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15/04/2014
1
Distribuio Temporal e Espacial de Eventos Epidemiolgicos
Sries CronolgicasTeoria Epidmica e ndice Endmico
Abril de 2014
Prof. Elizngela Guedes
Sntese
1. Introduo2. Distribuio das Doenas no Tempo2.1. Tendncia Histrica2.1.1 Anlise das sries cronolgicas2.2. Variaes Cclicas2.3. Variaes Sazonais2.4. Variaes Irregulares2.5. Diagrama de Controle2.6. Conceitos de Endemia, Epidemia e Surto
OBJETO DA EPIDEMIOLOGIA
Introduo
Estuda o processo sade-doena em populaes, analisando a distribuio e os determinantes das enfermidades, danos
sade e eventos associados sade coletiva, propondo medidas especficas de preveno, controle ou erradicao de doenas, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte e avaliao das
aes de sade
Introduo
Epidemiologia Descritiva
Coeficientes e indicadores de sade- Incidncia, - Prevalncia,- Mortalidade,- Letalidade etc.
Como organizar essas informaes?
TempoEspao
Pessoa
Introduo
Base dos estudos epidemiolgicos: Quem adoeceu? Onde a doena ocorreu? Quando a doena ocorreu? (Tempo)
(Espao)(Pessoa)
Importncia:
Maior facilidade de apresentao dos dados,
Pistas de possveis causas de doenas, elaborao de hiptesesa serem posteriormente testadas.
Planejamento em Sade (reas de risco, grupos mais expostos aorisco de serem atingidos por uma determinada doena).
5,5
4,0
3,2
4,3
3,2
4,43,8
3,1
5,15,6
9,0
7,4
8,0
9,99,3
7,6
6,8
7,9
5,7
0123456789
10
Soro
rrea
tivid
ade
canin
a (%
)
Anos
Figura x. Frequncia de ces positivos para leishmaniose visceral emBelo Horizonte, 1993 a 2011.
Infeco canina antecede doena em humanos
Fonte: SVCZ/SMSA-PBH, 2010
Introduo
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Muito Alta
Alta
Mdia
Baixa
ST
BARREIRO
CENTRO SUL
LESTE
NORDESTE
NOROESTE
NORTE
OESTE
PAMPULHA
VENDA NOVA
Anos 2001 a 2005 Anos 2002 a 2006 Anos 2003 a 2007
Muito alta
STBaixaMdiaAlta
Muito Alta
Alta
Mdia
Baixa
ST
Figura x. Nveis de transmisso da leishmaniose visceral em humanos, segundo taxa de incidncia acumulada em Belo Horizonte MG, 2001-2007. FONTE: GECOZ/ SMSA-PBH
A partir do conhecimento da evoluo temporal ou espacial passada de uma doena possvel criar modelos de predio de sua ocorrncia futura, utilizando-se de tcnicas de sries temporais.
Avaliar a efetividade de medidas de interveno.
Acompanhamento da incidncia da poliomielite noBrasil aps os programas de vacinao em massa.
Raiva urbana em alguns municpios.
Sries cronolgicas ou temporais
So aquelas que estudam a variao de um fenmeno durante um perodo de tempo
determinado.
Segundo, minuto, hora , dia, semana, ms ou ano
Distribuio das Doenas no Tempo
Anlise de observaes sequenciais no tempo
Flutuaes aleatrias
Detectar tambm os 4 tipos de evoluo temporal:
Tendncia histrica
Variaes sazonaisVariaes cclicas
Variaes irregulares
Variaes nas Sries cronolgicas ou temporais 1) Tendncia Histrica
Anlise das mudanas na frequncia (incidncia, mortalidade etc.) da doena por um longo perodo de tempo (dcadas).
