2016 levou músicas natalinas a hospital de Bento Gonçalves

Última edição da Caravana, em 2016, contou com a apresentação do Grupo Vocal AMRIGS/IVS, em hospital de Bento Gonçalves

Uso de agrotóxicos, pré-eclâmpsia e câncer de pele foram temas das Caravanas AMRIGS

Conselheiros da AMRIGS, Lia Scortegagna e Marcelo Igansi, homenageiam Gerson Junqueira

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AMRIGS em Ação

Anegligência da atual administração do Instituto de Previ-dência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) levou as entidades médicas gaúchas (AMRIGS, SIMERS E CRE-

MERS) a suspenderem as atividades na Comissão Paritária, criada em 2004, reunindo a direção do órgão estadual e os representantes dos médicos e hospitais.

Há cinco anos sem nenhum tipo de reajuste dos honorários, os médicos temem pelo futuro do atendimento dos funcionários públicos e se negam a ser coniventes com o desmonte do IPE Saú-de. A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), o Sindi-cato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), por meio de seus presidentes, respectivamente Alfredo Floro Cantalice Neto, Paulo de Argollo Mendes e Rogério Wolf de Aguiar, já comunicaram a decisão ao governador José Ivo Sartori, de quem esperam providências para a reversão deste quadro.

As entidades médicas gaúchas reiteram sua permanente disposição para o diálogo e a procura do entendi-mento.

Entidades médicas deixam Comissão Paritária do IPERGSAMRIGS, SIMERS E CREMERS cobram do governador José Ivo Sartori providências para reverter o atual descaso para com os médicos

Uma nova percepção sobre a Medicina, os de-safi os do ensino e as expectativas da prática do ofício nortearam os fóruns de debate em

dois eventos que contaram com a participação dos estudantes que integram o Departamento Universi-tário (DU) da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). 

Com o tema “Ensinar e aprender Medicina: de-safi os do presente, expectativas do futuro”, o 54° Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM), promovido pela Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), ocorreu em Brasília nos dias 13, 14 e 15 de outubro. As estudantes Nathalia Preissler Vaz Silveira e Crislaine Padilha representaram o DU.

- A experiência foi extremamente gratifi cante. O evento reúne docentes, discentes e formadores de opinião para discutir diversos temas sobre o ensino da Medicina - destacou Nathalia.

O Congresso contou com palestras, temas li-vres, mesas redondas, simulação e treinamento.

Um mergulho na Medicina: refl exões sobre a prática e o futuro da profi ssãoEventos promovem conhecimento científi co e agregam valor à formação humana de estudantes

Também foi apresentada a Avaliação Nacional Se-riada dos Estudantes de Medicina (Anasem), além da situação atual do mercado de trabalho médico no Brasil e o papel do médico residente.

A XIX Semana Acadêmica de Medicina Ulbra, ocorrida entre os dias 24 e 27 de outubro, no campus de Canoas trouxe o tema “Um mergulho na Medici-na: um novo olhar na saúde”. 

- A programação trouxe refl exões relevantes sobre a prática da profi ssão, abordando, ainda, con-ceitos ligados a uma condição mais humana - apon-tou Nathalia.

A Semana Acadêmica contou com palestras que debateram a medicina no corpo, alma e coração; cruz vermelha e ajuda humanitária; indícios físicos e psicossociais do abuso sexual; transexualidade; abordagem sem preconceito a pacientes da comuni-dade LGBT; impacto do acesso à informação na clíni-ca médica; homeopatia e hipnose.

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AMRIGS em Ação

Antes de iniciar a rotina agi-tada em mais um dia de tra-balho, os médicos do Hospi-

tal São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre (RS), tiveram uma recepção diferenciada na manhã do dia 17 de outubro. O café da manhã, especial pelo Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, foi promovido pela Asso-ciação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).

- Foi uma grata surpresa. Tive-mos uma recepção bastante agradá-vel e interessante para comemorar-mos essa data tão especial em nossa vida - ressaltou o médico Jarcedy Al-ves.

Na terça-feira, 18 de outubro, foram realizadas ações em mais dois hospitais: Divina Providência e HED. O superintendente do Hospital Er-nesto Dornelles, Ricardo Guterres, destacou a importância da parceria com a AMRIGS.

- A AMRIGS é importante para o desenvolvimento da atividade médi-

Homenagens da AMRIGS marcam o Dia do Médico

Fotos: Giovanni Andrade

Hospitais Divina Providência, Ernesto Dornelles e São Lucas da PUCRS receberam atividade especial para celebrar a data

AMRIGS homenageou médicos

Presente dado aos médicos como uma singela homenagem

Da esquerda para direita: Superintendente Médico/HED, Ricardo Oronoz Guterres; Presidente da UNICRED, Paulo Barcellos, e Superintendente Administrativo/HED, Odacir Vicente Binotto Rossato

ca no Rio Grande do Sul e essa proximidade que a entidade está promovendo com os hospitais é muito saudável. Essa parceria sempre rende bons frutos para ambos - explica. 

A iniciativa teve o patrocínio do Engenho do Pão e apoio da PanVel e Clube do Zero. Para o ano que vem, a intenção é expandir o leque de insti-tuições homenageadas.

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65 anos

Os laços familiares não são os únicos motivos de ligação entre Armindo Pydd, Alberto Arais Pydd, Bernardo Arais Pydd, e Samuel Bamberg

Pydd. O amor e a dedicação pela ortopedia e trauma-tologia é outro aspecto que envolve as três gerações. A história ilustra como gerações de médicos fazem parte da história de 65 anos da AMRIGS e é exemplo de dedicação e amor à profi ssão.

- Fui um dos cinco irmãos destinado aos estu-dos. Dizem que foi por ser o mais magrinho e fraco, mas fui o primeiro da família a ser médico e hoje já são oito! Fiquei surpreso e emocionado pela escolha da ortopedia e traumatologia pelos meus fi lhos e neto - afi rma o patriarca Armindo Pydd.

