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Rio de Janeiro
2015
PROJETO ENADE COORDENAO DA REA DE
CINCIAS SOCIAIS - DIREITO
2
SUMRIO
APRESENTAO .........................................................................................................3
DIREITO DO CONSUMIDOR .....................................................................................5
DIREITO EMPRESARIAL IV....................................................................................13
DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV .........................................................................24
JURISDIO CONSTITUCIONAL .........................................................................33
DIREITO ADMINISTRATIVO I ...............................................................................41
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTRIO I ...........................................................48
DIREITO INTERNACIONAL ...................................................................................56
DIREITO ADMINISTRATIVO II .............................................................................66
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTRIO II ..........................................................75
TICA GERAL E PROFISSIONAL ..........................................................................84
3
APRESENTAO
O Projeto Enade da Coordenao da rea de Cincias Sociais da Vice-Reitoria
de Graduao da Universidade Estcio de S objetiva viabilizar estratgias e aes de
capacitao, no recorte das disciplinas de formao especfica, e de adeso do corpo
discente do Curso de Direito da Universidade elegvel ao Exame Nacional de Cursos
(ENADE) 2015.
Este projeto justifica-se pela verificao emprica, de dados recolhidos em
entrevistas com alunos e resultados de simulados, de que os discentes anseiam por
compreender como as temticas de contedo jurdico especfico so articuladas no
ENADE, como tambm, por atividades de reforo de conhecimentos jurdicos
acumulados.
Para se alcanar estes objetivos, foi construdo o seguinte percurso
metodolgico. Foram eleitas as disciplinas presenciais dos 8, 9 e 10 perodos do
Curso, com exceo das disciplinas de Prtica Jurdica que j possuem projeto
institucional especfico para o ENADE, visto que abrangem os alunos elegveis para o
ENADE e tem a vantagem de reunir as grandes temticas do Direito Pblico e do
Direito Privado.
As disciplinas so Direito do Consumidor, Direito Empresarial IV, Jurisdio
Constitucional, Direito Administrativo I, Direito Financeiro e Tributrio I, Direito
Internacional, Direito Administrativo II, Direito Financeiro e Tributrio II e tica Geral
e Profissional. E para cada uma delas foram elaboradas 15 (quinze) questes que
devero ser solucionadas pelos alunos antes de cada aula e sero vistadas, corrigidas e
comentadas pelos professores nos 20 (vinte) minutos finais de cada encontro. Cabe
ressaltar que as questes realizadas ao longo do perodo valero at 1,5 (um e meio)
ponto.
Por fim, deseja-se aos alunos do Curso de Direito bons estudos e um excelente
ENADE 2015.
Prof. Dr. Rafael Mario Iorio Filho
Coordenador da rea das Cincias Sociais
4
5
DIREITO DO CONSUMIDOR
CCJ 0023
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Autoria: Prof. Karyne Castro da Silva.
1- Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto
Operadora de Viagens e Turismo X um pacote de viagem, composto de passagens
areas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro sade e acidentes pessoais,
este ltimo prestado pela seguradora Y. Aps chegar cidade, Elisabeth sofreu os
efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a
fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que no havia mdico credenciado
naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por
24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo s suas expensas.
I - O casal poder acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do
servio tenha sido da seguradora, em razo da responsabilidade solidria aplicvel ao
caso.
Porque
II - Todas as empresas integrantes da cadeia de fornecedores de servios respondem
solidariamente pelos danos causados aos consumidores por defeitos na prestao dos
servios contratados.
Considerando o caso relatado no texto, avalie as seguintes asseres e a relao
proposta entre elas:
a) As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa da I. b) As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa
da I.
c) A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa. d) A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira. e) As asseres I e II so proposies falsas.
2- A respeito dos direitos do consumidor, julgue os itens que se seguem.
I So direitos bsicos do consumidor a proteo da vida, sade, e segurana contra os
riscos provocados por prticas no fornecimento do produtos e servios.
II Podemos considera consumidor somente as pessoas fsicas que adquire ou utiliza
produto ou servios com destinatrio final.
III O nus da prova da veracidade e correo da informao ou comunicao
publicitria cabe a quem as patrocina
A esse respeito, pode-se concluir que esto CORRETAS
a) Apenas as assertivas I e II. b) Apenas as assertivas II e III. c) Apenas as assertivas I e III. d) Apenas a assertiva I. e) Todas as assertivas.
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3- Avalie as seguintes asseres e a relao proposta entre elas:
I - Com a nova concepo dos contratos, bem como a sua massificao, o contrato de
adeso ganhou grande espao no mbito das relaes de consumo, tanto assim que o
legislador fez questo de trazer seu conceito no art. 54 do Cdigo de Defesa do
Consumidor e, merece destaque o fato de as clusulas gerais do contrato serem
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor ou pela autoridade competente, cabendo a
outra parte aderir ou no ao contrato.
Porque
II - O contrato de adeso decorreu da massificao da produo e do consumo que
tornou a contratao padronizada como instrumento indispensvel. No h nos contratos
de adeso tratativas, nem margem para negociaes. Assim, a interpretao da clusula
do contrato de adeso, deve ser interpretada de maneira mais favorvel para o
consumidor (art. 41 do CDC), a insero de uma clusula no formulrio no
descaracteriza a natureza de adeso do contrato (art. 54, 1 CDC).
a) As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa da I. b) As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa
da I.
c) A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa. d) A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira. e) As asseres I e II so proposies falsas.
4- (OAB/Exame Unificado 2013.2) Carla ajuizou ao de indenizao por danos materiais, morais e estticos em face do dentista Pedro, lastreada em prova pericial que
constatou falha, durante um tratamento de canal, na prestao do servio odontolgico.
O referido laudo comprovou a inadequao da terapia dentria adotada, o que resultou
na necessidade de extrao de trs dentes da paciente, sendo que na execuo da
extrao ocorreu fratura da mandbula de Carla, o que gerou reduo ssea e sequelas
permanentes, que incluram assimetria facial.Com base no caso concreto, luz do
Cdigo de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta.
(A) O dentista Pedro responder objetivamente pelos danos causados paciente Carla,
em razo do comprovado fato do servio, no prazo prescricional de cinco anos.
(B) Haver responsabilidade de Pedro, independentemente de dolo ou culpa, diante da
constatao do vcio do servio, no prazo decadencial de noventa dias.
(C) A obrigao de indenizar por parte de Pedro subjetiva e fica condicionada
comprovao de dolo ou culpa.
(D) Inexiste relao de consumo no caso em questo, pois uma relao privada, que
encerra obrigao de meio pelo profissional liberal, aplicando-se o Cdigo Civil.
5- Em relao aos contratos de transporte coletivo, no h dvida da presena de uma
relao de consumo nessa relao que uma modalidade de servio pblico. Porm,
deve ser observado um aspecto relevante. O art. 3, 2 do CDC ao conceituar
fornecedor fala em atividade remunerada, logo, no havendo remunerao no ser
aplicado o CDC. No que tange, um nibus que gratuitamente transporta pessoas
para um shopping, podemos aplicar o CDC:
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a) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, no poder ser aplicado o CDC, porque as pessoas no pagaram pelo servio.
b) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, poder ser aplicado o CDC. Apesar de no se pagar pelo transporte, o objetivo do shopping levar
pessoas para consumirem no local.
c) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, no poder ser aplicado o CDC, pois para gerar uma relao de consumo necessrio pagar
pelo servio prestado e a responsabilidade objetiva.
d) O transporte coletivo aparentemente gratuito e particular, nesse caso, poder ser aplicado o CDC, se as pessoas transportadas comprovarem que consumiram
no shopping.
e) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, no poder ser aplicado o CDC, pois para gerar uma relao de consumo necessrio pagar
pelo servio prestado e a responsabilidade subjetiva.
6 (TJPE 2013 Juiz Substituto / Questo 34) Nas aes coletivas de que trata o
Cdigo de Defesa do Consumidor, a sentena far coisa julgada:
I. erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas,
hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao, com idntico
fundamento, valendo-se de nova prova, na hiptese dos interesses ou direitos difusos
conforme tratados no CDC.
II. ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedncia
por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra
ao, com idntico fundamento, valendo-se de nova prova, quando se tratar de
interesses ou direitos coletivos conforme tratados no CDC.
III. erga omnes, apenas no caso de procedncia do pedido, para beneficiar todas as
vtimas e seus sucessores, na hiptese de interesses ou direitos individuais homogneos,
assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Est correto o que se afirma em:
(A) I e II, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) I, apenas.
(E) I, II e III.
7- As clusulas abusivas no Cdigo de Defesa do Consumidor so:
(A) nulas de pleno direito rol meramente exemplificativo.
(B) anulveis e previstas em rol exemplificativo.
(C) nulas de pleno direito e previstas em rol taxativo.
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(D) anulveis e previstas em rol taxativo.
(E) tidas por inexistentes.
8- Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem
solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
aqueles decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes
de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.
No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode o consumidor exigir:
I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de
uso;
II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preo.
A esse respeito, pode-se concluir que:
a) Todas as afirmativas acima esto corretas. b) Somente o item I est incorretos. c) exceto o item II, os demais esto corretos. d) somente o item III est correto. e) somente o item II est correto.
9- (TJES - 2011 - CESPE JUIZ) Lei n. 8.078/1990 , consta expressamente o
conceito de consumidor e de fornecedor, os denominados elementos subjetivos da
relao jurdica de consumo. Entretanto, nem sempre possvel certificar-se da
existncia de relao de consumo somente pela anlise literal dos artigos do CDC, de
modo que o julgador deve conhecer o entendimento dominante dos tribunais
superiores. Segundo a jurisprudncia do STJ, o CDC se aplica a:
a) Contrato de cooperao tcnica entre empresas de informtica, contrato de franquia e envio de produto gratuito como brinde.
b) Pagamento de contribuio de melhoria, crdito educativo custeado pelo Estado ao aluno e relao travada entre condomnio e condminos.
c) Contrato de locao, percia judicial e contrato de trabalho. d) Servios notariais, contrato de servios advocatcios e contrato de plano de sade. e) Servio de fornecimento de gua e esgoto, contrato bancrio e contrato de
previdncia privada.
