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1 Vigilância clínica Taxa de incidência de SG A taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 0,0 por 100.000 habitantes. 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe Na semana 14/2019 foi confirmado um número reduzido de casos positivos para gripe. Os vírus detetados são do tipo A. 3 Severidade Internamentos por gripe em UCI Internamentos por gripe em Enfermaria Foi reportado 1 caso de gripe pelas 22 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus Influenza A (H3). Foi ainda reportado 1 caso de gripe por uma Enfermaria, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H3). 4 Impacte Mortalidade por todas as causas Mortalidade com valores de acordo com o esperado. 5 Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de SG e mortalidade Na semana 14/2019 o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 5,4°C, a que correspondeu uma anomalia de -2,20°C relativamente ao valor normal (1971-2000) para o mês de abril. 6 Situação internacional Na semana 13/2019 a atividade gripal na Europa manteve uma tendência decrescente. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019 Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge Av. Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal Tel.: +351 217 519 200 | Fax: +351 217 526 400 [email protected] www.insa.pt EDITOR: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. | PERIODICIDADE: semanal | ACESSO: www.insa.pt COLABORADORES: Direção-Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe, Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos. Departamento de Epidemiologia Unidade de Observação em Saúde e Vigilância Epidemiológica Tel.: +351 217 526 488 Departamento de Doenças Infeciosas Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios Tel.: +351 217 526 455 ISSN: 2183-7392 Data de publicação: 11/04/2019 Atividade gripal não epidémica Resumo Sumário PORTUGAL Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores. 1

Boletim 2018 2019 - INSA · ì ï ì ò ì õ ì í î ì í ñ ì í ô ì î í ì î ð ì ó ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô õ õ õ õ õ õ õ õ õ õ õ õ

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1 Vigilância clínica

Taxa de incidência de SG ■ A taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 0,0 por 100.000

habitantes.

2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe

■ Na semana 14/2019 foi confirmado um número reduzido de casos

positivos para gripe. Os vírus detetados são do tipo A.

3 Severidade

Internamentos por gripe em UCI Internamentos por gripe em Enfermaria

■ Foi reportado 1 caso de gripe pelas 22 Unidades de Cuidados Intensivos

que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H3). Foi ainda reportado 1 caso de gripe por uma Enfermaria, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H3).

4 Impacte

Mortalidade por todas as causas ■ Mortalidade com valores de acordo com o esperado.

5 Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de SG e mortalidade

■ Na semana 14/2019 o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 5,4°C, a que correspondeu uma anomalia de -2,20°C relativamente ao valor normal (1971-2000) para o mês de abril.

6 Situação internacional ■ Na semana 13/2019 a atividade gripal na Europa manteve uma tendência decrescente.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge

Av. Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal

Tel.: +351 217 519 200 | Fax: +351 217 526 400

[email protected] www.insa.pt

EDITOR: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. | PERIODICIDADE: semanal | ACESSO: www.insa .p t

COLABORADORES: Direção-Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Instituto

Português do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe,

Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos.

Departamento de Epidemiologia Unidade de Observação em Saúde e Vig ilânc ia Epidemiológica Tel .: +351 217 526 488

Departamento de Doenças Infeciosas Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios Tel .: +351 217 526 455

ISSN: 2183-7392

Data de publicação: 11/04/2019

Atividade gripal não epidémica

Resumo

Sumário

P O R T U G A L

Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores.

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Área de atividade basalTaxa de incidência SG (2017/2018)Taxa de incidência SG (2018/2019)

Época de Gripe Sazonal

Taxa

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Ausência de atividade

Atividade moderada

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Atividade elevada

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Tabela 1 — Número de casos, taxa de incidência de síndroma gripal e população sob observação semanal.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Vigilância clínica

Na semana 14/2019 estimou-se uma taxa de incidência de síndroma gripal de 0,0 por cada 100.000 habitantes. A atividade gripal encontra-se na área de atividade basal, o que corresponde a uma atividade gripal não epidémica.

Taxa de incidência de síndroma gripal REDE MÉDICOS-SENTINELA

Figura 1 — Evolução da taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG).

Número de casos de síndroma gripal 0

Taxa de incidência semanal provisória 0,0/105

População sob observação 34.305

2 Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Portugal Continental

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Norte Área de atividade basalConsultas SG (2017/2018)Consultas SG (2018/2019)

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Lisboa e Vale do Tejo

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Alentejo

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Algarve

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Vigilância clínica

Na semana 14/2019, o número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários manteve-se na área de atividade basal em todas as regiões.

Consultas por síndroma gripal em cuidados de saúde primários

3

Figura 2— Número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários em Portugal Continental e por regiões de saúde.

