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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE MATEMÁTICA LANTE Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO BRASIL: INSTRUMENTOS, METODOLOGIAS E O SINAES ANTONIO MARCOS CONCEIÇÃO OSASCO/SP 2012

Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

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Trata-se de trabalho final de curso apresentado para obtenção do título de especialista em planejamento, gestão e implementação de EAD

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE MATEMÁTICA

LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO BRASIL: INSTRUMENTOS,

METODOLOGIAS E O SINAES

ANTONIO MARCOS CONCEIÇÃO

OSASCO/SP

2012

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ANTONIO MARCOS CONCEIÇÃO

Avaliação institucional no Brasil: Instrumentos, metodologias e o Sinaes

Trabalho Final de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Pós-graduação da

Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de

Especialista Lato Sensu em Planejamento, Implementação e Gestão de EAD.

Aprovada em.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________________

Prof. Marcos Antonio Silva - Orientador

__________________________________________________________________

Prof.

_____________________________________________________________________

Prof.

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DEDICATÓRIA

À minha companheira Aline Patrícia pelo apoio incondicional e

incentivo para a minha constante e persistente busca de

capacitação, em todos os momentos, especialmente quando os

ânimos se arrefeciam.

Aos meus filhos Victor e Alyson, sempre presentes e atentos aos

passos do pai, o que impõe maiores responsabilidades nas

nossas ações.

A todos aqueles que buscam e defendem novos caminhos para

que a educação cumpra a sua função libertadora.

Sem esses incentivos, não teria razão de ser esse trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os profissionais que atuaram no Curso de Especialização em Planejamento,

Implementação e Gestão de EAD, oferecido e ministrado pelo Laboratório de Novas

Tecnologias da Universidade Federal Fluminense, incluindo os profissionais de apoio

administrativo, os Coordenadores, Professores Conteudistas, Tutores a distância e presenciais,

enfim, todos aqueles que possibilitaram a conclusão desse curso.

Agradeço aos meus colegas Carina Simionato de Barros, Juliano de Pierri, Lislayne Carneiro

e Ricardo José Roncada, os quais compuseram o grupo de trabalho desde a disciplina de

metodologia até a parte final do TFC, e, especialmente ao nosso orientador Marcos Antonio

Silva, sem os quais não seria possível a realização desse trabalho.

"A inquietude não deve ser negada, mas remetida para

novos horizontes e se tornar nosso próprio horizonte."

Edgar Morin

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RESUMO

A avaliação institucional é uma forma de obter informações relevantes para subsidiar o

processo de tomada de decisão para melhoria da qualidade do ensino, sendo que para cumprir

este papel há necessidade da escolha de uma metodologia adequada para aplicação, leitura e

interpretação dos resultados obtidos, e discussões com a equipe. Nesse contexto, objetivou-se

identificar a real importância do processo de avaliação na qualidade dos processos

educacionais de instituições de ensino superior. Utilizou-se a revisão bibliográfica com

pesquisa em documentos dos dez últimos anos. A análise dos instrumentos empregados na

avaliação institucional do ensino superior, especialmente do SINAES, revelou que muitos

avanços ocorreram, mas a necessidade de aprimoramento e aperfeiçoamento é constante, com

a necessidade de uma participação mais efetiva da comunidade acadêmica e da própria

sociedade para o desenvolvimento de uma cultura avaliativa.

Palavras–chave: avaliação institucional, ensino superior, instrumentos avaliativos.

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SUMÁRIO

Nº da página

1 - Introdução 1

1.2 - Justificativa 2

1.3 - Objetivos 4

1.4 - Metodologia 4

1.5 - Organização do Trabalho 5

2 - Histórico da Avaliação institucional no Brasil 6

3 - Características e objetivos da avaliação institucional 11

4 - Modelos de avaliação institucional 13

4.1 - Avaliação institucional interna 13

4.2 - Avaliação institucional externa 17

5 - O SINAES, os instrumentos e metodologias da avaliação institucional 18

6 - Conclusão 24

Referências Bibliográficas 26

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1. Introdução

A avaliação é vista como tarefa árdua, mas necessária, por ser balizadora do trabalho

realizado. Especialmente na educação, Paulo Freire (1998) conceitua avaliar como todo

processo pedagógico de uma Instituição, constituindo-se em uma missão inerente ao docente,

por isso, o conceito de avaliação deve ir muito além do que considerá-la tão somente como

métodos de quantificação de respostas.

Os resultados das avaliações no processo são analisados sem que os próprios avaliados

possam se manifestar e participar fazendo uma auto-avaliação do seu desempenho. Nesse

caso, a avaliação acaba resultando apenas em um valor, uma nota que não representa um

diagnóstico correto do processo de ensino-aprendizagem e da formação dos alunos.

Na Instituição, constitui-se em tarefa complexa estabelecer relação entre aprendizagem

e avaliação, tarefa essa que se torna mais difícil quando se tratam de equipes heterogêneas

formadas por professores, secretarias, inspetores, enfim, todo o grupo que faz parte do

processo de ensino. Há necessidade de se avaliar as relações entre os profissionais, alunos e

instituição de ensino.

A avaliação transcende a sala de aula e permeia todo o processo. Para que os

resultados sejam realmente úteis como diagnóstico e para proposição de práticas que

objetivem a melhoria do processo ensino-aprendizagem é preciso ter uma visão global que

pode ser obtida por uma avaliação institucional mais ampla.

A avaliação institucional é caracterizada por Veiga (1997) como um serviço destinado

a estimular o desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos que nele atuam e a

melhorar os programas que estão sendo desenvolvidos, tornando-o, assim, complexo e

multidimensional.

A função principal da avaliação é subsidiar e fornecer informações relevantes ao

processo de tomada de decisão dos indivíduos envolvidos nos programas para melhoria da

qualidade da educação. É desejada como parte integrante da organização institucional, tanto

para os administradores usarem os resultados para orientar suas ações, no sentido de estimular

e fomentar iniciativas voltadas para a melhoria da qualidade da educação, como para cada um,

individualmente, fazer sua autoavaliação e buscar autoqualificação.

Considerando todas essas abordagens a avaliação institucional é importante por

mostrar a escola como eixo integrador de aspectos micro e macro e por extrair respostas

consistentes. Cabe à instituição avaliada ler e interpretar os resultados obtidos para explicar

aos envolvidos no processo e formular estratégias para melhorias.

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Por isso se defendem projetos de avaliação institucional participativa para inserir todos

os atores da escola no processo, pois permite uma releitura da realidade escolar a partir dos

atores locais. A reflexão coletiva possibilita definição dos problemas, para análise,

organização e busca por explicações plausíveis. Diferentes leituras podem ser feitas para

enriquecer a discussão avaliativa e potencializar o compromisso dos professores com o direito

de aprender.

Para atingir esse objetivo, há necessidade de formação para que os docentes e a equipe

escolar exercitem a capacidade de reflexão sobre seu trabalho e a disposição de investigar

criticamente os cenários em que atuam e os atores com que se relacionam. Eles precisam

enxergam além, e isso exige aprender a reconhecer e a disponibilizar seus saberes de modo a

que esses produzam sentidos novos na avaliação da qualidade do ensino.

Diante desse quadro, há necessidade de aprendizagem para todos aqueles interessados

na qualificação da instituição, no desenvolvimento profissional dos professores, nos processos

de meta-avaliação, no desenvolvimento de alunos e professores.

