36
BATISMO NAS ÁGUAS

Batismo nas águas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila de batismo nas águas

Citation preview

Page 1: Batismo nas águas

BATISMO NAS ÁGUAS

Page 2: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

BATISMO NAS ÁGUAS

BATISMO NAS ÁGUAS

PROFESSORES: Pb. Marques Pb. Roberto Januário Soares

DIAGRAMAÇÃO: Raissa Specian

EDIÇÃO FINAL: Ministério Ágape de Comunicação

RESPONSÁVEL: Pb. Marcelo Araújo

Publicação pertencente a Igreja Batista Ágape, para utilização na Escola Bíblica Dominical.

Page 3: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesTEMA: O BATISMO NAS ÁGUAS

OBJETIVO

Estudar com maior profundidade o significado do batismo nas

águas através do que a Palavra de Deus nos revela sobre essa ordenança

do Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO

Toda pessoa que nasceu de novo pelo Espírito Santo é gerada

para uma vida vitoriosa através da salvação recebida em Cristo Jesus.

Através do batismo nas águas o crente inicia uma vida de completa

remissão dos seus pecados conforme está em Tito 3.5; Efésios 5.26,27 e

Colossenses 2.12. O batismo nas águas é o meio pelo qual a pessoa

ingressa na Igreja do Senhor Jesus Cristo aqui na terra. Por essa razão,

passaremos a ver com maiores detalhes o significado do batismo nas

águas para as nossas vidas

DESENVOLVIMENTO

1 – A importância do Batismo

Alguns ensinam que o batismo não salva. Isto é verdade. O batismo não

pode salvar uma pessoa, porque quem salva é o Senhor Jesus. É o seu Espírito

operando em nós que nos salva das paixões da carne. A água não purifica

ninguém dos pecados, então por que ser batizado? Muitos não compreendem o

significado do batismo nas águas e, por isso, não dão o devido valor e obediência

ao mandamento bíblico.

O batismo é o principio de uma vida nova com Cristo Jesus, nosso

Senhor. A remissão dos pecados (Marcos 1.4; Lucas 3.3; João 1.33; Romanos

6.4), significa libertação plena dos mesmos. Nós já passamos da morte para a

vida. Jesus Cristo é quem salva e o primeiro testemunho desta salvação é o

batismo nas águas.

O que as pessoas não entendem, é a importância do batismo. Se ele

não salva, então porque é necessário ser batizado? A palavra de Deus diz:

“Aquele que crer e for batizado, será salvo;” (Marcos 16.16). “Crer e for

batizado...” fica claro, nesta frase, que crer requer obediência, é preciso

continuar o processo no evangelho. É isto que confunde as pessoas. As pessoas

falham muitas vezes em não compreender que o batismo é o primeiro passo de

obediência daquele que professa sua fé em Cristo Jesus. A fé em Jesus Cristo é

suficiente para a salvação de uma pessoa, isto é verdade, porém, esta fé em

Jesus, é manifestada a começar pelo batismo. O batismo é uma iniciação do

crente em uma nova vida. É o primeiro passo para que as demais revelações

BATISMO NAS ÁGUAS

2

Page 4: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesaconteçam e libertem o individuo. Pessoas que se convertem e não se batizam,

não crescem na fé e não se firmam na Palavra. Por quê? Porque o batismo é o

testemunho visível da circuncisão do coração. Vejamos como Deus agia no

Antigo Testamento, a fim de podermos entender o processo no Novo

Testamento.

Deus falou com Abraão sobre a benção de nele serem benditas da

terra. Abraão, ao receber tal promessa, creu em Deus. Assim, o Senhor falou a

Abraão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua

descendência: todo macho entre vós será circuncidado.” (Gênesis 17.10). No

verso 14 do mesmo capítulo, o Senhor acrescenta: “o incircunciso que não for

circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo;

quebrou a minha aliança.” Não era o bastante crer em Deus. A pessoa tinha que

se circuncidar, a circuncisão era a guarda da aliança. Era a marca visível da

separação do o povo judeu dos demais povos. Era a Mara que a unia a “igreja”

do deserto. Sem a circuncisão, a pessoa não podia fazer parte do povo. A

circuncisão do prepúcio dava o direito de participar do convívio com o povo de

Deus.

No Novo Testamento é revelado que a circuncisão de Cristo é a do

coração. O apóstolo Paulo escreve aos Romanos: “e a circuncisão, que é a do

coração, no espírito.” (Romanos 2.29). A circuncisão, portanto, no Novo

Testamento é feita no coração, isto significa que o nosso coração é circuncidado

do mundo. A aliança de Deus em Jesus Cristo é selada pela circuncisão do

coração. Mas como veria o homem tal circuncisão? Daí a palavra de Paulo aos

Colossenses “Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos,

mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo

sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual fostes igualmente

ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que O ressuscitou dentre os

mortos.” (Colossenses 2.11, 12). O sangue de Jesus é a nova aliança conosco

representada pelo batismo.

O batismo nas águas, portanto, é a representação desta aliança. Por

isso, nós cremos que é o meio de entrar para o povo de Deus. Somente os que

são circuncidados de coração fazem parte da Igreja de Jesus Cristo. O batismo é

o ato de fé em Jesus, é como se apresentássemos o nosso coração para

circuncisão a Deus, mas como não podemos fazer, porque isso ocorre em nosso

espírito, então, entramos na água para a remissão de pecados. Na verdade, o

arrependimento ocorre num coração circuncidado do mundo. Este processo é

seme-lhante ao processo de conversão pela fé na crucificação de Jesus. Nós não

temos que morrer numa cruz para sermos salvos, ao invés disso, entramos n

água, ou seja, morremos e ressuscitamos com Cristo pelo batismo. É como se

tivéssemos morrido na cruz. A nossa fé na morte de Cristo é representada no

BATISMO NAS ÁGUAS

3

Page 5: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesbatismo. Se não há morte para o mundo, não há ressurreição para Cristo.

Da mesma forma como o povo de Deus, no Antigo Testamento, não

podia fazer parte da comunidade de Israel, se não fosse circuncidado, o povo de

Deus não pode fazer parte da Igreja, se não for batizado. A aliança de Deus com

o povo era selada pela circuncisão. A aliança de Deus com Sua Igreja é selada

pelo batismo. Por isso a bíblia diz: “Se creres e fores batizado.” Cortar o prepúcio

não era a fé, mas era a fé que levava à circuncisão. Batizar-se não é a fé, mas é a

fé que conduz ao batismo. Se não somos batizados, não somos membro do

Corpo de Cristo. A benção é para a Igreja, somente se formos membros da Igreja

é que seremos abençoados pela aliança com Ele. É por isso que ensinamos que

somente os que são batizados devem tomar a Ceia do Senhor. Temos que

discernir o Corpo, senão seremos culpados da morte de Cristo.

O batismo nas águas não salva. Pelo fato de estarmos salvos pela

circuncisão do coração é que somos batizados em nome do Pai, do Filho e do

Espírito Santo. Não há meio de fé e o batismo estarem separados. Se cremos,

somos batizados. Se cremos somos batizados no Corpo de Cristo, que é a Sua

Igreja. Nenhum crente deve deixar de ser batizado nas águas. Se não somos

batizados, não fazemos parte do Corpo de Cristo. Podemos até dizer que

cremos, porém o processo da santificação é interrompido. O batismo nas águas

é para remissão de pecados e remissão de pecados é o processo de libertação

pela lavagem da água. A Palavra de Deus agindo no homem. O primeiro passo de

fé é o batismo.

Diante disso, é importante que todos obedeçam a essa ordenança do

Senhor com relação ao batismo nas águas, pois ele é essencial para o

crescimento espiritual do crente. Vamos obedecer a Deus. Por isso é que

dissemos que esse passo de fé é fundamental para uma vida espiritual vitoriosa.

Ele abre o caminho para a libertação plena em Jesus Cristo. Não é possível a

vitória sem que haja circuncisão do coração. Se há circuncisão, então há batismo

nas águas.

2 – Complementando o entendimento sobre o batismo nas águas

O batismo nas águas possui significado oferecido por mais duas figuras

do antigo Testamento, que são:

O dilúvio (1 Pedro 3.19-21-A)

O mar vermelho (1 Coríntios 10.1, 2)

Essas duas figuras, também referem-se de modos diferentes à Aliança

Divina, ao seu cumprimento provisório num ato divino de julgamento e de graça

e ao cumprimento vindouro e definitivo do batismo na cruz. A ligação entre a

água e a morte e a redenção, é essencialmente apropriado no caso destas duas

BATISMO NAS ÁGUAS

4

Page 6: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesfiguras. O aspecto de Aliança é mais especificamente enfatizado na circuncisão,

conforme já foi descrito no item 1 deste estudo, no entanto quere-mos

acrescentar o seguinte:

Deus diz a Abrão: “Anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1)

A promessa: “Pai de nações” (Gênesis 17.4)

O Selo da Aliança : “Circuncisão” (Um sinal no corpo – Gênesis 17.10-13)

2.1 – Quando devemos ser batizados?

Aqui também existe muita polêmica, mas a Palavra de Deus é muito clara

neste ponto. É necessário que a pessoa tenha uma profunda consciência do seu

estado de pecado, e que sinta um arrependimento motivado pela ação do

Espírito Santo e que creia no nome poderoso do Senhor Jesus Cristo. Vejamos

alguns exemplos:

No mesmo dia (Atos 2.41; 8.36-38)

Quando crê (Atos 8.12, 37-38)

Na mesma hora (Atos 16.33)

A nossa confissão de fé em Jesus Cristo é o que nos qualifica para o

batismo. Os vícios serão vencidos pelo poder de Deus, através da ação do Espírito

Santo em nossas vidas. O crente em Jesus não deve ter vícios, porém os mesmos

não devem ser obstáculos para o batismo nas águas. O batismo abre caminho

para que o Espírito Santo liberte o crente do obstáculo dos vícios. Exemplo

bíblico: Simão o mágico (Atos 8:9-25)

2.2 – Em nome de quem deve ser feito o batismo?

O batismo deve ser realizado em cumprimento ao que diz a Palavra de

Deus, isto é, em nome da trindade Eterna: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas

as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” (Mateus

28.19)

2.3 – Outras considerações

O batismo nas águas simboliza o começo de uma nova vida; a morte do

velho homem e a ressurreição de um novo homem (Romanos 6.4, 5), em

identificação com a morte e a ressur-reição do Senhor Jesus.

