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Austin Osman Spare - Livro Do Prazer (Pt)

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O LIVRO DO PRAZER

(AUTO-AMOR)

A PSICOLOGIA DO ÊXTASE

Austin Osman Spare

Tradução: Yasmim

Sothis Publicações www.sothis.com.br

2004 e.v.

Page 3: Austin Osman Spare - Livro Do Prazer (Pt)

O LIVRO DO PRAZER

(AUTO-AMOR)

A PSICOLOGIA DO ÊXTASE

Austin Osman Spare

Def in ições As palavras Deus , religiões , crença, moral, mulher , etc (são formas de fé), são usadas para expres sar diferentes " meios " de controlar e expres sar o des ej o: uma idéia de unificar pelo medo, de uma forma ou outra, que pronuncia a escravidão - os limites imaginados , expandidos pela ciência que acrescentam cus tosas polegadas à nos sa altura: nada mais . K ia: a liberdade abs oluta na qual sendo livre es tá for te o s uficiente para ser " real" e livre a qualquer hora: por es s a razão não é potencial ou manifes to (exceto como pos s ibilidade imediata) pelas idéias de liberdade ou " meios " , mas pelo Ego s endo livre para receber is so, sendo livre de idéias s obre is so e por não acreditar . Quanto menos falar s obre is so (Kia), menos obscuro fica. Lembre que a evolução ens ina, através de s uas ter r íveis punições , aquela concepção que define a realidade, mas não a liberdade em evolução. Vir t ude: Pura Ar te Vício: medo, fé, crença, controle, ciência e s imilares Aut o-Amor : um es tado mental, dispos ição ou condição causada pela emoção do escárnio, tornando-se o pr incípio que permite ao Ego a apreciação ou a as sociação univers al e pos s ibilitando a inclusão antes da concepção. E xaus t ão: aquele es tado de vacuidade vindo da exaus tão de um desej o por alguns meios de dis s ipação, quando a dispos ição cor responde a natureza do des ej o, quando a mente es tá atormentada devido ao não preenchimento de tal des ej o e busca o alívio. Aproveitando es sa dispos ição e vivenciando, a vacuidade res ultante fica sens ível para a s úbita s uges tão do S igilo.

D i fer ent es R el igiões e Dout r inas

Como Meios de P r azer , L iber dade e P oder O que ex is te para acreditar , mas dentro do S elf? E O self é a negação da completu-de como Realidade. Nenhum homem s e vê a qualquer hora. Nós somos o que acreditamos e no que is so implica pelo proces so do tempo na concepção; a cr iação é causada por es sa es cravidão à fórmula. As ações s ão as expres sões de idéias além da fé, elas são propr iamente obs curas , operando indiretamente, facilmente enganam introspectivamente. Os frutos das ações são redobrados , Céu ou I nferno, Unidade ou Não-ex is tência (Purgatór io ou I ndierença). No Céu há o des ej o por mulheres . No I nferno, es se desej o é intenso. O Purgatór io é a expectativa adiada. A I ndiferença mas com des apontamento até a recuperação. Pois , s implesmente, eles são um e o mesmo. Aquele que busca sabia-

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mente com prazer , tendo percebido que s ão diferentes os graus do des ej o, e nunca desej ável, entrega-se tanto à Vir tude quanto ao Vício e torna-se um K iais ta. Dominando o T ubarão dos seus desej os , ele atraves sa o oceano do pr incípio dual e compromete-se com o auto-amor . As Religiões s ão as proj eções da incapacidade, a imaginação do medo, o verniz da supers tição, cuj o paradoxo é real (que Deus sempre es tá no Céu ou que o T odo-Poderoso inconcebivelmente emana sua concepção ou a s ua negação leva ao suicídio, etc), por vezes a ornamentação da imbecilidade. Como uma vir tude na I déia para maximizar , a baixo cus to, o prazer , cancele seus pecados e perdoe-os , mas cer imonialmente, a expres s ão do teatro de mar ionetes a governar o medo. S im ! O que você tem decretado em sua religios idade é sua verdadeira des truição, embora imaginada, mas é ! O panorama não é agradável, você tem ens inado a s i mes mo. I s s o tem s e tornado inato e s eu corpo é sens itivo. Alguns louvam a idéia da crença. Por acreditarem que s ão Deuses (ou algo a mais ), torna- los - iam exper ientes por tudo que fazem, a es tarem preenchidos por es s as não-crenças . Melhor ser iam admitir a incapacidade ou ins ignificância, mais que reforçar is s o pela crença, uma vez que " protege" mas não muda a es s ência. Cons equentemente, rej eitam a formação pos ter ior . S ua fórmula é decepcionante e são enganados , a negação de seus propós itos . A crença é a negação ou a idiotice metafór ica, consequentemente sempre falha. Para fazer com que sua fé sej a mais segura, os Governantes empur ram a religião garganta abaixo de s eus es cravos , e is so sempre tem suces so. Quando a crença mor re, o S elf pas s a a ser ele mesmo. Outros menos tolos , obs curecem a memór ia de que Deus é a concepção deles mes mos , e ficam mais suj eitos a lei. Por tanto, es sa ambição da crença realmente é desej ável ? Eu mes mo não tenho vis to um homem que j á não s ej a um Deus . Outros novamente, e aqueles que têm mais conhecimentos , não poderão dizer a você exatamente o que é a crença, ou como acreditar no que desafia as leis naturais e opiniões ex is tentes . Certamente não é dizendo: " Eu acredito" , es s a ar te j á foi há muito perdida. Eles têm mesmo mais as s untos que caus am confusão e dis tração, quando abrem s uas bocas cheias de argumentos . S em Poder e infelizes , senão difundindo suas própr ias confusões para obter força em seus argumentos , adotam um dogma e cos tumes que excluem pos s ibilidades . Pela iluminação de seus conhecimentos , deter ioram na conclus ão. Não temos vis to que eles se ar ruinaram em racionar suas explicações ? Realmente, o homem não pode crer pela convicção religiosa ou avançar , nem pode explicar seu conhecimento, a menos que apareça uma nova lei. S omos tudo, por is so, haver ia a neces s idade de imaginar o que não somos ? S ej a mís tico! Outros acreditam em orações , ainda não tendo aprendido tudo perguntar iam para serem negados ? Deixe para lá a tr ilha de seu Evangelho ! Oh, você que vive a vida de outras pes soas ! A menos que o des ej o s ej a inconsciente, não es tá s atis feito, não, não nes ta vida. Nes s e cas o, cer tamente dormir é melhor que rezar . A pas s ividade es tá dominando o desej o, uma forma de " não argumentar " , por is s o a mulher obtém muito mais que o homem. Util iza a oração (se tiver que rezar ) como uma forma de exaus tão, e através dis so obtém seu des ej o. Alguns fazem muito para mos trar a s imilar idade de diferentes religiões , cer tamente por is s o eu provo a pos s ibilidade de uma ilus ão fundamental, mas que nunca compreendem ou então es sa arbitrar iedade é o es cárnio, pelo tanto que se ar rependem. Eles têm mais conflitos que um não- iluminado. Com o que eles podem identificar sua própr ia des ilusão do medo, chamam de Verdade. Nunca enxergam es s a s imilar idade e a quintes s ência das religiões , suas própr ias pobrezas de imaginação e a ins ipidez religios a. Melhor é mos trar a diferença es sencial das religiões . I s s o s erve bem para conhecer os vár ios cos tumes , não s ão obj etivos de