Nota: O eixo dos yy dos gráficos têm diferentes escalas para permitir visualizar as curvas das regiões com menor número de consultas.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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12000

25/2

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018

42/2

018

44/2

018

46/2

018

48/2

018

50/2

018

52/2

018

2/20

194/

2019

6/20

198/

2019

10/2

019

12/2

019

14/2

019

16/2

019

18/2

019

20/2

019

22/2

019

24/2

019

26/2

019

28/2

019

30/2

019

32/2

019

34/2

019

36/2

019

38/2

019

40/2

019

42/2

019

44/2

019

46/2

019

19 aos 64 anos

IC97,5

Semanas

IC40

IC90

Cons

ulta

s

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Vigilância clínica

Na semana 14/2019, o número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários manteve-se na área de atividade basal em todos os grupos etários.

Consultas por síndroma gripal em cuidados de saúde primários

4

Figura 3— Número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários por grupo etário, em Portugal Continental. Nota: O eixo dos yy dos gráficos têm diferentes escalas para permitir visualizar as curvas dos grupos etários com menor número de consultas.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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0

20

40

60

80

100

120

35/2

018

36/2

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37/2

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018

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19

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19

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19

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19

10/2

019

11/2

019

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019

13/2

019

14/2

019

15/2

019

16/2

019

17/2

019

18/2

019

19/2

019

20/2

019

SG negativos

SG positivos para vírus respiratórios

SG positivos para gripe

Caso

s SG

(n)

Semanas 2018/19

Negativos327; 34%

Gripe436; 45%

Outros Vírus

Respirat.209; 21%

n=972

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Vigilância laboratorial

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios

REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA

5

Figura 5 — Número e percentagem dos casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 2018/2019.

Figura 4 — Distribuição semanal de casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 2018/2019.

No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, foram analisados no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, 972 amostras de casos de síndroma gripal (SG), das quais 436 (45%) são positivas para o vírus da gripe. Na semana 14/2019 foram analisadas 3 amostras de casos de SG, das quais 2 foram positivas para o vírus da gripe. Desde o início da época, foram detetados outros vírus respiratórios em 21% das amostras de casos de SG: rinovírus (92), coronavírus (63), vírus parainfluenza (16), vírus sincicial respiratório (13), infecções mistas (12), metapneumovírus humano (10) e adenovírus (3).

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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A(H1)pdm09148; 34%

A(H3)285; 65%

B/Yam3; 1%

n=436

0

20

40

60

80

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

40/2

017

42/2

017

44/2

017

46/2

017

48/2

017

50/2

017

52/2

017

2/20

18

4/20

18

6/20

18

8/20

18

10/2

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018

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39/2

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018

43/2

018

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018

47/2

018

49/2

018

51/2

018

1/20

19

3/20

19

5/20

19

7/20

19

9/20

19

11/2

019

13/2

019

15/2

019

17/2

019

19/2

019

Vírus da gripe B (Victoria)

Vírus da gripe B (Yamagata)

Vírus da gripe B

Vírus da gripe A(H3)

Vírus da gripe A(H1)pdm09

% positivos para gripe

Caso

s pos

itivo

s par

a gr

ipe

(%)

Caso

s pos

itivo

s par

a gr

ipe

(n)

Semanas 2018/19

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Vigilância laboratorial

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 6

Figura 6— Número e percentagem dos casos positivos para vírus da gripe detetados na época 2018/2019, por tipo/subtipo.

Figura 5 — Distribuição semanal e percentagem de casos positivos para o vírus da gripe nas épocas 2017/2018 e 2018/2019.

Na semana 14/2019 foram analisadas 3 amostras de casos de SG, das quais 2 foram positivas para o vírus da gripe A(H3). Até à semana 14/2019 foram analisadas 972 amostras de casos de SG, das quais 436 são positivas para o vírus da gripe: 285 do subtipo A(H3), 148 do subtipo A(H1)pdm09 e 3 do tipo B (linhagem Yamagata).

Diagnóstico do vírus da gripe

REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

35/2

018

36/2

018

37/2

018

38/2

018

39/2

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40/2

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019

17/2

019

18/2

019

19/2

019

20/2

019

Outros VR

hCoV

hRV

Caso

s pos

itivo

spar

a ou

tros

VR

(n)

Semanas 2018/19

RSV13; 6%

hRV92; 44%

PIV16; 8%

AdV3; 1%

hMPV10; 1%

hCoV63; 30%

IM12; 6%

n=209

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 7

Figura 8- Número e percentagem de casos positivos para outros vírus respiratórios detetados na época 2018/2019.