10- Fernanda comprou um livro pela internet e logo que o recebeu verificou que
algumas pginas estavam em branco. Entrou em contato com a loja 32 dias depois da
venda e foi informado que se passara o prazo para reclamar do vcio, razo pela qual
nada poderiam fazer. Consultado por Fernanda voc diria que:
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a) Em sendo um bem de consumo durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto decadencial de 90 dias, contados de sua cincia, razo pela qual a
loja est errada.
b) Em sendo um bem de consumo no durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto decadencial de 30 dias, contados de sua cincia, razo pela
qual a loja est certa.
c) Em sendo um bem de consumo durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto prescricional de 30 dias, contados de sua cincia, razo pela qual a
loja est certa.
d) Em sendo um bem de consumo durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto decadencial de 90 dias, contados de sua entrega, razo pela qual a
loja est errada.
11- Carlos, gerente de uma loja de bicicletas, orientou Marcelo, de quem chefe, a no
entregar aos consumidores o termo de garantia referente aos produtos por ele vendidos.
Nessa situao hipottica,
I - Marcelo e Carlos podero ser considerados agentes ativos de crime previsto no CDC.
II - No caber, em relao conduta descrita, ao penal subsidiria nem assistncia.
III - O CDC no considera crime a conduta apresentada, mas infrao administrativa.
A esse respeito, pode-se concluir que esto CORRETAS:
a) Somente a alternativa I, b) Somente a alternativa II, c) Somente a alternativa III, d) As alternativas I e II esto corretas; e) As alternativas II e III esto corretas.
12- Mais recentemente infere-se da novssima Lei n 12.965, de 23 de abril de 2014,
sintomaticamente denominada Marco Civil da Internet, que o uso da internet no
Brasil deve respeito liberdade de expresso e igualmente livre iniciativa, livre
concorrncia e defesa do consumidor, cumprindo essa sua funo social (art. 2, VI,
VI). Em momento seguinte, a Lei n 12.965/2014 com esteio nos princpios
constitucionais da liberdade de comunicao e da informao (art. 5, IX, CR)
proclamou expressamente que o acesso internet essencial ao exerccio da cidadania,
devendo-se assegurar ao usurio entre outros direitos a aplicao das normas de
proteo e defesa do consumidor nas relaes de consumo realizadas na rede de
mundial de computadores (art. 7). Quando a contratao ocorre por site da internet,
o consumidor pode desistir da compra?
(A) Sim. Quando a compra feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra
em at 30 dias depois que recebe o produto.
(B) No. Quando a compra feita pela internet, o consumidor obrigado a ficar com o
produto, a menos que ele apresente vcio. S nessa hiptese o consumidor pode desistir.
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(C) No. O direito de arrependimento s existe para as compras feitas na prpria loja, e
no pela internet.
(D) Sim. Quando a compra feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor
pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos
para a desistncia.
13- Os contratos bancrios deve-se observar que legislador ao trazer o conceito de
fornecedor de servio, inclui os servios de natureza bancria de forma expressa, mas
somente tivemos esse assunto pacificado com o Enunciado da Smula 297 do STJ
porque parte da doutrina sustentava que o CDC no era inaplicvel aos contratos
bancrios, considerando que o dinheiro e o crdito no so produtos que se utilizam ou
se adquirem com destinao final, eles so instrumentos ou meios de pagamentos. Mas,
como mencionado tal posio no vingou. Uma vez consolidada a aplicao do CDC
aos contratos bancrios, determinados aspectos passaram a ser discutidos luz da lei
consumerista, chegando at o STJ. Avalie as afirmaes seguintes:
I - o CDC pode ser aplicado aos contratos de financiamento porque o banco possui a
qualidade de prestador de servio;
II- A clusula contratual que permite o emprstimo bancrio com desconto em folha
vlida, no considerada abusiva. Tal clusula da essncia do prprio contrato;
III - Com relao aos juros o STJ j decidiu que as relaes de crdito realizadas pelo
banco em que haja relao de consumo esto submetidos s regras do CDC, salvo com
relao a incidncia dos juros porque regido por lei especfica.
correto que se afirma em:
a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III.
14 Joana em viagem aos Estados Unidos da Amrica adquiriu uma mquina filmadora da loja X , que possui rede credenciada no Brasil, em razo de apresentar defeitos e levando em conta a garantia do produto pela empresa estrangeira vendedora, foi a at
autorizada da loja x para analisarem o produto. Para sua surpresa foi informada que o produto por ter sido comprado no exterior no seria assegurada assistncia tcnica pela
rede credenciada da loja x no Brasil. Consultado por Joana voc diria que:
a) O produto adquirido no exterior no est sujeito as regas do Cdigo de Defesa do Consumido, eximindo a responsabilidade da empresa x assegurar a reparao tcnica.
b) O produto adquirido no exterior no possui assistncia tcnica no Brasil devendo retorna para os Estados Unidos para realizar a troca, pois trata-se de uma
empresa multinacional no estando sujeita as regras do Cdigo de Defesa do
Consumidor.
c) Assistncia tcnica no da responsabilidade da loja x credenciada no Brasil, pois fere s regras de economia globalizada e s do Cdigo de Defesa do
Consumidor.
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d) Que aquisio de produto no exterior, por adquirente domiciliado no Brasil, dever ser assegurada a reparao tcnica do produto defeituoso pela loja x no Brasil, j que se trata de uma empresa multinacional sujeita s regras de
economia globalizada e s do Cdigo de Defesa do Consumidor.
e) Que aquisio de produto no exterior, por adquirente domiciliado no Brasil, no ser assegurado a reparao tcnica do produto defeituoso pela loja x no Brasil.
15 (XIII Exame da OAB Questo 46) Eliane trabalha em determinada empresa para a qual uma seguradora apresentou
proposta de seguro de vida e acidentes pessoais aos empregados. Eliane preencheu o
formulrio entregue pela seguradora e, dias depois, recebeu comunicado escrito
informando, sem motivo justificado, a recusa da seguradora para a contratao por
Eliane.
Partindo da situao ftica narrada, luz da legislao vigente, assinale a
afirmativa correta.
a) Eliane pode exigir o cumprimento forado da obrigao nos termos do servio apresentado, j que a oferta obriga a seguradora e a negativa constituiu prtica
abusiva pela recusa infundada de prestao de servio.
b) Trata-se de hiptese de aplicao da legislao consumerista, mas, a despeito das garantias conferidas ao consumidor, em hipteses como a narrada no caso,
facultado seguradora recusar a contratao antes da assinatura do contrato.
c) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada por Eliane nos termos do Cdigo Civil, norma aplicvel ao caso, que
assegura que a proposta no obriga o proponente.
d) A seguradora no est obrigada a se vincular a Eliane, j que a proposta de seguro e acidentes pessoais dos empregados no configura oferta, nos termos do
Cdigo do Consumidor.
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DIREITO EMPRESARIAL IV
CCJ 0029
14
Autoria: Prof. Dr. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva
1- ENADE 2009 - A Lei das Sociedades Annimas estabelece padres amplos e gerais
no que tange aos atos caracterizadores de exerccio abusivo de poder pelos acionistas
controladores.
PORQUE
Tal critrio normativo permite s autoridades administrativas e aos magistrados
estabelecer outros atos lesivos que venham a ser praticados pelos controladores.
Assinale, a alternativa CORRETA de acordo com a seguinte chave:
A) as duas afirmaes so falsas.
B) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
C) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda no justifica a primeira.
D) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.
E) a primeira afirmao falsa, e a segunda verdadeira.
2- Paulo ajuizou perante a Justia do Trabalho reclamao trabalhista visando
cobrana de salrios atrasados contra empregador cuja falncia veio a ser decretada pela
Justia Comum. A partir desse caso, considere:
I. Acolhida a reclamao, o cumprimento da sentena ser promovido perante a Justia
do Trabalho, a quem compete promover os atos de constrio e expropriao dos bens
do executado, j que os crditos trabalhistas no se sujeitam a concurso.
II. permitido pleitear, perante o administrador judicial, a habilitao, excluso ou
modificao de crditos derivados da relao de trabalho, mas as aes de natureza
trabalhista sero processadas perante a justia especializada at a apurao do
respectivo crdito, que ser inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado
em sentena.
III. Decretada a falncia, o cumprimento da sentena proferida na reclamao
trabalhista ficar suspenso pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, aps o que poder
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ser retomado perante a prpria Justia do Trabalho, independentemente da soluo do
processo falimentar.
IV. O Juzo Trabalhista poder determinar a reserva da importncia que estimar devida
na falncia, e, uma vez reconhecido como lquido o direito, ser o crdito includo na
classe prpria.
V. A decretao da falncia desloca para a Justia Comum a competncia para o
julgamento da reclamao trabalhista, por fora do princpio da universalidade do juzo
falimentar.
Est correto o que consta APENAS em
a) IV e V.
b) I e V.
c) I e III.
d) II e III.
e) II e IV.
3- (Juiz de Direito Substituto 2014 TJDF)- Assinale a opo correta em relao ao
empresrio e sociedade empresria, luz da legislao de regncia, da doutrina e da
jurisprudncia do STJ.
a) Considere que Ccero, juiz de direito, seja representante legal de Jonas,
empresrio de vinte e oito anos de idade recentemente interditado judicialmente.
Nessa situao hipottica, admite-se a continuidade da atividade empresarial
pelo interditado, desde que Ccero seja nomeado para gerenciar a empresa.
b) As sociedades de advogado que movimentam expressiva receita, contam com
expressiva carta de clientes, atendem clientela em massa e contratam diversos
profissionais para a prestao de servios especficos so sociedades empresrias
para todos os efeitos legais.
c) Promotor de justia que seja sucessor de empresrio regularmente estabelecido
pode registrar-se como empresrio.