O batismo nas águas é o primeiro ato público do crente, que resulta nos

seguintes benefícios:

Capacita-o a participar da Ceia do Senhor;

Liga-o ao Corpo de Cristo, A Sua Igreja (Gálatas 3.27-29; 1 Coríntios

12.12, 13);

Integra-o à Igreja como membro adorador, filho de Deus (Atos 2.41);

O batismo nas águas não salva, porém se faz necessário para

cumprirmos a ordenança do Senhor Jesus Cristo, para a libertação do nosso

crescimento espiritual em Cristo, para testemunho público da nossa fé. Qual é o

BATISMO NAS ÁGUAS

5

Page 7: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõestexto bíblico sobre salvação, sem que houvesse o batismo nas águas?

O ladrão na cruz (Lucas 23.43)

O Batismo realizado pela Igreja Batista Ágape é o por imersão,

conforme nos ensina a bíblia nas seguintes passagens: Mateus 3.16; Atos 8.38;

João 1.31; 3.23.

Por que imersão?

A palavra no grego é “batptisma”, que significa batismo. Esta palavra

vem da raiz grega “baptizo”, que traduzido é: cobrir com água, mergulhar,

submergir, isto é totalmente molhado. Logo, batismo deve ser por imersão e

deve cobrir toda a pessoa com água. Visto que o batismo é uma representação

visual espiritual daquilo que ocorre em nosso coração. Paulo, escrevendo aos

Colossenses, o batismo é o sepultamento e ressurreição em Cristo. Nada mais

claro é que o mergulho e a saída da água representem essa verdade espiritual.

Por isso, cremos que o batismo deve ser por imersão.

BATISMO NAS ÁGUAS

6

Page 8: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesTEMA: A CEIA DO SENHOR

OBJETIVO

Outro fundamento para uma vida vitoriosa é a Ceia do Senhor.

Quanto mais os crentes entenderem sobre a mesa do Senhor, mais

benefícios poderão extrair desta importante ordenança. Em muitos

lugares ela tem se tornado uma mera formalidade religiosa, uma

cerimônia sem sentido ou um culto memorial. Tem sido tirado da Ceia o

seu significado real para o povo de Deus. Vamos procurar restaurar o seu

significado e importância para a Igreja de nosso Senhor Jesus.

DESENVOLVIMENTO

A Ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Senhor Jesus e

também por seu exemplo, na noite anterior a sua morte. Cristo reuniu

seus discípulos para comer com eles a refeição da Páscoa (Mateus 26.26-

29; Marcos 15.22-25; Lucas 22.17-20).

Tendo em vista que a Ceia foi realizada na Páscoa judaica,

podemos presumir que o pão seria sem fermento. Jesus agradeceu –

eucaristheo, de onde vem à palavra “eucaristia” que significa refeição,

comunhão. O fato de a instituição da Ceia do Senhor estar ligada a

refeição da Páscoa, está evidente na expressão “depois de haver ceado”

(1 Coríntios 11.2) o jantar da Páscoa. É revelar também que, o significado

de Jesus ter escolhido esta refeição (a da Páscoa) para instituir A Sua Ceia,

nos traga a mente um paralelo real com a Páscoa judaica, quando os

judeus relembram a sua saída do Egito de servidão. A Páscoa cristã traz o

significado de libertação do pecado através da morte e ressurreição do

Cristo. Esse memorial é instituído também, com relação à Ceia, onde o

pão simboliza o corpo e o vinho o sangue de Jesus.

1 – Títulos desta ordenança

Os nomes dados à Ceia do Senhor na bíblia são variados. Ela é

chamada de Ceia do Senhor (1 Coríntios 11.20). Paulo assim a chamou

neste versículo das escrituras. O povo da Igreja primitiva se reunia para

cear juntos. Tudo indica que era uma refeição completa. No versículo 21,

Paulo menciona o fato de que alguns comiam antecipadamente a ceia

sem esperar pelos demais. Esta atitude privava os demais de comerem

ao ponto deles ficarem com fome. A ceia era assim chamada porque

reunia os irmãos em Cristo ao redor da mesa da comunhão. O termo “do

Senhor” era atribuído ao fato deles a comerem no templo junto com os

irmãos. Paulo os repreendeu quando estes não discerniram o propósito

BATISMO NAS ÁGUAS

7

Page 9: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesda ceia, desta forma: “Não tendes, porventura, casa onde comer e

beber”? Ou menosprezais a Igreja de Deus e envergonhais os que nada

têm? (1 Coríntios 11.22). O que caracterizava a Ceia do Senhor era a

comunhão, daí o nome; Ceia do Senhor. Este nome era dado àquela

refeição especifica onde todos e reuniam para comer, celebrando a

santidade e purificação dos santos em Cristo Jesus.

A Ceia também é chamada de “A Mesa do Senhor” (1 Coríntios

10.21). A reunião dos santos à mesa era uma reunião santa. Se

observarmos o verso anterior, verificaremos que Paulo a compara com

os sacrifícios do povo de Israel no antigo testamento. Aqueles que

participavam dos sacrifícios e comiam da carne sacrificada ao Senhor

participavam das bênçãos de Deus para o povo. A Ceia do Senhor é um

sacrifício espiritual oferecido a Deus, onde o cordeiro é Jesus Cristo e a

comunhão dos que comem de Sua carne, a união entre Deus e Sua Igreja.

A Ceia é santa para Deus, ela deve ser comida somente por aqueles que

participam do altar. A Mesa do Senhor é um atributo dado à ordenança

de se tomar a refeição em santidade de vida e comunhão com Deus e

com os irmãos que estão à mesa preparada para este fim.

A Ceia é ainda mencionada como a “Comunhão dos Santos” com

o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo (1 Coríntios 10.16). O pão que

partimos e o cálice que bebemos são mais que meros elementos; eles

representam algo espiritual muito forte e maravilhoso. O pão representa

o corpo de Jesus; representa a nossa comunhão no Corpo. Isto significa

que estamos com Cristo e com seu povo. O vinho é a comunhão com o

seu sangue. Sangue nos revela a aliança que Deus fez com Sua Igreja.

Estamos em aliança com Deus e com os irmãos. Comunhão é reunião dos

Santos à mesa do Senhor.

Existe um significado supremo na Ceia, ela é tão importante, que

Jesus revelou a Paulo os resultados da negligência a esta comunhão: “Eis

a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos os que

dormem.” (1 Coríntios 11.30). Não discernirmos a profundidade da

comunhão entre os irmãos que formam o Corpo vivo de Jesus Cristo, tem

sido a causa de muita fraqueza espiritual e morte na Igreja. O julgamento

que se manifesta na Igreja é o oposto da comunhão e amor fraternal.

Quando julgamos, estamos divididos. Esta é uma verdade que muitos

não querem admitir e, por isso, estão fraquejando na fé e sofrendo

males desnecessários. Diante deste quadro tão lastimoso da Igreja de

Jesus, não enxergamos mais que a vida é ordenada na comunhão da

Mesa do Senhor. O cordeiro é o que comemos representado pelo pão e

pelo vinho. Somente o corpo do cordeiro e a aliança do seu sangue

BATISMO NAS ÁGUAS

8

Page 10: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõespodem nos vivificar em espírito. Muitos crentes hoje não entendem esta

verdade e tomam a Ceia em julgamentos e desavenças com os irmãos. É

por esta razão que muitos estão sofrendo. A fé tem se esvaído dos seus

corações e não existe arrependimento nos corações, pois suas próprias

mentes estão cauterizadas para a verdade. Os significados dos nomes

dados à Ceia avançam o limite do natural; eles enfatizam verdades

espirituais e desobedecê-las, tem sido a causa de muitos sofrimentos

entre os crentes no Senhor Jesus.

A Ceia é chamada de seis maneiras diferentes no Novo

Testamento:

Ceia do Senhor - (1 Coríntios 11.20)

Mesa do Senhor - (1 Coríntios 10.21)

Partir do Pão – (Atos 2.42; 20.7)

Comunhão – (1 Coríntios 10.16)

Eucaristia “dar graças” – (1 Coríntios 11.24)

Festa do Amor – (2 Pedro 2.13; Judas 12)

2 – A Ceia foi instituída por Jesus Cristo

Todos sabem desta verdade. Será que todos participam desta

ordenança em devido temor a Deus? Estar presente ou não na Ceia,

significa algo importante na vida dos crentes hoje? Creio que esta

consciência tem sido enfraquecida pela indiferença às coisas de Deus. O

próprio Senhor Jesus instituiu a Ceia, na ocasião da celebração da páscoa

com os seus discípulos (Mateus 26.26-29). “Tomando Jesus o pão, o

partiu e disse: Isto é o meu corpo...” Jesus ali, instituía a Santa Ceia. Isto,

referindo-se ao partir do pão, era o seu corpo. Comer do pão é comer da

carne de Jesus. Sem recebermos a carne de Jesus, não podemos alcançar

a estatura dEle. Ele é o pão que veio do céu. Ele é o alimento que

precisamos para uma vida de santidade diante de Deus. Ao comermos o

pão, estamos recebendo uma intervenção divina em nossas mentes. O

Espírito Santo nos restaura a santidade da mente. Paulo em Romanos

12.2, revelou o seguinte: “mas transformai-vos pela renovação da vossa

mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita

vontade de Deus.” Todo crente em nosso Senhor Jesus Cristo,depende

deste discernimento da vontade de Deus, para uma vida vitoriosa. Este

discernimento depende de nosso culto racional a Deus, não nos

conformando com o mundo. Veja o que a Ceia do Senhor Jesus opera na

mente do crente: em 2 Pedro 1.4-11, o apóstolo nos revela que o poder

para a entrada para o reino e vitória constante em Jesus, está na

presença de algumas virtudes na vida de cada crente. Se estas coisas

estiverem em nós e em nós aumentando, não seremos infrutuosos no

BATISMO NAS ÁGUAS

9

Page 11: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõespleno conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, o conhecimento

ocorre em nossas mentes, por isso, a Ceia é em memória dEle. A

negligência ou ausência destas coisas em nossas vidas culminam em:

“...cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos pecados

de outrora.” (2 Pedro 1.9). O esquecimento também se processa na

mente. “Fazei isto em memória de mim”. Quando nossas mentes forem

unificadas pelo poder de Jesus, veremos unidade no Corpo. Estarmos

unidos no amor de Jesus é tomarmos a Ceia de modo digno. De outra

sorte, somos culpados do corpo e do sangue de nosso Redentor. Veja

como isto é sério! Estamos realmente, vivendo uma vida de amor e

unidade no Corpo, a Igreja do Senhor?