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enganar e governar ? Cer tamente depois , pela consecução do transcedental, Deus e a religião não ter iam mais lugar . Alguns louvam a tão conhecida Verdade, mas dão a ela divers os formatos . Es que-cendo sua dependência, eles provam s uas relações e paradoxos , a mús ica da exper iência e ilusão.O paradoxo não é a Verdade, mas é fato que qualquer coisa pode ser ver ídico por um tempo. No que subs titui o paradoxo e es tá subentendido (não neces s ar iamente), farei a bas e do meu ens inamento. Determinemos o delibe-rativo, a Verdade não pode s er dividida. O auto-amor não pode s er s omente negado e é tão grande quando paradoxal, sob qualquer condição, até mes mo soz inho é verdadeiro, sem aces s ór ios per feitos . Outros louvam a Magia Cer imonial e são envolvidos a exper imentar muito Êxtase ! Nos sos as ilos es tão abar rotados , o palco é tomado ! É pela s imbolização que nos tornamos os s imbolizados ? Eu me coroando Rei, ser ia um Rei ? Mais propr iamente, eu ser ia um obj eto de repugnância ou pena. Es ses Magis tas , cuj a fals idade é a sua segurança, s ão os ar is tocratas desempregados de Brothels . A Magia é a habilidade natural da pes soa para atrair sem pedir , a formalidade do que não é influenciado, a doutr ina de negação deles . Eu os conheço bem e a seus credos que ens inam o medo de suas própr ias luzes . Vampiros , eles s ão atraídos como verdadeiros piolhos ! S uas práticas demons tram suas incapacidades , eles não têm Magia para potencializar o normal, o j úbilo de uma cr iança ou de uma pes s oa sadia, nada para invocar seus prazeres ou a sabedor ia deles mesmos . S eus métodos são dependentes do embaraço da imaginação e do caos das condições , s eus conheci-mentos s ão obtidos com menos decência que uma hiena quando consegue sua comida, e digo que são menos livres e não têm nem mesmo a satis fação que o mais medíocre dos animais . Auto- reprovados em suas des gos tosas pobrezas , vazios de poder , sem mesmo a magia do charme ou beleza pes s oal, eles são ofens ivos em seus gos tos ruins e adminis tram para fazer propaganda. A liberação da energia não é alcançada por s uas crenças , um grande poder não é obtido pela des integração. I s s o não é conseguido porque nos sa energia (o conteúdo mental) j á es tá além do limite e dividido de tal forma que não somos capazes , s em contar com a Magia ? Alguns acreditam que toda e qualquer cois a é s imbólica, e pode ser trans cr ita, e explicar o oculto, mas daquilo que não s abem (grandes Verdades Espir ituais ?). Então, argumentam uma metáfora, cuidadosamente confundem o óbvio no qual desenvolvem a vir tude escondida. Es sa corpulência desneces sár ia, porém impres -s ionante, não é repugnante ? (O Elefante excede em tamanho mas é extre-mamente poderos o, o porco ainda que odioso não provoca o desprezo do nos so bom paladar). S e um homem não for um herói para s eu s ervo, muito menos poder ia continuar sendo um mís tico aos olhos do cur ios o, a s imilar idade educa a camuflagem. Decore seu s ignificado, porém, obj etivamente (de fato), após ter mos trado s ua hones tidade. A Verdade, ainda que s imples , nunca neces s ita do argu-mento da confusão para obscurecer , seu própr io s imbolismo puro engloba todas as Pos s ibilidades como um proj eto mís tico. Apoie-se no s enso comum e inclua a Verdade que não pode mentir , nenhum argumento que j á tenha prevalecido. A proporção per feita não s ugere alteração, e o que é inútil deter iora. Eles rej eitam todo s imbolismo moderno1 e chegam em um limite abs urdo muito cedo. S em levar em cons ideração as mudanças 2, e (por vezes ), a natureza arbitra- 1 Todos os meios de locomoção, mecanismos, governos, instituições e tudo essencialmente moderno, é um simbolismo vital aos trabalhos da nossa mente. 2 O símbolo da justiça conhecido pelos Romanos não simboliza o Divino, ou nossa justiça, pelo menos não necessário e usualmente. A vitalidade não é exatamente como a água, nem nós somos árvores; sendo mais parecidos com nós mesmos é que poderíamos acidentalmente incluir árvores em algum lugar desconhecido, muito mais óbvio nos nossos trabalhos atuais.

