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MENSAGEM À COMUNIDADE O mês de Junho é marcado pela memória de Santo Antonio (Par- tilha do Pão); São João (Fogueira do Amor); e São Pedro (Chave da Ci- dadania). A veneração que a Igreja dá aos santos remete ao Eclesiástico (Eclo 44, 1-15). O autor desse texto nos faz um convite importante: lembrar sempre dos antepassados, daqueles que tiveram uma vida digna e cuja sabedoria deve ser proclamada. Esse texto ajuda a entender o sentido da veneração que prestamos aos santos de nossa Igreja. Os santos são nos- sos antepassados e fizeram coisas gran- diosas, dignas de admiração. Agora, estão junto de Deus, na vida eterna, e fazem parte da história de nossa Igreja e da fé que ela professa. A fé que a Igreja professa hoje não foi inventada; foi herdada dos nossos ante- passados. Jesus conviveu com os após- tolos, suas primeiras testemunhas. Eles passaram adiante a experiência de fé que fizeram no seguimento de Jesus. Essa experiência chegou até nós cruzando o tempo, porque foi assumida e vivida pelos nossos antepassados. Então, nossa Igreja tem uma história. E essa história está re- pleta de pessoas que se destacaram no se- guimento de Cristo. A vida dessas pessoas é um exemplo para todos os que creem. A veneração aos santos é uma forma de valorizar a história de nossa Igreja, tratan- do com honra e dignidade as pessoas que se dedicaram ao seguimento de Cristo, fa- zendo com que a fé chegasse até nós. Quando nos lembramos desses nossos valorosos antepassados, devemos ter em mente que eles fizeram a parte que lhes cabia, cumpriram sua missão. Hoje, cabe a nós viver bem a fé e deixar um bom tes- FESTAS JUNINAS: NOSSOS SANTOS temunho de vida para os que virão depois de nós. Um dia, nós seremos os antepassa- dos das próximas gerações. E assim a ex- periência de fé vai ultrapassando gerações e seguindo adiante. Em um mundo marcado por con- tingências e limitações, não são poucos os que se perguntam se é possível ser santo, seguir de fato o caminho de Jesus. Será que os ensinamentos de Jesus não são uma utopia, um caminho impossível de trilhar? Será que é possível ser santo? A Igreja mostra que sim, apresentando o exemplo concreto da vida de tantas pes- soas que cultivaram a santidade. A Igreja nos incentiva a olhar para a vida dos san- tos, a perceber a dedicação deles no segui- mento de Jesus. Isso nos aproxima mais ainda do Mestre do lava-pés. Devemos, porém, tomar cuidado para que a nossa veneração aos santos não ga- nhe outro sentido e fique parecendo que admiramos os santos não por seu segui- mento exemplar a Jesus, mas porque eles teriam certos privilégios diante de Deus, ou seja, porque eles podem nos fazer fa- vores e alcançar graças especiais. Muitas vezes, até por falta de um esclarecimento maior sobre a religião, acabamos fazendo certas coisas de sentido duvidoso ou man- tendo certas práticas sem conhecer seu sentido. Um exemplo corrente disso está no ato de rezar para os santos. Temos, em nossa Igreja, o costume de rezar para os santos, pedindo a eles ajuda em alguma dificuldade. Às vezes pensamos que pedir aos santos é mais razoável que ir direto a Deus, pois eles são seres humanos como nós, capazes de se compadecerem de nos- sas fraquezas e sofrimentos. Mas, por trás dessa afirmação, há um equívoco: o de que Jesus, por ser Filho de Deus, não seria humano como nós. Ele é o Filho de Deus que se fez homem, totalmente homem. Ele sofreu como nós e por isso se compadece de nós. Ele sabe que não é fácil vencer as pelejas da vida e obedecer sempre a Deus. Por experimentar essa realidade humana tão plenamente, Ele é o verdadeiro inter- cessor e mediador junto ao Pai. Bom, se é assim, e os santos? Podemos pedir que os santos intercedam por nós? Podemos re- zar aos santos? Na verdade, nós não reza- mos apenas aos santos. Rezamos com os santos. Em comunhão com eles. Quando rezamos com os santos, lembramos a vida e as qualidades deles. Nesse caso, nossa oração não seria para pedir a intercessão deles, mas para estarmos unidos a eles no seguimento de Jesus Cristo. Na hora de agradecer, costumamos ficar perdidos, sem saber a quem dirigir o agradecimento. Na missa, por exemplo, não é incomum rezar em ação de graças a Nossa Senhora, a São Judas, entre ou- tros santos de nossa devoção. No entanto, devemos agradecer a Deus, pois Deus é o Senhor de tudo e é ele quem nos acom- panha sempre. Ele é o autor de todo bem. A missa é ação de graças a Deus por Jesus Cristo na ação do Espírito. Não faz sen- tido ação de graças a outro que não ao Pai, que ressuscitou Jesus dentre os mortos e, em Cristo, acolhe nossa vida como oferta.