1.2. Justificativa

A importância da temática de avaliação institucional e seu benefício para as

instituições avaliadas motivaram a realização desse trabalho, o qual discorre sobre o processo

avaliativo e aborda o desenvolvimento e a implementação de um sistema de avaliação das

Instituições de Ensino Superior (IES). Também trata da forma com que se utiliza e

acompanha as informações dessas instituições, por meio de vários instrumentos avaliativos,

garantindo uma crescente qualidade nos aspectos humanos, físicos e pedagógicos oferecidos

para o aluno.

Os múltiplos instrumentos avaliativos utilizados pela IES deverão proporcionar uma

autoavaliação, periódica, de acordo com as diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Superior (SINAES) para serem encaminhadas posteriormente para a Comissão

Nacional de Avaliação da educação Superior (CONAES) com o fim de analisar o

desenvolvimento dos cursos e extensões e possibilitar uma flexibilidade nas mudanças e nas

ações que serão, ou não, revistas. A garantia dessa atitude no processo avaliativo causa uma

importância significativa quando se pensa no aluno como centro do processo e sua formação.

Para corresponder aos objetivos do SINAES as condições do ensino devem

corresponder ao nível de qualidade que capacite o aluno para o trabalho e também como

agente social, diretrizes essas constantes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

mediante uma gestão organizada e planejada nos moldes de um processo que almeja

qualidade e destaque contextualizado.

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As condições incluem a estrutura humana, com a capacitação docente nos aspectos

pedagógicos, aspectos atitudinais e aspectos procedimentais; a atuação do professor será

completa quando houver uma harmonização desses aspectos envolvendo o aluno e

provocando sua motivação e sua iniciativa no processo de ensino superior. Além disso, inclui-

se a estrutura física da Universidade através de ambientes adequados para estudo e pesquisa.

O SINAES, desde 2004 acompanha o desenvolvimento das IES e estabelece diretrizes

de atuação no ensino superior, sendo que para cada instituição existe um perfil e um

diferencial que deve ser lastreado na autonomia universitária e na formulação de um projeto

político pedagógico para se adequar aos parâmetros superiores nacionais, mediante um

planejamento mais completo e adequado aos cursos que oferecem.

Essa proposta de um “Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior”

(SINAES) busca assegurar, entre outras coisas, a integração das dimensões internas e

externas, particular e global, somativo e formativo, quantitativo e qualitativo e os diversos

objetos e objetivos da avaliação.

A crítica da política educacional superior brasileira que surge com a proposta de um

controle por meio do SINAES vem de encontro, e contra, o processo avaliativo incompleto,

apropriado a uma época ultrapassada nos objetivos do ensino para o trabalho e o desempenho

profissional de uma proposta “engessada”, restrita, de uma política pública fragmentada e

ultrapassada. A proposta do SINAES vai apoiar novos parâmetros no uso de instrumentos

avaliativos que contemple essa mudança e enfatize qualidade em todos os segmentos da IES.

As questões que norteiam este estudo se consubstanciam nas dúvidas quanto à

capacidade desses instrumentos, e metodologias de serem utilizados para discutir essa

qualidade e uma conduta adequada ao grupo que se tem, bem como, se mesmo buscando

novos paradigmas, cabe utilizar a racionalidade e a sistematização, e ainda, quais os entraves

que estão sendo apontados nessa busca por um ensino superior melhor. E por fim, quais os

mecanismos sugeridos para fortalecer e direcionar essas mudanças.

Enfim, essa pesquisa busca por meio de inúmeros caminhos as respostas, e outras

perguntas, que possam resultar do debate desse tema tão relevante para a Educação do país.

A educação nacional apresenta por meio da coleta de dados obtidos nos sistemas de

avaliação institucional e da aprendizagem o que se constituiriam em avanços no processo de

ensino aprendizado, mas o resultado desse processo ainda se mostra insuficiente diante das

necessidades educacionais do país.

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Esse trabalho aprecia as metodologias que possam propiciar a avaliação desse

processo, visando contribuir com o debate que propõe possíveis reformas na gestão

educacional e nos processos e pedagógicos.

A ênfase se deu na apreciação de materiais diversificados que pontuam a qualidade no

ensino como ferramenta e objetivo maior no processo de aprendizagem, os quais são

abordados e trabalhados com a finalidade de oferecer à comunidade subsídios para contribuir

com a reforma das estruturas educacionais em suas mais diferenciadas instituições, tanto na

gestão educacional como nas práticas pedagógicas.

Os paradigmas que norteiam o planejamento, a prática e a forma de avaliar, bem

como as políticas resultantes da aplicação dos instrumentos de avaliação do ensino superior

no Brasil são o enfoque da investigação, do estudo e pesquisa desse tema.

Os materiais diversificados que pontuam a qualidade no ensino como ferramenta e

objetivo maior no processo de aprendizagem são abordados e trabalhados com a finalidade de

oferecer à comunidade subsídios para contribuir com a reforma nos instrumentos e métodos

de avaliação do ensino superior com influência na gestão educacional e nas práticas

pedagógicas em suas mais diferenciadas instituições.

1.3. Objetivos

O objetivo geral é a apropriação de conceitos que norteiem e revelem a real

importância do processo de avaliação na qualidade dos processos educacionais de instituições

de ensino superior.

Os objetivos específicos são:

● Apresentar conceitos norteadores como de Excelência; Gestão e Avaliação;

● Propiciar contato com instrumentos utilizados na avaliação institucional do ensino

superior no Brasil e identificar os critérios empregados;

● Analisar e avaliar técnicas empregadas na avaliação institucional e a sua influência na

formulação da política educacional em Instituições do ensino superior.

1.4. Metodologia

O método empregado é o exploratório, descritivo, com revisão bibliográfica, cuja

finalidade é identificar as principais publicações sobre avaliação institucional, as respectivas

metodologias e os instrumentos relacionados com o tema.

Em decorrência das delimitações, a pesquisa bibliográfica proposta se restringe aos

estudos publicados no período de 2002 a 2012 (últimos dez anos), que se relacionem

diretamente com a avaliação institucional, bem como com as variáveis de pesquisa que são

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alvo do presente trabalho como metodologias e instrumentos pertinentes a excelência no

ensino.

As pesquisas têm como fonte as bases de dados científicos como: Scielo, Capes, e

também publicações que constam em sites responsáveis com o conteúdo para consulta de

artigos originais e de revisão sobre o tema. As palavras-chave usadas foram: avaliação

institucional, avaliação de desempenho, avaliação docente, aperfeiçoamento, indicadores de

qualidade, análise de dados, autoavaliação, metodologias de ensino, instrumentos de

avaliação, gestão e excelência.

Por meio desse levantamento é possível identificar o estado atual e as principais

inovações na área da avaliação institucional para analisar os avanços que vêm ocorrendo no

que se refere ao uso de métodos de avaliação, bem como às necessidades de pesquisas, mas

aprofundadas a respeito do tema.

Por meio das informações obtidas, são discutidas as informações, relacionando-as à

possível aplicação prática, tendo como meta esclarecer quais as contribuições que podem

trazer para o aperfeiçoamento da gestão nas instituições de ensino, especialmente no referente

às metodologias e instrumentos de gestão que propiciem o direcionamento para a excelência

na gestão dessas instituições, de forma que resultem em benefícios a todos os agentes

envolvidos no processo educacional.

