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MENSAGEM À COMUNIDADE A leitura do Evangelho recorda que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como su- blinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 1). Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não con- segue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocu- pada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpin- taria onde ensinou o ofício a Jesus. Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao pro- jeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua von- tade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acon- HOMILIA DO PAPA FRANCISCO tecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guar- demos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é sim- plesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pes- soas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciproca- mente, depois, como pais, cuidam dos fi- lhos, e, com o passar do tempo, os própri- os filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz res- peito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus! E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica resse- quido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher. Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa von- tade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembre- mo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vi- giar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura. A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar re- quer bondade, requer ser praticado com

Boletim Novo Mundo Abril 2013

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Boletim Mundo Novo informativo da Paróquia N. S. Esperança.

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MENSAGEM À COMUNIDADE

A leitura do Evangelho recorda que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa»

(Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como su-blinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 1).

Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não con-segue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocu-pada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpin-taria onde ensinou o ofício a Jesus.

Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao pro-jeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua von-tade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acon-

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

tecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guar-demos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!

Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é sim-plesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pes-soas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciproca-mente, depois, como pais, cuidam dos fi-lhos, e, com o passar do tempo, os própri-os filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz res-

peito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!

E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica resse-quido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa von-tade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembre-mo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vi-giar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.

A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar re-quer bondade, requer ser praticado com

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A PASTORAL PAROQUIAL

PASTORAL DO BATISMO

Nossa Paróquia teve a alegria de aco-lher no final dos meses de Novembro e Dezembro de 2012 novos membros em nossa família cristã, através do Sacra-mento do Batismo celebrado pelo padre Boim, cujos nomes de Batismo são: An-dré Pires Nespatti; João Luz Cosentino; Lauren Lemes Rando; Manuela Marchiori Gil; Mariana Luiza Mainardi de Camargo; Mariana Pires Nespatti; Mateus Fiel Zac-

CATEQUESE DA CONFIRMAÇÃOEste é o meu mandamento: amai-vos

uns aos outros, como eu vos amo (Jo 15,12). É muito importante refletir com seriedade e maturidade sobre nossas atitudes co-tidianas, de modo que elas sejam perma-nentemente voltadas para a realização do bem. Uma dessas questões é: basta amar?

Embora se fale, se leia e se escreva muito a respeito do amor, este termo tem assumido ao longo da história inúmeros significados, que se mostram incom-patíveis uns com os outros, e até antagônicos. Em adição, costuma ser interpretado de forma pessoal e subjetiva, sendo essa interpretação arbitrariamente variada, ao gosto de cada um, de acordo com o contexto ou com a conveniência em cada ocasião, e via de regra, costuma ser exercido, na vida cotidiana, de modo muito imperfeito.

O amor, conforme a percepção do ser humano, é limitado, deficiente, frequentemente até incorreto, especialmente quando traveste um pseudo-amor, aproveitador, interesseiro, egocêntrico e individualista. Mesmo quando repleto de boas intenções, este perfil de amor com frequência tende a nos conduz para desatinos, carregados de atitudes equivo-cadas, insanas e malfadadas.

Assim sendo, tomado o sentido correto da palavra, não é suficiente apenas “amar”. A título de ilustração podem-se mencionar: o “amor” tresloucado entre Romeu e Julieta, o “amor” de pais que cedem a todos os caprichos dos filhos, o “amor” egocêntrico dos apaixonados quando, para conseguirem o que desejam, exigem de seu(sua) namorado(a) uma daquelas “provas de amor” (“se me ama, então prove agora”), etc.

O sentido mais profundo, mais elevado e perfeito da palavra Amor (Ágape ou Cáritas) é o amor divino com que Deus nos ama. O amor com que Deus nos ama não é um mero sentimento, mas, de tão forte e poderoso, é uma pessoa divina, o Espirito Santo, o mesmo Espírito que acompanhou e impulsionou Jesus na sua missão salvífica.

O Espírito Santo, conhecido como Paráclito ou advogado, é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, que nos ensina, por meio de sons inefáveis - resultantes de um rela-cionamento íntimo conosco - o modo correto com o qual Deus deseja que Seu amor in-finito seja manifestado aos homens e por eles praticado. Através do próprio ser humano, o Espírito Santo faz chegar, de modo harmonioso, ordenado, eficiente, na medida certa e sem distrações, a sua misericórdia aos corações necessitados. Amar com o Espírito Santo de Jesus, é praticar um amor desprendido, desinteressado e altruístico, é amar com per-feição, pautado na verdade, na justiça, no perdão e na sabedoria divina.