Figura 7 — Distribuição semanal de casos positivos para outros vírus respiratórios (VR) detetados na época 2018/2019.

Vigilância laboratorial

Diagnóstico de outros vírus respiratórios

REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA

Nota: AdV—adenovírus; hRV-Rinovirus Humano; hCoV - Coronavírus Humano; RSV-Vírus sincicial respiratório; PIV-Parainfluenza; hMPV-Metapneumovirus Humano; IM - Infeção mista.

Desde o início da época de vigilância foram detetados outros vírus respiratórios em 209 casos de SG: 92 rinovírus (hRV), 63 coronavírus (hCoV), 16 vírus parainfluenza (PIV), 13 vírus sincicial respiratórios, 12 infecções mistas (IM), 10 metapneumovírus e 3 adenovírus (AdV).

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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0

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40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

240

39/2

018

40/2

018

41/2

018

42/2

018

43/2

018

44/2

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46/2

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47/2

018

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49/2

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018

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018

1/20

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2/20

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19

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019

13/2

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14/2

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16/2

019

17/2

019

18/2

019

19/2

019

20/2

019

Bocavirus

Metapneumovirus

Coronavirus

RSV

Infecções Mistas

Bacteria

Adenovirus

Parainfluenza

Picornavirus (hRV/hEV/hPeV)

Semanas 2018/19

Caso

spos

itivo

s par

a ou

tros

AR

n=2332

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0

100

200

300

400

500

600

700

800

37/2

018

38/2

018

39/2

018

40/2

018

41/2

018

42/2

018

43/2

018

44/2

018

45/2

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46/2

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47/2

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018

49/2

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50/2

018

51/2

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52/2

018

1/20

19

2/20

19

3/20

19

4/20

19

5/20

19

6/20

19

7/20

19

8/20

19

9/20

19

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019

11/2

019

12/2

019

13/2

019

14/2

019

15/2

019

16/2

019

17/2

019

18/2

019

19/2

019

20/2

019

A(H1)pdm09 A(H3) A NS B C Infecções Mistas Casos SG reportados

Semanas 2018/2019

Caso

s pos

itivo

s par

a gr

ipe

(n)

Caso

sSG

repo

rtad

os (

n)

n=16737

A(H3)1307; 24,5%

A(H1)pdm09949; 20,4%

A não subtipado2619; 54,8%

B15; 0,3%

Mistas3; 0,1%

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 8

Vigilância laboratorial

Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios

HOSPITAIS /REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe conta na época de 2018/2019 com a participação de 18 laboratórios, localizados em hospitais do continente e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios que podem estar associados a casos de infeção respiratória grave. Na época 2018/2019, os laboratórios da Rede notificaram 16.737 casos de SG, dos quais 4.893 positivos para o vírus da gripe: 4.875 do tipo A [949 do subtipo A(H1)pdm09, 1.307 do subtipo A(H3), 2.619 vírus A não subtipados]; 15 vírus do tipo B e 3 infecções mistas. Na semana 14/2019 foram detetados 3 vírus A(H1)pdm09, 7 A(H3) e 9 vírus A não subtipados. Foram também identificados outros agentes respiratórios em 2.332 casos de SG. O RSV, as infecções mistas e os Picornavírus foram os agentes mais frequentemente detetados desde o início da época.

Figura 9— Distribuição semanal de casos positivos para o vírus da gripe detetados na época 2018/2019, pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais).

Figura 10 — Distribuição semanal de casos positivos para outros agentes respiratórios (AR) detetados na época 2018/2019, pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais).

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 9

Vigilância laboratorial Caraterização do vírus da gripe REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA E REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE

Vírus da gripe A(H3): Do subtipo A(H3) foram caracterizados 35 vírus: 27 do subgrupo genético 3C.2a1b (o subgrupo actualmente com maior dispersão a nível europeu e representado pela estirpe de referência A/Alsace/1746/2018), 6 do subgrupo genético 3C.2a3 (A/Cote d’Ivoire/544/2016), 1 do subgrupo 3C.2a2 (A/Switzerland/8060/2017) e 1 do subgrupo 3C.3a (A/England/538/2018). Vírus da gripe A(H1)pdm09: Foram caracterizados 28 vírus do subtipo A(H1)pdm09, todos do grupo genético 6B.1 (semelhantes à estirpe de referência, A/Michigan/45/2015). Vírus da gripe B: Foi caracterizado geneticamente 1 vírus do tipo B (linhagem Yamagata), do clade 3 (semelhante à estirpe de referência B/Phuket/3073/2013). Susceptibilidade aos antivirais: A susceptibilidade aos inibidores da neuraminidase foi testada em 53 vírus da gripe [11 A(H3), 40 AH1)pdm09 e 2 B/Yamagata]. Todos os vírus testados apresentaram normal suceptibilidade aos antivirais inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir).