Boletim Novo Mundo junho 2013

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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora da Esperança.

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MENSAGEM À COMUNIDADE

O mês de Junho é marcado pela memória de Santo Antonio (Par-tilha do Pão); São João (Fogueira

do Amor); e São Pedro (Chave da Ci-dadania). A veneração que a Igreja dá aos santos remete ao Eclesiástico (Eclo 44, 1-15). O autor desse texto nos faz um convite importante: lembrar sempre dos antepassados, daqueles que tiveram uma vida digna e cuja sabedoria deve ser proclamada. Esse texto ajuda a entender o sentido da veneração que prestamos aos santos de nossa Igreja. Os santos são nos-sos antepassados e fizeram coisas gran-diosas, dignas de admiração. Agora, estão junto de Deus, na vida eterna, e fazem parte da história de nossa Igreja e da fé que ela professa.

A fé que a Igreja professa hoje não foi inventada; foi herdada dos nossos ante-passados. Jesus conviveu com os após-tolos, suas primeiras testemunhas. Eles passaram adiante a experiência de fé que fizeram no seguimento de Jesus. Essa experiência chegou até nós cruzando o tempo, porque foi assumida e vivida pelos nossos antepassados. Então, nossa Igreja tem uma história. E essa história está re-pleta de pessoas que se destacaram no se-guimento de Cristo. A vida dessas pessoas é um exemplo para todos os que creem. A veneração aos santos é uma forma de valorizar a história de nossa Igreja, tratan-do com honra e dignidade as pessoas que se dedicaram ao seguimento de Cristo, fa-zendo com que a fé chegasse até nós.

Quando nos lembramos desses nossos valorosos antepassados, devemos ter em mente que eles fizeram a parte que lhes cabia, cumpriram sua missão. Hoje, cabe a nós viver bem a fé e deixar um bom tes-

FESTAS JUNINAS:NOSSOS SANTOS

temunho de vida para os que virão depois de nós. Um dia, nós seremos os antepassa-dos das próximas gerações. E assim a ex-periência de fé vai ultrapassando gerações e seguindo adiante.

Em um mundo marcado por con-tingências e limitações, não são poucos os que se perguntam se é possível ser santo, seguir de fato o caminho de Jesus. Será que os ensinamentos de Jesus não são uma utopia, um caminho impossível de trilhar? Será que é possível ser santo? A Igreja mostra que sim, apresentando o exemplo concreto da vida de tantas pes-soas que cultivaram a santidade. A Igreja nos incentiva a olhar para a vida dos san-tos, a perceber a dedicação deles no segui-mento de Jesus. Isso nos aproxima mais ainda do Mestre do lava-pés.

Devemos, porém, tomar cuidado para que a nossa veneração aos santos não ga-nhe outro sentido e fique parecendo que admiramos os santos não por seu segui-mento exemplar a Jesus, mas porque eles teriam certos privilégios diante de Deus, ou seja, porque eles podem nos fazer fa-vores e alcançar graças especiais. Muitas vezes, até por falta de um esclarecimento maior sobre a religião, acabamos fazendo certas coisas de sentido duvidoso ou man-tendo certas práticas sem conhecer seu sentido.