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r ia do s imbolis mo ou a chance de preservar o desatino, por terem adotado o tradicional s em a ciência, como vêm lendo até o pres ente, s eus s imbolismos são caóticos e sem sentido. S em conhecer as interpretações anter iores , eles sucedem em proj etar s uas própr ias insuficiências causadas por es ta confus ão, tal como explicar os s ímbolos antigos . As cr ianças s ão mais inteligentes . Es s e conglomerado de antiguidade ar ruinada, coletada com a doença da ganância, é cer tamente a opor tunidade para a miser i-córdia? Esquecendo as idéias for j adas , aprenda a melhor tradição olhando para suas própr ias funções e para a moderna imparcialidade. Alguns louvam a crença em um código de doutr ina moral, que eles natural e continuamente trans gr idem, e nunca alcançam seus propós itos . Dada a cor reta natureza, eles procedem j us tamente em seu própr io governo, e são aqueles mais sadios , s ensatos e aprazíveis . I s so poder ia s er chamado de negação da minha doutr ina, eles obtém satis fação tolerável, j á que a minha es tá completa. Deixe-os permanecer aqui, quem não é for te para a Grande Obra. Em liberdade, eles poder iam se perder . Então, abra suas asas coraj os amente, humilhe-os ! Outros dizem que o Conhecimento s omente é eterno, a eterna ilus ão de aprender , a arbitrar iedade de aprender o que j á s e conhece. Diretamente nos perguntamos " como" induzimos a es tupidez, sem es s a concepção sobre o que es tar ia lá que não poder íamos saber e realizar ? Outros bus cam a concentração, que não irá liber tá- lo, a mente compreendendo a lei é escravidão. Chegando aqui, você irá querer desconcentração. A dis s ociação de todas as idéias , mas não liberada, porém um preenchimento imaginár io, ou a fúr ia da cr iação. Diferente novamente de que todas as cois as s ão emanações do Divino Espír ito, como raios do S ol, haver ia, cons equen-temente, a neces s idade de emancipação ? Cer tamente as cois as s ão pobres através de s uas concepções e crenças . Por tanto, vamos nos permitir des truir ou mudar a concepção e esvair a crença. Es s as e muitas outras doutr inas são declaradas por mim como perpetuadores do pecado e ilus ão. Dada uma e todas dependem de uma implicação confusa, obscurecendo, contudo evoluindo naturalmente de uma dualidade da consciência de seus prazeres . No medo, eles vomitar iam sangue quente ao verem os frutos de suas ações e deleites . Des se modo, acreditando numa vas tidão de doutr inas diferentes , eles s ão o pr incípio dual, neces sar iamente paras itas uns dos outros . Como as drogas e a faca cirúrgica, eles s omente anulam ou, na melhor das hipóteses , removem o efeito. Eles não mudam ou eliminam a causa fundamental (a lei). " Oh, Deus , vos s a ar te, é o meio es tagnador " . T udo é char latanis mo: es sas religiões cuj as reais ex is tências dependem de seus fracas sos , são tão cheias de mis ér ia e confusão, tendo s omente argumentos multiplicados , cheias de argumentos como se fos sem demônios , tão coroadas com o não-es s encial, s endo tão es tér il de qualquer prazer liber to nes ta vida ou em outra, eu não pos so apoiar s uas doutr inas ! S eus cr itér ios para o prazer - a Morte ! Melhor ser ia um homem renunciar a todas elas e abraçar seu própr io propós ito invencível. Ele não pode ir mais além e es ta é sua única liberação. Por is so, tem permis s ão de colocar s eu prazer onde quiser e encontrar s atis fação.

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O Cons umidor de R el igiões

