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Diagnóstico da saúde da população masculina A cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são homens. A cada 5 pessoas que morrem de 20 a 30 anos, 4 são homens De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, os homens correspondem por quase 60% das mortes no país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo masculino – 57,8% do total. Assim, a cada três pessoas que morrem, duas são homens, aproximadamente. A principal causa de mortes dos homens (veja tabela) foram as Doenças Isquêmicas do Coração, entre elas o infarto agudo do miocárdio. Ao todo, 49.128 homens faleceram por esse motivo. As doenças cerebrovasculares foram a segunda causa de morte para os homens, com 45.180 óbitos. Na sequência, estão os homicídios – 43.665. O padrão de ocorrência de mais mortes de homens do que de mulheres repete-se em todas as regiões. Taxa padronizada de mortalidade (por 100 mil hab.) no sexo masculino, segundo principais causas específicas, Brasil, 1980, 1985, 1990, 1995, 2000 e 2005 198 0 198 5 199 0 199 5 200 0 200 5 variaçã o % Doença isquêmica do coração 73, 1 71, 5 65, 2 61, 5 54, 3 54, 7 -25,2 Doença cerebrovascular 76, 2 74, 7 68, 6 64, 9 51, 6 50, 3 -34,0 Homicídios 23, 4 29, 3 41, 7 44, 1 48, 6 47, 2 101,4 Outras doenças cardíacas 59, 4 53, 3 48, 9 48, 6 35, 9 34, 2 -42,5 Acidentes de transporte 29, 7 32, 1 33, 2 35, 4 28, 4 32, 7 9,8 Pneumonia 31, 8 29, 1 29, 1 28, 8 23, 4 23, 4 -26,6 Outras violências 41, 6 43, 7 33, 9 33, 3 28, 9 22, 8 -45,3

Diagnóstico da saúde da população masculina  · Web viewLocalização Primária da Neoplasia Maligna Nº de casos Pele Não Melanoma. Próstata. Traquéia, Brônquio e ... e

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Diagnóstico da saúde da população masculina

A cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são homens. A cada 5 pessoas que morrem de 20 a 30 anos, 4 são homens

De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, os homens correspondem por quase 60% das mortes no país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo masculino – 57,8% do total. Assim, a cada três pessoas que morrem, duas são homens, aproximadamente. A principal causa de mortes dos homens (veja tabela) foram as Doenças Isquêmicas do Coração, entre elas o infarto agudo do miocárdio. Ao todo, 49.128 homens faleceram por esse motivo. As doenças cerebrovasculares foram a segunda causa de morte para os homens, com 45.180 óbitos. Na sequência, estão os homicídios – 43.665. O padrão de ocorrência de mais mortes de homens do que de mulheres repete-se em todas as regiões.

Taxa padronizada de mortalidade (por 100 mil hab.) no sexo masculino, segundo principais causas específicas, Brasil, 1980, 1985, 1990, 1995, 2000 e 2005

  1980 1985 1990 1995 2000 2005variação %

Doença isquêmica do coração 73,1 71,5 65,2 61,5 54,3 54,7 -25,2Doença cerebrovascular 76,2 74,7 68,6 64,9 51,6 50,3 -34,0Homicídios 23,4 29,3 41,7 44,1 48,6 47,2 101,4Outras doenças cardíacas 59,4 53,3 48,9 48,6 35,9 34,2 -42,5Acidentes de transporte 29,7 32,1 33,2 35,4 28,4 32,7 9,8Pneumonia 31,8 29,1 29,1 28,8 23,4 23,4 -26,6Outras violências 41,6 43,7 33,9 33,3 28,9 22,8 -45,3Doenç crônica fígado/cirrose 15,7 15,8 15,4 16,7 19,1 19,5 24,1Diabetes mellitus 9,6 10,4 12,2 14,7 17,8 19,5 103,6Doença hipertensiva 14,1 14,0 12,4 12,6 13,2 17,6 24,9Neopl traquéia, brônquios e pulmão 10,9 11,7 12,3 13,4 12,1 13,4 22,3Neoplasia da próstata 5,9 6,1 6,9 8,9 9,0 11,4 95,1Neoplasia do estômago 13,2 11,8 10,6 10,3 8,6 9,0 -31,5Outras doenç aparel circulatório 13,3 9,9 9,4 9,1 8,0 8,1 -38,8Doença por HIV - - - 15,6 9,0 8,1 -48,1Deficiências nutricionais 8,8 7,9 5,4 4,3 7,3 7,5 -14,5Suicídios 5,3 5,5 5,5 7,3 6,4 7,4 39,0Septicemia 4,8 5,9 6,1 6,8 6,5 7,1 46,6Neoplasia do esôfago 5,6 5,1 5,0 5,2 5,0 5,6 0,4Neoplasia do cólon,reto e ânus 3,6 3,3 3,5 4,1 4,3 5,4 50,6Quedas acidentais 2,7 2,7 4,7 5,5 3,6 5,3 95,0Tuberculose respiratória 8,9 5,8 5,2 5,6 4,3 3,4 -61,4