Se observa a longo prazo
Tempo mnimo = fenmeno estudado e disponibilidade dosdados
No incluem variaes de curtos perodos
Podem ser estacionrias, ascendentes ou decrescentes
Importncia - previso do movimento futuro
(Geral ou Secular)
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1) Tendncia Histrica
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1982198
3198
4198
5198
6198
7198
8198
9199
0199
1199
2199
3199
4199
5199
6199
7199
8199
9200
0200
1200
2200
3200
4200
5
0
5000
10000
15000
20000
25000
Human cases Dog cases Dog cases Linear (Human cases Dog cases)
Fonte: OPAS, 2006
Figura x. Total de casos de raiva em humanos e ces, Amrica Latina, 1982 a 2005.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
1838 50 60 70 80 90 1900 10 20 30 40 50 60 1970
Identificao do bacilo de tuberculose
Quimioterapia
BCG
Mc Keown, T. 1976
1) Tendncia Histrica
Figura x. Taxa de mortalidade por tuberculose pulmonar na Inglaterra e Pas de Gales, 1838 a 1960.
2) Variaes Sazonais:
Variao na incidncia de uma doena cujo ciclo coincide com as estaes do ano.
Ocorre dentro de um perodo de um ano.Variaes semelhantes se repetem durante os mesmos meses em anos sucessivos
Dependem de fatores como:-Radiao solar,-Temperatura,-Umidade do ar,-Precipitao,-Maior aglomerao de pessoas etc.
(Estacionais)
2) Variaes Sazonais:
Fonte: SMSA-PBH, 2009
Figura x. Casos confirmados autctones de dengue, segundo semana epidemiolgica e ano, Belo Horizonte, 1999/2004.
0
200
400
600
800
1000
1200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Distribuio mensal de casos de Leptospirose por regio do Brasil, 2002 a 2006
2) Variaes Sazonais:
Fonte: FUNED, 2012
2) Variaes Sazonais
Figura X - Ovino. Alopecia e eritema associados grande quantidade crostas na pele da regio periocular e orelha. Souza et al. 2005
Dermatite alrgica sazonal em ovinos
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3) Variaes Cclicas
SoSo variaesvariaes tambmtambm aa longolongo prazoprazo
TempoTempo mnimomnimo:: pelopelo menosmenos 33 picospicos dede frequnciafrequncia
OscilaesOscilaes ouou desviosdesvios emem tornotorno dada retareta ouou curvacurva dada tendnciatendncia
ImportanteImportante:: preverprever oscilaesoscilaes ee implementaoimplementao dede medidasmedidaspreventivaspreventivas ee controlecontrole
Flutuaes na incidncia de uma doena em um perodo maior que um ano.
3) Variaes Cclicas:Ex: Sarampo a cada 3 anos nascimento de suscetveis
epidemia
epidemia
epidemia
epidemia
epidemia
epidemia
Fonte: Vigilncia em Sade Pblica, 1998.
Figura x. Incidncia, ms a ms, do sarampo no Municpio de So Paulo, 1950-1993.
4) Variaes Irregulares:Alteraes inusitadas na incidncia das doenas, diferente do
esperado para a mesma.
Variaes espordicas provocadas por eventos casuais, no previsveis
No apresentam padro de periodicidade regular
Catstrofes Naturais IncndiosGrevesEpidemias (Diagrama de controle)Conflitos armados, etc.
Exemplos
4) Variaes Irregulares:
Srie temporal dos casos de leptospirose ocorridos por semana epidemiolgicano Municpio do Rio de Janeiro, Brasil, no perodo entre 1995-1999.
Fonte: Tassinari et al., 2004
Representao tabularRepresentao tabular Representadas na forma de tabela
Constituda de pelo menos 2 colunas tempo e nmero de vezes que o fenmeno acontece
Frequncia ndice ou coeficiente
Quando fenmeno na populao adiciona-se a terceira coluna: por 100, 1.000, 10.000 ou 100.000 habitantes
Ttulo: o que, onde e quando (acima da tabela numerada) Fonte: rodap da tabela
Anlises das Sries CronolgicasTabela
Tabela x. Frequncia de ces positivos para leishmaniose visceral em Belo Horizonte, 1993 a 2009.
