48
Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF www.paulomargotto.com.br Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano de Saúde Materno-Infantil 30 de maio a 2 de junho de 2012-Campina Grande (PB)

Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Dra. Elisa de CarvalhoGastroenterologia Pediátrica – HBDF

www.paulomargotto.com.br

Doença do refluxo gastroesofágico

de Brasília

II Congresso Paraibano de Saúde Materno-Infantil30 de maio a 2 de junho de 2012-Campina Grande (PB)

Page 2: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

lll

Morbidade!

Page 3: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Alta prevalência

Importância

0

10

20

30

40

50

60

70

4 meses 8 meses 1 ano

% RGE

Idade (Shepherd RW et al., 1987)

Over-diagnosed?Tratamento de longa

duração?Efeitos colaterais?

Page 4: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition(NASPGHAN)

European Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (ESPGHAN)

RGE em pediatria: Guidelines

Nível A: Estudos controlados e randomizados, estudos de coorte, com validação em diferentes populações.

Nível B: Coorte retrospectiva, estudos ecológicos, estudos de caso-controle ou extrapolações dos estudos do nível A.

Nível C: Série de casos ou extrapolação de estudos do nível B.

Nível D: Opinião de expertos ou baseado em conhecimentos da fisiologia ou pesquisas básicas.

Recomendações:

Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition 49:498–547; 2009

Nível de evidência

Page 5: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Definições

RGE: Retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, com ou sem regurgitação ou vômito.

Fisiológico:Ocorre vária vezes/diaEpisódios: < 3 minutos

Poucos ou nenhum sintoma

DRGE> duração e frequencia

Sintomas Complicações

Page 6: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

DRGE em pediatria

Regurgitação e vômitos

Dor em queimação

Esofagite

Esôfago de Barrett

Recusa alimentar Apneia - ALTE

Broncoespasmo

Pnemonia recorrente

Erosão dentária

Síndrome de Sandifer

Formas clínicas: sintomas e complicações

Estenose péptica

Neurocomportamentais

Otorrinolaringológicas

Page 7: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

História alimentar Preparo da fórmula Mudanças na alimentação ou técnicas de preparo Posição durante a alimentação Arrotos Comportamento durante a alimentação Asfixia, engasgos, tosse, arqueando, desconforto, recusa alimentar.

Padrão de vômito Freqüência /volume Dor Esforço Sangue ou bile Associado com febre, letargia e/ou diarréia

História clínica da criança com suspeita de DRGE

História médicaPrematuridadeCrescimento e desenvolvimentoCirurgias e internações anterioresResultados dos screenings dos recém-nascidoDoenças recorrentes, especialmente IVAS, pneumonia e asmaAgitação, rouquidão e soluçosApnéiaGanho de peso e crescimento (altura)Outras condições crônicas

Medicações

História familiar psicossocialAs fontes de estresseUso de drogas pela mãe ou paiDepressão pós-parto

História familiarDoenças significativasHistória familiar de doenças gastrointestinaisHistória familiar de atopia

Gráfico de crescimento, com altura, peso e circunferência cranial.

História clínica e exame físico

Page 8: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

RGE oculto: hematêmese ou estenose esofágica

Esofagite: sinais e sintomas

EpigastralgiaDor retroesternal

HematêmeseDisfagia e odinofagia

AnemiaSíndrome de Sandifer

VômitosRegurgitação

DisfagiaRecusa alimentar

Baixo ganho de pesoIrritabilidade

Lactentes e crianças menores Crianças maiores e adolescentes

Page 9: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

lll

RGE: lactente X criança maior

Page 10: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Complicações esofágicas: Grupos de risco

0

10

20

30

40

50

60

70

4 meses 8 meses 1 ano

% RGE

(Shepherd RW et al., 1987)

0

10

20

30

40

50

60

70

< 2 >2 e <6 >6 Idade (anos)

Esofagite

Total: 195 EDA: HBDF

Sintoma incomum após 18 meses: alerta!Paciente com regurgitações e vômitos > 18 meses de idade

Page 11: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Complicações esofágicas: Grupos de risco

Maior predisposição a RGE graves e crônicos:Pacientes neurológicos

ObesidadeOperados por atresia esofágica

Alterações esofágicas congênitasFibrose císticaHérnia hiatal

Transplante de pulmão

Page 12: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Métodos diagnósticos

Impedanciometria com pHmetria

pHmetria esofágica

Seriografia esôfago estômago e duodeno

Endoscopia digestiva com biópsia

Manometria

Ecografia abdominal

Cintilografia gastroesofágica

1

2

3

4

6

5

7

Page 13: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

13

pHmetria esofágica

Page 14: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

pHmetria esofágica

Quantifica o RGE ácido: diferencia RGEF X DRGE.

Avaliação de sintomas respiratórios.