O início da tradição da especialidade na família ocorreu após uma tragédia pessoal. Armindo estava no início da sua residência em cirurgia geral quando sofreu uma luxação posterior no joelho esquerdo em um jogo de futebol.

- Naquela época a amputação era a opção mais frequente. Não aconteceu, mas não pude mais jogar futebol. Perdeu-se um grande centroavante golea-dor, mas achei minha vocação - lembra.

Quando iniciou suas atividades no Noroeste do Estado não havia estrada asfaltada. A pedido de di-versos colegas, Armindo realizou cirurgias para tratar fraturas dos ossos da perna, do colo, do fêmur e ou-tros tipos de traumas em cidades como Três Passos, Panambi, Condor e Coronel Bicaco.

- Levava uma caixa com o instrumental e im-plantes. Apesar das precárias condições, nunca tive problemas insolúveis com as poucas infecções que ocorreram. Assepsia pessoal e instrumental, método cirúrgico adequado e rapidez são aspectos essenciais - relata Armindo.

Tamanha dedicação ao ofício refl etiu no interes-se dos fi lhos Alberto e Bernardo em seguir o mesmo caminho profi ssional. Alberto formou-se em medici-na na Universidade de Caxias do Sul e cursou residên-cia em ortopedia e traumatologia no Hospital Inde-pendência e especialização em coluna no serviço do professor Ernani Abreu. Já Bernardo cursou medicina na PUCRS, onde também realizou residência em or-topedia e traumatologia e pós graduação em joelho.

AMRIGS 65 anos: ao lado do médico gaúcho por geraçõesConheça a história dos médicos da família Pydd, na qual avô, pai e neto são ortopedistas

- A experiência de meu pai como médico acres-centou muito ao longo do meu trabalho e isto me dei-xa tranquilo - considera Bernardo.

A vivência junto ao pai durante a infância foi um fator determinante para o outro fi lho.

- Lembro de ir aos plantões dele no Hospital de Caridade de Ijuí e aos 6, 7 anos observava reduções de fraturas e consultas ortopédicas - afi rma Alberto.

Sobre a sua trajetória, Alberto destaca a sua de-dicação na formação de novos ortopedistas junto à preceptoria de residência médica. Tal dedicação con-tribuiu para que seu fi lho, Samuel, também optasse pelo ofício.

Formado em medicina pela Universidade Lu-terana do Brasil - Ulbra, o neto de Armindo, fez sua residência em ortopedia e traumatologia no Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Junior, na FURG, em Rio Grande. Atualmente, Samuel se prepara para concluir sua especialização em cirurgia da coluna, também no serviço do professor Ernani Abreu.

- Quando decidi escolher fazer medicina, já tinha certeza de que me especializaria na área. Desde mui-to jovem acompanhava meu avô nas visitas ao hos-pital, nos plantões e no consultório médico. Depois, comecei a acompanhar meu pai, Alberto, durante o ano letivo, em Porto Alegre, em cirurgias de coluna, e meu avô nas férias. Tive certeza que seria a me-lhor escolha, pois percebia neles a satisfação, alegria e amor por aquilo que faziam - relata Samuel, cuja irmã, Eduarda, também pretende cursar medicina.

Três gerações da família Pydd

Foto: Arquivo pessoal

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Vida de Médico

Incentivado a trabalhar em prol da comunida-de, o vice-presidente do serviço de endocrino-logia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e

professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rogério Friedman, conta como foi a sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“Na minha família, a cultura de trabalhar voluntariamente para entidades da comunidade foi sempre presente, um valor cultivado e uma cultura centenária. Mas os Jogos Olímpicos, para mim, eram um espetáculo a ser consumido, coisa de comprar ingresso, assistir a competições se-lecionadas, ser testemunha ocular. Até que, em meados de 2015, minha fi lha cogitou se oferecer para trabalhar como voluntária nos Jogos do Rio. 

Vendo o interesse dela, pensei que eu tam-bém poderia contribuir. Nesta época, meu ex--professor e amigo, doutor Eduardo Henrique de Rose, me avisou que, no Rio, pela primeira vez, haveria seleção de voluntários médicos. Iniciei, então, a maratona de inscrição online com diver-sos formulários e requisitos a serem preenchidos. Seguiram-se, ainda, outras etapas de triagem e seleção, quando, enfi m, fui convidado a atuar como médico de quadra, no Basquete masculino, meu esporte favorito.

Cheguei ao Rio de Janeiro cinco dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos. Inicialmente, revisamos equipamentos e instalações da Arena sede do Torneio Olímpico de Basquete, além dos protocolos assistenciais e procedimentos e de treinar os estudantes de medicina que trabalha-riam como socorristas.

Durante as Olimpíadas, a equipe médica atuava em quatro áreas: Fibrodisplasia Ossifi -cante Progressiva; plantão no Posto Médico do Atleta; plantão no Posto Médico do Espectador; e supervisão das equipes de socorristas no entro-no das arquibancadas. Atendemos desde peque-nos traumatismos até urgências graves, como traumatismo cranioencefálico e infarto agudo do miocárdio. A infraestrutura assistencial era exce-lente, com equipamentos modernos e comple-

tos, UTI’s móveis de prontidão e quatro hospitais de apoio nas proximidades. 

Contávamos com a parceria de vários en-fermeiros, técnicos de enfermagem, dezenas de estudantes de Medicina, fi sioterapeutas, um dentista e um osteopata (australiano). A organi-zação do evento foi exemplar, motivo de orgulho para nós, brasileiros. 

Entre os aspectos positivos, posso destacar o convívio com colegas e outros profi ssionais de saúde; a troca de experiências; o aprendizado; o sentimento de bem servir e ser útil; o ambiente multicultural; e a vivência da organização e da escala do evento. Além disso, é claro, a possibi-lidade de estar presente, quase que diariamen-te, testemunhando partidas memoráveis e ven-do atletas de elite em ação, estando próximo a grandes ídolos do esporte. Para mim, este foi o verdadeiro troféu.