Fonte: SVCZ/SMSA-PBH, 2010
AnoCo examinado
Total Positivo % positivo1993 2415 133 5,51
1994 13869 554 3,99
1995 122291 3965 3,24
1996 108022 4691 4,341997 142286 4531 3,18
1998 54980 2426 4,41
1999 105636 4042 3,83
2000 106894 3316 3,10
2001 84512 4325 5,122002 161918 9094 5,62
2003 118403 10605 8,96
2004 82181 6119 7,45
2005 149470 11901 7,96
2006 83881 8268 9,862007 155643 14476 9,30
2008 163090 12449 7,63
2009 153519 10475 6,82
Total 1809010 111370 6,10
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Dois eixos cartesianos: x para o tempo e y para o eventoExpresso matemtica: y= f (t) Unio dos pontos polgono Expressam em forma imediata as porcentagens de crescimento ou diminuioTtulo: abaixo do grfico (o que, onde, quando) - fonte, tambmA proporo entre os eixos deve, sempre, ser de 1 (y) para 1,5 (x)
y
Anlise das Sries Cronolgicas
Representao grfica
5,54,0
3,24,3
3,24,4 3,8
3,1
5,1 5,6
9,07,4 8,0
9,9 9,3
7,66,8
0
3
6
9
12
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Ano
% c
es po
sitiv
os
Grfico
Figura x. Frequncia de ces positivos para leishmaniose visceral emBelo Horizonte, 1993 a 2009.
Fonte: SVCZ/SMSA-PBH, 2010
1 Mtodo das Mdias Mveis
Suavizar as variaes de uma srie irregular
Difcil entender a tendncia do fenmeno
Calcula-se a mdia mvel 3 em 3, 5 em 5 ou mais anos
Quanto mais anos se agrupar mais chance
de perder flutuaes
importantes
mais regular a linha de tendncia
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
AnosCasos
por 100.000
Totais mveis
Mdias Mveis
1981 8,3 - -1982 8,9 - -1983 11,3 47,2 9,41984 9,8 49,5 9,91985 8,9 50,8 10,21986 10,6 47,7 9,51987 10,2 46,8 9,41988 8,2 48,9 9,81989 8,9 50,6 10,11990 11,0 48,5 9,71991 12,3 48,5 9,71992 8,1 47,3 9,51993 8,2 41,4 8,31994 7,7 34,1 6,81995 5,1 30,2 6,01996 5,0 26,9 5,41997 4,2 26,5 5,31998 4,9 26,7 5,31999 7,3 - -2000 5,3 - -
1 Mtodo das Mdias Mveis
2,105
8,505
2,106,109,88,93,11
9,95
5,495
6,109,88,93,119,8
4,95
2,475
9,88,93,119,83,8
==++++
==++++
==
++++
Mdias Mveis
Doena x - Taxa de incidncia por 100.000 habitantes noBrasil de 1981 a 2000
Se fosse 3 em 3 seriam o 1 e o ltimo ano
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
1 Mtodo das Mdias Mveis
Grfico - Doena x - Taxa de incidncia por 100.000 habitantes no Brasil de 1981 a 2000
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999Anos
Tax
a p/
10
0.00
0
CasosobservadosMdiasMveis
Podem ocultar variaes importantes
Comea 2 anos depois e termina 2 anos antes
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
Figura x. Taxa de incidncia por 100.000 habitantes da doena X no Brasil, 1981 a 2000.
2 Mtodo das Semi-mdias
Grfico de dados pode ser representado por uma linhareta
Dividem-se os dados em 2 grupos iguais
Se o nmero de anos impar o ano da metade seincluir em ambas semi-mdias
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
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Anos Taxas por 100.000 Semi-mdias1996 45,01997 43,0 41,41998 36,21999 32,3 32,72000 29,5
2 Mtodo das Semi-mdias
Taxas de mortalidade de bovinos por botulismo no Brasil, 1996/2000.
As semi-mdias sero:
7,323
2,983
5,295,322,36
4,413
2,1243
2,360,430,45
==
++
==
++
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
2 Mtodo das Semi-mdias
05
101520253035404550
1996 1997 1998 1999 2000Anos
Tax
a po
r 10
0.00
0
N de casospor 100.000
Linear (Semi-mdias)
41,2
32,7
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
Figura x. Taxas de mortalidade de bovinos por botulismo no Brasil, 1996 a 2000.
