Design com Sustentabilidade - Indústria Gráfica

1 | 4º Interculte – Impressão digital, outubro de 2009

DESENVOLVIMENTO DE JOGO EDUCATIVO COM REAPROVEITAMENTO

DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA GRÁFICA

CARINA SANTOS SILVEIRA

UNEB, aluna da Pós-Graduada em Engenharia Mecatrônica

GEISA FRANÇA BATISTA

UNIJORGE, Graduada em Design Gráfico

VANESSA MARIA SOUZA GUIMARÃES SILVA

UNIJORGE, Graduada em Design Gráfico

RESUMO

São diversas as formas com a qual o meio ambiente é agredido, nos diversos setores industriais

que ligam-se a diversas atividades que movimentam a sociedade. Dentre estes setores encontra-

se a Indústria gráfica, diversa em produtividade, com grande variedade de processos e materiais,

e que libera na natureza, por vezes de forma negligenciada, uma gama de resíduos tão grande

como a demanda deste setor de produção. Mediante a situação de dificuldade de controle de

coleta ou reutilização do lixo que é liberado na natureza, o presente trabalho propõe, no recorte da

indústria gráfica da cidade de Salvador, através de projeto de Design focado na sustentabilidade,

o desenvolvimento de jogo educativo como alternativa de reduzir o lixo emitido na natureza por

parte do setor e gerando uma forma pedagógica e lúdica para a transmissão de conhecimento

quanto ao meio ambiente, cidadania e preservação.

Palavras-chave: Design, Sustentabilidade, Jogo educativo

INTRODUÇÃO

A indústria gráfica no quadro brasileiro possui grande diversidade e se caracterizam em pequenos

estabelecimentos ou grandes parques industriais. Além da quantidade, a variedade também é alta

no setor, onde os processos produtivos são numerosos em suas características a depender da

matéria prima.


Em sua maioria, os serviços gráficos ocorrem sobre o papel, porém com freqüência também

utilizam-se como suporte polímeros e metais, podendo-se aplicar ainda, em proporções menores,

o tecido e o vidro. Chega-se a esta perspectiva fazendo a separação dos materiais em grandes

grupos, porém se for feita uma tipologia mais detalhada, a discriminação dos materiais utilizados

na Indústria Gráfica se apresentará mais numerosa e complexa, pois além do suporte, a indústria

para realizar suas diversas tarefas necessita de insumos tais como tinta, solvente, lubrificantes.

Desta forma quão numerosa e complexa consistir a lista de materiais utilizados, assim serão os

resíduos por ela descartados.

Mesmo dentre as indústrias de grande porte, no Brasil algumas não possuem um programa que

proporcione um planejamento de reutilização e coleta específica de forma a preservar o meio

ambiente, gerando produtos de maneira sustentável. Verificando a atuação gráfica na vida

quotidiana (embalagens, publicidade, comunicação etc.) mostra-se quão inviável seria reduzir a

produção pensando em reduzir o prejuízo ao meio Ambiente, vendo no design a possibilidade de

permanecer com o atendimento à crescente demanda gráfica sem agredir o meio ambiente.

Atualmente, tanto no âmbito do design, da indústria e em diversos setores sociais ocorre o debate

sobre este “meio”, mas nem sempre o mesmo é conceituado. Afinal, o que este “ambiente”

representa? Esta sustentabilidade do que se trata? E o Design, como pode contribuir neste

processo de preservação?

Assim, Meio Ambiente consiste no conjunto de fatores e elementos físicos, químicos e biológicos

necessários à sobrevivência de cada espécie (BRANCO, 2002) e a alteração do mesmo, causada

pelos chamados impactos, pode possuir reflexos negativos e trazer prejuízos à vida humana.

Enquanto, a sustentabilidade, consiste na qualidade de sustentável, aliando seu conceito ao meio

ambiente, significa a capacidade do homem produzir sem prejudicar seu habitat (WEISZFLOG,

2007).