Sou um profi ssional maduro, de carreira con-solidada. Mas esta nova experiência foi marcante e me ensinou novas práticas assistenciais, am-pliou minha visão de saúde no esporte e me esti-mulou a introduzir novos conhecimentos e ensi-namentos na Faculdade de Medicina da UFRGS.

Como estes Jogos foram os primeiros a re-crutar médicos voluntários, tivemos, ainda, a res-ponsabilidade de demonstrar que a assistência à saúde num evento deste porte pode ser de alta qualidade, baseada na experiência e no entusias-mo de profi ssionais experientes que cedem seu tempo para auxiliar pessoas do mundo todo, em torno de uma causa comum e universal.”

Profi ssional relata sua experiência ao atuar como médico de quadra no basquete masculino, durante as Olimpíadas 2016

Voluntariado que vale ouro

Equipe médica que atuou nos Jogos Olímpicos

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Associativismo

A Central de Convênios Médicos do Rio Grande do Sul (CECOMED/RS) é um ser-viço que auxilia na orientação e na orga-

nização dos contratos entre médicos e operado-ras de saúde. O serviço ajuda na análise desses contratos. A CECOMED promove a análise desses contratos e, também, orienta sobre cálculos e valores de procedimentos, de acordo com as atu-alizações da CBHPM e normativas contratuais legais.

- As empresas enviam contratos com mu-danças sutis e, em muitos casos, o médico não percebe se as diferenças são positivas ou negati-vas. Oferecemos uma segurança jurídica e anali-samos os contratos antes do profi ssional assinar. Também podemos representar os médicos nas negociações através de um termo de procuração - explica a responsável pelos encaminhamentos recebidos, Maria da Graça Schneider.

Precisando renovar o contrato com um pla-no de saúde a cada ano, o otorrinolaringologista Carlos Brinckmann, que também é diretor da As-sociação Gaúcha de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ASSOGOT), fi cou com muitas dú-vidas quando recebeu o documento para assinar. Sem conhecimento dos termos técnicos utiliza-dos no contrato, recorreu à CECOMED.

- Precisava reconfi rmar um credenciamento e fazer um novo contrato. Nesse processo, nós, médicos, fi camos muito inseguros, pois os ter-mos são técnicos e específi cos e se referem à leis

Central de Convênios auxilia na organização e na orientação de médicos em todo RSServiço especial para associados da AMRIGS na orientação da renovação dos contratos de prestação de serviços médicos

que não conhecemos. Então, entrei em contato com a Graça e enviei o contrato por e-mail. Rapi-damente obtive retorno e o auxílio que precisava - salienta Carlos Brinckmann.

Durante o processo, o médico foi alertado de alterações que não seriam positivas e conseguiu melhorar o contrato, antes de assinar. Ele relata que entre as alterações constavam a exigência de atendimento a pacientes do plano de saúde em qualquer hospital, mesmo em locais que ele não trabalhava, além de prestar serviço a domicílio. De acordo com Brinckmann, essas cláusulas não compensariam.

Para saber mais sobre o serviço, entre em contato pelo telefone (51) 3014 2007 ou pelo e--mail [email protected].

Doutor Carlos Brinckmann

Foto: Arquivo pessoal

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Sinam: associados contarão com novo serviço para oferta de consultasSistema permitirá agendamento direto entre pacientes e consultórios, além de atendimento laboratorial com valores diferenciados

Com o objetivo de aproximar médicos e pa-cientes de forma direta e com valores aces-síveis, a Associação Médica do Rio Grande do

Sul (AMRIGS) oferece, a partir de março de 2017, um novo serviço aos seus associados: o Sistema Nacio-nal de Atendimento Médico (Sinam). Além de con-sultas, o sistema contará com serviços laboratoriais e diagnósticos.

A iniciativa ocorre através de uma parceria fi rmada, no mês de outubro, entre a AMRIGS e a Associação Médica do Paraná (AMP), contemplan-do as entidades federadas da Associação Médica Brasileira (AMB) da Região Sul do País, junto com a Associação Catarinense de Medicina (ACM). 

- A nossa expectativa é oferecer à comunidade médica gaúcha a oportunidade de receber, por seu trabalho, uma remuneração melhor do que a que re-cebe dos planos de saúde suplementar e de forma direta do seu paciente, além de reforçar a relação médico-paciente, que se deteriorou pela interposi-ção de intermediadores – destaca o diretor do Exer-cício Profi ssional e responsável pelo departamento do Sinam na AMRIGS, Jorge Utaliz Guimarães Sil-veira.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre 2015 e 2016, cerca de 2 milhões de pessoas cancelaram seu plano de saú-de. Desta forma, o Sinam poderá atender esta parte da população como, também, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que não têm condições de pa-gar por um plano ou consulta particular. O sistema proporciona ao usuário a comodidade de escolher o médico de sua preferência para receber atendimen-to em consultas, na realização de exames e pro-cedimentos, com valores diferenciados. O Sinam também conta com uma rede de farmácias cadas-

tradas, oferecendo descontos entre 10% e 60% em medicamentos.

- O Sinam se baseia em um tripé: a população, visto que o sistema vem ao encontro do interesse em prestar este serviço a quem necessita; a classe médica, estabelecendo uma ligação direta com seus pacientes; e a instituição médica, fazendo com que as associações se fortaleçam ao prestar este servi-ço à categoria – explica o vice-presidente da AMP e diretor do Sinam, Nerlan de Carvalho.

Da esquerda para a direita: vice-presidente da AMP, Nerlan de Carvalho; presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto; Secretário-Geral da AMP, José Macedo

Parceria entre AMRIGS e AMP foi fi rmada em outubro

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Associativismo

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Um dos responsáveis pela criação do Sinam, em 1995, e atual secretário-geral da AMP, José Fer-nando Macedo, destaca a possibilidade de humani-zar o atendimento médico através da relação entre o profi ssional e o seu paciente.

- Os pacientes terão a oportunidade de con-sultar com os melhores especialistas, enquanto es-tes, terão uma ligação mais direta com as pessoas, desenvolvendo respeito à saúde, além de também desafogar o SUS – destaca Macedo.