3 Mtodo dos mnimos quadrados
Melhor maneira de estimar a variao
Considera todos os valores da srie
Mtodo:Utiliza-se , em que e x
x
xyy
=
XXx = YYy =
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
3 Mtodo dos mnimos quadrados
Anos X Y x = X - X y = Y - Y x xy1990 0 66,6 -5 -28,4 25 1421991 1 84,9 -4 -10,1 16 40,41992 2 88,6 -3 -6,4 9 19,21993 3 78,0 -2 -17,0 4 341994 4 96,8 -1 1,8 1 -1,81995 5 105,2 0 10,2 0 01996 6 93,2 1 -1,8 1 -1,81997 7 111,6 2 16,6 4 33,21998 8 88,3 3 -6,7 9 -20,11999 9 117,0 4 22,0 16 882000 10 115,2 5 20,2 25 101Total 55 1045,4 110 434,1Mdia 5 95,0
Tabela x. Produo estimada, em toneladas, de pescados de guas interiores no Brasil, 1990 a 2000.
x95,3y
x110
1,434y
xx
xyy
=
=
=
YYy =
x95,3YY =
( )XX95,3YY =( )5X95,395Y =
XY 95,32,75 +=
Como y e x:
XXx =Substituindo y e x, teremos:
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
Anos X Y x = X - X y = Y - Y x xy Y= 75,2 + 3,95X1990 0 66,6 -5 -28,4 25 142 75,21991 1 84,9 -4 -10,1 16 40,4 79,21992 2 88,6 -3 -6,4 9 19,2 83,11993 3 78,0 -2 -17,0 4 34 87,11994 4 96,8 -1 1,8 1 -1,8 91,01995 5 105,2 0 10,2 0 0 95,01996 6 93,2 1 -1,8 1 -1,8 98,91997 7 111,6 2 16,6 4 33,2 102,91998 8 88,3 3 -6,7 9 -20,1 106,81999 9 117,0 4 22,0 16 88 110,82000 10 115,2 5 20,2 25 101 114,7Total 55 1045,4 110 434,1Mdia 5 95,0
3 Mtodo dos mnimos quadrados
Tabela x. Produo estimada em toneladas, de pescados de guas interiores no Brasil, 1990 a 2000.
Exemplo:Para o ano de 2001:Y=75,2 + 3,95XY=75,2 + 3,95(11)Y=118,65
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
Pontos para traar o grfico
2001
3 Mtodo dos mnimos quadrados
Figura x. Produo estimada em toneladas, de pescados deguas interiores no Brasil, 1990 a 2000.
0
20
40
60
80
100
120
140
1990 1992 1994 1996 1998 2000Anos
Ton
ela
das
de pe
sc
ado
Produo depescado
TendnciaMnimosQuadrados
Anlise das Sries Cronolgicas Anlise das Sries Cronolgicas
XY 95,32,75 +=
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4) Variaes Irregulares:Alteraes inusitadas na incidncia das doenas diferente do
esperado para a mesma.
Variaes espordicas provocadas por eventos causais no previsveis
No apresentam padro de periodicidade regular
Catstrofes Naturais IncndiosGrevesEpidemiasConflitos armados, etc.
Exemplos
4) Variaes Irregulares:
Existem procedimentos para se conhecer se a variao de uma determinada doena est dentro do esperado
ou apresenta alguma variao irregular
Endemia
Processo epidmico
ENDEMIA
Agravo (ou doena) espacialmente localizada, habitualmente presente em determinada populao e cujo nvel de
incidncia situa-se sistematicamente nos limites da faixaendmica previamente convencionada para uma populao e
poca determinada
Ocorrncia habitual de determinado agravo em uma rea geogrfica.
Normal Esperada
EPIDEMIA
uma elevao brusca, temporria e significante daincidncia de um agravo, ultrapassando a faixa
endmica, provocada por alteraes de um ou mais
fatores da estrutura epidemiolgica.
Processo epidmico = exemplo tpico de variao irregular de uma doena.
Para sua deteco, a VE utiliza DIAGRAMA DE CONTROLE
Surto???Pandemia???
Diagrama de controle
Mtodo grfico usado pela Vigilncia Epidemiolgica para o acompanhamento da evoluo temporal das doenas
Incidncia(n. Casos)
Tempo (semanas ou meses)
Distribuies estatsticas:- Normal (mdia e desvio padro)- Quartis (mediana e quartis)
ndice Endmico
Representao grfica sucesso de ndices que cobrem normalmente o perodo de 1 ano.
A partir das taxas de morbidade e mortalidade derivam todos os outros instrumentais da epidemiologia.
