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Rio de Janeiro 2015 PROJETO ENADE COORDENAÇÃO DA ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - DIREITO

CADERNO ENADE DISCENTE.pdf

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    Rio de Janeiro

    2015

    PROJETO ENADE COORDENAO DA REA DE

    CINCIAS SOCIAIS - DIREITO

  • 2

    SUMRIO

    APRESENTAO .........................................................................................................3

    DIREITO DO CONSUMIDOR .....................................................................................5

    DIREITO EMPRESARIAL IV....................................................................................13

    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV .........................................................................24

    JURISDIO CONSTITUCIONAL .........................................................................33

    DIREITO ADMINISTRATIVO I ...............................................................................41

    DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTRIO I ...........................................................48

    DIREITO INTERNACIONAL ...................................................................................56

    DIREITO ADMINISTRATIVO II .............................................................................66

    DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTRIO II ..........................................................75

    TICA GERAL E PROFISSIONAL ..........................................................................84

  • 3

    APRESENTAO

    O Projeto Enade da Coordenao da rea de Cincias Sociais da Vice-Reitoria

    de Graduao da Universidade Estcio de S objetiva viabilizar estratgias e aes de

    capacitao, no recorte das disciplinas de formao especfica, e de adeso do corpo

    discente do Curso de Direito da Universidade elegvel ao Exame Nacional de Cursos

    (ENADE) 2015.

    Este projeto justifica-se pela verificao emprica, de dados recolhidos em

    entrevistas com alunos e resultados de simulados, de que os discentes anseiam por

    compreender como as temticas de contedo jurdico especfico so articuladas no

    ENADE, como tambm, por atividades de reforo de conhecimentos jurdicos

    acumulados.

    Para se alcanar estes objetivos, foi construdo o seguinte percurso

    metodolgico. Foram eleitas as disciplinas presenciais dos 8, 9 e 10 perodos do

    Curso, com exceo das disciplinas de Prtica Jurdica que j possuem projeto

    institucional especfico para o ENADE, visto que abrangem os alunos elegveis para o

    ENADE e tem a vantagem de reunir as grandes temticas do Direito Pblico e do

    Direito Privado.

    As disciplinas so Direito do Consumidor, Direito Empresarial IV, Jurisdio

    Constitucional, Direito Administrativo I, Direito Financeiro e Tributrio I, Direito

    Internacional, Direito Administrativo II, Direito Financeiro e Tributrio II e tica Geral

    e Profissional. E para cada uma delas foram elaboradas 15 (quinze) questes que

    devero ser solucionadas pelos alunos antes de cada aula e sero vistadas, corrigidas e

    comentadas pelos professores nos 20 (vinte) minutos finais de cada encontro. Cabe

    ressaltar que as questes realizadas ao longo do perodo valero at 1,5 (um e meio)

    ponto.

    Por fim, deseja-se aos alunos do Curso de Direito bons estudos e um excelente

    ENADE 2015.

    Prof. Dr. Rafael Mario Iorio Filho

    Coordenador da rea das Cincias Sociais

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    DIREITO DO CONSUMIDOR

    CCJ 0023

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    Autoria: Prof. Karyne Castro da Silva.

    1- Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto

    Operadora de Viagens e Turismo X um pacote de viagem, composto de passagens

    areas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro sade e acidentes pessoais,

    este ltimo prestado pela seguradora Y. Aps chegar cidade, Elisabeth sofreu os

    efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a

    fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que no havia mdico credenciado

    naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por

    24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo s suas expensas.

    I - O casal poder acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do

    servio tenha sido da seguradora, em razo da responsabilidade solidria aplicvel ao

    caso.

    Porque

    II - Todas as empresas integrantes da cadeia de fornecedores de servios respondem

    solidariamente pelos danos causados aos consumidores por defeitos na prestao dos

    servios contratados.

    Considerando o caso relatado no texto, avalie as seguintes asseres e a relao

    proposta entre elas:

    a) As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa da I. b) As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa

    da I.

    c) A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa. d) A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira. e) As asseres I e II so proposies falsas.

    2- A respeito dos direitos do consumidor, julgue os itens que se seguem.

    I So direitos bsicos do consumidor a proteo da vida, sade, e segurana contra os

    riscos provocados por prticas no fornecimento do produtos e servios.

    II Podemos considera consumidor somente as pessoas fsicas que adquire ou utiliza

    produto ou servios com destinatrio final.

    III O nus da prova da veracidade e correo da informao ou comunicao

    publicitria cabe a quem as patrocina

    A esse respeito, pode-se concluir que esto CORRETAS

    a) Apenas as assertivas I e II. b) Apenas as assertivas II e III. c) Apenas as assertivas I e III. d) Apenas a assertiva I. e) Todas as assertivas.

  • 7

    3- Avalie as seguintes asseres e a relao proposta entre elas:

    I - Com a nova concepo dos contratos, bem como a sua massificao, o contrato de

    adeso ganhou grande espao no mbito das relaes de consumo, tanto assim que o

    legislador fez questo de trazer seu conceito no art. 54 do Cdigo de Defesa do

    Consumidor e, merece destaque o fato de as clusulas gerais do contrato serem

    estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor ou pela autoridade competente, cabendo a

    outra parte aderir ou no ao contrato.

    Porque

    II - O contrato de adeso decorreu da massificao da produo e do consumo que

    tornou a contratao padronizada como instrumento indispensvel. No h nos contratos

    de adeso tratativas, nem margem para negociaes. Assim, a interpretao da clusula

    do contrato de adeso, deve ser interpretada de maneira mais favorvel para o

    consumidor (art. 41 do CDC), a insero de uma clusula no formulrio no

    descaracteriza a natureza de adeso do contrato (art. 54, 1 CDC).

    a) As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa da I. b) As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa

    da I.

    c) A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa. d) A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira. e) As asseres I e II so proposies falsas.

    4- (OAB/Exame Unificado 2013.2) Carla ajuizou ao de indenizao por danos materiais, morais e estticos em face do dentista Pedro, lastreada em prova pericial que

    constatou falha, durante um tratamento de canal, na prestao do servio odontolgico.

    O referido laudo comprovou a inadequao da terapia dentria adotada, o que resultou

    na necessidade de extrao de trs dentes da paciente, sendo que na execuo da

    extrao ocorreu fratura da mandbula de Carla, o que gerou reduo ssea e sequelas

    permanentes, que incluram assimetria facial.Com base no caso concreto, luz do

    Cdigo de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta.

    (A) O dentista Pedro responder objetivamente pelos danos causados paciente Carla,

    em razo do comprovado fato do servio, no prazo prescricional de cinco anos.

    (B) Haver responsabilidade de Pedro, independentemente de dolo ou culpa, diante da

    constatao do vcio do servio, no prazo decadencial de noventa dias.

    (C) A obrigao de indenizar por parte de Pedro subjetiva e fica condicionada

    comprovao de dolo ou culpa.

    (D) Inexiste relao de consumo no caso em questo, pois uma relao privada, que

    encerra obrigao de meio pelo profissional liberal, aplicando-se o Cdigo Civil.

    5- Em relao aos contratos de transporte coletivo, no h dvida da presena de uma

    relao de consumo nessa relao que uma modalidade de servio pblico. Porm,

    deve ser observado um aspecto relevante. O art. 3, 2 do CDC ao conceituar

    fornecedor fala em atividade remunerada, logo, no havendo remunerao no ser

    aplicado o CDC. No que tange, um nibus que gratuitamente transporta pessoas

    para um shopping, podemos aplicar o CDC:

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    a) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, no poder ser aplicado o CDC, porque as pessoas no pagaram pelo servio.

    b) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, poder ser aplicado o CDC. Apesar de no se pagar pelo transporte, o objetivo do shopping levar

    pessoas para consumirem no local.

    c) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, no poder ser aplicado o CDC, pois para gerar uma relao de consumo necessrio pagar

    pelo servio prestado e a responsabilidade objetiva.

    d) O transporte coletivo aparentemente gratuito e particular, nesse caso, poder ser aplicado o CDC, se as pessoas transportadas comprovarem que consumiram

    no shopping.

    e) O transporte coletivo aparentemente gratuito e, nesse caso, no poder ser aplicado o CDC, pois para gerar uma relao de consumo necessrio pagar

    pelo servio prestado e a responsabilidade subjetiva.

    6 (TJPE 2013 Juiz Substituto / Questo 34) Nas aes coletivas de que trata o

    Cdigo de Defesa do Consumidor, a sentena far coisa julgada:

    I. erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas,

    hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao, com idntico

    fundamento, valendo-se de nova prova, na hiptese dos interesses ou direitos difusos

    conforme tratados no CDC.

    II. ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedncia

    por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra

    ao, com idntico fundamento, valendo-se de nova prova, quando se tratar de

    interesses ou direitos coletivos conforme tratados no CDC.

    III. erga omnes, apenas no caso de procedncia do pedido, para beneficiar todas as

    vtimas e seus sucessores, na hiptese de interesses ou direitos individuais homogneos,

    assim entendidos os decorrentes de origem comum.

    Est correto o que se afirma em:

    (A) I e II, apenas.

    (B) II e III, apenas.

    (C) I e III, apenas.

    (D) I, apenas.

    (E) I, II e III.

    7- As clusulas abusivas no Cdigo de Defesa do Consumidor so:

    (A) nulas de pleno direito rol meramente exemplificativo.

    (B) anulveis e previstas em rol exemplificativo.

    (C) nulas de pleno direito e previstas em rol taxativo.

  • 9

    (D) anulveis e previstas em rol taxativo.

    (E) tidas por inexistentes.

    8- Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem

    solidariamente pelos vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou

    inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por

    aqueles decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do recipiente, da

    embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes

    de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas.

    No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode o consumidor exigir:

    I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de

    uso;

    II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de

    eventuais perdas e danos;

    III - o abatimento proporcional do preo.

    A esse respeito, pode-se concluir que:

    a) Todas as afirmativas acima esto corretas. b) Somente o item I est incorretos. c) exceto o item II, os demais esto corretos. d) somente o item III est correto. e) somente o item II est correto.