Os médicos interessados poderão se cadastrar pelo site (www.sinam-rs.com.br), através da aba “Sou Médico”. Após completar as informações do pré-cadastro, o departamento responsável pelo Si-nam na AMRIGS verifi cará o registro do profi ssional e a sua especialidade, para então, validar a sua ins-crição. O sistema é gratuito para médicos, porém, para utilizar o serviço, há a necessidade de ser as-sociado da AMRIGS. De acordo com informações do departamento responsável pelo programa na enti-dade, o cadastro para pacientes deverá ser aberto após a base médica estar pronta.

Vantagens para a comunidade médica De acordo com Silveira, a expectativa da

AMRIGS é iniciar uma adesão progressiva com os associados a partir de 2017.

Além da oferta gratuita, o sistema traz outros benefícios para os profi ssionais, como a divulgação adequada dos médicos referenciados; maior núme-ro de pacientes nos consultórios; pagamento dire-to para o médico; e, valorização de especialistas. A segurança é outro fator importante, visto que as pessoas atendidas também estarão cadastradas na AMRIGS.

Entidades na região sulSilveira destaca as soluções que as associa-

ções médicas têm produzido em suas comunida-des, como referências de sucesso.

- A Associação Médica do Paraná vem con-sagrando este produto ao longo do tempo, as-sim como nós já consagramos o Exame AMRIGS como nossa referência, adotado em Santa Catari-na e Mato Groso do Sul – argumenta o diretor da AMRIGS.

O fortalecimento das associações médicas a partir da parceria entre as entidades do Sul do Bra-sil, é apontado por Carvalho.

- Esta união com as federadas é algo muito positivo, pois fortalece as associações, ao mantê--las fi nanceiramente equilibradas e fortes. Precisa-mos nos fortalecer para entender e questionar os assuntos relacionados à saúde, mas, também, dar dignidade para o atendimento – declara o diretor do Sinam na AMP.

Já Macedo acredita no sucesso do sistema no Rio Grande do Sul.

- A AMRIGS chega para fortalecer o Sinam. Com a seriedade e a qualidade de seus médicos, acredito que o sistema vai funcionar plenamente entre os gaúchos – afi rma o presidente da AMP.

Vantagens para os pacientesAtravés do Sinam, a comunidade gaúcha terá

a oportunidade de contar com uma opção viável de acesso a uma assistência médica qualifi cada, res-paldada pela credibilidade da AMRIGS.

Pacientes interessados em usufruir o Sinam, deverão efetuar seu cadastro pelo site do sistema. A família paga uma anuidade de R$ 125,00. Podem ser incluídos como dependentes fi lhos menores de 21 anos ou estudantes até 23 anos, desde que com-provada a formação em curso. Pais e sogros acima de 60 anos também podem ser cadastrados.

Ao se inscrever, o paciente recebe o Manual In-formativo do Sinam, com a relação de médicos re-ferenciados. A listagem também estará disponível no site e no aplicativo do sistema. Para a realização de exames, basta entrar em contato com os labora-tórios e clínicas conveniadas e se identifi car como usuário do programa.

Medicamentos Com uma estrutura de serviço completa, o

Sinam oferece descontos em medicamentos que variam entre 10% e 60%, através de uma rede que conta com mais de 21 mil farmácias no país. No site, através da aba “Sinam Medicamentos”, o paciente pode buscar pelos estabelecimentos conveniados. A utilização deste benefício pode ser feita no credenciamento ou durante a renovação do programa.

Para mais informações sobre o Sinam, entre em contato: (51) 3014.2007, com Maria da Graça Schneider, ou mande e-mail para  [email protected].

Associativismo

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12 Jornal AMRIGS

Chegada ao Hospital Santo Antônio

Institucional

A alegria e o encanto foram visíveis no sor-riso das crianças. Logo na chegada do Pa-pai Noel AMRIGS, em um carro clássico

Chevrolet dos anos 50, já houve aplausos e sau-dações. O mascote do Hospital da Criança Santo Antônio, o Heitor Castor, entregou a chave sim-bólica do Hospital para o Papai Noel que conver-sou com os pequenos e, em seguida, visitou os pacientes nos quartos junto com médicos e com a equipe de colaboradores da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). 

Hospital Santo Antônio recebe visita do Papai Noel AMRIGSEvento foi realizado no dia 9 de dezembro e contou com a participação do presidente e dos colaboradores da AMRIGS

- É uma ação muito importante. As crianças gostam da chegada do Papai Noel. Coincidiu que a ação desse ano é em um lugar que eu trabalho há mais de 40 anos e, por isso, fi co duplamente realizado. A festa foi bonita, as crianças ganha-ram presentes e fi caram muito felizes. Vários co-legas médicos fi caram muito satisfeitos porque o carinho com as crianças é muito grande - afi rmou o presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto.

Fotos: Marcelo M

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Evento foi promovido pela AMRIGS em parceria com a Santa Casa

Institucional

Carinho dos médicos com os pacientes

A visita do Papai Noel AMRIGS, os presentes e as brincadeiras tornaram a tarde de 9 de dezem-bro especial para aproximadamente 300 crianças e seus familiares que, naquele momento, es-tavam enfrentando algum problema de saúde. Além de alegrar a tarde das crianças, o objetivo da ação foi mudar a rotina dos médicos, fazendo com que, durante algumas horas, eles fossem os ajudantes do Papai Noel. Para a mãe de Pedro, de 2 anos, Katiele Amaral Silveira, a dedicação e a atenção dos médicos são fundamentais para a tranquilidade dos pais.

- Sempre fui muito bem atendida com meu fi lho. O médico nunca te deixa com dúvidas. Aju-dam com informações dos exames e com tudo que precisamos e, para nós, isso é fundamental - afi rmou.

No hall de entrada também houve a apre-sentação do Grupo Vocal AMRIGS que interpre-tou músicas clássicas de Natal.