16
d) Para que o pequeno produtor rural seja registrado no registro pblico de
empresas mercantis, basta-lhe formular requerimento nesse sentido e atender as
formalidades legais, passando a constituir-se como empresrio individual.
e) A vedao de se qualificar sociedade cooperativa como empresria por fora dos
atos praticados traduz, segundo a doutrina, um resqucio da teoria dos atos de
comrcio no atual Cdigo Civil.
4- Para a explorao da atividade econmica h a necessidade do empresrio organizar
os fatores de produo aplicando capital num conjunto mnimo de bens (materiais e
imateriais). A este conjunto de bens organizado, que d suporte atividade econmica,
d-se o nome de estabelecimento empresarial - elemento indissocivel da sociedade
empresria. O Cdigo Civil expresso neste sentido, dispondo que considera-se
estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exerccio da empresa, por
empresrio, ou por sociedade empresria. Saliente-se que a organizao do conjunto de
bens um requisito para a caracterizao do estabelecimento. Sobretudo, a organizao
assume relevncia, pois fator que aquilata o valor da propriedade empresarial e que
reflete na figura do fundo de comrcio, que adiante trataremos. Outrossim, a prpria
caracterizao da figura do empresrio exige que o mesmo exera profissionalmente
atividade econmica organizada, ou seja, a empresa uma organizao de fatores de
produo (capital, mo-de-obra, matria-prima, capacidade empresarial e capacidade
tecnolgica) que parte do estabelecimento empresarial para a concretizao do objeto
social da sociedade empresria.(GOMES, Emerson Souza. Estabelecimento
Empresarial. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XI, n. 60, dez 2008)
Considera-se assim estabelecimento empresarial:
a) Todo complexo de bens organizado, usado pelo empresrio, ou sociedade
empresria, para o exerccio da sua atividade.
b) Todo complexo de bens organizado, para o exerccio da empresa, por empresrio,
ou por sociedade empresria.
c) o complexo de bens usado pelo empresrio necessrio atividade empresarial.
d) Todos os bens empregados pelo empresrio, ou sociedade empresria, no exerccio
da empresa.
17
5- (DPE-CE - Defensor Pblico de Entrncia Inicial 2014)- Joo, titular de
estabelecimento comercial do ramo de confeitaria, alienou-o para Paulo, que continuou
explorando a mesma atividade no local. Dois anos depois da transferncia, Joo decidiu
alugar o imvel vizinho, no qual estabeleceu nova confeitaria, passando a competir
diretamente com Paulo. Nesse caso, e considerando que o contrato de trespasse nada
previa acerca da proibio de concorrncia, correto afirmar:
a) Joo tem direito de fazer concorrncia a Paulo, dado que o contrato nada previa
a esse respeito.
b) requisito de validade do contrato de trespasse a estipulao, por escrito, acerca
do direito de concorrncia por parte do alienante do estabelecimento.
c) Nem mesmo com autorizao expressa de Paulo seria lcito a Joo fazer-lhe
concorrncia, por se tratar de direito irrenuncivel, que visa a impedir o
comportamento empresarial predatrio, prejudicial ao desenvolvimento
sustentvel da ordem econmica.
d) Joo tem direito de explorar a mesma atividade no imvel vizinho amparado no
princpio constitucional da liberdade de concorrncia, reputando-se nulas
quaisquer convenes que o proibissem de competir com Paulo.
e) Na omisso do contrato, Joo no poder fazer concorrncia a Paulo nos cinco
anos subsequentes transferncia do estabelecimento.
6- Embora inicialmente concebido como o direito de uma classe especfica, os
comerciantes, o direito comercial evoluiu e abrange uma gama enorme de situaes no
envolvendo comerciantes, sobretudo, a emisso de ttulos de crdito. Modernamente o
direito comercial encontra sua justificao no na tutela do comerciante, mas na tutela
do crdito e da circulao de bens ou servios, vale dizer, o fim ltimo do direito
comercial permitir o bom desenvolvimento das relaes de crdito e das atividades
econmicas. Dentro dessa concepo, a disciplina dos ttulos de crdito ganha
importncia, na medida em que eles so os principais instrumentos de circulao de
riquezas no mundo moderno. (TOMAZETTE, Marlon. O princpio da abstrao e a
duplicata. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIII, n. 77, jun 2010.)
A doutrina brasileira autoriza afirmar, em relao ao cheque:
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a) A sua exigibilidade depende da verificao da existncia de ordem de
pagamento vista ou de termo ou condio futura, cuja ocorrncia dever ainda
ser implementada.
b) a abstrao do ttulo que conduz, necessariamente, impossibilidade de o
emitente do cheque invocar contra terceiro fatos que viciaram sua relao contra
o primitivo beneficirio.
c) Cheque pagvel a pessoa nomeada, com clusula no ordem, ou outra
equivalente, transmissvel por endosso e tambm pela forma e com os efeitos
da cesso.
d) A assinatura de pessoa estranha emisso do cheque, no anverso deste,
considerada endosso, porquanto o aval s pode ser aposto no verso do cheque.
7-As repercusses decorrentes da crise internacional proporcionaram um aumento
substancial no nmero de pedidos de recuperao judicial no pas em 2009. A Lei n
11.101/2005, conhecida como a nova Lei de Falncia e de Recuperao de Empresas,
extinguiu as concordatas no pas e introduziu no ordenamento jurdico nacional a
recuperao judicial de empresa. Trata-se de um benefcio legal disposio do
empresrio individual e da sociedade empresria em crise e que exploram regularmente
a atividade econmica h mais de dois anos. A recuperao judicial objetiva a superao
da crise empresarial, permitindo a continuidade da atividade econmica para evitar a
falncia, tendo por finalidade, nos termos do art. 47 da Lei n 11.101/2005, a
manuteno da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse dos
credores no intuito de promover a preservao da empresa, sua funo social e o
estmulo atividade econmica.(TADDEI, Marcelo Gazzi. Alguns aspectos polmicos
da recuperao judicial. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIII, n. 77, jun 2010)
A respeito da disciplina jurdica brasileira das empresas em crise, correto afirmar que:
(A) esto sujeitos disciplina da Lei 11.101 /2005 (Lei de Falncias e Recuperao de
Empresas) os empresrios, as sociedades empresrias, as instituies financeiras
privadas, as sociedades seguradoras e as cooperativas de crdito.
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(B) os scios das sociedades limitadas esto sujeitos aos efeitos jurdicos da falncia
produzidos em relao sociedade empresria falida.
(C) durante o procedimento de recuperao judicial, os administradores da sociedade
podem ser mantidos em seus cargos com competncia para a conduo dos negcios
sociais.
(D) todos os credores, inclusive os de natureza tributria e trabalhista, podem
participar da negociao da recuperao extrajudicial.
(E) o plano de recuperao judicial dever ser apresentado pelo devedor e aprovado
pela unanimidade dos devedores, sob pena de ser decretada a falncia.
8- Leia a ementa abaixo e em seguida assinale a alternativa correta:
ADMINISTRATIVO. JUNTA COMERCIAL. FRAUDE DE REGISTRO
COMERCIAL. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. AUSNCIA DE PROVA DA
OMISSO. DANOS MORAIS INDEVIDOS.
A responsabilidade da Junta Comercial no objetiva, mas sim subjetiva, de tal modo
que as aes de reparao de danos devem buscar a presena do elemento subjetivo da
culpa, a fim de que se possa imputar a responsabilidade autarquia registral. A teor do
que preconiza Lei 8.934/94, os registros comerciais, a exceo de atos com
procurao, no necessitam de firma reconhecida, de tal modo que seja indevida outra
exigncia, sendo certo, portanto, que o registro e arquivamento da alterao contratual
fraudulenta por parte de terceiro, no constitu omisso da citada autarquia, na medida
em que sua atuao limitada, inexistindo poder fiscalizatrios de atos praticados por
terceiro.
(Ap. 199970000311684 RO , Rel.Juza Dulia Sgrott Reis, d.j.09/09/2010)
(A) Bom de Roda Ltda. tem como objeto social a prestao de servios automotivos e
comercializao de pneus. O registro do seu ato constitutivo e dos demais atos
societrios deve ser realizado no Registro Civil de Pessoa Jurdica.
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(B) Pereira Advogados uma sociedade de advogados que presta servios jurdicos na
rea de direito de mercado de capitais. O registro do seu ato constitutivo e dos demais
atos societrios deve ser realizado no Registro Pblico de Empresas Mercantis.
(C) O objeto social de Escola ABC S.A. o ensino elementar e a prestao de servios
educacionais. O registro do seu ato constitutivo e dos demais atos societrio deve ser
realizado no Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais.
(D) Jorge Silveira exerce atividade de comercializao de joias e materiais
ornamentais. Para ser empresrio individual deve inscrever-se no Registro Civil de
Pessoas Fsicas.
(E) Cooperativa de Leite Vaquinha Ltda., com sede na cidade do Niteri, deve ter os
seu ato constitutivo e os demais atos societrios registrados no Registro Pblico de
Empresas Mercantis da cidade do Rio de Janeiro.
