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DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA  ESTRANGEIRA  MODERNA    P ARTE I (37~57) Dimensão Histórica Fundamentos Teórico-Metodológicos Objeto de Estudo

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna I - SLIDES COMPLETOS

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Diretrizes Curriculares de Lngua Estrangeira Moderna Parte I (37~57)Dimenso HistricaFundamentos Terico-MetodolgicosObjeto de Estudo

3 Ano de LetrasDocente: Raquel Gamero

Discentes:Amanda YamashitaGabriela K. de Souza Luciene A. SasakiDimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaO cenrio do Ensino de Lnguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currculo escolar sofreram constantes mudanas;Atender as expectativas e demandas sociais contemporneas;Ascenso e declnio do prestgio das lnguas estrangeiras nas escolas; Dimenso histrica das DCEs;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaEm 1759, institui-se o sistema de ensino rgio no Brasil;Grego e Latim, lnguas clssicas;D. Joo VI assina em 22 de junho de 1809, um decreto para a criao das cadeiras de ingls e Francs;1837: Fundao do Colgio Pedro II* O modelo de ensino de lnguas institudo por esse colgio se manteve at 1929;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaAbordagem pedaggica tradicional de razes europeias, tambm chamada de gramtica-traduo, adotada desde a educao jesutica com ensino dos idiomas clssicos Grego e Latim prevaleceu no ensino das Lnguas Modernas;* As atividades nessa abordagem pedaggica tratavam das regras gramaticais, traduo, verso e ditados, e o processo de avaliao tambm se preocupava com o conhecimento gramatical.

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira Moderna1916, na Europa publicao de Cours de linguistique gnrale de Ferdinand Saussure (1857-1913). Os estudos de Saussure forneceram elementos para a definio do objeto de estudo especfico da Lingustica: a lngua;Final do sculo XIX e incio do sculo XX;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaColnias de imigrantes; * Preservao das culturas;* Nas escolas de imigrantes, o currculo centrava-se no ensino da lngua e cultura dos ascendentes das crianas;Meados da dcada de 1910 at a dcada seguinte;Em 1917, governo federal fecha as escolas estrangeiras ou de imigrantes.

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaEm 1917, governo federal fecha as escolas estrangeiras ou de imigrantes. *E em 1918, o Governo Federal cria escolas primrias subvencionadas;Em 1920, Reforma Educacional de So Paulo.* Onda Nacionalista se estende durante o primeiro governo de Getlio Vargas e intensifica-se a partir do golpe de Estado, em 1937;Em 1930, Getlio Vargas cria o Ministrio de Educao e Sade e as Secretarias de Educao nos Estados;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaEm 1931, Reforma Francisco Campos.* Reforma constitui um marco de centralizao das decises educacionais no Governo Federal, atingindo todas as escolas do pas;* Esta Reforma se acentua aps o golpe de 1937;*A Reforma Francisco Campos estabeleceu pela primeira vez um mtodo oficial de ensino de Lngua Estrangeira: O mtodo direto;* Mtodo Direto X Mtodo Tradicional

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaO surgimento do mtodo direto foi a primeira tentativa de conceber a lngua como fenmeno particular, compartilhado com outros falantes;* Transmisso dos significados;* Gramtica;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira Moderna

Em 1939, durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil se posicionou contra a Alemanha no conflito;* Homogeneidade social brasileira* Como resultado dessa averso ao estrangeiro muitas escolas, principalmente de colnias alems, foram fechadas ou perderam sua autonomia;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaSolidificao das ideias nacionalistas ;* Reforma Capanema, 1942;* Curso secundrio: diviso em dois nveis: ginasial e colegial;* Diviso em duas modalidades: clssico e cientfico.

Estado Novo* Prestgio das lnguas estrangeiras foi mantido no ginsio.

