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beatriz-chabbuh
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FENOMENOS CORRELATOS
Desdobramento Processo de exteriorização do perispírito, dele decorrem vários
outros fenômenos
Espírito, no veículo menos denso do
perispírito, abandona o corpo carnal,
permanece ligado pelo cordão de prata
Estado de relativa liberdade, como o
sono, pode afastar-se a grandes distâncias
Inconsciente por hipnose: pode ser provocado por encarnados ou desencarnados, se utilizam de processos hipnóticos, mergulhando o paciente
em sono sonambúlico, sonambulismo origina-se do latim somnus = sono + ambulare = marchar, passear
Podem ocorrer em casos de morbidez psíquica, doença: emoções profundas, depressões graves, misticismo exagerado, desejo de
desencarne, quando o indivíduo, por efeito desses estados anormais, fica sujeito a forças estranhas e imprevistas
DESDOBRAMENTO INCONSCIENTE
a) Operador encarnado: inicia o processo com passes longitudinais, desligando o períspirito dos centros da atividade sensorial, os plexos e nervos, apagam as percepções do
Espírito com o corpo físico e com o mundo exterior, permanece
semiconsciente como no sonho
Ação dos passes é intensificada e mergulha o Espírito em sono sonambúlico, perde a consciência e a vontade e
determinação, passando a ser instrumento obediente às influências mentais dos operadores que podem impulsioná-lo
na direção que desejarem
Prática perigosa, na maioria das vezes não se pode confiar no critério ou
penetrar nas intenções dos operadores, apometria, finalidades
inferiores
b) Operador desencarnado: pode ser bem feitor espiritual que provoca a exteriorização com fins educativos, ou para a obtenção de efeitos morais,
permitindo visitas e contatos benéficos, o paciente regressa reconfortado e esclarecido
Obsessores e vampiros, que agem com intenção de vingança, dominação ou perversão, e que conduzem o paciente a lugares maus e contatos impuros,
regressa em estado de terror ou perturbação
Casos de vampirismo o corpo físico do paciente corre também sério risco porque, por reflexo, se sobressalta enquanto dura a exteriorização
Pode ser vítima, nesse estado, de incorporações abusivas de Espíritos maldosos ou afins, com permanência às vezes demorada, não permitindo mesmo a
recuperação do corpo físico, por parte do legítimo possuidor, verdadeiros casos de possessão transitória e nem sempre podem ser impedidos pelos protetores
individuais da vítima quando esta, pela sua conduta e condições morais, é solidária na responsabilidade do acontecimento que lhe traz prazer
DESDOBRAMENTOS CONSCIENTES
Voluntário, provocado pelo
próprio interessado,
exercício de auto realização
Regras:
1º) Esforço por conservar a consciência em todo o processo e
estar certo de que realiza a prática com objetivo nobre e elevado, assegura proteção
espiritual em todas as situações
2º) Apelar para o protetor espiritual, sem auxílio não se aventurar, enquanto dura o desdobramento, qualquer violência ou golpe sobre o
perispírito reflete no corpo denso
3º) Início: não ir para longe do corpo físico e do local antes que
tenha conseguido plena consciência fora do corpo,
contato com o protetor espiritual e ausência de temor
4º) Certeza de que o corpo físico repousa em segurança em lugar adequado, podendo voltar, sem impedimento
Tentativas não demoradas, máximo de 30 minutos e de preferência na madrugada, após um sono reparador de
algumas horas, permanecer local
Observe modo por que sai do corpo, pela cabeça, pelas laterais, pelos pés, a posição em que se encontra após a exteriorização,
a impressão que lhe causa o corpo físico adormecido, o ambiente em que se desdobrou, tudo para conservar a
consciência desperta
Mais tarde, o protetor individual se mostra, tudo é ampliado, terá o médium segurança para se aventurar no exterior
Nas primeiras vezes pode haver tensão, ansiedade, pela interferência da vontade no processo natural do desprendimento,
mas no primeiro sucesso, a tensão desaparece, bem-estar
Desenvolvimento da capacidade psíquica deve ser realizado em pleno entendimento
com o protetor individual
Sensações:Catalepsia: pessoa acorda, descobre que não consegue se mexer, parece
paralisia do corpo, tenta chamar, mas não sai a voz, luta para sair desse estado, quer acordar do pesadelo, mas está acordada, não consegue se mover. O pânico que a pessoa sente, acelera seus batimentos cardíacos, adrenalina se espalha pela circulação e estimula o corpo, recuperando os movimentos com um solavanco físico, espasmo muscular, em poucos momentos, seu cérebro racionaliza como pesadelo.