9- Avais e fianas so expresses frequentemente usadas de forma imprpria e
confusa, inclusive em contratos e ttulos, desta forma, inegvel que exista muita
confuso para o senso comum entre estas duas figuras, todavia, e de fato, esta confuso
no restringe se ao senso comum, existem aqueles que entendem que o aval uma
espcie de fiana, e para eles todas as regras da fiana deveriam ser aplicadas ao aval,
mas a maioria os compreende como institutos completamente autnomos. O
entendimento majoritrio de que a natureza jurdica do aval absolutamente diversa da
fiana baseada no s na origem destes institutos, mas principalmente nos
regramentos legais que os regem, o aval tem natureza cambiria, gera obrigao
autnoma e independente, centrada no adimplemento do ttulo de crdito e no na
obrigao avalizada, e a fiana por outro lado, obrigao acessria e dependente de
outra, de natureza civil.( RODRIGUES, Renato Amoedo Nadier. Aval e fiana:
distino e paradigmas no novo Cdigo Civil. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano
16, n. 3028, 16 out. 2011)
A respeito da fiana e aval, correto afirmar que:
(A) tanto o fiador como o avalista podem opor ao credor as excees extintivas da
obrigao que competem ao devedor principal.
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(B) tanto o avalista quanto o fiador no podem pleitear o benefcio de ordem.
(C) a fiana prestada sem autorizao de um dos cnjuges implica na ineficcia total
da garantia.
(D) o aval instituto jurdico com finalidade de garantir a satisfao de obrigaes
contradas por contrato.
(E) a fiana instituto jurdico com finalidade de garantir a satisfao de obrigao
assumida pelo devedor mediante emisso de um ttulo cambirio.
10- Carlo e Creusa so casados no regime de comunho parcial de bens desde 1970.
Em 17/8/2010, sem que Creusa ficasse sabendo ou concordasse, Carlo, em garantia de
pagamento de contrato de compra e venda de uma motocicleta adquirida de Ra,
avalizou nota promissria emitida por Geny, sua colega de trabalho com quem mantinha
caso extraconjugal. O vencimento da nota promissria estava previsto para 17/9/2010.
Vencida e no paga a nota promissria, o ttulo foi regularmente apontado para protesto.
Aps inmeras tentativas de recebimento amigvel do valor, Ra promoveu, contra
Geny e Carlo, em 12/12/2010, a execuo judicial do ttulo, com fundamento nos
artigos 566, 580, 585, inciso I, e 586 do CPC.
Os rus foram regularmente citados e, no havendo pagamento, foram
penhoradas duas salas comerciais de propriedade de Carlo, adquiridas na constncia do
seu casamento.
Inconformada, Creusa procurou a assistncia de profissional da advocacia,
pretendendo alguma espcie de defesa, em seu exclusivo nome, para livrar os bens
penhorados da constrio judicial, ou, ao menos, parte deles, visto que haviam sido
adquiridos com o esforo comum do casal.
Em face dessa situao:
a) aponte a via processual de defesa
b) construa o fundamento jurdico do da pretenso de Creusa.
11- Marcos, brasileiro nato, e Nora, brasileira naturalizada h cinco anos, casados sob o
regime de separao obrigatria de bens, decidiram constituir, juntamente com outro
22
scio, uma sociedade para atuar no ramo de radiodifuso sonora. Considerando a
situao hipottica apresentada, discorra, com base na legislao pertinente, sobre a
constituio e o exerccio da referida sociedade empresria.
12- Um dos scios de certa sociedade em comum ajuizou ao de execuo
contra RL Produtos Ltda., em razo do inadimplemento de vrias obrigaes. No curso
do processo, o exequente constatou a confuso patrimonial entre os bens da
pessoa jurdica devedora e de seus dois scios, razo pela qual pretende requerer
ao juzo competente a desconsiderao da personalidade jurdica de RL Produtos Ltda.
Em face dessa situao hipottica, responda, de forma fundamentada, s
perguntas seguintes.
a) A razo apontada suficiente para provocar a desconsiderao da
personalidade jurdica de RL Produtos Ltda.?
b) Em que consiste, em linhas gerais, a teoria da desconsiderao da
personalidade jurdica (disregard doctrine)?
c) Quais requisitos so estabelecidos no Cdigo Civil para a desconsiderao da
personalidade jurdica?
13- a operao que consiste na tomada de uma posio no mercado futuro
aproximadamente igual mas em sentido contrrio quela que se detm ou que se
pretende vir a tomar no mercado vista. uma forma de o investidor se proteger contra
os feitos da oscilao de preo.
O conceito acima, extrado do Vocabulrio do Mercado de Capitais, expedido pela
Comisso Nacional de Bolsas de Valores em 1990, corresponde a que tipo de contrato
relacionado compra e venda empresarial? Discorra sobre a sua finalidade.
14- A cultura de investimento dos brasileiros tem passado por processo de crescente
amadurecimento, resultante no s da existncia de um ambiente econmico favorvel,
reduzindo a averso ao risco dos investimentos em renda varivel, mas tambm dos
esforos voltados criao de um ambiente de mercado justo e igualitrio em relao ao
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tratamento de todos os seus investidores. Aspectos tais quais o controle de divulgao
de informaes por parte das empresas de capital aberto, e a preocupao constante com
os direitos dos acionistas minoritrios, tm reduzido a desconfiana do brasileiro, que
h poucos anos via o ambiente do mercado de capitais como um jogo de cartas
marcadas. Situao singular ocorreu durante o ano de 2007: provavelmente em funo
da diminuio do risco atribudo pelas agncias classificadoras de investimento, o
nmero de IPOs (ofertas pblicas iniciais de aes, na sigla em ingls) mais do que
dobrou, em comparao com o ano anterior. Ainda mais revelador o crescimento da
participao de pessoas fsicas nestas ofertas: tomemos como exemplo a oferta pblica
de aes da Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F, da qual participaram o nmero
recorde de 253.307 investidores pessoas-fsicas. (RODRIGUES BERCITO, Bruno.
Direito do Mercado de Capitais: O papel das bancas de advocacia nas ofertas pblicas
de valores mobilirios no Brasil. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XI, n. 50, fev
2008).
Ora, as Sociedades Annimas tm uma pesada estrutura, necessitando, assim, de vrios
rgos para atingir seu desiderato, cada um com sua funo especfica. Um desses
rgos a Diretoria, sendo seus diretores efetivamente os administradores da
companhia. Esses diretores possuem alguns deveres para com a sociedade empresarial e
para com o mercado. Entre esses deveres encontra-se o desclosure. Defina o mesmo e
noo de ambiente justo no mercado.
15-Eunice integrou o quadro de scios da LM Roupas Ltda. durante o perodo
compreendido entre maio de 2005 e setembro de 2009, tendo os atuais scios se negado
a apresentar-lhe os livros empresariais, sob o argumento de que ela j no mais fazia
parte da sociedade. A ex-scia, com premente interesse no contedo dos referidos
livros, para verificar sua real situao na sociedade e aferir a regularidade das transaes
de que participara, bem como para averiguar possvel colao de patrimnio no
inventrio de sua me tem a seu favor qual instrumento para a defesa de seus interesses?
Com base em que fundamento jurdico-normativo?
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
CCJ 0038
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Autoria: Prof. Adriano Moura da Fonseca Pinto
1 - cedio que o tema do acesso Justia objeto de permanentes estudos,
deliberaes e, no muito raro, seguidas alteraes legislativas de mbito constitucional
e infraconstitucional relacionadas ao direito processual no Brasil. Tal movimento de
estudo, seguido de reforma legislativa tem correlao direta com um importante
trabalho terico de Mauro Cappelletti e Bryan Garth, intitulado de Acesso Justia e
que muito influenciou a gerao de juristas no Brasil e no mundo nas ltimas dcadas.
A respeito do referido trabalho e, considerando as normas de direito processual civil
relacionadas tutela de execuo, correto afirmar que:
a) Apesar na notoriedade dos doutrinadores e sua grande contribuio para o
direito ptrio em temas como a assistncia judiciria gratuita e integral e o
desenvolvimento da tutela coletiva, no mbito da execuo de ttulos judiciais
no Brasil, as alteraes que ocorreram na legislao ptria no guardam
correlao com o referido trabalho doutrinrio.
b) As alteraes que ocorreram no mbito do Cdigo de Processo Civil de 1973
mantm estreita relao com o trabalho doutrinrio citado, mormente no tocante
chamada 3 onda ou movimento de acesso Justia, considerando os
significativos avanos na realizao do direito material contido em ttulos
judiciais e extrajudiciais.
c) Infelizmente a tutela de execuo no passou por grandes reformas legislativas
aps a CRFB de 1988, pois os movimentos reformadores que se seguiram
trataram quase que exclusivamente da tutela de conhecimento.
d) Infelizmente a tutela de execuo de ttulos judicias, apesar de ter passar por
diversas mudanas desde a CRFB de 1988, continuou sendo operada com um
processo autnomo de execuo, inclusive com a possibilidade de oferecimento
de Embargos Execuo, uma nova ao que compromete e muito a razovel
durao do processo.
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e) As alteraes que ocorreram no mbito da execuo no direito processual civil
abordaram apenas a execuo dos ttulos extrajudiciais, de modo que os
resultados de efetividade no foram alcanados, pois as sentenas e acrdos
permaneceram com o cumprimento previsto no art. 475-I e seguintes do Cdigo
de Processo Civil.
2 Em regra, o cumprimento de sentenas no processo civil brasileiro ocorre nos
mesmos autos, mas com nova citao do agora devedor, quando este no cumpre a
sentena condenatria. Tal afirmao est:
a) Incorreta, pois o cumprimento de sentena ocorre em autos apartados.
b) Correta, pois sem a nova citao, no poderia haver penhora dos bens do
devedor.
c) Incorreta, pois o cumprimento de sentena no gera, em regra, nova citao.
d) Correta, pois est de acordo com o previsto no art. 475-I do CPC.
e) Correta, pois do contrrio haveria afronta CRFB de 1988, pois no pode haver
devido processo legal de execuo sem a nova citao do devedor.