“Igualmente Ele tomou o cálice, dizendo: este cálice é a aliança

no meu sangue...”. A aliança sempre envolve sangue. Abraão teve que se

circuncidar para que pudesse firmar uma aliança com Deus. Todo o povo

macho teve que circuncidar-se para firmar aliança com Deus. Sangue é

essencial para firmar a aliança. Jesus disse que o cálice era a sua aliança

com a Sua Igreja, porém, quando o sangue era derramado de um animal

defeituoso ele trazia maldição para o povo. Da mesma forma, quando o

cálice é tomado com defeito, isto é, fora da unidade e comunhão

fraterna entre os participantes, ele traz disciplina e não benção como

gostaríamos. “porque se julgássemos a nós mesmos, não seríamos

julgados, mas quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para

não sermos condenados com o mundo”. (1 Coríntios 11.31 e 32). Todos

nós fomos alcançados por Deus, pela Sua graça infinita. Ninguém tem o

direito de julgar o outro em quaisquer circunstancias. Fazer isso nos

coloca em pecado e o sangue passa a ser de um sacrifício defeituoso e

não agrada a Deus. Jesus é o instituidor da Ceia. Ela revela o poder da

comunhão que o Espírito gera em nós. Não podemos participar dela de

qualquer forma, devemos participar esperando uns pelos outros. Isto

significa que devemos esperar a obra do Espírito Santo na vida dos

irmãos e nunca julgá-los. Por isso, Jesus revelou este mistério a Paulo em

sua revelação da Ceia.

Paulo recebeu a mensagem reveladora da Mesa do Senhor, que

foi entregue pelo próprio Jesus a ele (1 Coríntios 11.23). Paulo foi usado

para ensinar à Igreja que ela deveria comer a Ceia do Senhor. Esta mesa

onde são postos os elementos da Ceia é uma ordenança de Nosso

Senhor Jesus Cristo. Ela não pode ser negligenciada, por isso temos dito

que ela é um fundamento para a vitória do crente. Sem ela é impossível

ser abençoado com vida espiritual. Esta vida é fundamental para

prosseguirmos rumo ao nosso alvo supremo, a estatura de Nosso Senhor

BATISMO NAS ÁGUAS

10

Page 12: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesJesus.

Ao participar com os discípulos da Ceia, Jesus plantava a

semente da verdade para o Seu povo. Pelo seu sacrifício o homem

poderia receber remissão dos pecados. Pelo Seu corpo sacrificado no

madeiro Ele nos daria a plena salvação. A celebração da Ceia revela o

poder desta semente em nossas vidas, uma semente de vida que nos

leva a anunciar que Ele morreu para proporcionar o sangue que selaria a

aliança perpétua de Deus e Sua Igreja. Os próprios discípulos não

entendiam o verdadeiro significado disto, até que Paulo revelou à

Igreja. Nós somos privilegiados em Cristo por podermos participar

deste sacramento. Deus em Cristo continua Sua obra de plena remissão

de pecados a cada Ceia vivida pela Igreja. Ao anunciarmos a morte de

Jesus na cruz, o poder de convicção de perdão de pecados é liberado

para a Igreja, é por isso que temos a convicção de nossa salvação. 3 – Os símbolos e seus significados para a Igreja do Senhor

A Ceia do Senhor é representada por elementos simbólicos

importantes para a Igreja. Um estudo destes símbolos nos ajudará a

resgatar seu verdadeiro significado.

3.1 – A Mesa

(1 Coríntios 10.21; Lucas 22.30), A mesa é o lugar da comunhão.

Os momentos mais significativos na vida de uma família são

vividos associados às refeições. A mesa é lugar de benção. O Antigo

Testamento retrata bem o significado espiritual da mesa. Era de ouro

puro a mesa que ficava perante o Senhor no tabernáculo terreno. Os

pães eram enfileirados sobre a mesma como porção memorial, isto é,

uma lembrança diante de Deus, de que Ele estava em aliança com o

povo. Os pães eram um sacrifício agradável a Deus. Da mesma forma,

toda a Ceia é um memorial. O pão era posto sobre a mesa

representando o memorial de que Deus estava em aliança com Sua

Igreja. Às vezes pensamos que memorial se refere a lembrarmos do

sacrifício de Jesus; sim, de certa forma também, mas o sentido mais

profundo, é um memorial perante Deus, que o lembra de Seu concerto

firmado no sangue do Cordeiro. No céu ambos os elementos estão

presentes: O Pão vivo – Jesus Cristo – e o sangue no Santo dos santos.

Como eles não podem estar nas mesas de cada Igreja, eles são

representados pelo pão e vinho. No entanto, no céu Deus vê o Seu Filho,

o Pão da Vida, e o sangue da aliança. A mesa da Ceia é uma

representação física do que está no céu; assim como o batismo é uma

representação da morte e ressurreição em Cristo. A Ceia é um

memorial, ela lembra a Deus as Sua aliança conosco (Levítico 24.5-8).

BATISMO NAS ÁGUAS

11

Page 13: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesEla reflete o que Deus vê no céu diante de Seus olhos. Assentar-se à

mesa aqui na terra é como se estivéssemos nos assentando com Cristo

no céu. Por isso Ele disse: “E verdade vos digo que jamais beberei do

fruto da videira, até àquele dia em que hei de beber, novo, no Reino de

Deus.” (Marcos 14.25). Jesus sabia que subiria e se assentaria à direita

do Pai. Ele não participaria desta ordenança até que nós subíssemos

com Ele para o céu. Porém, devemos, enquanto vivermos na terra,

comer da Ceia como um memorial do que Ele nos falou e prometeu.

Deus se lembrará de Sua promessa e nos conduzirá para a Ceia celestial.

Ele se lembra de Sua aliança conosco. A Ceia é, portanto, uma

lembrança, um memorial vivo da aliança perpétua.

3.2 – O Pão

Representa o corpo partido por nós na cruz do calvário. No

corpo de Jesus estava o sangue da aliança. O sangue não contaminado

pela desobediência humana, sem pecado algum. Sem o corpo de Jesus

Cristo não haveria remissão de pecados (Mateus 26.26) “Isto é o meu

corpo”. Não é o pão que é o corpo, é o partir do pão que é o corpo. Muita

ênfase se dá aos elementos em si e não a obediência e consciência do

corpo de Cristo. Para que o sangue fosse derramado, era preciso partir o

pão. O Pão representa o corpo de Cristo, mas é o partir do pão que é o

importante. Nesta ação de tomar e comer é que se realiza a bênção. É a

obediência e submissão à ordenança que libera o poder do sangue de

Cristo. Sem partir o corpo não haveria sangue. De igual modo, senão

partimos o corpo e dele comermos, não haverá o poder do sangue em

nossas vidas espirituais. Ceia é mais do que um memorial para os

homens, é um memorial para Deus. É feita freqüentemente como uma

constante lembrança de nossa reunião com Ele, e não somente isso,

pois o pecado nos separa de Deus e dos irmãos, mas o poder do sangue

libera a unidade na Igreja.

3.3 – O Vinho

Representa o sangue da aliança. O sangue nos purifica do

pecado. O poder liberado pelo sangue é a comunhão com Cristo. A

expressão visível desta comunhão com os irmãos (1 Coríntios 10.16).

Este sangue foi o preço necessário para o nosso resgate do pecado. O

sangue oferecido na cruz resgatou a comunhão com Deus. Assim como

Deus selou aliança com Abraão pelo sangue derramado na circuncisão,

Ele firmou com Sua Igreja pelo sangue de Seu Filho derramado no

calvário. Não há mais necessidade de circuncisão da carne, porque o

sangue oferecido é o de Cristo Jesus. Ao tomarmos o vinho estamos

lembrando nossa aliança com Deus. O sangue que está diante do

BATISMO NAS ÁGUAS

12

Page 14: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesSenhor no Santo dos Santos no céu é representado pelo vinho na mesa

da Ceia.

Quando estudamos os sentidos verdadeiros de cada símbolo,

vemos o cuidado de Deus em nos lembrar de uma aliança firmada. Por

que é preciso isto? Por que Deus não nos lembra em nossa mente de

uma forma direta? É por estarmos com nossas mentes tão ofuscadas

pelo pecado. É necessário sermos purificados pelo sangue de Cristo.

Este poder de purificação da mente é liberado mediante a obediência

ao mandamento da Ceia. Não podemos diminuir o significado da Ceia.

Não devemos deixar que nossas mentes se esqueçam de que devemos

amar a Deus e serví-Lo em novidade de vida. Deus se lembra de Sua

aliança conosco ao mirar o Filho e o Seu sangue e nós somos lembrados

desta aliança pelos elementos sobre a Mesa do Senhor (1 João 5.7, 8).

4 – A Ceia do Senhor

Um memorial celebrado pela Igreja primitiva significando a

morte sacrifical de Cristo pelo pecado do homem. Memorial é algo que

lembra o que já foi feito. Esta observância foi estabelecida pelo Senhor

Jesus na ultima ceia, quando simbolicamente, Ele se ofereceu como o

Cordeiro da expiação. Sua morte no dia seguinte deu-se em

cumprimento ao que Deus havia profetizado. A Ceia, portanto, é um

memorial para que possamos receber a graça da comunhão.

A Ceia do Senhor versus Idolatria: Em seu ensino à Igreja em

Corinto, o apóstolo Paulo menciona a idolatria como a grande

responsável pelas más condutas dos homens. Vemos que quando é

mencionado que o povo se entregava aos prazeres da carne, eles antes

se assentavam para comer juntos. Esta era uma prática do povo que não

agravada o Senhor Deus: “Não vos façais, pois, idolatras, como alguns

deles; portanto está escrito: o povo assentou-se para comer e beber e

levantou-se para divertir.” (1 Coríntios 10.7). Tudo indica que o povo

daquela época se ajuntava para refeições conjuntas com o propósito de

se deliciarem nos prazeres das orgias. “E não pratiquemos imoralidade,

como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia vinte e três mil. Não

ponhamos o Senhor à prova...nem murmureis...Estas coisas lhes

sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa...”

(1 Coríntios 10.8-11). Note que a Ceia era um inicio de orgia neste

contexto. A idolatria é celebrada com comida e bebida, segundo o

apóstolo Paulo. A Palavra nos ensina que não devemos nos tornar

idólatras. Todas as vezes que uma refeição leva os participantes às

praticas carnais, ela é mesa de demônios. Existe uma advertência muito

forte por parte do apóstolo Paulo para que a Igreja fuja da idolatria (1

BATISMO NAS ÁGUAS

13

Page 15: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesCoríntios 10.14). A idolatria é serviço ao diabo, é comunhão com trevas.

O apóstolo Paulo deixou bem claro que o povo ao sacrificar alimentos

aos ídolos e participar dos banquetes oferecidos a ídolos, estava na

realidade sacrificando e cultuando a demônios (1 Coríntios 8.7-11). A

comida em si não representava o problema, era apenas um alimento

qualquer, mas eram as praticas pecaminosas que marcavam a idolatria.

