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Edição 227 - Revista Backstage

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Protocolo Dante e Rede Digital - Parceria da Yamaha com a Globosat criou rede de áudio integrando consoles e protocolo para TV, PA e UM no Prêmio Multishow

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Sumário

Cada vez mais as empresas recorrem

ao uso da tecnologia de ponta como

forma de entregar seu produto com

extrema qualidade. Uma das

premiações mais aguardadas da TV

brasileira, o Prêmio Multishow, que

aconteceu no Arena HSBC (RJ),

contou com uma parceria entre

Globosat e Yamaha para criar uma

rede de áudio digital. As empresas

optaram por utilizar a rede de

protocolos Dante-MY16-AUD

alinhadas aos consoles modelos CL5

e CL1, possibilitando, assim, que as

mesas recebessem multicabos e

conexão digitais.

Confira também como foi o Festival

de Jazz de Ipiabas, gênero que vem

colocando pequenas cidades na rota

do turismo musical.

SumárioAno. 20 - outubro / 2013 - Nº 227

12 VitrineO novo Mixer Krystal Pod12.4UFX, da Waldman é uma dasapostas da Equipo para omercado brasileiro.

18 Rápidas e RasteirasAPioneer fecha parceria noBrasil e Robe Pointe estreia emBarretos (SP).

24 Gustavo VictorinoFique por dentro do queacontece nos bastidores domercado de áudio.

26 Play RecO grupo Escambo estreia novotrabalho, Neon, e a novataMaria Thalita de Paula lançaseu primeiro CD.

“ 54 Processamento paraleloComo comprimir a voz, a bateria e

conseguir encaixá-las direitinho namúsica, na dose certa e sem ter gran-des perdas.

62 Eletrônica na músicaConstruir instrumentos e equipamen-tos a partir da necessidade dos músi-cos aliado à eletrônica.

90 Boas NovasAs cantoras Perlla e Rachel Mala-

faia concorrem ao Troféu Promessas2013 e Joe Vasconcelos sai em turnêpelos EUA.

96 Vida de artistaNessa edição, Luiz Carlos Sá contasobre como surgiu um dos mais em-blemáticos LPs de sua carreira Passa-

do, Presente, Futuro.

NESTA EDIÇÃO

Conexão RJ e SPO festival que aconteceu durante dois meses nas duas prin-cipais capitais do país reúne produtores e artistas do merca-

do médio de música. A festa de encerramento foi no palcodo Circo Voador (RJ).3232

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CADERNO TECNOLOGIA

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

46 CubaseA Steinberg/Yamaha apresen-ta novidades com lançamentode produtos e novas versões

de software durante a maiorfeira de TV e vídeo do país.

56 AbletonAprenda a organizar antes de

importar as seleções demúsicas e assim facilitar aperformace do DJ.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Luciano Freitas, LuizCarlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes eVera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho, Miguel Sá, Ricardo Schott ePedro Rocha.EstagiáriaKarina [email protected]ção de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos pedidos denúmeros atrasados enquanto houver estoque, através do seu jornaleiro.

72 VitrineO Martin 350 entour da Martin e

uma das apostas que a Harman trazpara o mercado. Já o console SaphireTouch é a novidade da Avolites.

78 Samba BrasíliaO festival, que contou com grandes

nomes do samba e do pagode, teve

como novidades o uso do softwareLight Converse para programaçãoem 3D e uma sala de programaçãoà disposição dos lighting designers.

CADERNO ILUMINAÇÃO

74 Iluminação cênicaUma reflexão sobre o impacto da

iluminação e sua contribuição aoresultado final nas apresentaçõesartísticas é o assunto do colunistaCezar Galhart neste mês.

42 EstúdioPortátil: essa é a palavra-chave para

os teclados controladores com 5oitavas. Selecionamos três modelosdisponíveis no mercado.

50 LogicExplore mais um pouco algumas

novas funcionalidades do Logic Pro X,

como o funcionamento detalhado

do Smart Control.

Ipiabas Jazz & BluesA pequena cidade do interior fluminense foi mais uma que

entrou para a rota dos festivais de jazz e blues. Nesta edição,Stanley Jordan e Peter Madcat foram alguns grandes nomes

que passaram por lá.

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Cada um vê

siga: twitter.com/BackstageBr

uma característica do brasileiro ser otimista, e o otimismo é umagrande e necessária qualidade. Entretanto, o otimismo junto com

uma visão míope do mercado acaba entorpecendo a lógica e exacer-bando o ego, o que pode levar a tomarmos atitudes impensadas comprejuízos certos.

Para o nosso mercado, historicamente, a Expomusic é o grande termô-metro do que vai acontecer no próximo ano, e já é hora de voltar a fazeras contas antes que as festas de final de ano deem as caras.

A julgar pelos números promissores divulgados pela assessoria de co-municação da Expomusic, parece que este ano o mercado se recuperoude uma forma espetacular (a feira deste ano gerou R$ 280 milhões emnegócios, o que representa cerca de 40% do faturamento anual do mer-cado) e projeta um crescimento de vendas no varejo na ordem de 12%a mais que no ano passado, devendo movimentar, no varejo, cerca deR$ 2 bilhões. Segundo o comunicado da assessoria da Expomusic, umgrande expositor teve aumento de 20% nas vendas em relação à feirado ano passado.

Os eventos que estão por acontecer nos próximos anos, como Copa doMundo e Olimpíadas, aliados aos índices divulgados pelo IBGE, comoo aumento de 1,7% na renda do trabalhador, parecem influenciar ain-da mais esse clima de melhoria do mercado. Não esqueçamos que asprincipais cidades estão se preparando e investindo grande quantidadede dinheiro para esses eventos, o que teoricamente acaba por fomentarmercados secundários.

No entanto, dados apresentados no final de setembro pelo BC, porexemplo, contrariam essa expectativa quando demonstram que, só emagosto, o país teve déficit de mais de US$ 5 bilhões nas contas externas.Ou seja, mais do que o dobro registrado no mesmo mês do ano passado,acumulando no ano quase US$ 60 bilhões negativos. No mesmo estu-do do IBGE, que divulgou os dados apresentados acima sobre a renda dotrabalhador, o órgão confirma queda nas contratações na indústria,que fechou 33 mil postos de trabalho em seis regiões metropolitanas,só no mês de agosto.

No universo “economês”, as previsões, percentuais, crescimentos,desacelerações etc., são palavras e números que às vezes perdem o sen-tido devido a suas grandezas serem totalmente conflitantes. Afinalqualquer crescimento abaixo de 10% é insignificante aos nossos olhosmíopes pelo egocentrismo profissional.

Boa leitura.

Nelson Cardoso

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

É

o que gostaria de ver

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SOUNDCRAFTwww.harmandobrasil.com.brA Harman traz ao mercado umanova opção em mesas analógicascom a nova Soundcraft Sele-nium SX 3204. Equipada com 32canais, entradas de microfonecom conexão XLR e também en-trada de linhas balanceadas, amesa possui canais estéreo comentradas balanceadas e conec-tor TRS (P10), pré-amplifica-dores de microfones com baixoruído e +48V “Phantom Power”.

STRINBERGwww.sonotec.com.brA Sonotec, importadora damarca Strinberg no Brasil, trou-xe ao mercado sua nova guitarramodelo Telecaster vintage series

disponível na cor azul piscina emadeira natural. Ela segue asprincipais características detimbre e conforto próprios des-te modelo e, o principal, compreço bastante competitivopara a realidade de mercado. Elapossui ponte tele tradicional,tarraxas die cast, controle devolume e tone.

GEMINIwww.proshows.com.brO CDJ 650 da Gemini possui muitas das mesmas carac-terísticas do CDJ-700, porém um pouco mais simples.Com seus controles e funções versáteis, o CDJ-650 é vol-tado para DJs profissionais. Ele é compatível com todas

as mídias, engloba ca-pacidades de playbackmuito flexíveis e seuscontroles ainda são defácil entendimento.Com um design arrojado,ele ainda armazena músi-cas em CDs, pen drivesou em computadores.

LEXSENwww.proshows.com.brA Proshows, empresa distribuidora da marcaLexsen no Brasil, apresentou a mais nova caixapassiva da marca, construída com MDF dearaucárias, o que dá ao equipamento um acaba-mento bem robusto. A caixa é perfeita parauso profissional em eventos como shows empubs, igrejas, auditórios, escolas, teatros e lo-cais fechados. Muito fácil de transportar,acompanha um adaptador para encaixe em su-porte para total flexibilidade de instalação.

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FMJ60 DAISYwww.amercobrasil.com.brA italiana CIARE Speakers avança natecnologia com o seu mais recente lan-çamento. Apresentado na Expomusic2013 pelo seu distribuidor oficial noBrasil, o Driver FMJ 60 “Daisy” chegapara revolucionar o conceito de respos-ta de frequência, com a faixa de respostade 1kHz ÷ 40 kHz. Confira mais deta-lhes no site.

WASHBURNwww.proshows.com.brAs guitarras Washburn da série “TimeTraveller” são feitas à mão e envelhecidaspara olhar, sentir e tocar como se tivessem40 anos. Construídas no Washburn EUACustom Shop, essas guitarras de edição limi-tada utilizam madeiras premium e compo-nentes para um ótimo tom. O acabamento“Aged Nitro Celulose” está disponível em 4cores: Pelham Azul, Polaris Branco, GoldenNévoa e o Cardeal Vermelho. O modeloPS2012R possui um corpo de mogno comum centro criado e esculpido de branco/pre-to/branco com o logotipo Starfire.

AUDIO-TECHNICAwww.proshows.com.brO sistema de monitor intra-auricular sem fio da Audio-Technica é extremamente avançado tecnologicamente epossui benefícios para monitoração profissional, que inclu-em 1250 canais UHF disponíveis e displays de fácil leiturapara facilitar os ajustes nos transmissores e receptores. É umsistema de monitoração em estéreo que possui controle demixagem de dois sinais independentes no palco através doscontroles no receptor body pack M3R. O transmissor M3Tpossui duas entradas nível de linha terminado em co-nectores de entrada tipo XLR / ¹/4’’ combo.

WALDMANwww.equipo.com.brO novo Mixer Krystal Pod 12.4UFXda Waldman vem com inúmerasqualidades como krystal Preamps,processador multi-FX e EQ gráficode 7-bandas. Além disso, o produtoainda vem com 12 canais, 2+2-Bus,compressores: canais 1 a 4, entradaspara microfone XLR e saídas Main:XLR, eletronicamente balanceadas.Um equalizador Semi Paramétricotambém vem embutido.

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BUGERAwww.proshows.com.brO BUGERA V5 proporciona o tom de uma verdadeira válvula pu-xando para um estilo mais vintage. Oferece também característicasmodernas que aumentarão a qualidade de seu som. O atenuador doV5 fornece tom valvulado saturado a 1, 5 ou 0,1 watts. Ele aindapossui efeito Reverb integrado de alto desempenho com controlededicado, equalizador tipo Vintage com controle de tom dedicado eum atenuador de potência de duas vias embutido.

GIANNINIwww.giannini.com.brA Giannini lançou o Violão Profissional GNC-20 da Série Acoustik. Essemodelo possui acabamento impecável (comparável aos melhores Handmadesinternacionais). Sua construção é toda maciça (all solid) com Spruce (tampo)e Mogno (faixa e fundo). As tarraxas especiais (estilo vintage com pino preto)de primeiríssima linha proporcionam uma afinação precisa. Possui ainda umnovo sistema de encaixe do tensor com Cover Blind.

MARSHALLwww.proshows.com.brA Marshall e o guitarrista Slashresolveram trabalhar juntos emum novo projeto e anunciaram olançamento do SL5 Slash Sig-nature Combo, um amplificadorvalvulado de 5 watts que incorpo-ra todas as funções e característi-cas de um grande amplificadorMarshall. O SL5 tem dois canais:Clean e Overdrive. Um controlede volume único, que proporcionao autêntico “Crunch” da Mar-shall. O combo SL5 pode ser liga-do a apenas 1 watt em qualquermomento, o que lhe dá o tom per-feito de Slash.

WALDMANwww.equipo.com.brO novo sistema Wireless Digiscan UC1100PL da Waldman é umreceptor de frequência 682,15 a 697,0 MHz com estabilidade defrequência de 10 ppm e sensibilidade 13dBuV. Ele vem com ummicrofone e possui alcance de operação de 100 metros, acom-panhado de um cabo P10 (6.35mm). Sua energia de transmissãoé de 10mW, com 100mA de consumo de corrente.

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Seminário some imagem nas igrejasNo dia 5 de outubro acontece, noRio de Janeiro, o I Seminário Som e

Imagem nas Igrejas. Em um único dia,os participantes poderão assistir apalestras sobre som, iluminação,fotografia e vídeo, todas voltadaspara aplicação no ambiente de igre-jas. O encontro terá como temasAcústica em Templos Religiosos, Siste-

ma de sonorização e uso de mesas digi-

tais, Iluminação nos templos religiosos,Captação e transmissão de vídeos pela

internet e Direção de fotografia. Oevento, realizado pela Academia daFé e IATEC, possui vagas limitadase as inscrições devem ser feitas pelosite www.iatec.com.br. O seminárioserá das 9h às 19h30, na Tijuca.

PIONEER FECHAPARCERIA COM SOMECOA Pioneer DJ, acaba de fechar umaparceria com a Someco Ind. Com.Imp. e Exp. Ltda, para a importaçãoe distribuição oficial de seus produ-tos no país, como a linha de Con-troladores, Players, Mixers e Fonesde Ouvido profissionais da PioneerDJ. A Someco, que já representa aPioneer DJ em diversos países daAmérica Latina, também passa a terum serviço de atendimento pós-ven-da e garantia oficial nacional para osequipamentos distribuídos.

Robe Pointe em Barretos

Cerca de 250 moving heads daRobe foram usados nos dois palcosprincipais na Festa do Peão de Bar-

retos 2013 (SP). Esta foi a primeira

vez que o modelo Pointe foi esco-lhido para iluminar um evento degrande porte como esse. A Apple

Produções, também encarregadada criação dos projetos de cenogra-fia e iluminação - elaborados porGabriel Pincel, lighting designer egerente técnico da empresa, com acolaboração dos designers João Ba-tista e Carlos Umbelino, tambémda Apple -, optou pelos equipa-mentos da Robe nos dois palcosprincipais e em uma gaiola sus-pensa no meio da arena para ilumi-nar a plateia. No total, foram 72Pointe, 24 MMX Spot, 24 LEDWash600, 24 LEDWash 1200 e 72 LED-Beam 100, todos da série ROBIN daRobe, além de 20 ColorWash 1200EAT, 20 ColorSpot 1200E AT e 10ColorBeam 2500E AT.

As empresas iniciaram os traba-lhos da Festa do Peão de Barretos cer-ca de quatro meses antes, prepa-rando corretamente o projeto in-teiro, com as equipes, materiais elogística necessários. A Festa tevedois palcos: o Esplanada, onde noprimeiro final de semana foi reali-zado o Festival Villa Mix EdiçãoBarretos, e o Palco Principal, loca-lizado na Arena onde tocaram aovivo Jorge & Mateus, GusttavoLima, Bruno & Marrone, Chitão-zinho & Xororó, Luan Santana,entre outros.Para dar suporte adicional às ban-das, a Apple montou um estúdiocompleto de programação comequipamentos de última geração,incluindo três consoles grand-MA2 light, uma console grand-MA2 ultra light e três CommandWings, mais dois MA VPU e doisMA NPU, com a supervisão dePaulo Lebrão, da MA Lighting doBrasil, parceiro da Apple, e já na 5ºedição da festa.Todos os sistemas foram interliga-dos por fibra óptica, e com todos osefeitos possíveis pré-programados.Desse modo, o iluminador de cadaartista podia programar seu showda maneira mais simples e objetiva,sendo acompanhado por um técni-co especializado da Apple.

Da esq. para direita: Edvaldo Magoo, Paulo Lebrão, Ivan Moura, Gabriel Pincel e João Batista

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PLANETA DRAGÃOESTREIA EM RIBEIRÃOEm novembro, é o axé que vai domi-nar Ribeirão Preto. O Planeta Dra-

gão está confirmado na cidade nosdias 9 e 10 de novembro. Em umaestrutura diferenciada, o eventocontará com a participação do TrioDragão. Entre as atrações já confir-madas estão Banda Eva, com ovocalista que assumiu o comandonesse ano, Felipe Pezzoni, a bandaChiclete com Banana e o cantor To-mate, que se apresentam no dia 9 eos já aclamados Asa de Águia ePsirico - que virou febre na Bahia nosúltimos carnavais, além do cantorSaulo, no dia 10.O evento acontecerá no ParquePermanente de Exposições comuma superestrutura. Um grandepalco com alta tecnologia dividirá oespaço com o Dragão, alternandoos shows nos dois espaços. O Pla-

neta Dragão é um evento inspiradono trio elétrico Dragão, que possui34 metros de comprimento, 5 me-tros de largura, 6 metros de altura ecapacidade para receber cerca de80 convidados.