    9- (TJES - 2011 - CESPE JUIZ) Lei n. 8.078/1990 , consta expressamente o

    conceito de consumidor e de fornecedor, os denominados elementos subjetivos da

    relao jurdica de consumo. Entretanto, nem sempre possvel certificar-se da

    existncia de relao de consumo somente pela anlise literal dos artigos do CDC, de

    modo que o julgador deve conhecer o entendimento dominante dos tribunais

    superiores. Segundo a jurisprudncia do STJ, o CDC se aplica a:

    a) Contrato de cooperao tcnica entre empresas de informtica, contrato de franquia e envio de produto gratuito como brinde.

    b) Pagamento de contribuio de melhoria, crdito educativo custeado pelo Estado ao aluno e relao travada entre condomnio e condminos.

    c) Contrato de locao, percia judicial e contrato de trabalho. d) Servios notariais, contrato de servios advocatcios e contrato de plano de sade. e) Servio de fornecimento de gua e esgoto, contrato bancrio e contrato de

    previdncia privada.

    10- Fernanda comprou um livro pela internet e logo que o recebeu verificou que

    algumas pginas estavam em branco. Entrou em contato com a loja 32 dias depois da

    venda e foi informado que se passara o prazo para reclamar do vcio, razo pela qual

    nada poderiam fazer. Consultado por Fernanda voc diria que:

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    a) Em sendo um bem de consumo durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto decadencial de 90 dias, contados de sua cincia, razo pela qual a

    loja est errada.

    b) Em sendo um bem de consumo no durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto decadencial de 30 dias, contados de sua cincia, razo pela

    qual a loja est certa.

    c) Em sendo um bem de consumo durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto prescricional de 30 dias, contados de sua cincia, razo pela qual a

    loja est certa.

    d) Em sendo um bem de consumo durvel o prazo para Fernanda reclamar do vcio do produto decadencial de 90 dias, contados de sua entrega, razo pela qual a

    loja est errada.

    11- Carlos, gerente de uma loja de bicicletas, orientou Marcelo, de quem chefe, a no

    entregar aos consumidores o termo de garantia referente aos produtos por ele vendidos.

    Nessa situao hipottica,

    I - Marcelo e Carlos podero ser considerados agentes ativos de crime previsto no CDC.

    II - No caber, em relao conduta descrita, ao penal subsidiria nem assistncia.

    III - O CDC no considera crime a conduta apresentada, mas infrao administrativa.

    A esse respeito, pode-se concluir que esto CORRETAS:

    a) Somente a alternativa I, b) Somente a alternativa II, c) Somente a alternativa III, d) As alternativas I e II esto corretas; e) As alternativas II e III esto corretas.

    12- Mais recentemente infere-se da novssima Lei n 12.965, de 23 de abril de 2014,

    sintomaticamente denominada Marco Civil da Internet, que o uso da internet no

    Brasil deve respeito liberdade de expresso e igualmente livre iniciativa, livre

    concorrncia e defesa do consumidor, cumprindo essa sua funo social (art. 2, VI,

    VI). Em momento seguinte, a Lei n 12.965/2014 com esteio nos princpios

    constitucionais da liberdade de comunicao e da informao (art. 5, IX, CR)

    proclamou expressamente que o acesso internet essencial ao exerccio da cidadania,

    devendo-se assegurar ao usurio entre outros direitos a aplicao das normas de

    proteo e defesa do consumidor nas relaes de consumo realizadas na rede de

    mundial de computadores (art. 7). Quando a contratao ocorre por site da internet,

    o consumidor pode desistir da compra?

    (A) Sim. Quando a compra feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra

    em at 30 dias depois que recebe o produto.

    (B) No. Quando a compra feita pela internet, o consumidor obrigado a ficar com o

    produto, a menos que ele apresente vcio. S nessa hiptese o consumidor pode desistir.

  • 11

    (C) No. O direito de arrependimento s existe para as compras feitas na prpria loja, e

    no pela internet.

    (D) Sim. Quando a compra feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor

    pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos

    para a desistncia.

    13- Os contratos bancrios deve-se observar que legislador ao trazer o conceito de

    fornecedor de servio, inclui os servios de natureza bancria de forma expressa, mas

    somente tivemos esse assunto pacificado com o Enunciado da Smula 297 do STJ

    porque parte da doutrina sustentava que o CDC no era inaplicvel aos contratos

    bancrios, considerando que o dinheiro e o crdito no so produtos que se utilizam ou

    se adquirem com destinao final, eles so instrumentos ou meios de pagamentos. Mas,

    como mencionado tal posio no vingou. Uma vez consolidada a aplicao do CDC

    aos contratos bancrios, determinados aspectos passaram a ser discutidos luz da lei

    consumerista, chegando at o STJ. Avalie as afirmaes seguintes:

    I - o CDC pode ser aplicado aos contratos de financiamento porque o banco possui a

    qualidade de prestador de servio;

    II- A clusula contratual que permite o emprstimo bancrio com desconto em folha

    vlida, no considerada abusiva. Tal clusula da essncia do prprio contrato;

    III - Com relao aos juros o STJ j decidiu que as relaes de crdito realizadas pelo

    banco em que haja relao de consumo esto submetidos s regras do CDC, salvo com

    relao a incidncia dos juros porque regido por lei especfica.

    correto que se afirma em:

    a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III.

    14 Joana em viagem aos Estados Unidos da Amrica adquiriu uma mquina filmadora da loja X , que possui rede credenciada no Brasil, em razo de apresentar defeitos e levando em conta a garantia do produto pela empresa estrangeira vendedora, foi a at

    autorizada da loja x para analisarem o produto. Para sua surpresa foi informada que o produto por ter sido comprado no exterior no seria assegurada assistncia tcnica pela

    rede credenciada da loja x no Brasil. Consultado por Joana voc diria que:

    a) O produto adquirido no exterior no est sujeito as regas do Cdigo de Defesa do Consumido, eximindo a responsabilidade da empresa x assegurar a reparao tcnica.

    b) O produto adquirido no exterior no possui assistncia tcnica no Brasil devendo retorna para os Estados Unidos para realizar a troca, pois trata-se de uma

    empresa multinacional no estando sujeita as regras do Cdigo de Defesa do

    Consumidor.

    c) Assistncia tcnica no da responsabilidade da loja x credenciada no Brasil, pois fere s regras de economia globalizada e s do Cdigo de Defesa do

    Consumidor.

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    d) Que aquisio de produto no exterior, por adquirente domiciliado no Brasil, dever ser assegurada a reparao tcnica do produto defeituoso pela loja x no Brasil, j que se trata de uma empresa multinacional sujeita s regras de

    economia globalizada e s do Cdigo de Defesa do Consumidor.

    e) Que aquisio de produto no exterior, por adquirente domiciliado no Brasil, no ser assegurado a reparao tcnica do produto defeituoso pela loja x no Brasil.

    15 (XIII Exame da OAB Questo 46) Eliane trabalha em determinada empresa para a qual uma seguradora apresentou

    proposta de seguro de vida e acidentes pessoais aos empregados. Eliane preencheu o

    formulrio entregue pela seguradora e, dias depois, recebeu comunicado escrito

    informando, sem motivo justificado, a recusa da seguradora para a contratao por

    Eliane.

    Partindo da situao ftica narrada, luz da legislao vigente, assinale a

    afirmativa correta.

    a) Eliane pode exigir o cumprimento forado da obrigao nos termos do servio apresentado, j que a oferta obriga a seguradora e a negativa constituiu prtica

    abusiva pela recusa infundada de prestao de servio.

    b) Trata-se de hiptese de aplicao da legislao consumerista, mas, a despeito das garantias conferidas ao consumidor, em hipteses como a narrada no caso,

    facultado seguradora recusar a contratao antes da assinatura do contrato.

    c) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada por Eliane nos termos do Cdigo Civil, norma aplicvel ao caso, que

    assegura que a proposta no obriga o proponente.

    d) A seguradora no est obrigada a se vincular a Eliane, j que a proposta de seguro e acidentes pessoais dos empregados no configura oferta, nos termos do

    Cdigo do Consumidor.

  • 13

    DIREITO EMPRESARIAL IV

    CCJ 0029

  • 14

    Autoria: Prof. Dr. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva

    1- ENADE 2009 - A Lei das Sociedades Annimas estabelece padres amplos e gerais

    no que tange aos atos caracterizadores de exerccio abusivo de poder pelos acionistas

    controladores.

    PORQUE

    Tal critrio normativo permite s autoridades administrativas e aos magistrados

    estabelecer outros atos lesivos que venham a ser praticados pelos controladores.

    Assinale, a alternativa CORRETA de acordo com a seguinte chave:

    A) as duas afirmaes so falsas.

    B) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.

    C) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda no justifica a primeira.

    D) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.

    E) a primeira afirmao falsa, e a segunda verdadeira.

    2- Paulo ajuizou perante a Justia do Trabalho reclamao trabalhista visando

    cobrana de salrios atrasados contra empregador cuja falncia veio a ser decretada pela

    Justia Comum. A partir desse caso, considere:

    I. Acolhida a reclamao, o cumprimento da sentena ser promovido perante a Justia

    do Trabalho, a quem compete promover os atos de constrio e expropriao dos bens

    do executado, j que os crditos trabalhistas no se sujeitam a concurso.

    II. permitido pleitear, perante o administrador judicial, a habilitao, excluso ou

    modificao de crditos derivados da relao de trabalho, mas as aes de natureza

    trabalhista sero processadas perante a justia especializada at a apurao do

    respectivo crdito, que ser inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado

    em sentena.

    III. Decretada a falncia, o cumprimento da sentena proferida na reclamao

    trabalhista ficar suspenso pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, aps o que poder

  • 15

    ser retomado perante a prpria Justia do Trabalho, independentemente da soluo do

    processo falimentar.

    IV. O Juzo Trabalhista poder determinar a reserva da importncia que estimar devida

    na falncia, e, uma vez reconhecido como lquido o direito, ser o crdito includo na

    classe prpria.

    V. A decretao da falncia desloca para a Justia Comum a competncia para o

    julgamento da reclamao trabalhista, por fora do princpio da universalidade do juzo

    falimentar.

    Est correto o que consta APENAS em

    a) IV e V.

    b) I e V.

    c) I e III.

    d) II e III.

    e) II e IV.

    3- (Juiz de Direito Substituto 2014 TJDF)- Assinale a opo correta em relao ao

    empresrio e sociedade empresria, luz da legislao de regncia, da doutrina e da

    jurisprudncia do STJ.

    a) Considere que Ccero, juiz de direito, seja representante legal de Jonas,

    empresrio de vinte e oito anos de idade recentemente interditado judicialmente.