Um exemplo corrente disso está no ato de rezar para os santos. Temos, em nossa Igreja, o costume de rezar para os santos, pedindo a eles ajuda em alguma dificuldade. Às vezes pensamos que pedir aos santos é mais razoável que ir direto a Deus, pois eles são seres humanos como nós, capazes de se compadecerem de nos-sas fraquezas e sofrimentos. Mas, por trás

dessa afirmação, há um equívoco: o de que Jesus, por ser Filho de Deus, não seria humano como nós. Ele é o Filho de Deus que se fez homem, totalmente homem. Ele sofreu como nós e por isso se compadece de nós. Ele sabe que não é fácil vencer as pelejas da vida e obedecer sempre a Deus. Por experimentar essa realidade humana tão plenamente, Ele é o verdadeiro inter-cessor e mediador junto ao Pai. Bom, se é assim, e os santos? Podemos pedir que os santos intercedam por nós? Podemos re-zar aos santos? Na verdade, nós não reza-mos apenas aos santos. Rezamos com os santos. Em comunhão com eles. Quando rezamos com os santos, lembramos a vida e as qualidades deles. Nesse caso, nossa oração não seria para pedir a intercessão deles, mas para estarmos unidos a eles no seguimento de Jesus Cristo.

Na hora de agradecer, costumamos ficar perdidos, sem saber a quem dirigir o agradecimento. Na missa, por exemplo, não é incomum rezar em ação de graças a Nossa Senhora, a São Judas, entre ou-tros santos de nossa devoção. No entanto, devemos agradecer a Deus, pois Deus é o Senhor de tudo e é ele quem nos acom-panha sempre. Ele é o autor de todo bem. A missa é ação de graças a Deus por Jesus Cristo na ação do Espírito. Não faz sen-tido ação de graças a outro que não ao Pai, que ressuscitou Jesus dentre os mortos e, em Cristo, acolhe nossa vida como oferta.

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NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialPG 2

A PASTORAL PAROQUIAL

Recebei Senhor, minha oferta! Não é uma esmola, porque não sois mendigo. Não é uma contribuição, porque não pre-cisais. Não é o resto que me sobra que vos ofereço. Esta importância representa Sen-hor, meu reconhecimento, meu Amor. Pois, se tenho é porque me destes! [Oração do Dizimista]

Com alegria acolhemos os novos Di-zimistas da Paróquia Nossa Senhora da Esperança: Luis Henrique Abibe, Mar-celo Vieira, Luiz Claudio Menegazzi Gomes, Ana Célia Soares Gomes, Letícia Soares Gomes, Marcos Manoel Torrado, Cristiano de Andrade Altieri e Gilmar de Oliveira Garrone. Que Nossa Senhora da Esperança os proteja sempre!

O dizimista consciente busca santi-dade, quando a cada mês, procura ofere-cer um dízimo agradável a Deus. E, o que é um dízimo agradável a Deus? O dízimo agradável a Deus é a expressão da corresponsabilidade quanto à missão da Igreja; ocorre quando é consequência de uma vida de fé, manifesta em bens à co-munidade; quando se vive, de fato, a cari-dade.

A caridade é um amor feito resposta à necessidade do outro, visando seu cresci-mento, ajudando-o a perceber a verdade e praticar a justiça. Entende-se aqui por justiça, o comportamento ajustado à realidade de alguém.

A caridade é o próprio jeito de Deus, que é amor perfeito e pleno (cf. 1Jo 3,16-18). Quando amamos o próximo, experi-mentamos Deus. Ser dizimista é expres-sar, com seu dízimo, essa experiência de Deus, por meio da partilha. A caridade é

Nossa Paróquia teve a alegria de aco-lher no final do mês de Abril de 2013 novos membros em nossa família cristã, através do Sacramento do Batismo ce-lebrado pelo padre Boim, cujos nomes de

Aproxima-se o mês de Julho, quando nossa comunidade paroquial receberá um contingente juvenil oriundo do exterior para, posteriormente, dirigir-se ao Rio de Janeiro e celebrar a Jornada Mundial da Juventude junto ao Papa Francisco. Estes jovens serão acolhidos por equipes que envolverão jovens e casais de nossa Paróquia. Faremos uso da EMEI próxima à Igreja para que nossos visitantes-mis-sionários possam descansar e realizar as refeições. No entanto, outras atividades serão programadas e acompanhadas pelos leigos da comunidade. Você gostaria de estar conosco e ajudar? Seja bem-vindo!

