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BOLETIM AQUAVIÁRIO Agência Nacional de Transportes Aquaviários 1º Trimestre - 2020

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BOLETIM AQUAVIÁRIO

Agência Nacional de Transportes Aquaviários

1º Trimestre - 2020

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República Federativa do Brasil

Jair Bolsonaro

Presidente da República

Ministério da Infraestrutura

Tarcísio Gomes de Freitas

Ministro da Infraestrutura

Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ

Diretoria Colegiada

Francisval Mendes

Diretor-Geral Substituto

Adalberto Tokarski

Diretor

Gabriela Coelho

Diretora

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©2020 – ANTAQ

SEPN Quadra 514, Conjunto “E”, Edifício ANTAQ, SDS, 3º andar,

55 61 20296764

CEP: 70760-545, Brasília – DF

[email protected]

[email protected]

Permitida a reprodução parcial sem fins lucrativos, por qualquer

meio, se citada a fonte.

Setor Responsável:

Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e

Sustentabilidade (SDS)

Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho –

(GEA)

Gerência de Desenvolvimento e Estudos (GDE)

Equipe Técnica (ordem alfabética):

Superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e

Sustentabilidade: José Renato Ribas Fialho

Coordenação: Fernando Antônio Correia Serra e José Gonçalves

Moreira Neto

Edição, Conteúdo e Diagramação: Arthur Felipe de Menezes Il

Pak, Darcy Closs Júnior, José Antonio Machado do Nascimento,

Ricardo Lima Teixeira e Rodrigo Guimarães Trajano

Estagiário: Diego Roberto Bezerra de Sousa

Revisão: Leopoldo Heitor Capelini Kirchner

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Agência Nacional de Transportes Aquaviários

BOLETIM AQUAVIÁRIO 1º Trimestre - 2020

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v

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da movimentação

(milhões de toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p.10.

Figura 2: Participação por Tipo de Instalação – Evolução trimestral da

participação Porto x TUP (% de toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p.10.

Figura 3: Evolução das principais mercadorias movimentadas no 1º trimestre

2019-2020 no Porto de Santos (milhões de toneladas). Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p.12.

Figura 4: Principais mercadorias movimentadas nos portos públicos (% de

toneladas): Comparação Trimestral: 2019/2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p.12.

Figura 5: Movimentação de Contêineres (TEU) - participação individual dos

Portos Públicos (% de TEU) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p.13.

Figura 6: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Privados (% de

toneladas): Comparação Trimestral: 2019/2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p.14.

Figura 7: Evolução da movimentação por perfil de carga nos portos privados

(milhões de toneladas): Comparativo Trimestral: 2016-2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 15.

Figura 8: Participação por perfil de carga (% de toneladas): 1° trimestre de

2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 20.

Figura 9: Evolução da movimentação por tipo de mercadoria (milhões de

toneladas): 2016-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p.20.

Figura 10: Granel Sólido - Evolução da Movimentação Trimestral: 2018-2020

(milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p.21.

Figura 11: Granel Sólido – Distribuição da Carga por tipo Instalação Portuária

(% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 21.

Figura 12: Granel Sólido - Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de

toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ,

p. 22.

Figura 13: Minério de Ferro – Participação das principais instalações

movimentadoras (% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 22.

Figura 14: Minério de Ferro – Volume das principais instalações

movimentadoras (milhões de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 23.

Figura 15: Soja e Milho – Evolução trimestral na movimentação de granéis

agrícolas (milhões toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 23.

Figura 16: Granel Líquido – Evolução da Movimentação Trimestral: 2018-2020

(milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 24.

Figura 17: Granel Líquido – Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de

toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ,

p. 24.

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Figura 18: Granel Líquido – Distribuição da Carga por tipo de Instalação

Portuária (% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 25.

Figura 19: Petróleo e Derivados – Participação das principais instalações

movimentadoras (% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 25.

Figura 20: Petróleo e Derivados – Volume das principais instalações

movimentadoras (milhões de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 26.

Figura 21: Evolução trimestral dos Contêineres Movimentados (TEU em

milhões): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 26.

Figura 22: Evolução trimestral da participação na movimentação contêineres

(TEU) nas Instalações Portuárias: 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 27.

Figura 23: Contêineres – Distribuição entre as principais instalações portuárias

(% de TEU) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 27.

Figura 24: Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação Trimestral: 2018-

2020 (milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p.

28.

Figura 25: Carga Geral Solta – Principais Mercadorias Movimentadas (milhões

de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 29.

Figura 26: Evolução Trimestral da Movimentação de Longo Curso (milhões de

toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 29.

Figura 27: Comparativo das Principais Mercadorias Movimentadas na

Exportação (% de toneladas): Comparativo entre 1° Trimestres: 2019/2020.

Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 30. 26

Figura 28: Principais Mercadorias Movimentadas na Importação (% de

toneladas): Comparativo entre 1° Trimestres: 2019-2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 30.

Figura 29: Principais Mercadorias movimentadas na Cabotagem (% de

toneladas): Comparativo entre 1° Trimestres: 2019/2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 32.

Figura 30: Participação por perfil de carga na navegação de cabotagem (% de

toneladas) - 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ,

p. 32.

Figura 31: Principais Instalações portuárias na movimentação de Contêineres

na Cabotagem - Comparativo entre 1º trimestres (TEU): 2019/2020. Fonte:

SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 33.

Figura 32: Proporção de carga conteinerizada transportada na cabotagem por

tipo de serviço (regulares x não regulares). Fonte: SDP. Elaboração

GDE/SDS/ANTAQ, p.35.

Figura 33: Proporção de carga conteinerizada transportada na cabotagem por

tipo de serviço (regulares x não regulares). Fonte: SDP. Elaboração

GDE/SDS/ANTAQ, p. 36.

Figura 34: Total Movimentado em Navegação Interior – Perfil de Carga

(milhões de toneladas): 1º trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 42.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Principais Portos Públicos em Movimentação - 1° Trimestre de 2020.

Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 11.

Tabela 2: Principais Instalações Privadas em movimentação de cargas – 1°

Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 14.

Tabela 3: Portos e Terminais Privados selecionados, p.16.

Tabela 4: Dados de THC – CMA CGM. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ, p.17.

Tabela 5: Dados de THC – Hamburg Süd. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ, p.

18.

Tabela 6: Dados de THC – Hapag-Lloyd. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ, p. 18.

Tabela 7: Dados de THC – ONE. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ, p. 19.

Tabela 8: Ranking dos maiores movimentadores de contêineres: 1° trimestre

de 2019-2020 (em TEU). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 28.

Tabela 9: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na exportação - 1°

Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 31.

Tabela 10: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na importação -

1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p. 31.

Tabela 11 - Indicadores de Demanda e Capacidade de Transporte da Frota

para formação do Índice, entre janeiro e março de 2020, p. 36.

Tabela 12 - Frota de navios porta-contêineres operando na cabotagem

constantes da programação de navios das EBN de linhas regulares - em

janeiro de 2020, p. 37.

Tabela 13 - Frota de navios porta-contêineres operando na cabotagem

constantes da programação de navios das EBN de linhas regulares – em

fevereiro de 2020, p. 38.

Tabela 14 - Frota de navios porta-contêineres operando na cabotagem

constantes da programação de navios das EBN de linhas regulares - em março

de 2020, p. 39.

Tabela 15: Principais Mercadorias movimentadas na navegação interior - 1°

Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ, p.41.

Tabela 16: Principais instalações portuárias na movimentação na

navegação interior – 1° trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ, p. 41.

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SUMÁRIO

1. ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS,

9

1.1. PORTOS PÚBLICOS

10

1.2. PORTOS PRIVADOS (TUP)

13

1.3. PREÇOS DE THC NAS INSTALAÇÕES

PORTUÁRIAS BRASILEIRAS

15

2. PERFIS DE CARGA

19

2.1. GRANEL SÓLIDO

21

2.2. GRANEL LÍQUIDO

23

2.3. CONTÊINERES

26

2.4. CARGA GERAL

28

3. TIPOS DE NAVEGAÇÃO

29

3.1. LONGO CURSO

29

3.2. CABOTAGEM

31

3.2.1. ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DA FROTA DE NAVIOS

PORTA-CONTÊINERES NA CABOTAGEM

33

3.3. NAVEGAÇÃO INTERIOR

40

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viii

NOTA: Os dados estatísticos utilizados neste boletim informativo são

fornecidos pelas empresas administradoras dos Portos Públicos e

Privados à ANTAQ, nos termos da regulamentação vigente. O boletim

informativo é publicado com base nestas informações, analisadas

próximo ao início do trimestre subsequente ao trimestre alvo do

boletim. Os dados enviados são atualizados continuamente e podem

sofrer alterações posteriores à publicação. Por essa razão, pode

haver discrepâncias entre informações disponíveis neste boletim e

outros relatórios publicados pela ANTAQ.

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

9

1. ANÁLISE DAS INTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Uma contextualização do cenário econômico brasileiro, ainda que rápida,

é premissa básica para compreender o desempenho do setor portuário

nacional em determinado período. Suas variáveis fundamentais – inflação,

taxa de juros, câmbio, produção industrial, produção agrícola, dentre

outras – têm impacto direto sobre os investimentos e as perspectivas de

negócios futuros para o setor portuário nacional. Analisar o momento de

algumas dessas variáveis é o primeiro ponto para entendermos o

comportamento temporal do mercado de transporte aquaviário.

Segundo dados do Ministério da Economia, o saldo da balança comercial

ficou positivo em US$ 5,1 bilhões no 1º trimestre de 2020 (MDIC/BCB). O

superávit comercial do 1º trimestre de 2020 teve queda ante os US$ 9

bilhões de saldo do 1º trimestre de 2019. As exportações no 1º trimestre

de 2020 somaram US$ 49 bilhões, queda de 4,1% em relação ao mesmo

período de 2019 e as importações somaram quase US$ 44 bilhões,

crescimento de 4,3% quando comparadas ao mesmo período do ano

passado. No entanto, as perspectivas para o segundo trimestre de 2020

sugerem um desempenho pior da corrente de comércio internacional

devido a pandemia de Covid-19. A moeda americana encerrou o 1º

trimestre de 2020 em R$ 5,198 (31/03/2020 BCB), cotação cerca de 33%

superior àquela verificada em 31/03/2019, que era de 3,912.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Produto

Interno Bruto - PIB brasileiro, referente ao 1º trimestre do ano, caiu 1,5%

quando comparado ao 4º trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal.

