20
Balanço de Massa e Energia Aula 4 Gases e Vapores Na maioria das pressões e temperaturas, uma substância pura no equilíbrio existe inteiramente como um sólido, um líquido ou um gás. Contudo, em certas temperaturas e pressões, duas ou mesmo três fases podem coexistir simultaneamente. Exemplo 1) Água pura é um gás a 130ºC e 100 mmHg, e um sólido a - 40ºC e 10 atm, mas a 100ºC e 1 atm pode ser um gás, um líquido ou uma mistura dos dois, e aproximadamente a 0,0098 ºC e 4,59 mmHg pode ser um sólido, um líquido, um gás ou qualquer combinação dos três. 1

Aula 4 Balnce de Matria

Embed Size (px)

DESCRIPTION

x

Citation preview

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores

    Na maioria das presses e temperaturas, uma substncia pura no

    equilbrio existe inteiramente como um slido, um lquido ou um gs.

    Contudo, em certas temperaturas e presses, duas ou mesmo trs fases

    podem coexistir simultaneamente.

    Exemplo 1) gua pura um gs a 130C e 100 mmHg, e um slido a -

    40C e 10 atm, mas a 100C e 1 atm pode ser um gs, um lquido ou uma

    mistura dos dois, e aproximadamente a 0,0098 C e 4,59 mmHg pode ser

    um slido, um lquido, um gs ou qualquer combinao dos trs.

    1

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    2

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    Termos importantes que podem ser definidos em

    referncia ao diagrama de fases:

    1. Se T e P correspondem a um ponto sobre a curva

    de equilbrio lquido-vapor para uma determinada

    substncia, P a presso de vapor da substncia

    temperatura T, e T o ponto de ebulio (mais

    precisamente, a temperatura do ponto de

    ebulio) da substncia presso P.

    2. O ponto de ebulio de uma substncia a P = 1

    atm seu ponto de ebulio normal.

    3. Se (T,P) cai sobre a curva de equilbrio slido-

    lquido, ento T o ponto de fuso ou ponto de

    congelamento P. 3

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    4. Se (T,P) cai sobre a curva de equilbrio slido-

    vapor, ento P a presso de vapor do slido

    temperatura T e T o ponto de sublimao

    presso P.

    5. O ponto (T,P) no qual a fase slida, lquida e

    vapor podem coexistir chamado ponto triplo

    da substncia.

    6. A curva de equilbrio lquido-vapor termina na

    temperatura crtica e na presso crtica (Tc, Pc)

    Acima e direita do ponto crtico nunca podem

    coexistir duas fases separadas.

    4

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    Lquido

    Vapor

    Lquido-

    Vapor

    Gs

    A Curva T1 representa uma isoterma a alta

    temperatura, e nesta condio a substncia

    est longe da regio de condensao. A

    medida que a temperatura diminui, as

    isotermas se aproximam da regio de

    condensao, representada pela curva

    ACB.

    As substncias com isotermas

    representadas pelas temperaturas T3 e T4,

    que alcanam a curva ACB, apresentam

    trs regies distintas: regio de vapor

    direita de ACB, regio de lquido

    esquerda de ACB e regio de duas fases

    abaixo de ACB.

    5

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    Lquido

    Vapor

    Lquido-

    Vapor

    Gs Quando uma massa de um lquido puro

    mantida a temperatura constante sofre

    uma reduo de presso, este lquido

    comea a entrar em ebulio quando um

    certa presso alcanada. Esta presso

    variar com a temperatura constante em

    que o lquido mantido, mas para cada

    temperatura haver apenas uma presso

    em que a ebulio do lquido ocorrer.

    6

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    Se o lquido no ponto P temperatura T4

    tiver sua presso reduzida at alcanar o

    ponto D na curva AC, este ponto

    representar o incio da ebulio do lquido.

    Neste processo, enquanto existir lquido a

    temperatura e a presso permanecem

    constantes. A presso correspondente linha

    horizontal DE chamada de presso de

    vapor do lquido a T4.

    H uma presso de vapor correspondente

    para cada temperatura at que o ponto C seja

    alcanado. Este ponto chamado de ponto

    crtico. Em temperaturas acima de Tc

    somente a fase gasosa pode existir.

    Lquid

    o Vapor

    Lquido-

    Vapor

    Gs

    7

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Gases e Vapores Diagrama de Fases

    O ponto D representa o ponto de bolha

    da substncia, ou seja, o ponto onde

    aparece a primeira bolha de vapor do

    lado do lquido.

    O ponto E representa o ponto de orvalho

    da substncia, ou seja, o ponto onde

    aparece a primeira gota de lquido do lado

    do vapor.