    Nessa situao hipottica, admite-se a continuidade da atividade empresarial

    pelo interditado, desde que Ccero seja nomeado para gerenciar a empresa.

    b) As sociedades de advogado que movimentam expressiva receita, contam com

    expressiva carta de clientes, atendem clientela em massa e contratam diversos

    profissionais para a prestao de servios especficos so sociedades empresrias

    para todos os efeitos legais.

    c) Promotor de justia que seja sucessor de empresrio regularmente estabelecido

    pode registrar-se como empresrio.

  • 16

    d) Para que o pequeno produtor rural seja registrado no registro pblico de

    empresas mercantis, basta-lhe formular requerimento nesse sentido e atender as

    formalidades legais, passando a constituir-se como empresrio individual.

    e) A vedao de se qualificar sociedade cooperativa como empresria por fora dos

    atos praticados traduz, segundo a doutrina, um resqucio da teoria dos atos de

    comrcio no atual Cdigo Civil.

    4- Para a explorao da atividade econmica h a necessidade do empresrio organizar

    os fatores de produo aplicando capital num conjunto mnimo de bens (materiais e

    imateriais). A este conjunto de bens organizado, que d suporte atividade econmica,

    d-se o nome de estabelecimento empresarial - elemento indissocivel da sociedade

    empresria. O Cdigo Civil expresso neste sentido, dispondo que considera-se

    estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exerccio da empresa, por

    empresrio, ou por sociedade empresria. Saliente-se que a organizao do conjunto de

    bens um requisito para a caracterizao do estabelecimento. Sobretudo, a organizao

    assume relevncia, pois fator que aquilata o valor da propriedade empresarial e que

    reflete na figura do fundo de comrcio, que adiante trataremos. Outrossim, a prpria

    caracterizao da figura do empresrio exige que o mesmo exera profissionalmente

    atividade econmica organizada, ou seja, a empresa uma organizao de fatores de

    produo (capital, mo-de-obra, matria-prima, capacidade empresarial e capacidade

    tecnolgica) que parte do estabelecimento empresarial para a concretizao do objeto

    social da sociedade empresria.(GOMES, Emerson Souza. Estabelecimento

    Empresarial. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XI, n. 60, dez 2008)

    Considera-se assim estabelecimento empresarial:

    a) Todo complexo de bens organizado, usado pelo empresrio, ou sociedade

    empresria, para o exerccio da sua atividade.

    b) Todo complexo de bens organizado, para o exerccio da empresa, por empresrio,

    ou por sociedade empresria.

    c) o complexo de bens usado pelo empresrio necessrio atividade empresarial.

    d) Todos os bens empregados pelo empresrio, ou sociedade empresria, no exerccio

    da empresa.

  • 17

    5- (DPE-CE - Defensor Pblico de Entrncia Inicial 2014)- Joo, titular de

    estabelecimento comercial do ramo de confeitaria, alienou-o para Paulo, que continuou

    explorando a mesma atividade no local. Dois anos depois da transferncia, Joo decidiu

    alugar o imvel vizinho, no qual estabeleceu nova confeitaria, passando a competir

    diretamente com Paulo. Nesse caso, e considerando que o contrato de trespasse nada

    previa acerca da proibio de concorrncia, correto afirmar:

    a) Joo tem direito de fazer concorrncia a Paulo, dado que o contrato nada previa

    a esse respeito.

    b) requisito de validade do contrato de trespasse a estipulao, por escrito, acerca

    do direito de concorrncia por parte do alienante do estabelecimento.

    c) Nem mesmo com autorizao expressa de Paulo seria lcito a Joo fazer-lhe

    concorrncia, por se tratar de direito irrenuncivel, que visa a impedir o

    comportamento empresarial predatrio, prejudicial ao desenvolvimento

    sustentvel da ordem econmica.

    d) Joo tem direito de explorar a mesma atividade no imvel vizinho amparado no

    princpio constitucional da liberdade de concorrncia, reputando-se nulas

    quaisquer convenes que o proibissem de competir com Paulo.

    e) Na omisso do contrato, Joo no poder fazer concorrncia a Paulo nos cinco

    anos subsequentes transferncia do estabelecimento.

    6- Embora inicialmente concebido como o direito de uma classe especfica, os

    comerciantes, o direito comercial evoluiu e abrange uma gama enorme de situaes no

    envolvendo comerciantes, sobretudo, a emisso de ttulos de crdito. Modernamente o

    direito comercial encontra sua justificao no na tutela do comerciante, mas na tutela

    do crdito e da circulao de bens ou servios, vale dizer, o fim ltimo do direito

    comercial permitir o bom desenvolvimento das relaes de crdito e das atividades

    econmicas. Dentro dessa concepo, a disciplina dos ttulos de crdito ganha

    importncia, na medida em que eles so os principais instrumentos de circulao de

    riquezas no mundo moderno. (TOMAZETTE, Marlon. O princpio da abstrao e a

    duplicata. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIII, n. 77, jun 2010.)

    A doutrina brasileira autoriza afirmar, em relao ao cheque:

  • 18

    a) A sua exigibilidade depende da verificao da existncia de ordem de

    pagamento vista ou de termo ou condio futura, cuja ocorrncia dever ainda

    ser implementada.

    b) a abstrao do ttulo que conduz, necessariamente, impossibilidade de o

    emitente do cheque invocar contra terceiro fatos que viciaram sua relao contra

    o primitivo beneficirio.

    c) Cheque pagvel a pessoa nomeada, com clusula no ordem, ou outra

    equivalente, transmissvel por endosso e tambm pela forma e com os efeitos

    da cesso.

    d) A assinatura de pessoa estranha emisso do cheque, no anverso deste,

    considerada endosso, porquanto o aval s pode ser aposto no verso do cheque.

    7-As repercusses decorrentes da crise internacional proporcionaram um aumento

    substancial no nmero de pedidos de recuperao judicial no pas em 2009. A Lei n

    11.101/2005, conhecida como a nova Lei de Falncia e de Recuperao de Empresas,

    extinguiu as concordatas no pas e introduziu no ordenamento jurdico nacional a

    recuperao judicial de empresa. Trata-se de um benefcio legal disposio do

    empresrio individual e da sociedade empresria em crise e que exploram regularmente

    a atividade econmica h mais de dois anos. A recuperao judicial objetiva a superao

    da crise empresarial, permitindo a continuidade da atividade econmica para evitar a

    falncia, tendo por finalidade, nos termos do art. 47 da Lei n 11.101/2005, a

    manuteno da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e do interesse dos

    credores no intuito de promover a preservao da empresa, sua funo social e o

    estmulo atividade econmica.(TADDEI, Marcelo Gazzi. Alguns aspectos polmicos

    da recuperao judicial. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIII, n. 77, jun 2010)

    A respeito da disciplina jurdica brasileira das empresas em crise, correto afirmar que:

    (A) esto sujeitos disciplina da Lei 11.101 /2005 (Lei de Falncias e Recuperao de

    Empresas) os empresrios, as sociedades empresrias, as instituies financeiras

    privadas, as sociedades seguradoras e as cooperativas de crdito.

  • 19

    (B) os scios das sociedades limitadas esto sujeitos aos efeitos jurdicos da falncia

    produzidos em relao sociedade empresria falida.

    (C) durante o procedimento de recuperao judicial, os administradores da sociedade

    podem ser mantidos em seus cargos com competncia para a conduo dos negcios

    sociais.

    (D) todos os credores, inclusive os de natureza tributria e trabalhista, podem

    participar da negociao da recuperao extrajudicial.

    (E) o plano de recuperao judicial dever ser apresentado pelo devedor e aprovado

    pela unanimidade dos devedores, sob pena de ser decretada a falncia.

    8- Leia a ementa abaixo e em seguida assinale a alternativa correta:

    ADMINISTRATIVO. JUNTA COMERCIAL. FRAUDE DE REGISTRO

    COMERCIAL. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. AUSNCIA DE PROVA DA

    OMISSO. DANOS MORAIS INDEVIDOS.

    A responsabilidade da Junta Comercial no objetiva, mas sim subjetiva, de tal modo

    que as aes de reparao de danos devem buscar a presena do elemento subjetivo da

    culpa, a fim de que se possa imputar a responsabilidade autarquia registral. A teor do

    que preconiza Lei 8.934/94, os registros comerciais, a exceo de atos com

    procurao, no necessitam de firma reconhecida, de tal modo que seja indevida outra

    exigncia, sendo certo, portanto, que o registro e arquivamento da alterao contratual

    fraudulenta por parte de terceiro, no constitu omisso da citada autarquia, na medida

    em que sua atuao limitada, inexistindo poder fiscalizatrios de atos praticados por

    terceiro.

    (Ap. 199970000311684 RO , Rel.Juza Dulia Sgrott Reis, d.j.09/09/2010)

    (A) Bom de Roda Ltda. tem como objeto social a prestao de servios automotivos e

    comercializao de pneus. O registro do seu ato constitutivo e dos demais atos

    societrios deve ser realizado no Registro Civil de Pessoa Jurdica.

  • 20

    (B) Pereira Advogados uma sociedade de advogados que presta servios jurdicos na

    rea de direito de mercado de capitais. O registro do seu ato constitutivo e dos demais

    atos societrios deve ser realizado no Registro Pblico de Empresas Mercantis.

    (C) O objeto social de Escola ABC S.A. o ensino elementar e a prestao de servios

    educacionais. O registro do seu ato constitutivo e dos demais atos societrio deve ser

    realizado no Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais.

    (D) Jorge Silveira exerce atividade de comercializao de joias e materiais

    ornamentais. Para ser empresrio individual deve inscrever-se no Registro Civil de

    Pessoas Fsicas.

    (E) Cooperativa de Leite Vaquinha Ltda., com sede na cidade do Niteri, deve ter os

    seu ato constitutivo e os demais atos societrios registrados no Registro Pblico de

    Empresas Mercantis da cidade do Rio de Janeiro.