GOSPEL NAFESTA DA MÚSICAO cantor Anderson Freire está con-firmado na 9ª Festa Nacional da

Música (FNM), que acontece de 20a 24 de outubro, em Canela (RS).Anderson, além de se apresentar naabertura especial do evento, no do-mingo, com show gospel para todaa cidade, participará de toda a pro-gramação do evento. Idealizadopelo jornalista Fernando Vieira, aFesta Nacional da Música é referên-cia para artistas e gravadoras, atra-indo a atenção dos meios de comu-nicação de todo o país.

ERRATA NEXT PRODiferentemente do que foi publica-do no título da nota da página 30,edição 226, de setembro de 2013, aempresa Next Pro não tem Audio emseu nome. Portanto o correto é ape-nas NEXT Pro.

GUITAR SOUND - MUSIC STORE

No dia 10 de setembro foi inaugu-rada uma nova loja no quarto an-dar do Plaza Niterói Shopping.Pertencente ao Grupo Nova Dis-conildo, o espaço é totalmentededicado aos músicos que procu-ram um local agradável, de fácilestacionamento, seguro e princi-palmente com uma grande varie-dade de marcas e modelos de gui-tarras, baixos elétricos, baterias eteclados. Segundo um dos músi-cos presentes, Niterói tem a maiorpopulação de músicos por metroquadrado no Brasil e merecia umaloja como esta há muito tempo.

Na inauguração, entre várias apre-sentações de músicos niteroienses,Arthur Maia mostrou porque éconsiderado uns dos melhores bai-xistas de todos os tempos.

Pocket show do Arthur Maia

Genildo e Hedlane, proprietários

NOVO SOFTWARE ARRAY CALC V7

...da d&b audiotechnik

O novo software da d&b au-diotechnik, Array Calc V7, é umutilitário que serve para calculara posição dos lines. Ele foi lança-do no CITT, uma feira que ocorreno Canadá.O ArrayCalc V7 agora permiteprojetos com até cinco planosde escuta, com garantia de efi-ciência. O sistema oferece ali-nhamento extremamente pre-ciso e cálculo de delay. Ele ain-da se adapta a todos os alto-fa-

lantes d&b e exporta facilmentepara o software de controle remo-to R1 d&b.A d & b não só mostrou as quali-dades do produto em seu estandeno CITT, como também ofereceuum seminário para demonstrar afacilidade de um projeto em tem-po real usando o ArrayCalc V7.Na conferência, a d&b audio-technik também contou com osalto-falantes T10 de sua T-Series,bem como de vários alto-falantesdo xS-Series.

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SELENA GOMEZ DÁ INÍCIO A UMA SÉRIE DE SHOWS NO CANADÁA turnê Stars Dance conta com novos equipamentos Robe, como os 16 Pointe,disponibilizados pela empresa locadora do Tennessee, Bandit Lites, que incluem ainda18 LEDWash 600, 12 LEDWash 1200 e 36 LEDBeam 100, todos da série ROBIN deiluminação, que contam com o conceito de aparelhos ‘menores, mais leves e maisbrilhantes’ e vão acompanhar os demais shows de Selena no Canadá. Seth Jackson,diretor criativo e designer de produção, e Nathan W. Scheuer, designer de iluminação -que estão trabalhando com os equipamentos Robe pela primeira vez, após uma visita àfábrica, na República Tcheca -, decidiram incorporar a marca à turnê. “Vimos todo oprocesso de fabricação, cuidados e atenção meticulosa com cada aparelho. Conhece-mos os engenheiros, designers, equipe de desenvolvimento de produto, staff de supor-te e vendas da Robe, sempre contando com a presença de Josef Valchar, CEO daempresa, ao nosso lado. A dedicação de todos nos deixou uma verdadeira apreciação,de natureza única, do que a Robe está fazendo e a elegância e qualidade do que estãocriando”, disse Jackson.

ERRATA – TEMPO DE REVERBERAÇÃONa edição 226, Claudia Leitte grava novo DVD ao vivo, foi publicado que o tempo dereverberação no estádio onde foi gravado o mais recente DVD de Claudia Leitte chega-va perto de 1 minuto. A informação está incorreta. O correto é dizer que o tempo dereverberação foi de 4 milissegundos.

NOVOS CONTATOS DR. WATTA Dr.Watt – Soluções Cênicas está com novos telefones. A partir de agora, os clientesdevem ligar para (21) 8342-0131 para vendas e falar com Felipe ou (21) 8342-0141 parafalar com Hellen, no setor de vendas. Além dos novos números, a empresa possui maisdois canais: [email protected] e [email protected].

SOFTWARE RECUPERA AUDIÇÃOUma nova ferramenta tecnológica chega ao mercado com a proposta de melhorar aaudição das pessoas que tem perda leve a moderada severa. Segundo o fabricante doHearing Guardian V1, desenvolvido com a tecnologia Earlogic, criada na UCLA, o usocontínuo do produto gerencia o estado da audição diariamente, além de restaurar aperda auditiva relacionada à idade ou à exposição ao barulho. O software é represen-tado e distribuído no Brasil e América Latina pela Biosom, que deixa disponível em seusite www.biosom.com.br o programa gratuito para testes.

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QUASECom uma votação expressiva e quaseunanimidade, a PEC da Música foiaprovada pelo Senado Federal e pode sersancionada pela presidente Dilma ain-da esse ano. Apesar da guerrilha de bas-tidores e boatos plantados pela bancadaamazonense que não quer perder ossempre questionáveis privilégios daobscura Zona Franca de Manaus, os ar-tistas brasileiros estão prestes a con-quistar uma isonomia tributária que vaiderrubar em até um terço o preço dosCDs e DVDs de artistas brasileiros.

PARCERIAA Abemúsica entrou na Festa Nacionalda Música e terá recepção adequada à suaimportância. Artista não vive sem ins-trumento e a Associação passa a ser tam-bém um referencial no evento que reúnea nata da música brasileira para discutirseus interesses e propostas. Pela impor-tância da entidade e a dimensão da Festa,a parceria promete coisa boa vindo aí.

MÚSICA NAS ESCOLASA bandeira da música nas escolas é detamanha dimensão que não tem maisdono. Ela é da classe musical como umtodo e tem uma multidisciplinariedadeque atinge os mais variados segmentosculturais e educacionais do país. Corri-

gindo uma bobagem histórica que retirouo ensino musical das escolas, o Brasil reto-ma o rumo da formação precoce e lapi-dação de futuros talentos. O novo hori-zonte que se abre tem tamanha abran-gência que até a economia será afetada poressa efervescência. Música agora é tam-bém sinônimo de oportunidades. Essa é ahora, afinal a história mostra que enquan-to medíocres reclamam e choram, ante-nados vencem vendendo lenços...

RECORDEChegaram a quase três mil o número deinscrições e pedidos de artistas, produ-tores e executivos para participar daFesta Nacional da Música 2013, em Ca-nela. Sem condições logísticas de recep-cionar a todos, o processo de creden-ciamento virou um inferno para a pro-dução do evento.

BOA DE VENDAAté os executivos da Sonotec se mos-tram surpresos com a boa venda das gui-tarras da marca Charvel, recém-incluí-das no catálogo da empresa. Historica-mente reconhecida pela qualidade deseus produtos, a Charvel nunca foi sufi-cientemente aceita no Brasil. E não ha-via explicação para isso. Com uma polí-tica de preços realista e o foco em consu-midores mais exigentes, as guitarras daCharvel parecem ter encontrado campofértil para conquistar uma até então iné-dita participação no mercado brasileiro.

MICO IN RIOA ideia de colocar um DJ como atração naprimeira noite do festival foi de umabreguice e oportunismo constrangedores.O tal David Guetta é um tocador de discocomum que classificam absurdamentecomo estrela pop. Para ser musicalmentereconhecido deveria tocar algum instru-

A possibilidade de

comprar

instrumentos

musicais com os

créditos do vale

cultura, recém-

instituído pelo

governo federal, é

mais uma

interessante

conquista para o

segmento cultural

mais consumido do

planeta. A música

precisa de novos

talentos e uma

eterna renovação.

Para isso acontecer

é preciso

proporcionar aos

jovens o acesso a

bons instrumentos.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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mento, cantar ou compor algumacoisa descente e não fazer barulhoseletrônicos de computador para bo-bocas aplaudirem. E como tem otá-rio aplaudindo. Apesar disso, a pro-gramação teve atrações interessan-tes, mas a foco excessivamente mi-diático tornou evidente que o Rockin Rio precisa retomar suas raízes.Os “velhinhos” fizeram os melhoresshows e isso indica uma necessáriacorreção de rumo. Senão quem tivermais de 35 anos pode esquecer oevento. O cast roqueiro brazucamais uma vez arrebentou.

PROLIFERAÇÃOA falta de espaço para a música dequalidade e virtuosismo está fazendoproliferar por todo o Brasil um sur-preendente número de festivais dejazz e blues que em verdade se torna-ram redutos de boa música. O temajá boi abordado em matéria da capaem uma edição anterior da Back-stage, mas a grandiosidade da expan-são desse mercado surpreende atéempresários e artistas. O papa do seg-mento, o produtor Stênio Mattos,tem agenda lotada e luta para concili-ar os eventos que administra e pro-duz. São muitos os pedidos para a cri-ação e montagens de novos festivais.O irrequieto produtor é referência decredibilidade e funciona como umtermômetro de um segmento que nãopára de crescer. Já imaginaram se ocanal Multishow ou a Globo dessemum décimo do espaço dado ao Rockin Rio para alguns desses festivais?Meus ouvidos agradeceriam.

PRÊMIOFalando em Multishow, esse anonão vai dar para elogiar. O prêmio

Multishow de 2013 ficou entre ospiores de todos os tempos. Sem deta-lhar, prefiro definir a ruindade gene-ralizada pelo “conjunto da obra”.Quem viu sabe do que estou falan-do... E quem não viu nada perdeu.

BOCA FECHADATem “crítico” dizendo por aí que orock nacional está morto. São osmesmos que elogiam porcarias mi-diáticas e vivem das informações doGoogle. Cada vez mais faltam jorna-listas de verdade e especialistas paraescrever sobre o cenário musicalbrasileiro. A garotada palpiteira quehoje ocupa os espaços desconhece ahistória e avalia uma pseudo reali-dade pelo que aparece na televisãoou chega pelos releases. Ícones dojornalismo musical como Tárik deSouza, Jamari França e Juarez Fon-seca parecem ter se eternizados notempo e ainda não deixaram virtu-ais sucessores na nova geração.

JURISPRUDÊNCIAAlerta aos artistas: Cuidado comquem contratam como seguranças.Os tribunais brasileiros estão res-ponsabilizando solidariamente tam-bém os artistas pelos atos praticadospor seus funcionários no exercícioprofissional. Mesmo terceirizados,os seguranças se vinculam juridica-mente ao artista e ele também res-ponde por seus atos na esfera cível.Bater em fã, em chato ou em fotógra-fo é prejuízo certo para artista quecontrata segurança despreparado.

INCOERÊNCIAComo pode alguém falar mal deum evento em que insiste em par-ticipar? E isso não acontece só com

o Rock in Rio. O velho adágio deque em boca fechada não entramosca nunca foi tão oportuno.

LENDAA história de que instrumento decorda pintado, envernizado ou la-queado perde sustentação sonoranão e verdadeira. A University ofMassachusetts divulgou um estudodesmistificando essa lenda urbana.A perda de ressonância acontece,mas é tão pequena que a sua dimen-são passa quase despercebida ao ou-vido humano. Por outro lado, asguitarras inteiriças, ou seja, de cor-po colado ao braço, mostram umadiferença que mesmo não sendo tãosignificativa, se mostra perceptívelna tocabilidade do instrumento.

WALDMANA ideia de associar instrumentosmusicais populares e acessórios deáudio com a marca dos principaisclubes de futebol do Brasil foi umasacada que abriu um novo horizon-te para a Waldman(www.waldman-music.com). Os produtos estão fa-zendo o maior sucesso e acompa-nhados de uma política de distri-buição regionalizada pela identifi-cação com os clubes, faz com que ostelefones da Equipo, distribuidorada marca, não parem de tocar. Pon-to para a criatividade.

EXPOMUSICUma das maiores feiras de áudio einstrumentos do mundo voltou amostrar sua força em SP no mêspassado. Estive lá e no próximo mêseu conto a choradeira que rolou naExpomusic 2013. Verdade ou merolamento? Eu digo no mês que vem...

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O grupo Escambo lançaseu segundo CD, chama-do Neon. O Escambo fazparte do Coletivo Cha-ma, que também reúne ocantor Pedro Moraes,Thiago Amud, o per-cussionista Sergio Kra-kowski, o pianista IvoSenra e o artista plástico

Cezar Altai. O título do CD remete aos letreiros, lu-minárias e incandescências que pontilharam a infân-cia urbana dos compositores Renato Frazão e Thiagode Melo, ambos crescidos no Rio de Janeiro.Guitarras distorcidas e referências à Floresta Amazô-nica são constantes no projeto. O Escambo também járealizou turnê de apresentações na Espanha, em 2009,com sucesso de público em diversas casas de shows devárias cidades daquele país.

NEONEscambo

Jefferson Gonçalves, gai-tista carioca, acaba delançar o Box CD/DVDEncruzilhada ao vivo, co-memorando 23 anos decarreira. Em Encruzilha-

da Ao Vivo, Jefferson mos-tra composições própriase em parcerias com mú-sicos e amigos. Revisita

clássicos do Blues como Crossroads (Robert John-son), Mellow Down Easy (Willie Dixon), Catfish Blues

(Muddy Waters), entre outros. Jefferson e banda im-primem personalidade num som que flui com muitanaturalidade.A banda formada por Kleber Dias (violão, guitarra evoz), Marco BZ (bateria), Fabio Mesquita (baixo) eMarco Arruda (percussão) não apenas acompanha ogaitista do CD e DVD, como também são seus compa-nheiros de estrada.

ENCRUZILHADA AO VIVOJefferson Gonçalves

Maria Thalita de Paulavem se destacando no ce-nário musical carioca. Suamúsica tem as bases fin-cadas no estilo mais tradi-cional do samba. O disco,com 11 faixas, é produzi-do por Zé Maurício, quelevou arranjos inspiradosna “música popular cari-

oca”. Seu primeiro CD Por Enquanto, lançado pela Bola-cha Discos, possui composições de sua autoria com o par-ceiro Zé Maurício. As exceções são Hoje vim com JoãoVargas; a faixa-título Por Enquanto com João Faria e Zé Mau-rício; Hino das trepadeiras com Zé Maurício e Renana Lessa; eDeixa pra lá de Paulinho Cavalcante e Paulo Bruce, a únicafaixa que não tem sua assinatura. Por Enquanto tem a partici-pação de Ruy Faria (MPB4) e conta com Camilo Mariano nabateria, Misael da Hora nos teclados, João Faria no baixo,Victor Neto no sopro, entre outros.

POR ENQUANTOMaria Thalita de Paula

O guitarrista baiano Ri-cardo Primata acaba delançar oficialmente a edi-ção especial do CD Espe-

lho da Alma. Ele possui 12composições originais emais duas bônus, além deuma faixa multimídia como videoclipe da músicaRepentes. Espelho da Alma

é um registro de músicas instrumentais que misturam orock progressivo com elementos da música brasileira eregional nordestina, guiadas pela guitarra de RicardoPrimata, que também utiliza o violão, a viola de 10cordas e guitarra sintetizada. Além disso, o projetoteve a participação de Armandinho Macedo (guitar-ra baiana), Bule-Bule (repentista), Jelber Oliveira(acordeon), Gilmário Celso (baixo), Marcel Freire(bateria) e Mariana Marin (percussão).