    Lquid

    o Vapor

    Lquido-

    Vapor

    Gs

    8

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Presso de Vapor

    1L gua

    1L ter

    t2

    t1

    t2 > t1

    O ter evapora mais rpido do que

    a gua, portanto o ter mais

    voltil que a gua.

    3 2 1

    1. Comea a vaporizao do lquido;

    2. Alm da vaporizao, temos a

    condensao (a molcula volta para o

    lquido);

    3. A velocidade de condensao iguala-se a

    velocidade de vaporizao, portanto, a

    quantidade de vapor fica constante

    (equilbrio lquido-vapor).

    9

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Presso de Vapor

    O vapor que fica acima do lquido exerce uma presso (registrada em um manmetro),

    chamada de presso de vapor (Pv).

    M

    Vapor dgua

    gua

    20C

    H2O(L) H2O(V)

    Pv = 17,5 mmHg a 20C

    A presso de vapor depende da natureza da

    substncia e da temperatura

    T = 20C gua : PV = 17,5 mmHg

    Etanol : PV = 44 mmHg

    Efeito da Temperatura

    PV

    Temperatura 10

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Presso de Vapor

    Um lquido entra em ebulio quando a presso de vapor iguala-se a presso atmosfrica.

    Lquido

    Vapor

    Patm

    PV = Patm Ponto de Ebulio (PE) = 100C a 760 mmHg

    Observao: Maior altitude Menor Patm Menor PE

    PV

    Temperatura 100C

    760 mmHg

    gua

    11

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Curva da Presso de Vapor da gua

    Esta figura representa a curva de presso

    de vapor da gua em funo da

    temperatura.

    Qualquer ponto sobre a curva PT

    representa uma mistura em equilbrio de

    lquido e vapor. comum chamar esta

    situao de equilbrio entre o vapor

    saturado e o lquido saturado. Lquido

    saturado significa lquido no ponto de

    ebulio e vapor saturado vapor no ponto

    de condensao.

    12

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Curva da Presso de Vapor da gua

    Um ponto acima ou a esquerda da curva de

    presso de vapor, como o ponto P, representa

    lquido em uma presso superior presso de

    saturao (se fixarmos a temperatura) ou em

    uma temperatura inferior temperatura de

    saturao (se fixarmos a presso). Nesta

    condio diz-se que o lquido est sub-

    resfriado.

    Um ponto abaixo ou a direita da curva de

    presso de vapor, como o ponto R ou Q,

    representa vapor em uma presso inferior

    presso de saturao (se fixarmos a

    temperatura) ou em uma temperatura superior

    temperatura de saturao (se fixarmos a

    presso). Nesta condio diz-se que o vapor

    est superaquecido.

    13

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Tabela da Presso de Vapor da gua

    14

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Grfico da Presso de Vapor

    15

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Estimativa da Presso de Vapor

    A estimativa da presso de vapor feita em geral de forma experimental ou atravs de equaes

    empricas. As equaes mais usadas so as de Clausius-Clapeyron e de Antoine.

    BT

    ApB

    T

    Ap ** logou lnClausius-Clapeyron

    CT

    BAp

    CT

    BAp

    ** logou ln

    A, B e C: Constantes com valores diferentes para cada

    substncia;

    T: Temperatura absoluta (K)

    Antoine

    16

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Estimativa da Presso de Vapor

    17

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Aplicao da Estimativa da Presso de Vapor

    A presso de vapor do metanol conhecida nas temperaturas abaixo. Supondo vlida a equao de

    Clausius-Clapeyron, avalie os parmetros da equao e estime o valor da presso de vapor

    temperatura de 400K.

    BT

    ApB

    T

    Ap ** logou lnClausius-Clapeyron

    T (K) 320 360

    P* (kPa 48,330 229,26

    Soluo:

    (1) 320977,1240320

    878,3320

    )330,48ln( BABA

    BA

    (2) 360548,1956360

    434,5360

    )26,229ln( BABA

    BA

    A = -4483,6 e B = 17,889

    kPaepp 32,79668,6889,17400

    6,4486ln 68,6**

    18

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Aplicao da Estimativa da Presso de Vapor

    Estime a presso de vapor do metanol supondo vlida a equao de Antoine temperatura de 400K.

    Soluo:

    CT

    BAp

    CT

    BAp

    ** logou ln

    A, B e C: Constantes com valores diferentes para cada

    substncia;

    T: Temperatura absoluta (K)

    Antoine

    Da tabela de constantes com T em K temos:

    A = 16,5725

    B = 3626,55

    C = -34,29

    kPaepCT

    BAp 46,777656,6

    29,34400

    55,36265725,16ln 656,6**

    19

  • Balano de Massa e Energia Aula 4

    Aplicao da Estimativa da Presso de Vapor

    20