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14 Jornal AMRIGS

Conselho de Representantes

A reunião do Conselho de Representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), realizada no dia 19 de novembro,

debateu a necessidade de mobilizar a classe médica para tratar de pautas relacionadas ao exercício da profi ssão, entre elas a defesa da qualidade do en-sino médico no país. A atividade contou com a pre-sença do 2o vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes Ferreira, que agra-deceu a acolhida oferecida aos participantes da reu-nião do Conselho Deliberativo e Diretoria Plena da entidade nacional, que ocorreu no Centro de Even-tos da AMRIGS, no dia anterior. A coordenadora de Residência Médica do Hospital Universitário de Santa Maria, da Universidade Federal de Santa Ma-ria (UFSM), e presidente da Comissão Estadual de Residência Médica do Rio Grande do Sul (CEREM--RS), Tânia Resener, destacou a importância da RM na formação de especialistas no Brasil e no estado. 

Dos 30 mil médicos residentes atuantes no Brasil, atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 2.165, distribuídos em 52 instituições de saúde de 20 municípios gaúchos. Tânia Resener falou, tam-bém, sobre legislação, destacando o Decreto 80.281 que criou a Comissão Nacional de Residência Médi-ca (CNRM); sobre a Lei que trouxe a obrigatoriedade de credenciamento das instituições e de cada Pro-grama de Residência Médica, tanto as Especialida-des como as Áreas de Atuação; sobre o Decreto que

Reunião do Conselho de Representantes debate Residência Médica e celebra 65 anos da AMRIGSEncontro teve inauguração de placa comemorativa ao aniversário da Associação Médica do Rio Grande do Sul

modifi cou a composição da CNRM e sobre a Lei que criou o Programa Mais Médicos.

Após a apresentação dos relatórios das comis-sões de Finanças, Normas, SUS, Ensino Médico, Exercício Profi ssional e Assistência e Previdência, o presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto, destacou as atividades desenvolvidas nos meses de setembro e outubro, lembrando ações como as Caravanas AMRIGS em Passo Fundo, Ijuí, Santa Rosa e Porto Alegre, e sua participação na V Jornada Gaúcha de História da Medicina, em Ca-xias do Sul e os 65 anos da Associação, celebrado no dia 27 de outubro. O presidente enfatizou o in-vestimento científi co, estrutural e cultural entre as ações e conquistas fundamentais da AMRIGS nas mais de seis décadas, além do trabalho de fi deli-zação com os médicos mais experientes, as ações voltadas para os médicos jovens, como o Exame AMRIGS e os projetos desenvolvidos pelo Departa-mento Universitário (DU). 

No fi nal da reunião, o presidente Alfredo Floro Cantalice Neto e a presidente do Conselho de Re-presentantes, Rosemarie Lopes Gomes, inaugura-ram placa alusiva aos 65 anos da AMRIGS, afi xada no hall de entrada do Centro de Eventos, na qual consta o agradecimento a todos que contribuíram para o crescimento e fortalecimento da entidade neste período.

Reunião do Conselho de Representantes da AMRIGS

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Reunião AMB

Mesa ofi cial da reunião foi formada por membros da AMB e da AMRIGS

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radeO Centro de Eventos da Associação Médica do

Rio Grande do Sul (AMRIGS) foi o local esco-lhido para receber a reunião do Conselho De-

liberativo e da Diretoria Plena da Associação Médica Brasileira (AMB), realizada no dia 18 de novembro, em Porto Alegre. Com abrangência nos temas rela-cionados ao interesse e à defesa da classe médica, o encontro reuniu representantes das Sociedades de Especialidades e das associações médicas fi liadas a entidade.

Formando a mesa que coordenou as pautas, estavam o presidente da AMB, Florentino de Araujo Cardoso Filho, e o secretario-geral da AMB, Antônio Jorge Salomão, e o presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto. Em um espaço democrático e com participação coletiva, os representantes de cada entidade expuseram seus pontos de vista so-bre os assuntos abordados.

Dando continuidade, o diretor de defesa pro-fi ssional, Emilio Cezar Zilli, abordou uma breve si-nopse dos trabalhos desenvolvidos pela AMB em 2016. Ele destacou o trabalho realizado referente aos Dispositivos Médicos Implantáveis (DMI), onde foram entregues cerca de 345 protocolos a Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como sugestões encaminhadas pelas Sociedades de Especialidade. Zilli também destacou os critérios abordados no Fator de Qualidade, assim como os encaminhamentos dados pela Associação para res-guardar os direitos da classe médica.

A diretora médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani, apresentou os estudos referentes a vaci-na da dengue desenvolvida pela empresa e propôs parcerias junto às Sociedades presentes. Expondo dados revelantes sobre os casos de dengue, com um histórico de mais de um milhão e quinhentos mil casos no Brasil, ela mostrou todo o desenvolvi-mento do trabalho, desde a sua concepçcão até os seus resultados. A vacina demonstrou uma redução de 93% dos casos graves e 80% das hospitalizações em decorrência de casos de dengue.

Uma pauta valorizada pelos médicos foi a exposição do diretor executivo do Exame AMRI-

GS, Antonio Carlos Weston, abordando o trabalho realizado com a prova. Criado em 1971, o Exame AMRIGS ocorre anualmente, sendo utilizado como forma de ingresso dos programas de residência mé-dica. Em 45 anos, a prova já contabilizou mais de 45 mil participantes, tendo 4.300 inscritos em 2016. Ele destacou os métodos utilizados na aplicação, o que permite uma maior comodidade aos interessa-dos.

- Nós aplicamos o Exame de forma descentra-lizada, não apenas nas capitais. Isso possibilita que o candidato de Santa Maria, Pelotas, Lages, Crici-úma e Joinville faça a prova na sua própria cidade - aponta.

Hoje, o Exame AMRIGS é aplicado, também, em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, atra-vés da parceria feita com as associações médicas de cada região. No Rio Grande do Sul, 95% das sele-ções de residência médica utilizam o Exame AMRI-GS como critério de escolha e nos locais onde são realizadas as provas, houve a participação de 86 instituições.