Diante delas, como saber se estamos diante de umaepidemia ou uma endemia?
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Clculo do ndice Endmico
Distribuies estatsticas:- Normal (mdia e desvio padro)- Quartis (mediana e quartis)
Clculo do ndice Endmico
EXEMPLO:
Lembrando que: x 1,96 s
Onde x representa os valores mdios e s os respectivos desvios-padro
Fonte: Medronho, 2009
Fonte: Medronho, 2009
Mdia - 1,96DP Mdia + 1,96DP
Fonte: Medronho, 2009
Construo do Diagrama de Controle
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Clculo do ndice Endmico
Distribuies estatsticas:- Normal (mdia e desvio padro)- Quartis (mediana e quartis)
Clculo do ndice Endmico
Menos de 5 anos = flutuaes de um ano a outroMais de 7 anos = mudanas na populao
Especificao por semanas ou meses:Tamanho da populao
Frequncia da doena na populao
1 passo: Averiguar a morbidade da doena em questo nosltimos 5 ou 7 anos, especificada por semanas ou meses.
Anos Jan Fev Mar Abr Ma Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
2002 9 3 5 7 6 8 7 8 6 6 6 2 74
2003 5 3 2 8 6 5 7 7 20 4 5 6 78
2004 3 9 5 8 8 14 20 14 17 12 3 13 126
2005 15 14 9 10 20 15 22 21 12 8 6 11 163
2006 16 22 11 17 29 26 11 8 20 5 15 9 189
2007 7 7 5 11 10 14 12 11 11 21 11 6 132
2008 7 14 19 10 7 17 10 7 9 7 7 3 207
Frequncia de casos de uma determinada doena, em local etempo definidos
1 passo: nmero de casos da doena, nos ltimos 5 - 7 anos2 passo: ordenar as frequncias mensais
Jan Fev Mar Abr Ma Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total3 3 2 7 6 5 7 7 6 4 3 2 745 3 5 8 6 8 7 7 9 5 5 3 787 7 5 8 7 14 10 8 11 6 6 6 1267 9 5 10 8 14 11 8 12 7 6 6 1329 14 9 10 10 15 12 11 17 8 7 9 16315 14 11 11 20 17 20 14 20 12 11 11 18916 22 19 17 29 26 22 21 20 21 15 13 207
PQ1 =n + 1
100x 25
PQ2 =n + 1
100x 50
PQ3 =n + 1
100x 75
PQ1 =7 + 1
100x 25 = 2
PQ2 =7 + 1
100x 50 = 4 (Mediana)
PQ3 =7 + 1
100x 75 = 6
0
5
10
15
20
25
Jan Fev Mar Abr Ma Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Zona de segurana
Zona de xito
Zona de alerta
Zona epidmica
Primeiro quartil
Mediana
Terceiro quartil
3 passo: passar os valores da mediana, 1 e 3 quartis para o grfico
O clculo da mediana e dos quartis permitir representar graficamente a curva endmica e determinar 4 diferentes
reas ou zonas:
1) Zona de xito (abaixo do 1 quartil)
2) Zona de Segurana (entre 1 quartil e mediana)
3) Zona de Alerta (entre mediana e 3 quartil)
4) Zona Epidmica (acima do 3 quartil)
15/04/2014
10
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Jan Fev Mar Abr Ma Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Ms
Fre
qun
cias
Zona de xito
Zona de segurana
Zona de alerta
Zona epidmica
Curva endmica
1Q
2Q
3Q
Interpretao do grfico
- Casos abaixo do 1Q: Resultado positivo de medidassanitrias implantadas.
- Casos abaixo da Mediana: idem ao anterior, pormalgumas sofrem flutuaes normais (aleatrias) nestaregio do grfico.
- Casos acima do 3Q: Epidemia
Varola: 1 caso epidemia (n de casos ir depender da gravidade da doena).
Fonte: Medronho, 2009
Fonte: Medronho, 2009
Fonte: Medronho, 2009
O Processo O Processo EpidmicoEpidmico
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Incidncia Mxima
Egresso
RegressoProgresso
Limiar epidmico Limiar epidmico
Incid
n
cia
nv
el
en
d
mic
oIn
cid
n
cia
nv
el
ep
id
mic
o
Tempo
Incidncia mxima
Egresso
Surto de gastroenterite ocorrido em maro de 1990, entre alunos de veterinria da UFMG.