ESPELHO DA ALMARicardo Primata

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diretor geral e programador do fes-tival é Kuru Lima, que explica a

atuação no mercado médio de música.“O Conexão Rio é a continuidade deuma ação nacional promovida por umarede de produtores e artistas que atuamno chamado ‘mercado médio’ da músicapara alavancarem suas carreiras, ideias eprojetos. A Rede Conexão é um abrigo,um guarda-chuva para tais artistas e

O

Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Divulgação

além do rock,e além do Rio

CONEXÃO RIO:CONEXÃO RIO:O festival Conexão

Rio, que aconteceu

no Rio e em São

Paulo, é um

exemplo de como

as coisas podem

acontecer de forma

diferente, com

espaço para a

música

instrumental do

Brasil e dando

espaço para

músicos de

projeção regional.

produtores, realizarem, juntos, açõesque possam ter um significado ampliadopara o setor e para os artistas individual-mente”, conclui.Com mais de 50 atrações espalhadas emdiversos locais do Rio de Janeiro, oevento aconteceu em diversos espaçospúblicos e casas particulares, como aSala Baden Powell, Espaço Cultural Sér-gio Porto, Miranda e o Teatro Odisséia.

Carlos Malta

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Durante quase um mês – de 11 dejulho a 8 de agosto – este circuitoinstrumental incluiu shows comMarcos Ariel, Leo Gandelman,Victor Biglione, Zé Paulo Becker,Maira Freitas entre outros nomes.O encerramento aconteceu comuma grande festa de três dias - entre15 e 18 de agosto – no Circo Voador.Lá, cerca de trinta atrações tocaramLenine, Carlos Malta e o Som Imagi-nário: banda formada por Rober-tinho Silva (bateria), Luis Al-ves(baixista), Wagner Tiso (pianis-ta) e Tavito (violão e voz) acrescidado saxofonista Nivaldo Ornelas e doguitarrista Victor Biglione. Se apre-sentaram ainda Tulipa Ruiz, AlceuValença e outros grandes. Em SãoPaulo, durante os meses de agosto esetembro, o festival aconteceu combandas como Bixiga 70 e a já tradici-onal Funk como Le Gusta.

CONCEITOJá há 13 anos que o Conexão reali-za eventos similares em diversasoutras regiões do país. “O Rio é umexcelente mercado para repercutircoisas Brasil afora. Vínhamos rea-lizando ações de desenvolvimentode mercado já há 13 anos em outraspraças, 9 estados distintos, 46 ci-dades de grande e médio porte commais de 2,5 mil artistas envolvidose público estimado em 1,5 milhãode pessoas, mas não tínhamos a vi-sibilidade que coisas pequenas rea-lizadas no Rio e em São Paulo pos-suem. Por isso a necessidade dechegar ao Rio e à SP”, justifica.Kuru também fala da surpresa quefoi constatar que o mercado médiodas grandes metrópoles brasileirasapresentava dificuldades similaresàs de outras regiões do país. “Nãohá casas estruturadas para manter

o dia a dia e nem projetos incenti-vados continuados para abrigá-los.O que existe, via de regra, são asgrandes estruturas e megafestivaisou o precário total, e nenhum dosdois é capaz de atender adequada-mente às necessidades dessa cenade altíssima qualidade com a qualtrabalhamos”, detalha.

ORGANIZAÇÃONão há estágios separados de orga-nização. A equipe do festival passatodo o ano trabalhando no evento.Tanto na parte de viabilizaçãocomo na técnica. “Passamos todoo ano trabalhando na realização desuas etapas, seus projetos, em arti-culação permanente com o setor,dialogando e encontrando cami-nhos para as suas demandas maisemergenciais, buscando parceirosno poder público e na iniciativa

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privada. A quantidade de locais e deatrações exigem atenção especial à par-te técnica. Há necessidade de contratarequipamentos extras além do que já es-tão nos locais de show. Houve necessi-dade de complementação em boa partedos lugares, até mesmo na etapa finalno Circo Voador, pois tínhamos seteatrações por dia, mais convidados, comdemandas muito específicas, e temospor hábito atendê-las”, observa Kuru.A ideia é que o Festival aconteça anu-almente, até por conta do sucesso al-cançado. E que tenha mais força tam-bém fora do Rio. “O Conexão está agorarealizando ações de maior visibilidadeem São Paulo, com um circuito deshows por 26 espaços distintos da cida-de e por lá permanece até o final de no-vembro, nos dias 23 e 24, quando se en-cerra na Praça das Artes, assim queocorrer a desocupação do espaço pelaSão Paulo Fashion Week.O diretor do Festival dá importânciaespecial a esta parte de encerramento.“Serão dois dias de um grande festival àsemelhança do que ocorreu no Rio, noCirco Voador. Fazer um grande eventode encerramento é, antes de tudo, umacelebração da existência de tanta coisaboa na música brasileira. É tambémuma demonstração de força da nossa

rede. A maior parte dos artistas esta-va ali devido a ações de continuidade danossa rede, ou porque foram seleciona-dos por algum edital ou porque conse-guiram um financiamento, ou aindaporque queriam muito estar ali e seofereceram, e puderam estar ali comofruto das ações desenvolvidas em ou-tras regiões ao longo do ano. É o caso daDona Onete, do Pará, por exemplo, oudo Gravelola e O Lixo Polifônico e Fer-nanda Takai, de Minas ou do Maglore ePeu Meuray, da Bahia, que vieram aoRio porque já estão na Rede do Cone-xão há algum tempo e estão participan-do das ações conosco em todo o país”,resume Kuru Lima.

“Houve necessidade

de complementação

em boa

parte dos lugares,

até mesmo na etapa

final no

Circo Voador,

pois tínhamos sete

atrações por dia,

mais convidados,

com demandas

muito específicas,

e temos por

hábito atendê-las

(Kuru)

Som Imaginario

Tulipa Ruiz

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PRÊMIOMULTISHOWPRÊMIOMULTISHOW

SOM EM REDE AGITA

20º Prêmio Multishow 2013 –que ocorreu no dia 2 de setembro

no HSBC Arena, na Zona Oeste do Riode Janeiro – contou com um projetoexecutado em conjunto pela Globosat e

O

Pedro Rocha | [email protected]

Revisão técnica: José Anselmo “Paulista”

Fotos: Ernani Matos/Divulgação

a Yamaha que permitiu a criação de umarede de transmissão de áudio digital emonitoramento de equipamentos.Toda a engenharia de comunicação e ofluxo de sinal foram criados pela equipe

A cantora Ivete Sangalo e ohumorista Paulo Gustavo

apresentam o evento

Parceria entre

Globosat e Yamaha

possibilitou uso de

protocolo Dante

nos equipamentos

para criar rede de

áudio digital.

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da Globosat e acompanhada, em for-ma de suporte e de tecnologia, pelaYamaha. Aldo Linares, subgerente deprodutos de áudio da Yamaha Musicaldo Brasil, conta que o Prêmio Multi-show 2013 foi o evento de grande por-te no Brasil em que as mesas CL foramusadas pela primeira vez.O uso das mesas de mixagem ao vivomodelo CL foram aliadas ao protocoloDante, e o processo auxiliou no con-trole das informações que eram trans-mitidas ao vivo, uma vez que o eventofoi televisionado. A interface de da-dos, por exemplo, funcionou por meiodas placas Dante-MY16-AUD e dosswitches TEQSAS, presentes em to-das as mesas Yamaha usadas no prêmio.“A Globosat, ao ver as alternativas deuso do equipamento e do protocoloDante, optou por usar essas ferramen-tas. As duas empresas já fizeram outrosprojetos de áudio via rede. Com essa

nova mesa CL, que vem com o Danteincluso, ficou mais fácil de trabalhar.Tudo com switches, então não existemaqueles multicabos analógicos grossei-ros, que ocupam espaço, peso e dão in-terferências. Essa foi a grande estreia dasérie CL ligada em rede”, afirma Aldo.De acordo com Aldo, a conexão viarede auxilia na rapidez e limpeza datransmissão das informações. “Não ti-vemos problemas de lip-sync, o áudioe o vídeo funcionam juntos, sem atra-so. Tudo tem muito mais precisão”,avalia. Aldo comenta também que ostécnicos costumam não se sentir segu-ros com novas tecnologias, mas du-rante o evento, houve todo o suporteprofissional para eles.

COMO FUNCIONOU A REDE

O protocolo Dante é capaz de distri-buir informações de controle de equi-pamento e sinal de mídia de forma

Placa de interface de dados Dante-MY16-AVD

Valter Pereira (à esquerda) e Eric Goldberg Mesa Yamaha PM5D

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digital para múltiplos canais simultane-amente, por apenas um cabo Ethernet.Dessa forma, pode ser criada uma redeentre os equipamentos utilizados. O quepermitia a conexão entre as ferramentaseram as placas de interface Dante-MY16-AUD, que possibilitavam que as mesasrecebessem os multicabos digitais e fos-sem conectadas digitalmente.No total, foram usadas oito mesas liga-das em rede pelo protocolo Dante, porfibra ótica ou cabo de rede. SegundoAldo, não foram usados cabos analó-gicos. Os modelos delas eram 5 consolesCL (4 CL5 e 1 CL1), 2 mesas do modeloPM5D (sendo um RH) e uma mesa domodelo DM 2000.

“Na frente dos palcos tínhamos trêsmesas do modelo CL5 e uma mesa CL 1.Uma CL 5 fez o som de um palco e a ou-tra CL 5 fez o outro. Colocávamos sem-pre uma mesa intercalando com a outra.A terceira CL5 cuidava da parte de lo-cução e havia uma CL 1 para onde todasas outras mesas convergiam, que era amaster”, explica Aldo.As mesas de PA, de locução e a mesamaster estavam ligadas por cabos derede. Além destas, as mesas que estavamsendo usadas no monitor e faziam o somdo próprio palco, monitorando os músi-cos, também faziam parte da rede Dantee eram modelo Yamaha PM5D. Na reta-guarda desse processo, colocou-se uma”

“Na frente do palco

tínhamos três mesas

do modelo CL5 e

uma mesa CL 1.

Uma CL 5 fez o

som de um palco e

a outra CL 5 fez o

outro. Colocávamos

sempre uma

mesa intercalando

com a outra

(Aldo)

Visão geral do PA com as mesas CL

André Nascimento Console Yamaha CL5

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mesa CL3 para fazer a redundânciada mixagem que vai para o ar, tam-bém conectada às outras sete mesas.Aldo explica que, para esse evento,foram utilizados módulos do mode-lo RIO3224D, que tem 32 entradas,16 saídas analógicas e 8 saídas digi-tais. Dele sai o cabo de rede doDante, que vai para um switcherTEQSAS e nele o sinal de rede é“esplitado”, dividido por vários ra-mos de cabo de rede. Esses ramos decabos de rede vão para as mesas.“Usamos aqui o switcher MF2 damarca TEQSAS que a Yamaha estávendendo. Ele tem 64 canais por 48saídas. Quando todas as luzes desseequipamento ficam verdes, signifi-ca que todas as portas dele estãoocupadas”, complementa Aldo.A mesa DM2000, usada para mixa-gem digital, estava equipada comuma placa Dugan-MY16, que ge-

rencia vários microfones ao vivo eé capaz de cortar todo ruído de fun-do. “O técnico fica livre para mi-xar, não precisa se preocupar commicrofonia. Ela limpa totalmenteo som”, afirma Aldo.

Sistema montado previa emer-

gências de percurso

Gabriel Thomazini, coordenadorde áudio da Globosat, que estava àfrente do projeto, explica que, paraque a rede fosse colocada em práti-

Gabriel Thomazini, coordenador de áudio da Globosat

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ca, foi necessário passar mais de 350 ca-nais de áudio pela rede Dante. “Fizemosuma rede com redundância, ou seja,caso houvesse uma falha em algum pon-to desse sistema, podíamos recuperarcomo se nada tivesse acontecido. Agrande mudança é que integramos to-das as mesas e sistemas no Dante. Casoocorra um problema, a “informação”pode buscar outro caminho (digital), edessa forma evitar que falhas sejam no-tadas, até por se tratar de uma transmis-são ao vivo”, resume Gabriel.“Basicamente, nosso sistema de micro-fonação é o mesmo de um show comum.O que muda bastante para a gente aqui é adistribuição de áudio. Fizemos a trans-missão em Stereo e 5.1 surround. Esse anoinvestimos em um microfone especialpara grandes eventos, o Sound Field DFS.Nós içamos esse microfone para fazer acaptação de todo o ambiente já em forma-to 5.1”, relata o coordenador de áudio.

Como os painéis de LED estavam dispos-tos em todas as arquibancadas da arena,que possui um espaço amplo e aberto, issoafetou a reverberação. Por esse motivo, foicomplicado acertar a acústica. Gabriel ex-plica que com tecnologia adequada, foipossível harmonizar as condições de som.“Usamos o sistema de PA da empresaalemã d&b Audio Teknik. Nós afinamosa sala várias vezes, tentando acertar asfrequências. Os graves da sala eram pio-res. Conseguimos uma relação muitoboa. Como esse PA específico, melhora-mos as freqüências graves que incomoda-vam bastante. Como a sala estava commuitos telões, ficou menos reverberante.A parte dos LEDs atrapalha a questão deradiofreqüência (RF) dos microfones,porém durante o evento fizemos scan defrequência, buscando os melhores luga-res para colocar as antenas, para evitaressa guerra de frequência que existia ali”,completa Gabriel.

Marcio Schnaidman, Aldo Linhares e Claudio Marchi

Mesa Yamaha CL5 Ricardo Pinheiro

“Usamos o sistema de

PA da empresa

alemã d&b. Nós

afinamos a sala

várias vezes,

tentando acertar as

frequências. Os

graves da sala eram

piores. Conseguimos

uma relação muito

boa. Como esse PA

específico,

melhoramos as

freqüências graves

que incomodavam

bastante

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primeira noite do festival já pro-metia, e aqueles que juravam que

nunca teriam chance de assistir atra-ções internacionais de graça no meio deuma praça em uma cidade do interior doRio de Janeiro não conseguiam escon-der a satisfação de estar cara a caracom os ídolos. Aliás, essa foi a tônicado festival. Parecia aquela festa baca-na, intimista e para poucos convida-dos em que se consegue ver de pertogente famosa. Stanley Jordan, além dese apresentar para o público, aindaministrou um workshop de musicote-rapia, na manhã de sábado.

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[email protected]

Revisão Técnica: José Anselmo “Paulista”

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

Para o empresário Luiz Zappa, proprie-tário do Zappa Bar e Restaurante, essaterceira edição foi como um divisor deáguas na cidade.Para Jerubal Liasch, técnico de PA daAzul Produções, empresa responsávelpela produção do evento, não houvegrandes dificuldades para sonorizar olocal. O principal problema foi apenasquanto à mudança de local do palco deúltima hora, sendo preciso reconfigurara disposição das caixas.Tobias Teixeira de Lima Junior, proprie-tário da Noisy Sonorizações, comentaque realmente houve um pequeno erro

IPIABASIPIABASna rota do JazzMais uma cidade do

interior do Brasil entra

para o roteiro dos

festivais de jazz e blues.

A pequena Ipiabas,

distrito de Barra do Piraí

(RJ), recebeu grandes

nomes do jazz durante os

três dias de festival.

Stanley Jordan, Kenny

Brown, Peter Madcat e

grupo Azymuth foram

algumas das atrações

que subiram ao palco do

Ipiabas Jazz & Blues.

Stanley Jordan, à esquerda, seapresentou no segundo dia

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na montagem das tendasonde ocorreram os eventos. Segundoele, a tenda onde se encontrava mon-tado o palco era mais alta que a tenda

onde ficava a plateia. Com isso,se o line fosse elevado no nívelcerto, as caixas de cima jogariamo som no teto da tenda onde seencontrava a plateia pelo ladode fora. “Aí tivemos que man-ter o line a uns 2 metros abaixoda altura correta. Para com-pensar essa perda, tivemos quecolocar duas pequenas torresde delay na tenda onde se en-contrava a plateia fazendo ascorreções de atraso”, explica.Para o Ipiabas Jazz & Blues,o sistema escolhido foi oKF 730 da EAW, com 4caixas por lado e o sub,modelo SB 850, com 4caixas no centro. “Esco-lhemos esse devido ao lo-

cal ser bem pequeno e ter poucoespaço, apesar de ser um sistema queatua também em locais bem maiorescom ótima qualidade”, avalia Tobias.Para o empresário, a parceria com

Jerubal Liasch foi o responsável pelo PA

Sistema de line içado um pouco mais baixo por causa das tendas

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Marcus Vinícius, da LiveSound, foi fundamental.“Marcus Vinícius é umapessoa muito conceitua-da no áudio no Rio de Ja-neiro e é sempre impor-tante para uma empresade pequeno porte como aminha ter grandes parcei-ros”, comenta.No monitor, a única difi-culdade encontrada porTobias foi com o timbre deguitarra do Stanley Jordan.“Ele insistia em trabalhar

com a sua guitarra em flat, mas haviauma frequência de grave de mais oumenos uns 80Hz que estava atrapa-lhando um pouco. O som ficava bemembolado e com uma definição meioruim. Tive que filtrar seu canal de gui-tarra em 120Hz para ter uma melhordefinição”, comenta Tobias, acrescen-tando que no PA, o console usado foiuma Digidesign Venue Mix Rack e nomonitor, uma X-32 Behringer. “O con-sole de PA pertencia à Live Sound, e osdemais equipamentos eram de minhaempresa. Na luz, foi uma Stage Design50, Chauvet”, completa.