Todavia, quando comparado ao 1º trimestre de 2019, a queda é de 0,3%.

O resultado negativo em grande medida se deveu aos efeitos econômicos

da pandemia do COVID-19, que começaram a atingir a economia a partir

de março.

Ainda sobre o PIB do 1º trimestre de 2020, segundo o IBGE: “A

Agropecuária registrou crescimento de 1,9% em relação a igual período do

ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo

desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no 1º

trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de

variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada.” Por outro

lado, “As Indústrias Extrativas (4,8%), tiveram alta, sendo beneficiadas,

principalmente, pelo crescimento da extração de petróleo e gás que

compensou a queda na extração de minérios ferrosos.”

A taxa de juros brasileira que estava em 3,75% ao ano (BCB março/abril

de 2020), reduziu-se para 3,00% ao ano (BCB maio de 2020), patamar

historicamente baixo. A inflação brasileira mostra, ao que tudo indica,

tendência de queda, passando de 3,30% ao ano (anualizada em 12 meses,

março de 2020), para 2,40% ao ano (abril de 2020, IPCA, IBGE).

A expectativa para safra de grãos de 2020 é estimada em 251,9 milhões

de toneladas (CONAB), um possível recorde do país, puxadas pelo

crescimento das safras de soja e milho. A despeito da crise do coronavírus,

o período foi marcado por uma forte exportação de granéis agrícolas

guiada pela demanda aquecida da China.

As estatísticas de movimentação portuária mostram que os portos públicos

e privados movimentaram 247,1 milhões de toneladas no 1° trimestre de

2020, o que representa um recuo de 1,1% em relação ao mesmo período

de 2019, totalizando um decréscimo de 2,7 milhões de toneladas. (Figura

1)

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

10

Figura 1: Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da movimentação (milhões

de toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

Analisando a questão da participação de mercado por tipo de instalação

portuária, considerada a tonelagem total movimentada no 1º trimestre de

2020, os portos públicos aumentaram sua participação em 1,6% quando

comparada ao 4º trimestre de 2019. Comparando o 1º trimestre deste ano

frente ao 1º trimestre do ano anterior, o “marketshare” entre portos

públicos e privados permaneceu estável.

Devido às especializações de operação dos portos privados, notadamente

em minério de ferro e petróleo/derivados, que possuem uma maior relação

de peso e volume, a divisão de mercado em tonelagem movimentada por

tipo de instalação manteve a tendência dos últimos trimestres, com os

portos públicos participando com 34,0% e os portos privados participando

com 66% do total (Figura 2).

Figura 2: Participação por Tipo de Instalação – Evolução trimestral da

participação Porto x TUP (% de toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ.

1.1. Portos públicos

No 1º trimestre de 2020, os portos públicos movimentaram 84,1 milhões

de toneladas de peso bruto total, decréscimo de 0,9% em relação ao

mesmo período do ano de 2019. O desempenho positivo de petróleo e

derivados (+13,6%) e soja (+14,5%), não foram suficientes para

compensar as perdas de movimentação em minério de ferro (-35,1%) e

contêineres (-3,4%).

252,0278,3 300,0 291,8

249,8265,7

303,7

285,2 247,1

167,2 184,0 200,2 196,1165,0 173,6

202,1 192,7163,0

84,894,3

99,8 95,8

84,892,0

101,592,5

84,1

TOTAL TUP PORTO

66,4% 66,1% 66,7% 67,2%66,0% 65,4%

66,6% 67,6%66,0%

33,6%33,9%

33,3% 32,8%

34,0%34,6%

33,4%32,4%

34,0%

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1º

TOTAL TUP PORTO

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

11

No que tange ao bom desempenho de petróleo e derivados, a Petrobras

informou publicamente que, apesar da crise, bateu recorde de exportação

de petróleo e de combustível para navegação no início deste ano. Com

menos enxofre, o óleo do pré-sal passou a ter alta demanda depois de

restrições à poluição no transporte marítimo global. Quanto à soja, a

demanda por exportações à China segue aquecida, uma vez que o receio

de desabastecimento em função de uma segunda onda de contaminação

da pandemia no país e o agravamento da situação do coronavírus em

outros países, levou aquele país a antecipar a importação desse produto.

Por outro lado, é possível inferir que a demanda por minério de ferro vem

sendo substancialmente afetada pelo desaquecimento da economia

chinesa em função da pandemia. Nos meses iniciais de 2020, as

exportações chinesas caíram 9% em comparação com o início de 2019,

enquanto importações recuaram 5,9%. A expectativa é de que as

exportações devam recuar nos próximos meses, quando efeitos da atual

recessão aparecerem em outras partes do mundo.

Os dez principais portos públicos em movimentação, listados na Tabela 1,

movimentaram 71,9 milhões de toneladas, o que corresponde a 85,5% da

movimentação total dos 30 portos públicos que registraram operação no

1º trimestre de 2020. Os destaques no crescimento em movimentação,

comparando com o 1º trimestre de 2019, foram o Porto de Suape, em

Pernambuco (+40,7%), em função da movimentação de petróleo e

derivados; e Vila do Conde, no Pará (+51,6%), em função da

movimentação de produtos químicos inorgânicos e bauxita.

Dentre os portos públicos que apresentaram queda percentual da

tonelagem bruta movimentada, podemos destacar Itaguaí, no Rio de

Janeiro (-35,3%), dado o fraco desempenho da movimentação de minério

de ferro no trimestre.

Tabela 1: Principais Portos Públicos em Movimentação - 1° Trimestre de 2020.

Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Porto Público Toneladas Var %

2019-1T / 2020-1T

Santos-SP 24.698.344 ▲ 0,37%

Paranaguá-PR 11.406.040 ▲ 9,81%

Itaguaí-RJ 8.076.882 ▼ -35,31%

Suape-PE 6.676.787 ▲ 40,74%

Rio Grande-RS 4.990.337 ▼ -4,31%

Itaqui-MA 4.713.828 ▲ 5,83%

Vila Do Conde-PA 4.075.362 ▲ 51,62%

Santarém-PA 3.318.789 ▼ -1,80%

São Francisco Do Sul-SC 2.487.190 ▼ -0,70%

Rio de Janeiro-RJ 1.503.663 ▲ 3,42%

Todos os Portos Públicos 84.120.612 ▼ -0,85%

A Figura 3 nos mostra o recente histórico das principais mercadorias

movimentadas no porto de Santos, o maior porto do hemisfério sul, sendo

que contêineres e soja lideram por volume movimentado, somando 14,6

milhões de toneladas no 1º trimestre de 2020, equivalente a 59% de toda

a movimentação deste porto no período apresentado

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

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Figura 3: Evolução das principais mercadorias movimentadas no 1º trimestre

2019-2020 no Porto de Santos (milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ.

Na totalidade dos portos públicos, as 5 principais mercadorias

movimentadas no 1º trimestre de 2020, apresentadas na figura 4,

representam 69,2% do total da movimentação neste tipo de instalação

portuária. O maior destaque, nesse trimestre, vai para a movimentação de

soja e petróleo/derivados, com crescimento de 14,5% e 13,6%,

respectivamente, na movimentação nos portos públicos, na comparação

com o mesmo período de 2019.

Figura 4: Principais mercadorias movimentadas nos portos públicos (% de

toneladas): Comparação Trimestral: 2019/2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ

Analisando a movimentação de contêineres no 1º trimestre deste ano, por

parte dos portos públicos, temos o registro de aproximadamente 1,6

milhão de TEU, com decréscimo de 3% em relação ao mesmo período do

ano passado. Dentre os principais portos que movimentaram contêineres

no período, os destaques positivos são Santos (+2,3%), Paranaguá

(+8,7%), Suape (+10,8%) e Salvador (+11,6%); enquanto os principais

recuos de movimentação foram notados em Itajaí (-13,7%), Rio de Janeiro

(-22,9%), Itaguaí (-43,6%) e Vila do Conde (-47,4%). O decréscimo na

movimentação de contêineres pode ser explicado também pela crise

8,3

6,3

2,42,1

8,4

6,0

2,22,1

ContêineresSojaAçúcarPetróleo e Derivados

20-1ºT

19-1ºT

▲4,08%

▲ 3,11%

▲8,25%

▼ 1,10%

▼ -3,42%

▲ 14,52%

▲ 13,62%

▼ -35,08%

▲ 15,68%

0 5 10 15 20 25

Contêineres

Soja

Petróleo e Derivados

Minério de Ferro

Adubos (Fertilizantes)

(milhões t)

20-1ºT 19-1ºT

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

13

relacionada à pandemia de Covid-19, como já explicitado, que influenciou

negativamente nas exportações brasileiras.

O porto de Santos movimentou, no 1º trimestre de 2020, o total de 745.625

TEU (8,3 milhões de toneladas), representando 45,4% de toda a

movimentação de contêineres, em TEU, nos portos públicos brasileiros no

trimestre (Figura 5).

Figura 5: Movimentação de Contêineres (TEU) - participação individual dos

Portos Públicos (% de TEU) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ

1.2. Portos privados (TUP)

A movimentação de cargas nos principais portos privados recuou 1,2% no

1º trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado,

principalmente por influência das quedas na movimentação de minério de

ferro (-15,3%), e soja (-13,3%). No trimestre, foram movimentadas quase

163 milhões de toneladas, como pode ser visto na tabela 2; esse valor é

1,2% menor que o registrado no 1º trimestre de 2019.

Dentre os dez principais portos privados em movimentação de cargas no

1º trimestre deste ano, somente o Terminal de Tubarão, de propriedade da

Vale S/A, localizado no Espírito Santo, apresentou recuo na movimentação

de cargas, com queda de 46,5% quando comparado com o 1º trimestre

de 2019.

O maior movimentador brasileiro em peso bruto total é o Terminal Marítimo

de Ponta Madeira, também de propriedade da Vale S/A, localizado no

estado do Maranhão. Este porto privado é especializado em minério de

ferro, e na comparação com o 1º trimestre de 2019 apresentou

crescimento de 1,1%, aumentando em cerca de 410 mil toneladas o

montante movimentado para o período.