    9- Avais e fianas so expresses frequentemente usadas de forma imprpria e

    confusa, inclusive em contratos e ttulos, desta forma, inegvel que exista muita

    confuso para o senso comum entre estas duas figuras, todavia, e de fato, esta confuso

    no restringe se ao senso comum, existem aqueles que entendem que o aval uma

    espcie de fiana, e para eles todas as regras da fiana deveriam ser aplicadas ao aval,

    mas a maioria os compreende como institutos completamente autnomos. O

    entendimento majoritrio de que a natureza jurdica do aval absolutamente diversa da

    fiana baseada no s na origem destes institutos, mas principalmente nos

    regramentos legais que os regem, o aval tem natureza cambiria, gera obrigao

    autnoma e independente, centrada no adimplemento do ttulo de crdito e no na

    obrigao avalizada, e a fiana por outro lado, obrigao acessria e dependente de

    outra, de natureza civil.( RODRIGUES, Renato Amoedo Nadier. Aval e fiana:

    distino e paradigmas no novo Cdigo Civil. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano

    16, n. 3028, 16 out. 2011)

    A respeito da fiana e aval, correto afirmar que:

    (A) tanto o fiador como o avalista podem opor ao credor as excees extintivas da

    obrigao que competem ao devedor principal.

  • 21

    (B) tanto o avalista quanto o fiador no podem pleitear o benefcio de ordem.

    (C) a fiana prestada sem autorizao de um dos cnjuges implica na ineficcia total

    da garantia.

    (D) o aval instituto jurdico com finalidade de garantir a satisfao de obrigaes

    contradas por contrato.

    (E) a fiana instituto jurdico com finalidade de garantir a satisfao de obrigao

    assumida pelo devedor mediante emisso de um ttulo cambirio.

    10- Carlo e Creusa so casados no regime de comunho parcial de bens desde 1970.

    Em 17/8/2010, sem que Creusa ficasse sabendo ou concordasse, Carlo, em garantia de

    pagamento de contrato de compra e venda de uma motocicleta adquirida de Ra,

    avalizou nota promissria emitida por Geny, sua colega de trabalho com quem mantinha

    caso extraconjugal. O vencimento da nota promissria estava previsto para 17/9/2010.

    Vencida e no paga a nota promissria, o ttulo foi regularmente apontado para protesto.

    Aps inmeras tentativas de recebimento amigvel do valor, Ra promoveu, contra

    Geny e Carlo, em 12/12/2010, a execuo judicial do ttulo, com fundamento nos

    artigos 566, 580, 585, inciso I, e 586 do CPC.

    Os rus foram regularmente citados e, no havendo pagamento, foram

    penhoradas duas salas comerciais de propriedade de Carlo, adquiridas na constncia do

    seu casamento.

    Inconformada, Creusa procurou a assistncia de profissional da advocacia,

    pretendendo alguma espcie de defesa, em seu exclusivo nome, para livrar os bens

    penhorados da constrio judicial, ou, ao menos, parte deles, visto que haviam sido

    adquiridos com o esforo comum do casal.

    Em face dessa situao:

    a) aponte a via processual de defesa

    b) construa o fundamento jurdico do da pretenso de Creusa.

    11- Marcos, brasileiro nato, e Nora, brasileira naturalizada h cinco anos, casados sob o

    regime de separao obrigatria de bens, decidiram constituir, juntamente com outro

  • 22

    scio, uma sociedade para atuar no ramo de radiodifuso sonora. Considerando a

    situao hipottica apresentada, discorra, com base na legislao pertinente, sobre a

    constituio e o exerccio da referida sociedade empresria.

    12- Um dos scios de certa sociedade em comum ajuizou ao de execuo

    contra RL Produtos Ltda., em razo do inadimplemento de vrias obrigaes. No curso

    do processo, o exequente constatou a confuso patrimonial entre os bens da

    pessoa jurdica devedora e de seus dois scios, razo pela qual pretende requerer

    ao juzo competente a desconsiderao da personalidade jurdica de RL Produtos Ltda.

    Em face dessa situao hipottica, responda, de forma fundamentada, s

    perguntas seguintes.

    a) A razo apontada suficiente para provocar a desconsiderao da

    personalidade jurdica de RL Produtos Ltda.?

    b) Em que consiste, em linhas gerais, a teoria da desconsiderao da

    personalidade jurdica (disregard doctrine)?

    c) Quais requisitos so estabelecidos no Cdigo Civil para a desconsiderao da

    personalidade jurdica?

    13- a operao que consiste na tomada de uma posio no mercado futuro

    aproximadamente igual mas em sentido contrrio quela que se detm ou que se

    pretende vir a tomar no mercado vista. uma forma de o investidor se proteger contra

    os feitos da oscilao de preo.

    O conceito acima, extrado do Vocabulrio do Mercado de Capitais, expedido pela

    Comisso Nacional de Bolsas de Valores em 1990, corresponde a que tipo de contrato

    relacionado compra e venda empresarial? Discorra sobre a sua finalidade.

    14- A cultura de investimento dos brasileiros tem passado por processo de crescente

    amadurecimento, resultante no s da existncia de um ambiente econmico favorvel,

    reduzindo a averso ao risco dos investimentos em renda varivel, mas tambm dos

    esforos voltados criao de um ambiente de mercado justo e igualitrio em relao ao

  • 23

    tratamento de todos os seus investidores. Aspectos tais quais o controle de divulgao

    de informaes por parte das empresas de capital aberto, e a preocupao constante com

    os direitos dos acionistas minoritrios, tm reduzido a desconfiana do brasileiro, que

    h poucos anos via o ambiente do mercado de capitais como um jogo de cartas

    marcadas. Situao singular ocorreu durante o ano de 2007: provavelmente em funo

    da diminuio do risco atribudo pelas agncias classificadoras de investimento, o

    nmero de IPOs (ofertas pblicas iniciais de aes, na sigla em ingls) mais do que

    dobrou, em comparao com o ano anterior. Ainda mais revelador o crescimento da

    participao de pessoas fsicas nestas ofertas: tomemos como exemplo a oferta pblica

    de aes da Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&F, da qual participaram o nmero

    recorde de 253.307 investidores pessoas-fsicas. (RODRIGUES BERCITO, Bruno.

    Direito do Mercado de Capitais: O papel das bancas de advocacia nas ofertas pblicas

    de valores mobilirios no Brasil. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XI, n. 50, fev

    2008).

    Ora, as Sociedades Annimas tm uma pesada estrutura, necessitando, assim, de vrios

    rgos para atingir seu desiderato, cada um com sua funo especfica. Um desses

    rgos a Diretoria, sendo seus diretores efetivamente os administradores da

    companhia. Esses diretores possuem alguns deveres para com a sociedade empresarial e

    para com o mercado. Entre esses deveres encontra-se o desclosure. Defina o mesmo e

    noo de ambiente justo no mercado.

    15-Eunice integrou o quadro de scios da LM Roupas Ltda. durante o perodo

    compreendido entre maio de 2005 e setembro de 2009, tendo os atuais scios se negado

    a apresentar-lhe os livros empresariais, sob o argumento de que ela j no mais fazia

    parte da sociedade. A ex-scia, com premente interesse no contedo dos referidos

    livros, para verificar sua real situao na sociedade e aferir a regularidade das transaes

    de que participara, bem como para averiguar possvel colao de patrimnio no

    inventrio de sua me tem a seu favor qual instrumento para a defesa de seus interesses?

    Com base em que fundamento jurdico-normativo?

  • 24

  • 25

    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV

    CCJ 0038

  • 26

    Autoria: Prof. Adriano Moura da Fonseca Pinto

    1 - cedio que o tema do acesso Justia objeto de permanentes estudos,

    deliberaes e, no muito raro, seguidas alteraes legislativas de mbito constitucional

    e infraconstitucional relacionadas ao direito processual no Brasil. Tal movimento de

    estudo, seguido de reforma legislativa tem correlao direta com um importante

    trabalho terico de Mauro Cappelletti e Bryan Garth, intitulado de Acesso Justia e

    que muito influenciou a gerao de juristas no Brasil e no mundo nas ltimas dcadas.

    A respeito do referido trabalho e, considerando as normas de direito processual civil

    relacionadas tutela de execuo, correto afirmar que:

    a) Apesar na notoriedade dos doutrinadores e sua grande contribuio para o

    direito ptrio em temas como a assistncia judiciria gratuita e integral e o

    desenvolvimento da tutela coletiva, no mbito da execuo de ttulos judiciais

    no Brasil, as alteraes que ocorreram na legislao ptria no guardam

    correlao com o referido trabalho doutrinrio.

    b) As alteraes que ocorreram no mbito do Cdigo de Processo Civil de 1973

    mantm estreita relao com o trabalho doutrinrio citado, mormente no tocante

    chamada 3 onda ou movimento de acesso Justia, considerando os

    significativos avanos na realizao do direito material contido em ttulos

    judiciais e extrajudiciais.

    c) Infelizmente a tutela de execuo no passou por grandes reformas legislativas

    aps a CRFB de 1988, pois os movimentos reformadores que se seguiram

    trataram quase que exclusivamente da tutela de conhecimento.

    d) Infelizmente a tutela de execuo de ttulos judicias, apesar de ter passar por

    diversas mudanas desde a CRFB de 1988, continuou sendo operada com um

    processo autnomo de execuo, inclusive com a possibilidade de oferecimento

    de Embargos Execuo, uma nova ao que compromete e muito a razovel

    durao do processo.

  • 27

    e) As alteraes que ocorreram no mbito da execuo no direito processual civil

    abordaram apenas a execuo dos ttulos extrajudiciais, de modo que os

    resultados de efetividade no foram alcanados, pois as sentenas e acrdos

    permaneceram com o cumprimento previsto no art. 475-I e seguintes do Cdigo

    de Processo Civil.

    2 Em regra, o cumprimento de sentenas no processo civil brasileiro ocorre nos

    mesmos autos, mas com nova citao do agora devedor, quando este no cumpre a

    sentena condenatria. Tal afirmao est:

    a) Incorreta, pois o cumprimento de sentena ocorre em autos apartados.

    b) Correta, pois sem a nova citao, no poderia haver penhora dos bens do

    devedor.

    c) Incorreta, pois o cumprimento de sentena no gera, em regra, nova citao.

    d) Correta, pois est de acordo com o previsto no art. 475-I do CPC.

    e) Correta, pois do contrrio haveria afronta CRFB de 1988, pois no pode haver

    devido processo legal de execuo sem a nova citao do devedor.