Acordou no meio de um processo vibratório de mudança do padrão de vibrações do corpo espiritual em relação ao corpo físico, um estado transicional dos corpos, situação que ocorre todas as noites quando dorme, acordou bem no meio da transição.
Se a pessoa ficar quieta e não tentar se mover, sentirá uma sensação de flutuação pelo corpo, um desprendimento espiritual consciente, poderá comprovar na prática que aquilo é realmente uma saída do corpo, é só tentar mover o dedo indicador de uma das mãos ou uma das pálpebras e recupera o movimento tranquilamente.
Ballonement: acorda e sente a sensação de estar inflando, a aura está dilatando, pensa que o corpo está crescendo e inchando em todas as direções, se ficar quieta e deixar a sensação continuar, se projetará suavemente para fora do corpo, não há perigo, essa sensação é familiar a médiuns, com tendência de soltura energética.
Sensação de falsa queda durante o sono ou cochilo: cochilando e repentinamente tem a sensação de estar escorregando ou caindo abruptamente da cama, desperta com um solavanco físico e susto, seu corpo espiritual deslocou-se para fora do alinhamento vibratório com o corpo físico e foi tracionado vigorosamente para dentro, pois o metabolismo ainda estava ativo e impediu uma soltura maior.
Estado vibracional: desperta no meio do sono e sente uma série de vibrações, descargas energéticas, propagando-se pelo seu corpo, parece uma tempestade elétrica, o corpo espiritual acelera as vibrações para escapar das lentas vibrações do corpo denso, se ficar quieto e deixar a sensação continuar, se projetará em instantes.
Bilocação
Presença de um mesmo Espírito encarnado em dois lugares, aparentemente ao mesmo tempo
Aparentemente, porque os Espíritos superiores, mesmo irradiando seus
pensamentos para muitos lugares ao mesmo tempo não possuem
realmente o dom de ubiquidade
A bilocação não é uma faculdade mediúnica mas um fato que se verifica em determinadas circunstâncias e
que decorre do desdobramento, porque para encarnados não se pode dar bilocação sem
exteriorização do Espírito
Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns" detém-se na bicorporeidade, não se refere à bilocação, dando a
entender que se trata do mesmo fenômeno visto de outro ângulo, diz:
“tem, pois, dois corpos o indivíduo que se mostra simultaneamente em dois
lugares diferentes, desses dois corpos, um é real, o outro é simples
aparência, o primeiro tem vida orgânica, corpo físico e o segundo o períspirito, ao
despertar os dois corpos se unem e a vida da alma volta ao corpo material”
Fenômeno, do ponto de vista mediúnico, é
sempre passageiro e tem dois aspectos:
desdobramento no primeiro e
incorporação, vidência ou
materialização, no segundo
Incorporação quando o Espírito,
abandonando seu corpo carnal no local onde se
encontra, dá uma
comunicação, falada ou escrita,
em local diferente
Vidência quando,
exteriorizado do corpo em um local, se manifesta
astralmente em outro
Materialização quando,
desdobrado num local, condensa-
se de forma a poder ser visto em outro, por uma ou mais
pessoas, mesmo não dotadas da capacidade de
vidência
Bicorporeidade
Fenômeno da mesma natureza que bilocação, diferença que
mostra o acontecimento em seu local de manifestação enquanto a
bicorporeidade o mostra em relação ao veículo de
manifestação
Bilocação significando dois lugares e bicorporeidade significando dois corpos
Fenômeno, em si mesmo, é semelhante: o Espírito exterioriza-se no local onde está e
mostra-se no local para onde se locomoveu
“Doublés”: indivíduos se deparam com um corpo físico duplo do seu, dotado ainda mais,
em algumas vezes, da faculdade de falar
Espíritos desencarnados, grau superior, podem fazer-se visíveis em lugares
diferentes, forma animada e possui o aspecto e características que desejar
A duplicata tanto pode ser uma projeção ideoplástica, construção mental, do indivíduo base, criada consciente ou inconscientemente (muda), ou se trata de
uma simulação feita por um Espírito desencarnado, manifestando-se com aspecto físico e veste semelhante ao indivíduo base, e o doublé pode falar
São Francisco de Assis: 1182 – 1226. Um ex-leproso não é aceito em sua casa. Ora e pede socorro a Frei Francisco. Nesse instante, Francisco balbucia uma breve oração e entra em transe profundo. Os frades estavam se familiarizando com esses momentos da vida do Apóstolo e entraram em profunda concentração. Francisco desdobra-se, vai àquela casa e se materializa a todos os que ali se encontram causando grande admiração porque era noite e a casa era distante de onde moravam os frades._“Mulher, porque relutas em receber de volta teu marido?”_“Frei Francisco! -exclamou a mulher,- tuas palavras são como ordens de Deus!” Abraça o marido e lhe pede perdão. A seguir, encaminha-se para Francisco e, quando tenta abraçá-lo, ele não está mais na sala.