Na comparação entre primeiros trimestres de 2019/2020, destaque

também para o crescimento na movimentação do Terminal Aquaviário de

Angra dos Reis, especializado em petróleo e derivados, com aumento de

33,2% no total movimentado; outro destaque do trimestre foi o Terminal

Aquaviário de São Sebastião, em São Paulo, que também movimenta

predominantemente petróleo e derivados, e que mostrou um aumento na

movimentação de 15,6% ao comparar com o mesmo período do ano

anterior.

745.625

211.161

149.898 128.371 121.478

45

,4%

12

,9

% 9,1

%

7,8

%

7,4

%

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

14

Tabela 2: Principais Instalações Privadas em movimentação de cargas – 1°

Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Porto Privado Toneladas

Var %

2019-1T /

2020-1T

Terminal Marítimo de Ponta da Madeira - MA 39.055.193 ▲ 1,06%

Terminal Aquaviário de Angra Dos Reis - RJ 15.537.927 ▲ 33,15%

Terminal Aquaviário de São Sebastião

(Almirante Barroso) - SP 12.746.359 ▲ 15,55%

Terminal de Tubarão - ES 11.335.814 ▼ -46,51%

Porto do Açu - Terminal de Minério - RJ 6.155.976 ▲ 38,15%

Terminal Aquaviário de Madre de Deus - BA 5.077.249 ▲ 42,55%

Terminal de Petróleo Tpet/Toil – Açu - RJ 4.576.696 ▲ 54,72%

Terminal Aquaviário da Ilha D'Água - RJ 4.309.787 ▲ 23,57%

Terminal Portuário do Pecém - CE 4.102.196 ▲ 1,66%

Terminal Portuário Privativo Da Alumar - MA 3.717.521 ▲ 13,46%

Todos os Portos Privados 162.981.994 ▼ -1,20%

Como destaque positivo para o desempenho dos portos privados no 1º

trimestre de 2020, o Terminal de Petróleo Tpet/Toil, em Açu (RJ),

apresentou um crescimento de 54,7% em sua movimentação, registrando

4,6 milhões de toneladas movimentadas de petróleo e derivados no 1º

trimestre de 2020.

O recuo da movimentação registrado no Terminal de Tubarão faz

referência à queda na movimentação de minério de ferro nos portos

privados, como mostra a Figura 6. Em contrapartida, além do bom

desempenho de petróleo/derivados e contêineres, a bauxita também

fechou o trimestre com aumento de 10,4%, recuperando exatamente o

mesmo índice de queda apresentado nos três primeiros meses de 2019 (-

10,4%).

Figura 6: Principais mercadorias movimentadas nos Portos Privados (% de

toneladas): Comparação Trimestral: 2019/2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ

Quanto ao perfil de carga, na comparação entre primeiros trimestres

2019/2020, o granel sólido teve um decréscimo na participação de

mercado entre os portos privados, ficando com uma fatia de 57,6% da

movimentação este ano, ante os 63,9% alcançados em 2019. Já o perfil

granel líquido foi responsável por 31,4% deste marketshare em 2020,

sendo que, no 1º trimestre do ano anterior, este perfil participou com

26,5%.

Analisando o percentual de variação no montante movimentado, temos

que os granéis sólidos registraram retração no trimestre avaliado, com o

total movimentado desse perfil de carga nos portos privados somando 93,8

▼ -15,29%

▲ 23,36%

▼ -13,32%

▲ 21,24%

▲ 10,44%

0 20 40 60 80 100

Minério de Ferro

Petróleo e Derivados

Soja

Contêineres

Bauxita

Milhões t

2020-1ºT 2019-1ºT

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

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milhões de toneladas (-11%). Já os granéis líquidos e gasosos totalizaram

51,2 milhões de toneladas, aumento de 17,5% em relação ao 1º trimestre

de 2019. (Figura 7)

Figura 7: Evolução da movimentação por perfil de carga nos portos privados

(milhões de toneladas): Comparativo Trimestral: 2016-2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

1.3. Preços de THC nas instalações portuárias brasileiras

A partir do Boletim Informativo Aquaviário deste trimestre, a ANTAQ

publicará uma atualização dos preços de THC nas instalações portuárias

brasileiras, com base no documento intitulado “Estudo Comparativo dos

Valores de THC (Terminal Handling Charge ou Taxa de Movimentação no

Terminal) nos Terminais de Contêineres no Brasil e no Mundo”, publicado

pela ANTAQ em 31 de outubro de 2019 , que teve por objetivo principal

comparar os preços de THC nos portos/terminais de contêineres no Brasil

e no mundo.

A atualização dos dados ora proposta tem por finalidade a publicação

referente ao 1º trimestre de 2020 – para fins de monitoramento dos valores

de THC.

Assim, nesta ocasião, foram coletados e tabulados dados de THC no mês

de março de 2020, referentes a este período, divulgados pelos

transportadores marítimos em seus sítios oficiais na internet e referentes

aos portos e terminais no Brasil e no mundo selecionados para esta

atualização.

Pretende-se, com o mencionado monitoramento do THC, explicitar, em

termos quantitativos de preço, eventuais distorções de valores que

porventura venham a ocorrer na realidade dos portos brasileiros, vis-à-vis

com os portos estrangeiros. Além disso, o monitoramento periódico dos

preços permitirá a análise ao longo do tempo da evolução desses preços

nos portos brasileiros.

Por último, mas não menos importante, deve-se ressaltar que, devido à

pandemia da Covid-19, houve impacto nas taxas de câmbio mundiais, com

considerável desvalorização do real frente ao dólar americano. Além disso,

pode ser discutível a validade dos preços de THC tabelados em razão das

ondas de choque que repercutiram ao longo de toda a economia no final

de março de 2020, afetando profundamente a cadeia de suprimentos

mundial, inclusive o mercado de transporte de contêineres, face à queda

abrupta na produção e à crise global de demanda decorrentes das

medidas de distanciamento social adotadas em diferentes partes do

mundo, com potencial reflexo em preços de THC e demais repercussões

ainda a serem determinadas, como volatilidade de preços, desequilíbrio

oferta-demandai, dentre outras.

6,7 7,2 7,6 7,4 9,0

8,2 8,9 8,8 8,4 9,0

40,1 43,2 43,3 43,651,2

97,1

109,8 107,5 105,5 93,8

16-1ºT 17-1ºT 18-1ºT 19-1ºT 20-1ºT

Carga Conteinerizada Carga Geral Granel Líquido e Gasoso Granel Sólido

Milh

ões

(t)

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

16

Para esta atualização manteve-se a opção metodológica do estudo

original, inclusive para fins de comparação entre estes e aqueles dados,

exceto pela exclusão de Antonina, Recife e Fortaleza, devido à relativa

baixa movimentação desses portos frente aos demais. Além disso, optou-

se por individualizar o porto, ao invés da utilização do conceito de complexo

portuário (e.g. Itajaí e Navegantes; Itapoá e São Francisco do Sul). Desse

modo, um total de 10 portos nacionais encontram-se presentes neste

trabalho: Santos, Itajaí, Navegantes, Paranaguá, Rio Grande, Itapoá, São

Francisco do Sul, Manaus, Suape e Pecém.

Para os portos de Manaus e Santos foram, ainda, identificados

especificamente os terminais a que se referem os dados de THC coletados

e tabulados.

Para a seleção dos portos/terminais internacionais, foram utilizados dados

do Estatístico Aquaviário da ANTAQ.ii Foram selecionados os 10 principais

portos/terminais internacionais, em termos de TEU transacionados entre

portos brasileiros e portos internacionais.iii

Portanto, a amostragem final é composta pelos seguintes portos/terminais

selecionados:

Tabela 3: Portos e Terminais Privados selecionados

Brasil 1. Santos

2. Navegantes (Portonave)

3. Itajaí

4. Paranaguá

5. Rio Grande

6. Itapoá

7. São Francisco do Sul

8. Manaus

9. Suape

10. Pecém

Argentina 11. Buenos Aires

Colômbia 12. Cartagena

Holanda 13. Rotterdam

Bélgica 14. Antwerp

Alemanha 15. Hamburg

China 16. Shanghai

17. Ningbo

Hong Kong 18. Hong Kong

Cingapura 19. Singapore

Marrocos 20. Tanger Med

Neste sentido, foi mantida a coleta e tabulação de dados para os

contêineres: 20 pés dry, 40 pés dry high cube (HC), e 40 pés reefer. Por

outro lado, optou-se pela supressão da coleta de dados de THC para os

contêineres de 40 pés dry e 20 pés reefer.

Esta opção metodológica ocorreu em razão da importância desses tipos

de contêineres - 20 pés dry, 40 pés dry high cube (HC) e 40 pés reefer iv -

no transporte marítimo brasileiro, conforme dados do Sistema Mercante,

bem como, visando a simplificação para fins de publicação periódica e

regular de preços de THC.

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

17

Os valores de THC fornecidos, na maior parte das vezes em moeda local

do país do porto/terminal, foram convertidos para moeda comum, o dólar

americano, para fins de comparação entre os diferentes preços de THC

nas mais variadas moedas.

As taxas de conversão para o dólar americano são o ponto médio entre os

valores de compra e venda, demonstrando o valor mercado de cada

moeda num determinado momento. As fontes para os dados de câmbio da

‘X-rates’ funde taxas de câmbio de um largo espectro de fontes

independentes com vistas a maior acurácia da informação (X-Rates, 2019).

Para este trabalho, as conversões dos valores de THC de moeda local para

valores em dólar americano registram a conversão cambial de 2 de abril de

2020, às 18 horas (horário de Brasília).

A seguir, as tabelas 4 a 7 informam os dados de THC coletados,

respectivamente, da CMA CGM, da Hamburg Süd, da Hapag-Lloyd e da

ONE, para o trimestre em análise.

Tabela 4: Dados de THC – CMA CGM. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ.

fonte: https://www.cma-cgm.com/ebusiness/tariffs/charge-finder Valores obtidos em março de 2020, válidos até eventual notificação pelo Armador.

*A CMA CGM utiliza como equipamento reefer contêineres 40' reefer RH, não utilizando, portanto, contêineres 40' reefer padrão.