Correlaciona sinais e sintomas com os episódios de RGE.

Avaliação da eficácia do tratamento.

RGE pós-prandial:Alcalino

Falso negativo

B

Page 15: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Impedanciometria com pHmetriaQuantifica os episódios de RGE e correlaciona com sinais e sintomas.

Detecta refluxo ácido e não ácido.

Analisa o material refluído: líquido, gasoso ou misto.

6 campos de medida de impedânciaque caracterizam a ascensão do refluxo.E um sensor distal de pH, que aponta se o material refluído é ácido ou não

refluxo pH> 4refluxo pH> 4refluxo pH< 4refluxo pH< 4

B

Page 16: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

• EES: tonus basal, relaxamento e resposta a estímulos

• Corpo: peristalse primária e secundária• EEI

Faringe Faringe

EESEES

CorpoCorpo

EEIEEIEstômagoEstômago

Manometria esofágica

Localizar o EEI para pHmetria

AcalásiaOutras que simulam o DRGE.

Alterações da motilidade

Pacientes com atresia de esôfago

Pacientes refratários ao tratamento

Page 17: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

EDA: complicações esofágicas da DRGE

Ulcera esofágica Estenose

Erosões confluentes

Esôfago de Barrett

Erosões não-confluentesErosão: única prega

Diagnóstico de DRGE

C

Page 18: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Esôfago normal: não exclui a possibilidade de DRGE.

Alterações endoscópicas como mucosa esbranquiçada e alteração do padrão vascular são subjetivas e inespecíficas.

Não são suficientes para o diagnóstico de DRGE.

Page 19: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Hiperplasia da camada basalIsmail- Beige II

Avaliação histológica

Alterações: não apresentam sensibilidade e especificidade suficientes para estabelecer

o diagnóstico da DRGE.

Ausência destes sinais: não exclui a possibilidade de DRGE.

Diagnósticar e monitorizar o esôfago de Barrett e suas complicações.

Avaliar outras causas de esofagite (infecções, Crohn e EE).Biópsia endoscópica:

B

BC

Page 20: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Esôfago de Barrett

Page 21: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

SEED

Não tem valor para o diagnóstico de RGE.

Estenoses esofágicas, hérnias de hiato, acalasia, fistula traqueoesofágica, má rotação intestinal e

estenose pilórica.

Importante: avaliação anatômica do trato digestório superior. B

Page 22: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Cintilografia gastroesofágica

De rotina, não é recomendada para avaliação de pacientes com RGE.

Avalia esvaziamento gástrico e pode ser útil nos pacientes com sintomas de retenção gástrica (gastroparesia).

O teste normal não exclui a possibilidade de DRGE ou de aspiração pulmonar.

Importante: avaliação de aspiração pulmonar naqueles pacientes com sintomas respiratórios refratários ou crônicos.

Imagem com 01 e 24 horas.

Não tem valor para o diagnóstico de RGE ou DRGE.

B

Page 23: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Ecografia de abdome

Não tem valor para o diagnóstico de RGE ou DRGE.

Nota oficial do Departamento de Gastroenterologia Pediátrica da SBP

Importância: estenose hipertrófica de piloro.

Page 24: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Tratamento

Terapia farmacológica

IBP Bloqueador H2

Hábitos de vida

Tratamento cirúrgico

Procinéticos

Supressão ácida

Postura

Alimentação

Neutralização ácida

Tabagismo, álcool

A

Page 25: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano
Page 26: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano
Page 27: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Antagonista dopaminérgico periférico que facilita o esvaziamento gástrico.Alto peso molecular, dificulta a penetração na barreira hematoencefálica.Efeitos colaterais: cólicas, efeito secretor da prolactina (galactorréia)Dose: 0,25 mg/Kg/dose, 3 a 4 vezes/dia, 15 a 30 min antes das refeições (1mL = 1 mg)

Liberação da acetilcolina e antagonista central e periférico dopamina.Atravessa a barreira hematoencefálica.Interação medicamentosa: atropina, digoxina, neurolépticos.Efeitos colaterais: síndrome extrapiramidal, sonolência, astenia, cefaléia.Dose: 0, 5 a 1,0 mg/Kg/dia, fracionada até 6 vezes, 30 min antes das refeições.

Pressão do EEIEstimulam o peristaltismo esofágicoAceleram esvaziamento gástrico

Procinéticos

Domperidona

Bromoprida

Não existem evidências suficientes da eficácia de procinéticos que justifiquem o uso rotineiro (metoclopramida, eritromicina, betanecol, bromoprida ou domperidona).

