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Aula 04 - Lixiviação

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Introdução

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A “lixiviação” é a extração ou solubilização dos constituintes químicos de uma rocha, mineral, solo, depósito sedimentar e etc. pela ação de um fluido percolante.

Em metalurgia e outras áreas relacionadas, a lixiviação é utilizada para separar metais de valor de um minério por meio de solução aquosa de maneira barata (sem ser necessário o beneficiamento do minério).

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Introdução

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Em outros casos, também é usada para se fazer a remoção de impurezas, quando recebe o nome de “lixiviação inversa”.

Este tipo de lixiviação chamamos de “lixiviação química” e pode ser divida em dois tipos: • lixiviação direta e • lixiviação sob pressão.

Já em geologia, chamamos de lixiviação ao processo de “arraste” ou “lavagem” dos sais minerais presentes no solo, caracterizando uma forma inicial de erosão, ou erosão leve.

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Aplicação

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O processo de lixiviação é executado com o objetivo único de separação.

A lixiviação consiste, tipicamente, na remoção do metal de valor de modo a separá-lo de uma grande massa de ganga com um beneficiamento mínimo do minério.

Contornam-se, dessa forma, os custos associados ao tratamento do minério.

O procedimento segue com processos extrativos hidrometalúrgicos.

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Aplicação

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Em alguns casos, a lixiviação também é usada para a remoção de impurezas. Quando realizada com este objetivo, o processo é chamado de lixiviação inversa, ou beneficiamento hidrometalúrgico.

O mineral do metal de valor permanece no estado sólido.

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Aplicação

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O caso do Alumínio– a mais importante aplicação da lixiviação – é intermediário entre os citados anteriormente, onde o teor do minério contendo o metal de valor é elevado e a lixiviação é feita basicamente para deixar intocadas as impurezas. • O teor de Al2O3 na composição típica da bauxita (uma

mistura de minerais) de uso industrial está na faixa de 40-60%.

O procedimento segue com processos extrativos hidrometalúrgicos.

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Características

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A capacidade de tratar minérios com baixos teores, dispensando o seu beneficiamento, é a característica básica da lixiviação, que se fundamenta na especificidade do agente de lixiviação empregado.

Idealmente, e de maneira geral, o agente lixiviante deve ser: • barato • específico – para não reagir com a massa de minerais da

ganga e assim dissolver elementos indesejados • solúvel em água; e • reciclável – para não elevar os custos do procedimento

extrativo.

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Reagentes

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Na lixiviação, os reagentes mais comuns são:

• ácido sulfúrico,

• sulfeto férrico,

• amônia e

• carbonato de amônio.

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Reagentes

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O ácido sulfúrico é usado com minerais da classe dos óxidos.

O sal férrico oxidante é empregado no ataque a sulfetos.

As soluções amoniacais são empregadas na lixiviação de cobre nativo ou cobre e níquel no estado metálico (previamente reduzidos em alguma outra operação).

Se o mineral for um sulfato – natural ou produto da ustulação de um sulfeto – bastará água para dissolvê-lo.

Se pudermos escolher entre ácidos ou álcalis, escolheremos ácidos para uma ‘ganga ácida’, e vice-versa.

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Reagentes

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Podemos descrever como principais fatores que determinam a escolha do tipo de lixiviante:

• A cinética de reação do lixiviante com o minério;

• O custo dos reagentes;

• As reações químicas entre a solução lixiviante e a ganga; e

• A capacidade de separação sólido/líquido e recuperação do agente.

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Reagentes

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A concentração do agente na água varia bastante: o ácido sulfúrico, por exemplo, é usado desde a concentração de 1-5 g/L, na lixiviação em pilhas, até a concentração de 50 g/L, na lixiviação por agitação.

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Reagentes

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O emprego de bactérias na lixiviação de sulfetos é uma prática industrial moderna;

Por exemplo, a bactéria Thiobacyllus ferro-oxidans, durante a lixiviação do sulfeto de cobre contendo ferro, oxida o Fe² e o Fe³.

Isso inibe a dissolução do ferro e, por conseqüência, multiplica a taxa de dissolução do cobre por um fator que varia entre 10 e 100 vezes.