**Aplicável para terminais que a CMA CGM faz escala.

País Localização/Porto** 20' Dry 40' Dry HC 40' Reefer (RH)* 20' Dry 40' Dry HC 40' Reefer (RH)*

Itapoá $122 $122 $141 $122 $122 $141

São Francisco do Sul

Navegantes (Portonave) $142 $142 $169 $142 $142 $169

Itajaí $142 $142 $169 $142 $142 $169

Manaus (Chibatão) $148 $148 $162 $148 $148 $162

Paranaguá $196 $196 $209 $196 $196 $209

Rio Grande $183 $183 $204 $183 $183 $204

Santos (Santos Brasil) $143 $143 $171 $143 $143 $171

Suape $238 $238 $247 $238 $238 $247

Pecém $150 $150 $188 $150 $150 $188

Argentina Buenos Aires $215 $235 $275 $215 $235 $315

Colômbia Cartagena

Holanda Rotterdam $233 $233 $342 $233 $233 $342

Bélgica Antwerp $219 $219 $331 $233 $233 $331

Alemanha Hamburg $257 $257 $393 $257 $257 $393

Shanghai $94 $140 $199 $111 $163 $191

Ningbo $81 $123 $201 $111 $163 $191

Hong Kong Hong Kong $284 $387 $477 $284 $387 $477

Cingapura Singapore $150 $227 $220 $150 $227 $297

Marrocos Tanger Med

China

THC Origem em USD THC Destino em USD

Brasil

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

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Tabela 5: Dados de THC – Hamburg Süd. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ.

fonte: https://ecom.hamburgsud.com/ecom/en/ecommerce_portal/tariffs_and_surcharges/

thc_calc/ep_thc_calculator.xhtml Valores obtidos em março de 2020, válidos até eventual notificação pelo Armador.

* A Hamburg Süd não disponibiliza dados de THC para 40' Dry HC pelo seu site. **Aplicável para terminais que a Hamburg Süd faz escala.

Tabela 6: Dados de THC – Hapag-Lloyd. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ.

fonte:https://www.hapag-lloyd.com/en/online-business/tariffs/trade-surcharges.html Valores obtidos em março 2020, válidos até eventual notificação pelo Armador.

*Aplicável para terminais que a Hapag-Lloyd faz escala.

País Localização/Porto** 20' Dry 40' Dry HC* 40' Reefer 20' Dry 40' Dry HC* 40' Reefer

Itapoá $104 $131 $104 $131

São Francisco do Sul $152 $198 $152 $198

Navegantes (Portonave) $129 $167 $129 $167

Itajaí $132 $164 $132 $164

Manaus (Chibatão) $152 $259 $152 $259

Paranaguá $167 $215 $167 $215

Rio Grande $154 $213 $154 $213

Santos (Santos Brasil) $127 $160 $127 $160

Suape $228 $304 $228 $304

Pecém $123 $161 $123 $161

Argentina Buenos Aires $230 $300 $230 $300

Colômbia Cartagena

Holanda Rotterdam

Bélgica Antwerp

Alemanha Hamburg

Shanghai $87 $175 $114 $196

Ningbo $87 $175 $114 $196

Hong Kong Hong Kong $276 $479 $276 $479

Cingapura Singapore $150 $294 $150 $294

Marrocos Tanger Med

China

THC Origem em USD THC Destino em USD

Brasil

País Localização/Porto* 20' Dry 40' Dry HC 40' Reefer 20' Dry 40' Dry HC 40' Reefer

Itapoá $139 $139 $171 $139 $139 $171

São Francisco do Sul $120 $120 $142 $120 $120 $142

Navegantes (Portonave) $152 $152 $175 $152 $152 $175

Itajaí $152 $152 $175 $152 $152 $175

Manaus $152 $152 $200 $152 $152 $200

Paranaguá $179 $179 $199 $179 $179 $199

Rio Grande $167 $167 $202 $167 $167 $202

Santos (BTP/Santos Brasil) $159 $159 $203 $159 $159 $203

Suape $219 $219 $257 $219 $219 $257

Pecém $120 $120 $156 $120 $120 $156

Argentina Buenos Aires $225 $245 $280 $225 $245 $280

Colômbia Cartagena $102 $102 $102

Holanda Rotterdam $223 $223 $331 $217 $217 $326

Bélgica Antwerp $152 $152 $380 $201 $201 $293

Alemanha Hamburg $255 $255 $391 $255 $255 $391

Shanghai $88 $169 $155 $88 $169 $155

Ningbo $88 $169 $155 $88 $169 $155

Hong Kong Hong Kong $276 $368 $479 $276 $368 $479

Cingapura Singapore $150 $275 $296 $150 $275 $296

Marrocos Tanger Med

China

THC Origem em USD THC Destino em USD

Brasil

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

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Tabela 7: Dados de THC – ONE. Elaboração GDE/SDS/ANTAQ.

fonte: https://ecomm.one-line.com/ecom/CUP_HOM_3116.do?sessLocale=em Valores obtidos em março de 2020, válidos até eventual notificação pelo Armador.

*Aplicável para terminais que a ONE faz escala.

É possível notar, pela análise das tabelas, que os valores de THC, tanto na

origem ou no destino, para os portos brasileiros, são relativamente

homogêneos, com exceção do porto de Suape, que pratica preços

sistematicamente acima dos demais.

Quanto à comparação internacional, nota-se, tomando Santos (o principal

movimentador de contêineres do país) como referência, que o valor de

THC para contêineres de 20’ (o mais usualmente utilizado) é

consistentemente inferior aos demais portos internacionais, com exceção

de portos chineses de Shangai e Ningbo, que apresentam grande

movimentação de contêineres e podem se beneficiar dos ganhos de escala

advindos daí.

No que tange aos contêineres refrigerados, o Brasil se destaca

positivamente frente aos demais países, com valores de THC, geralmente,

bem inferiores ao demais portos, uma vez que o Brasil é um grande player

mundial na exportação de proteína animal.

2. PERFIS DE CARGA

A perspectiva relacionada ao perfil de carga na análise da movimentação

portuária, definidos como granel sólido, granel líquido, carga geral e

contêiner, permite melhor conhecer as características que tipificam as

especialidades das instalações portuárias. Dessa forma, é possível inferir

sobre participação de mercado, desempenho regionalizado e segmentado

por cadeia de produção, e demais características relacionadas às cargas

embarcadas e desembarcadas em portos brasileiros.

Quanto aos perfis de carga, o granel sólido continua com sua participação

significativa na movimentação total de cargas do país (57,1%), conforme

se pode observar na Figura 8.

País Localização/Porto* 20' Dry 40' Dry HC 40' Reefer 20' Dry 40' Dry HC 40' Reefer

Itapoá $138 $138 $159 $125 $125 $143

São Francisco do Sul

Navegantes (Portonave) $153 $153 $187 $145 $145 $177

Itajaí $153 $153 $153 $153 $153 $153

Manaus (Super Terminais) $156 $156 $171 $147 $147 $164

Paranaguá $200 $200 $224 $200 $200 $224

Rio Grande $181 $181 $201 $152 $152 $172

Santos (BTP/Santos Brasil) $164 $164 $205 $154 $154 $185

Suape $243 $243 $342 $234 $234 $342

Pecém $133 $133 $152 $124 $124 $133

Argentina Buenos Aires $205 $225 $265 $205 $225 $265

Colômbia Cartagena $105 $105 $105

Holanda Rotterdam $255 $255 $353 $255 $255 $353

Bélgica Antwerp $217 $217 $326 $217 $217 $326

Alemanha Hamburg $271 $271 $402 $271 $271 $402

Shanghai $76 $117 $117 $76 $117 $117

Ningbo $76 $117 $117 $76 $117 $117

Hong Kong Hong Kong $276 $368 $475 $276 $368 $368

Cingapura Singapore $157 $228 $228 $157 $228 $228

Marrocos Tanger Med $124 $207 $207 $144 $231 $227

China

THC Origem em USD THC Destino em USD

Brasil

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

20

Figura 8: Participação por perfil de carga (% de toneladas): 1° trimestre de 2020.

Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Entre as mercadorias de maior movimentação no 1º trimestre deste ano,

estão: minério de ferro (70,3 milhões de toneladas, com redução de

17,8%), petróleo e derivados (61 milhões de toneladas, acréscimo de

21,6%) e contêineres (27,7 milhões de toneladas, acréscimo de 3,4%);

soja é a quarta carga mais movimentada, com 27,1 milhões de toneladas

e crescimento de 2,4% no período.

No que tange ao desempenho do minério de ferro no trimestre, a empresa

Vale S/A, principal player do produto no Brasil, informou que a produção

de minério de ferro, no 1º trimestre, atingiu 59,6 milhões de toneladas,

abaixo das diretrizes de produção (guidance) de 63 a 68 milhões de

toneladas para o período. As principais causas para este resultado,

segundo a Vale, “são perdas de 4,5 milhões de toneladas no Sistema

Norte, por motivo de manutenção não programada em um transportador

de correia de longa distância, também por condições climáticas mais

severas e concentradas do que o habitual, especialmente em março e por

restrições operacionais em Serra Norte, relacionadas à postergação do

início das operações da nova frente de lavra de Morro 1; perdas de 1,8

milhão de toneladas por menores compras de terceiros, devido à menor

disponibilidade causada pelas fortes chuvas no sudeste do Brasil; e perdas

de 2,1 milhões de toneladas por questões operacionais no Sistema

Sudeste, principalmente no Complexo de Itabira.

A Figura 9 mostra a evolução das principais mercadorias movimentadas no

histórico dos primeiros trimestres de 2016 a 2020. Podemos observar

claramente um aumento crescente e constante da movimentação de soja.

Figura 9: Evolução da movimentação por tipo de mercadoria (milhões de

toneladas): 2016-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

57,1%26,4%

11,2%

5,4%

Granel Sólido Granel Líquido e Gasoso Carga Conteinerizada Carga Geral

84,2

93,487,5 85,5

70,3

46,149,3 50,2 50,2 61,0

23,123,7 26,8 26,7 27,7

17,623,0 24,4 26,5 27,1

16-1ºT 17-1ºT 18-1ºT 19-1ºT 20-1ºT

Minério De Ferro Petróleo E Derivados Contêineres Soja

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

21

2.1. Granel sólido

O perfil de carga granel sólido detém a liderança em tonelagem bruta

movimentada em portos brasileiros dentre todos os perfis de carga

analisados. Em participação, foi responsável por 57,1% do peso bruto total

movimentado no país, no 1º trimestre do ano. Foram 141 milhões de

toneladas de granel sólido embarcadas e desembarcadas nos portos

públicos e privados (Figura 10), o que compreende uma redução de 8%

quando comparado ao mesmo período do ano anterior, correspondendo a

cerca de 12,3 milhões de toneladas subtraídas na operação do trimestre.