Durante a missa solene de Pentecostes, presidida por Dom Celso e concelebrada pelos padres Boim e Edson, tivemos o rito da Confirmação de treze postulantes que, desde o meio do ano passado, vinham se preparando para receberem o sacramento do Espírito Santo.

Na celebração Dom Celso lembrou-nos que, ao contrário do que normal-mente fazemos quando rezamos, ao Es-pírito Santo nós não pedimos nada, senão que Ele próprio venha a nós (Vinde, Es-pírito Santo!). E, como fez no ato da Cri-ação, Ele vem, cria e dá vida.

Após a homilia, toda a assembleia renovou suas promessas batismais. Dom Celso impôs então suas mãos sobre os postulantes, pedindo a Deus, na Pessoa do Espírito Santo, a Sua presença com-pleta e total entre nós, em especial em cada um dos crismandos. Dom Celso convidou-nos a relembrarmos e reviver-mos nossa própria crisma, reafirmando a aceitação que então fizemos dos dons do Espírito Santo. Afinal, ao sermos ungidos com o óleo da crisma assentimos com um “Amém” ao ouvirmos o Bispo dizer “Re-cebe por este sinal o Espírito Santo, dom de Deus”.

Que isso sirva de incentivo aos que ainda não receberam em plenitude os sete dons do Espírito Santo, para que se ani-mem a preparar-se para no próximo ano receber esse Pentecostes em suas vidas. As inscrições para o novo ciclo da Catequese da Confirmação já estão abertas – procure a secretaria paroquial.

PASTORAL DO DÍZIMO: A SANTIDADEo nosso “vínculo de perfeição” (Cl 3,14) e a forma de todas as virtudes.

Jesus nos pede a misericórdia. Ter misericórdia é perdoar, praticar a justiça, dizer sempre a verdade, auxiliar nossos irmãos em suas dificuldades. Ainda, pro-movê-los, desejando-lhes todo o bem. O dízimo agradável a Deus tem essas carac-terísticas e conduz o dizimista à santidade.

Em Eclesiástico 1,27b lemos: “[...] o que é agradável a Deus é a fidelidade e a doçura”. Este é um aprendizado que o di-zimista deve sempre praticar para alcan-çar a santificação. A busca da santidade também passa pela cruz. Entretanto, o dizimista fiel e corresponsável encontrará pelo caminho, flores perfumadas e om-bros amigos que o conduzirão à alegria do dever cumprido.

Fonte: Adaptado de ELIA, Marta S. L. Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de São Paulo.

ORANDO COM OSDIZIMISTAS

PASTORAL DO BATISMO

XII PASSEIO DEVEÍCULOS ANTIGOS

PRÉ-JORNADA MUNDIAL

DA JUVENTUDE

Batismo são: Sofia Nagao Peixoto Alves; Lucca Nagao Peixoto Alves; Giovanna Malisano Maciel; Enzo Malisano Maciel; Luca Madazio D’Alfo; Rafael Louzão de Sá; Felipe Nelli Sagredo; Guilherme Trindade dos Santos; Mel Frediani Campos; Lucas Ficker Perugini; e Lívia da Costa Macca. Que nosso testemunho de fé possa animar na vida cristã todos os que foram, com Cristo, mergulhados nas águas da vida!

CELEBRAÇÃO DACONFIRMAÇÃO

Com o objetivo de angariar alimentos não perecíveis, agasalhos e roupas nas ruas de Moema, a fim de atender aos mais ne-cessitados, ocorrerá no dia 09 de Junho de 2013, a partir das 9h, mais uma Carreata da Solidariedade. O local de concentração será na Alameda Jauaperi entre a Rua Dr. José Cândido de Souza e a Av. Eucaliptos 566. Participe e realize sua Doação!

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NOVO MUNDO Boletim informativo Paroquial PG 3

Missas Terça à Sexta, às 18h.Sábado, às 16h.Domigo, às 8h30,11h e 19h.

serviçOs pastOraisGrupo Gente Ativa Segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no Salão Paroquial.

Grupo de Oração terça-feira, das 14h às 15h30, na igreja.

Pastoral da Caridadeterça-feira, das 14h às 16h30.

Pastoral da Amizadequarta-feira, às 20h, no Salão Paroquial.