A Ceia do Senhor era a ocasião em que os crentes se reuniam

para comer juntos. Eles se ajuntavam no templo para as refeições como

Jesus fizera com os seus discípulos. Da mesma forma como Jesus comeu

com os seus discípulos e ordenou-lhes que fizessem isso sempre, até

que Ele voltasse, os crentes começaram a se ajuntar no templo para a

Ceia. Porque esta Ceia era celebrada na casa do Senhor no primeiro dia

da semana (Atos 20.7), ela recebeu o nome de Ceia do Senhor.

O significado Espiritual da Ceia: ela não é um mero ritual. A Ceia

é uma ordenança divina para um propósito divino: “O senhorio de Cristo

na vida dos crentes”. Cristo é o Cordeiro Divino, Ele é o pão que desceu

do céu. Ele deu o Seu sangue que nos livra da idolatria. A Ceia é o

momento de comunhão com o Senhor.

Comunhão é intimidade com Deus: Se estivermos em

intimidade com Deus, com certeza estaremos em intimidade com os

irmãos. Ceia reflete o amor fraternal tanto quanto o amor ágape. Por

isso o apóstolo Paulo instruiu a Igreja com tanto amor e sinceridade

quanto ao não participar da Ceia na prática de certos padrões de

comportamento. Existem dois ensinos fundamentais que se tornam

básicos para que o crente não tome a Ceia indignamente.

1º) Isento de fornicação: Antes de o apóstolo Paulo entrar no

assunto da Ceia como uma revelação dada pelo próprio Senhor Jesus,

ele nos passa um ensino sobre hierarquia divina para a vida conjugal do

homem: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1

Coríntios 11.1). Jesus foi puro, isento de pecados e de promiscuidade.

Imitá-Lo significa viver dentro dos mesmos padrões de vida. A

hierarquia divina é: “...Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o

cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” (1 Coríntios 11.3). Ao

lermos os capítulos anteriores nós vemos que os idólatras praticavam a

poligamia. O sexo ilícito era praticado logo após as refeições. Deus não

aprova a poligamia, na Mesa do Senhor Jesus não há lugar para a

fornicação, o adultério ou qualquer participação na promiscuidade. Foi

isso que levou o povo de Israel à morte no deserto. O apóstolo Paulo

revelou aos Romanos, que Deus entregou os homens às praticas

inconvenientes, ou melhor, os entregou a Satanás, que levou o homem à

BATISMO NAS ÁGUAS

14

Page 16: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesprática da fornicação. Não podemos associar a Mesa do Senhor com tais

práticas. Os que comem a Ceia do Senhor nesta situação crucificam o

Filho de Deus. O casamento foi instituído para a santificação da Igreja.

Quem não for casado, deve se dedicar a oração e ao serviço a Deus. Se

não pode conter-se que se case.

2º) Isento de julgamento: Todo julgamento leva a divisão. O

apóstolo Paulo salientou isso na Igreja em Corinto: “Porque antes de

tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e

em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os

que são sinceros se manifestem entre vós. De sorte que, quando vos

ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor.” (1 Coríntios

11.18-20). As divisões são produtos dos julgamentos. As fofocas,

falatórios, reclamações e murmurações são frutos da raiz do julga-

mento. Quando participamos da Ceia do Senhor nestas condições, não

somos beneficiados pelo Senhor e sim corrigidos, para não sermos

condenados com o mundo (1 Coríntios 11.31, 32). O julgamento fere o

amor de Deus. Ele é contrário à edificação na Palavra, pois procede do

diabo. Por isso o apóstolo Paulo fala da idolatria antes de adentrar na

revelação da Ceia. A nossa associação com demônios é que nos leva ao

julgamento malicioso. Devemos ter muito cuidado com a língua para

não sermos condenados com o mundo.

Quando o crente participa da Ceia do Senhor, ele participa da

comunhão com o Senhor Jesus. O Espírito Santo ama e manifesta seu

amor pelos crentes. A Ceia do Senhor é a manifestação desta

comunhão. Aquele que se assenta à mesa em fornicação e divisão com

os irmãos se assemelha a Judas Iscariotes, que era avarento, amava o

dinheiro, era idólatra e Satanás entrou nele para trair Jesus, entregando-

o para ser crucificado. Ele não comungou no amor com os outros

discípulos, mas, deixou a comunhão de Jesus e dos demais e foi buscar

os que prenderam ao Senhor para a crucificação.

Amados irmãos no Senhor Jesus; cuidemo-nos para não

praticarmos as mesmas coisas que os nossos antepassados praticaram e

não agirmos como agiu Judas. O amor à fornicação e ao dinheiro com

certeza nos levará à traição e nos arrastará a duas coisas desastrosas:

2.1 - Afastamento dos santos

O pecado da prostituição nos leva para o mundo. Toda

fornicação deve ser tratada com a excomunhão (1 Coríntios 5.9 e 11;

6.9-20). Somos ensinados que os fornicadores devem ser postos de lado

na comunhão. Quem fornica não está em comunhão com o Senhor. A

Ceia é a reunião dos santos ao redor da Mesa do Senhor. Esta celebração

BATISMO NAS ÁGUAS

15

Page 17: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesdeve ser feita em santificação de vida. Quem se assenta à Mesa do

Senhor vive para Jesus e entrega-se a seu cônjuge ou vive isento do

mesmo. Deus não se agrada da fornicação e não aprova a prostituição.

Portanto, quem pratica estas coisas está em idolatria e não em

comunhão com o Senhor. Ao assentar-se à Mesa da Ceia não participa do

Corpo, ele crucifica o Filho novamente.

2.2 - Fraquezas, doenças e mortes

É isso mesmo que a Palavra diz: “eis a razão porque há entre vós

muitos fracos e doentes e não poucos os que dormem” (1 Coríntios

11.30). A Falta de amor e dedicação aos irmãos provoca: fraqueza,

doenças e morte. Não somos ensinados que todas as doenças, fraquezas

e morte sejam resultantes disso, mas somos ensinados que resultam

estas coisas, se julgarmos aos irmãos. Devemos viver em amor uns para

com os outros. Graças a Deus porque Ele nos manda auto-examinarmos,

isto significa que podemos ser perdoados por Ele. Deus não deseja a

nossa fraqueza, doença ou morte, mas sim, que vivamos por Ele, para

que, sejamos agraciados pelo poder do Seu Sangue. Ao nos auto-

examinarmos, somos confrontados com o pecado. A Palavra de Deus nos

ensina que, se pecarmos, temos um advogado que nos purificado do

pecado. Sempre devemos nos examinar para sermos perdoados por

Deus. Por isso diz o verso: “examine-se, pois, o homem a si mesmo, e,

assim como do pão, e beba do cálice.” (1 Coríntios 11.28). Se comermos a

Ceia em pecado, somos disciplinados pelo Senhor. Quando não nos

examinamos, nem sequer temos consciência do pecado. Estamos com a

mente cauterizada para o Espírito Santo, quando participamos da Ceia

sem esse cuidado, ficamos expostos ao pecado. Não devemos andar em

pecado. Quando estamos isentos destes pecados somos abençoados por

Deus e saímos melhores do que entramos. O importante é que, de uma

forma ou de outra, estejamos, sendo tratados por Deus: ou com Sua

benção ou com Sua disciplina. O fato é que somos perdoados por Ele

quando há uma reflexão profunda sobre como andamos no nosso

cotidiano.

A Ceia do Senhor é, portanto, o momento de nos confrontarmos

com a nossa realidade de vida. Quando nos assentamos à Mesa do

Senhor, devemos fazê-lo em consciência do Corpo. Nós somos o Corpo

de Cristo templos do Espírito Santo, não podemos prostituir o templo e

não devemos dividir o Corpo. Estas coisas são resultantes da idolatria.

Devemos buscar o perdão de Deus para as nossas vidas. A Ceia é a

comunhão do sangue e do corpo que se manifesta entre os irmãos em

amor fraterno e amor ágape. Aleluia!

BATISMO NAS ÁGUAS

16

Page 18: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesTema: Os dízimos e as ofertas alçadas

OBJETIVO

Conhecermos e entendermos à luz da Palavra de Deus a

ordenança do Senhor com relação à entrega dos dízimos e das ofertas,

bem como a ordem financeira estabelecida pelo Senhor no Velho e no

Novo Testamento.

INTRODUÇÃO

Todo membro da Igreja deve compreender o sistema financeiro

que o Senhor Deus estabeleceu para a Sua Igreja. Tornando-se membro

através do batismo nas águas, deve tornar-se um dizimista. O dízimo é o

meio pelo qual Deus é o dono, possuidor e doador de todas as coisas ao

homem, e os crentes em particular são os recebedores e, portanto

mordo-mos de tudo que possuem. Eles são responsáveis e devem

prestar contas de tudo a Deus.

DESENVOLVIMENTO

1 – Mordomia

É definida como a pratica sistemática e proporcional de dar o

tempo, habilidades e posses materiais baseado na convicção de que

estas coisas são dadas por Deus para serem usadas no Seu serviço e em

beneficio do Seu Reino.

Existem cinco áreas importantes da vida pelas quais todo o

crente é responsável e deve prestar contas diante do Senhor. Deus deseja

desenvolver este relacionamento de Senhor e mordomo entre Ele e o

Seu povo:

A vida – A que recebemos dEle;

O tempo – o que nos foi designado por Ele;

Os talentos – Os que nos foram dados por Ele;

As posses – as que nos foram confiadas;

As finanças – o que ganhamos pelas forças dadas por Ele.

Tudo isto nos é dado, Deus é o doador, o possuidor, o dono e o

galardoador. O homem é o que: recebe, é o mordomo, o responsável e o

que deve prestar contas de tudo. (ler Lucas 16.1-13).

2 – Advertências contra a avareza

Existem alguns fatos interessantes na Bíblia com referência a

dinheiro. E por que o dinheiro causa reações negativas nas pessoas? Em

BATISMO NAS ÁGUAS

17

Page 19: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotações1 Timóteo 6.10 a Palavra diz: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os

males.” Isto Poe levar o homem a destruição e perdição. Vejamos alguns

exemplos bíblicos:

Judas o filho da perdição, desejou o dinheiro e morreu. Ele não

viveu para gastar o dinheiro que ganhou por ter traído Jesus.

**O primeiro pecado na Igreja primitiva estava

relacionado a ofertas ao Senhor. O coração de Ananias foi tentado por

Satanás, a mentir sobre a quantia a ser oferecida à Igreja (Atos 5.1-10)

**Os evangelhos têm mais advertências sobre dinheiro e

seu uso indevido do que qualquer outro assunto.

**Um verso de cada quatro versos em Mateus Marcos e

Lucas trata de dinheiro.

**Um verso de cada seis versos no Novo Testamento

como um todo, lida com ou faz referencia a dinheiro de uma forma ou de

outra.

**Quase que metade das parábolas de Jesus fazem

referencia a dinheiro de uma forma ou de outra. Geralmente

advertências sobre a avareza.

