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Material Extra de Estudos nº 01 – Elaborado pelo professor Marcelo Henrique. Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Artigo 184 do Código Penal e Artigo 98 da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. - 1 - Queridões: como sabem que sempre me preocupo com vocês, preparei este Material Extra de Estudos – MEE 01 –, para auxiliá-los em uma etapa importantíssima de nossos momentos de aprendizagem: as tão temidas provas! Leiam com muita atenção e façam bom proveito dele! QUEM TEM MEDO DE PROVA? Apesar da má fama, a prova, certamente, pode (e deve!) ser um instrumento privilegiado de ensino e aprendizagem! Na época em que vivemos, os modelos de avaliação contínua ganham força nas escolas e nos livros de formação, o que, às vezes, nos leva a pensar que aplicar uma prova tradicional pode parecer um retrocesso... Mas não é bem assim, acreditem! Com alguns cuidados e uma abordagem planejada, é possível lançar mão das questões dissertativas e objetivas para verificar o aprendizado dos fatos, conceitos e ideias por nós estudados em sala e por vocês em seus momentos individuais de estudo. É claro que as provas não podem ser as únicas formas de avaliação e, na Educação Adventista, como na maioria das boas escolas, não são: há as atividades de sala, os projetos, as atitudes formativas, as gincanas, os cultos e as meditações, os seminários, as pesquisas, os relatórios, entre outras formas de avaliação. Entretanto, por que damos tanta importância às provas? Porque vivemos em uma sociedade que cobrará de vocês (e continua cobrando de todos nós!) o conhecimento adquirido por intermédio de provas tradicionais e não de outras formas de avaliação; basta observarmos os exemplos do PAS, do Vestibular, do ENEM, dos Concursos Públicos, das seleções de contratação em empresas... A UnB não o chamará para que vocês apresentem-lhes um seminário, um projeto, para participarem de Gincana ou mesmo para entrevistá-los e saber, assim, se vocês merecem (ou não) a vaga que desejam na Universidade... Portanto, precisamos sim dar a devida atenção a esse modelo de verificação de conhecimento. Por isso, estou aqui, neste Material Extra de Estudos, para discutirmos um pouco sobre isso. Como lhes digo sempre em sala de aula: a prova é uma das melhores ferramentas para se estudar para a prova, sejam provas passadas, provas sobre o mesmo conteúdo... Assim, vamos refletir um pouco sobre o assunto. AFINAL, O QUE É A PROVA E PARA QUE ELA SERVE? Meus queridos: a avaliação escolar é um processo pelo qual se observa, se verifica, se analisa, se interpreta um determinado fenômeno chamado construção do conhecimento. O ato de avaliar tem, basicamente, três passos: 1 - Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade (aqui, queridão, é o que você responde na prova); Disciplina: Literatura Professor: Marcelo Henrique Material Extra de Estudos – MEE 01 Nome do aluno(a): ____________________________________ 1º ano (111 e 112)

Disciplina : Literatura Professor : Marcelo Henrique ... · MEE 01 –, para auxiliá-los em uma etapa importantíssima de nossos momentos de aprendizagem: as tão temidas provas!

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Page 1: Disciplina : Literatura Professor : Marcelo Henrique ... · MEE 01 –, para auxiliá-los em uma etapa importantíssima de nossos momentos de aprendizagem: as tão temidas provas!

Material Extra de Estudos nº 01 – Elaborado pelo professor Marcelo Henrique.

Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Artigo 184 do Código Penal e Artigo 98 da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. - 1 -

Queridões: como sabem que sempre me preocupo com vocês, preparei este Material Extra de Estudos – MEE 01 –, para auxiliá-los em uma etapa importantíssima de nossos momentos de aprendizagem: as tão temidas provas!

Leiam com muita atenção e façam bom proveito dele! QUEM TEM MEDO DE PROVA?

Apesar da má fama, a prova, certamente, pode (e deve!) ser um instrumento privilegiado de ensino e aprendizagem!