Narcóticos AnônimosSegunda a sexta-feira, das 20h às 22h, nas Salas inferiores.

CAlENdárIO PASTOrAl PArOqUIAl

TROCASDESASTROSAS

PENSANDO NA VIDA DE FÉ

Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce! (Is 5, 20)

Ao longo da História, embora o ser humano tenha sido bem sucedido em muitas de suas capacidades de evoluir e aprimorar-se, curiosamente é notório que, a despeito de tanta inteligência, capaci-dade crítica, curiosidade, observação e da enorme experiência acumulada desde que povoa o planeta, em um aspecto ele per-manece primitivo: o de obstinadamente equivocar-se em decisões fundamentais que toma em busca da felicidade.

O primeiro livro da Bíblia termina o relato da obra divina contando que após criar o homem, Deus, com uma bênção, lhe deu toda a Sua obra, para que dela cuidasse (cf. Gn 1, 28ss). Repete o autor sagrado que tudo o que Deus havia feito era bom (cf. Gn 1,31a): Deus jamais faria algo que não o fosse: originalmente, antes do pecado, o homem foi criado bom.

Adão e Eva, porém, rejeitaram o Éden que Deus lhes deu, assim prejudicando, sobretudo, a si próprios – obras-primas da Criação, preferindo as ilusões da ser-pente em detrimento de tudo de concre-to e harmonioso que lhes dera o Criador (cf. Gn 3).

Em outra passagem, é marcante o cenário em que Esaú faz com Jacó a pés-sima troca, por um efêmero prato de len-tilhas, do direito sagrado de primogenitu-ra, que já era exclusivamente seu (cf. Gn 25,29-34).

Tal como Adão e Esaú, o homem de hoje continua caindo em um grande número de ciladas, festivamente desper-diçando, geralmente em troca de futili-dades, tantas das dádivas que de Deus re-cebeu: graça, vida, saúde, família, amigos, trabalho.

Abre mão de tudo isso expondo-se deliberada, desnecessária e prolongada-

mente a várias situações inadequadas: doenças, locais e condições perigosos, excessos e tentações, uso e abuso de velocidade, fumo, álcool, estimulantes, medicamentos, entorpecentes e outras drogas, comida, bebida e sexo, horários e alimentação inadequados, excesso ou carência de sono, excessos em jogos, gastos, lucros, etc.

Na esfera social, é chocante a conivência geral com a imposição e a propagação, cada vez mais explícita, de condutas sociais contrárias aos valores cristãos, a deterioração dos conceitos de família, de religião, de bom com-portamento, de recato, de respeito, de pudor, de honestidade, de fidelidade, de honra, a aceitação pública e até o es-tímulo à prática de graves pecados – a ambição, no mercado coorporativo; a desonestidade, travestida em esperteza; o lucro especulativo, no mercado de va-lores; o hedonismo, no relacionamento pessoal – todos propalados como ex-pressões de progresso, de libertação, de modernidade...

Na Sagrada Escritura o profeta Isaías, atualíssimo, em um curto e den-so trecho do seu livro (cf. Is 5,18-23), aponta corajosamente vários desses frequentes equívocos, e ameaça seria-mente a quem faz apologia de valores invertidos (cf. Is 5,20).

Se de um lado reverter cenário de dimensão tão ampla é uma empreitada imensamente difícil, de outro cada um de nós tem, como católico, o dever de

contribuir com nosso exemplo e palavra, atuando como instrumentos de Deus na importante missão de promover virtudes e combater vícios, a começar por nós mes-mos e depois, dentro da família.

Não basta nos revoltarmos com essa situação, nem somente pedir a Deus que a resolva. Pedindo ao Espírito Santo o dom do Conselho, partamos convictos para uma ação concreta, de prevenirmos e ori-entarmos nosso irmão a que fique longe do vício:

•Do jogo – o jogo não é inofensivo. Muitos se viciaram praticando “inocente-mente”, em casa ou com amigos.