** extraído do livro “A Igreja do Novo

Testamento” de Kevin Konner).

3 – A ordem financeira do Antigo Testamento

Dízimos e ofertas compreendem o único sistema financeiro que

Deus ordenou e abençoou para sustento de Sua obra, e mesmo assim,

muitos fracassam em observá-lo como sendo um principio divino para o

crente.

O padrão das finanças da Igreja, portanto é visto no Antigo

Testamento, especialmente exemplificado em Israel e estes princípios

básicos são transportados para o Novo Testamento e o sustento da Casa

de Deus é portanto viabilizado pelos dízimos e ofertas. (Ler Malaquias

3.6-12).

O dizimista Abraão

O primeiro registro de dizimo na Bíblia é o de Abraão (Genesis

14.18-20). Ele dizimou a Melquisedeque e recebeu vinho e pão. Notemos

algumas coisas interessantes ligadas a este registro:

Abraão é o pai de todos os que creem (Romanos 4.11)

Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, sacerdote do Deus todo

poderoso (o dízimo de tudo)

Abraão dizimou antes da existência da aliança da Lei. Logo o

dízimo não está ligado à Lei. O dízimo foi o resultado da fé e gratidão a

BATISMO NAS ÁGUAS

18

Page 20: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesDeus pela vitória sobre o inimigo.

Melquisedeque é o príncipe da justiça e paz (Hebreus 7.1-3)

Melquisedeque abençoou Abraão.

Portanto, o primeiro registro que temos de dízimo, é com

Abraão e Melquisedeque.

Os livros de Romanos e Hebreus revelam que os crentes são

sementes de Abraão, através de Jesus, e que estão debaixo do

sacerdócio conforme a “Ordem de Melquisedeque, como Reis e

Sacerdotes com Cristo Jesus”. O nosso Rei estabeleceu a Ceia do Senhor e

nela estão contido o pão e o vinho. Se comungarmos do pão e do vinho,

elementos dados a Abraão e os seus, também devemos comungar nos

dízimos e nas ofertas, pois, estamos ligados a um mesmo sacerdócio, o

de Melquisedeque em Jesus Cristo que vive eternamente.

O dízimo existia antes da Lei, ele não é da Lei. O seu sacerdócio

permanece para sempre. Podemos dizer que somos filhos de Abraão, e

que participamos da Ceia do Senhor, e fazemos parte de sacerdócio de

Jesus, e mesmo assim negligenciarmos na entrega dos dízimos e ofertas,

neste relacionamento de aliança?

O dizimista Jacó

O Senhor disse: “Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.” (Êxodo

3.6).

O próximo relato que temos sobre dízimo é o de Jacó. Este está

ligado a Betel (a casa de Deus). Vamos salientar alguns pontos (Genesis

28.10-22):

Jacó tem um sonho dado por Deus de uma escada que vinha do

céu a terra. Os anjos de Deus subiam e desciam por esta escada.

O Deus de Abraão confirma as promessas abraâmicas a Jacó.

Jacó unge a pedra de Betel, chamando-a de “Casa de Deus”.

Jacó faz um voto de dar o dízimo de tudo que recebesse de Deus.

Jesus interpreta esta escada como sendo ele mesmo, “O Filho do

Homem” (João 1.51).

Portanto, Jacó recebe uma visita de Deus (adoração) e

indiscutivelmente manteve o seu voto dos dízimos.

Notamos também que este voto foi feito antes da entrega da Lei.

A experiência de Jacó no encontro com Deus foi tão profunda e a

primeira atitude dele é lembrar-se do dízimo. Parece que o dízimo na

vida destes homens de Deus era de vital importância e expressava a

adoração de seus corações. Aqueles que recebem o Deus de Jacó, como

o Deus de Abraão, também devem manter os votos de entrega dos

dízimos e devolver ao Senhor o primeiro décimo de tudo o que Ele lhes

BATISMO NAS ÁGUAS

19

Page 21: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesder. Isto é feito em Betel, a Casa de Deus. Os anjos, como espíritos

ministradores, ministrarão aos herdeiros da salvação, assim como,

fizeram com Jacó (Hebreus 1.13, 14).

O dizimista Israel

A revelação mais completa sobre a ordem dos dízimos é

encontrada na nação de Israel. O dízimo aqui, ainda que não pertencesse

à Lei, foi confirmado na Lei, então, devemos lembrar que o mesmo não

foi originado na Lei. Dentro do sistema dos dízimos em Israel portanto,

vemos o seguinte:

O primeiro dízimo ou dízimo do Senhor: Levíticos 27.30-33;

Números 18.21; Neemias 10.37. As doze tribos de Israel dizimavam ao

Senhor e estes dízimos do povo eram entregues à tribo sacerdotal dos

Levitas. Números 18.24-32 precisa ser estudado com bastante cuidado

por uma razão especial: os Levitas não receberam terras por herança,

mas foram mantidos pelos dízimos do povo. Onze tribos dizimavam para

o sustento de uma, isto era chamado de o dízimo do Senhor (Levíticos

27.30-33). Eram designados para os levitas, os ministros da congregação

(Números 18.21-24). As pessoas em Israel não tinham controle neste

assunto. Eles não recebiam nada de volta, a não ser, os serviços

espirituais dos sacerdotes, que recebiam tais dízimos para seu sustento.

Na restauração do templo, depois da Babilônia, os dízimos foram

novamente restaurados e dados aos Levitas. Israel dizimava de todo o

aumento a cada ano (Deuteronômio 14.22). Se alguém usasse estes

dízimos para si mesmo, pagaria então 20% ou 1/5 de juros ao Senhor, por

ter usado Seu dinheiro (Levíticos 27.30, 31).

Os dízimos dos dízimos: Números 18.25-32. Não somente as

onze tribos dizimavam para os Levitas ou tribo sacerdotal, mas esta tribo

dos Levitas entregava em retorno os dízimos dos dízimos. Isto nos ensina

que os ministros eram ordenados a dizimarem tanto quanto o restante

do povo. Nesta ação vemos que os dízimos não são entregues para as

pessoas, e sim, ao Senhor. Como podem os ministros ensinar o povo a

dizimar, se eles mesmos não dizimam? Portanto, Arão e seus filhos

recebiam os dízimos e dizimavam. Nos tempos da restauração, depois da

Babilônia, os dízimos eram dados para os filhos de Arão também

(Neemias 10.38-39). Os dízimos eram colocados nas câmaras. O principio

é que o dízimo dos dízimos da Igreja local devem ser guardados para o

sustento da casa e compartilhado com ministros que ministram na Igreja

local e os visitantes (1 Coríntios 9.7-14; 1 Timóteo 5.17-19).

O segundo dízimo: (Deuteronômio 12.5-14 ; 14.22-26). Este

BATISMO NAS ÁGUAS

20

Page 22: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõessegundo dízimo era uma espécie de sistema orçamentário. Este dízimo

era para o individuo e sua família cobrirem as despesas das festas

nacionais, era entregue para o desenvolvimento espiritual do homem e

de sua família. O mesmo consistia do décimo de suas sementes no

campo, milho, vinho, óleo e rebanhos. Era para ser levado ao lugar

escolhido por Deus, para a casa dEle e não podia ser consumido em suas

próprias casas. O propósito deste dízimo era para que eles pudessem

participar das festas do Senhor, não de mãos vazias, mas aptos a se

regozijarem e cultuarem a Deus com os seus dízimos. Eles comiam

destes dízimos com muita alegria (Deuteronômio 12.7, 12, 18; 14.14-

26). Havia uma razão especial pela qual eles não podiam comer destes

dízimos em suas próprias casas: “Guarda e cumpre todas estas palavras

que hoje eu te ordeno, para que bem te suceda a tié e a teus filhos de pois

de ti, para sempre, quando fizeres o que é bom e reto aos olhos do

Senhor.” (Deuteronômio 12.28). Aqui vemos uma ligação entre o dízimo

e o bem estar da família. No verso seguinte; “Quando o Senhor eliminar

de diante de ti as nações...”, vemos também que o dízimo esta

relacionado a vitórias sobre os nossos inimigos.

Babilônia, os dízimos eram dados para os filhos de Arão também

(Neemias 10.38-39). Os dízimos eram colocados nas câmaras. O

principio é que o dízimo dos dízimos da Igreja local devem ser guardados

para o sustento da casa e compartilhado com ministros que ministram

na Igreja local e os visitantes (1 Coríntios 9.7-14; 1 Timóteo 5.17-19).

O terceiro dízimo: (Deuteronômio 14.28, 29; 26.12-14). A cada

três anos um décimo da prosperidade de cada individuo durante aquele

período deveria ser entregue para o levita, o estrangeiro, os órfãos e as

viúvas. Tudo era armazenado e ao final de três anos eram trazidos e

distribuídos com os mencionados acima. Eram “santificados” porque

haviam sido designados para este propósito (Deuteronômio 26.13). A

razão para estes dízimos era que os necessitados não fossem

esquecidos. O Senhor, por sua vez, abençoava esta obediência

(Deuteronômio 14.29).

Isto era um tipo de fundo de reserva para o alivio dos

necessitados. Colocados à parte para serem distribuídos com os que

estavam sem trabalho, doentes, viúvas, órfãos, etc. Nos tempos de hoje,

tal procedimento muito ajudaria aos necessitados de nossa igreja Esta

prática também era vivida pelos cristãos do Novo Testamento (1

Timóteo 5.10; Atos 11.29; 2 Coríntios 9; Romanos 15.26).

O dizimo do governo: (1 Samuel 8.10-22). Quando Israel

escolheu um rei para si, eles adicionaram outro dízimo-imposto para a

BATISMO NAS ÁGUAS

21

Page 23: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesmanutenção do reino e sustento do mesmo (2 Reis 23.35). O imposto era

determinado pelo rei. Este dízimo-imposto era cobrado além dos

demais, pois eles haviam escolhido ter um rei sobre eles.

As ofertas: Os israelitas não somente dizimavam, mas também,

entregavam suas ofertas. O segredo desta liberalidade era devido à

“benção do Senhor”. De acordo com a bíblia a pessoa que não entrega o

dízimo está roubando o Senhor, pois o mesmo não é da pessoa para retê-

lo, ele é do Senhor. Se a pessoa entrega o dízimo e não dá ofertas, na

realidade ela não está dando nada para Deus, pois o dízimo já é dEle. As

ofertas são dádivas voluntárias que expressam nosso amor por Ele.

Ofertas vão além do dever, elas são fruta da nossa adoração e amor por

Ele. Os dízimos também são expressões desta adoração e amor, mas já

pertencem a Deus por estatuto.

Poderíamos dividir as dádivas de Israel em sete grupos, como

seguem:

Oferta queimadas (Levítico 1.1-3). Ofertas de sacrifício por si

mesmo.