    3 - Os ttulos executivos so considerados documentos que contm as caractersticas de

    CERTEZA, LIQUIDEZ e EXIGIBILIDADE. Considerando os significados jurdicos

    das referidas expresses grifadas, indique qual das alternativas abaixo no corresponde

    realidade das normas de execuo no processo civil brasileiro.

    a) As sentenas, assim como os acrdos somente podem ser considerados ttulos

    executivos judiciais aps o referido transito em julgado.

    b) Os cheques e as notas promissrias contm as caractersticas grifadas no

    enunciado e so cobrados em juzo por meio de processo autnomo de execuo,

    nos termos do Livro II do Cdigo de Processo Civil de 1973.

    c) A sentena penal condenatria e a sentena arbitral so considerados ttulos

    executivos judiciais e contm as caractersticas grifadas no enunciado.

  • 28

    d) As sentenas ilquidas somente podem ser executadas aps a apurao do

    quantum debeatur.

    e) As decises interlocutrias que concedem antecipao dos efeitos da sentena

    condenatria, podem ser executadas provisoriamente.

    4 De acordo com as regras processuais do Cdigo de Processo Civil de 1973, a defesa

    do executado de sentena condenatria de pagar quantia certa tem o nome de

    Impugnao. A respeito da referida modalidade defesa, verifica-se que:

    a) seu oferecimento ocorre aps a penhora prvia, no havendo previso de

    oferecimento antes de seguro o juzo.

    b) poder ser recebida aps a penhora, mas no poder ter efeito suspensivo.

    c) seu oferecimento deve ser por meio de nova ao, distribuda por

    dependncia, a exemplo dos Embargos do Devedor.

    d) seu contedo fica limitado a vcios processuais, pois as questes de direito

    material j transitaram em julgado.

    e) aps o recebimento, o Juiz pode julgar de plano, no havendo necessidade de

    contraditria ao exequente, pois j houve finalizao da etapa de

    conhecimento.

    5 O Cdigo de Processo Civil de 1973 sofreu inmeras alteraes legislativas ao

    longo de suas dcadas de existncia. Alis, possvel informar que ainda na dcada de

    1970, iniciava-se um constante movimento de reforma de seu texto legal. Em

    determinado momento nos anos 1990, tal movimento reformador abordou tambm a

    possibilidade de antecipao dos efeitos da sentena de mrito. A respeito das alteraes

    legislativas que ampliaram as possibilidades de tutela de urgncia no referido diploma,

    marque abaixo a opo correta.

    a) O art. 273 do CPC introduziu a tutela cautelar satisfativa em nosso sistema

    processual, sendo uma das maiores inovaes da dcada de 1990.

  • 29

    b) O art. 273 e o art. 461 do CPC foram alterados em meados da dcada de 1990 e

    ambos proporcionaram grande nfase tutela de urgncia satisfativa em nosso sistema

    processual.

    c) As maiores alteraes ocorrem no mbito do Livro III do CPC, que contm as

    normas relativas tutela de urgncia satisfativa e no satisfativa de nosso processo civil.

    d) O art. 273 do CPC foi alterado e trata da antecipao dos efeitos da sentena de

    mrito, diferentemente do art. 461 do CPC, que ratificou as possibilidades de medidas

    cautelares nominadas de astreintes.

    e) O art. 461 do CPC tratou apenas das sentenas obrigatrias de fazer ou no fazer, mas

    no fez previso expressa de que pudessem ser antecipadas, como no caso do art. 273

    do CPC.

    6 - Em determinado caso concreto, o requerente de medida cautelar preparatria se

    equivocou ao requerer um Sequestro. Aps receber a petio inicial, o juiz entende que

    a hiptese real de Arresto. Ato contnuo, concede em deciso interlocutria liminar o

    Arresto e determina o seu imediato cumprimento na forma da lei. A respeito do narrado

    acima, aponte qual alternativa contm a resposta adequada e respectivo princpio (s)

    jurdico(s) correspondente (s) deciso do juiz.

    a) Correta. Princpio do livre convencimento e razovel durao do processo.

    b) Incorreta. Princpio da inrcia da jurisdio e livre convencimento.

    c) Correta. Princpio do poder geral de cautela e fungibilidade.

    d) Incorreta. Princpio do poder geral de cautela e julgamento extra petita.

    e) Correta. Princpio da inrcia da jurisdio e poder geral de cautela.

    7 - A respeito do risco da irreversibilidade ou no das medidas de urgncia no Cdigo

    de Processo Civil de 1973, assim como os direitos materiais envolvidos no caso

    concreto, marque a opo que est em desacordo com a ponderao de interesses que se

  • 30

    deve ter em situaes do tipo, alm de ferir princpio especfico da CRFB de 1988,

    partindo da ideia de que todos os demais requisitos esto presentes.

    a) Os pedidos de tutela de urgncia satisfativa para concesso de medicamentos

    essenciais somente devem deferidos mediante cauo.

    b) Os pedidos de tutela de urgncia satisfativa que envolvam direitos

    disponveis somente devem ser deferidos mediante cauo.

    c) Os pedidos de tutela antecipada de mrito que envolvam cirurgias somente

    devem ser deferidos mediante cauo ou mesmo arresto.

    d) Os pedidos de tutela de urgncia no satisfativa no devem ser deferidos

    quando houver risco de irreversibilidade, mesmo com cauo.

    e) Os pedidos de tutela de urgncia satisfativa que envolvam verba de natureza

    alimentar podem ser concedidos, ainda que sem cauo, mediante anlise do

    caso concreto.

    8 H quem entenda que no Brasil exista demasiada proteo legal e jurisprudencial

    aos devedores. Um exemplo estaria nos casos de execues de ttulos judicias ou

    extrajudiciais que no conseguem atender aos anseios do credor em razo da

    impenhorabilidade de bens prevista em nosso Cdigo Civil de 2002, na Lei 8009/90 e

    tambm no prprio Cdigo de Processo Civil de 1973. A respeito do assunto, marque a

    alternativa que est em acordo com o ordenamento jurdico brasileiro.

    a) O executado no pode ter penhorado seu imvel em razo de execuo de cotas

    condominiais.

    b) O executado pessoa jurdica no goza de nenhuma das restries acima

    elencadas no enunciado.

    c) O exequente no pode requer a penhora de nenhum bem mvel dentro de imvel

    impenhorvel, assim considerado pelo Lei 8009/90 ou pelo art. 1711 do CC.

    d) Age na legalidade o magistrado que indefere penhora de obras de arte que

    guarnecem a residncia do executado pessoa natural.

    e) Age na legalidade o magistrado que defere penhora de imvel familiar quando o

    executado celebrou contrato de financiamento com garantia do referido imvel.

  • 31

    9 Sobre a execuo de quantia certa contra devedor solvente incorreto afirmar que:

    a) o executado pode oferecer embargos, mesmo sem penhora prvia.

    b) os embargos do executado no tm efeito suspensivo como regra.

    c) os embargos do executado tem natureza de incidente processual.

    d) os embargos do devedor podem ter efeito suspensivo, ainda que em carter

    excepcional.

    e) O executado pode embargar parcialmente a execuo.

    10 - A Companhia de Laticnios Carioca celebrou contrato de prestao de servios de

    limpeza com a Empresa de Servios Mo de Obra Leme. Alega que, iniciados os

    servios, a contratada, sem qualquer justificativa, abandonou o local onde assumiu a

    obrigao de fazer diariamente a faxina do prdio da sede da contratante. Com base no

    contrato, assinado pelas duas partes e por duas testemunhas, promove ao de execuo.

    Citada, a executada oferece embargos e neles sustenta o descumprimento da obrigao

    da embargada, que deixou de pagar o valor constante do contrato que permitiria o

    correto incio de cumprimento de sua obrigao.

    Questionamentos:

    a) Qual o procedimento a ser observado nesta modalidade de execuo?

    b) Trata-se de obrigao fungvel ou infungvel? Na obrigao fungvel, pode-se

    alcanar a tutela especfica, atravs de meio de sub-rogao? Fundamente sua

    resposta.

    11 Srgio ingressa em juzo com uma ao executria em face de determinada

    sociedade empresria, uma vez que possui ttulo executivo capaz de ensejar a execuo.

    A empresa executada citada para pagar em trs dias, na forma do art. 652 do CPC.

    Escoado o prazo, no realiza o pagamento. O exequente no consegue localizar bens do

    patrimnio da devedora e imediatamente ingressa com requerimento de falncia

    baseado no mesmo ttulo executivo. No processo falimentar, a requerida no realiza o

    depsito elisivo, alegando, em sua defesa, a litispendncia em razo de processo do

    processo executrio ainda estar em andamento.

  • 32

    Questionamento:

    Tem razo o requerido em sua defesa no processo falimentar e que poderia ter

    reflexo no processo de execuo ?

    12 - Altair credor de Marta com base em ttulo executivo extrajudicial(cheque) no

    valor de R$ 56.000,00 e pretende promover a execuo judicial cabvel ao caso. Ocorre

    que ele tem receio de que Marta possa se desfazer dos imveis que possui quando for

    citada, tornando-se insolvente. Com base no caso acima, RESPONDA:

    a) O que pode fazer o advogado de Altair no ato da distribuio da petio

    inicial do processo de execuo para melhor atender aos interesses de seu

    cliente?

    b) Se houver penhora de bem imvel de Marta, quem ficaria como

    depositrio fiel?

    13 - Sabe-que no mbito do direito privado, a autonomia da vontade tem grande

    preponderncia no que diz respeito validade dos negcios jurdicos, especialmente no

    tocante aos contratos firmados entre as partes. Considerando o campo do direito

    material e processual em nosso ordenamento jurdico ptrio a respeito do possvel

    parcelamento do dbito previsto no art. 745-A do Cdigo de Processo Civil de 1973,

    responda aos seguintes questionamentos:

    a) Tal parcelamento um direito objetivo do executado ou deve ser deferido pelo

    juiz?

    b) Existe necessidade de manifestao ou anuncia do exequente ?

    14 - No mbito do processo civil brasileiro, as possibilidades de concesso de tutela

    jurisdicional de direito material antes da sentena cresceram de forma significa a partir

    da dcada de 1990, aps diversos movimentos reformadores da legislao

  • 33

    infraconstitucional que deram especial nfase nas tutelas de urgncia material. No

    entanto, em situaes pontuais, o direito material pode ser concedido sem que haja

    efetivamente receio de dano irreparvel ou de difcil reparao.

    Aponte e explique ao menos um exemplo da ocorrncia de tal fenmeno no Cdigo de

    Processo Civil de 1973, no deixando de informar a denominao doutrinaria ao item

    apontado.