1 Missa: na Igreja, às 16h.2 Missa: na Igreja, às 8h30; 11h e 19h.5 Reunião Clero Ipiranga, às 9h.6 Formação: Cristãos no Século XXI – desafios à fé: no Salão Superior, às 20h30.8 Missa: na Igreja, às 16h.9 Missa: na Igreja, às 8h30; 11h e 19h.9 Carreata da Solidariedade: na Rua da Igreja, às 11h.11 Conselho Pastoral Paroquial: no Salão Superior, às 20h30.15 Missa: na Igreja, às 16h.16 Missa: na Igreja, às 8h30; 11h e 19h.16 Preparação para o Matrimônio: no Salão Paroquial, das 8h às 17h30.17 Pastoral da Caridade (Preparação Salão): no Salão Paroquial, das 13h30 às 17h.18 Chá/Bazar da Pastoral da Caridade: no Salão Paroquial, das 13h30 às 17h.18 Conselho Administrativo Paroquial: no Salão Superior, às 18h.22 Preparação para Batismo: no Salão Paroquial, das 8h30 às 12h.22 Missa: na Igreja, às 16h.23 Missa: na Igreja, às 8h30; 11h e 19h.23 Celebração do Batismo: na Igreja, às 9h30.25 Padres do Setor: N. Sra. Saúde, às 9h.25 Conselho Pastoral Setor: N. Sra. Saúde, às 20h30.26 Festa Junina da Pastoral Amizade: no Salão Paroquial, às 20h30.27 Missa da Catequese: na Igreja, às 20h15.28 Pastoral do Dízimo: às 20h30.29 Missa: na Igreja, às 16h.30 Missa: na Igreja, às 8h30; 11h e 19h.

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NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialAno XVI – Edição 178 – JUNHO/2013 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

NOVO MUNDO Boletim informativo ParoquialPG 4

“Fé AdUlTA E AUTONOmIA”

PAróquiA NOssA seNhOrA dA esPerANçAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

atendiMentO da seCretaria: Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das13h30 às 17h30. acesse o site www.paroquiansesperanca.org.br

41 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA

a resposta abaixo foi dada pelo frei do-minicano Carlos Josaphat à seguinte questão: Em que medida uma fé adulta

e consciente constrói pontes com a autonomia dos sujeitos em nosso tempo?

A questão pode ser encarada sob duplo aspecto: o do ideal, do mundo dos valores, em sua compreensão doutrinal, e o da realidade, das situações a enfrentar. Em si a fé adulta e consciente favorece o encontro com as pessoas, abertas aos valores éticos da autonomia, nos diferentes contextos históricos, enfrentando, no entanto, dificuldades especiais nos dias de hoje. A fé implica atitude de liberdade de quem a pratica, e naqueles e naquelas a quem ela se di-rige. No entanto, as autoridades da cristandade, sobretudo em seu centro, priorizam o anúncio e a ortodoxia da fé sem dar o valor correspon-dente à qualidade de informação e de autono-mia em que ela deve ser recebida.

Há, portanto, no cristianismo atual, mui-tos movimentos e numerosas comunidades de atividade pastoral, missionária, social, as quais se encontram em diálogo com outros movi-mentos, sociedades e personalidades não cris-tãs, mas empenhadas em promover os valores e os direitos humanos e em atender às necessi-dades mais urgentes da população.

Um exemplo bem positivo dessa atitude vem a ser a Campanha da Fraternidade, na medida em que aborda questões de interesse de todo o povo e em relação com a qualidade democrática que deve ter a política.

Ao contrário, as formas de comunicação e a linguagem utilizadas pelo Magistério da Igreja em nosso país e, sobretudo, nos documentos emanados do centro da Igreja e endereçados ao mundo inteiro não visam o diálogo com pes-soas e grupos. Chegam a fornecer informações gerais, marcadas por um tom de autoridade, contribuindo assim para certo isolamento dos fiéis e líderes católicos, dificultando o diálogo com a faixa mais aberta da sociedade, o que sig-nifica um desafio para os católicos dotados de uma fé esclarecida, personalizada, relacionada com os problemas de hoje. Não conseguem manter um intercâmbio profundo e constante com o conjunto da sociedade, principalmente com o que se pode considerar a ponta do mun-do civilizado, os cidadãos e cidadãs de maior autonomia, animadores ou desejosos de uma ação social mais significativa.

NO mÊS qUE VEm...1 Julho será o mês da Pré-Jornada Mundial da Juventude: ore para que esta celebração de fé aqui em SP e, posteriormente, no RJ com a presença do Papa Francisco dê abundantes frutos!