K ia, em s ua T r ans cedent al e Concebível Mani fes t ação Do nome, não tem nome para des ignar . Eu chamo is so de K ia. Eu digo para não sus tentar is so como eu mesmo faço. O Kia pode ser expres s o por idéias concebíveis , não é o Kia eterno que incendeia todas as crenças , mas é o arquétipo do S elf, a escravidão da mortalidade. Es forçando-me para des crever " is so" , eu escrevo o que não pode s er geralmente chamado " O Livro das Mentiras " 3. O não or todoxo do or iginár io, uma visão volante que conduz de algum modo o incidental, a verdade que es tá em algum lugar. O K ia pode ser vagamente expres so em palavras como " nem is so-nem aquilo" , o S elf não modificado na sensação da onipres ença, a iluminação s imbolicamente transcr ita no sagrado alfabeto, e sobre o qual es tou escrevendo. S ua emanação é s ua própr ia intens idade, mas não neces sar iamente, tem e sempre ex is tirá, o quantum virgem. Por sua exuberância temos ganhado ex is tência. Quem se atreve a dizer onde, por que e como is so es tá relacionado ? Pelo trabalho do tempo, quem duvida habita em seu limite. Não relacionado, mas permitindo todas as coisas , is so ilude a concepção, porém é a quintes sência da concepção como penetrando prazer em pens amento. Anter ior ao Céu e à T er ra, no aspecto que os transcendem, mas não a inteligência, poder ia ser cons iderado como o pr incípio sexual pr imordial, a idéia do prazer no auto-amor . S omente ele que tenha realizado a pos tura da morte pode compreender es sa nova s exualidade, e ter seu amor todo-poderoso satis feito. Ele que é s empre servil à crença, obs truído pelo desej o, é identificado à semelhança e pode ver , porém somente suas infinitas ramificações em descontentamento 4. O progenitor dis so mesmo e de todas as coisas , mas as semelhando-se a nada, es sa sexualidade é s ua s implicidade pr imitiva, pers onificando o s em fim. O tempo não tem mudado is so, cons equentemente, eu o chamo de novo. Es se pr incípio sexual ances tral, e a idéia do Eu, são uma e a mesma cois a, es s a s imilar idade revela exatidão e infinitas pos s ibilidades , a dualidade arcaica, o mis tér io dos mis tér ios , a Es finge nos por tais de toda espir itualidade. T odas as idéias concebíveis começam e terminam como luz nes s a emoção, o êxtase que a cr iação da idéia do S elf induz. A idéia é unidade pela fórmula do S elf, é neces sár io realidade para dar continuidade, a pergunta de todas as cois as , todo es se Universo vis ível e invis ível s aiu dis s o. Como unidade, concebeu a dualidade, or iginando a tr indade, or iginando o tetragrammaton. A dualidade sendo unidade é tempo, o complexo da concepção, a reflutuação eterna, a realidade pr imeira em liberdade. S endo tr indade da dualidade é o sexto sentido, as 5 facetas do 6 proj etado como meio para auto-as s imilação em negação, como uma sexualidade completa. S endo o tetragrammaton das dualidades é 12 vezes desdobrado por combinação, o complexo humano, e poder ia s er chamado dos 12 Mandamentos do crente. I s s o imagina o decimal eterno, s ua multiplicidade engloba a eternidade, do qual brotam as formas multivar iadas , que cons titui a ex is tência. Vitalizada pelo sopro do auto-amor , a vida é consciente do Uno. O S elf sendo sua força opos ta, é alternadamente conflito, harmonia, vida e morte. Es s es 4 pr incípios são um e o mes mo - a concepção cons iderada como S elf completo ou Consciência, cons equentemente, eles podem ser combinados na Unidade e s imbolizados . Uma forma feita por duas que é 3 vezes desdobrada e tendo 4 direções . 3 Sobre esse Self: toda concepção é o princípio dual, a lei que é a sua concepção. 4 O princípio sexual não modificado, refletido através do princípio dual emana a infinita variedade de emoções ou sexualidades, que podem ser chamadas de suas ramificações.

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A L ei T r ans cedent al, a L ei e o T es t ament o do " Novo"

A lei de Kia é seu própr io árbitro, além das neces s idades , quem pode compreender o inominável K ia ? Óbvio, mas não inteligível, sem forma, s eu proj eto mais excelente. S eu desej o é sua s uperabundância, quem pode afirmar s eu propós ito mis ter ioso ? Através da nos sa compreensão, torna-se mais obscuro, mais remoto, e a nos sa crença opaca. S em atr ibuto, eu não sei s eu nome. Quão livre is so é, não tem neces s idade de soberania ! (Os Reinos são seus própr ios s aqueadores ). S em des cendência, quem ous a requerer relações ? S em vir tude, quanto prazer há em s eu auto-amor moral ! Quão poderoso is s o é, em s ua afirmação de que " Nada é preciso - I s so não I mporta" . O auto-amor na perspectiva completa serve como seu própr io propós ito invencível do êxtase. Uma felicidade s uprema s imulando opos ição é o seu equilíbr io. Não é fer ido, nem trabalhado. I s so não é auto-atrativo e independente ? S eguramente, não podemos chamá- lo de equilíbr io. Poder íamos imitar sua lei, toda a cr iação fora do comando unir ia e s ervir ia aos nos s os propós itos em prazer e harmonia. O K ia transcende a concepção, é imutável e inexaus tivo, não carece de I luminação para vê- lo. S e abr irmos nos sas bocas para falar , não s erá sobre is so, mas sobre nos s a dualidade, poderos o, por tanto, é em sua s implicidade pr imitiva! O Kia incompreendido produz seu rendezvous como a completude da cr iação. S em a as serção da energia mais poderosa, sem diminuir , poder ia aparecer , no mínimo, entre as coisas . I s so nos pos s ui s em perguntar , sua ex is tência s endo livre, a única coisa que é livre. S em dis tinção, não tem favor itos , mas nutre a s i mesmo. No medo, toda a cr iação pres ta homenagem mas não louva fervorosamente sua moral, por tanto, tudo perece pavorosamente. Nós nos doamos com o poder que concedemos a is s o, e ele atua como Mes tre 5, nunca como a causa da emancipação. Por tanto, eternamente, das realizações do S elf, eu modelo o K ia, s em semalhança, mas que poder ia ser cons iderado como a Verdade. Des sa conversa, é feita a escravidão, não é pela inteligência que s eremos livres . A lei de K ia é sempre s eu propós ito or iginal, indeterminado, sem a troca de emanações , através de nos sa concepção é que eles mater ializam e são a dualidade, o homem retira es s a lei de seu reflexo, sua idéia- realidade. Com o que ele equilibra seu êxtas e ? Medida por medida, pelo sofr imento intens o, tr is tezas e mis tér ios . Com o que ele s e revolta ? A neces s idade de es cravidão! A dualidade é a lei, a realização pelo sofr imento, relacionada e opos ta pelas unidades do tempo. O êxtas e para qualquer dis tância no tempo é difícil de obter e elaborado com dificuldade. Vár ios graus de mis ér ia, alternados com raj adas de prazer e emoções menos ans ios as , parecer ia ser a condição da cons ciência e ex is tência. A dualidade, de uma forma ou outra, é cons ciência da ex is tência. É a ilus ão do tempo, tamanho, entidade, etc - o limite do mundo. O pr incípio dual é a quintes s ência de toda exper iência, nenhuma ramificação tem aumentado s ua s implicidade pr imitiva, mas é somente sua repetição, modificação ou complex idade, nunca é a s ua evolução completa. I s so não pode ir mais além do que a exper iência do S elf, por tanto, retorna e unifica novamente, sempre em um