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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40 45 50 03 08 13 18 42 47 52 05 10 15 20 44 49 02 07 12 17 41 46 51 03 08 13 18 42 47 52 05 10 15 42 47 52 05 10 15 20 40 45 50 03 08 13 18

2016-20172012-2013 2013-2014 2014-2015 2015-2016Semanas

%

2017-2018

Proporção de doentes com gripe em UCI

2018-2019

40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total

Nº de casos de gripe

0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 1 2 7 6 16 26 32 20 21 18 14 8 4 6 2 2 1 189

Nº de hospitais 20 19 20 21 21 21 18 16 22 19 20 20 20 21 23 23 23 22 21 21 20 19 21 20 19 19 18 -

Nº de UCI 24 28 28 30 30 29 25 23 30 26 28 27 25 27 31 31 31 30 28 29 26 23 25 24 23 23 22 -

Nº de Admissões na UCI

191 229 208 223 245 242 204 200 273 224 209 236 215 204 301 318 286 295 247 251 229 200 213 183 168 164 174 -

Proporção de doentes com gripe em UCI

0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0 0,0 0,0 0,7 0,0 0,5 0,8 3,3 2,9 5,3 8,2 11,2 6,8 8,5 7,2 6,1 4,0 1,9 3,3 1,2 1,2 0,6 -

Tabela 2— Nº de casos de gripe, Hospitais e UCI, que reportaram admissões em UCI, por todas as causas e proporção (%) de doentes com gripe em UCI, por semana, na época 2018/2019.

Ins t i tuto Nacional de Saúde Doutor Rica rdo Jorge , I .P .

Severidade

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Internamentos por gripe em Unidades de Cuidados intensivos REDE DE HOSPITAIS PARA A VIGILÂNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL EM UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS

Informação da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde. [email protected].

10

Figura 11 - Evolução semanal da proporção (%) de doentes com gripe em Unidades de Cuidados Intensivos desde a época 2012/2013.

Foi reportado 1 caso de gripe pelas 22 Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que enviaram informação. Verificou-se que o doente tinha 69 anos, doença crónica e estado vacinal desconhecido, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H3). A proporção de casos com gripe admitidos em UCI nesta semana foi de 0,6 %.

Desde o início da época foram reportados 189 casos de gripe. Em relação aos doentes sobre os quais foi possível obter informação adicional verificou-se que 110 (61 %) eram homens; 94 (52 %) tinham 65 e mais anos de idade, 84 (47 %) tinham entre 25 e 64 e 2 (1 %) tinham menos de 25 anos; 145 (81 %) tinham doença crónica subjacente. Dos 156 com recomendação para a vacinação contra a gripe sazonal (65 e mais anos ou doença crónica subjacente) o estado vacinal é conhecido em 76; destes, 23 (29 %) estavam, de facto, vacinados. Foi identificado o vírus Influenza A em 180 doentes: 53 (29 %) A(H1)pdm09, 39 (22 %) com A(H3) e 88 (49%) não subtipados. Foi identificado o vírus Influenza B em 1 (1 %) doente. Tiveram suporte de ECMO (ou Prismalung) 16 (9 %) doentes. A Reserva Estratégica Nacional de zanamivir foi ativada para 6 doentes. Foram reportados 35 óbitos.

Nota: Considerando o reduzido número de casos, os resultados deverão ser interpretados com cautela.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Tabela 3— Número de casos de gripe, número de Hospitais e Enfermarias que reportaram, número de admissões em Enfermarias por todas as causas, e proporção (%) de doentes com gripe em Enfermarias, por semana na época 2018/2019.

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Severidade

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Informação da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde. [email protected].

11

44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total

Nº de casos de gripe 0 0 1 0 0 0 1 1 2 5 3 6 11 3 5 7 5 5 0 0 0 0 1 56

Nº de hospitais 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -

Nº de Enfermarias 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -

Nº de admissões em Enfermaria

8 9 9 10 10 9 12 8 4 10 11 31 39 9 13 11 13 14 9 6 13 12 15 -

Proporção de doentes com gripe em Enfermaria

0,0 0,0 11,1 0,0 0,0 0,0 8,3 12,5 50,0 50,0 27,3 19,4 28,2 33,3 38,5 63,6 38,5 35,7 0,0 0,0 0,0 0,0 6,7 -

Internamentos por gripe em Enfermaria

Na semana 14 foi reportado 1 caso de gripe por uma Enfermaria. O doente tem 7 anos de idade e não tem doença crónica, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H3).