PROJETO RETOMADOPara o produtor Stenio Mattos, da AzulProduções, levar atrações de jazz à Barrado Piraí elevou a cidade a outro status.“Pousadas lotadas e cidades vizinhas re-ceberam o público para o Festival. Oshotéis de Conservatória (cidade vizi-nha a Ipiabas) pretendem fazer umaparceria para o próximo festival (atra-vés de propaganda) e atrair turistas. Semfalar nos comerciantes e na populaçãoque ficaram bem felizes com o evento.Na opinião deles, foi uma quebra deparadigma para a cidade na área deeventos. É o tipo de evento que todos

queriam: com diversão e retorno finan-ceiro para cidade. Agora o primordial éque os moradores aprovaram cem porcento e sentiram o retorno, para a cida-de, de um evento como este”, avalia.O Festival, que havia sido desativadoem 2008, depois de duas edições, voltouem 2013 com a proposta de que se tornereferência na região do Vale do Café,com retorno cultural, turístico e econô-mico, nos moldes do Festival de Jazz re-alizado em Rio das Ostras (RJ). “Em2010, fui apresentado ao Secretário deCultura de Barra do Piraí da época,Roberto Monzo (que era fã do Rio das

Terceiro dia teve Peter Madcat, Big Joe Manfra e sua banda

Stenio Mattos, responsável pela produção

“No monitor, a

única dificuldade

encontrada por

Tobias foi com o

timbre de guitarra

do Stanley Jordan.

“Ele insistia em

trabalhar com a

sua guitarra em

flat, mas havia

uma frequência de

grave de mais ou

menos uns 80Hz

que estava

atrapalhando um

pouco.” (Tobias)

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Ostras Jazz & Blues Festival) que reve-lou um grande desejo que ele e a cidadede Barra do Piraí tinham: reativar, darum salto, tornar visível e maior o pro-jeto Barra do Piraí Blues & Jazz Festi-val. Daí me convocou para fazer toda aprodução”, conta Stenio.

PRODUÇÃO E RETORNOO fato de produzir um festival emuma cidade pequena não significa ne-cessariamente dificuldades, apenas.“No início, há dificuldades, pois é umaforma nova de se fazer evento. Não ésó obedecer rider de músico, con-

tratando empresas de fora e pronto. Aproposta é utilizar e gerar trabalhopara a mão de obra da cidade (estrutu-ra, som, apoio), o que gera mais difi-culdades, mas só no início”, comparaStenio. Os recursos, segundo ele, sãomuito mais difíceis, porque a cidadenão está acostumada aos artistas dejazz e blues e prefere gastar com outrotipo de gênero musical. “Mas depoisque é realizado, eles entendem que ocusto-benefício é cem por cento me-lhor”, ressalta Stenio.Em menos de cinco anos, os festivaisde jazz vêm se multiplicando no Bra-

sil. Para Stenio Matos, muito disso sedeve ao sucesso alcançado por Rio dasOstras, tendo em vista que antes sóhavia o Free Jazz e, depois, o TIM Fest,eventos privados e pagos. Com o pro-jeto de Rio das Ostras, as cidades per-ceberam que este tipo de evento trazreceita, turismo, cultura e exposiçãona mídia. “Hoje, Rio das Ostras é co-nhecida como a cidade que faz o Fes-tival de Jazz, ações educacionais (casade música,oficina de luthieria etc.) edá chance às cidades pensarem que sepode (e se deve) ter retorno para osinvestimentos feitos com o dinheiro

público. Não é difícil, é só querer.Além da volta da música instrumen-tal que retornou com força depois da-quele boom dos anos 80 e que acarre-tou maior espaço na mídia, abrindoespaço para os festivais”, completaStenio. Para Ipiabas, o produtor faz amesma projeção e avalia que, tantopara Barra do Pirai quanto para outrascidades menores, a junção da boa mú-sica com cultura e workshops, movi-mentam a economia local e projetam olocal por meio de mídia espontânea,trazendo um público diferenciadopara a música de qualidade.

Caixas posicionadas logo a frente do palco Processadores Behringer completavam o monitor

X-32 foi usada no monitor

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esde o surgimento do Pianoforte nasmãos de Bartolomeu Cristofori (fi-

nal do século XVII) até os dias atuais, opiano sempre passou por um contínuoprocesso de evolução. Matérias-primasdiferenciadas, aliadas a processos de pro-dução quase artesanais, fazem com quecada fabricante crie instrumentos comuma sonoridade própria, tornando-semuitas vezes verdadeiras obras de arte.

D

Que o piano acústico é um dos instrumentos musicais

que possui um dos timbres indispensáveis para a

maioria dos tecladistas todos nós sabemos. Sabemos

também que é ele o instrumento que mais guarda

identidade visual com os nossos amados sintetizadores,

tendo em vista que ambos possuem teclas para a

entrada (digitação) das notas musicais.

Já no século 20 apareceram os pianoselétricos, os pianos eletroacústicos e,dado o avanço tecnológico nas técnicasde amostragem e armazenamento deáudio, os pianos digitais. Estes se popu-larizaram impondo ao mercado um ele-vado padrão de qualidade que passou aser o ponto de partida, e não mais um di-ferencial, para qualquer fabricante quequeira se manter vivo nos negócios.Os soft-synths, cada vez em maior nú-mero e com melhor qualidade, tam-bém entraram no páreo ofe-recendo verdadei-

DIFÍCIL É CARREGAR O PIANO

TOCARTOCARÉ FÁCILÉ FÁCIL Luciano Freitas é técnico de áudio

da Pro Studio americana com for-

mação em ‘full mastering’

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ras réplicas virtuais de alguns dos mais exóticos pia-nos já produzidos.No entanto, todo este nível de detalhamento nos tim-bres de nada adianta se a nossa interface (as teclas) nãonos permite acessar tudo isso em temporeal. É por isso que vemos a maioria dasempresas tentando recriar em seus produ-tos uma ação de martelos (hammer action)cada vez mais próxima à encontrada nospianos acústicos.Na verdade, o mercado está repleto de op-ções de teclados controladores e stage pia-

nos com 88 teclas que reproduzem essas ca-racterísticas de forma satisfatória. Algu-mas empresas ainda oferecem esse meca-nismo em versões de 76 teclas, no entanto,pouquíssimas o oferecerem em contro-ladores com 5 oitavas (número de teclas igual ou próximoa 61). E qual a grande vantagem desses equipamentos emversão compacta para um tecladista? Certamente, aportabilidade, característica essa tão em moda, mas geral-mente esquecida no momento da aquisição de um novoequipamento. Se você não se atentou para esse importan-te detalhe, poderá um dia ter a certeza de que “tocar é fá-cil, difícil é carregar o piano”.

Vejamos algumas opções de controladores com 5 oitavase mecanismo hammer action disponíveis no mercado:

Roland – RD-64: considerado o modelo mais compac-to (64 teclas) da família de stage

pianos da Roland, o RD-64 traz em seu

gerador sonoro os tim-bres essenciais (doze no total)

para a grande maioria dos tecladistas,entre eles realísticos pianos acústicos e pia-

nos elétricos baseados na tecnologia proprietáriaSuperNATURAL e sons de órgãos recriados pela con-sagrada tecnologia virtual tone wheel, a mesma usadapelo fabricante nos produtos da linha VK (órgãos digi-tais). Seu sistema de teclas utiliza o mecanismo Ivory

Feel G, similar ao presente nos stage pianos RD 300NX,FP-50, FP-4F e em alguns integrantes da linha RP. Essemecanismo, além de parecido com o encontrado nosseus pianos top de linha, incorpora a mais avançada

tecnologia de sensores desenvolvida atualmente pelaRoland, com teclas construídas em peças únicas capa-zes de reproduzir todas as nuances sonoras dos instru-mentos musicais, além das propriedades de absorção(umidade) e a textura do marfim e do ébano, materiaiscomumente usados na construção das teclas dos pia-nos acústicos. Usado no modo controlador (Con-troller), o RD-64 desabilita seus timbres internos, po-rém, permite ao usuário utilizar seus botões assimi-láveis, controladores giratórios, alavancas de pitch

bend e modulation, e o controlador D-BEAM (sensor deluz virtual) para controlar outros sintetizadores ou ou-tros equipamentos musicais eletrônicos, seja no palcoou no estúdio (conecta-se ao tablet iPad com o auxíliodo Apple Camera Connection Kit - CCK). Nesta seção,os músicos ainda contam com um botão dedicado queestabelece a comunicação entre o RD-64 e outros equi-pamentos baseados na tecnologia SuperNATURAL(módulo de sons Integra 7 e sintetizadores Jupiter 80 eJupiter 50), permitindo-lhes obter o máximo deexpressividade nos timbres desses equipamentos. ORD-64 conta também com três processadores de efeitos(Reverb – EFX 1 – EFX 2) e com um equalizador de duasbandas; conexões MIDI Out e USB; entradas (RCA) esaídas (P-10) de áudio analógicas.

Fatar/Studio Logic – VMK 161 Plus: responsávelpela criação do formato hammer action como o conhe-cemos na atualidade (substituindo os arcaicos siste-mas baseados em molas por sistemas baseados em bor-racha condutiva), a italiana Fatar tornou-se reconhe-cida mundialmente como a empresa que produz algunsdos melhores sistemas de teclas disponíveis no merca-do nos dias de hoje, seja para os seus produtos, seja paraos produtos de outros fabricantes. Neste produto em

O RD-64 desabilita seus timbresinternos, porém, permite ao usuárioutilizar seus botões assimiláveis,controladores giratórios, ...

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especial, a empresa usa um dos seussistemas de teclas mais po-pulares, o TP40GH

(com quatro zonasescalonadas, oferecendo

maior resistência nas notas gra-ves), em um teclado de 61 teclas com

aftertouch. Programado de fábrica comtrinta diferentes presets, cada qual comconfigurações otimizadas para um re-nomado soft-synth disponível no mer-cado (entre eles o Ivory, da empresaSyntogy, o Sample Tank, da empresa IKMultimedia, e o Reason, da empresaPropellerhead), o usuário pode se valer

Para saber online

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dos seus nove botões giratórios, novepotenciômetros deslizantes, oito bo-tões programáveis, de um joystick, comfunções de pitch bend e modulation, alémde controles de transporte (Play, Stop,Rew, Fw, Rec) para atingir rapidamente asexperiências musicais desejadas (contatambém com um visor LCD pelo qual ousuário pode acompanhar as informaçõesde cada parâmetro em tempo real). Suacomunicação com outros equipamentosse dá pela porta USB (alimentação +transferência de dados) ou pela portaMIDI Out disponível em seu painel tra-seiro, oferecendo ainda entradas para ouso de três pedais simultaneamente.

CME – ZSC64: construído em umaresistente embalagem de alumínio

com 64 teclas, o ZSC64 está pre-parado para enfrentar qualquer

estrada que a profissão demúsico lhe tenha reservado.Mesmo concebido inicial-mente para trabalhar com ossoftwares Garage Band e

Logic, ambos da Apple, o ZSC64sai da fábrica pronto para se conectar

diretamente (Plug & Play) a qualquercomputador (laptop ou desktop) que pos-sua uma porta USB disponível, inde-pendente da plataforma (Mac ou PC),seja qual for o seu soft-synth preferido.Embora ofereça poucos dispositivos decontrole (oferece as alavancas de pitch

bend e modulation, botões de oitavas acimae abaixo, volume, seis botões de trans-porte e um dial para a entrada de dados),o usuário pode utilizar a função U-CTRL para transformar o equipamentoem uma superfície de controle capaz dese comunicar com praticamente todasas DAWs (Digital Audio Workstation)disponíveis no mercado. Seu gabinetepossui um hub com duas portas USB, asquais podem ser usadas para conectar aoequipamento um teclado de computa-dor (ASC II), um mouse ou até mesmoum disco rígido (HD) externo.

Mecanismo Fatar TP40GH

Studio Logic VMK 161 Plus

CME -ZSC-64

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ste ano não foi diferente. As novi-dades apresentadas também interes-

sam muito ao nosso universo profissio-nal de produção musical com o Cubase.Este artigo e o da próxima edição serãodedicados a estas novidades.Como “highlight” do stand levamoseste ano o controlador NUAGE para oNuendo e Cubase. A foto da matériamostra minha palestra sobre mixagempara cinema e vídeo utilizando Nuendo 6

E

CUBASECUBASE77

Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

BROADCAST & CABLE:

STEINBERG NA FEIRANOVIDADESNOVIDADES

Olá amigos,

Neste mês de agosto estivemos presentes na edição

2013 da Broadcast & Cable em São Paulo. Mesmo

sendo uma feira voltada para o mercado de televisão e

produtoras de vídeo, o segmento de áudio desperta o

interesse de todos. Tradicionalmente a Yamaha/

Steinberg marca presença com o lançamento de

produtos ou versões novas dos softwares.

Figura 1

Page 47: Edição 227 - Revista Backstage

47

e o Cubase 7 tendo o NUAGE como controlador. Agrande diferença entre o NUAGE e os controladoresimplementados até hoje é sua concepção. Mesmo comoutros softwares como plataforma, sempre tivemos areferência do controlador atuando por protocoloMIDI ou outro formato proprietário, remotando prin-cipalmente faders do mixer interno, inserts e sends decanal, algumas ferramentas de edição e funções deoperação do software. Até aí tudo bem. O NUAGE vaialém deste conceito quando ele traz para a superfíciede controle toda a operação do Nuendo e do Cubasesem que seja necessário conhecermos profundamentemenus e submenus dos programas. Na verdade, a sen-sação é de que as funções de cada software estão dispo-níveis numa superfície de controle que é, ao mesmotempo, uma console poderosa de gravação e pós-pro-dução. Um conceito de solução integrada com muitaergonomia e flexibilidade. Software e console comouma entidade única. Vamos aos detalhes.

Para os estúdios baseados em Cubase e Nuendo, oNUAGE oferece uma alternativa completa para todasas tarefas. Além de ser controlador, o sistema NUAGEtambém possui as interfaces para áudio digital eanalógico que podem ser configurados de acordo comas necessidades do estúdio. O sistema é independente,ou seja, podemos ter o NUAGE controlando o Cubaseou o Nuendo utilizando a interface ou placa de áudioque o estúdio já possua, ou então usar todo o sistema deinterfaceamento de áudio que a solução NUAGE pro-porciona. A figura 2 mostra os racks de áudio.Temos a opção de 16 I/Os analógicos, 16 I/Os digitaisAES, ou 8 Analógicos e 8 AES no mesmo rack. O sis-tema é escalável até 128 canais. Sample rate disponí-vel até 192 KHz com 24 bits de resolução. O hardwarede áudio tem a tradição de transparência e qualidadesonora da Yamaha. Com isso, podemos dizer adeus ao“velho” conceito de mesa e software como entidadesestanques no estúdio. Operar a mesa e operar osoftware separadamente é um ritual redundante quedeixa de existir com o novo conceito do sistemaNUAGE. As tarefas de gravação, edição e mixagemestão integradas e “na ponta dos dedos”. Todo oroteamento do estúdio fica absolutamente disponívelpara qualquer configuração: da monitoração na horade gravar até a mixagem. O sistema NUAGE é dotadoda tecnologia “True Integrated Monitoring” que pro-porciona valores de latência desprezíveis, mesmo aonível de percepção dos músicos mais exigentes.Cada módulo NUAGE é independente. Na verdade,são 2 tipos como vemos nas figuras 3 e 4 (módulo cen-tral e de faders, respectivamente). Os módulos podemser utilizados separadamente dependendo da configu-ração do estúdio. O sistema permite em sua configura-ção máxima 1 módulo central acompanhado de 3módulos de fader. Cada módulo pode comandar até 3

Figura 2 . Módulos de I/O do NUAGE

Figura 3 - Módulo Central do NUAGE Figura 4 - Módulo de Faders do NUAGE

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Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.br