•Das drogas – As mais perniciosas são as que circulam em casa: o cigarro que “não largo”, a “sagrada” cerveja, que “não pode faltar”, a bebida mais forte, “necessária” para relaxar. Triste início da rota do vício, avidamente trilhada por tantos.

•Das más companhias – falsos amigos arrastam para o vício e o pecado. Induzem à frequência de ambientes inadequados, e a atividades que talvez não praticássemos sem incentivo: jogatinas, sexo, festas, futi-lidades, baladas regadas a álcool e drogas.

•Das más orientações – sendo difícil fazer uma avaliação equilibrada, acolhe-mos como adequadas opiniões emanadas de fontes, nem sempre fidedignas, mas de alta penetração. É o caso das opiniões di-fundidas na mídia e também da opinião da maioria, as quais, revestidas da aura da liberdade de expressão e da democracia, acabam prevalecendo sem serem obriga-toriamente boas.

•Do egoísmo – o mundo de hoje orbita o prazer momentâneo, o individualismo, o bem-estar imediato, pouco se preocu-pando com o outro ou com a sociedade, menos com a natureza e menos ainda com Deus. Como consequência, famílias se desagregam, casais se separam por um capricho, excelentes profissionais perdem seus empregos, sociedades se desfazem, apenas por causa do egoísmo de um ou mais dos envolvidos.

Neste mês, inspirados na leitura orante da Bíblia, façamos o que for possível para que os valores evangélicos voltem a ser valorizados em nosso meio. Nos Sacra-mentos, especialmente na Reconciliação e na Eucaristia, recebamos fartamente as graças de que necessitamos para superar-mos as dificuldades dessa tarefa. Na co-munidade, sejamos a chama que espalha a luz de Cristo entre nossos irmãos. Que o Divino Espírito Santo nos ilumine com o dom do Conselho, para bem cumprirmos essa missão.

A necessária estratégia ética nada pode ter de imposição, de recurso ao poder político ou à pressão das forças religiosas. Simplificando, dir-se-ia que o futuro ético da humanidade, o fu-turo que está nas mãos das religiões e das forças culturais, vem a ser o grande projeto mundial de educação integral, a se efetivar realmente nos sistemas familiares, institucionais e comunica-cionais em todos os recantos da terra. É o que vem sendo postulado nos grandes momentos do despertar da consciência da humanidade, em suas atitudes lúcidas de percepção e de con-fronto com as aspirações e com os desafios da modernidade e da pós-modernidade.

Uns simples exemplos são aqui evocados, os quais, no entanto, são significativos em razão das instâncias de que emergem e da viabilidade de sua convergência por vezes já esboçada. Que se retome e analise a Declaração Universal dos Direitos humanos pela ONU, de 1948. Merece especial atenção o seu prólogo, que aponta para as condições de viabilidade dessa conversão da humanidade no sentido de uma ética mundial. Que se ajuntem a leitura e a consideração pon-derada da mensagem fundadora de Vaticano II, condensada na ética fundamental esboçada no limiar da Constituição Gaudium et Spes. Pode parecer surpreendente, mas a história tem dessas ofertas inesperadas. Para se construir um plano autêntico e viável de educação ética da humanidade, temos o bom começo. Basta acolher e realizar o projeto abrangente e pro-fundo, sem dúvida, único na história da cul-tura, a pedagogia da liberdade e da autonomia de Paulo Freire.

Como acontece a toda mensagem pro-fética, a pedagogia desse Mestre se revela de uma atualidade mais urgente com o avanço da modernidade que ele visava enfrentar, deci-frando-a em seus elementos positivos e negati-vos de humanidade. Há importantes elementos de convergência profunda neste acordar da consciência da humanidade, na cartilha de ética política da ONU, hoje em parte doutrinal-mente prolongada pela Unesco, na Suma teolo-gal e humana do Vaticano II, também apenas em parte acolhido pela Igreja, e na mensagem e no projeto pedagógico de Paulo Freire, que oferecem um caminho de viabilidade para um destino ético e cultural da humanidade.

Fonte: Entrevista por e-mail ao IHU On-Line em 04 de Maio de 2013.