Desde o início da época foram reportados 56 casos de gripe pelas Enfermarias que colaboram na vigilância. Verificou-se que 12 (21 %) tinham menos de 1 ano de idade, 18 (32 %) entre 1e 2 anos, 10 (18 %) entre 3 e 5 anos, 12 (21 %) entre 6 e 10 e 4 (7 %) entre 11 e 17 anos. Dezanove (34 %) tinham doença crónica subjacente. Dos 19 doentes com recomendação para a vacinação contra a gripe sazonal (doença crónica), 3 (16 %) estavam vacinados, dos quais 2 tinham esquema vacinal incompleto. Todos os doentes fizeram oseltamivir. Foi identificado o vírus A(H1)pdm09 em 33 (59 %) doentes e o vírus A(H3) em 23 (41 %).

Nota: Considerando o reduzido número de casos, os resultados deverão ser interpretados com cautela.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Figura 13 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, desde a semana 40 de 2017.

Impacte Mortalidade por todas as causas SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE | INSTITUTO DOS REGISTOS E NOTARIADO | INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA E EQUIPAMENTOS DA JUSTIÇA

12

Figura 12— Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal por 105

habitantes e vírus predominante por época gripal, desde a semana 40 de 2007.

Mortalidade observada com valores de acordo com o esperado.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de síndrome gripal e mortalidade

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 13

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Portugal continental, no mês de março, o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 6,12°C, 0,71°C inferior ao normal. Na semana 14 de 2019 o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 5,4°C, a que correspondeu uma anomalia de -2,20°C relativamente ao valor normal (1971-2000) para o mês de abril.

REDE MÉDICOS-SENTINELA | INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA | SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE

Figura 14— Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, temperatura mínima média (Continente) e taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG) por 105 habitantes na época 2018/2019.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 14

Na semana 13/2019, 45 países ou regiões reportaram dados de atividade gripal. Dezasseis países reportaram atividade gripal na área de atividade basal, 26 países reportaram atividade gripal de baixa intensidade e 3 atividade gripal moderada. No que se refere à dispersão geográfica, 6 países reportaram ausência de atividade gripal, 16 países ou regiões reportaram atividade gripal esporádica, 6 atividade gripal local, 6 atividade regional e 11 atividade gripal disseminada.

Na semana 13/2019, 283 (31,5 %) das 911 amostras-sentinela testadas foram positivas para o vírus da gripe, a maioria dos quais era do tipo A. Dos 138 vírus do tipo A subtipados, 37,7 % eram do subtipo A(H1N1)pdm09 e 62,3 % eram do subtipo A(H3N2). Desde o início da época foram identificados mais casos por vírus do tipo A (99,0 %) do que por vírus do tipo B (1,0 %). Dos casos subtipados, 55,5 % eram do subtipo A(H1N1)pdm09 e 44,5 % do subtipo A(H3N2). Dos 58 casos por vírus do tipo B a que foi possível atribuir uma linhagem, 86,2 % pertencia á linhagem B/Yamagata. Na semana 13/2019, 2.751 amostras não-sentinela (num total de 19.546) foram positivas para o vírus da gripe. Destas, 99,1 % era do tipo A e 0,9 % do tipo B. Das amostras referentes aos casos por vírus do tipo A subtipados, 41,5 % pertencia ao subtipo A(H1N1)pdm09.

Desde a semana 40/2018 foram caraterizados geneticamente 2.960 vírus, dos quais 1.481 eram casos por vírus do subtipo A(H1N1)pdm09 pertencentes ao grupo genético 6B.1 (A/Michigan/45/2015), 1.432 eram casos por vírus do subtipo A(H3) e 44 casos do tipo B. Do total de vírus do tipo A(H3) caraterizados, 984 pertenciam ao grupo genético A/Alsace/1746/2018 (3C.2a1b), 65 pertenciam ao grupo genético A/Switzerland/8060/2017 (3C.2a2), 25 pertenciam ao grupo genético A/Cote d’Ivoire/544/2016 (3C.2a3), 335 pertenciam ao grupo genético A/England/538/2018 (3C.3a), 12 ao grupo genético A/Singapore-16-0019/2016 (3C.2a1), 4 ao grupo genético A/Hong Kong/4801/2014 (3C.2a), 4 vírus pertenciam um grupo genético não listado, 26 não foram atribuídos a nenhum grupo genético e 7 foram atribuídos a outros grupos genéticos. Vinte e dois casos por vírus B/Yamagata foram caraterizados como pertencentes ao grupo genético B/Phuket/3073/2013, e todos os 22 vírus do tipo B/Victoria foram caraterizados como pertencentes ao grupo genético 1A (B/Brisbane/60/2008), no entanto, 5 foram identificados como pertencentes ao subgrupo genético com deleção em dois aminoácidos da hemaglutinina (HA) e 12 como pertencentes ao subgrupo genético com deleção em três aminoácidos da HA. Desde a semana 40/2018 foi testada a suscetibilidade aos inibidores da neuraminidase em 2.048 casos [1.248 (AH1N1)pdm09; 771 A(H3N2) e 29 casos por vírus do tipo B]. Oito vírus do subtipo (AH1N1)pdm09, 1 vírus do tipo B e um vírus do subtipo A(H3N2) mostraram uma redução da inibição pelos inibidores da neuraminidase.