1.5. Organização do Trabalho

Este trabalho está organizado da seguinte forma:

Nos capítulo 2, 3 e 4, foram abordados os pressupostos teóricos da avaliação

institucional no Brasil, iniciando-se com um breve histórico, as características e objetivos da

avaliação institucional, trabalho esse realizado em grupo.

No Capítulo 5, tratamos a respeito da metodologia da avaliação institucional externa,

com um estudo específico individual a respeito do SINAES, como instrumento de avaliação

utilizado pelo Estado para implementar a avaliação institucional. No Capítulo 6, apresentamos

as nossas conclusões individuais.

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2. Histórico da Avaliação Institucional no Brasil

A avaliação institucional na educação ainda é um tema que gera discussões e reflexões

no Brasil porque tende a acompanhar a evolução social, política e econômica nacional e

internacional. A partir dessa reflexão e da necessidade de qualificar o ensino superior o Poder

Público utiliza a avaliação institucional como instrumento de reforma do Estado e da

Educação Superior.

No inicio do século XX surgem indagações sobre uma nova proposta na educação que

retomada nos anos 70 fortalece a reflexão sobre a educação vigente e a expectativa em adotar

uma abordagem que enfatizasse a reforma das instituições.

A ideologia denominada neoliberal propaga a necessidade de tornar o Estado menos

centralizador e interventor, concepção essa que avançou, principalmente, a partir das décadas

de 1950 e 1960, com a implantação dos projetos desenvolvimentistas no Brasil, o que se

acentuou a partir da década de 1970 com a implantação da reforma universitária, crescendo

em sua dimensão nos anos 1980, consolidando-se partir da década de 1990.

A avaliação externa foi introduzida pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior, com inspiração no modelo norte americano de credenciamento,

no início dos anos 70, com foco nos programas de pós-graduação cujas características são

mantidas com a avaliação externa, compulsória, setorial, padronizada e comparativa.

A sistematização da avaliação institucional, na forma proposta à época do regime

militar que vigorou no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, a título de modernização

submeteu a educação a um modelo centrado na produção e eficiência, tratando as instituições

educacionais como empresas privadas.

Em 1968, a Reforma Universitária foi consolidada com a Lei nº 5540 (28/11/1968) e

com a atuação de comissões, grupos de trabalho e diversas consultorias que elaboraram um

amplo diagnóstico e detectou a necessidade de aumentar o número de matrículas no ensino

superior, tendência essa que vicejava em outros países, o que se denominou de massificação.

Fávero (1999) afirma:

Somente em 1968, a Reforma Universitária veio a consolidar-se, com a Lei n.º 5540,

de 28 de novembro daquele ano. Análise cuidadosa dessa Lei mostra que, ao mesmo

tempo em que reconhece o princípio da autonomia didático-científica, disciplinar,

administrativa e financeira da universidade, ela o limita., por Dourado, L.F. no VII

Seminário Redestrado – Nuevas Relaciones Em América Latinabuenos Aires/ julho

de 2008.

A partir dessa crítica de Fávero, destaca-se que a Lei e as ações em prol da Reforma

Universitária reconhecem a necessidade de mudança, mas não proporcionaram a participação

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dos profissionais que faziam parte do contexto educacional nesse processo, gerando a

impossibilidade da instituição acadêmica de construir, explorar e vivenciar com autonomia a

proposta das novas diretrizes.

A avaliação assumiu maior destaque a partir da década de 1980, com o fim do regime

militar, passando a ser concebida como instrumento balizador para a elaboração e

implementação de políticas com a finalidade de superar a crise vivida pela educação superior.

No ano de 1983 foi desenvolvido o Programa de Avaliação da Reforma Universitária

(PARU), resultando em levantamento de dados e apreciação crítica da realidade da educação

superior. O referido Programa foi desativado no ano de 1984.

Em 1985, foi criada a Comissão Nacional de Reformulação da Educação Superior,

conhecida como a “Comissão de Notáveis”, a qual realizou consultas à sociedade,

particularmente à comunidade universitária. Com o fim de propor soluções aos problemas da

educação superior, apresentou o relatório denominado “Uma Nova Política para a Educação

Nacional”.

O referido relatório apontou a inexistência de parâmetros para formulação de políticas

públicas e na alocação de recursos e indicou, também, que a avaliação do ensino superior

deveria ser realizada a partir da avaliação dos cursos, avaliação dos alunos, dos professores,

didático pedagógico do ensino, de servidores técnicos e administrativos e das carreiras.

Esse documento não foi consonante com a pretensão dos governantes à época e foi

reformulado pelo chamado Grupo Executivo para a Reforma da Educação Superior (GERES),

com a concepção de que os principais atores do processo avaliativo seriam os representantes

dos órgãos governamentais, ainda que pudessem contar com a colaboração da comunidade

acadêmica, fundamentando-se na concepção regulatória da educação superior, dando enfoque

às dimensões individuais, seja do alunado, curso e instituições.

O GERES foi combatido intensamente pelo movimento docente, o qual por meio da

Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES) lançou proposta de um

padrão unitário de qualidade para a Universidade Brasileira.

No início da década de 1990 foram acentuadas as divergências a respeito de modelos

avaliativos.

Duas vertentes se destacam: a da emancipação e a da regulação. A primeira se origina

dos debates ocorridos em algumas universidades na década de 1980 e pressupõe a avaliação

como um ato autônomo da Universidade. Essa, por seu turno, tem o dever de prestar contas à

sociedade, constituindo-se a avaliação em uma das ferramentas de gestão e direcionadora das

decisões nas Instituições escolares.

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A segunda vertente, com base nas ideologias neoliberais, defende que o papel do

estado em relação à educação consiste em avaliar as instituições escolares, fruto de um

neopragmatismo típico do mundo econômico, o qual fomenta a competitividade mercantil e

que se inseriu definitivamente no sistema de supervisão e regulação estatal da educação

superior no Brasil.

Constata-se que a diferença fundamental entre ambas as versões é a instância na qual

se define o conceito de qualidade. Na primeira concepção, denominada participativa e

emancipatória, a definição de qualidade e dos indicadores deve ser negociada com os agentes

envolvidos no processo, já na segunda, seriam os técnicos das agências estatais que definiriam

o que é qualidade, bem como quais os indicadores utilizados para aferi-la.

No início dos anos 1990, assumiu o governo o presidente Fernando Collor de Mello

que privilegiou a concepção de avaliação da educação superior articulada às demandas da

reforma do Estado, privilegiando as ações centralizadoras, autoritárias e controladoras por

parte do Estado em relação às instituições de educação superior.

Na intenção de atender e acompanhar as mudanças e a evolução da época, o Estado

criou em 1993 o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB)

com seus princípios baseados nas experiências e práticas originadas em outros países. A

estrutura do PAIUB torna-se alvo de opiniões descontentes, sendo criticado pelos estudiosos e

apontado como uma continuidade do expansionismo neoliberal e colonialista, portanto, não é

recente o desafio de seu enfrentamento, mas se trata de um problema antigo.

Gasparetto (2008), ao escrever sobre avaliação institucional apresenta os três desafios

exposto por Roberto Carneiro sobre uma nova visão de universidade, em 1998:

a) conjugação de reformas na gestão das universidades com a implantação da cultura

da avaliação e prestação de contas frente à sociedade;

b) no processo de massificação do acesso à universidade, a afirmação pela

competência e pela qualidade em algumas áreas de conhecimento;

c) como uma exigência crescente da nova sociedade do conhecimento, estruturar-se

para dar conta à necessidade da Educação ao Longo de Toda a Vida, para a

educação continuada e multifacetada demandada pelo público adulto. (IST, 1998).