Neoplasia do pâncreas 2,4 2,4 2,6 2,8 2,7 3,2 31,6Leucemia 2,9 2,9 2,7 2,8 2,9 3,2 11,4Doença de chagas 8,2 7,0 5,9 4,8 3,6 3,2 -61,1Doenças infecc. intestinais 27,8 16,7 11,4 7,8 3,8 3,2 -88,6Neoplasia da laringe 2,9 2,9 2,7 3,1 2,6 3,1 7,3Úlcera do estômago e do duodeno 3,7 3,1 2,9 2,9 2,2 2,1 -43,0Hepatite por vírus 0,9 0,8 0,6 0,7 1,1 1,6 76,0Febre reumát./doenç reumát coração 1,5 1,1 1,0 0,9 1,0 0,9 -41,4Acidentes por fogo e chama 1,2 1,1 1,0 1,0 0,8 0,6 -51,3Gripe 0,4 0,2 0,3 0,1 0,1 0,1 -63,8Tétano 0,9 0,8 0,5 0,4 0,2 0,1 -87,7Sarampo 2,0 0,7 0,3 0,0 0,0 0,0 -100,0Fonte: SVS/MS Homens vivem 7,6 anos menos que as mulheresDados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92 anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres.  Esperança de vida ao nascerSexo 1991 2007Ambos os sexos 67,00 72,57Homens 63,20 38,82Mulheres 70,90 76,44Fonte: IBGE 

Mortes por uso do álcool concentram-se no sexo masculino

A publicação Saúde Brasil 2007 revela que o número de óbitos que tiveram causa básica as doenças plenamente relacionadas com álcool (como acidente de trânsito, quedas, afogamentos, etc.) entre 2000 e 2006 concentrou-se no sexo masculino. Dos 92.919 óbitos registrados, 82.834 (89,1%) foram de homens e 10.085 (10,9%) foram de mulheres.Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID, 2006), a prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, enquanto 6,9% das mulheres apresentam dependência. Para cada seis pessoas do sexo masculino que faz uso de álcool, uma fica dependente. Entre as mulheres, está proporção é de um dependente a cada 10 usuários.

Óbitos com causa básica plenamente relacionada ao álcool e óbitos com causa básica e/ou associada plenamente relacionada ao álcool no Brasil, no período 2000-2006, segundo sexo ANO MASCULINO FEMININO

Total deóbitos

% de óbito com causa básica plenamente relacionada ao álcool

% de óbito com causa básica ou associadaPlenamente relacionada ao álcool

Total deóbitos

% de óbitocom causabásicaplenamenterelacionadaao álcool

% de óbitocom causabásica ouassociadaplenamenterelacionadaao álcool

2000 552.127 1,9 3,0 393.606 0,3 0,52001 561.166 1,9 3,0 399.576 0,3 0,52002 571.402 2,0 3,1 410.737 0,3 0,52003 582.810 2,0 3,1 418.714 0,3 0,52004 593.750 2,1 3,3 429.625 0,3 0,62005 582.311 2,3 3,6 424.064 0,4 0,62006 576.380 2,3 3,6 425.663 0,4 0,6Total 4.019.946 2,1 3,2 2.901.985 0,3 0,5Fonte: SIM/SVS/MS.De acordo com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2007), 52% dos brasileiros acima de 18 anos bebem, pelo menos, 1 vez ao ano. Destes, 65% são homens e 41% são mulheres. Do conjunto dos homens adultos, 11% bebem todos os dias e 28% consomem bebida alcoólica de 1 a 4 vezes por semana. (Tabela 3) Primeiro Levantamento Nacional sobre Padrão de Consumo de Álcool na População Brasileira 