5 Pelo número de encarnações, nosso eventual Self é derivado dos atributos com os quais nós nos doamos ao nosso Deus, o Ego abstrato ou o princípio conceptivo. Toda concepção é uma negação do Kia, consequentemente, nós somos sua oposição, nosso próprio demônio. Como descendência de nós mesmos, somos o conflito pelo qual negamos e afirmamos o Kia. Pareceria como se nós não fôssemos capazes de ser tão cuidadosos em nossas escolhas, e por causa disso é determinado o corpo que habitamos.

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anti-clímax. Para sempre, retroagindo em s ua s implicidade or iginal, pela infinita complicação, sendo a s ua evolução. Nenhum homem dever ia compreender " o porque" des s as suas obras . Conhecê- lo s er ia como a ilusão que engloba o aprendizado de toda ex is tência. O mais velho que cresceu sem sagacidade poder ia ser cons iderado como a mãe de todas as cois as . Por es s a razão, acredita que toda exper iência é ilus ão, sendo a lei da dualidade. Como o espaço que preserva um obj eto, tanto dentro quanto fora, s imilarmente ocor re dentro dos limites e além des s e cos mos s empre mutável, havendo es se pr incípio secundár io.

S oli lóquio 6 na Cabeça de Deus Quem nunca pensou as s im ? Alguma cois a es tá caus ando Dor e algo potencializa a Agonia: is so não poder ia es tar sendo causado pelas idéias latentes de S uprema Felicidade ? E es sa eterna expectativa, es se monte de ornamentos decadentes , es s e eterno pensamento conformis ta, coincide com a verdade que precede a morte ? Oh, pens amentos esquálidos do mais mórbido mau humor , como eu pos so vos devorar e s alvar minha Alma ? S empre foi respondido: " pres te homenagens onde é adequado, o Médico é o S enhor da Ex is tência" . Es sa supers tição da Medicina não é a es sência da covardia, o agente da Morte ? Não é es tranho ninguém lembrar de es tar morto ? Você sempre tem vis to o S ol ? S e tem, então, não tem vis to nada morto, apesar de s ua crença ser diferente. O que es tá mais mor to, você ou seu corpo ? Qual de vocês têm o maior grau de cons ciência ? Julgando apenas pela expres s ão, qual de vocês parece gozar mais a vida ? Não poder ia es s a crença na morte ser a Vontade que tenta a Morte de suas satis fações , mas que não oferece a você mais do que sono, decadência, mudança, inferno ? Es s e cons tante sonambulis mo é a ins atis fação. Voc6e não acredita em Fantasmas e em Deus porque não os vê? O que? Você nunca viu os fantasmas zombeteiros de s uas crenças ? O gargalhante sanatór io de sua humildade ou ganância 7, s uas idéias grotescas do S elf? S im, suas verda-deiras faculdades e suas mais ous adas Mentiras são Deuses ! Que é o as sas s ino de seus Deuses , mas é um Deus . Não há provas de que você ex is tiu antes ? Que des culpa ! Ninguém voltou para nos contar ? Que defesa amaldiçoada ! Você é, mas o que foi, de uma forma modificada ? Você é o caso de que, à pr imeira vis ta, reencarnou para talvez fazer alguma coisa ? Você pode fazer diferente do que faz ? Eu nunca dever ia abor recer -me com a afirmação de que você cons tantemente faz diferente. O que é a " fealdade" que ofende ? I s so é o vago conhecimento que terá que mudar em s ua mente, vc es tá germinando o que contém ? Você es tá sempre relembrando o que esqueceu. Hoj e poder ia ser o dia do reconhecimento da crença pela força que você desacredita ? S e hoj e é ontem em tudo, mas aparentemente, por tanto, amanhã também é hoj e, o dia da queda ! Diar iamente seu Univers o é des truído, que é o motivo pelo qual você é consciente. Não há Vida e Morte ? T ais idéias dever iam ser , no mínimo, cômicas .

6 Solilóquio significa Monólogo 7 No texto, Spare usa o termo Mammon, que significa o deus da ganância, citado por Milton em O Paraíso Perdido. Esse termo significa a influência demoníaca de todos aqueles que se prendem aos bens materiais, riquezas, propriedades.