Por sua vez Design, conforme Bernesen (1995, apud, TEIXEIRA; GONTIJO; MARTINS), é um

processo que se inicia com a definição de um propósito, segue com perguntas que respondam a

solução do problema, traduzida em uma forma física ou ferramenta.

O Design Sustentável unindo estes dois substantivos gera um novo conceito o qual representa

projetar buscando a evolução de algo existente fundamentando-se no tripé da sustentabilidade:

economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto e que além de preservar o

meio auxilia em mudanças e avanços tecnológicos uma vez que gera novas soluções. Este, está

intimamente atrelado ao conceito de Eco Design, que reduzindo a utilização de recursos-não

renováveis, também possui o intuito de minimizar o impacto ambiental.


Entretanto, as significações advindas da união dos termos Design – Ecologia – Sustentável, que

talvez sejam recentes para a sociedade, no âmbito do Design não é novidade. Pelo contrário, são

atitudes inerentes a um bom projeto, já que o profissional desta área deve solucionar questões

que auxiliam no quotidiano social, sendo a forma de viver sustentavelmente um desses

questionamentos.

Desta forma, pautado no Design com a vertente sustentável a qual é intrínseca ao mesmo, o

presente trabalho de pesquisa visa a inquirição sobre a produção de resíduos da indústria gráfica

na cidade de Salvador focando em empresas de comunicação visual, para desenvolver projeto de

jogo educativo lúdico, que preze a originalidade visando interferir de forma a otimizar o

reaproveitamento de materiais remanescentes desta indústria com o menor prejuízo ao meio

ambiente.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Desenvolver projeto de jogo educativo utilizando resíduos da indústria gráfica.

Objetivos Específicos

• Reunir dados sobre a emissão de lixo da indústria gráfica no ambiente na cidade de

Salvador e Região Metropolitana;

• Identificar os tipos de resíduos liberados no meio ambiente na atualidade e as

propriedades materiais dos mesmos;

• Investigar possibilidades de reaproveitamento, requisitos e restrições de cada material

identificado;

• Reduzir a emissão de lixo proveniente da indústria gráfica no meio ambiente.

JUSTIFICATIVA

O Lixo significa todo e qualquer material descartado, advindo das atividades humanas. Na

sociedade atual, com a cultura de consumismo frenético estabelecida, é inviável a redução da

produção de um dos setores mais importantes como a indústria na solução para questões

ambientais. Isto, muito evidente na indústria gráfica que cresce ao mesmo tempo em que a

necessidade de comunicação humana se expande em sua gama de suportes e insumos.


O reaproveitamento do lixo há cerca de duas décadas passou a ser pauta de conferências em

todo o mundo, ganhando atualmente relevância na Área o Design e das atividades gráficas,

especialmente no Brasil.

Analisando o quadro da tendência da busca pela redução da poluição e mediante a realidade da

urgente necessidade de uma destinação correta às sobras do processo produtivo nas gráficas, já

que as mesmas são responsáveis por grande emissão de poluentes, o presente trabalho torna-se

de suma importância para a sociedade, não apenas na questão ecológica com boas práticas

ambientais mas que pode influenciar de forma relevante na rotina do setor gráfico em melhorias

nos aspectos que vão desde a análise de ciclo de vida e valorização ao atendimento dos

requisitos de sistemas de gestão.

Mais de 50% do que chamamos lixo e que formará os chamados "lixões" é

composto de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. O lixo é caro,

gasta energia, leva tempo para decompor e demanda muito espaço. Mas o lixo só

permanecerá um problema se não dermos a ele um tratamento adequado. Por

mais complexa e sofisticada que seja uma sociedade, ela faz parte da natureza. É

preciso rever os valores que estão norteando o nosso modelo de

desenvolvimento e, antes de se falar em lixo, é preciso reciclar nosso modo de

viver, produzir, consumir e descartar. Qualquer iniciativa neste sentido deverá

absorver, praticar e divulgar os conceitos complementares de redução,

reutilização e reciclagem (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA,2008) (grifo

nosso).