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Tipos de Lixiviação

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Após a seleção do reagente, o próximo passo é a escolha do sistema de lixiviação.

Os sistemas mais usados são: • Lixiviação em tanques

• Lixiviação no local (“In Situ Leach”)

• Lixiviação em pilhas (“Heap Leach”)

E quanto a operação: • Com agitação aberta

• Com agitação sob pressão

• Em leitos estáticos

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Tipos de Lixiviação

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Processos de Lixiviação

Leito Estático

Em situ

Em pilhas

Em tanques estáticos

Tanques Agitados

Abertos

Sob pressão

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Tipos de Lixiviação

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Logo, existem muitos métodos de lixiviação, a escolha de um deles depende de diversos fatores como, por exemplo,

• granulometria do minério,

• taxa de produção,

• custo,

• composição do mineral,

• técnicas subsequentes necessárias.

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Tipos de Lixiviação

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A natureza dos métodos varia desde aqueles nitidamente industriais, que necessitam equipamentos sofisticados e apresentam produção elevada, até as técnicas quase desprovidas de reatores, que são empregadas proximamente ou diretamente na mina, ou mesmo no solo não-minerado (in situ).

Isso se aplica especialmente aos minérios com teores tais que o custo da mineração é impeditivo.

Um estágio intermediário é aquele da lixiviação em ‘pilhas’ de minério (sobre uma superfície impermeável) – mas, que também podem ser de rejeitos acumulados por antigos empreendimentos de mineração.

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Tipos de Lixiviação

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Os sistemas de lixiviação estática em pilhas e no local são mais adequados a situações onde dispõe-se de corpos mineralizados de baixo teor.

Nestas condições, o investimento a ser feito numa unidade de lixiviação pode não compensar os ganhos a serem obtidos com um aumento na recuperação do metal de interesse.

Este quadro se altera para os casos em que se trata de depósitos com níveis de concentração mais elevados, onde uma diminuição na eficiência da lixívia poderia implicar em perdas econômicas significativas.

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Lixiviação em Tanques

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Nesta técnica, a lixiviação é conduzida em tanques conectados em série, onde o minério finamente triturado entra em contato com a solução lixiviante, que pode ser ácida ou alcalina, formando uma “lama”, cuja densidade é a máxima possível (tipicamente 55% de umidade) para minimizar o consumo de reagentes e volume no circuito.

A densidade deve ser tal que seja possível alcançar um nível onde a adequada mistura de reagentes e controle das condições de lixiviação possam ser obtidos.

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Lixiviação em Tanques

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O sistema de agitação nos tanques pode ser tanto mecânico, quanto agitação usando ar.

A escolha do método de agitação é dependente de um número de variáveis tais como:

• densidade do minério,

• tamanho de partícula,

• natureza abrasiva (determinado pela forma e mineralogia).

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Lixiviação em Tanques

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Para “lamas” mais grosseiras, o consumo de ar (no caso de agitação por ar) pode ser inaceitavelmente elevado.

O circuito de lixiviação pode conter até 12 tanques em série, porém 4 ou 5 tanques podem ser considerados suficientes para garantir que todo material entre no circuito com um tempo de residência adequado.

Os tanques são conectados de tal forma que o circuito possa ser desviado, quando da necessidade de manutenção em qualquer um deles.

Este sistema de lixiviação apresenta um fluxograma complexo, em alguns casos é necessário um circuito em dois estágios.

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Lixiviação em Tanques

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Uma larga variedade de esquemas de adição de reagentes tem sido adotada; em alguns casos os reagentes são adicionados no início do circuito, em outros, tanto a solução lixiviante quanto o oxidante são distribuídos em quase todos os tanques do circuito.

Diversos parâmetros precisam ser controlados para uma melhor eficiência do processo.

No caso de circuitos cuja lixiviação é em meio ácido, o pH não deve ser superior a 2, para evitar a precipitação do íon férrico e outros íons.

A acidez do licor final deve ser suficientemente alta para prevenir a precipitação de alguns metais.

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Lixiviação em Tanques

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A temperatura e a concentração dos componentes da solução irão determinar o valor de pH no qual a precipitação irá ocorrer.