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Não há Dual idade ? Você es tá consciente da vis tosa Borboleta que observa e es tá cons ciente de ser você: a Borboleta es tá cons ciente de s er ela mes ma, e como tal, é uma percepção tão boa quanto a sua, de ser Você. Consequentemente, es sa consciência de " você" é a mes ma que sente ? Por tanto, você é um e o mes mo, o mis tér io dos mis tér ios e a coisa mais s imples do mundo de entender ! Como poder ia s er cons ciente do que você é ou não ? Mas poder ia crer diferentemente ? Então, s e fer ir a borboleta, fere a s i mes mo, mas s ua crença, de que não vai se fer ir , protege-o do machucado, por um tempo ! A crença cansa e você fica miseravelmente fer ido ! Faça o que quiser , a crença será sempre sua própr ia incons is tência. Os des ej os contêm todas as coisas , cons equentemente, você deve acreditar em tudo, s e crer as s im ! As crenças parecem excluir o s enso comum. Não há dúvidas s obre is so, es s a percepção do T U e EU não é bem-vinda, mas sempre pronta a tor turar , porém, is so não precisa ser bem as s im em todos os sentidos . I s so não é um s ignificado do Medo ? Você es tá tremendo de medo de entrar no covil dos T igres ? E eu lhe as s eguro que é um sentido de boa conduta (inata ou cultural), se entrar voluntar iamente ou for atirado, se sair vivo ou não. Mas diar iamente, des temida-mente, você entra em covis habitados pelas mais cruéis cr iaturas , mais que os T igres , e sai i les o, por que?

A Alegor ia Grandes cientis tas es tão buscando propr iedades de tratamento para matar os micróbios que descobr iram ao res pirarmos , que de acordo com suas leis dever iam mor rer . T enha fé! As leis dos cientis tas s ão completamente cor retas , eles não desapontam a dúvida. Nos sa maior familiar idade, " es se impulso ao conhecimento" , irá nos trazer cer tamente a doença e a morte. E também, em compensação, irá dar -nos seus poderes de des truição. Para des truição de quem? As coisas serão j us tas ! Es s e é o valor da Vontade? Es se desej o ao Poder , como preserva a Vida! Como favorece a s eleção dis cr iminada! Como é agradável! Os mais nobres exploradores ! Oh, cientis tas , continuem descobr indo o que há de mais grave. Quando você es tiver encharcado de ciência, o relâmpago irá trovej ar o as s as s ino? Uma nova es perança irá nascer? Novas cr iaturas para o circo. A concepção da cabeça de Deus deverá sempre des envolver gradual e naturalmente sua inércia para a transmutação a s eu real opos itor , j á que o contém. O Mes tre deve s er o aprendiz sofredor de sua es tupidez ? A idéia de Deus s empre s ignifica o esquecimento da supremacia e divinização. Dever íamos ser s uplantados pelo medo ? Não há Ateu, ninguém é livre da auto-biografia, não há um prazer des temido ? A concepção é a aus ência de sua realidade inter ior incontes tável ! Quando a concepção é memor izada no esquecimento, is so pode ser a chance de tornar -se real para você ? Quando o orador (você es tá sempre rezando) tem trans mutado à s ua B las fêmia, você torna-se atraente o suficiente para ser ouvido, seu desej o é satis feito ! Que cambalhota de humildade ! Quer Deus sej a proj etado como mes tre pelo medo ou como habitante inter ior pelo amor aos deuses que somos todo o tempo, explica o porque da divindade s er sempre latente. S ua cons tante geração, a eterna decadência é vida. Es s a invej a do Mes tre ou cr iador , a esperança final a s eguir em conduta é também exis tência e a penalidade da Vida. Não há fato científico, sempre encer ra s eu opos to como fato s imilar , es te é o " fato" . Então, por que o problema de provar qualquer coisa como um fato ? Es sa esperança fútil de provar a finalidade é a morte em s i mesma, por tanto, por que

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denegr ir o " Des ej o" ? Você tem provado ( pela matemática ) que o S ol es tá a muitos milhões de Km longe de você, agora irá melhorar s ua eficiência ! A Natureza que impuls iona às antítes es de s uas Verdades rapidamente provará ( pela matemática ou por tudo o que gos te ) que o S ol não ex is te de fato. Ou s e você quis er , irá provar conclus ivamente que o S ol es tá a milhões e milhões de Km mais longe ou milhões de km mais per to do que você poder ia imaginar ! Os mais extraordinár ios pensadores ! Es ses fatos e muitos outros j á s ão conhecidos pela borboleta, pelos piolhos , insetos , e quem sabe por você mesmo ? Quais sentimentos são os mais verdadeiros , os seus ou dos casulos ? Eventualmente, adotará s uas vis ões , pensamentos e s abedor ias , alguma vez j á foi as s im ? Você é como tal agora, mas não os tem des per tado, será s emelhante em poder novamente ? Progres so maravilhos o ! As realizações mais dignas de mér ito ! Mais piedos as ! O progres so s er ia examinado de per to e o que você tem conseguido pela conveniência da ciência. Em termos de perspectiva, você sempre é o que mais des ej a, a prospecção. S eu des ej o é viver de acordo com seus des ej os , e é is to que es tá sempre imaginando. O mais nobre sentimento, você j á é " is so" , a satis fação, o desej ável, a cois a real. Você es tá bêbado com is so ! Não há ilusão, mas cons ciência. Es sa percepção sempre é o s or r idente monumento comemorativo. De qualquer forma, você realmente sempre regoz ij ou a Vida ! O Deus da Vontade é o comando a obedecer , faz Jus tiça ao temor de todos , é a Espada, seu desertar em nome da obediência. A Vontade é o comando a acreditar , é o que você tem acreditado, ativamente dispos to a crer em você. Você pensa quando " is so" desej a. A Vontade é a complicação, o s ignificado dos s ignificados . Chame es sa Vontade de liberdade ou não, além da Vontade e da crença es tá o auto-amor . Não conheço nome melhor . I s so é livre para crer o que desej ar . Você é livre para acreditar em nada relacionado à crença. A Verdade não é difícil de compreender . Ela não tem Vontade, a Vontade não tem Verdade. A Verdade é a Vontade nunca acreditada, não tem Verdade. " Poder ia s er " , é a certeza imediata. Es sa Es finge as s ombrosa nos ens ina o valor da Vontade ao nada ? Então, não há r isco mais grave que o Conhecimento Abs oluto, mes mo sendo pouco é per igoso, o que s er ia a Omnisciência. O Poder S upremo não tem aces s ór ios ! A Ciência é a dúvida detes tável do pos s ível, s im, do que ex is te ! Você não pode conceber uma impos s ibilidade, nada é impos s ível, você é o impos s ível ! A Dúvida é decadência, tempo, mas como is so pune ! Nada é mais verdadeiro que qualquer outra coisa ! O que você j á respondeu verdadeiramente ? Você tiraniza sobre s i mesmo, as s im cons tantemente es quece o que lembra, res is tindo aos obj etos dos sentidos e mos trando res is tência às faculdades por acreditar ou não. Es s as faculdades s ão tão numerosas quanto os átomos que nunca viu, e são tão eternas quanto o número 1, elas entram na Vida através da Vontade. Você as s ume um pouco na hora, um conhecimento que fala através delas , mas você entendeu sua gramática, as quais repudia por falarem mais alto que suas palavras . A crença é sempre seu própr io atrator a crer de forma diferente, você não pode acreditar na liberdade, mas ser ia livre de crença ? T ampouco você pode acreditar na Verdade, mas não precisa s e comprometer . O es tilo de vida não s ão os " s ignificados " , es sas doutr inas , minhas doutr inas , mes mo que elas permitam uma auto-nomeação dedicada a emular minha realização, poder ia eu enrubescer cons tantemente.