Com a situação de aumento de custo na reciclagem, além da aplicação de mais produtos

químicos muitas vezes poluentes para o tratamento das sobras antes da reutilização, optou-se

pelo reaproveitamento de materiais sólidos com técnicas que possibilitem a execução do projeto

com a matéria-prima mantendo suas propriedades físico-químicas conforme saíra da linha

produtiva, o que além de economizar energia, possibilita o desenvolvimento de produtos com

fonte relativamente barata em comparação à linha de origem, com baixo custo, baixos níveis de

descarte e sem interferir na qualidade dos mesmos.

Outro fato que não se pode deixar de mencionar é a relação entre a busca da sustentabilidade

ecológica e o desenvolvimento tecnológico que alavanca tanto a educação quanto a economia do

país. As mudanças tecnológicas são provenientes do sistema econômico como conseqüência,

dentre outros, da percepção de oportunidades novas, da experimentação, da pesquisa e de

incentivos.


Desta forma nota-se a relevância ambiental, social e econômica da presente pesquisa que além

de colaborar na prática em prol do desenvolvimento sustentável junto à indústria gráfica que

completa 200 anos de história no Brasil e —através da aplicação — coopera na difusão de seus

respectivos conceitos via jogos educativos, ainda torna-se com isto um potencial de

desenvolvimento e abre caminho para novas investigações na área.

METODOLOGIA

“A Metodologia é um instrumento que colabora no desenvolvimento de tarefas

para chegar-se ao objetivo traçado, auxiliando na resolução do problema. Desta

maneira trata-se do conjunto e a ordenação de procedimentos para a realização

de um dado objetivo, assim como o estudo e a análise desses métodos” (PEÓN,

2000).

Conforme Forcellini (2003 apud SILVEIRA, 2007), metodologias aplicação de metodologias ou

procedimentos de desenvolvimento integrado do produto ou de engenharia simultânea

apresentam consideráveis vantagens nos aspectos de redução de tempo de desenvolvimento do

produto, redução de modificações do projeto e aumento da qualidade sob os mais diversos

aspectos.

Desta forma, buscando a organização dos procedimentos do presente trabalho, segue a

metodologia a ser aplicada, a qual fundamenta-se na utilizada por Péon em seu Sistema de

Identidade Visual (2000) e na utilizada por Silveira (2007) baseada no Desenvolvimento Integrado

de Produto (DIP). Seguem as etapas metodológicas:

a) Projeto informacional

b) Projeto Conceitual

c) Projeto Preliminar

d) Projeto detalhado

POLUIÇÃO E RESÍDUOS NA INDÚSTRIA GRÁFICA

Poluição consiste na degradação ambiental causada por fatores prejudiciais, que por sua vez

chamam-se poluentes e são causados por ações humanas não sustentáveis

A indústria gráfica é muito diversificada, pois atende a todos os setores da

economia incluindo serviços públicos, serviços financeiros, publicitários, editoriais,

prestadores de serviços e a indústria de manufatura como um todo. Para atender


a demandas tão diferenciadas possui diferentes processos de produção e presta

serviços para campos específicos. (GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA

GRÁFICA, 2003)

Cada fase desta a depender de suas características e do processo de impressão possui diversos

tipos de matéria-prima e insumos, subdividos em quatro grandes grupos pelo critério de relevância

de seus respectivos aspectos ambientais: Efluentes líquidos, resíduos sólidos, emissões

atmosféricas e outros.

Através pesquisa de campo, visita técnica e briefing em quatro gráficas especializadas em

sinalização e comunicação visual, localizadas na Grande Salvador (e Lauro de Freitas) pode-se

ter um panorama das matérias primas utilizadas e das proporções descartadas.

Focou-se nesta tipologia de empresas gráficas de comunicação visual, pois no ramo de

impressão, são as que produzem os maiores formatos, consideráveis tiragens e utilizam, devido a

necessidade do próprio setor, uma vasta diversidade de insumos e suportes.

.