Entre os anos de 1993 e 1994, acentuou-se o debate sobre o tema em apreço, tendo a

eficiência e a produtividade das instituições de educação superior como centro das

preocupações do meio acadêmico e, já no governo do Presidente Itamar Franco, atendendo às

demandas da comunidade acadêmica, por meio da Portaria nº 130, de 14 de julho de 1993, foi

criada a Comissão Nacional de Avaliação pelo Secretário da Educação Superior do MEC com

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o objetivo de estabelecer diretrizes e possibilitar a implementação do processo de avaliação

institucional nas universidades brasileiras.

Com a mudança de Governo e a assunção de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, o

modelo avaliativo do PAIUB não se mostrou adequado enquanto alicerce para dar os

subsídios necessários ao MEC para o desempenho das funções de coordenação e controle do

sistema de educação superior.

Passou-se a exigir a formulação de um modelo avaliativo que apresentasse mais

afinidade com os pressupostos de redução do papel do Estado na oferta de ensino superior,

mas que lhe possibilitasse manter o controle do sistema.

Pela Lei n° 9.131/95 foi criado o Exame Nacional de Cursos, conhecido como

“Provão” que mediante uma bem articulada campanha de marketing recebeu o apoio da

população.

A partir desse momento, a avaliação periódica de cursos e instituições superiores

passou a ter maior expressão com o advento da Lei Federal 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional), conforme o seu artigo 46. De acordo com esse dispositivo legal, uma

vez detectadas as irregularidades sanáveis, serão concedidos prazos para a correção, sob pena

de intervenções, suspensão de autonomia, e até mesmo o encerramento das atividades do

curso e da própria instituição.

A partir do início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da

República, no ano de 2003, mudanças foram implementadas nas políticas de educação

superior, dentre as quais as políticas de avaliação.

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) implementado pelo

governo criou várias possibilidades que foram além da sistemática adotada pelo governo

anterior.

O SINAES tem como finalidade a melhoria da qualidade da educação superior, bem

como orientar a expansão da sua oferta, e também propiciar o aumento permanente da sua

eficácia institucional e efetividade acadêmica e social, especialmente aprofundar os

compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da

valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à

diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional, segundo

prevê o artigo 1º da portaria n.º 2.051/04 do MEC.

Em nome do SINAES, e, contrariando os seus principais fundamentos, foram criados

pelo MEC o conceito preliminar de cursos - CPC, o Indicador de desempenho esperado e

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observado - IDD e índice geral dos cursos – ICG, por meio das portarias normativas n.º 4 e n.º

12 de 2008.

Por fim, a avaliação institucional no Brasil está dividida em duas modalidades: a auto

avaliação, coordenada pelas próprias instituições, orientada pelas diretrizes e o roteiro da auto

avaliação institucional do CONAES, e, avaliação externa, realizadas por comissões

designadas pelo INEP.

Concluindo, a avaliação institucional no Brasil, nos moldes atuais, se encontra

embasada na Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que instituiu o SINAES. Para divulgação

dessas avaliações foi criados o IGC, que é um indicador de qualidade de instituições de ensino

superior que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e pós-

graduação. Quanto à graduação, é utilizada para a composição do IGC a média dos Conceitos

preliminares de curso (CPC) que tem como base o desempenho dos alunos no ENADE, além

das variáveis de insumo, corpo docente, infraestrutura e organização didática pedagógica.

Quanto à graduação, o IGC utiliza a nota Capes.

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3. Características e objetivos da avaliação institucional

As Avaliações Institucionais vem se colocando como questão de destaque no campo

da Educação Brasileira, nos últimos anos.

Ela está presente no cenário da gestão democrática das Instituições Escolares, nos dois

níveis de ensino: básico e superior. Sua função primordial é oferecer à sociedade informação

sobre o funcionamento e a qualidade das Instituições Escolares, objetivando, como dito

anteriormente a melhoria da qualidade do ensino.

Para o catalão Antonio Zabala (1998): “do conjunto de relações interativas

necessárias para facilitar a aprendizagem se deduz uma série de funções dos professores,

que tem como um ponto de partida o próprio planejamento”. Este autor também tece uma

severa crítica à forma como habitualmente é compreendida a avaliação.

Definir o motivo da avaliação, necessário para se entender qual o objeto e o sujeito da

avaliação, não é tarefa trivial. Essa proposta elimina a ideia da avaliação apenas do aluno

como sujeito que aprende e propõe também uma avaliação de como o professor ensina.

Elabora a ideia de que devemos realizar uma avaliação que seja inicial, reguladora (prefere

esse termo ao invés de formativa, por entender que explica melhor as características de

adaptação e adequação, ou seja, é capaz de acompanhar o progresso do ensino), final e

integradora. Esta divisão é empregada como necessária para se continuar fazendo o que se

faz, ou o que se deve fazer de novo, e também o que se deve continuar fazendo, o que é mais

uma justificativa para a avaliação.

As Avaliações Institucionais mostram-se estruturadas de forma única, objetivando a

qualidade do ensino a qual se destinam, apesar das diferenças de realidade entre as escolas,

dentre os próprios estágios na mesma escola e respeitando a individualidade de cada aluno,

ela é aplicada em todo país.

Dentro desse conceito, essa avaliação pode ocorrer de duas formas. Externa:

elaborada e aplicada por órgãos mantenedores das instituições. E a avaliação Interna:

elaborada e aplicada pela própria equipe. A primeira tem como principais objetivos a

melhoria dos serviços prestados pela instituição e melhor adequação dos recursos

disponibilizados para que as possíveis deficiências sejam sanadas. A segunda objetiva a

melhoria das relações sociais, humanas e interpessoais, bem como o aperfeiçoamento

continuado de seus integrantes. (INEP, 2006, p.163)

Segundo Bittencourt (2002), consultora do MEC: “Uma das funções mais

importantes da avaliação institucional está na possibilidade de autoconhecimento e de

gerenciamento que se quer ter quando se realiza um trabalho sério, democrático e

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transparente”. Este conceito esclarece a importância da avaliação interna no que diz respeito

a sua aplicabilidade, uma vez que só se pode gerir ou administrar algo que se conhece. É uma

chance única de se conhecer a escola e de lhe conferir uma identidade própria. Com isso

ressalta-se a importância dos programas de auto-avaliação institucional como uma das

maiores possibilidades de se conhecer, de ouvir todos os sujeitos envolvidos direta e

indiretamente.

Assim, três princípios básicos devem ser observados: os teóricos, os legais e os

metodológicos, para que a avaliação institucional se afirme como um instrumento de apoio da

gestão escolar.

Dentre os princípios teóricos da avaliação institucional, interna ou externa, a sua

funcionalidade é favorecer o bem dos alunos, da escola, da educação. As características da

avaliação institucional são: avaliação crítica, significativa e transformadora; deve ser fiel à

realidade educacional e à relevância social da educação local; precisa ser processual,

evolutiva e participativa, abrangente e articulada; Necessita gerar emancipação e melhorar a

formação, por fim precisa ser responsável e consequente, ou seja, apropriada por e para todos.