    15 Tradicionalmente a defesa do executado em juzo se deu atravs dos conhecidos

    embargos do devedor (executado), verdadeira ao prpria de conhecimento que,

    distribuda por dependncia ao juzo da execuo, proporcionava ao executado o

    contraditrio e ampla defesa originrios de um processo de conhecimento. Em meio ao

    desenvolvimento do processo civil no sculo passado, surge o instituto da exceo de

    pr-executividade capitaneado por Pontes de Miranda e outros fervorosos adeptos. Os

    argumento de peso sustentavam poca, que era por demasiado oneroso ao devedor

    (executado) embargar execues para alegar matria de ordem pblica, daquelas que

    deveriam ser reconhecidas de ofcio pelo juiz ou tribunal, a qualquer tempo e instncia.

    E tal meio de defesa, ainda sem previso legal expressa, ganhou alm de fama, utilidade

    processual que perdura at os dias atuais. Ocorre que aps a reforma processual de

    2006 envolvendo a tutela de execuo de ttulos executivos extrajudiciais, muito se

    questiona a respeito da sobrevivncia da exceo de pr-executividade em nosso cenrio

    processual, principalmente pela inexistncia de penhora prvia para o oferecimento de

    embargos do executado, nos termos do art. 736 e seguintes do CPC.

    Assim, discorra a respeito da possibilidade ou no de aplicao da exceo de pr-

    executividade nos dias atuais e tendo como referencia o CPC e legislao processual

    civil em vigor.

  • 34

    JURISDIO CONSTITUCIONAL

    CCJ 0044

  • 35

    Autoria: Prof. Dr. Rafael Iorio

    1- A Constituio brasileira de 1988 reconheceu o direito dos remanescentes das

    comunidades de quilombos propriedade definitiva das terras que ocupam,

    devendo o Estado emitir os respectivos ttulos (Art. 68, Ato das Disposies

    Constitucionais Transitrias). Para dar efetividade ao texto constitucional, foi

    editado o Decreto n. 4.887, de 20 de novembro, que regulamenta o

    procedimento para identificao, reconhecimento, delimitao, demarcao e

    titulao das terras quilombolas. Importante notar que o referido Decreto

    objeto de controle da constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal

    desde 2004, sem julgamento do mrito.

    BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ao Direta de Inconstitucionalidade, ADI n.

    3.239, Relator Min. Cezar Peluso. Acerca do processo de reconhecimento e titulao

    das terras quilombolas, avalie as afirmaes a seguir.

    I. Consideram-se comunidades dos quilombos os grupos tnico-raciais,

    segundo critrio de auto atribuio, com trajetria histrica prpria, dotados

    de relaes territoriais especficas, com presuno de ancestralidade negra

    relacionada com a resistncia opresso histrica sofrida.

    II. Cabe ao Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA)

    regulamentar os procedimentos administrativos necessrios titulao das

    terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos.

    III. A caracterizao dos remanescentes das comunidades dos quilombos deve

    ser atestada mediante auto definio da prpria comunidade e deve ser

    levada a registro no Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional

    (IPHAN) do Ministrio da Cultura.

    IV. responsabilidade exclusiva da Unio a identificao, o reconhecimento, a

    delimitao, a demarcao e a titulao das terras ocupadas pelos

    remanescentes das comunidades dos quilombos.

    correto apenas o que se afirma em

    A) I e II.

    B) I e III.

    C) III e IV.

    D) I, II e IV.

    E) II, III e IV.

    2-Uma lei ordinria expedida pela Cmara Legislativa do Esprito Santo determinou que

    os aprovados em concurso pblico para o provimento de cargos na administrao

    estadual direta, dentro do nmero de vagas fixados no respectivo edital, deveriam ser

    nomeados no prazo mximo de 180 dias, contados da homologao do resultado do

  • 36

    concurso. Nessa situao, a referida disposio apresenta-se em conformidade com a

    Constituio Federal de 1988?

    3-Os direitos fundamentais possuem quatro dimenses bsicas, que a doutrina de

    Bobbio consagrou como geraes de direito. Menciona-se o termo dimenso, pois se

    considera o alerta de Antonio Canado Trindade para o reducionismo do termo gerao,

    no sentido de que este fornece uma idia de que os direitos nascem e morrem quando

    em verdade so indivisveis e interdependentes, sobrevivendo com o passar do tempo.

    Impossvel ter direito liberdade sem direitos econmicos e sociais. Alm disso,

    sempre se concebe o direito fundamental como detentor de uma garantia, embora alguns

    direitos j se revelem em si mesmos como tal.

    Acerca desse tema e considerando o texto acima, julgue os itens a seguir CERTO (C)

    OU ERRADO (E).

    (1) So considerados direitos fundamentais de primeira gerao os direitos civis e

    polticos, que correspondem, em um quadro histrico, fase inicial do

    constitucionalismo no ocidente. ( ).

    (2) Os direitos de primeira gerao consagram a titularidade no indivduo, porm

    no podem ser traduzidos em forma de oposio ao Estado, uma vez que so

    atributos da pessoa humana e no se enquadram na categoria de status negativus.

    ( ).

    (3) De acordo com a boa doutrina, a concepo de direitos fundamentais que

    contm garantias institucionais de liberdade deve ser recebida com certa cautela,

    pois o direito de liberdade, ao contrrio do que acontece com a propriedade, no

    est suscetvel de institucionalizao em termos de garantia. ( ).

    (4) O direito ao desenvolvimento, o direito paz, o direito ao meio ambiente e o

    direito de propriedade ao patrimnio comum da humanidade podem ser

    considerados como direitos de segunda gerao ou dimenso. ( ).

    2- (OAB-Adaptada) Com relao aos chamados direitos econmicos, sociais e

    culturais, correto afirmar que

    (A) so direitos humanos de segunda gerao, o que significa que no so

    juridicamente exigveis, diferentemente do que ocorre com os direitos civis e

    polticos.

    (B) so previstos, no mbito do sistema interamericano, no texto original da

    Conveno Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jos da Costa

    Rica).

    (C) formam, juntamente com os direitos civis e polticos, um conjunto indivisvel de

    direitos fundamentais, entre os quais no h qualquer relao hierrquica.

    (D) incluem o direito participao no processo eleitoral, educao, alimentao

    e previdncia social.

    (E) Apresentam como caracterstica um status negativus frente ao poder poltico.

  • 37

    3- Caio da Silva, Senador da Repblica pelo Estado Z, no decorrer do recesso

    parlamentar, viaja de frias com a famlia para um resort situado no Estado X,

    a fim de descansar. Todavia, em meio aos hspedes que ali se encontravam,

    deparou-se com Tcio dos Santos, um ferrenho adversrio poltico, com quem

    acabou por travar spera discusso em torno de temas polticos j discutidos

    anteriormente no Senado. Caio da Silva, durante a discusso, atribuiu ao seu

    adversrio a responsabilidade pela prtica de fatos definidos como crimes, alm

    de injuri-lo com vrios adjetivos ofensivos. Tcio dos Santos, inconformado

    com as agresses pblicas a ele desferidas, decidiu ajuizar queixa queixa-crime

    em face de Caio da Silva. Tendo em vista as particularidades da narrativa acima

    e considerando o que dispe a Constituio Federal, assinale a afirmativa

    correta.

    A) Caio da Silva, por estar fora do espao fsico do Congresso Nacional, no

    alcanado pela garantia da imunidade material, respondendo pelos crimes contra a honra

    que praticou.

    B) Caio da Silva, mesmo fora do espao fsico do Congresso Nacional, alcanado pela

    garantia da imunidade material, tendo em vista que as ofensas proferidas esto

    relacionadas ao exerccio da atividade parlamentar.

    C) Caio da Silva no est coberto pela garantia da imunidade material, tendo em vista

    que as ofensas foram realizadas em um momento de recesso parlamentar, o que afasta

    qualquer relao com a atividade de Senador.

    D) Caio da Silva no est coberto pela garantia da imunidade material, visto que,

    durante o recesso parlamentar, sequer estava no territrio do Estado que representa na

    condio de Senador.

    E) Caio da Silva no est coberto pela imunidade formal, visto que, durante o recesso

    parlamentar o Supremo Tribunal Federal tambm est de recesso.

    6- Sob forte influncia de grandes produtores rurais, numerosos parlamentares do

    Congresso Nacional se mobilizam para a edio de uma Emenda Constituio, a fim

    de retirar do texto constitucional a referncia funo social da propriedade. Como

    resposta, a sociedade civil comeou uma campanha de coleta de assinaturas para

    deflagrar a edio, por iniciativa popular, de uma Emenda para tornar crime a

    manuteno de propriedades improdutivas.

    Com base no fragmento acima, responda aos itens a seguir, fundamentadamente.

    A) Um parlamentar tem iniciativa no processo legislativo de Emenda

    Constituio? E a sociedade civil?

    B) possvel a edio de Emenda com o contedo pretendido pelos produtores

    rurais?

  • 38

    7- CESPE - 2009 - MPE-RN - Promotor de Justia Acerca do constitucionalismo, assinale a opo

    incorreta.

    A) A origem do constitucionalismo remonta antiguidade clssica, especificamente ao povo hebreu, do qual partiram as primeiras manifestaes desse movimento constitucional em

    busca de uma organizao poltica fundada na limitao do poder absoluto.

    B) O neoconstitucionalismo caracterizado por um conjunto de transformaes no Estado e no direito constitucional, entre as quais se destaca a prevalncia do positivismo jurdico, com a

    clara separao entre direito e valores substantivos, como tica, moral e justia.

    C) O constitucionalismo moderno representa uma tcnica especfica de limitao do poder com fins garantidores.

    D) O neoconstitucionalismo caracteriza-se pela mudana de paradigma, de Estado Legislativo de Direito para Estado Constitucional de Direito, em que a Constituio passa a ocupar o

    centro de todo o sistema jurdico.

    E) As constituies do ps-guerra promoveram inovaes por meio da incorporao explcita, em seus textos, de anseios polticos, como a reduo de desigualdades sociais, e de valores

    como a promoo da dignidade humana e dos direitos fundamentais.

    8- Insatisfeito com a demora para a efetivao das desapropriaes necessrias

    construo de uma rodovia federal, o Presidente da Repblica editou o Decreto n. 9.999,

    por meio do qual, expressamente, determinou a revogao do Decreto Lei n.