 Fonte: Primeiro  Levantamento Nacional sobre Padrão de Consumo de Álcool na População Brasileira – UNIFESP/SENAD (2007) Distribuição dos óbitos com causa básica plenamente relacionada ao uso de álcool no período 2000-2006, segundo Unidade da Federação e sexo UF Masculino Feminino  

N % N %AC 164 95,3 8 4,7AL 898 89,9 101 10,1AM 548 97,2 15 2,7AP 68 93,2 5 6,8BA 3.940 85,6 662 14,4CE 4.087 91,1 394 8,8DF 1.354 91,2 129 8,7ES 1.952 85,2 338 14,8GO 2.652 86,2 424 13,8MA 1.090 89,9 122 10,1MG 10.329 84,1 1.946 15,9MS 1.116 88,6 143 11,4MT 1.110 89,7 126 10,2PA 685 92,1 58 7,8PB 1.163 89,6 134 10,3PE 5.199 90,3 557 9,7PI 806 89,4 95 10,5PR 6.407 88,7 819 11,3RJ 5.554 89,7 636 10,3RN 1.200 91,1 117 8,9RO 251 94,0 15 5,6RR 54 88,5 7 11,5RS 6.277 90,5 660 9,5SC 2.219 91,7 199 8,2SE 1.132 89,1 139 10,9SP 22.242 91,1 2.177 8,9TO 337 85,1 59 14,9Brasil 82.834 89,1 10.085 10,9Fonte: SIM/SVS/MS. 

Câncer de próstata está entre os mais freqüentes

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de que 49.530 homens tenham câncer de próstata em 2009. Esse número representa 52,43 casos da doença a cada 100 mil homens. Assim o câncer de próstata está entre os mais frequentes, só superado pelo câncer de pele não-melanoma. Ainda de acordo com o Inca, a taxa de mortalidade por câncer de próstata passou de 6,31 para 13,93 de 1979 para 2006, um aumento de 120% (veja tabela abaixo).

Taxas de mortalidade por câncer de Próstata, brutas e ajustadas por idade, pelas populações mundial e brasileira, por 100.000 homens, Brasil, entre 1979 e 2006.

                           Incidência projetada para 2008 e 2009 dos tumores malignos Localização Primária da Neoplasia Maligna

Nº de casos

Pele Não MelanomaPróstataTraquéia, Brônquio e Pulmão EstômagoCólon e RetoCavidade OralEsôfagoLeucemiasPele MelanomaFonte: INCA- Incidência do Câncer no Brasil, Estimativa 2008 e 2009Outras localizações

55.89049.53017.81014.08012.49010.3807.9005.2202.95055.610

Fonte: INCA- Incedência do Câncer no Brasil, Estimativa 2008 e 2009  Taxas de mortalidade por câncer de Próstata, brutas e ajustadas por idade, pelas populações mundial e brasileira, por 100.000 homens, Brasil, entre 1979 e 2006. ANO TAXA PADRÃO ANO TAXA PADRÃO1979 6,31 1993 8,691980 6,63 1994 9,711981 6,93 1995 10,081982 6,71 1996 9,741983 6,9 1997 10,591984 7,01 1998 11,281985 6,98 1999 11,31986 6,97 2000 10,181987 7,13 2001 10,81988 7,36 2002 11,161989 7,62 2003 11,831990 7,82 2004 12,521991 7,87 2005 13,061992 7,97 2006 13,93Fonte: Inca

 

Homens são 52,9% dos internados

Em 2006, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 7.685.155 de internações na faixa de 15 a 59 anos de idade. Excluídas as informações ignoradas, as causas por gravidez, parto e puerpério, o universo masculino representou 52,9% (2,7 milhões) das internações, nesse intervalo de idade. As diferentes manifestações de violência e os transtornos mentais foram as principais causas de internação masculina nessa faixa etária.