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Twitter:@ateliedosom

Figura 5B - Placa aceleradora DANTE

estações de trabalho diferentes. Isso mes-mo, podemos ter até 3 softwares coman-dados independentemente por cada mó-dulo através de uma chave seletora. Esteconceito dá ao estúdio várias possibilida-des. Imagine você ter a mesma superfíciecomandando um computador rodandoNuendo como estação principal de mi-xagem, um com Cubase com toda a pro-dução musical e instrumentos virtuais euma terceira máquina com Pro Toolscom gravações vindas de outro estúdio.Integrando I/Os ou gerenciando redun-dância numa gravação ao vivo, as aplica-ções são inúmeras. Vale ressaltar aquique o sistema NUAGE também se pro-põe a remotar funções básicas do ProTools como transporte, faders e pan.Funções mais avançadas de edição para oPro Tools ainda não estão disponíveisnestas versões de firmware e driver, prin-cipalmente, pelo momento de transiçãotecnológica da versão 11 do Pro Tools.O protocolo de comunicação de áudiodas interfaces é o DANTE, da Audi-nate. O conceito de áudio digital em ca-bos de rede é o mesmo utilizado pelasmesas Yamaha, permitindo conectivi-dade simples e de extrema confiabi-lidade em sistemas complexos de grava-ção ao vivo e de transmissão simultâ-nea. Através do controle matricial te-mos todas as possibilidades de tráfegode sinais nos canais. A figura 5A mostraa parte posterior de um dos módulos deI/O com as conexões de rede. A figura5B mostra a placa aceleradora DANTE.A ergonomia, a versatilidade e a esca-labilidade do sistema foram os itens quemais chamaram a atenção do nosso públi-co na feira. Como usuário, posso afirmarque o fluxo de trabalho que a NUAGEproporciona é inigualável. Libertar-se domouse nas funções de gravação, edição e

mixagem é um salto quântico. As funçõesdo software livres do “vai e vem” ao menu,ganham velocidade e tornam a curva deaprendizado de quem não está habituadoaos softwares da Steinberg muito maisabreviada. A possibilidade de ter apenasum módulo ou todo o sistema cobre asnecessidades de todos os perfis de estúdi-os: do home ao pós-produção broad-casting. Poder usar o mesmo sistemanuma gravação como se fosse uma consolee seguir com ele na pós-produção, propor-ciona um valiosíssimo ganho de tempopara produtoras que trabalham com gra-vações ao vivo com posterior finalizaçãoem Blu-Ray, DVD ou CD. Mesmo paratransmissão ao vivo, o sistema NUAGEpode estar escalado como elemento numaunidade móvel, por exemplo.Mais informações sobre o uso do sistemaNUAGE e sua integração com o Cubasee o Nuendo vocês podem ter diretamen-te comigo através dos emails ou na pági-na da Steinberg em http://www.stein-berg.net/en/products/nuendo/nuen-do_system_solutions/nuage_sys-tem_solution.htmlNa próxima edição seguiremos commais informações da Broadcast & Cable2013. Vou falar sobre um tema que mui-to interessa aos produtores, músicos,mixadores, produtoras de vídeo e emis-soras de TV: a norma R-128, que regula-menta níveis sonoros de finalização deprodutos para transmissão. Cubase eNuendo de novo em foco.Até lá! Grande Abraço!

Figura 5A - Painel traseiro Módulos NUAGE

“Funções mais

avançadas de

edição para o

Pro Tools ainda

não estão

disponíveis

nestas versões de

firmware e

driver,

principalmente,

pelo momento de

transição

tecnológica da

versão 11 do Pro

Tools

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bra um novo projeto vazio no Logic.

Vamos agora à nova seção de Loops.Escolha Ensemble e arraste os seguintes

arquivos (Apple Loops): “4th Dimen-sion Beat 01” e logo abaixo “70s Ballad

Strings 02” (Figura 1).

A Ao escolher o arquivo “4th Dimension

Beat 01”, o Logic perguntará se desejaimportar as informações de tempo.

Pressione “Import” (Figura 2).Vamos agora conhecer como funciona

o Smart Control em mais detalhes.Clique sobre a trilha onde está o arqui-

vo de áudio “4th Dimension Beat 01” eem seguida no símbolo de Smart Con-

trols na barra de ferramentas (Figura 3).Note que neste Apple Loop já estava se-

lecionado um efeito no Channel Strip(vide Compressor no lado esquerdo da

tela Inspector). Ao selecionar o SmartControls, abaixo aparecem os principais

parâmetros do Compressor, possibili-tando uma edição em tempo real.

Vamos agora adicionar outro efeito nestamesma trilha. Escolhi o Spectral Gate.

Note que a janela do Smart Controlsagora se divide em botões controladores

do Compressor e do Spectral Gate (Figu-ra 4). E assim sucessivamente ao incluir

um novo plug-in. Alguns plug-ins nãopossuem controladores disponíveis e no

lugar de uma tela com botões, apareceuma tela quadrada sem conteúdo.

Agora tente o seguinte: coloque o loopem playback e altere os parâmetros até

XLOGIC PRO

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

Nesta edição,

vamos explorar

mais um pouco

algumas novas

funcionalidades

do Logic Pro X.

SMART CONTROLSSMART CONTROLS

Figura 1

Figura 2

Page 51: Edição 227 - Revista Backstage

51

atingir um resultado do seu gosto. As-sim que você começar a fazer altera-

ções, o botão Compare (vide Figura 4)fica agora na cor azul, significando que

houve edição naqueles efeitos. Para ou-vir os efeitos em sua configuração inici-

al, basta clicar sobre Compare. Ou seja,você consegue comparar as configura-

ções antes e depois da edição, possibili-tando escolher entre estas duas cenas.

O mesmo vale para arquivos quecontém MIDI, como é o caso do

arquivo adicionado “70s BalladStrings 02”. Se clicar sobre a tri-

lha, verá logo abaixo na janela dosSmart Controls os parâmetros

que podem ser editados em temporeal. Neste caso específico, deletei

os efeitos que existiam e escolhi oefeito EVOC TO. (Figura 5)

Figura 3

Figura 4

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Dica: Command + < ou > para zoom di-minuir ou aumentar horizontalmente e

Command + seta para cima e para baixopara aumentar ou diminuir verticalmente.

DRUMMER TRACK

Este é também um dos novos recursos.

Assim como criamos trilhas de áudio,Software Instrument e External Ins-

trument, agora podemos criar trilhas doDrummer Track pelo mesmo modo con-

vencional. Clique no + e selecione aopção Drummer (Figura 6) e, em segui-

da, escolha Create.Temos agora a visão da Figura 7.

Do lado esquerdo podemos escolher ogênero entre 4 tipos Rock, Alternative,

Songwriter e R&B, e, num nível abaixo,escolher o perfil de tocar de baterista

entre vários. Logo na janela abaixo, es-colhe-se o kit a ser executado.

Se houver duas regiões separadas desteáudio, é possível que cada uma tenha seus

parâmetros distintos. O círculo no padcentral possibilita alterações no kit que

esteja sendo tocado em tempo real tam-bém. A visualização da janela do Drum-

mer se dá pela ativação do editor (vide Fi-gura 8). Agora você pode testar vários

presets, estilos de bateristas por gênero eainda ter acesso a alguns filtros, possibili-

tando uma infinidade de combinações.

Figura 5

Figura 6

Figura 7

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www.veramedina.com.br

Figura 8

Page 53: Edição 227 - Revista Backstage

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Page 54: Edição 227 - Revista Backstage

PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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o entanto, essa “super compressão”

deixava a voz sem dinâmica e comum som meio “achatado”. Eu senti falta

daquele som mais natural que estava nocanal antes de eu começar a torcer os

botões do compressor. Como resolverisso? A mesma sensação de impotência

eu sentia ao mixar uma bateria. Se vocêsentar o pau no compressor, do subgrupo

da bateria, ela irá soar “grande”, mas ha-verá a perda de ataque dos transientes. E

se pesar a mão na equalização, especial-mente nas médias altas, a caixa fica mais

presente, mas você poderá sentir que abateria, como um todo, perde corpo e

passa a soar muito artificial. O baixo,com mais médios, define melhor a linha,

mas fica faltando aquele peso... E não ter-mina nunca! Como resolver este dilema?

Senhoras e senhores, com vocês o pro-cessamento paralelo. Ok, e o que seriaisso? O princípio é bem simples, se eu

gosto das duas coisas, por que não ficarcom as duas? A ideia é ao invés de man-

dar o sinal do instrumento para umsubgrupo, mandamos para dois sub-

grupos e processamos cada um de manei-

N

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

PROCESSAMENTOPARALELO

Muitas vezes ao

mixar, me deparava

com um dilema, o de

que talvez fosse

necessário comprimir

muito uma voz para

que ela pudesse

sobressair sobre uma

base, especialmente

em rock, onde tudo é

bem barulhento e não

há muito espaço.

Costumo dizer que

encaixar uma voz em

uma mixagem de

rock é equivalente a

tentar cantar João

Gilberto em versão

voz e violão, sem

microfonar nada, em

um pregão da bolsa

de valores.

ra diferente. Daí o nome processamento

paralelo. E podemos então dosar o quan-to queremos de cada subgrupo.

Para a bateria, por exemplo, criamos umsubgrupo chamado “bateria sub” (eu

uso “drum sub” em inglês somente por-que a palavra é mais curta e cabe melhor

no espaço para escrever o nome do ca-nal), e enviamos o sinal de cada peça da

bateria para lá. Depois criamos um se-gundo subgrupo que pode ser chamado

de “bateria paralela” (eu chamo de“drum parallel”) e enviamos via send

auxiliar para este subgrupo. Uma coisaimportante: esta mandadas de send

(perdoe a redundância) devem estar empost-fader, pois caso contrário os ajustes

de volume que fizermos nos canais daspeças da bateria não serão reproduzidos

no subgrupo “drum parallel”, o que po-derá causar algumas incoerências, mas

isso não é uma regra pétrea.Pode ser que você queira especificamen-

te mandar mais alguma peça da bateriapara um subgrupo paralelo, do que para

o subgrupo original. Uma aplicação co-mum é enviar mais bumbo e caixa para o

Page 55: Edição 227 - Revista Backstage

55

grupo paralelo do que para o origi-nal. Nesse caso, nos canais (tracks)

de bumbo e caixa, coloque o send empré-fader, assim você poderá mandar

o sinal para o subgrupo paralelo in-dependente do volume que esteja no

canal de bumbo e caixa. No entanto,isso depende de música para música.

Você vai ter que experimentar paraver qual é o melhor.

O mesmo raciocínio pode ser apli-cado a outros instrumentos, como

baixo, por exemplo. Existem duasmaneiras de criar um baixo parale-

lo. Uma é gravar dois sinais. Eucostumo fazer isso quando uso am-

plificador de baixo. Gravo em umcanal o microfone que vai em fren-

te ao alto-falante da caixa de baixoe o outro sinal eu mando direto de

linha passando por algum pré-am-plificador. Para dividir o sinal eu

uso um pedal de guitarra com doisoutputs em bypass. Nesse caso o

processamento paralelo é muitosimples: você equaliza e comprime

distintamente cada canal.Entretanto, eu não tenho um am-

plificador de baixo no meu estúdioe nem sempre os baixistas trazem

amplificadores. Nesse caso, eu gra-vo um canal só em linha. Para fazer

Para saber mais

[email protected]

um processamento paralelo de umúnico canal eu poderia abrir outro

canal auxiliar e enviar o sinal docanal de baixo para ele e fazer o

processamento paralelo. Era assimque era feito com as mesas analó-

gicas. Nesse caso, eu acho mais fá-cil duplicar o canal de áudio e apli-

car o processamento paralelo nes-se canal, e depois envio a soma dos

dois canais (baixo linha e baixoparalelo) para um subgrupo cha-

mado baixo. Normalmente eu bus-co no canal original mais grave e

ataque (transiente) da nota, ex-plorando mais os subgraves ou gra-

ves, e também usando no compres-sor um parâmetro de ataque mais

lento e um de release mais rápido.Já no canal paralelo, eu busco mais

a definição e a sustentação da notautilizando mais as médias-graves

por volta de 300 Hz e alguma coisade médias por volta de 1k, e no

caso de um baixo “palhetado” pos-so adicionar alguma coisa de médi-

as-altas, entre 5 e 8k.Abraços e até o mês que vem!

Fig

ura

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Figura 1

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LIVE

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56 mbora não seja primordial, é bacanaque o DJ perceba a música como um

músico, entendendo de andamentos(BPM), tonalidades (tom da música), deestilos musicais e até noções de arranjos(mesmo que intuitivamente!), para seaventurar a produzir seus remixes e con-tribuir com sua musicalidade, e não so-mente se contentar em atuar como umJukebox humano.

Partindo do básico, para tocar com oAbleton Live como DJ, precisamos dematerial sonoro (óbvio!).Lembre-se que reconfiguramos a janelapadrão do Ableton live (Session View),deletando os Tracks MIDI (que não es-taremos usando nesse projeto) e reno-meamos os Tracks Audio para DECK Ae DECK B. (Como mostra a imagem.Outras informações sobre essa configu-

E

L I V EDJ COM ABLETONL I V EP

AR

TE 0

2

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

Em nossa matéria

anterior, aprendemos a

configurar a janela

principal do Ableton

Live (Session View) e o

deixarmos pronto para

importar nossas

seleções de músicas,

playlist, gigpack etc. O

importante mesmo é

que as músicas, ao

serem importadas,

tenham um padrão de

organização (BPM,

tom da música, estilo de

levada, cue point etc.)

para facilitar a

performance do DJ.

Janela DJ Master

Page 57: Edição 227 - Revista Backstage

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ração, veja no artigo da edição an-terior, eu recomendo!!)Muito bem. Observando o canto su-perior direito da janela padrão (Ses-sion View), veremos uma seta (grifa-da em vermelho). Clique lá para abriro Browser (caso já não esteja aberto).

O Browser é, digamos, o centronervoso do Ableton Live, ondevocê encontra sua biblioteca desons, loops, instrumentos virtuais,efeitos de áudio e MIDI, clips,Samples, plug-ins, etc.

Na parte inferior, em Places (lo-cais), você pode configurar os lo-cais onde suas músicas se encon-tram no seu computador. Cliqueno (+) Add Folder (último na es-querda, embaixo do destacado emazul) e adicione a pasta (ou HD,Pendrive etc.), onde as suas sele-ções de música (material musical,sons, loops) se localizam. No meucaso se apresenta assim.O resultado dessa operação permi-te organizarmos nossas músicaspara um acesso imediato em qual-quer local pré-determinado em

nossas mídias, HDs, Internet, iTu-nes, iCloud, Marte...Nesse momento devemos configu-rar as saídas do Cue out (o retorno defone) e o Master out, do contráriovocê vai ouvir tudo sempre no Mas-ter out (nas caixas) e todos (tam-bém) vão ouvir o material sonoroque você prepara para o fade in emixar (too bad!!). Para isso, claro,você precisa de uma placa ou in-terface de áudio com duas saídas.Existem várias adequadas no mer-cado. Caso você ainda não tenhaesse recurso, ficará limitado às

Browser

Add Folder no Browser Library Dance

Page 58: Edição 227 - Revista Backstage

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LIVE

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transições simples das músicas fade in/out pelo cursor (Fading Transition),sem poder ouvir o material sonoro emCue (separado pelo fone).Observe do lado direito no Master track,no meio indicado com a seta vermelha,clique no campo Cue out e mude para saída3/4 (ou mono, caso você precise e ou tiveropções). Repare que o Master Out estáconfigurado para as saídas 1/2 . Mais abai-xo, no retângulo vermelho, clique no Soloe esse se transforma em Cue (retorno defone, como aparece na imagem). O botãoembaixo é o volume desse retorno.Veja no DECK B (azul), ressaltado emvermelho, (embaixo), que no lugar do S(solo) aparece agora um ícone de umFone (em azul). É aí que você selecionapara ouvir o som do Cue Channel pelo

fone, ao preparar o Fading. Antes de come-çarmos a importar o material sonoro noLive, vamos criar dois novos tracks quechamaremos de Library 1 e Library 2 (jáaparecem na foto acima – verde e amarelo).Desses tracks estaremos arrastando as mú-sicas em um processo drag ‘n’ drop para oDeck A e para o Deck B, onde as músicasserão de fato executadas. Esse é o processo!