A reunião foi realizada em parceria com o Con-vention Visitors Bureau, Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) e Sindilojas, como uma forma de promover a realiza-ção de eventos científi cos na capital e no estado, fomentando o turismo no RS.

Encontro reuniu representantes de federadas e sociedades de todo o país para debater temas ligado aos interesses da classe

AMRIGS recebe reunião da Associação Médica Brasileira (AMB)

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16 Jornal AMRIGS

Instituto Vida Solidária

Outubro teve programação especial para crianças

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), através do Instituto Vida Solidária (IVS), ofereceu a cer-

ca de 30 crianças moradoras da Comunida-de São Pedro uma tarde especial em alusão ao Dia das Crianças. Em parceria com a Criar Produções de Eventos, foram proporciona-das às crianças atividades recreativas com os personagens Batman e Anna (Frozen), um show de mágica e esculturas em balão e pinturas artísticas.

- Nosso objetivo, além de comemorar o Dia das Crianças, foi proporcionar para elas uma atividade diferenciada, com um lanche especial e uma integração entre os dois tur-nos que atendemos - relatou a coordenadora do IVS, Carmem Reis.

Outra atração foi uma sessão de cine-ma especial realizada no dia 17 de outubro, no Shopping Total, em Porto Alegre (RS). A ação foi promovida pela Unimed Porto Ale-gre e contou com participação de 94 crianças das creches Piu Piu, localizada na Vila Plane-tária; Instituição de Educação Infantil Santa Terezinha, do bairro Farroupilha e Instituto Vida Solidária. As crianças foram recebidas e orientadas por quinze voluntários colabora-dores da Unimed que organizaram a fi la, ser-viram pipoca e acompanharam os pequenos até a sessão de cinema. Uma turma assistiu ao fi lme Pets - A Vida Secreta dos Bichos. Outros dois grupos acompanharam o fi lme Cegonha, que conta a história dos pássaros que não mais entregam bebês.

Constituído em 2005, o Instituto Vida Solidária oferece aos moradores da comu-nidade São Pedro atendimento médico gra-tuito duas vezes na semana, ofi cinas com as famílias e desenvolve projetos sociais com crianças de 6 a 14 anos, através de uma par-ceria com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC).

Ações sociais da AMRIGS marcaram a data

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Truques instigaram a imaginação das crianças

Brincadeiras alegraram a tarde das crianças

Pinturas artísticas encerraram a festividade

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Científi co

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) realizou no dia 13 de novem-bro, em cidades do Rio Grande do Sul,

Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a prova do Exame AMRIGS, que é referência para mais de 60 programas de residência médica nos três es-tados. Os 4.123 candidatos inscritos enfrentaram o teste elaborado por professores de diversas instituições de ensino com um conteúdo extre-mamente equilibrado e que busca qualifi car o ensino da medicina.

- Ao completar 45 anos de existência, o Exa-me AMRIGS encontra-se em fase de crescimento, consolidando-se como o mais tradicional e anti-go do país. Isso deve-se à credibilidade da prova e ao trabalho intenso junto a todos os programas de residência médica. Fizemos uma pesquisa que aponta mais de 90% de satisfação entre os candidatos que realizaram o teste em 2015 - des-tacou o coordenador do Exame AMRIGS, médico cirurgião do aparelho digestivo, Antonio Weston. 

Segundo o coordenador, o Exame não é um obstáculo a ser vencido para que o médico consi-ga uma vaga em Programa de Residência Médica, e, sim, uma maneira efetiva de avaliar a capaci-tação do profi ssional, permitindo que o resultado

Exame para residência médica testa conhecimentos de estudantes de medicina

lhe proporcione o desenvolvimento de seu co-nhecimento.

Com coordenação técnico-administrativa da Fundação Universidade-Empresa de Tecnolo-gias e Ciências (Fundatec), o Exame destina-se à autoavaliação dos graduandos a partir do 4º se-mestre e graduados e a seleção de candidatos a Programas de Residência Médica ofertados pelas instituições participantes do processo seletivo público. São parceiras da AMRIGS nesta ação a Associação Catarinense de Medicina (ACM) e a Associação Médica de Mato Grosso do Sul (AMMS), preocupadas com a qualifi cação profi s-sional e manutenção dos níveis de excelência da classe médica. 

Em Porto Alegre, as provas ocorreram nas dependências das Faculdades Integradas São Judas Tadeu, na Zona Norte da capital, reunindo 1.415 candidatos. 

Além de Porto Alegre, o Exame AMRIGS foi realizado em mais doze cidades: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul e Santa Maria, no Rio Grande do Sul; Lages, Joinville, Criciúma, Chapecó e Florianópolis, em Santa Catarina e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Acadêmicos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul participaram do Exame AMRIGS

Chegada ao local da prova, em Porto Alegre

Prova teve 4.123 candidatos inscritos no RS, SC e MS

Fotos: César Moraes

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18 Jornal AMRIGS

Saúde Preventiva

Berenice Werle fala sobre saúde na terceira idade

No Museu do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, o projeto Caravana AMRIGS e a Sociedade Brasileira de Ge-

riatria e Gerontologia do RS (SBGG-RS) trataram sobre a importância de cuidar da saúde, desde muito cedo. 

- Com o tempo, os fatores ambientais que incluem dieta hipercalórica, tabagismo, vida se-dentária, estresse excessivo, falta de lazer e fal-ta de apoio social, provocam um impacto ainda

maior do que os fatores genéticos - afi rmou a presidente da SBGG-RS, Berenice Werle.

A alimentação na terceira idade também foi tema do projeto em Pelotas. O médico geriatra e vice-presidente da SBGG-RS, João Senger, falou sobre o correto diagnóstico das demências, sobre a nutrição e a fragilidade de idosos. A desnutri-ção em idosos atinge 25% daqueles que convi-vem em comunidade, chegando até a 40% aos que estão institucionalizados ou hospitalizados. 