Ranking das causas de internação no SUS, na faixa etária de 15 a 59 anos, segundo sexo, Brasil 2006Internação de 15 a 59 anos

Masculino Feminino Total

Causas externas de morbidade e mortalidade

408.441 133.083 541.524

Lesões – causas externas

398.638 124.851 523.489

Transtornos mentais e comportamentais

369.901 190.273 560.174

Doenças do aparelho 301.663 292.665 594.328

digestivoDoenças do aparelho circulatório

246.157 257.342 503.499

Doenças do aparelho respiratório

199.924 202.334 402.258

Algumas doenças parasitárias e infecciosas

183.772 178.544 362.316

Neoplasias (tumores) 119.430 252.669 372.099Doenças do aparelho geniturinário

114.142 415.553 529.695

Doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo

103.244 71.598 174.842

Doenças do sistema nervoso

66.370 54.932 121.302

Contatos com serviços de saúde

54.109 72.506 126.615

Doenças da pele e do tecido subcutâneo

49.874 33.799 83.673

Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

49.421 62.099 111.520

Sint sinais e achada norm de exames clínicos e laboratoriais

34.472 50.086 84.558

Doenças do olho e anexos

15.837 14.685 30.522

Doenças do sangue 13.334 22.863 36.197Malformação congênita, deformidades e anomalias cromossômicas

11.198 13.530 24.728

Doenças do ouvido e da apófise mastóide

3.272 4.042 7.314

Algumas afecções originárias no período perinatal

164 776 940

Gravidez parto e puerpério

- 2.493.562 2.493.562

Total 2.743.363 4.941.792 7.685.155 

82% das mortes por acidente de trânsito são de homens

No Brasil, os Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) ocupam a segunda posição entre as mortes por causas externas, sendo ultrapassados apenas pelos homicídios. Com relação às mortes causadas pelo trânsito, o país apresentou, em 2006, valores em números absolutos muito elevados de óbitos por acidente de transporte terrestre. Foram 35.155 óbitos causados por ATT. Esses óbitos foram concentrados no seguinte perfil: homens (82%), adultos jovens (de 20 a 59 anos), residentes nos municípios de pequeno porte populacional. O risco de morte é mais acentuado para atropelamentos, entre idosos; para ocupantes de veículos, no grupo de 20 a 59 anos; e para motociclistas, no grupo de 20 a 29 anos.No que diz respeito às internações por acidente de transporte terrestre (ATT), os piores dados também estão entre os homens. Em 2006, foram realizadas 11.721.412 internações nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, sendo 822.412 (7%) por causas externas. Dessas, 123.100 (15%) foram devido a ATT. Dos pacientes hospitalizados por ATT, 94.400 (76,7%) eram homens e 28.700 (23,3%) eram mulheres. Esses eventos foram concentrados na região Sudeste e em municípios das regiões metropolitanas.

Peso recai sobre a mulher no planejamento familiar

Dados revelam que o peso continua recaindo sobre a mulher na hora de fazer o planejamento familiar. Em números totais, as brasileiras ainda realizam o dobro de cirurgias de esterilização em comparação aos brasileiros. Para se ter ideia, o número de laqueaduras saltou de 58.397 para 61.747 em todo o país no de 2007 para 2008.No mesmo período, o número de vasectomias caiu de 37.245 para 34.617. Além disso, embora o Ministério da Saúde tenha aumentado no ano passado de R$ 28,00 para R$ 113,18 o valor pago para que as vasectomias fossem realizadas nos ambulatórios, 69,57% dos procedimentos, em média, ainda são realizados por meio da internação (veja quadro). No entanto, a internação deveria ser utilizada para casos mais graves. A vasectomia torna-se, assim, um procedimento secundário no Brasil, o que prejudica a política de planejamento familiar.

VASECTOMIAS  VASECTOMIASAno Ambulatorial Internação Total2007 13.431 23.814 37.2452008 8.434 26.183 34.617Fonte: SUS/MS

Obesidade é mais presente entre as mulheres

Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que a obesidade aumentou nos brasileiros. Atualmente, 13% dos adultos são obesos, sendo o índice maior entre as mulheres (13,6%) do que entre os homens (12,4%). Em 2006, quando foi apresentada a

primeira edição do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (VIGITEL), 11,4% dos brasileiros eram obesos. Em 2007, esse índice subiu para 12,9% (tabela 1).  Variações no percentual de mulheres e homens expostos a fatores de riscoVariáveis 2006 2007 2008  % % %Obesidade (mulheres) 

11,5 12 13,6

Obesidade (homens) 

11,3 13,7 12,4

 Percentual de indivíduos com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2), por sexo, segundo idade e anos de escolaridadeVariáveis Total Masculino Feminino  % % %Idade (anos)             18 a 24  4,2  4,9  3,525 a 34 11,9 11,9 11,835 a 44 15,0 15,9 14,145 a 54 19,3 18,0 20,555 a 64 19,9 15,8 23,765 e mais 16,5 11,2 20,5       Anos de escolaridade              0 a 8 15,0 12,3 18,0 9 a 11 10,6 11,8  9,512 e mais 10,9 13,4  8,5Total 13,0 12,4 13,6Fonte: Vigitel Brasil 2008. 