Session pronta para DJ

Novo Local no Browser

Músicas prontas

“Observe do lado

direito no Master

track, no meio

indicado com a seta

vermelha, clique no

campo “Cue out” e

mude para saída 3/4

(ou mono, caso você

precise e ou tiver

opções). Repare que

o “Master Out” está

configurado para as

saídas 1/2

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Tecle Ctrl T (Cmd T no Mac)duas vezes para criar 2 AudioTracks, então selecione cada track(click em Audio 1 - fica azul quan-do selecionada) e tecle Crlt R(Cmd R no Mac) para renomearcomo Library 1 e Library 2 (ouqualquer nome que você preferirpara suas seleções de música).Agora selecione as duas colunas(Library 1 & 2) com a tecla Shift earraste para o canto esquerdo daJanela Padrão (Session View) co-mo está na foto (opcional).Lembre-se: quando você aponta oAbleton Live para um diretório eseleciona o conteúdo da pasta emquestão, o programa analisa essematerial fazendo o que eu chamode um pre-Warp, e a qualidade des-sa análise depende muito das suasnecessidades e configuração doWarp no programa. A tecnologiaWarp é uma ferramenta maravi-lhosa, especialmente para loops esegmentos menores de áudio.Para usufruir dessa tecnologia, quepermite alinhar vários segmentosde áudio ao mesmo tempo (músi-cas inteiras), é necessário uma pré-produção, um certo “Laboro” parase alcançar resultados realmenteprofissionais, por isso vou dedicaruma matéria inteira sobre o assun-to em breve. Por favor aguardem!Importar as músicas! Finalmente!

Muito bem, agora simplesmente ar-raste suas músicas para Library 1 ouLibrary 2 de acordo com o seu “Pla-no de voo” e “Drag´n´drop” paratocá-las nos Deck A ou Deck B queo Ableton Live vai tocá-las emSync. Recomendo colorir as músicasem cada Library com a mesma cor(Shift/selete/clique botão da direitaPC ou Control “track” no Mac).Colorindo fica fácil identificar aprocedência de cada música, man-tendo as coisas visíveis e organiza-das. Obs.: Pode-se fazer “Drag´n´-Drop” em cima da próxima músicaque não tem problema!

Reparem que eu adicionei um localnovo no Browser (Library Dance,destacado em vermelho), uma pastacom poucas músicas para ficar clara atransição no tutorial. Também desta-co em vermelho que as músicas já ti-nham sido trabalhadas, todas tem onome da música e do compositor,BPM (Beats per Minutes - andamen-

to) e a Tonalidade (F#m), caso euqueira fazer algo mais ousado (umRemix, por exemplo).Quando o Live analisa (Warp) umarquivo de áudio, ele cria um docu-mento (.asd) no mesmo diretório,com informações detalhadas sobreo andamento que o programa usana hora de tocá-las.Importante. A menos que façamosuma pré-produção, um Warp dedica-do para cada música, a regra de suces-so é respeitar uma média de 10%(mais ou menos) na variação de anda-mento entre cada música. Mudançasradicais exigem um trabalho maiselaborado, como menciono acima.Agora é só tocar as músicas nosDecks! Quando uma termina, vocêdeleta do Deck (para não repetir amúsica, né brow?!) e arrasta uma ou-tra (por cima mesmo, como já men-cionei) para alimentar o outro Deck.E assim você vai trabalhando o som.

Não se esqueça de selecionar oCrossfader (que tem que ficar emnegrito) e fazer as transições dasmúsicas com as setas esquerda/di-reita do teclado (o Crossfader fica àdireita no Master Track, embaixo).Atenção: caso o Crossfader não es-teja visível, vá em Barra de Tarefas,View e o habilite.

Observe que o Level do Track emCue fica azul e sai nos fones quan-do configurado. Já o Track que estásaindo pelo Master Track (saindonas caixas), se apresenta com olevel em verde, fique ligado!Falaremos em breve em canais deefeitos, tracks auxiliares, rack deinstrumentos, limiter e compres-são e muito mais.Bom trabalho a todos!

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

Só Tocar

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esquisando na internet vemos quejá há algumas opções interessantes

no Brasil. Desde cópias fiéis a réplicas‘mercadologicamente’ batizadas como‘criações’, até recriações reais de efeitosque passam a ser a novidade na sonori-dade. Porém, o melhor, o suprassumo é

P

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

ALIADA À MÚSICAPEDAIS DE EFEITO ARTESANAIS

A ELETRÔNICAA ELETRÔNICASim, pedais de

efeito fabricados

um a um, à mão e

com sonoridades

clássicas revisadas

e, em alguns

modelos, até

diferenciados. São

os chamados pedais

de butique. Já

conhece? Não?

Então vamos a eles. quando encontramos pedais de efeitoanalógicos com DNA próprio. Este é ocaso dos pedais Ed’s MoD ShoP. Querconhecê-los? Então venham...Tudo começa na América com pedais deefeito analógicos, muito antigos que, aoter algum defeito de tempo de uso, pas-

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sam a ser uma jóia rara quebra-da nas mãos. Os músicos tomaram afrente na procura de técnicos emeletrônica com conhecimento sufi-ciente em música e, em muitos ca-sos, melhor até serem também ins-trumentistas, e assim, consertaremsuas traquitanas raras e, por isto, dealto preço mercadológico. Com opassar do tempo vieram as modifi-cações. Ou seja, estes técnicos sen-tiram necessidade de pesquisar mo-dificações nos esquemas e projetosoriginais destes equipamentos paratornar a sonoridade final diferente,e quem sabe, melhor do que os ori-ginais. Com este quadro, vieram ascriações artesanais.Por aqui, claro que algumas empre-sas como a Giannini fizeram váriastentativas clássicas com efeitosnos anos 60/70, mas artesanal-mente a coisa passa por ClaudioCesar Dias Batista (algo como OsMutantes, deve ajudar a clarear amente de quem não o conhece) eoutros. É aí que entra o paulistanoEduardo Bonatto, que fundou aEd’s MoD ShoP na virada da dé-cada de 1999/2000.Ed, como é conhecido, trabalha so-zinho numa antiga, mas totalmente

funcional, casa no extre-mo da zona sul de São Paulo. Lá eleatende clientes, efetua os testes ne-cessários, os ajustes e principal-mente, constrói cada protótipo quese tornará um novo pedal dos so-nhos de algum guitarrista ou bai-xista mundo afora. “Comecei a meinteressar por pedais por conta de

ser guitarrista e fui estudar luthieriacom o Henri Ro. Havia uma exten-são no curso dele para eletrônica econstrução de pedais de efeitos.Como todo guitarrista, sempreamei os efeitos e lá fora estava namoda a coisa dos pedais de butique.Eu curtia muito o Zvex, curtia o

som do Fuzz Factorye pensei em montar algo assim”.Para praticar, Bonatto fez diversasmodificações em pedais já existen-tes, consertando defeitos, trocan-do peças etc. “Eu comecei fazendoestas modificações”. Nesta mesma

época, Ed iniciou a construção evenda de protótipo de efeitos to-talmente analógicos para algunsamigos e, felizmente, o negócioprosperou rapidamente. Ele largouo emprego em um escritório (nessaaltura, já com formação em admi-nistração de empresas) e formou

Como todo guitarrista, sempre amei osefeitos e lá fora estava na moda a coisa dospedais de butique. Eu curtia muito o Zvex, curtiao som do Fuzz Factory

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com um sócio a Deep Trip Guitar Pedals,onde obtiveram uma boa exposição nomercado nacional. Com o tempo EdBonatto decide montar sua própriaidentidade solo no mercado dos efeitos,desfaz a sociedade (a Deep Trip aindaestá no mercado, dirigida pelo ex-sócio)e monta a Ed’s MoD ShoP. “Basica-mente meu trabalho é artesanal, comose fosse uma luthieria de pedais. Não éuma fábrica”. Os pedais são feitos um aum, embora haja uma linha fixa no sitepara pronta entrega. Em pequenos lo-tes, sem linha de produção. A parte deBonatto é a de criação, pesquisa e pôr amão na massa na hora de manufaturar opedal, com exceção das placas de circui-to impresso que ele manda fazer fora.Quando o pedal é protótipo, ele mesmofaz, até a placa. No site há uma linha com9 pedais disponíveis para os interessados:

HEARTBLOWER BASSO HeartBlower OD é o pedal de over-drive dedicado para as cordas graves doEd’s MoD ShoP. “Se eu pudesse exem-plificar em um som o tipo de drive queeu procurei reproduzir com esse pedaleu diria, sem sombra de dúvidas, o baixodo disco vermelho do Grand Funk.Muito peso e punch nos médios gravescom o toque certo de saturação, quelembra muito o som obtido com umbom Ampeg em volume de arrancar otelhado da casa. O heartblower é basea-do em transistores de silício cuidadosa-mente selecionados e um tonestackbaxandall (Treble e Bass) que conseguetimbrar sons com a cara dos anos 60 e70. Com esse tonestack simples, maseficaz, é possível obter sons com midboost, scooped mids, flat e boost indivi-dual de graves ou agudos, corrigindo oualterando alguma característica doequipamento utilizado. O pedal apre-senta um som realmente limpo com o‘gain’ no mínimo para usar como umequalizador. Aumentando o ‘gain’ con-segue-se uma ampla gama de sons satu-rados, overdrive com característicavalvulada e no máximo do curso oheartblower entrega um fuzz monstro

estilo Black Sabbath, com aquela pega-da roncada característica dos primór-dios do Rock ‘n Roll.”

MOBY DICK BASS FUZZUm fuzz dedicado para o contrabaixo byEd’s MoD ShoP. Sons secos, sujos, pesa-dos e 100% de retenção dos graves. Aquio que se buscou foi juntar a sujeira do fuzzcom definição no ataque, proporcionan-do um som focado com bastante punch epresença na mix. O Moby Dick produzum som de fuzz moderno e agressivo epossui um elemento de Gate e Synth nosom, de forma que ele é sujo, mas ao mes-mo tempo contido, sem expandir e espa-lhar, nem atropelar as outras frequênciasque num mix de banda costumam serdestinadas aos instrumentos que possu-em registros médios e agudos.O controle de ‘gain’ determina a inten-sidade do sinal introduzido no circuitoenquanto o controle de fuzz molda atextura da distorção produzida, gerandosons mais secos com elementos de gateaté sons mais fluidos com toques deoverdrive. Finalmente o Tone faz o fil-tro final do som cortando agudos nosentido anti-horário, ou enfatizando-os no sentido horário. Existe ainda umachave mini toggle que possibilita a ate-nuação do sinal de entrada e o casamen-to de impedância para que os baixos ati-vos com sinal mais quente possam terum resultado semelhante ao dos baixospassivos. Nada impede que esta chaveseja usada também como recurso tonal,variando entre um som mais quente eexplosivo e um som mais contido.

TRITON ENVELOPE FILTEREsta é a nossa versão do lendário Musi-tronics Mutron 3, já fora de produção hádécadas e a melhor referência de Enve-lope Filter já criada. Graças ao seu cir-cuito óptico dedicado, o Triton tem altasensibilidade de entrada e uma transi-ção dinâmica bastante musical, um pe-dal realmente orgânico. Desta forma, jápartimos do que existe de melhor nouniverso dos Filters e adicionamos al-gumas bem-vindas modificações para o

“O controle de ‘gain’

determina a

intensidade do

sinal introduzido

no circuito

enquanto o controle

de Fuzz molda a

textura da

distorção

produzida, gerando

sons mais secos com

elementos de gate

até sons mais

fluidos com toques

de overdrive

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músico dos dias de hoje. A começarpelo tamanho “pedalboard friendly”,conseguimos transformar o antigograndalhão em um pedal compacto.Ainda no sentido de facilitar, o Tri-ton pode utilizar e compartilhar afonte 9 Volts DC convencional ao in-vés da antiga fonte dedicada: foi man-tido o circuito bipolar original, mas aconversão da alimentação é feita in-ternamente a partir de fonte ou bate-ria. E por último, foi adicionado umknob de volume passivo, pois em al-gumas regulagens o Triton pode gerarelevados picos no nível de saída: uti-lize o volume no máximo na maioriados casos e recorra a ele apenas parareduzir o nível, se necessário. Acon-selha-se fortemente o uso de umcompressor com alta taxa de com-pressão (ratio) ou mesmo um limiterdepois do pedal para poder aproveitaro melhor do efeito sem se preocuparcom os picos de volume.O Cyclops Opticomp by Ed’s MoD

ShoP é a companhia perfeita para oTriton. O segredo para um bom somde Envelope Filter está no ajusteapropriado do ‘gain’, que é o ganho deentrada. Na maioria dos casos o que sebusca é o efeito dinâmico do Filtro,muito pouco ganho pode tornar o fil-tro duro – quando o músico imprimemuita pressão para pouca ou nenhu-ma mudança no som e, por outro lado,muito ganho pode abrir o filtro demodo que ele nunca feche e, nova-mente, sem variação sonora. Issopode ser usado intencionalmentepara tornar o Triton um filtro estático

com ótimos resultados, mas na maiorparte das vezes o que se busca é a vari-ação. Desta forma, ajuste o ‘gain’ comcuidado para maximizar o efeito dinâ-mico produzido pelo pedal. Cadaregulagem nos outros parâmetrospode pedir um ajuste fino no ‘gain’para otimizar a performance do Filter.Diferentes instrumentos podem pre-cisar de diferentes ajustes no ‘gain’. OKnob Peak regula a ressonância do fil-tro, sons mais secos apropriados paraefeitos de auto wah encontram-se nocomeço do curso deste knob, e au-mentando o Peak, o Triton produzefeitos mais intensos que flertam como Synth. A chave Sweep muda a dire-ção da ação do filtro. Na posição parabaixo (down position), o filtro come-ça fechado e abre com a pressão im-primida, como um auto wah. Na posi-ção para cima (up position), o filtrocomeça aberto e se fecha com a pres-são imprimida, como o Bass Balls. Achave Range varia entre uma voz maisgrave (up position) e uma voz mais aguda(down position). E finalmente a chaverotativa de três posições seleciona entreos três modos de filtro do Triton: Hi PassFilter, Band Pass Filter e Low Pass Filter.

ED’S FUZZUm Fuzz super versátil e ao mesmotempo fácil de usar, com um voicingcustomizado e esculpido ao longo deanos de experiência com estes circui-tos. Indicado para quem precisa de umfuzz com várias possibilidades de sonsclássicos (desde o macio e redondoaté o cortante e esquisito) até sons de

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overdrive e treble boost. Ao mesmo tempo também é umótimo pedal para quem começa a se interessar pelo estra-nho e maravilhoso mundo do fuzz por ser um pedal fácil dedomar e de soar bem. Tirando os knobs tradicionais deFuzz e Volume que são autoexplicativos, o Ed’s Fuzz vemcom uma chave de Voice de 3 posições (Treble Boost, Classic

e Extra Bass), bias (po-larização do transístor:você pode diminuirou aumentar a ali-mentação dele possi-bilitando inúmerasnuances de insani-dade, sons com gate,bateria morrendo,sputter e, claro, sonsperfeitamente nor-mais – para um Fuzz –com o Bias no meiodia gerando 4,5v) eo Midz que seca osmédios na esquerdado curso do knobpara sons de FuzzFace tradicionaisou joga os médios

para o primeiro plano para um som mais cortante e presen-te na mix que remete ao overdrive na direita do seu curso.

HEARTBREAKER OVERDRIVEOverdrive old school projetado com 3 transistores de silícioe equalização baxandall que possibilita obter mid boost, midscooped, flat e boost de frequências individuais (treble ebass). O HeartBreaker OD remete aos timbres dos anos 60 e70 que ajudaram a definir o som do rock’n roll. De Link Raya Jimmy Page passando por Clapton em Crossroads, temosum pedal de boost e overdrive leve a super saturado que ésensível à sua técnica, palhetada, volume da guitarra e dinâ-mico como um bom fuzz. “Este é o overdrive que eu semprequis ter, mas para que isso acontecesse, eu mesmo tive quecriá-lo. A explicação é bem simples: tendo começado a mi-nha vida de guitarrista e pedal maker usando circuitos defuzz, eu nunca conseguia ficar realmente empolgado comum pedal de overdrive: às vezes pelo som liso e enlatado,outras vezes pela mecânica. A maioria dos overdrives “nãolimpam” no knob da guitarra como um fuzz e nem tem a res-posta dinâmica super sensível à sua palhetada e técnica demão direita, ou pelo menos não tinham…”, ressalta Ed.