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O Homem das T r is tezas é o Mes tre! Eu tenho ens inado, ens inar ia a mim mesmo ou a vós novamente? Não por um pres ente dos Céus ! O Domínio iguala o aprendizado, iguala o cons tante des aprender . O T odo-Poderoso é ele quem não tem aprendido e poderoso é o bebê que s omente tem o poder da as s imilação! O mais ans ioso dos tolos agora pergunta: " como podemos es capar das inevitáveis evoluções da concepção, j á que todos es tamos sempre concebendo?" Minha respos -ta dever ia permitir todos os s ignificados , todos os homens , todas as condições . Escute, oh Deus da ar te, ainda ser ia um deus . Quando a mente é confusa, há a sus cetibilidade de tentar fazer com que o impos s ível torne-se conhecido, pelo mais s imples es tado do " Nem is s o, nem aquilo" . O Ego torna-se o Obs ervador S ilencios o e s abe sobre tudo. Os " Porquês " e " Comos " do des ej o es tão contidos dentro do mís tico es tado do " Nem is so, nem aquilo" e o sens o comum prova que es te é o es tado do leite, o mais nutr itivo. Palhaço que eu s ou - ainda que todas as minhas idéias tenham saído dis s o (e, meu amigo, todas as suas ) ainda tenho s ido um preguiçoso, um velho pecador que enxergar ia outros T odo-Poderosos antes dele mes mo.

A P os t ur a da Mor t e As idéias do S elf em conflito não podem s er mortas , por res is tência s ão uma realidade - nenhuma Morte ou as túcia tem conseguido sobrepuj á- las mas s ão s eus reforços de energia. A morte nas ce novamente e novamente repous a no seio da cons ciência. Permitir s ua maturação é proclamar a queda, quando pela não-res is tência es tá retroagindo à s implicidade pr imitiva e à pas sagem ao or iginal e s ingular fora da idéia. Proveniente daquela idéia es tá a não-res is tência germinando o " Não importa - agrade a s i mesmo" . A concepção do " Eu não sou" , muito neces sár ia, s egue a concepção do " Eu s ou" , devido a s ua gramática, como cer teza nes se mundo em que noites de tr itezas seguem os dias . O reconhecimento da aflição como tal, infere a idéia de prazer e todas as outras idéias . Por es s a dualidade, deixe-o lembrar de r ir o tempo todo, reconhecer todas as cois as , não res is tir a nada, então, não haverá conflito, incompatibilidade ou compulsão.

T r ans gr edindo a Concepção por um S imbolis mo L úcido O Homem contém a Mulher , eu os transcendo pelo Hermafrodita, que novamente contém o Eunuco 8. Eu transcendo todas es sas condições pelo pr incípio do " Nenhum dos Dois " , ainda que is so s ej a vago, o fato de concebê- lo prova s ua palpabilidade, e novamente encer ra um " Nenhum dos Dois " diferente. 9 Mas o pr incípio do " Nem is so-Nem Aquilo" daqueles dois é o es tado onde a mente tem ido além da concepção, não pode ser equilibrado, desde que contém apenas a s i mesmo. O pr incípio do " Eu" tem chegado ao es tado do " Não importa - não precisa s er " , e não es tá relacionado à forma. S alve e além dis s o não há outro, pois soz inho é completo e eterno. I ndes trutível, tem poder para des truir , por tanto, is so soz inho é a verdadeira liberdade e ex is tência. Através dis s o vem a imunidade à todas as mágoas , consequentemente, o es pír ito é êxtas e. Renunciando a tudo pelos meios demons trados , abr igue-se nis so. Cer tamente é o habitat do Kia ? I s s o tem

8 Sem sexo 9 Sendo duais têm analogia a certos princípios sexuais arcaicos em natureza. São levados além no alfabeto sagrado, sendo muito profundo para explicar através de palavras e gramáticas ortodoxas.