Outra preocupação recorrente é o combate ao estresse. A psiquiatra Lizete Pezzi, diretora da AMRIGS, esclareceu que o estresse pode, ou não, ser uma enfermidade e o crescimento, desenvol-vimento e adaptação, por exemplo, implicam em tensão que retira a pessoa da zona de conforto e aciona para uma modifi cação e readaptação. 

Indispensável, também, é cuidar das doen-ças de coração. Em ação promovida no Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), no dia 1o de outubro, voluntários prestaram atendimen-to a população e transmitiram informações sobre

Campanha saúde preventiva: realizações no segundo semestre de 2016

Eventos trouxeram exemplos de atitudes que auxiliam a população sobre temas como AIDS, suicídio e qualidade de vida

Crianças se divertiram na ação alusiva ao Dia Mundial do Coração

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Saúde Preventiva

Diretora de Normas da AMRIGS, Lizete Pessini Pezzi

Painelistas abordaram a importância de se falar sobre o suicídio

hábitos de vida e alimentação que contribuem no combate a doenças cardíacas. A iniciativa foi da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS) e contou com o apoio da Associação Médica.

Hábitos saudáveis e realização de exames regularmente são aliados, também, para preven-ção de outra doença: o Diabetes. Nesse caso, o desconhecimento é o maior inimigo. Entre 30% e 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença, conforme aponta o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Meta-bologia (SBEM-RS), Luis Henrique Canani. Ações de conscientização e prevenção mobilizaram a comunidade médica em virtude do Dia Nacional do Diabetes, celebrado no dia 14 de novembro. 

Falar sobre suicídio é um ato preventivoO estigma de que não se pode falar sobre

suicídio é uma das causas que mais atrapalha a tomada de medidas que venham a impedir o gesto de autodestruição pessoal. Discutir o tema, quebrando o tabu que ronda o assunto é o cami-nho ideal para combater esse problema de saúde

pública. Esta mensagem foi passada pelo médico psiquiatra Rafael Moreno Ferro de Araújo duran-te a Caravana AMRIGS, realizada em Bento Gon-çalves no dia 9 de novembro. 

AIDS: Prevenção é a melhor maneira de evi-tar a disseminação da AIDS

Nos últimos 30 anos, a AIDS deixou de ser uma doença fatal e passou a ser tratável. Ain-da assim, os casos de transmissão do vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodefi ciência Ad-quirida, seguem crescendo em todo o mundo. Esta situação preocupa a médica infectologis-ta e sócia da AMRIGS, Anelise Pezzi Alves, que atua no Hospital Conceição e no Posto de Saúde do IAPI, em Porto Alegre, Na avaliação da espe-cialista, a prevenção segue sendo o meio mais efi caz de evitar a propagação do vírus que cau-sa a doença, mas é importante que a população tome consciência disso e faça uso da camisinha em suas relações. Além disso, o uso de preser-vativo é considerado o método mais efi caz para se prevenir contra outras doenças sexualmente transmissíveis.

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Crianças 

A pediatra e membro do Comitê de Adoles-centes da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) Susana Estefenon destaca que, além da escolha de um esporte adequado para cada criança, também é importante educar os pequenos para que adotem um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, uso equilibrado do tempo disponível, interação e socialização com outras pessoas. Qualquer ati-vidade física ao ar livre, e em família, é indica-da como um grande fator de desenvolvimento e crescimento saudável. Os pais devem apresentar aos seus fi lhos diferentes tipos de brincadeiras, jogos, atividades recreativas e esportes, estando atentos ao biotipo e às oportunidades e habilida-des que cada criança tem.

O educador físico, especialista em Ciência do Esporte e diretor da Cia. Vital - Centro de Orien-

tação Física Nutricional e Fisioterapêutica, André Xavier, sugere atividades com materiais suaves e coloridos para desenvolver a psicomotricidade. Ainda de acordo com ele, o exercício deve trazer um caráter lúdico, para a criança se desenvolver através da atividade (acesse ciavital.com.br e sai-ba mais).

A presidente da Associação Gaúcha de Me-dicina Física e Reabilitação (AGMFR) e fi siatra, Patrícia Zambone da Silva, indica atividades como a natação, o balé e o judô. Até por volta dos 12 anos, em virtude do desenvolvimento espacial e corporal, os exercícios com bola podem ser in-troduzidos, como, por exemplo, o futebol, o vôlei e o basquete.

Adolescentes De acordo com Susana, crianças e adoles-

centes gastam mais tempo em frente às telas do que realizando qualquer outra atividade, o que pode causar danos ao crescimento como difi cul-dades de socialização, tendência à violência, obe-sidade, problemas de visão e postura. Por isso, de acordo com a médica, as práticas esportivas apresentam diversos benefícios na prevenção destas patologias.

A partir dos 12 anos, atividades, como a musculação, já podem ser incluídas na rotina dos jovens. Porém, Patrícia destaca que o exercício não deve prejudicar o desenvolvimento, visto que o movimento deve visar a resistência muscular e

Especialistas apontam esportes indicados para cada faixa etária

Saúde, condicionamento físico e socialização

Além de uma vida saudável, a prática de exercícios garante o desenvolvimento correto da mus-culatura e promove a socialização. Independentemente da idade, a regra é mexer o corpo. De acordo com os especialistas, o incentivo deve ocorrer desde criança, com a prática de atividades

lúdicas; permanecer na vida adulta, como garantia de hábitos saudáveis e prevenção de doenças; até alcançar a terceira idade, de forma a desenvolver o equilíbrio e a força muscular. Veja a seguir as indica-ções adequadas para cada faixa etária:

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Exercícios com bola são indicados para o desenvolvimento espacial e corporal

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não a força. O acompanhamento individualizado para evitar lesões e sobrecarga óssea é opinião compartilhada entre a fi siatra e Xavier. O educa-dor físico reforça ainda que o profi ssional deve ter compromisso com a saúde do adolescente, desenvolvendo, também, atividades lúdicas. Pa-ralelamente, o incentivo do esporte ao ar livre deve permanecer.