Na semana 13/2019 foram reportados 36 casos de gripe internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) e 51 casos de gripe internados noutras enfermarias. A maioria dos casos internados por gripe que foram subtipados desde o início da época, quer em UCI quer em outras enfermarias, pertence ao subtipo A(H1N1)pdm09.

A efetividade da vacina contra a gripe estimada nesta época é moderada, variando em função dos vírus circulantes.

A mortalidade por todas as causas com valores de acordo com o esperado para esta época.

Informações disponíveis em: http://flunewseurope.org/

Situação internacional: Europa

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 15

Situação internacional: Europa

Figura 15 — Intensidade da atividade gripal na Europa, semana 13/2019.

Fonte: Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e Organização Mundial de Saúde Nota: A informação da situação internacional à data da publicação deste boletim é referente à semana anterior.

Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Nota metodológica

Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe é composto pelas seguintes redes:

■ Rede Médicos-Sentinela; ■ Serviços de Urgência /Obstetrícia; ■ Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do

Vírus da Gripe; ■ Unidades de Cuidados Intensivos;

Este programa tem início no princípio de outubro, termina em maio

do ano seguinte e integra componentes clínicas e laboratoriais

Na presente época, o Sistema de Nacional de Vigilância da Gripe foi ativado em outubro de 2018, na semana 40 e funcionará até à

semana 20, em maio de 2019. A componente clínica deste sistema manter-se-á ativa durante todo o ano de 2019.

Parte da informação resultante da vigilância é semanalmente publicada, à quinta-feira, no presente boletim, publicado pelo

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e baseado no conjunto de dados e informações gerados pelos 7

componentes descritos a seguir, sumariamente.

Fontes de informação e indicadores produzidos

Fontes Indicadores

Rede Médicos-Sentinela Taxa de incidência de síndroma gripal na população geral, identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais)

Serviços de Urgência/Obstetrícia

Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe

Vigilância Laboratorial Resistência do vírus da gripe aos antivirais por tipo e subtipo

Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos

Caraterização epidemiológica e laboratorial dos casos de infeção respiratória admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos

Vigilância Diária da Mortalidade Evolução do número de óbitos por semana, em Portugal

Identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais)

SIM@SNS Número de consultas por síndrome gripal registadas em cuidados de saúde primários

Rede Médicos-Sentinela

A Rede Médicos-Sentinela (MS) é um sistema de informação em saúde constituído por cerca de 123 Médicos de Família, distribuídos pelo território do Continente e Regiões Autónomas, cuja atividade profissional é desempenhada em Unidades de Saúde Familiar (USF) ou Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP).

A participação destes médicos é voluntária e consiste na notificação semanal, para o Departamento de Epidemiologia do INSA, dos novos casos de síndroma gripal (numerador para o cálculo da taxa de incidência) que ocorreram nos utentes inscritos das respetivas listas (componente clínica do sistema de vigilância); simultaneamente, enviam para o laboratório, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e tipificação dos vírus (componente laboratorial).

As estirpes do vírus da gripe isoladas são caraterizadas antigénica e geneticamente, permitindo avaliar a sua semelhança com as estirpes vacinais e ainda monitorizar a ocorrência de mutações.

A população sob vigilância é constituída pelo somatório dos utentes inscritos nas listas dos MS que estiveram “ativos” em determinada semana, i.e., que reportaram, pelo menos, 1 caso

de doença ou que informaram explicitamente não terem casos para reportar.

Definição de caso:

Síndroma gripal (usada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC):

Início súbito,

+ 1 dos seguintes sintomas sistémicos:

■ Febre ou febrícula,

■ Mal-estar, debilidade, prostração,

■ Cefaleia,

■ Mialgias ou dores generalizadas.