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaResponsabilidade dos rumos educacionais passa a ser centralizada no Ministrio de Educao e Sade;* MEC em relao a disciplina de Lngua Estrangeira;* Valorizao da Lngua Espanhola como Lngua Estrangeira;* Mesmo com a valorizao do Espanhol no ensino secundrio, o ensino do ingls teve espao garantido nos currculos oficiais porque ser o idioma mais usado nas transaes comerciais, e o Francs foi mantido pela sua tradio curricular. Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaEm razo da dependncia econmica no Brasil em relao aos Estados Unidos, a necessidade de aprender ingls intensificou-se;* 1940: Anseio das populaes urbanas em falar ingls;* A presena da Lngua Francesa no sistema escolar, era por causa da influncia da Frana em nossa cultura e na cincia, mas a partir da dcada de 1920 foi ameaada pela vinda do cinema em outros idiomas; Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaDesde 1950 o sistema educacional se viu responsvel para a formao de seus alunos para o mundo do trabalho;* Diminuio da carga horria das Lnguas Estrangeiras;Em 1961, promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) n.4.024;

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaPautados na concepo do behaviorismo e procedentes de uma viso estruturalista os linguistas Leonardo Bloomfield (1887-1949), Charles Fries (1854-1940) e Robert Lado (1915-1995), entre outros, sistematizaram em 1942 os Mtodos Audiovisual e Audio-Oral que surgiram nos Estados Unidos por ocasio da Segunda Guerra Mundial, quando era necessrio formar rapidamente pessoas que falassem outras lnguas;* Fase mais sofisticada do ensino da Lngua Estrangeira. Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaEm 1960: A concepo estruturalista da lngua enfraqueceu-se diante de novos estudos cientficos;* Modelo de descrio lingustica postulado por Noam Chomsky (1965) A Gramtica Gerativa Transformacional.

Dimenso Histrica da Disciplina de Lngua Estrangeira ModernaChomsky discute relao entre lngua e fala, e prope a teoria inatista de aquisio de linguagem , a qual postula que o ser humano nasce com determinadas capacidades que sero desenvolvidas com o tempo;* Oposio de ideias: Chomsky X Saussure* A lngua em uma viso de carter estruturalista, entendida como uma estrutura que faz intermediao entre o indivduo e o mundo, um elemento de ligao entre os dois (KRAUSE-LEMKE, 2004).

Teoria da Aquisio de linguagem

Gerativismo de Noam Chomsky (1965), a Gramtica Gerativa TransformacionalUso da lngua materna;Gramtica dedutiva;Preocupao com a motivao e a interao;Na dcada de 1970Modelo Inatista de Aquisio de Linguagem XTeoria de Jean Piaget (1896- 1980).

Concepo de Vygotsky (1896-1934)O desenvolvimento da linguagem em 2 instncias:Primeiramente externa ao indivduo (trocas sociais)Depois interna (processo mental)

Lei N 5692/71 Suposto nacionalismo Governo MilitarDesobriga a incluso de Lnguas estrangeiras nos currculos de 1 e 2 graus.Classes favorecidas (Elite)

O ensino de lngua estrangeira Em 1976 volta a ser obrigatria no 2 grau.N 581/76 Conselho Federal (diminuio para 1 hora/ semanal, por 1 ano e 1 nico idioma)Ensino instrumental Em 1982 criao de Centros de Lnguas Estrangeiras no Colgio Estadual do Paran

O ensino de lngua estrangeira Universidade Federal do Paran (UFPR)Em 1986 a Secretaria do Estado da Educao (SEED) criou o Centro de Lnguas Estrangeiras Modernas ( CELEM).A Abordagem comunicativaEuropa 1970A lngua como instrumento de comunicao / interao focada nos aspectos semnticos

Deel Hymes 1966Une as noes de competncia e desempenho distintas por de Noam ChomskyCompetncia Gramatical (psicolingustico, sociocultural e probabilstico)

Savignon (1972)Aspecto mais pedaggicoA capacidade de falar / aprender: lxico, sinttico e a subjetividade do falante

Canale e Swain (1980)Incorporaram alm da competncia gramatical mais 3:A competncia sociolingusticaA estratgicaA discursivaPropuseram 4 habilidades respectivas:LeituraEscritaFala Audio