Figura 10: Granel Sólido - Evolução da Movimentação Trimestral: 2018-2020

(milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Os portos privados movimentaram 66,5% da fatia dos granéis sólidos nos

primeiros três meses deste ano, enquanto os portos públicos obtiveram

participação de 33,5% (Figura 11).

Figura 11: Granel Sólido – Distribuição da Carga por tipo Instalação Portuária (%

de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ.

Dentre os segmentos de mercadorias em granel sólido, minério de ferro

continua sendo de maior relevância, com 49,8% de toda a movimentação

desse perfil de carga, seguido pela soja (19,2%), bauxita (5,9%) e adubos

(4,2%). A Figura 12 mostra o peso bruto dessas mercadorias movimentado

no 1º trimestre de 2020, com a variação percentual quando comparado ao

1º trimestre do ano passado.

155,4

182,0

194,3

184,7

153,3

163,2

192,5

171,5

141,0

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1º

66,5%

33,5%

Porto Privado Porto Público

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

22

Figura 12: Granel Sólido - Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de

toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

O minério de ferro é o principal produto do grupamento de minerais

movimentado nos portos brasileiros, sendo também a mercadoria com

maior tonelagem total de movimentação portuária nacional: 70,3 milhões

de toneladas, somente no 1º trimestre de 2020. Desse montante, 89,9%

foi operado em portos privados, com destaque para o Terminal de Ponta

da Madeira, com 38,9 milhões de toneladas.

Figura 13: Minério de Ferro – Participação das principais instalações

movimentadoras (% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

Apesar da diminuição da movimentação, o porto de Itaguaí foi responsável

por 9,8% da movimentação de minério de ferro no período, sendo o

principal porto público na operação dessa commodity. Em participação

sobre o total movimentado, as quatro instalações que mais movimentaram

minério de ferro, no 1º trimestre deste ano, detiveram 88,4% do total

movimentado no país.

70,3

27,1

8,4

5,9

0 50 100

Minério de Ferro

Soja

Bauxita

Adubos (Fertilizantes) ▲ 11,81%

▼ -17,82%

▲ 19,41%

55,3%14,5%

9,8%

8,8%

Ponta da Madeira Terminal de Tubarão

Itaguaí Porto do Açu - Terminal de Minério

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

23

Figura 14: Minério de Ferro – Volume das principais instalações movimentadoras

(milhões de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ

A Figura 15 mostra a tonelagem total movimentada de soja e milho (granéis

agrícolas), no histórico dos últimos nove trimestres, nos portos públicos e

privados brasileiros.

Figura 15: Soja e Milho – Evolução trimestral na movimentação de granéis

agrícolas (milhões toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ

2.2. Granel líquido

No 1º trimestre de 2020 foram movimentadas 65,1 milhões de toneladas

de granéis líquidos, valor 15,4% superior ao montante movimentado no

mesmo período do ano passado (Figura 16).

38,9

10,2

6,9

6,2

0 10 20 30 40

Ponta da Madeira

Terminal de Tubarão

Itaguaí

Porto do Açu - Minério ▲ 38,15%

▲ 0,74%

▼ -36,99%

▼ -47,66%

Milhões

24,4

41,4

23,6

13,4

26,5

34,9

17,513,5

27,1

3,8

0,5

14,7

16,3

5,3

4,7

28,1

17,7

1,9

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1º

Milh

õe

s (t

)

Soja Milho

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

24

Figura 16: Granel Líquido – Evolução da Movimentação Trimestral: 2018-2020

(milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

A movimentação de granéis líquidos é predominantemente composta por

petróleo e seus derivados, que no 1º trimestre ocupou 89,8% de toda

tonelagem movimentada neste perfil de carga. No período, petróleo e

derivados tiveram crescimento de 16,6%, enquanto o gás de petróleo

apresentou queda de 8,4% em movimentação. Também foi constatada

redução na movimentação de Produtos Químicos Orgânicos (-6,6%).

Na Figura 17 é possível observar o montante movimentado por tipo de

mercadoria no perfil de granel líquido.

Figura 17: Granel Líquido – Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de

toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

Considerando-se a movimentação de granel líquido no 1º trimestre deste

ano, temos que os portos privados mantiveram uma predominância de

78,5% frente aos portos públicos, que movimentaram 21,5% do total,

como pode ser observado na Figura 18.

56,6

56,5

60,4 61,8

56,4

59,7

67,6

67,9

65,1

54

56

58

60

62

64

66

68

70

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1º

58,5

1,7

1,0

1,0

0 20 40 60

Petróleo e Derivados

Produtos Químicos Orgânicos

Soda Cáustica

Gás de Petróleo

▲ 16,60%

▼ -6,59%

▲ 5,54%

▼ -8,36%

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

25

Figura 18: Granel Líquido – Distribuição da Carga por tipo de Instalação Portuária

(% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ.

Sob a perspectiva da movimentação exclusiva de petróleo e derivados, o

Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (26,3%) e o Terminal Aquaviário de

São Sebastião (20,9%) são os maiores operadores brasileiros deste tipo

de mercadoria. Dentre os portos públicos, Suape lidera a participação, com

uma fatia de 7,2% da movimentação total de petróleo e derivados no 1º

trimestre (Figura 19).

Figura 19: Petróleo e Derivados – Participação das principais instalações

movimentadoras (% de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

A Figura 20 mostra o peso bruto total de petróleo e derivados operado

pelos principais movimentadores brasileiros desta mercadoria no 1º

trimestre de 2020.

78,5%

21,5%

Porto Privado Porto Público

26,3%

20,9%

8,7%

7,8%

7,2%

7,2%

Terminal Aquaviário de Angra Dos ReisTerminal Aquaviário de São Sebastião (Almirante Barroso)Terminal Aquaviário de Madre De DeusTerminal de Petróleo Tpet/Toil - AçuTerminal Aquaviário da Ilha D'ÁguaSuape

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

26

Figura 20: Petróleo e Derivados – Volume das principais instalações

movimentadoras (milhões de toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

2.3. Contêineres

No 1º trimestre de 2020 foram movimentados 2,5 milhões de TEU,

representando um crescimento de 4,1% em relação ao mesmo período de

2019 (Figura 21).

Figura 21: Evolução trimestral dos Contêineres Movimentados (TEU em milhões):

2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

No período apresentado, aproximadamente 66,8% da movimentação de

contêineres no Brasil, em TEU, foi realizada em portos públicos, como

observamos na Figura 22.

Nos últimos nove trimestres, do 1º trimestre de 2018 até o 1º trimestre de

2020, podemos observar uma tendência de equilíbrio na participação do

mercado de contêineres entre portos públicos e portos privados.

15,4

12,2

5,1

4,6

4,2

4,2

0 5 10 15

Terminal de Angra Dos Reis

Terminal de São Sebastião

Terminal de Madre DeDeus

Terminal da Tpet/Toil - Açu

Terminal da Ilha D'Água

Suape

▲ 54,72%

▲ 32,25%

▲ 42,92%

▲ 12,25%

Milhões

▲ 62,69%

▲ 21,51%

2,4

2,4

2,7 2,7

2,4

2,6

2,8

2,7

2,5

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1º

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

27

Figura 22: Evolução trimestral da participação na movimentação contêineres

(TEU) nas Instalações Portuárias: 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração

GEA/SDS/ANTAQ.

Ainda sob a perspectiva da movimentação de contêineres, Santos lidera o

ranking do país com 30,3% de participação, seguido por Paranaguá

(8,6%). (Figura 23)

Figura 23: Contêineres – Distribuição entre as principais instalações portuárias

(% de TEU) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Em relação à evolução das instalações portuárias na operação de

contêineres, destaque para os números apresentados pela DP World

Santos, com 196,4 mil TEU movimentados no período, representando um

crescimento de 79,5% na comparação direta com o 1º trimestre de 2019.

Destaque também para Porto Itapoá, com 194,2 mil TEU e crescimento de

19,8%.

Crescimento considerável no trimestre foi também o apresentado pelo

porto privado de Chibatão, no Amazonas. Com o volume total de 148,4 mil

TEU movimentados de janeiro a março deste ano, o aumento comparativo

foi de 21,9%, considerando a mesma operação nos três primeiros meses

do ano passado.

70,5% 71,5%72,0% 70,8%

71,3% 69,4% 68,8% 68,6%66,8%

29,5% 28,5%

28,0% 29,2%

28,7%30,6%

31,2% 31,4%

33,2%

Porto TUP

30,3%

8,6%

8,0%

7,9%

6,8%

6,1%

Santos Paranaguá Dp World Santos

Porto Itapoá Portonave Rio Grande

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

28

A Tabela 8 mostra o ranking das dez principais instalações portuárias que

operaram contêineres nos primeiros trimestres de 2019 e 2020.

Tabela 8: Ranking dos maiores movimentadores de contêineres: 1° trimestre de

2019-2020 (em TEU). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

2020 1º T

Porto Público/ Privado

TEU

Var % 2019-1ºT

2020-1ºT

2019 1º T

Porto Público/ Privado

TEU

Var %

2018-1ºT 2019-1ºT

1º Santos

(SP) 745.625 ▲

2,25%

1º Santos (SP) 729.204 ▼ -5,02%

2º Paranagu

á (PR) 211.161 ▲

8,64%

2º Paranaguá

(PR) 194.370 ▲

10,63%

3º Dp World

Santos

(SP)

196.423 ▲ 79,48%

3º Portonave

(SC) 164.424 ▼ -

9,23%

4º Porto

Itapoá

(SC)

194.239 ▲ 19,78%

4º Porto Itapoá

(SC) 162.166

▲ 6,19%

5º Portonave

(SC) 167.237 ▲

1,71%

5º Rio Grande

(RS) 161.468 ▼ -

6,39%

6º Rio

Grande

(RS)

149.898 ▼ -7,17%

Itajaí (SC) 148.710 ▲ 91,81%

7º Porto

Chibatão

(AM)

148.369 ▲ 21,90%

7º Porto

Chibatão

(AM)

121.714 ▲ 63,23%

8º Itajaí (SC) 128.371 ▼ -13,68%

8º Suape (PE 109.675 ▲ 3,99%

9º Suape

(PE) 121.478 ▲

10,76%

9º Dp World

(SP) 109.442 ▼ -

30,70%

10º

Salvador

(BA) 83.342 ▲

11,58%

10º Rio de

Janeiro (RJ) 82.137 ▲

18,31%

2.4. Carga geral

A movimentação de carga geral no 1º trimestre deste ano alcançou 13,3

milhões de toneladas (Figura 24), correspondendo a uma queda de 0,5%

em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse recuo no

trimestre se deve principalmente à queda na movimentação de ferro e aço

(-12,7%) e madeira (-36%), que não pôde ser compensada pelo

crescimento da movimentação de pasta de celulose (+15,8%).