3 - Os ttulos executivos so considerados documentos que contm as caractersticas de
CERTEZA, LIQUIDEZ e EXIGIBILIDADE. Considerando os significados jurdicos
das referidas expresses grifadas, indique qual das alternativas abaixo no corresponde
realidade das normas de execuo no processo civil brasileiro.
a) As sentenas, assim como os acrdos somente podem ser considerados ttulos
executivos judiciais aps o referido transito em julgado.
b) Os cheques e as notas promissrias contm as caractersticas grifadas no
enunciado e so cobrados em juzo por meio de processo autnomo de execuo,
nos termos do Livro II do Cdigo de Processo Civil de 1973.
c) A sentena penal condenatria e a sentena arbitral so considerados ttulos
executivos judiciais e contm as caractersticas grifadas no enunciado.
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d) As sentenas ilquidas somente podem ser executadas aps a apurao do
quantum debeatur.
e) As decises interlocutrias que concedem antecipao dos efeitos da sentena
condenatria, podem ser executadas provisoriamente.
4 De acordo com as regras processuais do Cdigo de Processo Civil de 1973, a defesa
do executado de sentena condenatria de pagar quantia certa tem o nome de
Impugnao. A respeito da referida modalidade defesa, verifica-se que:
a) seu oferecimento ocorre aps a penhora prvia, no havendo previso de
oferecimento antes de seguro o juzo.
b) poder ser recebida aps a penhora, mas no poder ter efeito suspensivo.
c) seu oferecimento deve ser por meio de nova ao, distribuda por
dependncia, a exemplo dos Embargos do Devedor.
d) seu contedo fica limitado a vcios processuais, pois as questes de direito
material j transitaram em julgado.
e) aps o recebimento, o Juiz pode julgar de plano, no havendo necessidade de
contraditria ao exequente, pois j houve finalizao da etapa de
conhecimento.
5 O Cdigo de Processo Civil de 1973 sofreu inmeras alteraes legislativas ao
longo de suas dcadas de existncia. Alis, possvel informar que ainda na dcada de
1970, iniciava-se um constante movimento de reforma de seu texto legal. Em
determinado momento nos anos 1990, tal movimento reformador abordou tambm a
possibilidade de antecipao dos efeitos da sentena de mrito. A respeito das alteraes
legislativas que ampliaram as possibilidades de tutela de urgncia no referido diploma,
marque abaixo a opo correta.
a) O art. 273 do CPC introduziu a tutela cautelar satisfativa em nosso sistema
processual, sendo uma das maiores inovaes da dcada de 1990.
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b) O art. 273 e o art. 461 do CPC foram alterados em meados da dcada de 1990 e
ambos proporcionaram grande nfase tutela de urgncia satisfativa em nosso sistema
processual.
c) As maiores alteraes ocorrem no mbito do Livro III do CPC, que contm as
normas relativas tutela de urgncia satisfativa e no satisfativa de nosso processo civil.
d) O art. 273 do CPC foi alterado e trata da antecipao dos efeitos da sentena de
mrito, diferentemente do art. 461 do CPC, que ratificou as possibilidades de medidas
cautelares nominadas de astreintes.
e) O art. 461 do CPC tratou apenas das sentenas obrigatrias de fazer ou no fazer, mas
no fez previso expressa de que pudessem ser antecipadas, como no caso do art. 273
do CPC.
6 - Em determinado caso concreto, o requerente de medida cautelar preparatria se
equivocou ao requerer um Sequestro. Aps receber a petio inicial, o juiz entende que
a hiptese real de Arresto. Ato contnuo, concede em deciso interlocutria liminar o
Arresto e determina o seu imediato cumprimento na forma da lei. A respeito do narrado
acima, aponte qual alternativa contm a resposta adequada e respectivo princpio (s)
jurdico(s) correspondente (s) deciso do juiz.
a) Correta. Princpio do livre convencimento e razovel durao do processo.
b) Incorreta. Princpio da inrcia da jurisdio e livre convencimento.
c) Correta. Princpio do poder geral de cautela e fungibilidade.
d) Incorreta. Princpio do poder geral de cautela e julgamento extra petita.
e) Correta. Princpio da inrcia da jurisdio e poder geral de cautela.
7 - A respeito do risco da irreversibilidade ou no das medidas de urgncia no Cdigo
de Processo Civil de 1973, assim como os direitos materiais envolvidos no caso
concreto, marque a opo que est em desacordo com a ponderao de interesses que se
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deve ter em situaes do tipo, alm de ferir princpio especfico da CRFB de 1988,
partindo da ideia de que todos os demais requisitos esto presentes.
a) Os pedidos de tutela de urgncia satisfativa para concesso de medicamentos
essenciais somente devem deferidos mediante cauo.
b) Os pedidos de tutela de urgncia satisfativa que envolvam direitos
disponveis somente devem ser deferidos mediante cauo.
c) Os pedidos de tutela antecipada de mrito que envolvam cirurgias somente
devem ser deferidos mediante cauo ou mesmo arresto.
d) Os pedidos de tutela de urgncia no satisfativa no devem ser deferidos
quando houver risco de irreversibilidade, mesmo com cauo.
e) Os pedidos de tutela de urgncia satisfativa que envolvam verba de natureza
alimentar podem ser concedidos, ainda que sem cauo, mediante anlise do
caso concreto.
8 H quem entenda que no Brasil exista demasiada proteo legal e jurisprudencial
aos devedores. Um exemplo estaria nos casos de execues de ttulos judicias ou
extrajudiciais que no conseguem atender aos anseios do credor em razo da
impenhorabilidade de bens prevista em nosso Cdigo Civil de 2002, na Lei 8009/90 e
tambm no prprio Cdigo de Processo Civil de 1973. A respeito do assunto, marque a
alternativa que est em acordo com o ordenamento jurdico brasileiro.
a) O executado no pode ter penhorado seu imvel em razo de execuo de cotas
condominiais.
b) O executado pessoa jurdica no goza de nenhuma das restries acima
elencadas no enunciado.
c) O exequente no pode requer a penhora de nenhum bem mvel dentro de imvel
impenhorvel, assim considerado pelo Lei 8009/90 ou pelo art. 1711 do CC.
d) Age na legalidade o magistrado que indefere penhora de obras de arte que
guarnecem a residncia do executado pessoa natural.
e) Age na legalidade o magistrado que defere penhora de imvel familiar quando o
executado celebrou contrato de financiamento com garantia do referido imvel.
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9 Sobre a execuo de quantia certa contra devedor solvente incorreto afirmar que:
a) o executado pode oferecer embargos, mesmo sem penhora prvia.
b) os embargos do executado no tm efeito suspensivo como regra.
c) os embargos do executado tem natureza de incidente processual.
d) os embargos do devedor podem ter efeito suspensivo, ainda que em carter
excepcional.
e) O executado pode embargar parcialmente a execuo.
10 - A Companhia de Laticnios Carioca celebrou contrato de prestao de servios de
limpeza com a Empresa de Servios Mo de Obra Leme. Alega que, iniciados os
servios, a contratada, sem qualquer justificativa, abandonou o local onde assumiu a
obrigao de fazer diariamente a faxina do prdio da sede da contratante. Com base no
contrato, assinado pelas duas partes e por duas testemunhas, promove ao de execuo.
Citada, a executada oferece embargos e neles sustenta o descumprimento da obrigao
da embargada, que deixou de pagar o valor constante do contrato que permitiria o
correto incio de cumprimento de sua obrigao.
Questionamentos:
a) Qual o procedimento a ser observado nesta modalidade de execuo?
b) Trata-se de obrigao fungvel ou infungvel? Na obrigao fungvel, pode-se
alcanar a tutela especfica, atravs de meio de sub-rogao? Fundamente sua
resposta.
11 Srgio ingressa em juzo com uma ao executria em face de determinada
sociedade empresria, uma vez que possui ttulo executivo capaz de ensejar a execuo.
A empresa executada citada para pagar em trs dias, na forma do art. 652 do CPC.
Escoado o prazo, no realiza o pagamento. O exequente no consegue localizar bens do
patrimnio da devedora e imediatamente ingressa com requerimento de falncia
baseado no mesmo ttulo executivo. No processo falimentar, a requerida no realiza o
depsito elisivo, alegando, em sua defesa, a litispendncia em razo de processo do
processo executrio ainda estar em andamento.
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Questionamento:
Tem razo o requerido em sua defesa no processo falimentar e que poderia ter
reflexo no processo de execuo ?
12 - Altair credor de Marta com base em ttulo executivo extrajudicial(cheque) no
valor de R$ 56.000,00 e pretende promover a execuo judicial cabvel ao caso. Ocorre
que ele tem receio de que Marta possa se desfazer dos imveis que possui quando for
citada, tornando-se insolvente. Com base no caso acima, RESPONDA:
a) O que pode fazer o advogado de Altair no ato da distribuio da petio
inicial do processo de execuo para melhor atender aos interesses de seu
cliente?
b) Se houver penhora de bem imvel de Marta, quem ficaria como
depositrio fiel?
13 - Sabe-que no mbito do direito privado, a autonomia da vontade tem grande
preponderncia no que diz respeito validade dos negcios jurdicos, especialmente no
tocante aos contratos firmados entre as partes. Considerando o campo do direito
material e processual em nosso ordenamento jurdico ptrio a respeito do possvel
parcelamento do dbito previsto no art. 745-A do Cdigo de Processo Civil de 1973,
responda aos seguintes questionamentos:
a) Tal parcelamento um direito objetivo do executado ou deve ser deferido pelo
juiz?
b) Existe necessidade de manifestao ou anuncia do exequente ?
14 - No mbito do processo civil brasileiro, as possibilidades de concesso de tutela
jurisdicional de direito material antes da sentena cresceram de forma significa a partir
da dcada de 1990, aps diversos movimentos reformadores da legislao
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infraconstitucional que deram especial nfase nas tutelas de urgncia material. No
entanto, em situaes pontuais, o direito material pode ser concedido sem que haja
efetivamente receio de dano irreparvel ou de difcil reparao.
Aponte e explique ao menos um exemplo da ocorrncia de tal fenmeno no Cdigo de
Processo Civil de 1973, no deixando de informar a denominao doutrinaria ao item
apontado.