Grande parte dos materiais resultantes da produção é descartada em lixo comum, sem

preocupação com estado do material, devido a isto muito do que foi coletado não pode ser

reaproveitado para o projeto do jogo.

Figura 1 - Resíduos da indústria gráfica coletados, poliestireno, adesivos, vasilhames


JOGOS EDUCATIVOS E FAIXA ETÁRIA

Jogo, brinquedo e lúdico são palavras que se diferenciam etimologicamente (dependendo da

língua). Em definição dos termos XIMENES (2000) diz, jogo é classificado como, "ação ou efeito

de jogar; brincadeira; passatempo", brinquedo é um "objeto com que brincam as crianças" e lúdico

é "relativo a, ou quem tem caráter de jogo ou divertimento. De acordo com a definição destes

termos, percebe-se que ambos comunicam a idéia de jogo/brinquedo educativo, sendo assim,

trataremos aqui os termos jogo e brinquedo como semelhantes.

Contudo para o desenvolvimento do jogo, mesmo que a abordagem seja lúdica, se faz necessária

a verificação de aspectos e estudos, tais como estágios do desenvolvimento do público infantil no

caso deste jogo educativo a intervalo foi de crianças a partir dos sete anos e a psicodinâmica das

cores. Isto para aproximar-se da linguagem adequada ao público, fazendo com que este possua

compreensão dos signos, cores, temáticas utilizadas no projeto.

CICLO DE VIDA DO PRODUTO

O ciclo de vida do produto consiste no percurso que o mesmo percorre desde a sua projetação até

o descarte. Conforme Silveira (2007, apud ROZENFELD, 2006) a representação gráfica histórica

do produto, delineando os estágios percorridos pelo produto, desde os primeiros esforços para

realizar o produto até o final do suporte pós-venda, ou seja, quando é se conclui qualquer espécie

de compromisso da empresa em relação ao suporte do produto, podendo este ciclo ser

representado por um espiral simplificada no quadro que segue:

ETAPA DO CICLO DE VIDA USUÁRIOS PRINCIPAIS

Usuários Internos (fabricantes e pessoas envolvidas no projeto e produção)

Projeto, fabricação e construção Designer

Artífice

Usuários Intermediários (responsável por compra, venda, marketing, distribuição)

Venda e aquisição Lojas de jogos e produtos infantis/

escolas

Usuários Externos (responsáveis pelo uso,

compra, manutenção e retirada do mercado)

Utilização, manutenção e descarte Pais, professores e crianças

Quadro 1 - Ciclo de vida e usuários do Jogo


ESPECIFICAÇÕES

As especificações são itens que o projeto tem que ter para conseguir atingir as necessidades e

refletem as características que o projeto deve possuir e são de caráter evolucionário, ou seja,

podem sofre as alterações em qualquer etapa do projeto, até mesmo depois de concluído

(SILVEIRA, 2007). Seguem algumas das especificações determinadas após terem sido verificados

o ciclo de vida do produto, requisitos e restrições projetuais:

− O jogo deve possuir um plano onde as crianças façam um percurso com objetivo de chegada;

− Não deve ultrapassar os 50 cm para não dificultar o transporte.

− Deve ser esteticamente agradável e atraente para a criança.

− A presença das cores amarelo, verde, azul, vermelho, reforçam a necessidade de fazer parte

do jogo, pois significam a reciclagem de metal, vidro, papel e plástico, respectivamente.

− As figuras devem possuir formas simples, orgânicas e circulares, sem detalhes,

assemelhando-se às garatujas, desenhos infantis.

Posteriormente foi realizada uma análise de similares, através da qual buscam-se as carências

(BISPO et AL, 2003) e oportunidades mercadológicas dos semelhantes à proposta projetual. Os

critérios estão relacionados ao atendimento dos objetivos do projeto: público alvo, significado

simbólico (semiótica), linguagem, forma.

Para o desenvolvimento do projeto, foi necessária a seleção de materiais utilizando critério da

disponibilidade de material, seguindo a lógica de que o material mais descartado na natureza

durante a coleta, seria o foco do reaproveitamento. Seguindo ainda requisito de material que não

agredisse o utilizador, não sendo químico ou que causasse intoxicação.