A grande desvantagem da técnica de lixiviação em tanques (além do alto consumo de energia) é o tipo de rejeito que é gerado: após a lixiviação, o licor obtido rico em metal é separado e segue as demais etapas para obtenção do produto final, e o material sólido (os chamados “tailings”), segue para a área de deposição de rejeitos.

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Lixiviação em Tanques

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O gerenciamento deste tipo de rejeito constitui um desafio, principalmente em termos de gerenciamento a longo prazo, por causa dos grandes volumes produzidos e por serem constituídos.

Além dos grandes volumes gerados, devido à fina granulometria do material, o acesso e a dispersão no ambiente dos constituintes danosos do “tailing” através do arraste eólico, deve ser restringido. • Ex: rejeito da lixiviação para obtenção de urânio.

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Lixiviação em Tanques

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Lixiviação em Tanques

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Fluxograma de Um Processo de Lixiviação em Tanques.

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Lixiviação em Tanques

Quanto a forma de operação, tanques agitados, agitados sob pressão, ou simplesmente leito estáticos, diferenciam a cinética química e aumentam a velocidade da reação e o rendimento da lixiviação, alcançando índices de 100% de extração para alguns metais.

Serão estudados em cada minério, e como aumentam o rendimento e a velocidade da reação.

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Lixiviação In Situ

O processo de “In Situ Leach” (ISL) combina a mineração e o beneficiamento de um determinado mineral ou elemento em uma única etapa.

Esta técnica pode ser utilizada na recuperação de urânio, cobre, níquel, ouro, ferro, fosfato, embora urânio e cobre sejam os elementos mais correntemente explorados.

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Lixiviação In Situ

Enquanto que o processo tradicional de mineração envolve as etapas de escavação e remoção do minério, (seja em cava aberta ou escavação subterrânea) e o processamento do minério por beneficiamento físico e químico para lixiviar o elemento de interesse do minério, a técnica de ISL envolve a circulação direta da solução lixiviante, através do corpo mineralizado e posterior recuperação desta solução contendo o metal de interesse nela dissolvido.

Neste método, não é efetuada a escavação do minério, diminuindo, assim, a geração de rejeitos sólidos e a formação de aerossóis.

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Lixiviação In Situ

Entretanto, nem todos os depósitos de minério são adequados para a aplicação da técnica de ISL.

O corpo mineralizado deve possuir as seguintes características: • Ocorrer em rochas porosas ou permeáveis (como arenitos); • Estar confinado (isolado) por camadas de material impermeável,

como por exemplo, argilas; • Estar localizado abaixo do lençol freático e portanto saturado

com água subterrânea de ocorrência natural; • O tipo de mineralização deve ser facilmente lixiviável, • Possuir um teor mínimo para que a recuperação seja

economicamente viável; • Permitir um contato efetivo entre a solução lixiviante e o

minério .

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Lixiviação In Situ

Os minérios que tipicamente atendem a este critério são usualmente encontrados em arenitos ou em areias de leitos de rios antigos.

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Lixiviação In Situ

Em alguns casos, o processo de ISL envolve a perfuração de uma série furos até o aqüífero onde está contido o depósito.

Uma solução lixiviante é injetada no aqüífero para oxidar e dissolver o metal de interesse, sendo então bombeada para a superfície para extração em uma planta de processo.

A solução antes de entrar em contato com o minério é chamada de solução estéril, por não conter o elemento que se deseja extrair, sendo que quando retorna à superfície, a solução se encontra “carregada” com o elemento de interesse.

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Lixiviação In Situ

Os furos são divididos em furos de extração e de injeção.

Locais fora da área do depósito também são perfurados para que se faça o monitoramento, a fim de identificar um possível escape das soluções.

Devido à complexidade e variedade inerente à formação deste tipo de depósito, uma variedade de soluções lixiviantes e de configurações do sistema de bombeamento e monitoramento podem ser utilizadas.

A eficiência desta técnica está na faixa de 60-80% de recuperação.

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Lixiviação In Situ

A imagem abaixo apresenta um esquema típico do processo de ISL para a extração de Urânio.