Aos nossos queridos crismandos, já no segundo semestre de sua preparação para o Sacramento da Confirmação, a comunidade reza para que, animados pelo Espírito Santo, possam progredir no verdadeiro Amor e participar, na gratuidade, da plenitude desse Amor divino.

ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, traba-lhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota for-taleza de ânimo e capacidade de solici-tude, de compaixão, de verdadeira aber-tura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!

Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cor-deiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro po-der é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice lu-minoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, espe-cialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor ca-paz de proteger.

Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma es-perança, para além do que se podia es-perar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Tam-bém hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos espe-rança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tan-tas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.

Ao guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cum-prir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a es-trela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!

Disponível em: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/homilies/2013/documents/papa-frances-co_20130319_omelia-inizio-pontificato_po.html Acesso em: 21 de Março de 2013.

CATEQUESE 1ª. EUCARISTIANo dia 05 de Março teve início a Cate-

quese para a 1ª. Eucaristia. A acolhida na comunidade aos pais e às crianças da Cate-quese ocorreu no último dia 20, quando foi celebrada a Eucaristia e também foram entregues as Bíblias aos catequizandos. Na comunhão o cristão experimenta a sal-vação de Deus anunciada por Jesus e es-sas famílias são protagonistas conosco na missão evangelizadora!

caro; Pedro Gomides Cirosi; e Valentina Curi Cardamone. Que nosso testemunho de fé possa animar na vida cristã todos os que foram, com Cristo, mergulhados nas águas da vida!

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NOVO MUNDO Boletim informativo Paroquial PG 3

MissAs Terça à Sexta, às 18h.Sábado, às 16h.Domigo, às 8h30,11h e 19h.

serviços pAstorAisGrupo Gente Ativa Segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no Salão Paroquial.

Grupo de Oração terça-feira, das 14h às 15h30, na igreja.

Pastoral da Caridadeterça-feira, das 14h às 16h30.

Pastoral da Amizadequarta-feira, às 20h, no Salão Paroquial.

Narcóticos AnônimosSegunda a sexta-feira, das 20h às 22h, nas Salas inferiores.

CALeNDáRIO PAStORAL PAROquIAL

QUAL TEM SIDO A QUALIDADE DO TRABALhO QUE PRESTAMOS A DEUS?

PENSANDO NA VIDA DE FÉ

PASTORAL DO DÍZIMO

O Dízimo é a expressão mais concreta da oferenda de nosso trabalho, que junta-mente com o pão e o vinho, são oferen-das agradáveis ao Senhor e transformadas nEle em vida para o seu povo reunido. O milagre da Bênção é a Gratidão. Louvar e Abençoar e ser Abençoado. O Dízimo é bênção enquanto expressão de gratidão e reconhecimento da ação de Deus na própria vida. Ninguém deve “pagar” o Dí-zimo. O Dízimo não é uma divida que se paga, mas é antes de tudo a parte que per-tence a Deus, à medida que reconhecemos a sua bênção sobre nós, concedendo-nos tudo o que temos e o que somos.

Para ofertar o Dízimo certamente não precisaremos pedir em troca céus e terra. São Paulo ensina: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados ao seu desígnio.” Quando somos promotores do bem e procuramos agir com retidão

E um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5). Este é o maior e o primei-ro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18) – cf. Mt 22,35-39. Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para aboli-los, mas sim para levá-los à perfeição (Mt 5,17).

O Novo Mandamento, que Jesus nos deixou sem abolir os de Moisés, nos relem-bra, sem deixar dúvidas, que é a Deus, antes e acima de tudo, que devemos dedicar, por direito e por dever (Lc 20,25) um amor total

e incondicional. Isso exige de nós uma con-versão sincera e irreversível (Jo 8, 10b-11), acompanhada de uma total disponibilidade (Mt 19,29), e de uma completa entrega à sua causa (Mt 8,21-22; 9,9; 19,21; Mc 1,18).

O que Jesus espera de nós não é uma adesão minimalista, restrita apenas ao cumprimento de algumas práticas consi-deradas essenciais à salvação. Vale a pena recordar, no Evangelho de São Mateus, a proposta de aperfeiçoamento da santi-dade que o Senhor nos faz, convidando-nos à perfeição, nos três capítulos do Ser-mão da Montanha (Mt 5-7).