0
1
2
3
4
5
6
7
27.03.90 28.03.90 29.03.90 30.03.90 31.03.90 01.04.90 02.04.90
Dias
N
me
ro d
e c
aso
s
Egresso
Progresso
Incidncia mxima
Regresso
O Processo Epidmico
Surto de gastroenterite
0100200300400500600700800900
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Nmero de casos de Febre Aftosa Na Inglaterra em 2001
ProgressoRegresso
Incidncia mxima
Egresso
O Processo Epidmico
Mortalidade por poliomelite, municpio de So Paulo, 1924 1990
Fonte: Vigilncia em Sade Pblica, 1998.
Coeficiente por100.000
habitantes
O Processo Epidmico
Classificao das Classificao das EpidemiasEpidemias Epidemia Progressiva
Propagada (Contato)
Epidemia por fonte comum
Fonte pontualFonte persistente
Velocidade da etapa de progresso
Existncia de um mecanismode transmisso de hospedeiro
a hospedeiro
Epidemia Lenta
Epidemia Explosiva
AbrangnciaSurto epidmico
Pandemia
Tipo de epidemiaTipo de epidemia CritriosCritrios
Classificao das epidemias
Sim
No
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Epidemia Lenta
Critrio diferenciador: a velocidade na progresso lenta.
A ocorrncia de casos novos gradual e progride durante longo
tempo
Exemplo: enfermidades com perodo de incubao longo, ou enfermidades nas quais a
populao altamente resistente ou imune
Epidemia de HansenaseEpidemias de Tuberculose
Casos de AIDS nos EEUU, por semestre - 1981 a 1985
020406080
100120140
jan-jun1981
jan-jun1982
jan-jun1983
jan-jun1984
jan-jun1985
Epidemia Lenta
Casos de AIDS nos EUA, por semestre, 1981 a 1984
Epidemia Explosiva (ou macia)
Critrio diferenciador: a velocidade do processo de
progresso. O processo ocorre atingindo a quase totalidade dos
susceptveis e a incidncia mxima alcanada logo aps o
incio da egresso.
Exemplo: pode ocorrer em comunidades altamente susceptveis,
onde a populao adoece praticamente ao mesmo tempo
Epidemia explosiva
Surto de intoxicao alimentar em local X, data X.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 2 3 4 5 6 7 8
Horas
Nm
ero
de c
aso
s
Epidemia progressiva ou propagadaCritrio diferenciador:o mecanismo de transmisso de hospedeiro a hospedeiro, segundo diferentes vias:
respiratria, oral, venrea, dentre outros. A propagao se d em cadeia, originando uma corrente de
transmisso de susceptvel a susceptvel at o esgotamento ou diminuio destes a um nvel crtico.
Nmeros de casos
0
100
200
300
400
500
600
1982 1985 1988 1991 1994
Anos
Nm
ero
de c
aso
s (1
0n)
Epidemia por fonte comum
Critrio diferenciador: inexistncia de um mecanismo de transmisso de hospedeiro a
hospedeiro. O fator extrnseco, o agente infeccioso ou fsico-qumico, veiculado pela gua, alimentos
ou ar. Geralmente so epidemias explosivas e localizadas no tempo e no espao.
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Epidemia por fonte comum
Tipos de epidemias por fonte comum Tipos de epidemias por fonte comum
Fonte pontual: a exposio se d durante curto intervalo de tempo
Ex.: intoxicao alimentar.
Fonte persistente: a fonte de infeco tem existncia dilatada e a exposio da populao se
prolonga por longo perodo de tempo.Ex.: clera, parasitoses, radiaes, etc.
Surto de botulisomo em confinamento de bovinso - Paracatu -
MG, junho de 2002
0
50
100
150
200
250
16 - 14 15 - 16 17 - 18 19 - 20 21 - 22 23 - 24 25 - 26 27 - 28 29 - 30
Dias de junho
Nm
ero
de
caso
s
Epidemia por fonte comumFonte pontual
Surto de botulismo em confinamento de bovinos Paracatu, MG, junho de 2002.