Na época em que vivemos, os modelos de avaliação contínua ganham força nas escolas e nos livros de formação, o que, às vezes, nos leva a pensar que aplicar uma prova tradicional pode parecer um retrocesso... Mas não é bem assim, acreditem! Com alguns cuidados e uma abordagem planejada, é possível lançar mão das questões dissertativas e objetivas para verificar o aprendizado dos fatos, conceitos e ideias por nós estudados em sala e por vocês em seus momentos individuais de estudo. É claro que as provas não podem ser as únicas formas de avaliação e, na Educação Adventista, como na maioria das boas escolas, não são: há as atividades de sala, os projetos, as atitudes formativas, as gincanas, os cultos e as meditações, os seminários, as pesquisas, os relatórios, entre outras formas de avaliação.

Entretanto, por que damos tanta importância às provas? Porque vivemos em uma sociedade que cobrará de vocês (e continua cobrando de todos nós!) o conhecimento adquirido por intermédio de provas tradicionais e não de outras formas de avaliação; basta observarmos os exemplos do PAS, do Vestibular, do ENEM, dos Concursos Públicos, das seleções de contratação em empresas... A UnB não o chamará para que vocês apresentem-lhes um seminário, um projeto, para participarem de Gincana ou mesmo para entrevistá-los e saber, assim, se vocês merecem (ou não) a vaga que desejam na Universidade...

Portanto, precisamos sim dar a devida atenção a esse modelo de verificação de conhecimento. Por isso, estou aqui, neste Material Extra de Estudos, para discutirmos um pouco sobre isso. Como lhes digo sempre em sala de aula: a prova é uma das melhores ferramentas para se estudar para a prova, sejam provas passadas, provas sobre o mesmo conteúdo... Assim, vamos refletir um pouco sobre o assunto.

AFINAL, O QUE É A PROVA E PARA QUE ELA SERVE?

Meus queridos: a avaliação escolar é um processo pelo qual se observa, se verifica, se analisa, se interpreta

um determinado fenômeno chamado construção do conhecimento. O ato de avaliar tem, basicamente, três passos: 1 - Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade (aqui, queridão, é o que você responde na prova);

Disciplina: Literatura Professor: Marcelo Henrique Material Extra de Estudos – MEE 01

Nome do aluno(a): ____________________________________ 1º ano (111 e 112)

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Material Extra de Estudos nº 01 – Elaborado pelo professor Marcelo Henrique.

Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Artigo 184 do Código Penal e Artigo 98 da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. - 2 -

2 - Comparar essa informação com aquilo que é considerado importante no processo educativo (já aqui sou eu corrigindo sua prova e realizando essa comparação...); 3 - Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (essa é a parte importante: o que faremos com a prova realizada, seja ela boa ou ruim? Apenas

guardarmos a nota no boletim e a prova no lixo?). Outro aspecto essencial do ato de avaliar é

saber, de antemão, o que exatamente se quer que os alunos respondam. Para cada questão, faço uma matriz com os conhecimentos, as habilidades e as competências que pretendo verificar, como lhes informo nos Roteiros de Estudos, sempre disponibilizados no nosso blog e nas inúmeras dicas e informações dadas em sala, nos Materiais Complementares de Estudos, nas Listas de Exercícios (tudo isso no blog também!), nas Apostilas...

O QUE É IMPORTANTE SABER PARA A PROVA?

Para responder a pergunta acima, lhes garanto: não é só o conteúdo estudado! Eis aqui algumas

informações que compartilho com vocês, meus queridos, que são por mim utilizadas sempre que faço uma avaliação!

Ah, estão em forma de prova, claaaro...

Questão 1 – As questões da prova devem ser claras? Sim, é claro! Definidos os momentos adequados e as expectativas, é hora de escolher o que cobrar e como cobrar. É

óbvio, queridos, que não existem provas infalíveis. Pesquisas mostram que muitos alunos erram questões porque não entendem o enunciado e não porque ignoram o conteúdo, isso eu sei. Por isso, procuro sempre elaborar perguntas pertinentes, claras e não enigmáticas, exceto quando faço questões desafio – mas aí é outra história, por isso elas são questões extras, de bonificação. Questão 2 –