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4. Modelos de avaliação institucional

4.1. Avaliação institucional interna

A avaliação institucional interna é uma avaliação diagnóstica que pode ser adotada

pela universidade. Essa também pode ser chamada de auto-avaliação, uma vez que é realizada

pelos membros da comunidade acadêmica.

Segundo Ristolff et al (1993), na avaliação institucional interna a universidade deve

organizar, analisar, descrever, interpretar e avaliar os dados de fontes de informações que já

possui que estão contemplados nos planos departamentais, projetos, resoluções e outros que

virem a instituir como seminários, fóruns, consulta à comunidade externa, avaliação dos

docentes pelos discentes, questionários aplicados a egressos, entre outros, sempre perder de o

foco nos objetivos da universidade.

Firme (1999) aponta que há dificuldades de formulação de indicadores para avaliação

de universidades, uma vez que apresentam características atípicas em relação às outras

organizações, e dessa forma, torna-se necessário um trabalho conceitual e metodológico.

Além disso, a autora afirma que as universidades precisam assumir com coragem a

autocrítica, a auto-avaliação para que possam rever e superar dificuldades e problemas

levantados.

Nesse contexto de avaliação interna, podemos citar alguns exemplos de processos

realizados pelas universidades.

A Universidade Federal de Viçosa publicou um documento com os resultados de uma

avaliação institucional interna cujo objetivo foi conhecer a realidade da Instituição, suas

potencialidades e suas deficiências, resultando em um poderoso instrumento de gestão

acadêmica (UFV, 2007). A metodologia empregada foi o uso de questionários específicos por

segmentos disponibilizados via internet e também confeccionadas versões impressas em

papel, para os servidores situados em unidades distantes da parte central do Campus, sendo

todo o processo sem identificação do avaliador. As questões pontuadas foram baseadas nos

três pilares do SINAES: avaliação das instituições, a avaliação dos cursos de graduação e a

avaliação do desempenho dos estudantes. Foi gerado um relatório que avaliou cada item

discutindo os resultados, no entanto não foram realizadas considerações finais comentando

sobre o conjunto dos resultados, nem mesmo disponibilizado em plano de ação para melhorias

a partir desse diagnóstico.

Page 20: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

14

Quadro 01. Itens constantes nos questionários de avaliação institucional interna da

Universidade de Viçosa, tendo como alternativas para o procedimento de avaliação as opções:

“Ótimo, Bom, Ruim e Sem Condições de Avaliar”.

Dimensões Questões avaliadas

Pesquisa Oportunidade de participação em projetos de pesquisas; relevância

social das pesquisas desenvolvidas e relevância cientifica das

Pesquisas.

Extensão Relevância social, educacional e econômica das atividades de

extensão; prioridades estabelecidas; a interação da extensão com o

Currículo de graduação; serviços prestados pela extensão à

comunidade; atividades Culturais, esporte e lazer.

Pós-graduação Conteúdos das disciplinas; Atuação da coordenação dos programas;

orientação e o aconselhamento; a infraestrutura acadêmica da pós-

graduação lato e stricto sensu.

Responsabilidade

social

Participação da universidade no desenvolvimento econômico e social

da região; sua contribuição para a promoção da cidadania e para a

inclusão social.

Comunicação com a

sociedade

A imagem externa da instituição; os meios de comunicação externa, ou

seja, telefones, correspondências, emails, UFV em Rede, jornais e

serviços da Ouvidoria.

Política de pessoal e

de carreiras

Cursos, treinamentos e capacitação oferecidos aos servidores técnico-

administrativos, a gestão de pessoas, na instituição; o plano de carreira

dos servidores técnico-administrativos; assiduidade e atuação dos

funcionários e professores; atuação dos vários níveis de chefias; a

relação entre o trabalho existente no setor e a força de trabalho para

executá-los; o relacionamento com os colegas de trabalho; a

preparação para a aposentadoria; e a escolha de dirigentes em todos os

níveis da administração.

Organização e

gestão da instituição

Processo de tramitação de documentos e solicitação de serviços;

disponibilidade de recursos humanos; financeiros; didáticos e

equipamentos; processo de compras; e atuação dos colegiados

superiores (CONSU, CEPE).

Infraestrutura física Os espaços de convivência no Campus; o ambiente e instalações das

salas de aulas; as condições e instalações de laboratórios didáticos; os

recursos computacionais (laboratórios e equipamentos); as condições e

recursos materiais para realização de atividades; o acervo da Biblioteca

Central (BBT); os serviços, o espaço físico e as condições de

funcionamento da BBT; a prestação de serviços de informática; o

acesso à rede de computadores (internet); os recursos audiovisuais

(data show, retroprojetores) disponíveis para o ensino; o atendimento

prestado aos portadores de necessidades especiais; a conservação e

limpeza do Campus; os serviços de conservação de edificações e

infraestrutura; os serviços de segurança patrimonial e comunitária no

Page 21: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

15

Campus; o controle de entrada de pessoas no Campus; os serviços

prestados pelas cantinas e lanchonetes; a qualidade do transito de

veículos no Campus; o transporte oferecido pela UFV; o transporte

coletivo e o

Acesso ao Campus.

Planejamento e

avaliação

Participação da comunidade no processo de planejamento institucional.

Política de

atendimento

estudantil

Procedimentos de recepção de novos alunos na Instituição; os serviços

de bolsas (moradias, alimentação e atividades de estágios) o

atendimento do Restaurante Universitário – RU; a qualidade das

refeições servidas no RU; os serviços de alojamento; os serviços

prestados pela Divisão de Saúde; os serviços de apoio e orientação

psicossocial; e o acompanhamento de egressos.

Sustentabilidade

financeira

Eficiência da aplicação de recursos financeiros; alocação de recursos

orçamentários, a captação de recursos externos pela Universidade.

Nota: elaborado com base em dados de UFV (2007).

Outro exemplo que pode ser citado é o caso da Universidade Federal do Pampa

(Unipampa) que realizou uma avaliação interna por meio de questionário no qual as questões

podiam ter respostas em escore de 1 a 5, sendo (1) muito ruim (2) ruim (3) regular (4) bom (5)

muito bom. Foram realizadas perguntas aos docentes e discentes (Quadro 02). A equipe

universitária fez análises dos dados obtidos e apresentou como conclusão que a avaliação

realizada foi adequada para o levantamento de pontos fortes e fracos, identificou necessidade

de mudança e melhoria contínua, e propiciou uma reflexão sobre o uso e universalização de

métodos e indicadores nos processos de avaliação das IES (CERQUEIRA-ADÃO et al.,

2011).

Quadro 02. Itens constantes nos questionários de avaliação institucional interna da Unipampa,

tendo como alternativas para o procedimento de avaliação os escores de 1 a 5, sendo (1) muito

ruim (2) ruim (3) regular (4) bom (5) muito bom. opções: “Ótimo, Bom, Ruim e Sem

Condições de Avaliar”.