Caractersticas da Abordagem ComunicativaProfessor como mediador;Aluno como sujeito de sua aprendizagem;Priorizao da comunicao; O erro como processo de ensino e aprendizagem;

Em 1990Teorias de anlise do discurso da Escola Francesanfase no textoCrticas a Abordagem ComunicativaPedagogia CrticaLei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n. 9.394Em 1996 oferta obrigatria de 01 lngua estrangeira moderna no Ensino Fundamental (comunidade);Ensino Mdio ) 01 obrigatria e outra optativa;Em 1998 nfase na prtica da leitura (Ensino Fundamental);Em 1999 nfase na comunicao oral e escrita (Ensino Mdio);

Lei n.11.161Criada em 05 de agosto de 2005MercosulOferta obrigatria da Lngua Espanhola e matrcula facultativa para o alunoInteresses poltico-econmicosEm 2004 concursos pblicoAmpliao do curso do CELEMEstudos e pesquisas a novos referenciais tericosAtender a demanda da sociedadeConscincia crtica da aprendizagemReduzir desigualdades sociaisDesvelar as relaes de poder2 Fundamentos Terico-metodolgicosAbordagem Comunicativa Uso da lngua pelos alunosSistema para a expresso do significado, num contexto interativoConcepo de lngua discursiva e trabalho com diferentes textos3 Fases1 Nocional-funcional com as prticas audiolinguais2 Atos de fala com a incorporao sociolingustica3 vertente crtica para promover as interaes culturais

Crticas O conceito de cultura como viso homogneaCarter colonizador Fundamentos Terico-MetodolgicosDestaca-se que o comprometimento com o plurilinguismo como poltica educacional uma das possibilidades de valorizao e respeito diversidade cultural, garantindo na legislao, pois permite s comunidades escolares a definio de Lngua Estrangeira a ser ensinada.

Fundamentos Terico-MetodolgicosA Pedagogia Crtica o referencial terico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tnica de uma abordagem que valoriza a escola como espao social democrtico.

As contribuies de Giroux (2004), sobre o ensino de Lngua Estrangeira Moderna, nestas Diretrizes. ao rastrear as relaes entre lngua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem.

Prope-se que a aula de Lngua Estrangeira Moderna constitua um espao para que o aluno reconhea e compreenda a diversidade lingustica e cultural.

A proposta adotada nestas Diretrizes se baseia na corrente sociolgica e nas teorias do Crculo de Bakhtin, que concebem a lngua como discurso.

2.1 Objeto de Estudo da Lngua EstrangeiraToda lngua uma construo histrica e cultural em constante transformao.

Segundo Bakhtin (1988), toda enunciao envolve a presena de pelo menos duas vozes, a voz do eu e do outro.

Para Raymond Williams (2003, p. 41), h trs categorias na definio de cultura:

Para cada variante lingustica e cada grupo cultural, os valores sociais e culturais que lhes so atribudos sofrem oscilaes, de acordo com os diferentes contextos socioculturais e histricos. Dessa forma, a lngua e cultura so entendidas como variantes locais particularizadas em contextos especficos; portanto, configuram-se de forma heterognea, complexa e plural ( BORTONI-RICARDO, 2004).

No ensino de Lngua Estrangeira, a lngua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relaes coma cultura, o sujeito e a identidade.

Busca-se, tambm, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Lngua Estrangeira na escola apenas o lingustico ou, ainda, que o modelo de ensino dos Institutos de Idiomas seja parmetro para definir seus objetivos de ensino na Educao Bsica.

Nestas Diretrizes, o ensino de Lngua Estrangeira Moderna, na Educao Bsica, prope superar os fins utilitaristas, pragmticos ou instrumentais que historicamente tm marcado o ensino desta disciplina.

Um dos objetivos da disciplina de Lngua Estrangeira Moderna que os envolvidos no processo pedaggico faam uso da lngua que esto aprendendo em situaes significativas.Ao conceber a lngua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma lngua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.

Concluso