muro

muro

Antonino CalicchioCarolina AlmeidaJordan de OliveiraLucas Dias Mayara AlmeidaNatália RavagnaniRachel FigueiredoRayane Minas

Antonino CalicchioCarolina AlmeidaJordan de OliveiraLucas Dias Mayara AlmeidaNatália RavagnaniRachel FigueiredoRayane Minas

a intervenção

No município de Glaura, MG, na Rua do Contorno, encontra-se um muro. Alto, cinza, imponente, ele destoa do cenário da cidade – tranquila, convidativa. Esse muro causa, naqueles que passam pela rua, um incômodo, provocado pela curiosidade – o que existe atrás dele? -, por sua monotonia, pelo contraste entre ele e o resto da cidade. Escolhemos, com unanimidade, esse local como palco de nossa intervenção. Após diversas discussões, chegamos à nossa proposta: tornar, para aqueles que andam pela Rua do Contorno, a passagem mais agradável, podendo integrar o muro à cidade, tornando-o também convidativo, e trabalhar, a partir da abstração, com a curiosidade provocada por ele.

a produção

Com a ideia pronta para execução, as críticas apuradas e um prazo apertado, partimos para a confecção do projeto. Listamos os materiais necessários e fizemos uma planilha para contabilizar os gastos, que totalizaram R$693,55.

a produção

. 500 balões tamanho 5 . 50 LEDs brancos

. 40 gominhas elásticas . 35 baterias de 9 Volts

. 25 Motores de 5V . 10 Garrafas plásticas de 300mL

. 10 Lentes em cartão para leitura . 5 folhas de Papel Paraná . 4 holofotes de lâmpada incandescente (60W)

. Um rolo de fio de Nylon . Gelatinas vermelha e azul para os

holofotes . Compressor para enchimento dos

balões

os monóculos Fizemos 10 monóculos que, presos ao muro, simulavam lentes que permitiam ter acesso à vista por trás dele – cada monóculo contendo uma imagem diferente, estimulando a curiosidade e a imaginação do espectador. Para sua confecção, montamos uma estrutura de papel paraná que, em seu interior, possuía uma das 10 imagens iluminada por LEDs e uma garrafa cortada com uma lente presa a uma de suas pontas e um tubo de acetato preso à outra. Através de um simples esquema de gominhas elásticas, pudemos prender a garrafa no papel paraná mantendo a sua mobilidade, permitindo que o espectador mova o tubo de acetato e tenha visão de toda a imagem dentro do monóculo.

os monóculos

A iluminação, proporcionada por 3 LEDs em seu interior, escapava pelas frestas do objeto e pelo tubo transparente de acetato, convidando aqueles que passavam a brincar e interagir com as lentes e imagens.Para fixar aquela estrutura no muro, tivemos e descartamos inúmeras ideias, como a utilização de cola de silicone, pregos e prateleiras. Por fim, nos utilizamos do próprio formato do muro para a fixação dos monóculos: através de ganchos amarrados a fios de Nylon e presos à sua borda superior, posicionamos os monóculos na parede, em um sistema simples que permitia a fácil regulagem de altura dos objetos.

os balões

. 500 balões tamanho 5 . Um rolo de fio de Nylon . Compressor de enchimento

os balões

. Com o objetivo de criar ambiência e dar vida à intervenção, tivemos a ideia de espalhar balões pelo céu de nossa rua. Para isso, utilizamos 500 balões – quantidade proporcional à extensão do muro -, em diferentes alturas e presos por 50 fios de Nylon que cruzavam a rua e eram amarrados aos postes e telhados das casas no lado oposto.

movimento . 25 baterias de 9 Volts . 25 Motores de 3V

Visando dar vida ao cenário, chegamos à ideia de dar movimento aos balões que compunham o “teto” de nossa rua. Com motores colados ao muro e presos de forma interposta aos fios, através de, novamente, ganchos feitos com arame, os balões se moviam muito além do vento, criando, naquele local, um ambiente animado e convidativo, agradável tanto pela forma e movimento dos balões quanto pelo som – tal qual o som de projetores antigos de cinema - que os motores faziam quando ligados.

iluminação

. 4 Holofotes de uma lâmpada incandescente (60W) . Gelatina para holofote, nas cores vermelha e azul

iluminação

Brincamos, em nossa intervenção, com cor, luz e sombra. Holofotes sobre os telhados das casas iluminavam a rua e os balões em movimento. Sobre a parede, a sombra dos balões e o contraste entre as cores vermelha e azul das gelatinas que coloriam as luzes criavam ali um clima confortável, dando cor e vida ao muro monótono e cinza da Rua do Contorno.

Fotografia: Carolina Almeida e Lucas Dias

Ao fim de todo o trabalho, posso dizer que muito foi aprendido com essa intervenção. O trabalho em gupo foi valorizado, pois cada discussão se mostrou enriquecedora e cada conquista alcançada foi compartilhada. Nosso olhar sobre o espaço se mostrou diferente, pois aprendemos a ver além do “lugar comum”, a valorizar o despercebido e que, a partir da nossa criatividade, podemos materializar nossos sentidos.

conclusão

1‘ Período Arquitetura e Urbanismo . Universidade Federal de Minas Gerais .