A estrada de Jesus, em cujas passa-gens ele nos convida a caminhar, não tem atalhos fáceis (Mt 7,13; Lc 13,14), pois deve incluir a cruz, penhor de nossa sal-vação (Mt 10,38; 16,24; Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27). Por isso, Nosso Senhor se mostra tão exigente, ao instar-nos nada menos que à perfeição (Mt 5,48; 1Pd 1,15-16),

sem se contentar somente com a prática de um cristianismo primário e superficial (Mt 5,17; 19,16ss), mas convidando-nos a buscar sempre uma qualidade evangélica irrepreensível.

Isso se torna muito mais difícil de fa-zer se não contar com um forte empenho nosso, começando pela reserva prévia do nosso precioso tempo para o serviço de Deus. Muitos de nós, alguns talvez até bem intencionados, passamos uma vida satura-da de compromissos, sempre prioritários, dias e dias sem tempo nem disponibi-lidade, e assim justificamos nossa crônica atitude de recusar a Deus aquela parte do nosso tempo que é dele por direito.

Não seria essa nossa dificuldade de fato um sintoma de preguiça, uma ne-gação da nossa parte de fazermos justiça dando prioridade àquilo que devemos ao Criador, como de fato manda o Novo Mandamento de Jesus? Basta observar-

2 Conselho Administrativo Paroquial: no Salão Superior, às 18h.4 Formação: A fé dos Apóstolos: no Salão Superior, às 20h30.6 Catequese da Confirmação CRI-CRI: no Museu de Arte Sacra, das 8h30 às 16h.9 Conselho Pastoral Paroquial: no Salão Superior, às 20h30.13 Catequese da Confirmação (Entrega dos Símbolos): na Igreja, às 16h.16 Missa da Catequese: na Igreja, às 20h15.20 Catequese da Confirmação: na Igreja, das 8h30 às 12h30.20 Encontro: A FAMÍLIA, COMO VAI?: no Salão e Salas, o Dia todo.21 Missa da Padroeira: na Igreja, às 8h30, 11h e 19h.23 Reunião do Clero da Região Ipiranga.24 Confissão das Crianças: Escola Viva: na Igreja, das 15h30 às 17h30.24 Missa Santa Zita (Pastoral Amizade): na Igreja às 20h30.26 Pastoral do Dízimo: às 20h30.27 Preparação para Batismo: no Salão Paroquial, das 8h30 às 12h.27 1ª. Eucaristia Crianças: Escola Viva: na Igreja, às 10h.28 Celebração do Batismo: na Igreja, às 9h30.30 Padres do Setor: N.S. Esperança, às 9h.30 Conselho Pastoral Setor: N.S. Esperança, às 20h30.

em tudo o que fazemos, seguramente poderemos contar com a força de Deus em nossa vida. O Dízimo é uma bênção na vida daquele que crê na força da pro-clamação da Palavra, tem fé na Trindade Santa e, por isso, apresenta sua vida como oferenda viva. Esta pessoa sabe o valor que tem ofertar o Dízimo na comunidade. Fonte: CALVO, Edmundo de Lima. Dí-zimo – Bênção de Deus.

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NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialAno XVI – Edição 176 – ABRIL/2013 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialPG 4

“HAbeMuS PAPAM FRANCISCuM”

PAróquiA NOssA seNhOrA dA esPerANçAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

AtendiMento dA seCretAriA: Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das13h30 às 17h30. acesse o site www.paroquiansesperanca.org.br

41 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA

o novo pontífice é o Cardeal Jorge Ma-rio Bergoglio, Papa Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argen-

tina, em 17 de dezembro de 1936. O Papa je-suíta se formou como técnico químico, mas depois escolheu o caminho do sacerdócio e entrou para o seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estu-dos humanistas no Chile e em 1963, voltou para Buenos Aires e se formou em filosofia na Faculdade de Filosofia do Colégio máximo San José, de São Miguel.

De 1964 a 1965, ensinou literatura e psi-cologia no Colégio da Imaculada de Santa Fé e, em 1966, ensinou essas mesmas matérias no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.