Dimensões Questões avaliadas

Salas de aula (para discentes

e docentes)

Acessibilidade; Iluminação; Acústica; Ventilação; Limpeza,

conservação; Equipamentos (quadros, retroprojetor,

computador)

Adequação da biblioteca

(para discentes e docentes)

O acervo de livros e periódicos atende às necessidades do

curso (quantidade e diversidade); Acessibilidade ao acervo;

Área física da biblioteca

Page 22: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

16

Adequação dos laboratórios

de ensino (para discentes e

docentes)

Acessibilidade; Área física; Disponibilidades de

equipamentos; Acesso ao sinal de internet (wireless)

Adequação do

funcionamento dos serviços

administrativos e controles

acadêmicos (para discentes e

docentes)

O atendimento da secretaria acadêmica O acesso a

documentos e informações; A organização e o horário de

atendimento; A adequação dos equipamentos (computadores,

quadro de aviso)

O tempo de entrega e/ou de resposta aos questionamentos e

documentos; O trabalho da coordenação do curso; O grau de

satisfação com o curso

Atividades de pesquisa e

extensão (para discentes e

docentes)

Envolvimento nos projetos de extensão Envolvimento nos

projetos de Pesquisa Interesse em participar de projetos de

extensão da UNIPAMPA; Interesse participar de projetos de

Pesquisa da UNIPAMPA

Relação discente-docente

(para discentes)

Discussões realizadas pelo professor de diferentes correntes de

pensamento demonstrando domínio do conteúdo; O professor

utiliza diferentes formas de avaliação da aprendizagem,

relacionando teoria e prática profissional (provas, seminários,

pesquisas); O professor é acessível dentro e fora da sala de

aula; O nível das aulas ministradas

Desempenho nas disciplinas

(para discentes)

Lista das disciplinas

Percepções dos docentes em

relação à condução de sua

própria disciplina (para

docentes)

Lista das disciplinas

Nota: elaborado com base em dados de Unipampa (2011).

Outro relato disponível é o caso da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que

também realizou questionários, mas consideraram as respostas de candidatos ao vestibular,

discentes, docentes, técnicos administrativos, coordenadores, unidades acadêmicas e órgãos

de administração central (UERJ, 2005).

Ressalta-se que as universidades precisam avaliar seus resultados, pois são eles que

irão subsidiar o planejamento e ações estratégicas da gestão para melhorias nos processos,

sendo possível identificar pontos fortes para fortalecer e consolidar e corrigir aqueles que

precisam de adequações. Deve-se sempre ter em mente que o papel da avaliação interna é

elevar o nível do ensino e administração com conscientização sobre a importância da

participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica nas atividades de organização,

execução e implementação das ações requeridas conforme o contexto da universidade, para

Page 23: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

17

que haja o crescimento do país como nação inovadora, criativa e ética com relação à ciência e

tecnologia (BARBOSA, 2001).

4.2. Avaliação institucional externa

A avaliação externa se constitui em uma das etapas do processo de avaliação do

sistema educacional e das instituições de ensino superior e se encontra integrada na

sistemática estabelecida pelo SINAES, conforme orienta a Comissão Nacional de Avaliação

do Ensino Superior e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira, em documento elaborado para estabelecer as diretrizes e o instrumento avaliativo.

De acordo com essas diretrizes, a avaliação externa da educação superior em

nosso país tem os seguintes objetivos (BRASIL. MEC, 2006, pg. 13)

Em diálogo com os esforços de autoconhecimento promovidos pela IES, ela tem

como objetivo dar subsídios para o aprimoramento dos processos institucionais que

buscam a qualidade. A integração entre avaliação interna e externa parte do

princípio de que a qualidade de uma IES depende do exercício permanente de auto-

reflexão, considerando referentes universais e particulares de qualidade. Sendo

assim, a avaliação externa está ancorada e tem como principal fonte de informação

sobre a IES um sistemático e bem realizado processo de avaliação interna ou

autoavaliação.

Esse instrumento é bem apreciado por Marchelli (2006, p. 353), o qual leciona:

No Brasil, o SINAES estabelece que a avaliação externa é um importante

instrumento cognitivo, crítico e organizador, exigindo a sistematização e o inter-

relacionamento de um grande conjunto de informações, obtidas por meio de dados

quantitativos e juízos de valor, dizendo respeito à qualidade das práticas e da

produção teórica das IES.

Assim, percebe-se que a avaliação externa no Brasil é realizada de forma

centralizada pelo MEC,como componente de um amplo sistema avaliativo e tem as suas

diretrizes e a definição do instrumento bem delineados pelo órgão regulador.

Page 24: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

18

5. O SINAES, OS INSTRUMENTOS E METODOLOGIAS DA AVALIAÇÃO

INSTITUCIONAL

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado pela da

Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, constituiu em um marco na história da avaliação da

educação superior brasileira, não somente instituiu avaliação das instituições, dos cursos e do

desempenho dos estudantes, mas também estabeleceu que a avaliação das instituições deve

considerar necessariamente as dez dimensões institucionais definidas como obrigatórias,

conforme dispõe o seu artigo 3º:

Art. 3º A avaliação das instituições de educação superior terá por objetivo identificar

o seu perfil e o significado de sua atuação, por meio de suas atividades, cursos,

programas, projetos e setores, considerando as diferentes dimensões institucionais,

dentre elas obrigatoriamente as seguintes:

I - a missão e o plano de desenvolvimento institucional;

II - a política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as respectivas

formas de operacionalização, incluídos os procedimentos para estímulo à produção

acadêmica, as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;

III - a responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que se

refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento

econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção

artística e do patrimônio cultural;

IV - a comunicação com a sociedade;

V - as políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-

administrativo, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas condições

de trabalho;

VI - organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e

representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com a

mantenedora, e a participação dos segmentos da comunidade universitária nos

processos decisórios;

VII - infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca,

recursos de informação e comunicação;

VIII - planejamento e avaliação, especialmente os processos, resultados e eficácia da

auto-avaliação institucional;

IX - políticas de atendimento aos estudantes;

X - sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade

dos compromissos na oferta da educação superior.

Conforme se constata da leitura da norma acima referida, os procedimentos e

instrumentos utilizados para a avaliação das instituições serão diversificados, sem que sejam

especificados quais seriam, limitando-se a norma a se referir especificamente à auto-avaliação

e à avaliação externa.

Page 25: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

19

Com base na disposição legal, a avaliação das instituições se dá em dois

momentos: a auto-avaliação, a ser coordenada por Comissões Próprias de Avaliação (CPAs) e

a avaliação externa, a ser realizada por comissões de docentes atuantes na educação superior,

devidamente cadastrados e capacitados, sendo basicamente essa a metodologia empregada na

atualidade.

A concepção que se extrai da Lei que instituiu o SINAES é no sentido do

desenvolvimento de uma cultura de avaliação com finalidade de aumento da oferta e da

qualidade, com uma concepção democrática, essa orientação pode ser observada no

documento elaborado pelo MEC a respeito das diretrizes e instrumentos para avaliação

externa das Instituições de Ensino Superior (2006, p. 10):

“Na concepção avaliativa do SINAES, a qualidade das IES é referenciada e

dinamizada pela participação dos diferentes atores institucionais, o que lhe confere

um estatuto de responsabilidade democrática, desenvolvido e divulgado pela criação

de uma cultura de qualidade, que se estabelece com a combinação de critérios

científicos de avaliação e participação de atores acadêmicos e sociais.”

Esse direcionamento está bem delineado no “caput” do artigo 3º da Lei acima

citada ao declarar expressamente que a avaliação institucional considerará as 10 (dez)

dimensões institucionais obrigatórias, as quais procuram abranger tanto as questões técnicas

educacionais, como o envolvimento da sociedade, das equipes de profissionais, e também dos

próprios alunos, ou seja, todos os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem, além das

questões de infraestrutura.