+ 1 dos seguintes sintomas respiratórios:

■ Tosse, ■ Dor de garganta ou inflamação da mucosa nasal ou

faríngea sem sinais respiratórios relevantes, ■ Dificuldade respiratória.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 16 Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Serviços de Urgência/Obstetrícia

A Rede dos Serviços de Urgência/Obstetrícia é operacionalizada pelos Serviços de Urgência Hospitalar e Serviços de Atendimento Permanente ou similares dos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde. Participam na componente laboratorial que constitui um indicador precoce do início de circulação do vírus da gripe em cada época de vigilância. Enviam para o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios no INSA, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e tipificação dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios. Os casos são selecionados de acordo com a opinião do médico tendo em conta a definição de caso de síndroma gripal usada pelo ECDC.

Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe

Rede ativada em 2009 pelo Despacho Ministerial nº 16548/2009, de 21 de julho (Diário da República, 2ª série, nº 139: 28507), é atualmente constituída por 16 laboratórios, na sua maioria de hospitais do Continente e Regiões Autónomas. Assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe que estão na origem de casos mais graves de infeção respiratória viral. A análise laboratorial envolve a utilização de métodos de biologia molecular para a caraterização dos vírus da gripe em circulação na população. Em colaboração com o laboratório de referência do INSA é efetuado o isolamento das estirpes do vírus da gripe e a sua caraterização antigénica e genética. A população sob vigilância é constituída pelos utentes com infeção respiratória, pertencentes à área de influência dos hospitais ou laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe.

Participantes em 2018/2019:

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E., Hospital de São João, E.P.E., Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital Central do Funchal, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E.R., Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R., Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave, Hospital do Espírito Santo (Évora), Laboratório de Saúde Pública Dra. Laura Ayres (ARS Algarve), Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, E.P.E.

Vigilância Laboratorial

O diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e outros vírus respiratórios é efetuado em amostras biológicas do trato respiratório superior (exsudado da nasofaringe) de doentes com SG. São utilizadas metodologias de diagnóstico molecular, nomeadamente a amplificação do genoma viral por PCR em multiplex.

Estas metodologias permitem a identificação dos tipos e subtipos do vírus da gripe [A(H1)pdm09, A(H3), B(Yamagata), B(Victoria)] e a identificação de outros vírus respiratórios [Rinovirus Humano (hRV), Vírus sincicial respiratório (RSV), Coronavírus Humano (hCoV), Adenovirus (AdV),

A caraterização antigénica dos vírus da gripe é efetuada pela metodologia clássica de inibição de hemaglutinação e a caraterização genética é baseada

na sequenciação genómica do gene da hemaglutinina. Para a monitorização da suscetibilidade dos vírus da gripe aos antivirais inibidores da

neuraminidase (oseltamivir e zanamivir) é efetuada a pesquisa de marcadores moleculares de resistência e a caracterização fenotípica

(determinação do IC50) em estirpes do vírus da gripe isoladas em cultura celular no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e

outros Vírus Respiratórios.

Unidades de Cuidados Intensivos Na época 2011/2012 foi realizado um estudo piloto com o objetivo de fazer a vigilância epidemiológica dos casos graves de gripe admitidos em

Unidades de Cuidados Intensivos de alguns hospitais. Participaram nesse ano 6 hospitais. Nas épocas seguintes, utilizando a metodologia testada, foi

possível estender a vigilância a mais hospitais.

Hospitais participantes em 2018/2019:

Hospital Dr. Manoel Constâncio; Hospital do Divino Espírito Santo; Hospital São José; Hospital Santa Marta; Hospital Curry Cabral; Hospital dos Capuchos; Hospital D. Estefânia; Hospital de Cascais – Dr. José de Almeida; Hospital Amato Lusitano; Hospital Pêro da Covilhã; CUF Descobertas; Hospital de São Francisco Xavier; Hospital Egas Moniz; Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca; Hospital da Senhora da Oliveira; Hospital Beatriz Ângelo; Hospitais da Universidade de Coimbra; Hospital do Litoral Alentejano; Hospital Pulido Valente; Hospital de Santa Maria; Hospital São João; Hospital Vila Franca de Xira; Hospital de São Teotónio; Hospital dos Lusíadas; Hospital Dr. Nélio Mendonça.

Definição de caso:

Doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos dos hospitais participantes, com gripe confirmada laboratorialmente.

Enfermarias Na época 2018/2019 foi iniciado a vigilância da gripe em Enfermarias.

Hospitais participantes em 2018/2019: Hospital D. Estefânia e Hospital Pulido Valente.

Definição de caso:

Doentes internados com gripe confirmada laboratorialmente em enfermarias (exclui doentes internados em cuidados intensivos).