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s ido encontrado, às vezes , (mesmo s imbolicamente) em nos s a liberação incondicional da dualidade e do tempo - acredite nis s o para ser verdadeiro. A crença livre de todas as idéias , mas prazeirosa, o Karma através da lei (desprazer ) rapidamente consome a s i mesmo. No momento além do tempo, uma nova lei pode vir a encarnar , s em o pagamento da mágoa, todo desej o gratificado, ele 10 tendo se tornado o gratificador por sua lei. A nova lei dever ia ser o arcano do mís tico desequilibrado. " Não importa - não é preciso" , não há neces s idade, agrade a s i mes mo, é o seu credo 11. Nes se dia haverá liberação. S em s ubmis são, o que você desej a pode ser verdadeiro. Ele 12 é agradado por es s a imitação, a verdade revelada a mim por todos os s is temas de governo, mas ele mesmo é ingovernável. K ia, a s uprema felicidade. É a glor iosa ciência que apraz ao S elf por um novo acordo, a ar te do auto-amor por reconhecimento, a Ps icologia do Êxtas e da não-res is tência.

O R it ual e a Dout r ina

Deitando de cos tas , lentamente, s eu corpo expres sa a condição de bocej ar , s uspirar e compreende pelo sor r is o que é a idéia da pos tura. Enquecendo o tempo no qual as coisas foram es senciais , refletindo s ua ins ignificância, o momento es tá além do tempo, e sua vir tude tem acontecido. F icando na ponta dos pés , com os braços r ígidos e as mãos para trás , es ticando e tens ionando ao máximo, o pes coço es ticado, respire profunda e espasmodicamente até ficar com ver tigem e a sensação vir como se fos se raj adas de vento, provocando a exaus tão e a capacidade para a formação. Olhando fixamente para seu reflexo até obscurecer e você não reconhecer mais o olhar , feche os olhos (geralmente is so acontece involuntar iamente) e vis ualize. A luz (s empre um X em cur iosas evoluções ) é vis ta como se es tives s e pres a, nunca deixe-a pas s ar até o es forço ser esquecido, dando um sentimento de imens idão (que parece uma pequena forma) cuj o limite você não pode alcançar . Dever ia ser praticado antes de exper imentar o precedente. A emoção sentida é a ins trução que diz a você o motivo. A pos tura da morte é sua inevitabilidade acelerada, através dis so nós es capamos de uma decadência infinita pela fixação, o Ego é var r ido como uma folha em uma for te ventania, na rapidez do indeterminável, que es tá s empre pres tes a acontecer tornado is s o verdadeiro. As coisas que s ão auto-evidentes não tardam a obscure-cer , como a s i mesmo agradará, ele reconhece como a negação de toda crença vivenciando-a, o fim da dualidade da consciência. Da crença, o es tado pos itivo da morte, tudo o mais es tá adormecido, o es tado negativo. I s so é a morte do corpo de tudo que acreditamos , e devemos desper tar o corpo morto. O Ego s ubmetido à Lei busca pela inércia no sono e na morte. Conhecer a pos tura da morte é sua realidade em aniquilar a lei, a as cenção da dualidade. No dia das limitações , o Universo deverá ser reduzido a cinzas , mas ele escapará do j ulgamento! E aquele " Eu" , s erá o mais infor tunado dos homens ! Em nos s a liberdade não há neces s idade, o que eu ous ar ia mais dizer? Mais própr ia-

10 O Ego 11 A crença sempre se esforçando para cair - preenchida pela multiplicação é mantida livre pela retenção. 12 Ele, o Ego, agora tornando-se o Absoluto

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mente, eu cometer ia mais pecados do que me comprometi. Há divers os exercícios preliminares , tão inumeráveis quanto os pecados , inúteis em s i mes mos , mas des ignativos dos s ignificados finais . A pos tura da morte na redução de toda concepção (pecado) ao " Nem I s s o-Nem Aquilo" , segue até o desej o s er contentado agradando a s i mesmo. Por is so e por nenhum outro es tá a inércia da crença, a res tauração da nova sexualidade e o s empre or iginal auto-amor em liberdade sendo alcançados . A vacuidade pr imordial (ou crença) não é obtida pelo exercício de focalizar a mente na negação de todas as cois as concebíveis , a identidade da unidade e dualidade, caos e uniformidade, etc, mas fazendo is so agora, e não eventualmente. Perceba e s inta inter iormente a neces s idade de um opos itor , mas através de sua relatividade. Perceba a luz s em as s ombras , através de s uas própr ias cores como contras tes , através da evocação da emoção da gargalhada na hora do êxtas e em união, e pela prática até a emoção s er incansável e súbita. A lei ou reação é der rotada pela inclusão. Ele es tava a gozar centenas de prazeres nes s a hora, contudo muitos de s eus êxtases não foram perdidos , mas foram aumentados . Deixe-o praticar is s o diar iamente, harmonicamente, até ele chegar ao centro dos desej os . E le tem imitado o grande propós ito. Com is so, todas as emoções encontrar iam equilíbr io na hora da emanação, até tornarem-se uma. Por tanto, por impedirem a crença e o s êmen da concepção, eles tornam-se s imples e cósmicos . Por sua iluminação, não há nada que não pos s a ser explicado. Cer tamente eu encontrei satis fação no êxtase. Es tou agora contado um s egredo para você de grande importância, conheci is so na infância. Mesmo pelo perseverante es forço de uma vacuidade de crença, o Uno é cósmico o s uficiente para habitar no mais profundo dos seres e agradá- los . Entre os homens , poucos conhecem o que realmente acreditam ou desej am, deixe-o começar, aquele que reconhecer ia, localizando sua crença até enxergar sua Vontade. Ex is tindo como dualidade, são idênticos em desej o, através dis s o não há controle, pela Vontade e crença es tão sempre var iando, e cada um moldar ia o outro no final, na emis são nenhum dos dois sair ia ganhando em j úbilo, sendo conver ttidos em tr is teza. Deixe-o uní- los .

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