Índice de fumantes é maior no sexo masculino

A tendência é de forte queda para o consumo de tabaco em todas as faixas etárias. Em 1989, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, 35% da população adulta no Brasil eram fumantes.  De acordo com o Vigitel, em 2008, esse índice caiu para 15,2%, sendo maior no sexo masculino (19,1%) do que no sexo feminino (11,9%).  

Tabela 1 - Percentual de adultos (≥ 18 anos) fumantes, por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal*. VIGITEL, 2008.Capitais / DF Total Masculino Feminino  % % %Aracaju 11,9 16,6  8,1Belém 13,5 19,4  8,4Belo Horizonte 19,3 22,5 16,5Boa Vista 17,4 23,5 11,4Campo Grande 19,0 23,5 14,9Cuiabá 13,6 16,8 10,7Curitiba 18,2 21,3 15,4Florianópolis 17,6 20,1 15,4Fortaleza 11,8 17,3  7,3Goiânia 14,1 17,1 11,4João Pessoa 12,2 19,2  6,4Macapá 16,0 24,7  7,7Maceió    9,8 13,5  6,7Manaus 13,4 20,5  6,8Natal 12,5 14,8 10,6Palmas 13,2 19,7  6,6Porto Alegre 19,5 21,8 17,5Porto Velho 17,9 22,0 13,9Recife 10,4 11,9  9,3Rio Branco 18,1 18,7 17,5Rio de Janeiro 16,6 19,0 14,6Salvador 10,0 12,5  8,0São Luís 10,1 17,0  4,4São Paulo 21,0 27,7 15,1Teresina 12,6 18,1    8,1Vitória 13,1 14,0 12,3Distrito Federal 15,8 17,4 14,3* Percentual ponderado para ajustar a distribuição sócio-demográfica da amostra VIGITEL à distribuição da população adulta da cidade no Censo Demográfico de 2000 (ver Aspectos Metodológicos).VIGITEL: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.IC95%: Intervalo de Confiança de 95%. Sedentarismo é mais frequente em homens

De acordo com o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (VIGITEL), os sedentários são 26,3% dos brasileiros, maior entre os homens (29,5%) do que entre as mulheres (23,5%). Na faixa a partir dos 65 anos de idade, ele ultrapassa os 50% (tabela).Na pesquisa, a condição de sedentário foi atribuída àqueles que não praticaram qualquer atividade física nos últimos três meses; não realizavam esforço físico intenso no trabalho, não se deslocavam para o trabalho a pé ou de bicicleta; e não eram responsáveis pela limpeza pesada da casa. São os chamados “quatro domínios” da atividade física.  SEDENTARISMOPercentual de indivíduos fisicamente inativos por sexo, segundo idadeVariáveis Total Masculino FemininoIdade (anos) % % %18 a 24 26,2 26,0 26,325 a 34 21,4 26,7 16,635 a 44 21,7 28,1 16,245 a 54 24,3 29,8 19,555 a 64 31,8 34,1 30,065 e mais 52,6 51,7 53,2  

SEDENTARISMO: Percentual de indivíduos fisicamente inativos no conjunto da população

    SexoCapitais / DF Total Masculino Feminino  % % %Aracaju 29,3 29,7 28,9Belém 28,6 29,4 27,9Belo Horizonte 28,4 33,8 23,8Boa Vista 20,6 21,9 19,4Campo Grande 23,9 27,0 21,1Cuiabá 26,9 30,0 24,1Curitiba 26,2 28,5 24,2Florianópolis 27,3 30,2 24,7Fortaleza 27,5 32,8 23,1Goiânia 22,9 26,0 20,1João Pessoa 31,1 32,3 30,1Macapá 23,0 20,0 25,9Maceió 30,2 33,9 27,2Manaus 24,2 23,6 24,7Natal 32,3 34,8 30,2Palmas 18,7 20,4 16,9Porto Alegre 27,1 30,1 24,6Porto Velho 23,9 24,9 23,0Recife 32,0 31,5 32,4Rio Branco 27,2 35,0 20,0Rio de Janeiro 26,2 29,0 23,9Salvador 24,6 27,3 22,3São Luís 29,0 29,7 28,4São Paulo 25,6 29,5 22,2Teresina 25,2 26,3 24,2Vitória 29,1 32,1 26,6Distrito Federal 24,4 27,2 21,8