Abrangncia das epidemias
Surto epidmico: ocorrncia epidmica restrita a um espao extremamente delimitado (fazenda, colgio, edifcio, apartamento
etc), onde todos os casos esto relacionados entre si.
Pandemia: ocorrncia epidmica caracterizada por uma larga distribuio espacial atingindo diversas
naes ou continentes.
7a Pandemia de clera
23/1/91 - Peru - 1o caso na Amrica Latina1/3/91 - Equador10/3/91 - Colmbia8/4/91 - Brasil12/4/91 - Chile26/8/91 - Bolvia
Influenza Aviria
FONTE: SVS-MINISTRIO DA SADE-BR
2003
Evoluo Influenza Aviria Alt Pat H5N1 2003-2006 (Abr 25)
Fonte OIE 2004Fonte OIE
Evoluo Influenza Aviria Alt Pat H5N1 2003-2006 (Abr 25)
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2005Fonte OIE
Evoluo Influenza Aviria Alt Pat H5N1 2003-2006 (Abr 25)
2006 Abr 25Fonte OIE
Evoluo Influenza Aviria Alt Pat H5N1 2003-2006 (Abr 25)
Distribuio das Doenas no Espao
Clera em Londres (Snow, 1854)
Distribuio das Doenas no Espao
Descrio da ocorrncia de uma doena ou evento adverso sade
Distribuio espacial dos casos
Disperso do problema reas de maior incidncia
Distribuio das Doenas no Espao
Usos das informaes sobre a distribuio geogrfica dos agravos:
1) Indicar os riscos a que a populao est exposta
Associao entre aglutininas anti-Leptospira interrogans em ces e reasno atendidas por rede de esgoto, BeloHorizonte MG, 2001/02.
Fonte: Magalhes et al. 2005
reas de vulnerabilidade sade (vilas e favelas)
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15
Distribuio das Doenas no Espao
2) Acompanhar a disseminao de eventos
Ex: Leishmaniose Visceral no Brasil
1983-19881989-1994
1995-20002001-2009
Fonte: SVS MS, 2009
Casos de LV por UF de infeco, Brasil 2009 e 2010
2009
Fonte: SVS/MS.
2010
Mapa de Grid da densidade de casos de LV, Brasil, 2010 - Rodovias
Fonte: SVS/MS
Rodovias brasileiras
Distribuio das Doenas no Espao
3) Definir as prioridades de interveno
Fonte: SMSA-PBH, 2008
Reduo dos casos de dengue na Regional Noroeste de Belo Horizonte, MG, 2007 e2008
Distribuio das Doenas no Espao
4) Avaliar o impacto das intervenes
Fonte: SMSA-PBH, 2008
2007
286 Casos de dengue761 Casos de dengue
2008
Anlise Espacial em Sade
Conceito: Estudo quantitativo da distribuio dasdoenas ou servios de sade onde o objeto referenciado geograficamente.
Usos em Epidemiologia:- Identificar difuso e etiologia de doenas, visando sua predio e controle.-Identificar padres espaciais de morbidade oumortalidade e os fatores a eles associados,
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Anlise Espacial em Sade
Mtodos: (Gatrell & Bailey (1996) Visualizao Anlise exploratria de dados Modelagem
Tcnicas: Geoprocessamento Geoestatstica Anlise de dados em trelia Anlise de padres pontuais
1. Geoprocessamento
Conceito: Conjunto de tcnicas de coleta, tratamento e exibio deinformaes.Sistema de Informao Geogrfica (GIS).
Monitoramento de ovitrampas em Belo Horizonte, 2009
BARREIRO
CENTRO SUL
OESTE
NOROESTELESTE
PAMPULHA
NORDESTE
NORTE
VENDA NOVAEpidemiologia: atividades devigilncia epidemiolgica eplanejamento de aes depreveno e controle.
Fonte: SMSA/PBH
2. Geoestatstica
Conceito: Estudo de fenmenos que variam no espao.
Valores em posies prximas so correlacionados.
Correlao diminui a medida que a distncia aumenta.
Mapa de Kernel
Fonte: SMSA/PBHDistribuio de casos de dengue na rea do Centro de SadeErmelinda, Belo Horizonte, MG, 2007.