CYCLOPS OPTCOMPO Cyclops Optcomp é um compressor óptico transparente edinâmico desenvolvido com a mesma topologia do lendário

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“O heartbreaker OD

remete aos timbres

dos anos 60 e 70

que ajudaram a

definir o som do

rock’n roll. De Link

Ray a Jimmy Page

passando por

Clapton em

Crossroads, temos

um pedal de boost e

overdrive leve a

super saturado que

é sensível à sua

técnica, palhetada,

volume da guitarra

e dinâmico como

um bom fuzz

LA-2A. Pode ser utilizado ao vivo comose fosse um compressor de estúdio para“masterizar” seu timbre em regulagens su-tis aumentando o punch e a definição doseu som, ou realmente achatar o sinal enivelar picos de volume como um limiter.Em regulagens extremas é possível escu-tar o efeito de “breathing” e “pumping”,quando o compressor trabalha compri-mindo e soltando em curtos espaços detempo. Os benefícios do circuito ópticoem compressão são bem conhecidos dostécnicos de estúdio: nível de ruído baixís-simo e a transparência da ação do efeito,mas com o Cyclops Optcomp esses bene-fícios ficam aos seus pés numa embalagemcompacta e conveniente.A chave de Voice de 2 posições (bass cut enormal) seleciona entre um som com ên-fase nos agudos (adequando para countrye twang, ou mesmo para limitar os gravesde um contrabaixo em determinadas situ-ações) e o som original preservando todoo low end do seu instrumento. O ‘gain’ajusta a intensidade do sinal introduzidono circuito e o Comp discrimina a taxa decompressão ou Ratio, desde uma levecompressão até um limiter de fato.O Cyclops funciona muito bem tantoantes da distorção (como boost de gan-ho sem inchar o drive como os com-pressores costumam fazer) ou receben-do um sinal processado por uma cadeiade efeitos gerando ainda mais sustain epunch como um verdadeiro compressorde estúdio.

EAST QEsta é uma versão do lendário móduloNE-1 lançado pela Yamaha nos baixosNathan East em forma de pedal. Trata-se de um equalizador semi-paramétricodedicado para mid cut que possibilitaobter timbres distintos e surpreenden-tes de modo muito simples e intuitivo.O knob Frequency determina onde ficao mid cut central (de 150Hz a 10hhz) e achave Shallow/Deep determina a in-tensidade do corte (-5db no Shallow e -10db no Deep). Os baixistas já estãobem acostumados com a mecânica e ouso deste tipo de equipamento, mas a

boa notícia é que este EQ fica sensacio-nal na guitarra também, você esculpe osmédios de uma forma tão radical que pa-rece que trocou de instrumento. É fácilfazer uma Les Paul chegar no quack deuma Strato, ou engordar o som de umaTele ao ponto de ter uma resposta muitosemelhante à de um humbucker, algomuito prático para um músico que levaapenas um instrumento para a gig e pre-cisa cobrir um grande leque de timbres.

FUZZ STACKUm drive que soa fuzz, ou um fuzz disfar-çado de drive? A dúvida filosófica abreespaço para o fato de que hoje em diamais e mais pessoas procuram no ampli-ficador características que são essenci-almente as de um fuzz: sensibilidade edinâmica, som limpo e som sujo no virardo knob de volume da guitarra, texturasmais esponjosas e gordas, e claro, osom!! O Fuzz Stack utiliza um circuitode fuzz de alto ganho alimentando umtonestack idêntico ao de um amplifica-dor valvulado (opção de escolha de al-guns tonestacks consagrados como oPlexi, Blackface, Skyline e Hiwatt) e umestágio final de amplificação, de formaque ele pode ser utilizado como um fuzztradicional, um fuzz com tonestak e umpré amp propriamente dito!O Revival Series de pedais de Fuzz byEd’s MoD ShoP: pedais minimalistasque buscam o look e o som dos pedaisclássicos dos anos 60 e 70, utilizando oscomponentes autênticos de época comoeletrolíticos axiais, resistores de carbo-no, capacitores de polyester e principal-mente os mesmos transistores utilizadosnos originais, New Old Stock ou produ-ção atual em alguns casos, montadosponto a ponto em placa de fenolite.O design destes pedais é mais sóbrio uti-lizando a pintura Hameritte que dá oefeito martelado, ou pintura metálicacom Flakes aparentes no melhor estiloSparkle. O layout é claro e enxuto, utili-zando apenas os Knobs e controles exis-tentes nos pedais originais (pode-seadicionar Bias em alguns pedais comocustomização), o que de certa forma traz

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“O novo transistor

utilizado não tinha

problemas com

temperatura e

possuía coeficientes

de bias bem mais

previsíveis, o que

resultou em pedais

mais consistentes,

que soam diferente

do modelo de

Germânio (na

dúvida é melhor ter

um de cada!)

Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

de volta a filosofia de tirar o som com oque o pedal te dá, utilizando mais os re-cursos da guitarra como tone e volume,além da pegada. As modificações noscircuitos destes pedais é mínima e fun-cional apenas, como por exemplo LED eplugue DC, circuito de proteção paraque o pedal não queime se ligado emfonte invertida, redução de interferên-cia de rádio, filtragem DC para reduzir ohum da rede elétrica e uma caixinha pe-quena e conveniente para pedalboards.Outro ponto positivo para os Fuzzes deGermânio é poder usá-los com fonte con-vencional (não precisa inverter a fontenem ser fonte dedicada com saídas isola-das) e poder compartilhar esta fonte comoutros pedais sem problemas. É basica-mente como ter um pedal vintage por umapequena fração do preço com melhoriasfuncionais, preservando a mágica e o som.

SILICON FACENo final dos anos 60 a Dallas Arbitersubstituiu em sua linha Fuzz Face os tran-sistores de Germânio, que sofriam de pro-blemas como instabilidade em função datemperatura (o pedal podia “morrer” du-rante um show devido ao calor das luzesde palco, mas depois de frio ele voltava afuncionar) e alta variação de ganho deuma peça para a outra (o que resultavaem pedais “mágicos” e outros nem tan-to), por um outro tipo de semicondutorque era a nova tecnologia na época: osilício. O novo transistor utilizado nãotinha problemas com temperatura epossuía coeficientes de bias bem maisprevisíveis, o que resultou em pedaismais consistentes, que soam diferentedo modelo de Germânio (na dúvida émelhor ter um de cada!). A começarpelo ganho mais alto destes transistorese pequenas alterações realizadas no cir-cuito, o modelo de Silício é conhecidopor ser mais agressivo e ter um voicingde médios diferente do de Germânio. OSilicon Face by Ed’s MoD ShoP recria oFuzz Face de 1969 com transistoresBC108, um fuzz com agressividade e defi-nição de notas. Extremamente sensível àpalhetada, limpa muito bem com o knob

de volume da guitarra e possui o timbrerouco e anasalado associado ao mestreJimi Hendrix, dentro de uma caixinhapequena em Hameritte Azul.Segundo Eduardo, o diferencial de sualinha fica na pesquisa e no desenvolvi-mento de sonoridades particulares, aoinvés de somente copiar pedais famo-sos. “Pego os pedais mais legais dos anos70 e em cima disto pesquiso funçõesnovas, modificando a sonoridade. Nãoinvento nenhum efeito novo, mas voucolocando meu DNA nos projetos quefaço”. Ed também desenvolve pedaisnovos a partir do desejo do cliente, sen-do o mundo analógico respeitado emtodos os aspectos da produção que leva20 a 30 dias para entrega de pedaiscustom. “O acabamento, que é a partedo trabalho que mais demora, é feito to-talmente por mim, em todas as etapas.São 4 tipos: o psicodélico, o hammerite,que parece com pequenas marteladas napintura, as cores chapadas e com efeitode glitter. Tudo com material automo-tivo.” As caixas metálicas das marcasHammond e Electro Harmonix estiloPhase 90 (6"x11) são usados nos pedaismenores e o estilo Phase 100 (9"x12")sapa os pedais maiores.Os pedais vêm com 3 meses de garantiae são testados um a um, sendo que o cli-ente experimenta na hora da compratambém. As entregas podem seguir viasedex, embalados em caixas de papelãobem acondicionadas.Efeitos são seus fetiches? Então o queestá esperando?Paz Profunda .:.

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CADERNO ILUMINAÇÃOVI

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PRwww.proshows.com.br

O XLED 1037 é o recente lançamento dos moving headsde LED da PR. Elas possuem 37 LEDs de 10W RGBW (4em1), e uma de suas principais vantagens é o notável zoomcom ângulo variável de 13° a 52°. O XLED 1037 oferece ve-locidade de PAN ajustável e inclinação (com ângulo dePAN de 0 ° - 540 ° e inclinação de 0 ° - 270°), com função decorreção de posição automática. Ele também permite oajuste automático de velocidade do ajuste brilho e contras-te e possui um sistema de refrigeração avançado.

AVOLITESwww.proshows.com.br

A Sapphire Touch oferece monitores ultrasensíveis ao toque com sistema wide screenna área de trabalho, o que oferece uma opera-ção suave durante o uso com 45 faders moto-rizados. Ele possui programação ultra rápidacom dois monitores sensíveis ao toque ewide screen e playback automático. Legen-das “sketchfast” e TrackBall óptica e tricolor.

MARTINwww.harmandobrasil.com.br

O MAC 350 entour da Martin é uma luminária LEDcom perfil de corte sem pares. Ela ultrapassa o quetem sido previamente possível em termos de brilho,eficiência e compacidade. Com tecnologia LED ex-clusiva, ela é a primeira alternativa do mercado paraluminárias de perfil tradicional baseado em HID.

MARTINwww.harmandobrasil.com.br

O MAC Viper Quadray possui efeito de feixe múltiplo nuncaantes visto que acrescenta toda uma nova dimensão para a ilu-minação toolbox designer. Disponível com um kit de substi-tuição de lentes fácil de instalar para qualquer padrão MACViper AirFX, o Quadray permite a projeção de 1, 2, 3 ou 4 raiosindividualmente controláveis de luz para todas as possibilida-des estáticas ou dinâmicas. Ele inclui um mecanismo de efei-tos eficiente que permite aos designers criar toda uma novavariedade de soluções em iluminação.

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CADERNO ILUMINAÇÃOIL

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pós um sensacional e instigantemódulo de “Percepção Visual”, in-

tegrante do curso de pós-graduação emIluminação e Design de Interiores, minis-trado pela brilhante Lighting DesignerJamile Tormann, nada mais propício doque uma reflexão sobre o impacto da ilu-minação – e de todas as dinâmicas relaci-onadas a ela – na forma com a qual ocorrea interação entre os artistas e respectivospúblicos nos eventos dos mais diversos,mas, especificamente, para shows, espe-táculos e festivais.É notória – e perceptível – a contribui-ção da iluminação cênica no resultadofinal de uma apresentação artística,com todas as intervenções, sensações eemoções provocadas, sejam elas pro-porcionadas por estímulos (e recursos)múltiplos – velocidade, movimenta-ção, sincronismo, destaque, intensida-de – ou mesmo para situações e opera-ções sutis, flagradas e registradas nasfotografias que eternizam momentos eaté a realização de sonhos.

A De qualquer maneira, a percepção maiselementar estará sempre relacionada aomodo pelo qual o olho humano identi-fica a luz (ou mesmo a ausência dela) naformação das cenas, com as quais os pú-blicos identificam formatos, dimen-sões, cores e texturas, e com esses ele-mentos, e nesse sentido, as limitaçõesestão relacionadas àquilo que se deno-mina de espectro visível da luz.De fato, a luz percebida pelo olho huma-no é uma porção muito estreita do es-pectro eletromagnético – que pode sercompreendido como um conjunto deradiações com aplicações das mais di-versas, cujas frequências variam dos si-nais de rádio aos raios gama. Nesse con-texto, a luz visível se situa entre outrosdois espectros: na mais baixa frequênciade sensibilização do olho humano,identificado pela luz vermelha, a faixaque fica abaixo dessa cor é denominadade infravermelho (literalmente, abaixodo vermelho); e na outra extremidade,percebida pela cor violeta, situa-se a fai-

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

PERCEPÇÕES... À LUZ DOS OLHOS!

Muitas são as

sensações

provocadas nos

eventos diversos,

muitas delas

relacionadas à

forma com a qual

a iluminação

interage com as

canções,

interpretações,

roteiros. Nessa

conversa, inicia-se

a abordagem sobre

o tema, a partir

das características

da iluminação,

que se reveste de

detalhes, cores,

texturas e

percepções

diversas.

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xa de ultravioleta (ou, em traduçãolivre, acima da cor violeta). Ainda,há mais explicações e estudos rela-cionados à percepção da luz peloolho humano – e, inclusive, algunsefeitos biológicos (mas que serãoabordados em outro momento).A experiência mais comum usadapara a identificação das cores naextensão do espectro visível podeser realizada com a utilização deum prisma (denominado de Pris-ma de Nicol – em homenagem aofísico escocês William Nicol) que,quando iluminado por um feixe deluz branca, consegue “separar” ascores – no qual ocorre a produçãode luz polarizada plana, pois de umlado tem-se uma luz branca em umfacho único e de outro as luzes apa-recem em fachos, cada qual comuma cor diferente.

A luz visível possui várias caracte-rísticas. A principal está relaciona-da à direção, retilínea em um únicomeio (o ar, por exemplo), mas que semodifica em função de um novomeio (quando passa pela água, di-fusor, ou outro meio), provocandoefeitos (ou fenômenos) como a re-flexão, refração ou difusão. Tam-bém, deve-se destacar que uma“onda de luz” (um feixe) quandopassa através de uma outra não so-fre alteração no sentido, ou seja, umfeixe de luz azul vai passar direta-mente através de outro – por exem-plo, amarelo -, sem que ocorra algu-ma alteração na direção ou na cor.

A tonalidade é a qualidade quepermite a diferenciação de uma cora partir de outra. As cores denomi-nadas primárias são aquelas cujostons não podem ser criados a partirde todas as demais cores. Enquan-to o modelo de cores primáriasusadas nas artes plásticas, combase em pigmentos e corantes, éformado pelo vermelho, azul eamarelo, as cores primárias da luz

são vermelho, azul e verde – o fa-moso padrão RGB.Uma combinação em igual propor-ção das três cores primárias da luzhipoteticamente resulta em umaluz branca. A mistura em igualproporção de duas cores primáriasda luz produz três cores secundári-as: vermelho igualmente mistura-do com verde resulta no âmbar (ouamarelo); vermelho igualmentemisturado com azul cria o ma-genta; e o verde misturado com oazul resulta no ciano.Além das cores primárias, surgemas cores complementares, frequen-temente definidas como sendo

opostas na reprodução das coresformadas pelas luzes nas cores pri-márias. Quando duas cores comple-mentares da luz são igualmentemisturadas, o resultado é hipoteti-camente branco. Isso pode ser facil-mente percebido na Figura 2, queclaramente demonstra esse efeito.Além da tonalidade, outra carac-terística – ou qualidade – está rela-cionada à saturação de cor, que estáassociada a maior ou menor quan-tidade de tons em uma mistura decores. Como exemplo, um azul-claro tem muito menos saturaçãose comparado ao azul primário. Ovalor de uma tonalidade é definidopela maior claridade ou escuridãode uma cor. A tonalidade é defini-da como uma cor de valor elevado,quer misturada com pigmentobranco ou claro, enquanto que umtom de cor é um valor baixo, mis-turado com o preto. Uma cor mis-turada com branco e preto simul-taneamente é conhecida, ou defi-nida, como um tom.Na iluminação cênica, os interes-ses e experimentos com as altera-ções nas cores e percepções para oscomportamentos (e característi-cas) da luz remetem ao Renas-cimento Italiano (século XVI).Naquele período, os “instrumen-tos” eram velas e tochas e as modi-ficações eram possíveis com o usode jarros com água tingida ou ou-tros líquidos (inclusive, o vinho).No início do século XX, lâminas devidro colorido eram usadas com amesma finalidade, mas eram muito

Figuras 1-2: Luz polarizada plana produzida pela refração da luz em um Prisma de Nicol e Padrão RGB.