Ofertas de sacrifício (2 Samuel 24.24; Lucas 2.24; 17.16; 1 Pedro

2.5-9; Romanos 12.1, 2; Hebreus 13.13-16)

Oferta de manjares (Números 18.8-29) dízimo dos dízimos

Oferta de votos: promessas condicionais (Deuteronômio 12.6,

11; 1 Samuel 1.11; Salmo 22.25)

Ofertas de dádivas (Levítico 23.38)

Oferta das primícias (Êxodo 34.22, 26; Números 10.37;

Provérbios 3. 9, 10)

Ofertas voluntárias (Levítico 23.38; Êxodo 36.1-7;

Deuteronômio 16.10; 1 Crônicas 29.9-19)

Obs.: É interessante notarmos que os dízimos não eram usados

para a construção de templos físicos. O tabernáculo de Moisés e o

templo de Salomão foram construídos com ofertas voluntárias trazidas

pelo povo.

O sustento ministerial no Antigo Testamento

Nós já respondemos a pergunta referente ao que acontecia com

os dízimos no Antigo Testamento: quem os recebia? Isto já foi discutido e

resumimos o assunto assim:

Melquisedeque, o Rei sacerdote recebeu de Abraão

(Genesis 14.18-20). Cristo é o nosso Melquisedeque, portanto os

dízimos devem ser entregues a Ele (João 8.52-59; Hebreus 6.20; 7.1-28).

Abraão foi abençoado por Melquisedeque porque dizimou.

A tribo de Levi recebia dízimos das demais tribos e ministravam

BATISMO NAS ÁGUAS

22

Page 24: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesperante eles em suas funções ministeriais no tabernáculo e ao povo. As

doze tribos foram instruídas a não se esquecerem dos levitas (Números

18.25-32; Neemias 10.28, 39).

A tribo de Levi entregava os dízimos ao sacerdócio de Arão, ou a

casa do sumo sacerdote (Números 18.20-24; Hebreus 7.5)

Portanto os dízimos eram estritamente para o sustento

ministerial. Este era o principio de Deus no Antigo Testamento, dentro

das alianças com Abraão e Moisés. Poderia ser diferente na Nova

Aliança? A resposta é não, pois a Nova Aliança é o cumprimento da

aliança com Abraão e foi tipificada pela Aliança Mosaica. O ministério da

Nova Aliança é sustentado nos mesmos moldes que no Antigo. Os levitas

recebiam os dízimos de seus irmãos. Eles eram consagrados para o

serviço do templo para ministrarem às 11 tribos (Números 1.2, 3;

Deuteronômio 18. 1-8; 2 Crônicas 15.3), eles ensinavam a lei do Senhor

(Deuteronômio 33.8-10; Números 10.37; 12.44; 13.5-14). Eles também

recebiam casas para que pudessem morar. Estas casas não eram

vendidas ou alugadas, mas sim, dadas a eles (Números 35.1-8).

Este era o sustento dos levitas, Deus tornou essa nação em uma

nação de sacerdotes e dentre eles escolhe a tribo de Levi para ser a tribo

sacerdotal (Êxodo 19.1-6; 40.13-15). Hoje, todos os crentes são

sacerdotes (1 Pedro 2.5) mas, Deus escolhe alguns para serem ministros

do corpo sacerdotal, a igreja é quem os sustentam financeiramente.

Deus separou tais ministros para ministrarem diante do povo (Efésios

4.11-16). Estes homens são presentes de Deus para equipar a Sua Igreja.

Eles estão na casa de Deus para ministrarem diante do Senhor em favor

daqueles que Deus salva através de Jesus Cristo. Eles não devem estar

ocupados com outra coisa, senão na comunhão com o Pai e servindo a

Ele na preparação do Corpo para o ministério diante de Deus. O sustento

destes ministros deve vir dos dízimos do Senhor. Suas mentes estão a

serviço de Deus para o bem de Seu povo, logo, devem comer do que é

trazido para a casa de Deus.

A Casa do Tesouro

Algumas pessoas pensam que, porque entregam o dizimo do

Senhor, podem escolher o destino deste dinheiro. Um certo pastor, que

não estava pastoreando uma igreja própria, percorria alguns negócios de

homens crentes, coletando os dízimos para o seu próprio sustento. Ele

alegava que os dízimos eram do Senhor, e por isso deviam ser entregues

aos servos de Deus. Portanto, estes homens sem entenderem a

instrução de os levarem para a casa do tesouro, fielmente os davam ao

pastor. Os negócios destes homens, mesmo que estivessem entregando

BATISMO NAS ÁGUAS

23

Page 25: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesos dízimos, não prosperavam. Quando eles procuraram o pastor da igreja

a qual congregavam e lhes deixaram ciente do que estava acontecendo,

foram instruídos a levarem os seus dízimos à casa do tesouro, então, seus

negócios começaram a prosperar. Isto é coincidência? Claro que não. O

Senhor através de Malaquias instruiu o povo de Israel que trouxessem os

dízimos para a “Casa do tesouro” (Malaquias 3.8-10). O que e onde é a

Casa do Tesouro? Onde se originou isto? Certamente não teve sua

origem no monte Sinai. Os dízimos já eram trazidos para o tabernáculo e

ao sacerdócio antes disso.

Os dízimos eram trazidos para o lugar que o Senhor Deus

escolheu. Quando o Senhor separou o Seu povo, os instruiu como

deveriam proceder com os dízimos (Deuteronômio 12.4-6).

Deus ordenou a Israel que trouxesse os seus dízimos e ofertas para o

lugar onde o Seu nome seria posto. Este lugar era o tabernáculo do

Senhor, onde a presença de Deus estava. Os dízimos eram para serem

levados para o lugar desta presença. Hoje, o tabernáculo e templo de

Deus está em Jesus Cristo, é nEle que o nome de Deus está posto. Nós

levamos e entregamos o dízimo para Ele (João 1.14-18; 2.20, 21). No

entanto agora, a Igreja é o templo do Senhor, por isso devemos entregar

os nossos dízimos e ofertas para a igreja onde o Seu nome reside (Mateus

18.18-20; 1 Coríntios 3.16).

A Casa do Tesouro teve sua origem com o rei Ezequias. Esta casa

era a “Casa do Senhor” (2 Crônicas 31). Durante o reinado de Ezequias

houve um avivamento em Israel, e a restauração do entregar os dízimos e

ofertas para o ministério. Note como isso foi feito para que os mesmos

fossem distribuídos com o ministério em todo lugar e não apenas com

aqueles que ministravam no templo:

Os próprios levitas tinham que ministrar e distribuir os dízimos (2

Crônicas 31.12-20). Os que traziam os dízimos não opinavam sobre o que

se deveria fazer com os mesmos, ou como eles deveriam ser distribuídos.

Os dízimos não eram racionados ou distribuídos em

porcentagens. Todos recebiam abundantemente do que era trazido ao

templo. O templo era usado como um armazém dos dízimos e dali eram

distribuídos.

O propósito disto era que os levitas tivessem seu sustento e

ministrassem a lei do Senhor para o povo (2 Crônicas 31. 2-4).

O propósito disto era que os levitas tivessem seu sustento e

ministrassem a lei do Senhor para o povo (2 Crônicas 31. 2-4). Isto provia

“o mantimento, alimento na minha casa” (Malaquias 3.8-10). Os dízimos

eram para serem usados e não guardados em um cofre ou conta especial,

BATISMO NAS ÁGUAS

24

Page 26: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõese sim para o usufruto dos ministros.

Portanto, o templo ou a Casa de Deus, onde os sacerdotes e

levitas ministravam a Palavra de Deus, era a casa do tesouro, para onde o

povo trazia os seus dízimos e ofertas. O mesmo principio é transportado

e cumprido no Novo Testamento, ao trazermos os dízimos e ofertas ao

lugar, onde somos espiritualmente alimentados, afim de que os

ministros possam estudar a Palavra de Deus e consequentemente possa

alimentar o rebanho do Senhor.

Benção ou maldição? (Malaquias 3.8-10).

É aqui que os crentes falham no entendimento dos dízimos e

ofertas. Eles creem que o entregar o dízimo é uma questão de

interpretação. A benção ou a maldição automaticamente segue os

dízimos e as ofertas do Senhor. É o que Deus diz que conta, não as nossas

opiniões ou interpretações dos mesmos. Aqueles que afirmam não ter

condições de dar o dízimo são os que deveriam deixar de entregá-lo. Se o

homem não tem condições de entregar ou pagar o seu imposto de renda,

ele o faz assim mesmo, porque sabe que será penalizado com um débito

ainda maior. O principio é o mesmo. A ação de dar o dízimo e suas

consequências está revelada na Sua Palavra. Deus pode fazer com que R$

9,00 (nove reais) vá mais longe do que os R$ 10,00 (dez reais) se nós não o

roubarmos. Ele promete repreender o devorador segundo a nossa

obediência. Caso não O obedeçamos, o devorador irá consumir os nossos

bens.

Nos tempos de Ageu o povo colocava dinheiro em “sacos

furados” (Ageu 1). A Palavra nos diz: “daí, e dar-se-vos-à, boa medida,

recalcada, sacudida e transbordante, generosamente vos darão; porque

com a medida que tiveres medido, vos medirão também” (Lucas 6.38).

Isto é um principio divino. A maldição não vem sem causa (Provérbios

26.2). Muitas vezes, essa causa, é a falta da entrega dos dízimos do

Senhor, o pecado de roubar a Deus.O Senhor diz que Ele não muda

(Malaquias 3.6). Alguns tentam mudar Deus dizendo que os dízimos não

são para hoje, mas, como já mencionado: “O Senhor não muda.” Isto nos

é revelado pelas escrituras. Cristo Jesus possui um sacerdócio eterno e:

“é o mesmo ontem, hoje e eternamente”. (Hebreus 13.8). Israel foi

acusado de ter roubado Deus nos dízimos e nas ofertas alçadas. A Palavra

de Deus diz que nenhum

ladrão pode herdar o Reino de Deus (1 Coríntios 6.10).

A ignorância não foi desculpa para Israel. Eles perguntaram em

seus corações: Em que te roubamos? Na realidade queriam uma

desculpa através da ignorância.

BATISMO NAS ÁGUAS

25

Page 27: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesToda a nação de Israel foi amaldiçoada; a causa foi não trazer os

dízimos à casa do tesouro.

Estas bênçãos deveriam vir sobre a terra de onde eles tiravam o

seu sustento. O devorador não teria poder sobre as mesmas quando eles

dizimassem a Deus.