Frei Galvão: Franciscano, Antonio de Sant’Anna Galvão, nasceu em Guaratinguetá, São Paulo, em 1739 e morreu aos 84 anos, no Mosteiro da Luz. Aparecia em dois lugares ao mesmo tempo, levitava e tinha premonições. Em 1810, Frei Galvão apareceu para um capataz que fora apunhalado por um escravo. Mas, nesse mesmo tempo, o frei interrompeu uma missa para que todos orassem por um cristão que agonizava longe dali.
Eurípedes Barsanulfo: viveu em Sacramento – MG, 1880 – 1918, educador, farmacêutico, político e médium, dotado de moral irrepreensível, por várias vezes se fez notar no fenômeno da Bicorporeidade. Encontramos alguns relatos bastante interessantes, principalmente por terem sido presenciados por testemunhos não Espíritas, era professor, fundador do Colégio Allan Kardec em Sacramento (primeiro colégio espírita em todo o mundo), médium dotado de variados tipos de mediunidade, destacando-se a mediunidade de cura e o receituário mediúnico. Muitas vezes entrava em transe durante a aula e prestava socorro através da Bicorporeidade; certa vez, dirige-se aos alunos e diz: “Prestem atenção. Acabo de fazer um parto difícil, numa residência atrás da Igreja do Rosário. O marido não sabe que a criança já nasceu e está a caminho daqui, para solicitar ajuda. Quando ele entrar na sala os senhores devem ficar de pé para cumprimentá-lo”.O homem entrou em seguida, muito aflito, de roupa de montaria e chapéu, pedindo a Eurípedes que fosse até a sua residência com urgência, fazer o parto, sua mulher estava muito mal e a parteira não estava conseguindo resolver o caso. - “Acalme-se, -respondeu o médium sorrindo,- já fiz o parto há 5 minutos atrás...” – “Não é possível -disse o homem,- há 5 minutos eu o teria visto no caminho. ” – “O senhor não me viu porque eu fui em Espírito, mas eu vi o senhor, -respondeu Eurípedes,- e pode voltar para sua casa sossegado, a menina que nasceu é linda e forte.” O homem, porém duvidou e só saiu dali com Eurípedes junto. Chegando a casa se deparou com a esposa que segurava no leito a filhinha. A parturiente ao ver o médium exclamou: - “O senhor não precisava vir de novo seu Eurípedes, eu e o bebê estamos passando muito bem!”