Devido a isto foram pré-selecionados matérias sólidos Poliestireno e PVC, lona e vinil. Dentre

estes, através do cálculo aproximado da área, constatou-se que os resíduos formados por PVC e

poliestireno foram os mais, sendo então selecionados para ser a matéria prima do jogo.

GERAÇÃO E SELEÇÃO DE SOLUÇÕES DE LAYOUT, PROGRAMAÇÃO VISUAL E

CONSTRUÇÃO DO JOGO

Mediante todo o estudo feito nas etapas anteriores, forma geradas as alternativas projetuais e a

programação visual das mesmas considerando os critérios também já mencionados para

solucionar a problemática proposta e as necessidades dos usuários envolvidos e foco no conceito

de jogo que seja ferramenta de transmissão de valores ambientais, de preservação do planeta, de

sustentabilidade e também de diversão.


Foi também realizada uma pesquisa imagética focada no conceito com a finalidade de saber como

os livros infantis e os demais meios de comunicação, como a internet, tratam da linguagem entre

mídias e a criança, além de investigação no universo dos ícones, já que são representações que

alcançam a simplicidade da forma desejada no jogo.

Várias alternativas foram geradas no processo, porém três foram selecionadas para a escolha

final, das quais seguem exemplos de rafs.

Uma vez determinado o layout,seguindo as etapas metodológicas, passou-se para o processo

produtivo.

A construção do protótipo passou pelas seguintes etapas:

− Desenho à mão;

− Digitalização;

− Impressão em módulos para montagem em tamanho real;

Figura 2 – Exemplo de raf realizado no processo criativo

Figura 3 – Construção do Protótipo


− Marcação no suporte;

− Corte com serra tico tico e serra - copo (PVC) e estilete (poliestireno);

− Acabamento com lixa;

− Pintura com tinta spray para materiais plásticos;

− Montagem.

VALIDAÇÃO

Assim como em diversos projetos de Design, sinalização, identidade visual, um site a validação é

importante, não ocorre diferente com a projetação de um jogo. É o momento que o público-alvo

entra em contato com o projeto para serem feitos testes de utilização e saber se o resultado

atende realmente aos requisitos, necessidades de compreensão do público e resolve a

problemática inicial, tratando-se de uma ferramenta de pretensões educativas este aspecto é de

grande importância. Foram feitos registros fotográficos e áudio visuais deste processo.

CONCLUSÃO

Através do desenvolvimento deste jogo educativo com resíduos coletados na indústria gráfica,

provou-se que é possível com o Design Gráfico criar soluções para problemas latentes e

presentes no quotidiano humano, dentre inúmeros, o descarte de lixo. Tem-se consciência que

esta é apenas uma das diversas medidas que podem ser tomadas na tentativa da redução da

emissão de lixo no meio ambiente, contudo já é um passo.

Figura 4 – Validação do Jogo com o usuário


O projeto provou que os resíduos da indústria gráfica, sendo selecionados e acompanhados de

uma coleta seletiva, podem retornar à sociedade sendo útil de uma forma inovadora, criativa,

sustentável, educativa, lúdica.

Este projeto é o ponto de partida de uma iniciativa que pode ser continuada, pode ser

aperfeiçoada e aprofundada em vários outros aspectos do Design Gráfico, gerando novos estudos

e aprimoramentos, sendo uma contribuição ao âmbito científico no que abre novas possibilidades.

Podendo também abrir portas para aproveitamento mercadológico da solução.

Desta forma, o objetivo de desenvolver um projeto de jogo educativo utilizando resíduos da

indústria gráfica como forma de reduzir a emissão de materiais na natureza por parte deste setor,

de forma que fosse acessível ao universo infantil, este objetivo foi alcançado.

REFERÊNCIAS

ABIGRAF. Fórum Ambiental traz soluções para a indústria gráfica no 14º Congraf. Disponível

em: http://www.abigraf.org.br/index.php?option

=com_content&task=view&id=3936&Itemid=43. Acessado em: nov. 2008.