1 – A ordem financeira no Novo Testamento

Os crentes da igreja primitiva eram convertidos ao judaísmo e já

conheciam os princípios sobre os dízimos e as ofertas. Portanto, não

havia necessidade de instruí-los novamente. O principio dos dízimos e

ofertas não foram pregados na cruz, eles continuaram fazendo como era

do seu conhecimento através da confirmação mosaica na estruturação

financeira de Israel e que deveria ser obedecida por todos. Os dízimos e

ofertas vieram antes da lei mosaica, mas foram aprimorados e

organizados nela. A aliança dentro da qual os dízimos e ofertas foram

estabelecidos continua através da aliança abraâmica sob o sacerdócio

eterno de Cristo, a semente de Abraão.

O Senhor profetizou desta Nova Aliança em Jeremias 31.31; 2

Coríntios 3.3-14; Hebreus 8.2. Agora, se o dizimo tivesse se originado sob

a Antiga Aliança, e esta aliança foi abolida, cancelada, então poderíamos

dizer que os mesmos foram abolidos. Mas o dizimo se originou com

Abrão e do único sacerdócio que ele conhecia, o de Melquisedeque.

Nós os crentes no Senhor, estamos sob a Nova Aliança, e

sacerdócio de Melquisedeque, e somos a semente de Abraão através de

Cristo. Portanto o dizimo continua na comunidade da Nova Aliança.

Existem os que dizem que o dizimo e ofertas não são ensinados

no Novo Testamento. Pelos motivos já expostos isto é verdade, porém,

eles não são condenados ou cortados, pelo contrário, eles são ratificados

em muitas passagens do Novo Testamento como sendo de suma

importância para Deus e o sustento de Sua Obra.

Jesus ensinou que devemos dar dízimos:

Jesus exaltou os fariseus por todos os dízimos trazidos, mas

condenou pela negligência e omissão nos assuntos de igual importância:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã,

do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais

importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer

estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23.23). Os fariseus pagavam o

dizimo de tudo, eles não foram condenados por isso, mas por suas

posturas hipócritas.

O Senhor nos ensina que a nossa justiça deve exceder em muito

BATISMO NAS ÁGUAS

26

Page 28: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesa justiça dos fariseus. (Mateus 5.20). Isto é, também deve exceder no que

diz respeito aos dízimos e ofertas ao Senhor. (Lucas 18.12).

Jesus também ensinou que devemos dar a César o que é de

Cesar e a Deus o que é de Deus. O que é de Deus? O assunto se referia a

dinheiro. A pergunta feita a ele tinha a ver com os impostos. O que ele

respondeu? “Dê a Cesar o seu imposto e a Deus o Seu dízimo.” O dízimo é

de Deus e o imposto de Cesar. (Lucas 20.25).

Nunca esteve no pensamento de Jesus ensinar a eliminação dos

dízimos e ofertas. O que Ele fez foi corrigir os corações daqueles que os

entregavam. Deus sempre se agradou no dar e deseja que os seus filhos

sejam como Ele – fiéis no dar.

Jesus ensinou o dar:

Jesus nos ensinou que deveríamos ajuntar tesouros no céu

(Mateus 6.19, 20), este ensino também se refere a dinheiro. Não

devemos acumular riquezas nesta terra. Jesus elogiou a viúva por ter

dado tudo o que tinha (Lucas 21.1-4). Que episódio foi este? “Estanto

Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gasofilácio” (Lucas

21.1). Os ricos tinham muito e nunca sentiram salta do que haviam dado,

a viúva deu tudo o que tinha e não ficou com nada. Jesus viu a atitude

daquela mulher quando entregava a sua oferta e a elogiou. Esta atitude

de Jesus demonstra que Deus se agrada de nossas ofertas e dízimos.

Por estas e outras razões podemos ver que Jesus nunca esteve

contrário aos dízimos e ofertas. Ele apenas corrigiu alguns erros

cometidos na entrega dos mesmos. Dizem as escrituras sagradas: “De

maneira que a lei nos serviu de aio (instrutor) para nos conduzir a Cristo,

a fim de que fossemos justificados pela fé” (Gálatas 3.24). Se a lei nos

conduziu até Cristo, e Cristo aprova os dízimos e ofertas, logo entregar os

dízimos é algo que procede do coração para Deus e não obrigação da lei

imposta sobre nós.

A carta aos Hebreus nos ensina sobre os dízimos:

Os dízimos são novamente confirmados na epistola aos

Hebreus. No capítulo sete, há a questão dos dízimos novamente. Ele é

mencionado em conexão com Abraão, Melquisedeque, os levitas que

recebiam e entregavam os dízimos, e então ao fato de que Cristo vive no

poder de vida eterna e recebe os nossos dízimos. Verificamos que os

capítulos seis e sete lidam a respeito da aliança com Abraão. Os dízimos

não podem estar separados das relações de alianças.

Ele é encontrado em Abraão, depois com Moisés e estende-se

até a Nova Aliança e seu respectivo sacerdócio.

O autor da carta aos Hebreus enfatiza que o sacerdócio de

BATISMO NAS ÁGUAS

27

Page 29: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesMelquisedeque é eterno e deve ser sustentado pelos filhos de Abraão

(Hebreus 6.20; 7.1-11, 17, 21). Ao sacerdócio levítico (que estava sob a

lei) foi ordenado que recebessem os dízimos de seus irmãos, mesmo

daqueles que tivessem descendido de Abraão (Hebreus 7.5). Se nós

descendemos de Abraão como eles (Romanos 4.16), então estamos sob

a mesma obrigação que eles, o de entregar os dízimos. Como sabemos,

Melquisedeque recebeu os dízimos de Abraão (Gênesis 14.18-20), se

Abraão voluntariamente lhe entregou os dízimos, então sua semente

natural e espiritual deveria continuar entregando os dízimos dentro

deste sacerdócio que tomou o lugar do sacerdócio de Arão (Hebreus 7.9-

12).

Deus porventura não requereria os dízimos deste sacerdócio de

Cristo, como fez no sacerdócio de Melquisedeque? Estamos sob a

dispensação da Graça, e isto não nos isenta da responsabilidade de

sustentarmos a casa de Deus, pelo contrário, a aumenta! Em Cristo Jesus

nós participamos da comunhão do pão e do vinho em memória do seu

trabalho redentor. Logo, iremos eternamente entregar a Ele o dízimo de

tudo o que Ele mesmo nos tem dado. Abraão é o nosso pai na fé e nós

seguimos os seus passos de fé e obediência no dizimar ao Senhor.

O apóstolo Paulo ensinou sobre o dízimo:

O apóstolo Paulo também confirmou o principio do dízimo em 1

Coríntios 9.1-14. Ele nos mostra que até os que estavam sob a Antiga

Aliança, aqueles que ministravam no altar, eram sustentados pelas

coisas do altar. Ele usa a lei para estabelecer que os ministros deveriam

também como os levitas, viverem do evangelho que eles ministram. Ele

apoia inteiramente o fato de que os levitas eram sustentados pelos

dízimos dos israelitas que traziam seus dízimos e ofertas ao altar e diz

que o princípio do Antigo Testamento deveria ser aplicado à Igreja do

Novo Testamento também. Ele refere-se às ofertas dos Filipenses que

eram como um aroma suave e agradável a Deus (Filipenses 4.10-19).

Com referencia à coleta para os santos, ele ensina que as

mesmas deveriam ser recolhidas no primeiro dia da semana (1 Coríntios

16.1-4). Isto pode ter sido uma alusão ao terceiro dízimo para os mais

necessitados. O apóstolo Paulo ensinou que os mesmos fossem

entregues semanalmente, sistematicamente, proporcionalmente, com

alegria.

Em 2 Coríntios 8.9, encontramos o mais notório ensino do

apóstolo Paulo sobre a questão do dar.A Igreja da Macedônia, que no

meio de muita prova de tribulação e pobreza, foram fiéis na entrega dos

seus dízimos e ofertas ao Senhor. Porque na medida de suas posses e

BATISMO NAS ÁGUAS

28

Page 30: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesmesmo acima delas, se mostraram voluntários no dar. E não somente o

fizeram como os apóstolos esperavam, mas deram-se a eles mesmos,

primeiro ao Senhor, depois aos apóstolos, pela vontade de Deus (2

Coríntios 8.5).

O sustento ministerial no Novo Testamento:

Alguns acreditam que os ministros deveriam trabalhar em

outros empregos como qualquer outra pessoa e não deveriam ser

sustentados pela Igreja, ou melhor, pelos dízimos e ofertas. O Novo

Testamento sustenta o fato de que, se possível, o ministério dever ser

sustentado para que o mesmo ministre o evangelho sem nenhuma carga

financeira sobre si.

Todas as coisas escritas no Antigo Testamento foram escritas

como sombra e modelos para o Novo Testamento. Foram registradas

para a nossa admoestação e ensino (Romanos 15.4). Como sacerdotes e

reis do Antigo Testamento foram sustentados pelos dízimos e ofertas do

povo, isto é sombra dos princípios do Novo Testamento em relação ao

seu ministério. Este sustento não foi anulado ou pregado na cruz

(Colossenses 2.14-17), além disto temos os seguintes ensinamentos:

1.Jesus disse aos doze discípulos que deveriam confiar em Deus

para o sustento deles (Mateus 10.7-14; Lucas 9.1-6; Lucas

22.35).

2.Devem ser considerados merecedores de dobrados salários os

presbíteros que presidem bem. O trabalhador é digno de

seu salário (1 Timóteo 5.17-19). De onde vem esse salários?

Dos dízimos do Senhor.

3.“Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi

que trilha o grão. Porventura te Deus cuidado dos bois? Ou

não diz certamente por nós?...” (1 Coríntios 9.9, 10). O

principio da Lei é honra dobrada. O ensino novamente é que

os ministros devem ser sustentados pela Igreja. Como?

Pelos dízimos e ofertas.

4.“Se nós vos semeamos coisas espirituais, será muito

recolhermos de vós bens materiais?” (1 Coríntios 9.11). A

que está se referindo o apóstolo Paulo? Ao sustento

financeiro entregue pelos irmãos da Igreja, ou seja, dízimos

e ofertas.

5.“Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do

próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos

“ que pregam o evangelho que vivam do evangelho; (1

BATISMO NAS ÁGUAS

29

Page 31: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesCoríntios 9.13, 14). Como viverão estes ministros? Dos

dízimos e ofertas trazidas à casa do tesouro.

Existem outros exemplos de sustento ministerial no Novo

Testamento que atestam a veracidade e necessidade dos dízimos e

ofertas (1 Coríntios 4.2; 2 Coríntios 11.9; Filipenses 4.15-19). Todos esses

ensinamentos nos revelam a verdade dos dízimos do Senhor.