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Lixiviação In Situ

Mineração de Bauxita – São Domingos – PA

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Lixiviação In Situ

Canal para adição de agente lixiviante

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Lixiviação Em Pilhas

A técnica de “Heap Leach” é muito utilizada na mineração de ouro, prata, cobre e urânio quando o minério apresenta baixos teores.

Neste método, o minério é extraído, britado e disposto em pilhas sobre uma superfície impermeável, com sistema de coleta de soluções para que seja adicionada a solução lixiviante, que tal como na ISL pode ser ácida ou alcalina.

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Lixiviação Em Pilhas

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Lixiviação Em Pilhas

A uniformidade na distribuição da solução de lixiviação é um fator essencial para o bom desempenho da técnica, além disso, alguns fatores devem ser considerados, tais como:

• Mineralogia do Minério

• Oxidação

• Reagentes utilizados

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Lixiviação Em Pilhas

Mineralogia do Minério: O “Heap Leach” é mais dependente da mineralogia do que a

lixiviação agitada convencional. As pilhas de minério com alto teor de argila apresentam baixa

permeabilidade e, até a década de 80, o “Heap Leach” não era considerado adequado para estes minérios.

Em países como a China, onde o solo é rico em argila, o minério era processado por técnicas convencionais de lixiviação agitada que apresentam como desvantagens um fluxograma mais complexo, alto consumo de energia e de reagentes, aumentando assim, o custo da produção.

A fim de minimizar este tipo de problema, têm sido estudados métodos de aglomeração do minério, deixando-o na forma de pelotas (pellets).

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Lixiviação Em Pilhas

Oxidação: Alguns metais como o urânio são pouco solúveis

em meio redutor, por isso, dependendo do tipo de minério, é necessário a adição de um agente oxidante para melhorar a eficiência da lixiviação.

Além dos oxidantes químicos, estudos utilizando bactérias atualmente têm sido desenvolvidos em minerais contendo pirita (FeS2).

O mecanismo ocorre de forma indireta; a bactéria oxida a pirita, e o íon férrico resultante oxida o metal de interesse.

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Lixiviação Em Pilhas

Reagentes:

As soluções lixiviantes utilizadas possuem as mesmas características das utilizadas nos processos convencionais de lixiviação agitada, porém os volumes utilizados geralmente são menores.

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Lixiviação Em Pilhas

Dentre as vantagens da técnica de “Heap Leach” podemos destacar:

• a técnica oferece um custo relativamente baixo para recuperação de metais em minérios de baixo teor; e

• o tamanho das partículas do minério nas pilhas, mais grosseiro, facilita a disposição do minério exaurido, minimizando erosão e espalhamento pelo vento.

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Lixiviação Em Pilhas

Pilhas de Lixiviação

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Lixiviação x Percolação

Não se deve confundir lixiviação com percolação.

É comum haver a confusão dos termos lixiviação e percolação porque, tecnicamente, diz-se que a lixiviação é a remoção de solutos por meio de um agente lixiviante que percola o solo/minério.

A percolação consiste no movimento descendente do agente rumo às regiões mais profundas do solo.

Assim, se torna claro, o agente lixiviante percola, o soluto lixivia, isto é, sofre lixiviação.

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Conclusão

Lixiviação em pilhas – devido aos baixos investimento e custos operacionais, pode ser utilizada para o aproveitamento de minérios marginais ou rejeitos. • A recuperação, nesses casos, é relativamente baixa, os ciclos são

longos e o consumo de reagentes é elevado. • A lixiviação em pilhas de minérios é o principal método de

beneficiamento de minérios oxidados de ouro de baixo teor. Podem ser alcançadas recuperações da ordem de 50 a 85%.

Lixiviação em tanques estacionários (“vat leaching”) – apresenta resultados intermediários entre a lixiviação em pilhas e a lixiviação em tanques agitados em termos de recuperação metalúrgica alcançada, investimentos e custos operacionais envolvidos, sendo preterida em relação à técnica de lixiviação em pilhas.

Lixiviação em tanques agitados – muito utilizada para tratar minérios que requerem moagem, com teores altos, que justifiquem o investimento e os custos operacionais mais altos. São alcançadas recuperações superiores a 90%. .

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OBRIGADO!

Niquelândia, 2011

[email protected]

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