15 Tradicionalmente a defesa do executado em juzo se deu atravs dos conhecidos
embargos do devedor (executado), verdadeira ao prpria de conhecimento que,
distribuda por dependncia ao juzo da execuo, proporcionava ao executado o
contraditrio e ampla defesa originrios de um processo de conhecimento. Em meio ao
desenvolvimento do processo civil no sculo passado, surge o instituto da exceo de
pr-executividade capitaneado por Pontes de Miranda e outros fervorosos adeptos. Os
argumento de peso sustentavam poca, que era por demasiado oneroso ao devedor
(executado) embargar execues para alegar matria de ordem pblica, daquelas que
deveriam ser reconhecidas de ofcio pelo juiz ou tribunal, a qualquer tempo e instncia.
E tal meio de defesa, ainda sem previso legal expressa, ganhou alm de fama, utilidade
processual que perdura at os dias atuais. Ocorre que aps a reforma processual de
2006 envolvendo a tutela de execuo de ttulos executivos extrajudiciais, muito se
questiona a respeito da sobrevivncia da exceo de pr-executividade em nosso cenrio
processual, principalmente pela inexistncia de penhora prvia para o oferecimento de
embargos do executado, nos termos do art. 736 e seguintes do CPC.
Assim, discorra a respeito da possibilidade ou no de aplicao da exceo de pr-
executividade nos dias atuais e tendo como referencia o CPC e legislao processual
civil em vigor.
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JURISDIO CONSTITUCIONAL
CCJ 0044
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Autoria: Prof. Dr. Rafael Iorio
1- A Constituio brasileira de 1988 reconheceu o direito dos remanescentes das
comunidades de quilombos propriedade definitiva das terras que ocupam,
devendo o Estado emitir os respectivos ttulos (Art. 68, Ato das Disposies
Constitucionais Transitrias). Para dar efetividade ao texto constitucional, foi
editado o Decreto n. 4.887, de 20 de novembro, que regulamenta o
procedimento para identificao, reconhecimento, delimitao, demarcao e
titulao das terras quilombolas. Importante notar que o referido Decreto
objeto de controle da constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal
desde 2004, sem julgamento do mrito.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ao Direta de Inconstitucionalidade, ADI n.
3.239, Relator Min. Cezar Peluso. Acerca do processo de reconhecimento e titulao
das terras quilombolas, avalie as afirmaes a seguir.
I. Consideram-se comunidades dos quilombos os grupos tnico-raciais,
segundo critrio de auto atribuio, com trajetria histrica prpria, dotados
de relaes territoriais especficas, com presuno de ancestralidade negra
relacionada com a resistncia opresso histrica sofrida.
II. Cabe ao Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA)
regulamentar os procedimentos administrativos necessrios titulao das
terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos.
III. A caracterizao dos remanescentes das comunidades dos quilombos deve
ser atestada mediante auto definio da prpria comunidade e deve ser
levada a registro no Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional
(IPHAN) do Ministrio da Cultura.
IV. responsabilidade exclusiva da Unio a identificao, o reconhecimento, a
delimitao, a demarcao e a titulao das terras ocupadas pelos
remanescentes das comunidades dos quilombos.
correto apenas o que se afirma em
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
2-Uma lei ordinria expedida pela Cmara Legislativa do Esprito Santo determinou que
os aprovados em concurso pblico para o provimento de cargos na administrao
estadual direta, dentro do nmero de vagas fixados no respectivo edital, deveriam ser
nomeados no prazo mximo de 180 dias, contados da homologao do resultado do
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concurso. Nessa situao, a referida disposio apresenta-se em conformidade com a
Constituio Federal de 1988?
3-Os direitos fundamentais possuem quatro dimenses bsicas, que a doutrina de
Bobbio consagrou como geraes de direito. Menciona-se o termo dimenso, pois se
considera o alerta de Antonio Canado Trindade para o reducionismo do termo gerao,
no sentido de que este fornece uma idia de que os direitos nascem e morrem quando
em verdade so indivisveis e interdependentes, sobrevivendo com o passar do tempo.
Impossvel ter direito liberdade sem direitos econmicos e sociais. Alm disso,
sempre se concebe o direito fundamental como detentor de uma garantia, embora alguns
direitos j se revelem em si mesmos como tal.
Acerca desse tema e considerando o texto acima, julgue os itens a seguir CERTO (C)
OU ERRADO (E).
(1) So considerados direitos fundamentais de primeira gerao os direitos civis e
polticos, que correspondem, em um quadro histrico, fase inicial do
constitucionalismo no ocidente. ( ).
(2) Os direitos de primeira gerao consagram a titularidade no indivduo, porm
no podem ser traduzidos em forma de oposio ao Estado, uma vez que so
atributos da pessoa humana e no se enquadram na categoria de status negativus.
( ).
(3) De acordo com a boa doutrina, a concepo de direitos fundamentais que
contm garantias institucionais de liberdade deve ser recebida com certa cautela,
pois o direito de liberdade, ao contrrio do que acontece com a propriedade, no
est suscetvel de institucionalizao em termos de garantia. ( ).
(4) O direito ao desenvolvimento, o direito paz, o direito ao meio ambiente e o
direito de propriedade ao patrimnio comum da humanidade podem ser
considerados como direitos de segunda gerao ou dimenso. ( ).
2- (OAB-Adaptada) Com relao aos chamados direitos econmicos, sociais e
culturais, correto afirmar que
(A) so direitos humanos de segunda gerao, o que significa que no so
juridicamente exigveis, diferentemente do que ocorre com os direitos civis e
polticos.
(B) so previstos, no mbito do sistema interamericano, no texto original da
Conveno Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jos da Costa
Rica).
(C) formam, juntamente com os direitos civis e polticos, um conjunto indivisvel de
direitos fundamentais, entre os quais no h qualquer relao hierrquica.
(D) incluem o direito participao no processo eleitoral, educao, alimentao
e previdncia social.
(E) Apresentam como caracterstica um status negativus frente ao poder poltico.
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3- Caio da Silva, Senador da Repblica pelo Estado Z, no decorrer do recesso
parlamentar, viaja de frias com a famlia para um resort situado no Estado X,
a fim de descansar. Todavia, em meio aos hspedes que ali se encontravam,
deparou-se com Tcio dos Santos, um ferrenho adversrio poltico, com quem
acabou por travar spera discusso em torno de temas polticos j discutidos
anteriormente no Senado. Caio da Silva, durante a discusso, atribuiu ao seu
adversrio a responsabilidade pela prtica de fatos definidos como crimes, alm
de injuri-lo com vrios adjetivos ofensivos. Tcio dos Santos, inconformado
com as agresses pblicas a ele desferidas, decidiu ajuizar queixa queixa-crime
em face de Caio da Silva. Tendo em vista as particularidades da narrativa acima
e considerando o que dispe a Constituio Federal, assinale a afirmativa
correta.
A) Caio da Silva, por estar fora do espao fsico do Congresso Nacional, no
alcanado pela garantia da imunidade material, respondendo pelos crimes contra a honra
que praticou.
B) Caio da Silva, mesmo fora do espao fsico do Congresso Nacional, alcanado pela
garantia da imunidade material, tendo em vista que as ofensas proferidas esto
relacionadas ao exerccio da atividade parlamentar.
C) Caio da Silva no est coberto pela garantia da imunidade material, tendo em vista
que as ofensas foram realizadas em um momento de recesso parlamentar, o que afasta
qualquer relao com a atividade de Senador.
D) Caio da Silva no est coberto pela garantia da imunidade material, visto que,
durante o recesso parlamentar, sequer estava no territrio do Estado que representa na
condio de Senador.
E) Caio da Silva no est coberto pela imunidade formal, visto que, durante o recesso
parlamentar o Supremo Tribunal Federal tambm est de recesso.
6- Sob forte influncia de grandes produtores rurais, numerosos parlamentares do
Congresso Nacional se mobilizam para a edio de uma Emenda Constituio, a fim
de retirar do texto constitucional a referncia funo social da propriedade. Como
resposta, a sociedade civil comeou uma campanha de coleta de assinaturas para
deflagrar a edio, por iniciativa popular, de uma Emenda para tornar crime a
manuteno de propriedades improdutivas.
Com base no fragmento acima, responda aos itens a seguir, fundamentadamente.
A) Um parlamentar tem iniciativa no processo legislativo de Emenda
Constituio? E a sociedade civil?
B) possvel a edio de Emenda com o contedo pretendido pelos produtores
rurais?
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7- CESPE - 2009 - MPE-RN - Promotor de Justia Acerca do constitucionalismo, assinale a opo
incorreta.
A) A origem do constitucionalismo remonta antiguidade clssica, especificamente ao povo hebreu, do qual partiram as primeiras manifestaes desse movimento constitucional em
busca de uma organizao poltica fundada na limitao do poder absoluto.
B) O neoconstitucionalismo caracterizado por um conjunto de transformaes no Estado e no direito constitucional, entre as quais se destaca a prevalncia do positivismo jurdico, com a
clara separao entre direito e valores substantivos, como tica, moral e justia.
C) O constitucionalismo moderno representa uma tcnica especfica de limitao do poder com fins garantidores.
D) O neoconstitucionalismo caracteriza-se pela mudana de paradigma, de Estado Legislativo de Direito para Estado Constitucional de Direito, em que a Constituio passa a ocupar o
centro de todo o sistema jurdico.
E) As constituies do ps-guerra promoveram inovaes por meio da incorporao explcita, em seus textos, de anseios polticos, como a reduo de desigualdades sociais, e de valores
como a promoo da dignidade humana e dos direitos fundamentais.
8- Insatisfeito com a demora para a efetivao das desapropriaes necessrias
construo de uma rodovia federal, o Presidente da Repblica editou o Decreto n. 9.999,
por meio do qual, expressamente, determinou a revogao do Decreto Lei n.