Contudo, o confronto entre a cultura da regulação estatal, denominada como

regulação, e a cultura avaliativa é permanente, não tendo sido suficiente a disciplina legal com

premissas meramente programáticas para pacificar o assunto, até porque o conflito de

interesses econômicos na área é evidente, em razão do próprio regime econômico que vigora

não somente no Brasil, como também na maioria dos países do mundo.

A respeito dessa dualidade, assim se manifesta Joelma dos Santos e Marta

Leandro da Silva (2009, p. 01) em trabalho apresentado no V Simpósio Internacional "O

Estado e as Políticas Educacionais” realizado pela Universidade Federal de Uberlândia:

No discurso legal o SINAES tem por finalidades, a melhoria da qualidade da

educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento permanente da

eficácia institucional e efetividade acadêmico social das instituições de educação

superior. Entretanto a avaliação institucional pode se configurar tanto como

instrumento de regulação e ou instrumento de emancipação numa perspectiva

democrática.

Page 26: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

20

Não obstante essa inclinação legal para a cultura avaliativa constata-se que a

orientação da norma é nos sentido de deixar aberta a criação de procedimentos e instrumentos

diversificados, indicando tão somente a necessidade de criação das CPAS e as Comissões de

Avaliação Externas (§ 2º da n.º Lei 10.861/2004).

De acordo com Elaine Gomes dos Santos (2010, p. 16):

Os modelos atuais de gestão universitária são produzidos para obter informações

rápidas devido às aceleradas mudanças. Essa necessidade gerencial demanda

indicadores que funcionem como instrumentos de gestão. Geralmente são utilizados

indicadores de natureza quantitativa que produzem grande número de formulários

estatísticos para controle prático e rápido.

Por outro lado, a melhora da qualidade da educação foi estabelecida como uma

das finalidades da Lei que criou o SINAES, mas não se explicita no que consistiria essa

melhora de qualidade e nem o que deveria ser considerado qualidade na educação superior.

Entretanto, as outras finalidades da Lei são: a orientação da expansão da sua

oferta, o aumento permanente de sua eficácia institucional, efetividade acadêmica e social,

especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais

das instituições da educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da

promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da

autonomia e da identidade institucional.

Constata-se que não há qualquer referência ao aprendizado nas finalidades

constantes da Lei, mas sim ao que as instituições estabelecem em suas relações comunitárias e

como instituições responsáveis por um bem público.

Por outro lado, algumas IES, por também serem instâncias de poder, seguem a

tendência a reduzir o seu processo autoavaliativo meramente à função de controle e

fiscalização, de forma que se amplia o papel do Estado na atuação da instituição. É inerente

ao exercício do poder a inclinação para o controle e para a regulação, por integrar a sua

própria natureza. Entretanto, a dificuldade maior está na resistência dos atores-sujeitos,

especialmente os docentes, ao processo avaliativo, em virtude, certamente, do caráter punitivo

estabelecido para a avaliação, fruto da cultura educacional construída ao longo da história, a

qual dificulta a implantação nas instituições de ensino superior uma cultura de avaliação.

Entretanto, a baixa adesão dos profissionais da educação ao processo avaliativo

que se constata em todas as IES, públicas ou privado, em parte atribuída ao conceito punitivo

implantado ao longo dos anos, não é suficiente para esclarecer o porquê não se amplia o

Page 27: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

21

debate a respeito da concepção da avaliação além de da simples mensuração, resultante da

coleta de dados.

O SINAES apresenta uma ampla visão de avaliação institucional como norma

programática, haja vista que considera processo educativo como a missão institucional ao

oferecer orientação detalhada sobre a aplicabilidade e execução e vai além da condição de

medição do desempenho das IES.

Conforme Claudemir Martins Silva (2010, p. 24), “pode-se inferir que a lógica

do SINAES vai além da política de controle, de verificação e de regulação,

características evidenciadas nas propostas anteriores”, por esses motivos, a formulação do

sistema ultrapassa o próprio conceito de avaliação para se alinhar com outros princípios,

especialmente o da emancipação, democracia, responsabilidade social, ética e identidade.

Não obstante o programa proposto pela legislação, na prática, o que se constata é

que, por um lado, a concepção punitiva da avaliação, fruto da má formação dos profissionais

ao longo da história, aliada ao caráter regulatório inerente ao exercício de poder, e por outro, o

próprio sistema econômico no qual se insere a questão educacional, levaram à implantação de

um modelo de avaliação institucional que, em certa parte, contradiz com o sistema avaliativo

proposto pelo SINAES.

Com efeito, por meio da portaria normativa n.º 4/08, deu-se a regulamentação

pelo MEC, do Conceito Preliminar de Cursos – CPC, bem como a divulgação anual do Índice

Geral de Cursos das Instituições de Educação Superior – IGC, os quais corroboram essa

constatação e se torna exemplo do modelo regulação que confronta com a cultura avaliativa.

Ainda mais, o MEC esclarece em seu portal:

O IGC Para conhecer o desempenho das instituições de ensino superior do país, os

estudantes podem consultar, entre outros indicadores, o Índice Geral de Cursos

(IGC). O instrumento é construído com base numa média ponderada das notas dos

cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza num único

indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da

mesma instituição de ensino. O IGC é divulgado anualmente pelo Inep/MEC,

imediatamente após a divulgação dos resultados do Enade.

O ENADE, por seu vez se constitui no instrumento mais notório do Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior, especialmente pelo seu apelo midiático e a sua

aplicação tem a finalidade de aferir o desempenho dos estudantes com referência aos

conteúdos que lhes foram ministrados, os quais estão estabelecidos nos currículos mínimos e

Page 28: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

22

constam nos programáticos previstos para os respectivos curso de graduação.

Além dos conteúdos, o ENADE afere, também, as habilidades adquiridas para

compreensão de temas externos e diversos daquele inerente à sua formação, os quais estão

relacionados à realidade brasileira e mundial, bem como com outras áreas do conhecimento.

Assim, o ENADE tem a finalidade precípua de identificar as condições de ensino

oferecidas aos estudantes brasileiros, seja com referência a atuação docente, as instalações

físicas e a organização pedagógica, seja em relação ao conteúdo programático ministrado,

bem como a forma como são bordados os conteúdos programáticos e como se vincula os

cursos de graduação com as demanda sociais.

De outra forma, o ENADE deixou de ser o único conceito adotado e divulgados

pelo MEC, com a instituição do CPC, IGC e IDD, sendo que a nota obtida pelos estudantes

servem compor na média final obtida pela instituição nos diferentes instrumentos utilizados

pelo sistema.

A respeito dos instrumentos acima mencionados, o IDD tem a pretensão de apurar

o quanto o curso agregou de conhecimento ao aluno entre o seu ingresso e a conclusão do

curso, é inegavelmente um índice com pretensão de mensuração.

O CPC, por sua vez, é um indicador que usa mais variáveis, considerando a

formação dos alunos, o IDD e dados sobre o corpo docente, a infraestrutura e as práticas

pedagógicas da instituição de ensino.

De acordo com informações do INEP em seu portal:

O Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de

instituições de educação superior, que considera, em sua composição, a qualidade dos

cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). No que se refere à

graduação, é utilizado o CPC (conceito preliminar de curso) e, no que se refere à pós-

graduação, é utilizada a Nota Capes. O resultado final está em valores contínuos (que

vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).