ALMEIDA, Fernando. Os Desafios da Sustentabilidade – Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

ALMEIDA. Maurício Robbe de. Definição de Materiais no Design de Produto. Manaus: UFAM,

2007.

ARAGUAIA. Mariana. Poluição. Brasil Escola. Disponível em:

<http://www.brasilescola.com/biologia/poluicao.htm>. Acesso em: 11 abr. 2009, 13:00.

BRANCO. Samuel Murgel. O Meio Ambiente em Debate. 26. Ed. São Paulo: Moderna, 1997.

BRAUN, Jan Raphael Reuter; GOMEZ, Luiz Salomão Ribas. Ecodesign como estratégia de

valorização e Divulgação de entidades ambientais: a atuação do Setor gráfico. Ensus, 2007.

CONGRAF- 14º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. 200 anos da indústria gráfica

brasileira, olhar o passado, projetar o futuro. Disponível em:

<https://www.congraf.org.br/index.php>

FIKSEL, Joseph. Design for environment: creating eco-efficient products and processes,

1996.


GASPAR; Luciano Pereira. Uma modelagem de ambiente virtual para a construção de apoio

avaliativo cognitivo de acuidade visual para crianças portadoras de necessidades

especiais. Salvador: UCSAL, 2004.

GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA GRÁFICA. São Paulo, 2003.

GUIMARÃES. Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística, e cultural

da simbologia das cores. São Paulo: Annablume, 2001.

LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa, Meio Ambiente e Competitividade. São Paulo:

Prentice Hall, 2003.

LIMA, Marco Antônio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para Designers. Rio

de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2006

LUTZ, João. Perspectivas Tecnológicas e Sustentabilidade Ecológica. In: BARBARÁ, S.;

FREITAS, S. (Org.). Design — Gestão, Métodos, Projetos, Processos. Rio de Janeiro: Editora

Ciência Moderna, 2007.

MANZINI, Ezio; Carlo Vezzoli. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis. São Paulo:

Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

PEÓN, Maria Luíza. Sistema de Identidade Visual. Rio de Janeiro: 2AB 2000.

PÓSDESIGN. Universidade do Estado da Bahia. Psicodinâmica das cores. Disponível em:

<http://www.posdesign.com.br/artigos/apostilas_curso/Psicodinamica%20das%20cores.pdf> .

Salvador, 2005. Acessado em: 30 jan. 2009.

SILVEIRA, Carina Santos. Uma proposta de tecnologia embarcada na interação domiciliar.

Salvador: UFBA, 2007.

SOUZA, Paulo. Design Socialmente Responsável – Material de Aula. Salvador: Faculdades

Jorge Amado, 2004.


TEIXEIRA, M.; CÉSAR, S. Ecologia industrial e eco-design: requisitos para a determinação

de materiais ecologicamente corretos. In: Revista Design em Foco, v. II n.1, jan/jun 2005.

Salvador: EDUNEB, 2005, p. 51-60.

TRIGUEIRO, André (Coordenação). MEIO AMBIENTE NO SÉCULO 21: 21 especialistas falam

das questões ambientais nas áreas de conhecimento 3. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Lixo no Brasil. Disponível em:

<http://www.ufv.br/Pcd/Reciclar/lixo_brasil.htm> Acessado em: Nov 2008.

VALLE, Luís Fernando. Design Sustentável. Blog Raízes. Disponível em:

<http://www.blograizes.com.br/design-sustentavel.html> Acessado em: Nov 2008.

WEISZFLOG, W. (Edit.). Michaelis. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo:

Melhoramentos, 2007.

XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2ed. São Paulo: Ediouro,

2000.

ZATZ, Silvia; ZATZ, André; HALABAN, Sérgio. Brinca comigo: tudo sobre brincar e os

brinquedos. São Paulo: Marco Zero, 2006.

Documents

Design com Sustentabilidade - Indústria Gráfica