Figura 24: Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação Trimestral: 2018-

2020 (milhões de toneladas). Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

A principal mercadoria movimentada no período foi exatamente a pasta de

celulose, com 4,4 milhões de toneladas e 33,3% de participação do total

da movimentação de carga geral nos portos públicos e privados no

13,213,4

15,5

15,0

13,3

14,0

12,9

15,0

13,3

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1º

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

29

trimestre. Ferro e aço foi a segunda mercadoria mais movimentada em

carga geral no 1º trimestre, com 4,2 milhões de toneladas e 31,7% de

participação. A madeira ocupa a terceira posição neste quesito, com 1,1

milhão de toneladas movimentadas e 8,1% da fatia do total operado neste

perfil de carga.

Figura 25: Carga Geral Solta – Principais Mercadorias Movimentadas (milhões de

toneladas) – 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

3. TIPOS DE NAVEGAÇÃO

3.1. Longo Curso

No 1º trimestre de 2020, a movimentação de cargas na navegação de

longo curso teve resultado abaixo do registrado em relação ao mesmo

trimestre de 2019, com variação percentual de -5,8%, totalizando 167,9

milhões de toneladas movimentadas nos portos e terminais brasileiros.

Considerando-se o sentido das cargas, que corresponde aos movimentos

de exportação (embarque) e importação (desembarque), tem-se que a

exportação representou 79,3% do total de cargas movimentadas no longo

curso, neste 1º trimestre, o que é bastante significativo para o resultado da

corrente de comércio brasileira. Foram exportadas 133,1 milhões de

toneladas, correspondendo a um decréscimo de 8,1% frente ao 1º

trimestre de 2019. Quanto à importação, a variação mostra crescimento

de 3,9%, com 34,8 milhões de toneladas desembarcadas. (Figura 26)

Figura 26: Evolução Trimestral da Movimentação de Longo Curso (milhões de

toneladas): 2018-2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

4,4

4,2

1,1

Pasta de Celulose

Ferro e Aço

Madeira ▼ -35,95%

▲ 15,82%

▼ -12,70%

181,5

203,6

224,1216,2

178,3188,3

222,2

205,6

167,9

147,3

167,8

183,7 177,9

144,8 150,6

181,6

166,2

133,1

34,2 35,9 40,4 38,3 33,5 37,7 40,5 39,4 34,8

18-1º 18-2º 18-3º 18-4º 19-1º 19-2º 19-3º 19-4º 20-1ºTotal LC Exp Imp

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

30

Nas exportações (Figura 27), destaque negativo para o minério de ferro,

com queda de 20% na movimentação; destaque positivo para petróleo e

derivados, com aumento na movimentação de 62,7%; e açúcar (+25,7%).

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior - Secex, a exportação de

açúcar no Brasil tem sido impulsionada pelo câmbio favorável, o que tem

fortalecido os negócios e a fabricação do produto no país.

Figura 27: Comparativo das Principais Mercadorias Movimentadas na

Exportação (% de toneladas): Comparativo entre 1° Trimestres: 2019/2020.

Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Nas importações (Figura 28), as mercadorias tiveram como destaque a alta

no desembarque de contêineres (+3,8%), adubos fertilizantes (+12,2%) e

trigo (+10,1%). Outros destaques são a queda na movimentação de

petróleo e derivados (-1,3%) e de carvão mineral (-0,6%). No que tange

aos fertilizantes, a consultoria INTL FCStone, especializada no setor,

divulgou que as entregas de fertilizantes aos agricultores do Brasil, que é a

ponta do consumo desse tipo de mercadoria, foram estimadas em patamar

recorde de 36,6 milhões de toneladas para 2020, alta de 1% ante 2019,

com o setor de grãos impulsionando tal comportamento. É importante

ressaltar que a movimentação de adubos fertilizantes nos portos brasileiros

oscila sazonalmente, conforme a época de preparação para o plantio e a

cultura preferencial adotada para determinada safra.

Figura 28: Principais Mercadorias Movimentadas na Importação (% de

toneladas): Comparativo entre 1° Trimestres: 2019-2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

As Tabelas 9 e 10 mostram os principais parceiros comerciais, em termos

de volume de carga, na navegação de Longo Curso, neste 1º trimestre. O

▼ -20,07%

▲ 6,45%

▲ 62,69%

▼ -0,44%

▲ 25,75%

0 30 60 90 120

Minério de Ferro

Soja

Petróleo e Derivados

Contêineres

Açúcar

Milhões (t)

20-1º 19-1º

▲ 3,78%

▼ -1,30%

▲ 12,22%

▼ -0,63%

▲ 10,10%

0 5 10

Contêineres

Petróleo e Derivados

Adubos (Fertilizantes)

Carvão Mineral

Trigo

Milhões (t)

20-1º 19-1º

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

31

Brasil exportou primordialmente produtos básicos (commodities), como

minério de ferro (48,9%) e soja (15%).

A China foi o principal destino das mercadorias brasileiras no 1º trimestre

deste ano, representando 48,4% das nossas exportações. No quesito de

parceira comercial nas importações, a principal origem das cargas foram

os EUA, responsáveis por 28% da movimentação que aporta aos portos

brasileiros, sendo petróleo e derivados (42,8%) e carvão mineral (16%) as

principais cargas importadas dos EUA no trimestre.

Tabela 9: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na exportação - 1°

Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

País Destino Toneladas Participação (%)

1º China 64.462.214 48,4%

Minério de Ferro 41.361.364 64,2%

Soja 14.121.308 21,9%

2º Estados Unidos 5.838.293 4,4%

Ferro e Aço 1.707.351 29,2%

Contêineres 1.219.828 20,9%

3º Holanda 5.756.422 4,3%

Minério de Ferro 3.752.281 65,2%

Contêineres 588.704 10,2%

4º Malásia 5.421.501 4,1%

Minério de Ferro 5.068.866 93,5%

Açúcar 219.946 4,1%

5º Singapura 5.295.178 4,0%

Petróleo e Derivados 2.721.224 51,4%

Soja 1.343.091 25,4%

Outros Países 46.359.246 34,8%

Tabela 10: Principais Parceiros Comerciais – Movimentação na importação

- 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

País Origem Toneladas Participação (%)

1º Estados Unidos 9.750.722 28%

Petróleo e Derivados 4.176.372 42,8%

Carvão Mineral 1.561.995 16,0%

2º Argentina 3.142.194 9%

Trigo 1.595.288 50,8%

Contêineres 619.275 19,7%

3º China 2.911.080 8,4%

Contêineres 2.043.999 70,2%

Adubos (Fertilizantes) 467.042 16,0%

4º Colômbia 2.172.811 6,2%

Carvão Mineral 1.467.780 67,6%

Contêineres 328.902 15,1%

5º Rússia 1.362.798 3,9%

Adubos (Fertilizantes) 684.100 50,2%

Carvão Mineral 365.388 26,8%

Outros Países 15.442.926 44,4%

3.2. Cabotagem

A movimentação de cargas provenientes ou destinadas à navegação de

cabotagem apresentou, no 1º trimestre de 2020, variação positiva de

14,9% quando comparada com o mesmo trimestre do ano anterior. No

total, 62,9 milhões de toneladas foram movimentadas por esse tipo de

navegação, em portos públicos e privados; um crescimento de 8,1 milhões

de toneladas para o período.

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

32

As principais mercadorias nos terminais portuários que movimentaram

cargas destinadas ou provenientes da cabotagem, em participação no 1º

trimestre de 2020, foram: petróleo e derivados (62,4%), contêineres

(12%), bauxita (10,7%) e minério de ferro (6,7%).

Figura 29: Principais Mercadorias movimentadas na Cabotagem (% de

toneladas): Comparativo entre 1° Trimestres: 2019/2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

No gráfico a seguir (Figura 30) é possível ver a distribuição percentual por

perfil de carga na cabotagem, no 1º trimestre de 2020. Nesse tipo de

navegação, o granel líquido é o mais representativo, com uma fatia de

60,9% de participação; o granel sólido vem logo a seguir com 22,4% de

participação.

Figura 30: Participação por perfil de carga na navegação de cabotagem (% de

toneladas) - 1° Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Quanto à movimentação de contêineres (TEU) na cabotagem, esta

registrou alta de 9,8% no período. Das principais instalações portuárias que

movimentaram esse perfil de carga na cabotagem, apresentaram alta

expressiva no 1º trimestre deste ano o Porto Chibatão (+20,5%) e DP

World Santos (+44,5%), conforme Figura 31.

É importante ressaltar que quando analisamos a movimentação de

contêineres na cabotagem, no 1º trimestre deste ano, por tipo de

instalação portuária, os portos privados tiveram um crescimento de 17%,

enquanto os portos públicos cresceram 5,8%.

▲ 16,73%

▲ 9,31%

▲ 39,35%

▲ 21,56%

▼ -11,95%

0 20 40

Petróleo e Derivados

Contêineres

Bauxita

Minério de Ferro

Ferro e Aço

Milhões (t)

20-1º 19-1º

60,9%22,4%

12,0%

4,6%

Granel Líquido Granel Sólido

Carga Conteinerizada Carga Geral

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

33

Figura 31: Principais Instalações portuárias na movimentação de Contêineres na

Cabotagem - Comparativo entre 1º trimestres (TEU): 2019/2020. Fonte: SDP.

Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

As operações de carga conteinerizada na navegação de cabotagem são

um interessante indicador do status do comércio em geral, pois boa parte

da movimentação de contêineres na navegação de cabotagem se dá pelo

sistema de hub-feeder service, onde um porto principal, chamado hub port,

segmenta os contêineres que são recebidos de grandes navios porta-

contêineres e realiza a distribuição, via cabotagem, para portos regionais,

chamados feeder ports. O porto principal também consolida os contêineres

que são recebidos dos feeder ports e enviados em navios de maior

capacidade para hub ports de outras localidades.

Quando se olha o transporte de cargas entre instalações, efetuado por

navegação de cabotagem, incluindo plataformas de petróleo, também foi

registrado aumento (+16,6%) em relação ao mesmo período de 2019.

Neste último caso, transportou-se no Brasil, pela cabotagem, o total de

45,8 milhões de toneladas, considerando todos os perfis de carga.

3.2.1. Índice de utilização da frota de navios porta-contêineres na

cabotagem

A utilização da capacidade da frota no transporte marítimo de contêineres

é um dos temas centrais do mercado. O equilíbrio entre a capacidade de

oferta das empresas brasileiras de navegação (EBN) e a demanda por

transporte de contêineres na cabotagem é fundamental para o

desenvolvimento sustentável do mercado.

O Índice foi inicialmente calculado no 2º semestre de 2019, no bojo do

estudo intitulado “Estudo de Cabotagem: subsídio ao debate regulatório

sobre a competição no transporte de cargas no país, em médias e longas

distâncias, com foco no transporte de contêineres na cabotagem”,

desenvolvido pela equipe técnica da Gerência de Desenvolvimento e

Estudos (GDE) da Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e

Sustentabilidade (SDS) da ANTAQ, com apoio de integrantes da Gerência

de Estatística e Avaliação de Desempenho (GEA) e da Gerência de

Afretamento da Navegação (GAF) da ANTAQ.

O Índice de Utilização da Capacidade da Frota consiste na razão entre os

indicadores de demanda e de oferta., ou seja, Índice de Utilização da

Capacidade da Frota = 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎

𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑂𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎

O indicador de demanda é representado pela quantidade de contêineres

embarcados, cheios e vazios, na cabotagem, em TEU, para o período.

14

9.8

71

11

6.9

78

93

.68

7

64

.32

8

59

.76

3

12

9.1

84

97

.07

8

87

.25

0

44

.69

6

69

.22

9

20-1º 19-1º

▼ -13,67%

▲ 20,5%

▲ 7,38%

▲ 44,48%

▲ 16,01%

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

34

O indicador de oferta é representado pela Capacidade de Transporte da

Frota de navios porta-contêineres das EBN que operam em linhas

regulares na cabotagem (em TEU) - Aliança Navegação e Logística Ltda.,

Mercosul Line Navegação e Logística Ltda., e Log-in Logística Intermodal

S.A.

Para estimar a Capacidade de Transporte da Frota, identificou-se o IMO

de cada embarcação da frota de porta-contêineres das EBN já

mencionadas para o período, em seguida obteve-se a capacidade

individual em TEU de cada embarcação. A seguir, as rotas realizadas por

cada embarcação (serviços) foram mapeadas e foi contabilizado o tempo

médio para que determinada embarcação realizasse a rota completa

(rotação), calculando, assim, o número médio de escalas por mês para

cada rota. Por fim, considerou-se que, em cada escala, a embarcação

movimentaria o valor médio de contêineres movimentado por escala no

período (consignação média de embarque de contêineres cheios e vazios),

obtido a partir do Anuário Estatístico.

Importante mencionar que tal metodologia efetuou alguns aprimoramentos

em relação à metodologia originalmente utilizada no estudo supracitado.

Assim, os principais pontos de melhoria para tentar captar de forma mais

fidedigna a situação real de mercado, foram:

• Foi utilizada a capacidade em TEUs, de cada embarcação

individualmente, por meio de consulta aos websites

marinetraffic.com e vesseltracking.net, diferentemente do

1 A consignação média de embarque de contêineres (cheios e vazios) no período

foi de 370 (trezentos e setenta) em janeiro, 372 (trezentos e setenta e dois) em

fevereiro, e 400 (quatrocentos) em março de 2020. 2 Assim, foi expurgado o transporte de contêineres na cabotagem efetuado por

navios de linhas não-regulares; o transporte por embarcações estrangeiras por

estudo que estimou a capacidade de TEU em função

apenas da TPB;

• O número de escalas foi obtido mês a mês, a partir da

programação de navios das EBN (Aliança, Log-in, e

Mercosul Line) para cada uma das linhas regulares de

transporte de contêineres ofertados na cabotagem,

diferentemente do estudo que estimou o número de

escalas;

• Para a quantidade média de contêineres movimentada em

cada escala foi utilizada a consignação média de embarque

de contêineres cheios e vazios, obtida mês a mês, por meio

do Anuário Estatístico da ANTAQ1, em substituição à média

anual;

• Para o indicador de demanda, foi utilizada a quantidade de

contêineres embarcados (cheios e vazios) mês a mês, por

meio dos dados do Anuário Estatístico da ANTAQ,

entretanto, diferentemente do estudo, foi expurgada a

movimentação de contêineres atendida por embarcações

não constantes das programações de navios de linhas

regulares das EBN.2

Portanto, nesta edição, a Capacidade de Transporte da Frota é calculada

a partir da seguinte fórmula:

meio de autorizações de afretamento, quando inexiste ou há indisponibilidade da

frota brasileira; bem como o transporte por embarcações das demais empresas

não integrantes do universo das EBN objeto do Índice de Utilização da Capacidade

da Frota.

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

35

C = ∑ 𝐶𝑖 + (𝑀 ∗ 𝐸𝑖)𝑛𝑖

Onde:

C: Capacidade de Transporte da Frota

Ci: capacidade (nominal) em TEU da embarcação i;

M: consignação média de embarque (contêineres cheios e vazios) no

período;

Ei: número de escalas da embarcação i no período.

A figura a seguir, demonstra a evolução da proporção de TEUs

movimentados nas embarcações que realizaram serviço de linhas

regulares no período, vis-à-vis com as demais embarcações.

Figura 32: Proporção de carga conteinerizada transportada na cabotagem por

tipo de serviço (regulares x não regulares). Fonte: SDP. Elaboração

GDE/SDS/ANTAQ.

É possível observar um incremento significativo de carga transportada por

embarcações que realizam serviços regulares de janeiro para março.

Como hipótese, como já sabido a pandemia do COVID-19, declarada pela

Organização Mundial da Saúde em março de 2020, afetou o comércio

exterior brasileiro, principalmente no que tange à diminuição das

exportações no período, o que pode ter impactado na redução do número

de embarcações de grandes armadores internacionais, que dão origem

aos denominados serviços feeders, muitas vezes realizados por

embarcações estrangeiras por intermédio de acordos operacionais entre

as EBNs e armadores internacionais.

Importante destacar que apesar da ocorrência da pandemia da COVID-19

e suas repercussões na economia brasileira e mundial, não se observou

queda da consignação média, tampouco verificou-se, na observação da

última programação de navios do mês de março, a ocorrência de redução

do número de escalas programadas ou o cancelamento atípico de escalas.

Portanto, a partir das premissas metodológicas apresentadas, a evolução

do índice de utilização da frota de navios porta-contêineres na navegação

de cabotagem para o 1º trimestre de 2020 é mostrada a seguir.

71,0% 77,8% 80,6%

29,0% 22,2% 19,4%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

jan/20 fev/20 mar/20

TEU LINHAS REGULARES TEU FORA LINHAS REGULARES

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

36

Figura 33: Proporção de carga conteinerizada transportada na cabotagem por

tipo de serviço (regulares x não regulares). Fonte: SDP. Elaboração

GDE/SDS/ANTAQ. Gráfico plotado a partir dos dados tabelados:

Tabela 11 - Indicadores de Demanda e Capacidade de Transporte da Frota para

formação do Índice, entre janeiro e março de 2020

Mês Demanda

(TEU)

Índice de Utilização da

Capacidade Frota

Capacidade de

Transporte da Frota

(TEU)

jan.20 93.676 71,4% 131.288

fev.20 97.614 70,8% 137.847

mar.20 112.279 77,4% 145.122

A seguir, é apresentada a composição da frota de navios porta-contêineres

operando em serviços de linhas regulares de contêineres na cabotagem

brasileira, por período do ano, de janeiro até março de 2020:

71,4%70,8% 77,4%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

jan/20 fev/20 mar/20

Índice de Utilização da Capacidade da Frota de Navios Porta-Contêineres na Cabotagem entre janeiro e março

de 2020 (em TEU)

Demanda (TEU)*

Capacidade Frota (TEU)**

Índice utilização capacidade frota***

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

37

Tabela 12 – Frota de navios porta-contêineres operando na cabotagem constantes da programação de navios das EBN de linhas regulares - em janeiro de 2020

Empresa Média Escalas por

Mês

Embarcação IMO TPB TEU

Mercosul Line 9,6 Mercosul Santos 9356153 33.890 2.478

Mercosul Line 9,6 Mercosul Suape 9356141 35.221 2.478

Mercosul Line 9,6 Mercosul Itajaí 9697002 35.586 2.500

Mercosul Line 8,5 Mercosul Guarani 9234135 34.133 2.470

Log-in 9,6 Log-in Polaris 9852365 36.861 2.700

Log-in 8,5 Log-in Jacaranda 9471886 37.968 2.814

Log-in 8,5 Bomar Resolve 9307839 33.074 2.474

Log-in 8,5 Aldebaran 9301990 37.274 2.785

Log-in 17,1 Log-in Pantanal 9351799 23.821 1.706

Log-in 8,6 Log-in Resiliente 9327669 38.600 2.711

Aliança 11,6 Américo Vespúcio 9603233 52.039 3.800

Aliança 13,5 Bartolomeu Dias 9625384 57.818 4.800

Aliança 13,5 Fernão de Magalhães 9603221 52.072 3.800

Aliança 13,5 João de Solis 9786762 52.161 3.800

Aliança 11,6 Monte Sarmiento 9283227 71.372 4.000

Aliança 11,6 Pedro Alvares Cabral 9603219 52.019 3.800

Aliança 11,6 Sebastião Caboto 9602875 52.065 3.800

Aliança 13,7 Vicente Pinzón 9625396 57.882 4.800

Total 199 18 embarcações

793.856 57.716

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

38

Tabela 13 - Frota de navios porta-contêineres operando na cabotagem constantes da programação de navios das EBN de linhas regulares – em fevereiro de 2020