    3.365/1941, que dispunha sobre a desapropriao por utilidade pblica, e, ao mesmo

    tempo, institui novo regramento a respeito do tema.

    Sobre a hiptese apresentada, responda, justificadamente, aos itens a seguir.

    A) Em nosso ordenamento jurdico constitucional, existe previso para a edio de

    decreto autnomo?

    B) possvel a revogao do Decreto Lei n. 3.365/1941 pelo decreto presidencial?

    9- O Estado Z editou lei que institui uma Taxa de Fiscalizao de Estradas, impondo o pagamento de uma elevada quantia para o acesso ou para a sada do territrio daquele

    Estado por meio rodovirio.

    Sobre a hiptese sugerida, responda, fundamentadamente, aos seguintes itens.

    A) O Governador do Estado Y pode impugnar a lei editada pela Assembleia Legislativa do Estado Z por meio de ao direta de inconstitucionalidade?

    B) Caso a lei do Estado Z seja impugnada por um partido poltico, por meio de Ao Direta de Inconstitucionalidade, pode prosseguir a ao em caso de perda superveniente da representao do partido no Congresso Nacional?

    10- Aps reiteradas decises sobre determinada matria, o Supremo Tribunal Federal

    (STF) aprovou enunciado de Smula Vinculante determinando que inconstitucional

    lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consrcios e

    sorteios, inclusive bingos e loterias. O Estado X, contudo, no concordando com a

  • 39

    posio do Supremo Tribunal Federal (STF), edita lei dispondo exatamente sobre os

    sistemas de consrcios e sorteios em seu territrio.

    A partir da situao apresentada, assinale a afirmativa correta.

    A) O Supremo Tribunal Federal (STF) poder, de ofcio, declarar a

    inconstitucionalidade da norma estadual produzida em desconformidade com a Smula.

    B) Qualquer cidado poder propor a reviso ou o cancelamento de smula vinculante

    que, nesse caso, ser declarada mediante a deciso de dois teros dos membros do

    Supremo Tribunal Federal (STF).

    C) cabvel reclamao perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a

    validade da lei do Estado X que dispe sobre os sistemas de consrcios e sorteios em

    seu territrio.

    D) A smula possui efeitos vinculantes em relao aos rgos do Poder Judicirio e

    Administrao Pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, mas

    no vincula o Poder Legislativo na sua atividade legiferante.

    E) As smulas do Supremo Tribunal Federal foram criadas com a edio da emenda

    Constitucional n45 de 2004.

    11- A respeito dos direitos constitucionais na ordem constitucional vigente, julgue os

    itens seguintes com (V) verdadeiro, e (F) falso.

    I - (F) O direito ao trabalho e ao livre exerccio profissional est consagrado entre os

    direitos sociais previstos na Constituio da Repblica de 1988.

    II - (V) Esto consagrados, entre os direitos sociais previstos na Constituio da

    Repblica de 1988, o direito educao, direito moradia, o direito segurana e o

    direito assistncia aos desamparados.

    III (F) direito dos trabalhadores, alm de outros que visem melhoria de sua

    condio social, o estabelecimento da idade mnima de dezesseis anos para o trabalho

    noturno, perigoso ou insalubre e de quatorze anos para qualquer trabalho, salvo a

    condio de aprendiz.

    IV (F) Nas empresas com mais de cem empregados, assegurada a eleio de um

    representante destes com a finalidade exclusiva de promover o entendimento direto com

    os empregadores.

    V (F) atribuio exclusiva de cada sindicato a defesa judicial e administrativa dos

    direitos individuais de seus filiados.

    12- (OAB) O Governador do Estado X ajuizou Representao de Inconstitucionalidade

    perante o Tribunal de Justia local, apontando a violao, pela Lei Estadual n 1.111, de

  • 40

    dispositivos da Constituio do Estado, que se apresentam como normas de reproduo

    obrigatria.

    Considerando o exposto, responda aos itens a seguir.

    A) O que so normas de reproduo obrigatria?

    B) Proposta Ao Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal

    arguindo violao dos mesmos dispositivos da Constituio Federal, cuja reproduo

    pela mesma lei estadual (Lei n 1.111) era obrigatria na Constituio Estadual, sem

    que tenha ocorrido o julgamento da Representao de Inconstitucionalidade pelo

    Tribunal de Justia local, podero as duas aes tramitar simultaneamente?

    13- (OAB) Os jornais noticiaram violenta chacina ocorrida no Estado Y, onde foram

    torturadas e assassinadas dezenas de crianas e mulheres de uma comunidade rural de

    baixa renda, com suspeita de trabalho escravo.

    aberto inqurito policial para a investigao dos fatos e, passado um ms do ocorrido,

    a polcia e as autoridades locais mantm-se absolutamente inertes, configurando, de

    forma patente, omisso na apurao dos crimes. A imprensa nacional e a internacional

    do destaque omisso, afirmando que o Estado Y no capaz de assegurar a proteo

    aos diversos direitos humanos contidos em tratados internacionais dos quais o Brasil

    signatrio. Com base no caso apresentado, responda aos itens a seguir.

    A) O que se entende por federalizao dos crimes contra os direitos humanos?

    B) O Presidente da Repblica pode requerer a aplicao do instituto? Perante qual juzo

    ou tribunal brasileiro deve ser suscitado o instituto da federalizao dos crimes contra os

    direitos humanos?

    14- (OAB) Denncias de corrupo em determinada empresa pblica federal foram

    publicadas na imprensa, o que motivou a instalao, na Cmara dos Deputados, de uma

    Comisso Parlamentar de Inqurito (CPI).

    Em busca de esclarecimento dos fatos, a CPI decidiu convocar vrios dirigentes da

    empresa pblica para prestar depoimento. Em razo do interesse pblico envolvido, o

    jornalista que primeiro noticiou o caso na grande imprensa tambm foi convocado a

    prestar informaes, sob pena de conduo coercitiva, de modo a revelar a origem de

    suas fontes, permitindo, assim, a ampliao do rol dos investigados. Outra deciso da

    CPI foi a de quebrar o sigilo bancrio dos dirigentes envolvidos nas denncias de

    corrupo, objeto de apurao da comisso.

    Com base nessas informaes, responda aos itens a seguir.

    A) A CPI tem poder para intimar algum a prestar depoimento, sob pena de conduo

    coercitiva caso no comparea espontaneamente

    B) O jornalista convocado pode ser obrigado a responder indagaes sobre a origem de

    suas fontes jornalsticas, em razo do interesse pblico envolvido?

    C) A CPI tem poder para determinar a quebra do sigilo bancrio dos investigados?

    15- (OAB) O Estado X, integrante da Repblica Federativa do Brasil, foi agraciado com

    o anncio da descoberta de enormes jazidas de ouro, ferro, estanho e petrleo em seu

    territrio. As jazidas de minrio esto todas localizadas no Municpio de Alegria e as de

    petrleo, no Municpio de Felicidade, ambos localizados no Estado X.

  • 41

    Tendo em vista o disposto no ordenamento jurdico nacional, responda aos itens a

    seguir.

    A) A qual ente federativo pertencem os recursos naturais recentemente descobertos? Os

    demais entes, em cujos territrios se deu a descoberta, recebem alguma participao no

    resultado da explorao desses recursos?

    B) Um dos entes federativos (Estado ou Municpio), insatisfeito com a destinao dos

    recursos naturais descobertos em seu territrio, pode, luz do nosso ordenamento,

    propor a secesso, a fim de se constituir em ente soberano, nico titular daqueles

    recursos? Caso positiva a resposta, qual o procedimento a ser seguido?

  • 42

    DIREITO ADMINISTRATIVO I

    CCJ 0010

  • 43

    Autoria: Prof. Karyne Castro da Silva

    1- A Administrao Pblica possui em sua organizao atuar a fim de atender ao

    interesse pblico. Devemos entender, assim, como um conjunto de atividades preponderantemente executrias

    de pessoas jurdicas de Direito Pblico ou delas delegatrias, gerindo

    interesses coletivos, na prossecuo dos fins desejados, pelo Estado. (Diogo Figueiredo Moreira neto Curso de Direito administrativo, p.88). Nesta anlise temos as administraes direta e indireta que realizam as gestes legais e necessrias para a sua

    consecuo. Diante da narrativa julgue as alternativas

    I. A Presidncia da Repblica, como integrante da Administrao Direta. II. As autarquias, como integrante da Administrao Indireta.

    III. As empresas pblicas, como integrante da Administrao Direta. IV. Os Ministrios, como integrante da Administrao Indireta. V. As sociedades de economia mista, como integrante da Administrao Indireta.

    VI. As fundaes pblicas, como integrante da administrao Direta.

    Com base nesta leitura CORRETO afirmar:

    a) As alternativas I, II, III so verdadeiras. b) As alternativas II, I, V so falsas. c) As alternativas I, II e IV so verdadeiras. d) As alternativas III, IV e V so falsas. e) As alternativas III, IV e VI so falsas.

    2- A criao e a extino de rgos pblicos so ajustes realizados para a organizao

    e funcionamento da administrao pblica. Para que tais aes sejam materializadas

    pelo evidente interesse da Administrao, a Constituio de 1988 reserva a autoridade

    especfica e por simetria a iniciativa privativa para deflagrar o processo legislativo

    sobre a matria.

    Julgue que agente(s) possui (em) competncia legal para motivar o referido ato:

    I. Presidente da Cmara federal II. Presidente do Senado federal

    III. Presidente da Repblica IV. Demais chefes do poder executivo V. Presidente do Supremo Tribunal Federal

    Diante das alternativas acima CORRETO afirmar como verdadeira:

    a) A alternativa I. b) A alternativa II. c) As alternativas III e IV. d) As alternativas I e IV. e) As alternativas II e IV.

    3- Os princpios constitucionais da Administrao pblica esto explicitados no art.37,

  • 44

    caput, da Constituio Federal de 1988, que por definio so os postulados

    fundamentais que inspiram todo seu modo de agir. Um desses princpios que vigora na

    referida Carta Magna o da publicidade. Em funo deste princpio, existem algumas

    excees previstas como o sigilo.