Não é possível a um mesmo Espírito animar ao
mesmo tempo a dois corpos, a personalidade é
variável, mas a individualidade é
indivisível
Seria necessário que o Espírito se bipartisse o
que não é possível, porque as ligações
perispirituais da encarnação só se dão com
um corpo material determinado e são tão
individualizadas que somente com a morte se
rompem
Em todos os casos o Espírito se exterioriza do seu corpo carnal no local onde se encontra e assim desdobrado se manifesta
em outros lugares em variadas condições, jamais em dupla individualidade
Dupla
personalidade
Um mesmo
indivíduo apresenta profundas alterações de sua personalidade comum ou
costumeira, no temperamento, no caráter, na cultura, na
educação, na
voz, nos hábitos
, alternando as
diferentes
personalidades às vezes
durante
meses e
anos
Casos de
tripla e quádrupla personalidade
, alternando-se sucessivamente meses e
anos, no mesmo
indivíduo
Não se trata de desdobramento
Na dupla personalidade, se não se tratar de
incorporações de entidades estranhas, dilata-se para o
médium o campo da mente menor, usualmente utilizada,
e o indivíduo passa a viver, temporariamente, com uma
consciência diferente, da mente maior, que por algum
motivo se integrou
Confunde-se com a
dupla personalidade, reingressa
na mente maior, ma
s por reativações momentâneas
das le
mbranças guardadas no sub consciente, que
perduram mesmo
após o
desencarne e o
renascimento
Sup
õe encarnar uma
perso
nalidade
diferente,
mas na realidade somente exterioriza o mundo
de si mesma
Cerca de 13% das pessoas tem alto nível de dissociações, não se
reconhecem em uma situação, esquecem acontecimentos
desagradáveis ou se recusam a perceber certos eventos aversivos, antipatia, ódio
Dissociação: processo mental que promove um mecanismo que possibilita enfrentar situações
traumáticas ou dolorosas, com a desintegração do ego, centro da
personalidade
Integração do ego é a habilidade em perceber, de forma bem
sucedida, acontecimentos ou experiências externas, e lidar com
elas consistentemente, sólida, através de situações sociais, se for
incapaz disso pode passar por uma desequilíbrio emocional, um
potencial colapso do ego
Estado de desequilíbrio emocional é, em alguns casos, tão intenso a
ponto de causar uma desintegração do ego, ou o que,
em casos extremos, tem sido diagnosticado como uma
dissociação
O indivíduo que sofre uma dissociação não se desliga totalmente da realidade, ele pode aparentar ter múltiplas personalidades para lidar com diferentes situações
Quando outro “eu“ não pode lidar com uma situação particularmente estressante, a consciência do indivíduo acredita estar dando à outra personalidade a chance de eliminar a causa da situação, subnível da encarnação atual
Estresse causado pelo trauma é aliviado pelo afastamento parcial da resposta emocional, que faz com que o mesencéfalo (funções: visão, audição, movimento dos olhos e do corpo) aprenda a dissociar como forma de reação
E assim como o médium pode manifestar personalidade dupla, vivendo em dois
setores da mente maior, pela mesma razão e pelas mesmas leis poderá aparentar
personalidade tripla ou quádrupla, mais raro
Como a mente total é uma só, mesmo que possa entrar em atividade parcelada, e
como sucede nas exteriorizações, nunca se dá divisão do Eu, que é sempre uno,
indivisível
Leon Denis, no livro O Problema
do Ser, do Destino e da Dor
“, esclarece: casos aparece em nós um ser muito
diferente do normal,
possuindo conhecimentos e
aptidões mais extensas e
percepção mais poderosa e variada, nos
fenômenos de segunda
personalidade, o caráter se modifica
Compreensão espírita: somos a soma de nossas
experiências passadas,
chegamos à conclusão que
sofremos a interferência do que já fomos ou
fizemos em outras
experiências na carne em nossa
atual encarnação, que podem se fazer presentes quando alguns
fatos nos remetem a
medos e traumas antigos
Para Carl Gustav Jung, 1875 -1961, psiquiatra suíço e
fundador da psicologia analítica, um
trauma nunca desaparece,
apenas se torna, ao longo dos
anos (e de nossas existências), mais conhecido de nós
mesmos
Trazemos em nós muitas pessoas, e todos esses “eus” possuem capacidades e possibilidades que podem nos ajudar em nossa evolução, isso quando temos a consciência de utilizar essas qualidades para favorecer a nossa atual vivencia
O fenômeno das múltiplas personalidades, psicopatologias e possessões, pode ser um sintoma de que o individuo não se encontra bem, e que esse espírito pode se encontrar gravemente doente
Necessário avaliar cada personalidade que se manifesta, saber diferenciar a manifestação de nossas vivencias passadas, de um quadro de distúrbio psíquico mais grave, aproveitar essas manifestações e integrar as antigas experiências ao nosso Espírito, fazendo com que a cada encarnação possamos ser uma alma muito mais evoluída e experiente