Empresa Média Escalas por Mês Embarcação IMO TPB TEU

Mercosul Line 9,6 Mercosul Santos 9356153 33.890 2.478

Mercosul Line 9,6 Mercosul Suape 9356141 35.221 2.478

Mercosul Line 9,6 Mercosul Itajaí 9697002 35.586 2.500

Mercosul Line 8,5 Mercosul Guarani 9234135 34.133 2.470

Log-in 9,6 Log-in Polaris 9852365 36.861 2.700

Log-in 8,5 Log-in Jacaranda 9471886 37.968 2.814

Log-in 8,5 Log-in Jatoba (Phased in) 9471898 37.968 2.814

Log-in 8,5 Aldebaran 9301990 37.274 2.785

Log-in 17,1 Log-in Pantanal 9351799 23.821 1.706

Log-in 8,6 Log-in Resiliente 9327669 38.600 2.711

Aliança 12,9 Aliança Leblon 9292137 23.229 1.740

Aliança 11,6 Américo Vespúcio 9603233 52.039 3.800

Aliança 11,6 Bartolomeu Dias 9625384 57.818 4.800

Aliança 13,5 Fernão de Magalhães 9603221 52.072 3.800

Aliança 13,5 João de Solis 9786762 52.161 3.800

Aliança 11,6 Monte Sarmiento 9283227 71.372 4.000

Aliança 11,6 Maersk Ganges (Phased in

22 fev)*

9694581 65.223 5.400

Aliança 11,6 Pedro Alvares Cabral 9603219 52.019 3.800

Aliança 11,6 Sebastião Caboto 9602875 52.065 3.800

Aliança 13,7 Vicente Pinzón 9625396 57.882 4.800

Total 210 19 embarcações

821.979 59.796

* Maersk Ganges não foi considerado no somatório total devido à data avançada de “phased in” no mês de fevereiro

Fonte: Programação navios EBN, elaboração GDE/ANTAQ

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

39

Tabela 14 - Frota de navios porta-contêineres operando na cabotagem constantes da programação de navios das EBN de linhas regulares - em março de 2020

Empresa Média Escalas por Mês Embarcação IMO TPB TEU

Mercosul Line 9,6 Mercosul Santos 9356153 33.890 2.478

Mercosul Line 9,6 Mercosul Suape 9356141 35.221 2.478

Mercosul Line 9,6 Mercosul Itajaí 9697002 35.586 2.500

Mercosul Line 8,5 Mercosul Guarani 9234135 34.133 2.470

Log-in 9,6 Log-in Polaris 9852365 36.861 2.700

Log-in 8,5 Log-in Jacaranda 9471886 37.968 2.814

Log-in 8,5 Log-in Jatoba 9471898 37.968 2.814

Log-in 8,5 Aldebaran 9301990 37.274 2.785

Log-in 17,1 Log-in Pantanal 9351799 23.821 1.706

Log-in 8,6 Log-in Resiliente 9327669 38.600 2.711

Aliança 12,9 Aliança Leblon 9292137 23.229 1.740

Aliança 13,5 Américo Vespúcio 9603233 52.039 3.800

Aliança 11,6 Bartolomeu Dias 9625384 57.818 4.800

Aliança 11,6 Fernão de Magalhães 9603221 52.072 3.800

Aliança 13,5 João de Solis 9786762 52.161 3.800

Aliança 11,6 Maersk Ganges 9694581 65.223 5.400

Aliança 11,6 Pedro Alvares Cabral 9603219 52.019 3.800

Aliança 11,6 Sebastião Caboto 9602875 52.065 3.800

Aliança 13,7 Vicente Pinzón 9625396 57.882 4.800

Total 210 19 embarcações

815.830 61.196

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

40

Com base nas tabelas acima, nota-se que a quantidade de embarcações

das EBN operando no transporte de linhas regulares de contêineres na

cabotagem permanece praticamente inalterado no período observado (18

embarcações em janeiro, 19 embarcações em fevereiro e 19 embarcações

em março). Observa-se ainda um aumento da soma de TEU da frota, de

57.716 TEUs em janeiro para 61.196 TEUs em março de 2020.

A Capacidade de Transporte da Frota no período aumenta de 131.288

TEUs em janeiro para 145.122 TEUs em março, devido aos seguintes

fatores: aumento da capacidade em TEU total das embarcações3, aumento

da consignação média no período; aumento da média de escalas por mês

(de 199 escalas mensais em janeiro para 210 escalas mensais em fevereiro

e 210 escalas mensais em março)4.

Por fim, ressalta-se que a ANTAQ acompanhará periodicamente o índice

de utilização da capacidade da frota de navios porta-contêineres na

cabotagem, que é calculado a partir de premissas e modelo teórico

explicitados nesse relatório, se constituindo em uma proxy da realidade e

não tendo a ambição de cravar o número real verificado. No entanto, as

tendências verificadas a partir do índice, correlacionadas à visão dos

usuários da navegação de cabotagem no que tange aos serviços

prestados pelas EBNs, serão importantes sinalizadores de suficiência da

frota e da eventual necessidade de medidas regulatórias.

3 O aumento da soma de TEUs das embarcações ocorreu em razão: do aumento

do número de embarcações, da substituição da operação por embarcações de

maior porte, por razões de docagem, fatores comerciais, ou mesmo por fatores

sazonais, que, ainda, não podem ser medidos pela diminuta série histórica, recém-

inaugurada.

3.3. Navegação interior

A movimentação de cargas provenientes ou destinadas à navegação

interior, no 1º trimestre de 2020, registrou queda percentual de 7%,

quando comparada com o 1º trimestre do ano passado. Esse recuo

corresponde a menos 1,1 milhão de toneladas movimentadas por esse tipo

de navegação, na comparação entre os trimestres.

Destaques positivos para o incremento de movimentações foram: madeira

(+26,1%), minério ferro (+64,3%) e petróleo e derivados (+18,6%);

destaques negativos para os recuos na movimentação de produtos

químicos orgânicos (-28,9%) e soja (-3,4%).

A Tabela 15 mostra a quantidade de toneladas movimentadas, assim como

a participação de cada mercadoria, na navegação interior.

4 O aumento da média total de escalas no mês ocorreu em razão: da entrada em

operação de embarcação adicional; e da operação de embarcação em rotas com

menor tempo de viagem entre cada escala, e consequentemente, um maior

número de escalas no mês.

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

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Tabela 15: Principais Mercadorias movimentadas na navegação interior - 1°

Trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Ranking Mercadorias Toneladas Market

Share %

Var %

2019-1T / 2020-

1T

1º Soja 7.437.410 50,5% ▼ -3,37%

2º Petróleo E

Derivados 1.819.697 12,4% ▲ 18,57%

3º Minério De

Ferro 844.958 5,7% ▲ 64,27%

4º Pasta De

Celulose 791.548 5,4% ▲ 1,73%

5º Semirreboqu

e Baú 749.948 5,1% ▲ 5,96%

6º Produtos

Químicos

Orgânicos

475.919 3,2% ▼ -28,92%

7º Adubos

(Fertilizantes) 314.976 2,1% ▲ 6,12%

8º Bauxita 293.742 2,0% ▼ -19,10%

9º Madeira 242.851 1,6% ▲ 26,08%

10º Contêineres 236.805 1,6% ▼ -27,15%

Demais

Mercadorias 1.521.264 10,3%

A maior parte das cargas na navegação interior é movimentada em portos

privados, correspondendo a 74,2% do total observado no 1º trimestre de

2020. A Tabela 21, a seguir, apresenta as dez principais instalações

portuárias (públicas e privadas) na movimentação de cargas via

navegação interior, que juntas totalizaram 57% de toda a carga

movimentada nesse tipo de navegação; destaques positivos para o

incremento de movimentação foram: Estação Cianport Miritituba/PA

(+30,2%), Porto Gregório Curvo/MS (+55,7%), Terminal Vila do Conde/PA

(+43,2%), Terminais Fluviais do Brasil/AM (+39,6%) e Hidrovias do Brasil

Miritituba/PA (+32,8%); quedas nas movimentações em Porto Velho/RO (-

22,3%) e Rio Grande/RS (-11,4%).

Tabela 16: Principais instalações portuárias na movimentação na navegação

interior – 1° trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ.

Ranking Porto Público e

Privado UF Toneladas

Market

Share %

Var %

2019-1T /

2020-1T

1º Santarém PA 1.707.162 11,6% ▲ 1,82%

2º Hidrovias do

Brasil Miritituba PA 1.037.125 7,0% ▲ 32,77%

3º Terminal Vila do

Conde PA 976.670 6,6% ▲ 43,23%

4º Terminais

Fluviais do Brasil AM 816.908 5,7% ▲ 39,61%

5º Terminal de

Expedição de

Grãos

Portochuelo

RO 802.659 5,4% ▲ 7,94%

6º Rio Grande RS 708.981 4,8% ▼ -11,39%

7º Estação

Cujubinzinho RO 646.998 4,4% ▲ 5,16%

8º Porto Velho RO 629.323 4,3% ▼ -22,34%

9º Porto Gregório

Curvo MS 558.042 3,8% ▲ 55,70%

10º Estação Cianport

Miritituba PA 496.286 3,4% ▲ 30,22%

Demais

Instalações 6.326.578 42,9%

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Boletim Aquaviário - 1º trimestre - 2020

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Ao se analisar os perfis de carga movimentados nesta navegação, nos três

primeiros meses deste ano, observa-se que granel sólido (commodities)

respondeu por 64% de participação (9,3 milhões de toneladas), granel

líquido com 17,5% de participação (2,6 milhões de toneladas), carga geral

com 16,3% de participação (2,4 milhões de toneladas), e o perfil de carga

em contêineres, com 2,2% de participação (318 mil toneladas). (Figura 35)

Figura 34: Total Movimentado em Navegação Interior – Perfil de Carga (milhões

de toneladas): 1º trimestre de 2020. Fonte: SDP. Elaboração GEA/SDS/ANTAQ

9,3

2,6

2,4

0,3

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0

Granel Sólido

Granel Líquido

Carga Geral

Carga Conteinerizada

Milhões (t)

▼ 2,2%

▲ 4,1%

▼ 13,6%

▲ 6,5%

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