3. Anlise de dados em treliaConceito: Observaes associadas com regies, regulares ouirregulares.
Negativos: 83Sem informao: 654Positivos: 116
Distribuio espacial da raiva bovina nos municpios de Minas Gerais, 2006.Fonte: Menezes et al., 2008
4. Anlise de padres pontuais
Conceito: A varivel de interesse a prpria localizao do evento.O objetivo saber se os eventos observados ocorreramaleatoriamente ou se possuem algum padro sistemtico emdeterminada regio, como agregao (clustering) ou regularidade.
(SVS, on line)
Distribuio espacial dos casos de LV, segundo UF deresidncia, Brasil, 2006
1 Ponto = 1 Caso
Sistema de Informao Geogrfica
Conjunto de processos, executados em modelo de aproximao do mundo real, produzindo informaes
espaciais teis na tomada de decises.
SIG o sistema computacional que materializa os conceitos do geoprocessamento de fenmenos espaciais, executados
em modelo de aproximao do mundo real, produzindo informaes teis na tomada de decises.
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Sistema de Informao Geogrfica
So as principais ferramentas do geoprocessamento epodem ser definidos de uma forma simplificada comosistemas de gerenciamento de informao georrelacional, ouseja, que tem a capacidade de relacionar um banco dedados a um determinado elemento presente no espaogeogrfico.
Sistema de Informao Geogrfica
As principais funes de um SIG so:
Coletar, armazenar e recuperar informaes baseadas em sua localizao espacial;
Identificar locais de interesse, em um ambiente, segundo um determinado critrio;
Investigar como os dados se relacionam espacialmente, oferecendo subsdios para anlises complexas;
Contribuir para elaborao de cenrios diante de intervenes sobre o meio fsico, na anlise de impactos e proposio de alternativas.
Sistema de Informao Geogrfica
O SIG necessita de cinco elementos bsicos:O SIG necessita de cinco elementos bsicos:
HardwareHardware
SoftwareSoftware
DadosDados
Profissionais e MtodosProfissionais e Mtodos
Sistema de Informao Geogrfica
Banco de Dados Espaciais e de Atributos Sistema de Apresentao Cartogrfica Sistema de Digitalizao de Mapas Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Sistema de Anlise Geogrfica Sistema de Processamento de Imagens Sistema de Anlise Estatsticas
Para que um sistema seja considerado SIG, deve oferecer ao usurio:
Sistema de Informao Geogrfica
Levantamento de dados em campo (GPS, Track maker...)
Independente da varivel a ser descrita e analisada no espao geogrfico, existem etapas bsicas a serem seguidas na elaborao da base de dados para anlise espacial, bem como construo de um banco de dados geogrficos:
Recuperao dos dados com a referncia espacial correta (Datum, coordenada, projeo)
Criao dos campos de dados de interesse com relao aos parmetros ou variveis levantados
Base de dados geogrficosSistema de Informao Geogrfica
Base de dados georrelacional
Base de dados geogrficos
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Bibliografia Consultada BIERRENBACHL, A.L., DUARTELL, E.C., FERREIRA, A.B., SOUZA, M.F.M.Tendncia da mortalidade por tuberculose no Brasil, 1980 a 2004. Rev SadePblica 2007;41(Supl. 1):15-23. BRASIL, Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Guia deVigilncia Epidemiolgica, 6 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2005. CORREA, Paulo Roberto Lopes; FRANCA, Elisabeth and BOGUTCHI, TniaFernandes. Infestao pelo Aedes aegypti e ocorrncia da dengue em BeloHorizonte, Minas Gerais. Rev. Sade Pblica [online]. 2005, v. 39, n. 1, pp. 33-40. MEDRONHO,Roberto A. et al (ed). Epidemiologia. So Paulo: EditoraAtheneu, 2009. PEREIRA, Maurcio Gomes. Epidemiologia, Teoria e Prtica. Rio de Janeiro;Guanabara koogan; 1995.ROUQUAYROL, M. Z. & ALMEIDA FILHO, Naomar. Epidemiologia e Sade.Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. WALDMAN, Eliseu Alves. Vigilncia em Sade Pblica. So Paulo:Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo. Ed. FundaoPetrpolis Ltda. 1998.
Muito Obrigada!