Como é determinado o tamanho da prova? Aqui estamos diante de uma questão parcialmente complexa, pois depende de cada situação... Basicamente, o

tamanho da prova é determinado por três coisas: a metodologia de cada escola na qual trabalho e, o tempo disponível que cada escola fornece e a quantidade de conhecimentos e competências trabalhados por mim em sala. Não é razoável analisar todo o conteúdo do bimestre, ou trimestre (quando é o caso) em uma aula, já pensou? Por isso, aqui no Colégio Adventista, sigo uma recomendação básica de uma professora minha da Universidade: para o Ensino Médio, o recomendável é que a avaliação dure, no máximo, 70 ou 80 minutos; já em provas de vestibulares, no máximo, 270, 280 minutos; e em concursos, no máximo, 350 ou 360 minutos. Questão 3 –

Como saber o que cairá na prova? Aqui, queridões, não há nenhuma dúvida: o diálogo com o que foi feito, estudado e aprendido em sala é fundamental.

Por isso, faz pouco sentido um mesmo modelo ser usado por vários professores. Certamente, questões mais complexas do que as vistas em classe ou pequenos detalhes encontrados em notas de rodapé não devem ser pedidos e raríssimas vezes eu cobro isso – exceto nas questões desafio, óbvio.

Mas um detalhe importantíssimo muitas vezes é desperdiçado por vocês: o que eu falo em sala e que não está nos materiais que faço para vocês, nem no quadro, nem na apostila... Prestem sempre muita atenção às aulas! Constantemente, repito coisas em sala, dou ênfase a algumas informações, solto definições e explicações preciosíssimas e percebo que poucos são os que copiam isso... aprendam que a aula não é só o que está nos livros, nas apostilas, nos materiais de estudos e, sobretudo, no quadro – afinal, se o que fosse importante estivesse sempre escrito, e somente escrito, precisaríamos de sala de aula com professores?

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Questão 4 – É produtivo provas com pegadinhas? A armadilha, como eu costumo chamar a pegadinha, é uma estratégia condenada pelos especialistas em educação e eu

não a adoto, como vocês já perceberam nas nossas provas. Alguns professores acreditam que, ao agir assim, estão testando a sagacidade da turma e é preciso respeitá-los também. Mas eu, particularmente, acredito que se o aluno cai numa emboscada, dificilmente vou ter segurança em saber se ele realmente aprendeu o conteúdo. No entanto, repito, a pegadinha é, igualmente, uma forma de avaliação, utilizada por vários professores e que deve ser respeitada. Estejam preparados para tudo, queridões! Questão 5 –

As provas surpresas são boas? Eu, particularmente, não faço

provas surpresas e, na nossa Escola Adventista, elas sequer constam como possibilidade, mas você precisa encarar a prova surpresa com tranquilidade e não como uma punição. Ou seja, o ideal é que todos saibam previamente como serão avaliados, o que será verificado e quando o teste será realizado (o que já derruba a proposta das surpresas...). A transparência é a regra de ouro, claro, e também deve ficar claro que nem toda prova precisa ser sem consulta. Quando a intenção é checar se o aluno consegue pesquisar, essa estratégia pode ser válida, com certeza!

Questão 6 –

O que é melhor: perguntas de julgamento em Certo ou Errado (tipo A), de respostas apenas com resultado numérico (tipo B), de múltipla escolha (tipo C) ou dissertativas (tipo D)?

Todos os tipos de perguntas! É importante diversificar a prova para avaliar diferentes coisas. Como trabalhamos com modelos diversificados em nossa escola (inclusive com simulados preparatórios para a UnB), você sabe que está sendo preparado em todos os tipos de perguntas. E aqui segue a minha dica “quente”, queridão: nas questões objetivas, o desafio é fazer uma boa leitura; nas questões dissertativas, o desafio é fazer uma boa escrita! Questão 7 –

A prova deve ser a única avaliação? Acredito que não mas, como já afirmei, penso que seja a principal forma de avaliar o que se estuda e o que se aprende. Além disso, há um detalhe importante: após a aplicação da prova, chega a hora de um novo desafio. A

partir de agora, vocês que são meus alunos vão trabalhar as provas antes, durante e depois! Antes: estudando corretamente e de forma produtiva e, principalmente, preparando-se adequadamente

para a prova (sobre isso, tratarei no nosso próximo Material Extra de Estudos); Durante: saber como responder a prova é, também, de fundamental importância (logo abaixo há algumas

dicas sobre isso...); Depois: estão disponíveis, também, em nosso blog, as Provas de Literatura (PL) em branco e as mesmas

gabaritadas (PLG), para você, tranquilamente, estudá-las e refazê-las! Observe como foi cobrado o que estudamos, procure onde estão as informações solicitadas na provas, leia e releia como elaborei as respostas para as questões – tudo é decisivo na hora de estudar a prova! Como eu sempre digo, aluno bom é aquele que estuda para a prova e estuda a prova!