3.365/1941, que dispunha sobre a desapropriao por utilidade pblica, e, ao mesmo
tempo, institui novo regramento a respeito do tema.
Sobre a hiptese apresentada, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
A) Em nosso ordenamento jurdico constitucional, existe previso para a edio de
decreto autnomo?
B) possvel a revogao do Decreto Lei n. 3.365/1941 pelo decreto presidencial?
9- O Estado Z editou lei que institui uma Taxa de Fiscalizao de Estradas, impondo o pagamento de uma elevada quantia para o acesso ou para a sada do territrio daquele
Estado por meio rodovirio.
Sobre a hiptese sugerida, responda, fundamentadamente, aos seguintes itens.
A) O Governador do Estado Y pode impugnar a lei editada pela Assembleia Legislativa do Estado Z por meio de ao direta de inconstitucionalidade?
B) Caso a lei do Estado Z seja impugnada por um partido poltico, por meio de Ao Direta de Inconstitucionalidade, pode prosseguir a ao em caso de perda superveniente da representao do partido no Congresso Nacional?
10- Aps reiteradas decises sobre determinada matria, o Supremo Tribunal Federal
(STF) aprovou enunciado de Smula Vinculante determinando que inconstitucional
lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consrcios e
sorteios, inclusive bingos e loterias. O Estado X, contudo, no concordando com a
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posio do Supremo Tribunal Federal (STF), edita lei dispondo exatamente sobre os
sistemas de consrcios e sorteios em seu territrio.
A partir da situao apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) O Supremo Tribunal Federal (STF) poder, de ofcio, declarar a
inconstitucionalidade da norma estadual produzida em desconformidade com a Smula.
B) Qualquer cidado poder propor a reviso ou o cancelamento de smula vinculante
que, nesse caso, ser declarada mediante a deciso de dois teros dos membros do
Supremo Tribunal Federal (STF).
C) cabvel reclamao perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a
validade da lei do Estado X que dispe sobre os sistemas de consrcios e sorteios em
seu territrio.
D) A smula possui efeitos vinculantes em relao aos rgos do Poder Judicirio e
Administrao Pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, mas
no vincula o Poder Legislativo na sua atividade legiferante.
E) As smulas do Supremo Tribunal Federal foram criadas com a edio da emenda
Constitucional n45 de 2004.
11- A respeito dos direitos constitucionais na ordem constitucional vigente, julgue os
itens seguintes com (V) verdadeiro, e (F) falso.
I - (F) O direito ao trabalho e ao livre exerccio profissional est consagrado entre os
direitos sociais previstos na Constituio da Repblica de 1988.
II - (V) Esto consagrados, entre os direitos sociais previstos na Constituio da
Repblica de 1988, o direito educao, direito moradia, o direito segurana e o
direito assistncia aos desamparados.
III (F) direito dos trabalhadores, alm de outros que visem melhoria de sua
condio social, o estabelecimento da idade mnima de dezesseis anos para o trabalho
noturno, perigoso ou insalubre e de quatorze anos para qualquer trabalho, salvo a
condio de aprendiz.
IV (F) Nas empresas com mais de cem empregados, assegurada a eleio de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover o entendimento direto com
os empregadores.
V (F) atribuio exclusiva de cada sindicato a defesa judicial e administrativa dos
direitos individuais de seus filiados.
12- (OAB) O Governador do Estado X ajuizou Representao de Inconstitucionalidade
perante o Tribunal de Justia local, apontando a violao, pela Lei Estadual n 1.111, de
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dispositivos da Constituio do Estado, que se apresentam como normas de reproduo
obrigatria.
Considerando o exposto, responda aos itens a seguir.
A) O que so normas de reproduo obrigatria?
B) Proposta Ao Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal
arguindo violao dos mesmos dispositivos da Constituio Federal, cuja reproduo
pela mesma lei estadual (Lei n 1.111) era obrigatria na Constituio Estadual, sem
que tenha ocorrido o julgamento da Representao de Inconstitucionalidade pelo
Tribunal de Justia local, podero as duas aes tramitar simultaneamente?
13- (OAB) Os jornais noticiaram violenta chacina ocorrida no Estado Y, onde foram
torturadas e assassinadas dezenas de crianas e mulheres de uma comunidade rural de
baixa renda, com suspeita de trabalho escravo.
aberto inqurito policial para a investigao dos fatos e, passado um ms do ocorrido,
a polcia e as autoridades locais mantm-se absolutamente inertes, configurando, de
forma patente, omisso na apurao dos crimes. A imprensa nacional e a internacional
do destaque omisso, afirmando que o Estado Y no capaz de assegurar a proteo
aos diversos direitos humanos contidos em tratados internacionais dos quais o Brasil
signatrio. Com base no caso apresentado, responda aos itens a seguir.
A) O que se entende por federalizao dos crimes contra os direitos humanos?
B) O Presidente da Repblica pode requerer a aplicao do instituto? Perante qual juzo
ou tribunal brasileiro deve ser suscitado o instituto da federalizao dos crimes contra os
direitos humanos?
14- (OAB) Denncias de corrupo em determinada empresa pblica federal foram
publicadas na imprensa, o que motivou a instalao, na Cmara dos Deputados, de uma
Comisso Parlamentar de Inqurito (CPI).
Em busca de esclarecimento dos fatos, a CPI decidiu convocar vrios dirigentes da
empresa pblica para prestar depoimento. Em razo do interesse pblico envolvido, o
jornalista que primeiro noticiou o caso na grande imprensa tambm foi convocado a
prestar informaes, sob pena de conduo coercitiva, de modo a revelar a origem de
suas fontes, permitindo, assim, a ampliao do rol dos investigados. Outra deciso da
CPI foi a de quebrar o sigilo bancrio dos dirigentes envolvidos nas denncias de
corrupo, objeto de apurao da comisso.
Com base nessas informaes, responda aos itens a seguir.
A) A CPI tem poder para intimar algum a prestar depoimento, sob pena de conduo
coercitiva caso no comparea espontaneamente
B) O jornalista convocado pode ser obrigado a responder indagaes sobre a origem de
suas fontes jornalsticas, em razo do interesse pblico envolvido?
C) A CPI tem poder para determinar a quebra do sigilo bancrio dos investigados?
15- (OAB) O Estado X, integrante da Repblica Federativa do Brasil, foi agraciado com
o anncio da descoberta de enormes jazidas de ouro, ferro, estanho e petrleo em seu
territrio. As jazidas de minrio esto todas localizadas no Municpio de Alegria e as de
petrleo, no Municpio de Felicidade, ambos localizados no Estado X.
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Tendo em vista o disposto no ordenamento jurdico nacional, responda aos itens a
seguir.
A) A qual ente federativo pertencem os recursos naturais recentemente descobertos? Os
demais entes, em cujos territrios se deu a descoberta, recebem alguma participao no
resultado da explorao desses recursos?
B) Um dos entes federativos (Estado ou Municpio), insatisfeito com a destinao dos
recursos naturais descobertos em seu territrio, pode, luz do nosso ordenamento,
propor a secesso, a fim de se constituir em ente soberano, nico titular daqueles
recursos? Caso positiva a resposta, qual o procedimento a ser seguido?
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DIREITO ADMINISTRATIVO I
CCJ 0010
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Autoria: Prof. Karyne Castro da Silva
1- A Administrao Pblica possui em sua organizao atuar a fim de atender ao
interesse pblico. Devemos entender, assim, como um conjunto de atividades preponderantemente executrias
de pessoas jurdicas de Direito Pblico ou delas delegatrias, gerindo
interesses coletivos, na prossecuo dos fins desejados, pelo Estado. (Diogo Figueiredo Moreira neto Curso de Direito administrativo, p.88). Nesta anlise temos as administraes direta e indireta que realizam as gestes legais e necessrias para a sua
consecuo. Diante da narrativa julgue as alternativas
I. A Presidncia da Repblica, como integrante da Administrao Direta. II. As autarquias, como integrante da Administrao Indireta.
III. As empresas pblicas, como integrante da Administrao Direta. IV. Os Ministrios, como integrante da Administrao Indireta. V. As sociedades de economia mista, como integrante da Administrao Indireta.
VI. As fundaes pblicas, como integrante da administrao Direta.
Com base nesta leitura CORRETO afirmar:
a) As alternativas I, II, III so verdadeiras. b) As alternativas II, I, V so falsas. c) As alternativas I, II e IV so verdadeiras. d) As alternativas III, IV e V so falsas. e) As alternativas III, IV e VI so falsas.
2- A criao e a extino de rgos pblicos so ajustes realizados para a organizao
e funcionamento da administrao pblica. Para que tais aes sejam materializadas
pelo evidente interesse da Administrao, a Constituio de 1988 reserva a autoridade
especfica e por simetria a iniciativa privativa para deflagrar o processo legislativo
sobre a matria.
Julgue que agente(s) possui (em) competncia legal para motivar o referido ato:
I. Presidente da Cmara federal II. Presidente do Senado federal
III. Presidente da Repblica IV. Demais chefes do poder executivo V. Presidente do Supremo Tribunal Federal
Diante das alternativas acima CORRETO afirmar como verdadeira:
a) A alternativa I. b) A alternativa II. c) As alternativas III e IV. d) As alternativas I e IV. e) As alternativas II e IV.
3- Os princpios constitucionais da Administrao pblica esto explicitados no art.37,
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caput, da Constituio Federal de 1988, que por definio so os postulados
fundamentais que inspiram todo seu modo de agir. Um desses princpios que vigora na
referida Carta Magna o da publicidade. Em funo deste princpio, existem algumas
excees previstas como o sigilo.