 Fonte: Vigitel Brasil 2008. Segundo o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (VIGITEL), 20,3% dos homens declararam ter hipertensão arterial diagnosticada por médico. Entre as mulheres, esse índice foi de 25,5%. O levantamento ouviu 21.435 homens e 32.918 mulheres.O VIGITEL mostrou também que 5,2% dos entrevistados declararam ter diagnóstico médico prévio de diabetes. Assim como na hipertensão arterial, as mulheres procuram mais pelo diagnóstico do que os homens. Enquanto 4,6% das pessoas do sexo masculino afirmam ter o diagnóstico da doença, entre as mulheres o percentual foi de 5,6%.  

HIPERTENSÃO ARTERIAL  Percentual de pessoas que declararam ter hipertensão arterial diagnosticada por médico – média brasileira e por sexo.  2006 2007 2008Masculino 18,4 20,3 20,3Feminino 24,4 25,1 25,5Brasil 21,6 22,9 23,1  Dados por capital e sexo - hipertensão arterial diagnosticada por médico.Capitais / DF Total Masculino Feminino  % % %Aracaju 22,0 17,0 26,2Belém 17,2 16,4 18,0Belo Horizonte 24,5 20,1 28,2Boa Vista 18,9 18,8 18,9Campo Grande 24,4 23,9 24,8Cuiabá 22,2 19,3 24,8Curitiba 21,2 17,4 24,6Florianópolis 21,7 19,6 23,6Fortaleza 20,6 18,5 22,3Goiânia 18,9 18,4 19,4João Pessoa 24,2 22,5 25,7Macapá 17,4 12,7 21,8Maceió 21,6 19,5 23,5Manaus 16,4 13,1 19,4Natal 24,6 20,7 27,8Palmas 14,8 15,5 14,2Porto Alegre 26,2 22,3 29,3Porto Velho 19,6 17,4 21,7Recife 26,5 21,4 30,6Rio Branco 22,4 17,8 26,6Rio de Janeiro 29,6 23,4 34,7Salvador 23,7 21,2 25,7São Luís 16,6 12,5 19,9São Paulo 26,3 25,1 27,4

Teresina 19,8 16,7 22,4Vitória 23,4 23,0 23,8Distrito Federal 20,4 19,1 21,6  

DIABETES  Percentual de pessoas que declararam ter diagnóstico médico de diabetes, por sexo, de acordo com a capital e Distrito Federal.Capitais / DF Total Masculino Feminino  % % %Aracaju 5,8 4,9 6,5Belém 3,8 3,8 3,8Belo Horizonte 5,0 4,4 5,6Boa Vista 3,3 2,5 4,2Campo Grande 6,1 4,9 7,1Cuiabá 4,1 4,1 4,0Curitiba 4,4 4,6 4,3Florianópolis 4,6 3,7 5,4Fortaleza 5,3 4,6 5,8Goiânia 3,6 3,7 3,6João Pessoa 5,3 4,6 5,9Macapá 4,2 4,7 3,7Maceió 5,0 4,7 5,2Manaus 4,3 5,4 3,3Natal 6,7 6,6 6,8Palmas 2,4 2,4 2,5Porto Alegre 6,4 6,8 6,1Porto Velho 4,7 3,9 5,5Recife 5,2 5,0 5,4Rio Branco 4,4 4,1 4,7Rio de Janeiro 6,7 5,1 8,0Salvador 4,7 4,3 5,1São Luís 3,2 2,5 3,7São Paulo 6,5 5,9 7,1Teresina 4,8 4,2 5,3Vitória 4,3 3,9 4,7Distrito Federal 4,4 4,5 4,3 

DST atinge 10,3 milhões de brasileirosCerca de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis – 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. O mais grave é que 18% deles e 11,4% delas não procuraram nenhum tipo de tratamento. Os problemas causados pelas DST podem aumentar em 18 vezes o risco de infecção pelo HIV, que é uma doença ainda sem cura. Os dados inéditos fazem parte da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (PCAP – DST, 2008).

Dados completos em:http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISE77B47C8ITEMID28B732FCC66A405DB0EC2B5196749B27PTBRIE.htm.

Fonte da notícia:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=10491