E como eu não poderia deixar de dar mais algumas dicas “quentes”, aqui vai o meu já famoso “momento Bisu!”

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DICAS “QUENTES” PARA FAZER PROVAS! Eu quero, aqui, compartilhar um pouco da

minha experiência com vocês: uma das coisas que eu aprendi durante a minha vida acadêmica é a importância de saber fazer uma prova. As vezes, não basta o seu conhecimento sobre o assunto da prova para garantir uma boa nota. Pensando nisso, prestem atenção a algumas dicas básicas de como se portar no momento da avaliação:

1 – Instruções Por incrível que pareça, tem gente que não lê as

instruções das provas! Essa parte da avaliação é fundamental: pode te informar como fazer todas as questões, se alguma questão precisa de fórmulas que estão na própria prova, se pode ser respondida a lápis ou a caneta (e de que cor), como proceder quanto a rasuras...

2 – Leitura dinâmica Também chamada de overview, significa ler toda prova sem entrar em detalhes. Aquela leitura rápida para verificar o numero de

questões, quais são os assuntos abordados na prova, identificar quais são as questões em que o seu domínio é maior e onde você vai ter dificuldade e, ainda, estimar como gerenciar o seu tempo.

3 – Comece pelo que é mais fácil Agora que a primeira leitura está feita, comece pelas questões fáceis e rápidas. Mas sem correria! Certifique-se de que leu o

enunciado de maneira correta e entendeu claramente o que foi pedido. Dessa forma, você garante seus pontos iniciais no teste e, como são questões do seu domínio, você acaba “ganhando” mais tempo para as questões mais difíceis e complexas.

4 – Fazendo a parte mais difícil É claro que a dificuldade é maior para as questões restantes, mas não é necessário o pânico. Leia com calma o enunciado e o

entenda; se não estiver claro o que está sendo pedido, deixe essa questão para o final. Não tenha pressa: é melhor ter poucas questões feitas com calma e correção do que várias questões feitas com pressa, porém erradas.

5 – Últimas questões Se você deixou alguma questão para o final, seja qual for o motivo (enunciado ou dificuldade), agora é a hora de lidar com a

questão. Leia o enunciado novamente; como você, ao deixá-la de lado, quebrou a linha de raciocínio, suas chances de entendê-la aumentam.

6 – Revisão (obrigatória!) Na realidade, todas essa dicas foram dadas para criar uma “metodologia” e otimizar o seu tempo na prova; se você as seguiu,

sua realização da prova deu certo e, com certeza, sobrou tempo para uma revisão. Ela serve para garantir que não houve nenhum erro de atenção na prova. Referências bibliográficas

As referências bibliográficas que seguem serviram de sustentação teórica para o presente Material Complementar de Estudo. ASSMANN, Hugo. Metáforas novas para reencantar a educação: epistemologia e didática. São Paulo: Unimep, 1996. BORBA, Amândia; FERRI, Cássia; GESSER, Verônica (orgs.). Currículo e avaliação. Investigações e ações. São Paulo: UNIVALI, 2006. CONDEMARÍN, Mabel; MEDINA, Alejandra. Avaliação autêntica. Porto Alegre: Artmed, 2006. ESTRELA, Albano; RODRIGUES, Pedro. (orgs.). Para uma Fundamentação da Avaliação em Educação. Lisboa: Edições Colibri, 1995. MARQUES, Mario Osorio. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. São Paulo: UNIJUÍ, 1997. SPRENGER, Marilee. Memória – Como ensinar para o aluno lembrar. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Espero tê-los ajudado, meus queridos alunos! Bons estudos e boas provas! Com carinho,

de seu professor de Literatura,

Marcelo Henrique