De 1967 a 1970 estudou teologia na Fa-culdade de Teologia do Colégio máximo San José, de São Miguel, onde se formou. Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote. Em 1970-1971, completou a terceira aprova-ção em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973 fez a profissão perpétua. Foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel (1972-1973), professor na Faculdade de Teologia, Consultor da Província e Reitor do Colégio máximo. Em 31 de julho de 1973, foi eleito provincial da Argentina, cargo que desempenhou por seis anos. De 1980 a 1986, foi reitor do Colégio máximo e das Facul-dades de Filosofia e Teologia dessa mesma Casa e pároco da Paróquia de São José, na Di-ocese de San Miguel. Em março de 1986, via-jou para a Alemanha para completar sua tese de doutorado. Foi enviado pelos seus superi-ores ao Colégio do Salvador e passou para a igreja da Companhia na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor.

Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano, recebeu na catedral de Buenos Aires a

PRePARe-Se:1 Dia 02 de Maio o tema da Formação Paroquial será “Maria, mulher de fé”, às 20h30.2 No dia 05 de Maio acontecerá a Romaria à Aparecida do Norte, participe!3 Na Missa do dia 18 de Maio os crismandos da comunidade receberão o Sacramento da Confirmação, às 16h.

ordenação episcopal das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, do Núncio Apostólico Dom Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mer-cedes-Luján, Dom Emilio Ogñénovich. Em 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e em 28 de feve-reiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires por sucessão à morte do Cardeal Quarracino. É autor dos livros: «Meditaciones para religio-sos» de 1982, «Reflexiones sobre la vida apos-tólica» de 1986 e «Reflexiones de esperanza» de 1992.

É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina que não podem con-tar com um Ordinário de seu rito.

Grão-Chanceler da Universidade Católi-ca Argentina. Relator-Geral adjunto da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001). De novembro de 2005 a novembro de 2011 foi Presidente da Conferência Episcopal Argentina. Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Con-sistório de 21 de fevereiro de 2001, titular da Igreja de São Roberto Bellarmino. É Membro das Congregações: para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; do Pontifí-cio Conselho para a Família: da Pontifícia Comissão para a América Latina.

A nossa prece confiante, sem deixar de lado o discernimento à luz do Santo Espírito, ressoa o desígnio de São Francisco de Assis: reconstruir a Igreja!

Fonte: L’osservatore Romano.

mos os longos períodos de tempo que de tão bom grado empregamos em tantas coisas desnecessárias ou até supérfluas. Para serem solícitas à edificação do Rei-no, nossas atividades deveriam ser alvo constante de um bom discernimento. Como administramos nosso tempo? Qual é o lugar de Deus em nossa vida? Se, de fato, amamos a Deus acima de tudo, seria mesmo tão penoso, por exemplo, reser-varmos um tempo diário para dedicar à oração em família, à leitura da Palavra de Deus, a uma singela conversa sobre o amor, a verdade, a justiça e a paz?

Deus nos chama sempre, e a nós cabe atender a Seu chamado (Lc 14,16-27). Não devemos opor-lhe resistência por receio de com Ele nos comprometermos. Deus nunca nos convoca para tarefas im-possíveis, e quando as aceitamos, ainda que estejamos despreparados, Ele provê tudo aquilo que nos falta, para que bem cumpramos a missão que a nós confia.

Tempo, raramente temos de sobra, mas nossa boa vontade ajuda a criá-lo. Tirando do coração nossos sentimentos egoístas, cessemos de interpor obstácu-los às atividades para as quais Deus nos chama, abrindo assim espaço para elas em nossas prioridades. Da mesma ma-neira que, até com sacrifícios, fazemos de tudo para estarmos juntos daqueles a quem amamos, convém priorizar as coi-sas de Deus em nossa vida, atendendo-o sem hesitar, sempre que Ele nos chamar. Cultivemos e incentivemos o gosto e o respeito pelas coisas sagradas, a perseve-rança em fazer o bem, a fortaleza no teste-munho e na defesa dos valores cristãos, a seriedade na busca do conhecimento de Jesus, o estímulo à prática das virtudes.

Como um valioso exercício prático para este mês, convidamos a todos a nos sintonizarmos melhor com a reflexão que aqui termina, com o objetivo de reforçar o lado vertical do nosso relacionamento com Deus, através de uma cuidadosa leitura orante do Sermão da Montanha, nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de São Mateus. Aí Jesus manifesta claramente que apenas o mínimo essencial é insufi-ciente. Procuremos identificar todos os caminhos que o Senhor aponta para a nossa santificação, e tenhamos a coragem de começar, desde já, a por em prática es-ses ensinamentos de salvação.