C

Page 28: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Supressão da secreção ácida

Antagonistas do receptor H2

Inibidor da bomba de prótons

Esofagite péptica

Page 29: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Tratamento: supressão ácida

Antagonistas dos receptores H2 da histamina

Cimetidina: 10 a 15 mg/kg/dose 4x/dia (máximo: 800 a 1200)

Ranitidina: 5 mg/kg/dose 2x/dia (máximo: 300)

3,5 mg/kg/dose 2 a 3x/dia

Famotidina: 0,5 a 1,0 mg/kg/dia 2x/dia (máximo: 20mg)

Page 30: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Antagonistas do receptor H2

Contras:Taquifilaxia ou tolerância (06 semanas)

Favor:Rápido início de ação on-demand therapy

Irritabilidade, dor de cabeça, sonolência e outros efeitos colaterais que, se interpretadas como sintomas persistentes de DRGE, pode resultar em um aumento inapropriado na dosagem.

Efeitos colaterais:

Page 31: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Bloqueador do receptor H2

↑ pH gástrico

↑ Gastrina

↑ Número de células parietais

↑ Resposta secretória ácida por diferentes estímulos

↑ Regulação dos receptores H2

Bloqueio duradouro do receptor H2

↑ Número dos receptores H2

↑ Regulação dos receptores G

↑ Número dos receptores G

Taquifilaxia

Page 32: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

HCl

Difusão passiva: potássio

H+

K+

Na+

K+

Na+ K+ATPaseBomba de sódio

K+

Ca++ Ca++

AcetilcolinaGastrina Histamina

Adenilciclase

AMPcíclico

Proteína quinases

H+ K+ATPaseBomba de

prótons

Bloqueador do receptor H2 da histamina

Inibidor da bomba de prótons

Eficácia dos IBP: capacidade de manter pH gástrico elevado (>4) por tempo prolongado e suprimir a secreção ácida induzida por alimentos.

A potente supressão da secreção ácida, resulta em diminuição do volume intra-gástrico, o que facilita o esvaziamento gástrico e diminuiu o volume refluído.

A

Page 33: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Omeprazol0,7 a 3,5 mg/Kg/dia 1 a 2x/dia

Média: 1,0 mg/kg/diaAdolescentes e adultos: 20-40mg/dia

Lansoprazol 0,4 a 2,8 mg/kg/dia, média de 1,2 mg/kg/dia e máxima de 60 mg/dia.

15mg\dia para menores de 30kg e 30mg\dia para acima de 30 kgEsomeprazol

10mg (<20kg) e 20mg (>20kg)Pantoprazol

0,5 a 2mg\kg, dividida a cada 12 a 24h.20 -40mg, VO, em crianças entre 5 a 16 anos.

Crianças entre 01 e 10 anos: doses maiores. Menores de 06 meses: doses menores.

Inibidores da bomba de prótons

EUA: omeprazol, lansoprazol e esomeprazol.Europa: omeprazol e esomeprazol.

Nenhum para crianças menores de 01 ano.

Aprovado para crianças

Page 34: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

IBP: Administração oral

Intestino

Sangue

FígadoCYP2C19CYP3A4

IBP: intravenoso

pH = 7,4

pH = 7,1

IBP

H+K+

ATPase

H+K+

ATPase

Bomba de prótons em repouso

H+K+

ATPase

Bomba de prótons ativa

H+K+

ATPase

Bomba de prótons bloqueada

IBP pH < 2Derivado de sulfonamida

H+

K+

Célula parietal

Inibidores da bomba de prótons: farmacocinética e mecanismo de ação.

Page 35: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Inibidores da bomba de prótons

Maioria: uma dose diária, 15 a 30 minutos antes da primeira refeição.Duas doses: em casos selecionados.

Em geral, para cicatrização, não é necessára acloridria. Deve ser utilizada a menor dose efetiva.

Reações idiossincrásicas (cefaléia, diarréia, constipação e náusea), interação com drogas, hipergastrinemia, hipocloridria (pneumonia, infecção GI,

candidemia e enterocolite necrosante em prematuros).Aumento do risco de alergia alimentar????

Efeitos colaterais

Supressão ácida máxia leva: 04 dias. Pode ser utilizado on-demand.

Page 36: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Nem todo RGE é crônico e o paciente deve tentar descontinuar a terapêutica, se estiver assintomático, após 3 a 6 meses.

Não se deve usar por longo prazo sem diagnóstico definido.

Não deve ser interrompido de modo abrupto, para evitar o rebote, que pode ocoasionar recorrência dos sintomas.

Deve ser diminuído gradualmente em 04 semanas.

Inibidores da bomba de prótons

‘step-down’

HCl

Difusão passiva: potássio

H+

K+

Na+

K+

Na+ K+ATPaseBomba de sódio

K+

Ca++ Ca++

AcetilcolinaGastrina Histamina

Adenilciclase

AMPcíclico

Proteína quinases

H+ K+ATPaseBomba de

prótons

‘step-up’

Page 37: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Tratamento cirúrgico

Cirurgia anti-RGE:Pacientes selecionados com sintomas crônicos, refratários ao tratamento clínico, dependentes de tratamento por longo período, não aderência ao tratamento clínico, aspiração pulmonar e sintomas que ameaçam a vida.