O CPC é uma média de diferentes medidas da qualidade de um curso. As medidas

utilizadas são: o Conceito Enade (que mede o desempenho dos concluintes), o

desempenho dos ingressantes no Enade, o Conceito IDD e as variáveis de insumo. O

dado variáveis de insumo – que considera corpo docente, infra estrutura e programa

pedagógico – é formado com informações do Censo da Educação Superior e de

respostas ao questionário socioeconômico do Enade.

Observa-se que a divulgação do IGC pela mídia, com grande repercussão social,

elevou esse indicador à condição de um poderoso e polêmico instrumento de marketing

institucional, utilizado frequentemente na formação de opinião pública, fazendo com que essa

Page 29: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

23

divulgação dos indicadores traga mais visibilidade publicitária do que propriamente

elementos para a correta avaliação da qualidade.

Em razão dessa realidade, os exames escolares, notadamente os testes objetivos se

constituem nos alvos de maiores críticas, uma vez que são reputados como ineficazes por

representarem uma padronização dos resultados. Para Joelma Santos e Marta Silva (idem, p.

03), citando Afonso (2002):

essa padronização dos resultados e a generalização do conhecimento em uma

sociedade heterogênea foram usados como recursos e ferramentas do capitalismo

liberal com base racional individualista. O processo de avaliação ocorre

cotidianamente nas instituições de ensino.

Constata-se, assim, que o Poder Público, ao aplicar a avaliação institucional e na

própria implementação das políticas públicas na área da educação, considera em primeiro

lugar uma verdadeira prestação de contas, uma vez que os resultados obtidos serão objetos de

divulgação na mídia com forte influência no meio social.

Por fim, a sistemática de avaliação institucional estabelecida pelo SINAES,

atualmente se encontra lastreada em três processos de avaliação: a) Avaliação da Instituição

(Auto-Avaliação e Avaliação Externa); b) Avaliação do Desempenho dos Estudantes

(ENADE); c) Avaliação dos Cursos de Graduação, por meio dos instrumentos já

mencionados.

Conclui-se que a própria implantação do SINAES resultou na criação de

instrumentos para a sua aplicabilidade prática, os quais em muitos aspectos contradizem com

a natureza ideológica que permeou a sua criação, levando a críticas no sentido de que possa

ter perdido o foco de sua proposta original.

Entretanto, nenhum acerto resulta da inércia e já foram estabelecidas as premissas

básicas da cultura avaliativa a ser implantada com base no modelo proposto pelo SINAES

para se alcançar uma cultura avaliativa que efetivamente considere outras dimensões,

especialmente uma participação mais efetiva e constante da comunidade acadêmica e da

sociedade, mas sem deixar de aperfeiçoar os instrumentos existentes, uma vez não há como se

prescindir da avaliação do aprendizado de alunos por meio de exames ou provas em

avaliações de larga escala.

Page 30: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

24

4. CONCLUSÃO

O presente estudo consolida a ideia de que a avaliação institucional se constitui no

instrumento primordial na busca de soluções para os problemas existentes na educação, como

objeto do nosso trabalho, tal assertiva se aplica sem qualquer dúvida à avaliação institucional

no ensino superior no Brasil.

Ao iniciarmos o trabalho, de forma conjunta, procurou-se entender a importância

do tema para a educação como um todo, com foco no ensino superior, encontrando os

problemas existentes ainda no referente à avaliação institucional, seja de ordem ideológica,

seja de ordem prática.

Elaborou-se um histórico a respeito da avaliação institucional em nosso país, com

a finalidade de compreender o problema, desde o seu início até chegar aos dias atuais,

apurando-se, ainda, que a avaliação institucional é realizada externa e internamente, mediante

o uso dos instrumentos criados pelo Ministério da Educação.

No desenvolvimento do projeto, percebemos que a avaliação tem avançado em

razão da extrema importância que tem para a sociedade, provocando ações das instituições de

ensino superior no sentido de desenvolver ações para se adequar às exigências não somente

individuais, mas também coletivas, em razão da necessidade de desenvolver competências

para a inserção do indivíduo na vida social e do trabalho, e também de cumprir as suas

responsabilidades sociais, como elemento formador para o pleno exercício da cidadania.

Por outro lado, também as instituições governamentais que tem a incumbência de

gerir o sistema como um todo tem desenvolvido ao longo do tempo ações no sentido de

buscar a implementação da cultura da avaliação nas instituições, com a participação de todos

os agentes envolvidos no processo, sejam os profissionais da educação, sejam os próprios

alunos.

Apurou-se, ainda, que o aumento da complexidade no meio social, aliado ao

aperfeiçoamento tecnológico vivido pela humanidade veio acompanhado de maiores

demandas no referente à avaliação institucional, sendo que em nosso país esse trabalho se

aprofundou depois da redemocratização política, com o término do período de governos

militares.

Page 31: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

25

Com as reformas educacionais que se acentuaram a partir dos anos 90 do século

20, pelo menos duas correntes ideológicas debatem acerca do tema em defesa de suas

concepções, por um lado uma delas prega a cultura regulatória, pela qual os órgãos de

controle estatal se incumbiriam de estabelecer e aplicar as diretrizes de regulação da

educação, por outro lado, corrente diversa prega-se a cultura avaliativa com base no

pensamento a esse respeito produzido pela própria comunidade acadêmica, a qual deve atuar

como principal elemento na formulação e na condução das avaliações.

No campo da regência normativa do tema, temos a Constituição Federal e as Leis

Ordinárias que se seguiram, especialmente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

e também a Lei que instituiu o SINAES, a qual veio para sistematizar a avaliação do ensino

superior em nosso país.

Constata-se que dada a dimensão e a diversidade cultural brasileira, ainda que se

admita ser de suma importância a participação da comunidade acadêmica na formulação das

políticas públicas voltadas para a avaliação, é necessário o estabelecimento de diretrizes e

normas, de forma que todos aqueles a elas se dirigem possuam paradigmas e regras claras a

esse respeito, devendo ser por todos seguidas, com a finalidade de oferecer à sociedade

serviços educacionais de excelência.

Quanto à avaliação do desempenho dos estudantes, por meio do ENADE,

concluiu-se que há críticas aos seus resultados, em razão da aplicação de testes objetivos,

pelos quais, em tese, não se obteria um visão global a respeito do que a educação teria

acrescentado ou não a esses alunos, contudo, tal avaliação serve somente para compor na

média da avaliação realizada de forma mais ampla pelos órgãos reguladores da avaliação

institucional, e merece ser aperfeiçoado o sistema, mas a sua implantação foi importante para

se apurar a qualidade do ensino ministrado.

Por fim, os índices de desempenho das avaliações institucionais trazem à

sociedade os parâmetros mínimos para que todos possam aferir a qualidade do ensino que

vem sendo ofertado, ainda que tais índices sirvam ao propósito mercantilista, por meio de

ações das instituições que usam a sua divulgação para se inserirem de forma mais agressiva

no mercado, devendo ser aperfeiçoados os instrumentos existentes, com maior participação da

comunidade, para que a cultura avaliativa seja definitivamente implantada no panorama

cultural de todos os agentes envolvidos no processo educacional.

Page 32: Avaliação Institucional, Instrumentos, Metodologia e o Sinaes

26

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