    Diante da afirmativa julgue qual (is) situao(es) (so) permitido(s) o sigilo dos atos

    administrativos produzidos pela Administrao:

    I. Nos atos administrativos praticados em desacordo com o amparo legal II. Quando for imprescindvel segurana da sociedade e do Estado

    III. Quando for conveniente para o agente pblico praticar o ato administrativo IV. Quando os atos administrativos produzidos dispensem os princpios ticos V. Nos atos administrativos produzidos em funo de compras pblicas

    CORRETO afirmar que (so) verdadeira(s)

    a) Alternativa I. b) Alternativas III e IV. c) Alternativa V. d) Alternativa II. e) Alternativas I e V.

    4- A Administrao Pblica tem que voltar-se exclusivamente para o interesse pblico e

    no para o privado, vedando-se, em consequncia, sejam favorecidos alguns indivduos

    em detrimento de outros e prejudicados alguns para favorecimento de outros.

    Com base na afirmativa CORRETO afirmar que se trata da ideia do princpio

    a) Da impessoalidade. b) Da moralidade. c) Da razoabilidade. d) Da publicidade. e) No se trata de princpio.

    5- Os atos de imprio so os que se caracterizam pelo poder de coero decorrente do

    poder de imprio, no intervindo a vontade dos administrados para sua prtica.

    I. Interpretando os atos abaixo II. Licena para construo

    III. Decreto expropriatrio IV. Alienao de bens V. Embargo de obra

    CORRETO afirmar que o ato de imprio est caracterizado:

    a) Na alternativa I. b) Na alternativa II. c) Na alternativa III. d) Na alternativa IV. e) Nenhuma das alternativas.

    6- Na anulao dos atos administrativos a convalidao utilizada na situao de

    a) Nulidade. b) Vcio sanvel. c) Vcio insanvel. d) Vcio redibitrio. e) Caducidade.

  • 45

    7- As autarquias so entidades, integrantes da administrao indireta, no qual o Estado

    dota-as de atribuio para executar algumas funes de maneira decentralizada. No

    ordenamento jurdico, considerando a sua natureza e o papel desempenhado, atribui a

    estas algumas prerrogativas de direito pblico.

    Nesta condio CORRETO afirmar que a autarquia possui prerrogativa de

    a) Prescrio decenal. b) Penhorabilidade de seus bens e de suas rendas. c) Prescritibilidade de seus bens. d) Possuir prazo em quntuplo para contestar e em dobro para recorrer, conforme

    previsto no Cdigo do Processo Civil, em seu artigo 188.

    e) Imunidade tributria desde que vinculados a suas finalidades essenciais ou s que dela decorram.

    8- No Direito Administrativo conceitua-se o poder de polcia como a prerrogativa de

    direito pblico que, calcada na lei, autoriza a Administrao Pblica a restringir o uso e

    o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade. Uma de

    suas prerrogativas especiais est em praticar atos e coloc-los em imediata execuo,

    sem dependncia manifestao judicial.

    CORRETO afirmar que esta prerrogativa especial de Direito Pblico uma

    caracterstica da: a) Coercibilidade. b) Discricionariedade. c) Autoexecutoriedade. d) Vinculao. e) Prescricionariedade.

    9- Para identificarmos a zona da discricionariedade no ato administrativo, preciso

    antes definir seus elementos. Para que estes elementos estejam contidos no ato

    administrativo o legislador desenhou algumas linhas marcantes de sua configurao.

    CORRETO afirmar que no sentido da elaborao do elemento do ato

    administrativo ______________ est definido por lei qual o crculo dentro do qual

    podem os agentes exercer legitimamente sua atividade.

    a) Objeto. b) Forma. c) Competncia. d) Motivo. e) Finalidade.

    10- A sequncia de atividades da Administrao interligadas entre si, que visa a

    alcanar determinado efeito final previsto em lei o procedimento administrativo. O

    mesmo possui algumas caractersticas no seu rito procedimental que norteiam sua

    materializao.

    Mediante esta afirmativa julgue quais aspectos abaixo podemos identificar no

    procedimento administrativo.

  • 46

    I. Trata-se de atividade contnua. II. no instantneo.

    III. Os atos e operaes se colocam em ordenada sucesso. IV. A prtica de alguns atos administrativos intermedirios. V. Possui a proposta de chegar-se a um fim pr-determinado.

    CORRETO o que se afirma em

    a) I, II, III, IV e V b) II, IV e V apenas c) I, II, e IV apenas d) III, IV e V apenas e) I, II, III e IV apenas

    11- Qualquer aquisio, na forma de bens ou contratao de servios, a ser realizada

    pela Administrao Pblica deve o gestor pblico utilizar como referncia a Lei Federal

    N 8.666 de 21 de junho de 1993. Para que a Administrao Pblica vislumbre realizar

    entre quaisquer interessados a escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico,

    mediante a instituio de prmios ou remunerao aos vencedores, conforme critrios

    constantes de edital publicado na imprensa oficial, a mesma possui o dever de licitar.

    Diante desta assertiva CORRETO afirmar que a modalidade de licitao a ser

    utilizada ser

    a) Concorrncia. b) Tomada de Preos. c) Leilo. d) Concurso. e) Convite.

    12- A administrao Pblica pretende realizar a contratao de profissional de qualquer

    setor artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo, desde que consagrado

    pela crtica especializada ou pela opinio pblica. Este cenrio caracterizado

    observando os ditames da Lei Federal N 8.666/93, configura:

    a) O dever de licitar pelo gestor pblico, utilizando a modalidade licitatria prego. b) Aplicao da dispensa de licitao pelo gestor pblico. c) Aplicao da inexigibilidade de licitao pelo gestor pblico. d) O dever de licitar pelo gestor pblico, utilizando a modalidade licitatria

    concurso.

    e) O dever de licitar pelo gestor pblico, utilizando a modalidade licitatria convite.

    13- A Lei Federal N 8.666/93 tipifica crimes e penas decorrentes da conduta dos

    agentes pblicos pela no observncia da referida norma. Na situao do gestor pblico

    frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinao ou qualquer outro expediente, o carter

    competitivo do procedimento licitatrio, com o intuito de obter, para si ou para outrem,

    vantagem decorrente da adjudicao do objeto da licitao CORRETO afirmar:

    a) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. b) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 3 (trs) a 5 (cinco) anos, e multa. c) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 2 (dois) a 3 (trs) anos, e multa. d) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

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    e) Aplicar-lhe a pena de deteno, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    14- Todo contrato celebrado pela Administrao Pblica dever sua execuo ser

    acompanhada e fiscalizada por um representante da Administrao especialmente

    designado para realizar todos os atos em conformidade com o contedo pactuado no

    referido instrumento.

    Diante desta atribuio o fiscal do contrato: I. Solicitar ajuda a empresa contratada.

    II. Dever atuar concomitantemente como gestor no mesmo contrato. III. Ser nomeado fiscal aps ter participado da Comisso de Licitao. IV. Dever recair sobre pessoa que no tenha um conhecimento tcnico suficiente

    do objeto.

    V. Poder solicitar a contratao de terceiros para assisti-lo e subsidi-lo de informaes pertinentes a essa atribuio.

    Aps a anlise das alternativas acima CORRETO julgar que:

    a) I e II esto corretas. b) II e III esto corretas. c) Somente a V est correta. d) Somente a IV est correta. e) Todas esto corretas.

    15- Para a aquisio de bens e servios comuns a Administrao Pblica utiliza em

    larga escala a modalidade licitatria Prego. Aps a realizao do certame pelo

    pregoeiro, o mesmo abre prazo, tempestivamente, aos licitantes para a inteno de

    recebimento de recursos administrativos contra os seus atos durante a conduo do

    processo, antes de declarar a empresa como vencedora da licitao.

    Caso ocorra a interposio de recurso administrativo, por algum licitante, contra ato

    realizado pelo pregoeiro, aps o seu julgamento, CORRETO afirmar que:

    a) O pregoeiro realizar a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor. b) A comisso de licitao realizar a adjudicao do objeto da licitao ao licitante

    vencedor.

    c) A autoridade competente far a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor.

    d) A equipe de apoio far a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor.

    e) O presidente da comisso de licitao far a adjudicao do objeto da licitao ao licitante vencedor.

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    DIREITO FINANCEIRO E

    TRIBUTRIO I

    CCJ 0030

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    Autoria: Prof. Dr. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva

    1- (Questo adaptada do ENADE 2012 )- Os elementos que o Estado deve ter em

    mente ao determinar o valor da taxa a ser cobrada do contribuinte (...) devem resultar da

    intensidade e extenso da atividade estatal, porm nunca de uma qualidade inerente ao

    interessado ou ao objeto sobre o qual o tributo recai. (ATALIBA, Geraldo. Hiptese de

    Incidncia Tributria. Ed. Leud).

    Com base no texto, CORRETO afirmar que:

    a) a taxa no se submete ao princpio do no confisco, sendo ilimitada a atuao estatal

    em prol do cidado.

    b) o princpio da capacidade contributiva desautoriza a cobrana da taxa quando esta

    atinge o mnimo existencial, tanto que possvel ao Poder Pblico valer-se do

    instituto da iseno para equacionar esta situao.

    c) a taxa devida em razo de uma atuao do contribuinte, no lhe sendo aplicada o

    princpio da anterioridade.

    d) a cobrana da taxa no se vincula ao princpio de justia fiscal, visto que todos

    pagam o mesmo pelo servio.

    e) a arrecadao da taxa est vinculada s necessidades financeiras do Estado, ou seja,

    sua necessidade de caixa.

    2-(ENADE 2011)- Entidade beneficente de assistncia social, sem fins lucrativos, e que

    preencha os requisitos para a fruio de imunidade tributria est sujeita:

    a) s taxas, contribuies de melhoria e contribuio de seguridade social.

    b) Aos impostos sobre o patrimnio, s taxas e contribuio social.

    c) As taxas e contribuio de melhoria.

    d) As taxas e contribuio de seguridade social.

    e) A contribuio de melhoria e de seguridade social.

    3- (ENADE 2011)- Takano proprietrio da chcara Nihon, onde reside com sua

    famlia e tem uma produo mdia de hortalias. Seu imvel situa-se na rea rural do

    municpio de Utopia. Acerca dessa Situao hipottica, julgue os itens abaixo (V ou F).

    a) A obrigao tributria relativa ao Imposto Territorial Rural (ITR) incidente sobre a

    propriedade de chcara Nihon pode ser caracterizada como uma obrigao real, porque

    o ITR um imposto real, dado que seu fato gerador a propriedade de um terreno, que

    um direito real.

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    b) Apesar de o ITR s