Antes da cirurgia: importante o diagnóstico deferencial e exclusão de outros diagnósticos que podem ser responsáveis pelos sintomas.

Importante: esclarecer as complicações da cirurgia e a possibilidade de falha cirúrgica.

C

Page 38: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Paciente com regurgitações e vômitos

Lactentes e crianças:História clínica e exame físico, na ausência de sinais de alarme, em geral são suficientes para estabelecer o diagnóstico de RGE não complicado.

RGEF? Outras causas?DRGE?

FebreLetargiaHepatoesplenomegaliaAbaulamento de fontanelaMacrocefaliaMicrocefaliaConvulsõesDistensão abdominal Síndrome genética/metabólica

Vômitos biliososSangramento gastrointestinalHematemeseHematoqueziaVômitos frequentes e com esforçoInício dos vômitos após 6 meses de vidaHipodesenvolvimentoDiarréiaConstipação

Sinais de alarme em crianças com regurgitação ou vômito

C

Page 39: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Lactentes com fórmula: Avaliar a possibilidade de espessar

O espessamento é anti-regurgitação e não anti-RGE.

Evolução:Resolve em torno de 12 a 18 meses.

Paciente com regurgitações e vômitos, sem sinais de alarme

PosturaMenores de 01 ano: supina.

Não faz diferença a cabeceira elevada.

Prona:Lactente observado e acordado.

Risco de óbito pelo RGE > morte súbita.Maiores que 01 ano (risco de SIDS é insignificante).

A

A

A

Page 40: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Lactentes com baixo ganho de peso

Paciente com regurgitações e vômitos

RGEF

Histórico alimentar (densidade calórica, volume e caloria).- EAS, hemograma, bioquímica e testes adicionais (FC, EIM, alterações anatômicas)

Possibilidade de AA: teste terapêutico com 02 a 04 semanas com FeH ou FAA.Se amamentado: dieta de exclusão para a mãe (leite e ovo). B

Page 41: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Pode ser necessário: hospitalização, dieta via SNG ou SNJ.

Page 42: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Paciente com esofagite

O alívio dos sintomas pode ser tido como boa avaliação da eficácia do tratamento.

Não é recomendado EDA de rotina para avaliar cicatrização da lesão.EDA de controle: persistência dos sintomas, esofagite importante, estenose,

esôfago de Barrett e diagnóstico diferencial com outras entidades.

Se necessário por longo prazo, avaliar: Fatores predisponentes

Outros diagnósticos

Terapia inicial: IBP por 03 meses.

Se não houver melhora em 04 semanas: aumentar a dose.Pode ser necessário por 06 meses ou por longo prazo.

A

Page 43: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Esôfago de Barrett

Conduta: supressão ácida agressiva.O alívio dos sintomas não são suficientes para acompanhamento do paciente.

pHmetria deve ser realizada para ajuste da dose do IBP.A cirurgia não é necessariamente indicada.

Page 44: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Lactentes com apneia ou ALTE(apparent life-threatening event)

Se houver suspeita: pHmetria combinada com polisonografia

Em geral: RGE não é a causa destas entidades.

Sintomas das VAS: sinusite, tosse e otite

Primeiro lugar: diagnóstico diferencial com outras patologias.

B

Page 45: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Doença respiratória: chiador e asma Asma: estudos mostram alto percentual de DRGE na pHmetria, mas o

benefíco do tratamento é questionado, se for assintomático.03 grupos devem ser avaliados: aqueles com queimação, asma noturna, os

dependentes de corticóide.A avaliação com a pHmetria pode ser útil. B

Page 46: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Erosão dentária

Associação com RGE está estabelecida, mas deve ser avaliada outras possibilidades:

Uso de sucos, bulimia, uso de doces e fatores raciais e genéticos.

Desgaste inicial das cúspides dos molares decíduos, que perdem suas pontas e ficam mais arredondadas, em processo de erosão dentária por doença do refluxo gastroesofágico.

Erosão dentária severa em molares decíduos em criança com DRGE, mostrando perda de esmalte e de dentina.

Page 47: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Obrigada!

67% dos lactentes

(4 meses):

RGE

7%: DRGE

(Orenstein, 1994)

Tratar crianças é melhorar a qualidade de vida dos adultos!

Page 48: Dra. Elisa de Carvalho Gastroenterologia Pediátrica – HBDF  Doença do refluxo gastroesofágico de Brasília II Congresso Paraibano

Nota do Editor do site www.paulomargotto.com.br

Dr. Paulo R. MargottoConsultem também:

Refluxo gastroesofágicoAutor(es): Raulê de Almeida