Concluímos, portanto, dizendo o seguinte: Se nós, quando fazemos

parte de um clube social qualquer, somos fiéis no pagamento das

mensalidades, por que não entendemos que a casa de Deus é

sustentada pela contribuição de todos? O dízimo do Senhor não é uma

opção, mas sim, uma obrigação de todos. Se Deus realmente habita em

nosso espírito, então haverá fé para entregarmos os dízimos. Deus nos

escolheu para Ele mesmo. Ele que instituiu o sistema financeiro para o

seu povo. Todos devem obediência a Ele. Os dízimos fazem parte de

nossa responsabilidade para com Deus. Não entregá-lo é roubo, falta de

fé em Deus e abre o caminho para o devorador. Através de nossa

fidelidade para com os dízimos é que Deus repreende o devorador.

É tempo de darmos ouvidos aos ensinamentos bíblicos, Deus

deseja que sejamos abençoados. Todas as primícias pertencem a Ele.

BATISMO NAS ÁGUAS

30

Page 32: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesTema: Membresia

OBJETIVO

Toda pessoa que recebe verdadeiramente ao Senhor Jesus Cristo

como Senhor e Salvador, tem o novo nascimento e é batizado. Daí em

diante o que acontece? É isso que veremos nessa aula.

INTRODUÇÃO

Como é importante para a vida pessoal de cada um de nós,

pertencemos à membresia da igreja e, conseqüentemente ao Corpo de

Cristo como nos é ensinado pela Palavra de Deus. Essa lição é para nos

preparar para conquistar grandes vitórias em todas as áreas da nossa

vida.

DESENVOLVIMENTO

1-Membresia

A membresia se limita aos que se dispõem a viverem uma vida de

responsabilidades conforme os itens anteriormente ensinados nessa

disciplina e também se propõem a cooperar e estar em plena comunhão

com os princípios e visão da igreja. O ingresso de um membro na igreja

local está sujeito à aceitação do mesmo por: batismo, transferência,

aclamação e reconciliação.

Todo comportamento contrário à Palavra de Deus deve ser

corrigido. A disciplina deve seguir o seu curso bíblico e procurar a

restauração do crente. Resistência ou rebeldia pode acarretar em

desligamento do rol de membros da igreja. Caso seja necessário, o

membro pode ser suspenso de suas funções na liderança até que sua

vida cristã seja restaurada diante do Senhor.

Somente os membros batizados e devidamente registrados

como membros da igreja podem votar nas assembleias da igreja.

2-Eu, você e a Igreja

Chegamos agora ao final desta parte doutrinária. Eu e você

fomos chamados para fazer parte da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Concluímos, portanto, que existe um propósito divino para a Igreja e

assim resumimos:

a) Ministrar ao Senhor. O propósito supremo para a Igreja é o de

glorificar e cultuar a Deus. Todas as coisas foram criadas por

Deus para o Seu prazer. (Apocalipse 4.11).

BATISMO NAS ÁGUAS

31

Page 33: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesb)Ministrar aos santos. O segundo propósito para a Igreja é

ministrar e edificar uns aos outros. Este é o ministério do

Corpo que se edifica e cresce em amor (Efésios 4.9-16; 1

Coríntios 12).

c)Ministrar aos não salvos. O terceiro propósito para a Igreja é

ministrar aos não salvos. Quanto melhor o nosso ministério

a Deus, melhor será para os santos e melhor será para

alcançar os nãos salvos. (Marcos 16.15)

d)Ministrar a vitória sobre Satanás. O quarto propósito para a

Igreja é o domínio completo sobre as forças do mal e subjugá-las ao

Senhorio de Cristo Jesus. (Mateus 16.18, 19; Efésios 3.10-12)

Para isso existimos como Igreja do Senhor Jesus Cristo:

· Para ministrarmos a Deus em culto, devemos fazê-lo em

harmonia, unidade, pelo vinculo do amor.

· Para ministrar aos santos devemos levar uma vida de santidade

e comunhão com Deus em Sua Palavra.

· Na pregação do evangelho, devemos fazê-lo em verdade de

vida.

· E para conquistarmos os principados e potestades, devemos

fazê-lo em total obediência.

Nós existimos para viver a Palavra, para amar os irmãos,

compreendê-los sendo pacientes e vivermos em paz e harmonia com

todos os que estão na Igreja.

3-As responsabilidades dos membros

·Batismo nas águas: Todo crente, para ingressar na Igreja do

Senhor, deve ser batizado nas águas. Este batismo é o

testemunho vivo de Cristo operando salvação na vida do mesmo.

É a entrada de todas as pessoas na Igreja após serem salvas pelo

grande amor de Deus. (Marcos 16.16; Atos 2.38; Romanos 6.3, 4;

Gálatas 3.27).

·Vida intima com Deus: Os nossos relacionamentos na Igreja

dependem de nossa vida intima com Deus. Toda pessoa membro

da Igreja deve se conscientizar que da maneira como ela vive

fora da Igreja afeta diretamente a comunhão do Corpo. A vida de

oração devocional é fundamental para o crescimento e

intimidade do crente com Deus (Mateus 6.6-15). Cada um deve

buscar o Senhor com amor e dedicação (Salmo 105.4).

·Amor aos irmãos: Amar os irmãos é um mandamento

importante deixado por Jesus. Cada um deve amar os irmãos da

Igreja. O amor é indispensável para uma perfeita unidade e

BATISMO NAS ÁGUAS

32

Page 34: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõescomunhão.

· Ser fiel nos dízimos e ofertas: Cada pessoa deveria ter uma

consciência de que os dízimos são do Senhor e deveriam ser

trazidos à casa do tesouro. As ofertas são voluntárias e devem

ser dadas por convicções que somente o Espírito de Deus põe

em nossos corações. Quando não entregamos os dízimos e

ofertas, nos tornamos pesados aos irmãos. Usufruímos o que a

igreja oferece, mas não contribuímos com as despesas que tais

serviços geram.

·Obedecer aos pastores e lideres: Todo membro da Igreja deve

obedecer a seus lideres. Isto faz parte do chamado cristão:

“Amar os pastores e orar por eles” (Hebreus 13.17). Todo ato de

desobediência é rebeldia, sendo essa ultima considerada como

pecado de feitiçaria (1 Samuel 15.23 a) e por isso deve ser

evitado a todo custo.

· Participar dos ministérios: A obra de Deus compreende tudo

aquilo que podemos fazer em prol do seu evangelho e ajuda

cristã aos irmãos. Se dividirmos as cargas elas se tornam mais

leves para todos (Gálatas 6.2). Por isso cada um deve se envolver

numa obra ministerial da Igreja.

· Participar da Ceia do Senhor: A Ceia do Senhor é uma das

ordenanças para a Igreja e de fundamental importância para a

comunhão dos santos.

· Participar dos cultos: disse o grande rei Davi: “Alegrei-me

quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” (Salmo 122.1).

Esta deve ser a atitude de todo crente, ter alegria em ir à Casa do

Senhor. Os cultos são manifestações coletivas de alegria e

adoração a Deus. O membro da Igreja deve sempre estar

presente aos cultos. Quando existem muitas pessoas no culto,

ele se torna mais alegre e produz muito ânimo para a Igreja.

4-Os serviços do crente na Igreja

Todo recém convertido chega à Igreja cheio de duvidas e

questionamentos que, por muitas vezes, tem seu fundamento no

chamado “inconsciente coletivo”. Uma dessas questões é a famosa: Me

converti! E agora o que faço?

Primeiramente, devemos encarar a realidade, muitos pensam

que experimentar o novo nascimento os remeterá a uma compreensão

imediata dada sua nova vida em Cristo, no entanto, isto não é

necessariamente o que ocorre. Para todos aqueles que chegam à Igreja,

BATISMO NAS ÁGUAS

33

Page 35: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

Anotaçõesou mesmo para muitos que já estão nela há algum tempo, a Igreja é um

lugar para ir aos domingos, quando se está disposto, ou quando não há

uma viagem marcada. Isto é reflexo da cultura pseudocristã oriunda do

catolicismo romano praticado no Brasil. Por anos fomos acostumados a

participar de cultos, missas e reuniões onde a participação da Igreja

resumia-se a meros recitais de homilias, liturgias ou textos em boletins,

além de cânticos exaustivamente entoados e religiosamente

decorados.

A Igreja primitiva, que serve como base ou projeto piloto

daquilo que veio a se tornar a Igreja atual, praticava reuniões dinâmicas

e participativas, onde havia ensino, compartilhamento, comunhão,

operação de milagres, curas, libertações, enfim, tudo o que se de

poderia experimentar do poder e do mover de Deus acontecia no meio

das reuniões da Igreja (Atos 2.42-47). Logo, percebemos que não

estamos num lugar comum, não estamos num lugar onde cabe a apatia,

o marasmo. Estamos na “Congregação dos Santos”, onde o Altíssimo e

Todo-poderoso opera através da Sua Igreja. Portanto, cada um deve

tomar o seu lugar, o seu dom ou dons, o seu talento ou talentos e fazê-

los produzir, para dar crescimento espiritual e material que o Senhor

separou para si. É isto que encontramos no texto bíblico de 1 Coríntios

12.12-31.

Quando ingressamos à Igreja do Senhor, ingressamos em uma

comunidade ativa, dinâmica, que precisa e requer de seus membros a

participação ativa e constante, visto que o crescimento,

aperfeiçoamento e edificação que o Senhor Deus opera em nós, não

ocorre em uma ilha, onde poderíamos estar isolados, mas se dá na

comunidade, e é nela que se encontra o terreno fértil para a operação

plena de dons e talentos dados por Deus ao Seu Corpo que é a Igreja do

Senhor Jesus.

Cada um de nós recebeu segundo a porção destinada a nós pelo

Espírito de Deus: dons, talentos e fé, por isso, tudo e todos os esforços

devem ser aplicados em função do Corpo. Na Igreja do Senhor não cabe

ociosidade, não cabe a inatividade, porque todos precisam operar

plenamente; logo, há muito que fazer e muitas pessoas a atingir. O

serviço do crente, seja ele de qualquer natureza, deve ser realizado com

alegria, como para Deus (Colossenses 3.23), dando a Ele graças por tudo

(1 Tessalonicenses 5.18).

Que o Senhor nos abençoe e nos dê graça para prosseguirmos

sempre e cada vez mais firme no propósito de edificar o Corpo de Cristo

a t r a v é s d e n o s s o t r a b a l h o e d e d i c a ç ã o .

BATISMO NAS ÁGUAS

34

Page 36: Batismo nas águas

E S C O L A B Í B L I C A D O M I N I C A L

WWW.IGREJABATISTAAGAPE.COM.BR

AnotaçõesBIBLIOGRAFIA

· Manual de doutrinas – Pr. Roberto Martins de Sá

· Apostila sobre ordenanças – Ministério Ágape

· Apostila de Integração – Ministério Ágape

BATISMO NAS ÁGUAS

35