Vigilância Diária da Mortalidade

O VDM é um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e estimar de forma rápida os impactes de eventos ambientais ou epidémicos relacionados com excessos de mortalidade. Este sistema funciona com base num protocolo de cooperação entre o INSA e Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, I.P. (IGFEJ) do Ministério da Justiça. Para isso, diariamente o IGFEJ envia de forma automática o número de óbitos registados no dia anterior em todo o país. Esta componente pretende avaliar o impacte da epidemia de gripe em termos de severidade.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 17 Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019

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Definição de caso: Óbito, por qualquer causa, de individuo residente em Portugal.

Consultas por síndroma gripal A monitorização semanal do número de consultas por síndroma gripal em cuidados de saúde primários complementa a informação recolhida pelas Redes que compõem o Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), ao permitir a análise por região de saúde e grupo etário.

Os dados são disponibilizados pela plataforma SIM@SNS dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, estando apenas disponíveis para Portugal Continental. Os dados publicados neste boletim são atualizados, semanalmente, às quintas-feiras.

Os limiares de intensidade são definidos usando o método Moving Epidemic Method (MEM), tendo sido definidos os seguintes níveis de atividade: basal, baixa, moderada, elevada e muito elevada. A interpretação deste indicador no âmbito da vigilância da gripe necessita da integração de outros indicadores do PNVG, nomeadamente, indicadores virológicos.

Definição de caso Consulta em cuidados de saúde primários ocorrida em Portugal Continental e codificada com código R80 (segunda versão da Classificação Internacional para os Cuidados de Saúde Primários).

Definições utilizadas Época de Gripe Definida como o período de tempo de aproximadamente 33 semanas que decorre entre a semana 40 de um determinado ano (início de outubro) e a semana 20 do ano seguinte (meados de maio).

Área de atividade basal Designada também por área de atividade basal, constitui o intervalo de valores da taxa de incidência correspondente a uma circulação esporádica de vírus da gripe. Permite definir períodos epidémicos, comparar as epidemias anuais em função da sua intensidade e duração e determinar o impacte dessas epidemias na comunidade. Foi estimada utilizando o método MEM.

Atividade gripal Definida pelo grau de intensidade da ocorrência da doença, medido pela estimativa semanal da taxa de incidência de SG e do seu posicionamento relativo à área de atividade basal, e pelo número de vírus circulantes detetados.

Indicadores de dispersão geográfica da atividade gripal Ausência de atividade gripal Pode haver notificação de casos de SG mas a taxa de incidência permanece abaixo ou na área de atividade basal, não havendo a confirmação laboratorial da presença do vírus da gripe.

Atividade gripal esporádica Casos isolados, confirmados laboratorialmente, de infeção por vírus da gripe, associados a uma taxa de incidência de SG que permanece abaixo ou na área de atividade basal.

Surtos locais Casos agregados, no espaço e no tempo, de infeção por vírus da gripe confirmados laboratorialmente. Atividade gripal localizada em áreas .

delimitadas e/ou instituições (escolas, lares, etc.), permanecendo a taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal.

Atividade gripal epidémica Taxa de incidência de SG acima da área de atividade basal, associada a uma confirmação laboratorial da presença de vírus da gripe.

Atividade gripal epidémica disseminada Taxa de incidência de SG, por mais de duas semanas consecutivas, acima da área de atividade basal e com uma tendência crescente, associada à confirmação da presença de vírus da gripe.

Indicadores da intensidade da atividade gripal A intensidade da atividade gripal é definida com base em toda a informação de vigilância recolhida através das várias fontes de dados e é avaliada, tendo em consideração a informação histórica nacional sobre a gripe, segundo o método MEM.

Ausência Nível de atividade gripal caraterizado por uma taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal.

Baixa Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior à área de atividade basal e inferior ou igual a 73,0/105.

Moderada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior a 73,0/105 e inferior ou igual a 126,4/105.

Elevada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior 126,4/105 e inferior ou igual a 161,0/105.

Muito Elevada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior 161,0/105.

Indicadores da tendência da atividade gripal

Estável Os últimos três valores da taxa de incidência não se encontram em tendência crescente nem decrescente.

Crescente Os últimos três valores encontram-se em tendência crescente.

Decrescente Os últimos três valores encontram-se em tendência decrescente.

Proporção de doentes com gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos

Proporção de doentes com gripe admitidos, em Unidades

de Cuidados Intensivos (UCI) = número de admissões por gripe

confirmada, em UCI, na referida semana/número de admissões por qualquer causa, em UCI, na mesma semana x 100 (no boletim a

proporção é expressa na forma de percentagem).

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 18 Época 2018/2019 Semana 14 | 1 a 7 abr 2019