Diante da afirmativa julgue qual (is) situao(es) (so) permitido(s) o sigilo dos atos
administrativos produzidos pela Administrao:
I. Nos atos administrativos praticados em desacordo com o amparo legal II. Quando for imprescindvel segurana da sociedade e do Estado
III. Quando for conveniente para o agente pblico praticar o ato administrativo IV. Quando os atos administrativos produzidos dispensem os princpios ticos V. Nos atos administrativos produzidos em funo de compras pblicas
CORRETO afirmar que (so) verdadeira(s)
a) Alternativa I. b) Alternativas III e IV. c) Alternativa V. d) Alternativa II. e) Alternativas I e V.
4- A Administrao Pblica tem que voltar-se exclusivamente para o interesse pblico e
no para o privado, vedando-se, em consequncia, sejam favorecidos alguns indivduos
em detrimento de outros e prejudicados alguns para favorecimento de outros.
Com base na afirmativa CORRETO afirmar que se trata da ideia do princpio
a) Da impessoalidade. b) Da moralidade. c) Da razoabilidade. d) Da publicidade. e) No se trata de princpio.
5- Os atos de imprio so os que se caracterizam pelo poder de coero decorrente do
poder de imprio, no intervindo a vontade dos administrados para sua prtica.
I. Interpretando os atos abaixo II. Licena para construo
III. Decreto expropriatrio IV. Alienao de bens V. Embargo de obra
CORRETO afirmar que o ato de imprio est caracterizado:
a) Na alternativa I. b) Na alternativa II. c) Na alternativa III. d) Na alternativa IV. e) Nenhuma das alternativas.
6- Na anulao dos atos administrativos a convalidao utilizada na situao de
a) Nulidade. b) Vcio sanvel. c) Vcio insanvel. d) Vcio redibitrio. e) Caducidade.
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7- As autarquias so entidades, integrantes da administrao indireta, no qual o Estado
dota-as de atribuio para executar algumas funes de maneira decentralizada. No
ordenamento jurdico, considerando a sua natureza e o papel desempenhado, atribui a
estas algumas prerrogativas de direito pblico.
Nesta condio CORRETO afirmar que a autarquia possui prerrogativa de
a) Prescrio decenal. b) Penhorabilidade de seus bens e de suas rendas. c) Prescritibilidade de seus bens. d) Possuir prazo em quntuplo para contestar e em dobro para recorrer, conforme
previsto no Cdigo do Processo Civil, em seu artigo 188.
e) Imunidade tributria desde que vinculados a suas finalidades essenciais ou s que dela decorram.
8- No Direito Administrativo conceitua-se o poder de polcia como a prerrogativa de
direito pblico que, calcada na lei, autoriza a Administrao Pblica a restringir o uso e
o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade. Uma de
suas prerrogativas especiais est em praticar atos e coloc-los em imediata execuo,
sem dependncia manifestao judicial.
CORRETO afirmar que esta prerrogativa especial de Direito Pblico uma
caracterstica da: a) Coercibilidade. b) Discricionariedade. c) Autoexecutoriedade. d) Vinculao. e) Prescricionariedade.
9- Para identificarmos a zona da discricionariedade no ato administrativo, preciso
antes definir seus elementos. Para que estes elementos estejam contidos no ato
administrativo o legislador desenhou algumas linhas marcantes de sua configurao.
CORRETO afirmar que no sentido da elaborao do elemento do ato
administrativo ______________ est definido por lei qual o crculo dentro do qual
podem os agentes exercer legitimamente sua atividade.
a) Objeto. b) Forma. c) Competncia. d) Motivo. e) Finalidade.
10- A sequncia de atividades da Administrao interligadas entre si, que visa a
alcanar determinado efeito final previsto em lei o procedimento administrativo. O
mesmo possui algumas caractersticas no seu rito procedimental que norteiam sua
materializao.
Mediante esta afirmativa julgue quais aspectos abaixo podemos identificar no
procedimento administrativo.
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I. Trata-se de atividade contnua. II. no instantneo.
III. Os atos e operaes se colocam em ordenada sucesso. IV. A prtica de alguns atos administrativos intermedirios. V. Possui a proposta de chegar-se a um fim pr-determinado.
CORRETO o que se afirma em
a) I, II, III, IV e V b) II, IV e V apenas c) I, II, e IV apenas d) III, IV e V apenas e) I, II, III e IV apenas
11- Qualquer aquisio, na forma de bens ou contratao de servios, a ser realizada
pela Administrao Pblica deve o gestor pblico utilizar como referncia a Lei Federal
N 8.666 de 21 de junho de 1993. Para que a Administrao Pblica vislumbre realizar
entre quaisquer interessados a escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico,
mediante a instituio de prmios ou remunerao aos vencedores, conforme critrios
constantes de edital publicado na imprensa oficial, a mesma possui o dever de licitar.
Diante desta assertiva CORRETO afirmar que a modalidade de licitao a ser
utilizada ser
a) Concorrncia. b) Tomada de Preos. c) Leilo. d) Concurso. e) Convite.
12- A administrao Pblica pretende realizar a contratao de profissional de qualquer
setor artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo, desde que consagrado
pela crtica especializada ou pela opinio pblica. Este cenrio caracterizado
observando os ditames da Lei Federal N 8.666/93, configura:
a) O dever de licitar pelo gestor pblico, utilizando a modalidade licitatria prego. b) Aplicao da dispensa de licitao pelo gestor pblico. c) Aplicao da inexigibilidade de licitao pelo gestor pblico. d) O dever de licitar pelo gestor pblico, utilizando a modalidade licitatria
concurso.
e) O dever de licitar pelo gestor pblico, utilizando a modalidade licitatria convite.
13- A Lei Federal N 8.666/93 tipifica crimes e penas decorrentes da conduta dos
agentes pblicos pela no observncia da referida norma. Na situao do gestor pblico
frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinao ou qualquer outro expediente, o carter
competitivo do procedimento licitatrio, com o intuito de obter, para si ou para outrem,
vantagem decorrente da adjudicao do objeto da licitao CORRETO afirmar:
a) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. b) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 3 (trs) a 5 (cinco) anos, e multa. c) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 2 (dois) a 3 (trs) anos, e multa. d) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
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e) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
14- Todo contrato celebrado pela Administrao Pblica dever sua execuo ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da Administrao especialmente
designado para realizar todos os atos em conformidade com o contedo pactuado no
referido instrumento.
Diante desta atribuio o fiscal do contrato: I. Solicitar ajuda a empresa contratada.
II. Dever atuar concomitantemente como gestor no mesmo contrato. III. Ser nomeado fiscal aps ter participado da Comisso de Licitao. IV. Dever recair sobre pessoa que no tenha um conhecimento tcnico suficiente
do objeto.
V. Poder solicitar a contratao de terceiros para assisti-lo e subsidi-lo de informaes pertinentes a essa atribuio.
Aps a anlise das alternativas acima CORRETO julgar que:
a) I e II esto corretas. b) II e III esto corretas. c) Somente a V est correta. d) Somente a IV est correta. e) Todas esto corretas.
15- Para a aquisio de bens e servios comuns a Administrao Pblica utiliza em
larga escala a modalidade licitatria Prego. Aps a realizao do certame pelo
pregoeiro, o mesmo abre prazo, tempestivamente, aos licitantes para a inteno de
recebimento de recursos administrativos contra os seus atos durante a conduo do
processo, antes de declarar a empresa como vencedora da licitao.
Caso ocorra a interposio de recurso administrativo, por algum licitante, contra ato
realizado pelo pregoeiro, aps o seu julgamento, CORRETO afirmar que:
a) O pregoeiro realizar a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor. b) A comisso de licitao realizar a adjudicao do objeto da licitao ao licitante
vencedor.
c) A autoridade competente far a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor.
d) A equipe de apoio far a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor.
e) O presidente da comisso de licitao far a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor.
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DIREITO FINANCEIRO E
TRIBUTRIO I
CCJ 0030
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Autoria: Prof. Dr. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva
1- (Questo adaptada do ENADE 2012 )- Os elementos que o Estado deve ter em
mente ao determinar o valor da taxa a ser cobrada do contribuinte (...) devem resultar da
intensidade e extenso da atividade estatal, porm nunca de uma qualidade inerente ao
interessado ou ao objeto sobre o qual o tributo recai. (ATALIBA, Geraldo. Hiptese de
Incidncia Tributria. Ed. Leud).
Com base no texto, CORRETO afirmar que:
a) a taxa no se submete ao princpio do no confisco, sendo ilimitada a atuao estatal
em prol do cidado.
b) o princpio da capacidade contributiva desautoriza a cobrana da taxa quando esta
atinge o mnimo existencial, tanto que possvel ao Poder Pblico valer-se do
instituto da iseno para equacionar esta situao.
c) a taxa devida em razo de uma atuao do contribuinte, no lhe sendo aplicada o
princpio da anterioridade.
d) a cobrana da taxa no se vincula ao princpio de justia fiscal, visto que todos
pagam o mesmo pelo servio.
e) a arrecadao da taxa est vinculada s necessidades financeiras do Estado, ou seja,
sua necessidade de caixa.
2-(ENADE 2011)- Entidade beneficente de assistncia social, sem fins lucrativos, e que
preencha os requisitos para a fruio de imunidade tributria est sujeita:
a) s taxas, contribuies de melhoria e contribuio de seguridade social.
b) Aos impostos sobre o patrimnio, s taxas e contribuio social.
c) As taxas e contribuio de melhoria.
d) As taxas e contribuio de seguridade social.
e) A contribuio de melhoria e de seguridade social.
3- (ENADE 2011)- Takano proprietrio da chcara Nihon, onde reside com sua
famlia e tem uma produo mdia de hortalias. Seu imvel situa-se na rea rural do
municpio de Utopia. Acerca dessa Situao hipottica, julgue os itens abaixo (V ou F).
a) A obrigao tributria relativa ao Imposto Territorial Rural (ITR) incidente sobre a
propriedade de chcara Nihon pode ser caracterizada como uma obrigao real, porque
o ITR um imposto real, dado que seu fato gerador a propriedade de um terreno, que
um direito real.
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b) Apesar de o ITR s