Adultos

Esta é a fase onde, geralmente, não há res-trições de exercícios físicos, salvo se há alguma condição previamente conhecida ou de origem musculoesquelética ou cardiovascular, de acordo com Patrícia. A escolha da modalidade depende do objetivo do indivíduo, mas, de forma geral, deve ser composto de reforço muscular e exercí-cios aeróbicos. A indicação é de 150 minutos de exercícios moderados ou 75 minutos de exercí-cios intensos por semana.

Xavier afi rma que a melhor atividade física é aquela com a qual a pessoa se identifi ca e sen-te satisfação em realizar. Ainda de acordo com o profi ssional, o importante é manter a regularida-de dos exercícios, mesmo que por pequenos pe-ríodos. Para rotinas cheias, a dica do especialista é buscar alternativas que facilitem a prática das atividades.

IdososO importante é optar por uma atividade pra-

zerosa, conforme aponta o geriatra, ex-presiden-te da Sociedade Brasileira de Geriatria, professor e pesquisador da linha de saúde pública e enve-

lhecimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Ângelo José Gon-çalves. Uma caminhada por 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, já é mais do que sufi -ciente para os vovôs usufruírem o seu benefício. No entanto, pessoas com mobilidade comprome-tida devem fazer a atividade acompanhados por um profi ssional.

Ainda de acordo com o geriatra, uma pes-quisa realizada pelo IBGE, em 2013, aponta que 11 mil idosos em todo o Brasil não praticam ne-nhum tipo de exercício ou esporte e, com a reco-mendação médica, a possibilidade aumenta em quatro vezes a chance de fazer atividade física.

A fi siatra acrescenta que, com o envelhe-cimento, ocorrem alterações fi siológicas como redução da força, fl exibilidade e massa óssea. Estas mudanças devem ser levadas em consi-deração para a prescrição de exercícios físicos. O primeiro passo é a avaliação do nível de depen-dência funcional. Porém, de uma maneira geral, o exercício deve contemplar a parte aeróbica, o treino de força e a fl exibilidade.

O treino de força deve ser realizado em torno de duas vezes por semana com intervalo mínimo de 24 horas. Os grupos musculares a serem tra-balhados devem ser aqueles que têm papel na funcionalidade diária. A duração deve ser inferior a 60 minutos e os treinos de fl exibilidade devem ser realizados, no mínimo, três vezes por sema-na. Já os exercícios aeróbicos devem ser realiza-dos pelo menos três vezes por semana e podem ser intercalados com os de força. Exercícios de impacto intenso devem ser evitados para mini-mizar o risco de dor articular.

Idosos devem procurar por atividades prazerosas

Adultos podem fazer exercícios de reforço muscular

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22 Jornal AMRIGS

A necessidade compulsória que sentimos de re-verenciar Nelson Porto, todos os anos e sempre, traduz bem o quanto esta fi gura humana inigualável impactou a vida daqueles felizardos que tiveram o privilégio do convívio.

A celebração da sua morte, na XX Conferencia Nelson Porto, foi um momento muito triste porque, pela primeira vez, ele não estava lá pra chorar no fi m da homenagem. E nós choramos por ele, da saudade que já sentíamos e da falta que começamos a perceber nos últimos tempos e nunca mais conseguimos resgatar.

Nascido para fazer a diferença na vida dos que tiveram a ventura de se acercar, tornou-se o nosso líder natural, não apenas porque ele sabia mais do que todos, mas principalmente pelo modelo de honestidade científi ca, reconhecido por seus incontáveis discípulos nesta trajetória, cronologicamente longa, mas afetivamente curta porque, insaciados, o perdemos com a sensa-ção de que podíamos tê-lo explorado um pouco mais.

Compartilhados 47 anos, estou convencido que estava certo quem disse que educação é o que sobra depois que esquecemos tudo o que nos ensinaram, e não imagino reconhecimento maior do que enchermos o peito para citar alguém como o nosso Mestre, e todo mundo saber, sem pergun-tar, de quem estamos falando!

Numa tarde do último inverno, fui visitá-lo, e não sei o quanto para me agradar, ele tinha na mesinha lateral, o meu último livro, que dediquei a ele, reconhecendo o esforço que fi z ao longo da minha vida para tentar imitá-lo, sem conseguir. Mas assumi que jamais ter desistido servira para justifi car-me. “Já li, tres vezes. Uma maravilha!” foi o jeito que ele achou de me afagar. E então, com uma reconhecida facilidade que tínhamos em comum, choramos.

Eduardo Galeano relata a saga de um pescador do litoral da Colombia, que um dia subiu ao céu e, na volta contou que, visto lá de cima, o mundo é um mar de pequenos foguinhos. Cada um tem luz própria e que não existem dois fogos iguais. Há fogos pequenos e grandes, e fogos de todas as cores. Existem fogos bobos que não iluminam nem queimam, mas há fogos loucos que enchem o ar de chispas e que ninguém consegue olhar sem pestanejar, e os que se aproximam, se incendeiam. Os incendiados de Nelson Porto transbordaram as redes sociais no dia da sua morte numa demonstração do carinho que todos nós ambicionamos merecer no fi m da vida.

Nunca conheci ninguém que harmonizasse tão perfeitamente discurso e atitude, e para mim a maior herança desse grande Mestre foi a impagável lição de que é possível fazer da coerência uma condição de vida, e exercê-la todos os dias, sem concessões. Obrigado meu querido Mestre pelo exemplo que tentaremos perpetuar, convencidos que o seu maior legado foi esta vida de irretocável dignidade.

E prometa que não vai se irritar com a lerdeza mental dos seus novos parceiros. Eles estão apenas entorpecidos pelo marasmo da eternidade, mas logo logo vão perceber o fascínio de inte-ragir com uma mente luminosa, recém chegada, e cheia de novidades.

Até um dia desses...

Depois do fi m, o legado

(*) Diretor do Centro de Transplantes da Santa Casa de Porto Alegre, RS

José J. Camargo (*)

Foto: Julio Menezes Jr. – Divulgação

Artigo

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