Figura 3: Show da banda Blasted Mechanism. Percepção para diversas características da iluminação.F

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Para saber mais

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pesadas e facilmente quebráveis – eeram assim, muito perigosas. Nesse pe-ríodo também, foram desenvolvidas lâ-minas produzidas com gelatina colorida– mais leves e seguras.Mais tarde, com o aprimoramento dosrecursos (ou filtros) de modificação decor (geralmente referidos como “gel”ou “gelatina”), os instrumentos de ilu-minação começaram a ser adaptadospara a inclusão desses dispositivos paraa alteração da cor para os feixes de luzemitidos. A evolução tecnológica tam-bém permitiu a utilização de outrosmateriais, tais como o acetato e poli-carbonato, de forma a aumentar a re-sistência ao calor e retenção da cordo filtro. Atualmente, muitos instru-mentos de iluminação (assunto centralda última conversa, na edição da Revis-ta Backstage de setembro de 2013), jápossuem recursos diversos para a cria-ção de projetos com centenas e até mi-lhares de cores.Assim, desde a década de 1960 – maisefetivamente – o uso de recursos de mo-dificação da iluminação dos palcos tem

sido amplamente desenvolvido de di-versas maneiras. Muitos desses estudoscontemplam as percepções e reações daspessoas, estimuladas pelas sensações dasluzes e das cores.De certa forma, todas as pessoas reagemàs cores, e a reação de cada pessoa a uma

determinada cor pode ser única. Paraalgumas pessoas, determinados tons decores podem proporcionar sensaçõesagradáveis, enquanto para outras pessoasum mesmo tom pode causar desconforto.Alguns estudos – e testes realizados demaneiras diferentes - demonstraram asreações ou percepções, que podem serconscientes ou inconscientes, para pú-blicos diversificados. Em muitas situa-ções, os públicos podem ter diferentesreações emocionais para determinadascores, mesmo que não estejam plena-mente conscientes dessas cores.Cabe ao Lighting Designer ter a sensi-bilidade para identificar as reações esensações, conscientes ou inconscien-tes, para a melhor identificação dos im-pactos e intenções relacionados ao con-ceito do projeto, para melhor transmitiras emoções com a intensidade e a dinâ-mica requerida para determinadosmomentos – sejam eles utilizados paraproporcionar a ênfase às emoções ple-nas de alegria, ou para uma carga maisdramática. Assim, a escolha das corespelo Lighting Designer, alinhada ao

conceito do show ou espetácu-lo, pode ter diversos sentidos esignificados, sejam eles emoci-onais, simbólicos e mesmoiconográficos, sendo assimdefinidas para a melhor con-templação de sensações e sen-timentos a serem transmiti-dos e percebidos pelos públi-cos diversos.E assim, o universo de informa-ções sobre a iluminação, e comoas cores impactam na valoriza-ção de múltiplos elementos vi-suais, transfere aos palcos umadimensão complexa e mágica,amplificando-se sensivelmen-te, na mesma proporção que as

cores se multiplicam em possibilidades,as sensações, os sentimentos, as emo-ções... e as percepções...Abraços e até a próxima conversa!!!

Figura 4: Show da banda SanctusReal - Northland Church

(Longwood, FL, EUA). Fonte:Church Stage Design Ideas.

“A evolução

tecnológica

também permitiu a

utilização de

outros materiais,

tais como o acetato

e policarbonato, de

forma a aumentar

a resistência ao

calor e retenção da

cor do filtro

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ara trazer uma luz especial a umevento desse porte, uma novidade:

uma sala 3D de programação e simulaçãode iluminação com o software LightConverse, além das mesas Avolites TigerTouch, Titan Mobile e Sapphire Touch.Dinho Ventura, lighting designer dogrupo de pagode Bom Gosto, foi quemteve a ideia dessa novidade, ainda noano de 2012. Ele conta que conversou

P

Pedro Rocha

[email protected]

Fotos: Divulgação

A segunda edição do festival Samba Brasília, queaconteceu nos dias 23 e 24 de agosto no estacionamentodo Estádio Nacional Mané Garrincha, levou à capital

do Distrito Federal, conhecida por ser berço do rocknacional, muito samba, pagode e animação. Umpúblico de 100 mil pessoas prestigiou os shows de

Thiaguinho, Péricles, Sambô, Sorriso Maroto, Belo,Turma do Pagode, Gustavo Lins, Bom Gosto, Arlindo

Cruz, Fundo de Quintal, Jeito Moleque, Mumuzinho eSó pra Contrariar.

O festival Samba Brasília contoucom dois palcos SAMBA

BRASÍLIASAMBABRASÍLIA

RECEBE PROJETO INOVADOR DE ILUMINAÇÃO

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com André Barros, da empresa bra-siliense de tecnologia para eventosMarc System, sobre a possibilidadede criar um projeto de iluminaçãoaliado a uma sala de programaçãocom sistema Avolites e Titan.“Deimediato o André não só abraçou aideia, como viabilizou todos os re-cursos para que tudo corresse de ma-neira impecável”, explica o técnico.Já André Barros levou o conceito aCarlos Constantino, um dos orga-nizadores do Samba Brasília, quedisponibilizou uma sala onde fo-ram montadas as duas estações deprogramação. Dinho esclarece quesua proposta, ao desenvolver o de-senho, foi “facilitar ao máximo aprogramação, tendo cuidado por setratar de uma transmissão ao vivopela TV, já que não sabia o posicio-namento das câmeras”.As Avolites, disponibilizadas pelaProshows, tiveram o suporte do ilu-minador e atualmente suporte técni-co da Avolites no Brasil Elson de

Lucas, que auxiliou os iluminadoresna sala de programação, enquantoDinho ficava na house.

ENTENDA O MECANISMOA sala de programação em 3D tinhaduas estações de programação. Emcada uma delas havia um consoleAvolites Tiger Touch e uma licençaLight Converse – um software paraconstruções de cenários virtuais e si-mulações 3D. Cada estação estavaajustada para um palco e em cadauma delas foram projetados os efei-tos 3D. Dessa forma, os técnicos cri-avam seus shows file de acordo comsuas apresentações. “Cada ilumi-nador programava seu show virtu-

almente na sala 3D e, em seguida,ia para a house de luz levando umpen drive com a programação jápronta e assim era só esperar oshow começar”, explica Dinho.“Eu já havia testado outros soft-wares do mesmo porte, porém aplataforma que mais me agradoufoi a do Light Converse. Sua co-

Tom Belo na sala de programação usa o Light Converse

Marcelo Matoso, LD do Sorriso Maroto Dinho, Jonas (ao centro) e Elson (à direita)

Nene, Elson e Thiago

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municação com os consoles é via ArtNet, muito simples de ser feita. Alémdisso, é uma licença vitalícia, com atua-lização grátis via internet, e tem umagrande vantagem que é a criação de no-vos aparelhos para visualização, semcontar com a relação custo-benefícioque é formidável”, analisa Dinho.Em cada palco foi colocado uma TigerTouch pela gama de recursos que esseequipamento tem e também por teruma interface mais próxima ao daAvolites Pearl 2010, um console maisconhecido. Na sala de programação,cada estação tinha uma Tiger Touch,que usavam conexão via Art-Net (porprotocolo Ethernet) com o Light Con-verse. No total, quatro Tiger Touch fo-ram usadas no Samba Brasília. Umamesa Avolites Sapphire Touch foi usadapara controlar toda a parte de ilumina-ção que estava sendo usada na trans-missão ao vivo.

“Decidimos usá-la pela facilidade e rapi-dez que ela nos proporciona com 45faders motorizados e 8 saídas DMX”,justifica Elson, que operou a outra mesa,modelo Avolites Titan Mobile, usadapara backup. “Optamos por toda a luz defotografia ser comandada pelo DinhoVentura com a Sapphire Touch, pois as-sim teríamos uma fidelidade maior emquestão de temperatura para as câ-meras”, destaca Elson.Jonas Pedro, técnico de iluminação dogrupo de pagode paulista Jeito Moleque,achou excelente o uso do Light Conver-se para pré-visualização 3D dos projetos.“Foi uma surpresa maravilhosa, pois nãohavia este tipo de recurso nos festivais desamba em que trabalhei. Uma ótima sa-cada do pessoal da Marc Systems, juntoao pessoal da ProShows (Avolites) e dogrande amigo Dinho Ventura. Tomaraque os organizadores dos demais festivaisfaçam o mesmo”, comenta animado.

Simulação do projeto em 3D

Rider de iluminação Cada palco contou com uma Tiger Touch

“Optamos por toda aluz de fotografia ser

comandada peloDinho Ventura com

a Sapphire Touch,pois assim teríamos

uma fidelidademaior em questão

de temperaturapara as câmeras

(Elson de Lucas)

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O uso dos consoles Avolites TigerTouch para a iluminação do eventotambém agradou o profissional.Jonas revela que, nos shows, costu-ma pedir Avolites à produção, devi-do a sua fácil utilização e grande de-manda no mercado. “Mesmo com agrande quantidade de consoles, va-mos dizer ‘piratas’, costumo exigir ooriginal, pois a confiabilidade queele proporciona é de suma impor-tância”, garante. Ele acrescenta queainda não leva o seu próprio conso-le para os eventos, mas adoraria,pois acredita que isso poderia aju-dar, uma vez que quem trabalhacom samba, faz mais de um showpor noite, e ter equipamento parti-cular seria mais prático.O técnico de iluminação MarceloRocha, que trabalha com o grupocarioca de pagode Sorriso Maroto,considerou a sala de programaçãoprática e fácil de usar. Ele, que viajacom o seu próprio console da Avo-lites, afirma já ter usado esse meca-nismo da sala 3D em outros festi-vais, mas em um evento de sambafoi a primeira vez. “Trabalho nomercado há muito anos, e ao veruma ferramenta indispensávelcomo essa, eu percebo que estamoscaminhando para uma nova fase

Lista de Equipamentos Samba Brasília

SONORIZAÇÃOPALCO PRINCIPAL•PA:•64 Altas Adamson Y10•16 Grave Adamson T21•24 Grave EAW SB 1000•12 Altas Front Fill Adamson Spectrix•Amplicadores Lab Gruppen•Processadores Dolby LakeCONSOLES PA:•01 Digidesign D-Show•01 Digidesign Mix Rack•01 Digico SD 8SIDE FILL:•08 EAW KF 850•08 EAW SB 850CONSOLES MONITOR:•02 Yamaha PM5D RHBACKLINE:•03 Ampeg SVT3•01 GK 2001•03 Fender Twin•02 Marshall JCM 900•02 Baterias Pearl Vison•10 UR4 Shure•30 SM 58 Shure•20 SM 57 Shure•04 Beta 52 Shure•04 112 AKG•24 604 Sennheiser•10 SM 81 Shure•10 451 AKG•08 609 Sennheiser•25 Direct Box BSS•25 Direct Box IMP2PALCO CAMAROTEPA:•12 Altas Norton LS4•12 Grave Norton Sub 118CONSOLE PA:•01 Yamaha M7CLSIDE FILL:•04 EAW KF 850•04 EAW SB 850CONSOLE MONITOR:•01 Yamaha LS9PALCO BRASÍLIAPA:•12 Altas Norton LS4•12 Grave Norton Sub 118

CONSOLE PA:•01 Digidesign Mix RackSIDE FILL:•O4 QSC HPR152i•04 QSC HPR181iCONSOLE MONITOR:•Digidesign SC 48

PAINEL DE LEDPALCO PRINCIPAL•93 mts2 P12/6mmOutdoor Alta Resolução•48 mts2 P4mm Black FaceIndoor Alta Resolução

ILUMINAÇÃOPALCO CAMAROTE•16 DTS XR8 Wash•16 DTS XR9 Spot•04Attomic 3000•24 Par 64•02 Brutt•01 Avolite Titan Mobile•01 Avolite Pearl 2008PALCO BRASÍLIA•12 DTS XR9 Spot•04 Attomic 3000•24 Par 64•02 Brutt•01 Avolite Titan MobilePLATEIA•12 DTS XR700CENOGRAFIA PALCO PRINCIPAL•08 ROBE Robin 600 LedPALCO PRINCIPAL•32 Robe color spot 1200•48 Elation beam 5R•16 Robe Color wash 1200•48 Par led RGBW 10w•20 moving led beam 101 American Pro.(Distribuidos em dois palcos)CONSOLES•4 Avolites Tiger Touch•1 Avolites Sapphire Touch•1 Titan MobileSOFTWARE UTILIZADO•Light Converse

•Lighting designer: Dinho Ventura•Suporte Avolites: Elson de Lucas

Equipe Técnica Samba Brasília

Wellington Alves, Emersom Alves, Francisco (Meio Kilo), Marcílio Alves, Roberto Ney,Carlos Henrique, Ivanildo (Japão), Mougly Amaldo, Batista (João 3), Estevão Tainã,Woshiton Luiz, Marcos Sousa.

Fininho, lighting designer do Mumuzinho

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qualificada de sistemas no mercado na-cional”, afirma Marcelo.Ricardo Silva, lighting designer dorock/samba paulista Sambô, vê a sala deprogramação como um progresso naárea e conta ter gostado muito da ideia,por acreditar que essa inovação facilitamuito o trabalho. “O Sambô é a segun-da banda que trabalho no segmento do

samba, e nos festivais desse estilo musi-cal ainda não tinha visto nada assim.Estou em turnê com o grupo e no meurider sempre peço uma Avolites Pearl2008/2010, pois já estou com o showprogramado nesse equipamento”, enu-mera, acrescentando que esse ano estátendo a oportunidade de estudar outrossistemas como o Titan da própria Avo-lites e a GrandMA2 para ampliar seusconhecimentos como iluminador.

PLANEJAMENTO EADVERSIDADES“Quando projetei o desenho, estipuleiuma medida aproximada do palco equando já estava montado todo sistemade iluminação, fizemos a medição comtrena laser de todos os eixos e reproduzi-mos essas medidas para o Light Conver-se, o que facilitou muito na programa-ção virtual”, garante Dinho.Ao receber a relação do material dispo-nível, ele começou a desenvolver váriosdesenhos e a testá-los em seu estúdio, atéchegar a um modelo simples de progra-

Light Converse usado na house durante o show

Transmissão ao vivo provocou mudanças, como a correção de temperatura da luz de base

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mação e eficiente para filmagem efotografia, que de qualquer ângulopoderia se obter o efeito de con-traluz. Foram necessários 13 pesso-as e três dias de trabalho para amontagem completa da estrutura.Dinho relata que na montagemum fator complicado foi a coloca-ção dos pontos de talha para elevara estrutura, problema que foi resol-vido com a ajuda de Antonio Fran-cisco e Sandro Veloso, da empresaMarc Systems.Ele ainda explica que no últimodia de montagem, ao se instalar apassarela central, foram colocadosmais dois metros de pisos à frentedo palco. “Isso deixou o local com-pletamente fora da luz de base. Ti-vemos que improvisar um corredorde luz para que os artistas não fi-

cassem no escuro duran-te a transmissão ao vi-vo”, complementa.

UMA ÁREAPOUCOEXPLORADADinho ressalta que ofato de poder levar u-ma estrutura de pro-gramação e suportede iluminação quenão havia sido u-sada antes em umevento de sambaanimou os profis-sionais. “Acho queainda existe certa discriminaçãocom o samba no país do samba. Vejoque a iluminação ainda é de certaforma tratada com pouco carinho

nesse segmento. O que tento fazer émudar um pouco esse conceito emum mercado que vem se tornandocada dia mais consumido por umagrande parte da população”, argu-menta o técnico.De acordo com ele, de certa forma,a quantidade de shows realizadospor um artista de samba no Brasil émuito grande, mas ainda é ummercado muito pouco exploradopor empresas de iluminação, e poresse motivo, a qualidade do espetá-culo pode ficar comprometida.Dinho afirma que houve mudan-ças em relação ao projeto usado naúltima edição do festival. “Em2012 tivemos um curto espaço detempo para programar o showtodo. Já esse ano, com a implanta-

ção da sala deprogramação e o suporte da Pro-shows, tudo ficou mais fácil e con-

Jonas Pedro, LD Jeito Moleque

Light Converse e a Tiger Touch em cada palco

Lula Lavour e Gabriel Vasconcelos Antonio Francisco (Marc Eventos)

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fortável e a galera pôde ter mais tempoe conforto para criar”, analisa.A transmissão do evento ao vivo pelocanal Multishow trouxe alterações im-portantes no planejamento do projeto.“Foi preciso corrigir a temperatura daluz de base para melhor captação. Alémdisso, um agravante foi que no fundo enas laterais do palco estavam os cama-rotes vips, que não podiam ficar no es-curo. É desafiador fazer luz de vídeo ten-do público em todos os lados, inclusivepraticamente em cena no palco, mas

deu tudo certo”, garante Dinho. “Ao fi-nal de cada show, busquei um feedbackcom cada iluminador e ouvi de cada umdeles o que poderia ser melhorando emoutra oportunidade. Isso foi muito im-portante, pois assim vou poder acertarmais detalhes nos próximos projetos”,completa o lighting designer.

SONORIZAÇÃOPara a edição 2013 do Samba Brasília, aMarc Systems optou pelo mesmo siste-ma de line usado no festival anterior,um modelo Adamson Y10 Spektrix, epara o Sub, modelo T21. “Além das me-sas Digidesign Venue e Yamaha PM5DRH, disponibilizamos a DIGICO SD8, aSoundcraft Vi6 e a Midas PRO 6. Usa-mos o software Y-AXIS SHOOTER dosistema Adamson, para alinhar o siste-ma”, explica o responsável técnico deáudio da Marc Systems, WellingtonAlves de Sousa, acrescentando que fo-ram gastos dois dias para montar e ali-nhar todo o sistema. “Não encontramosnenhuma dificuldade, pois todo o equi-pamento é bem versátil e quanto à acús-tica ao ar livre, o tempo estava muitobom”, completa. Outra mudança foiquanto ao número de torres de delay,que, segundo Wellington, foram maisduas nesta edição.

“Foi preciso corrigir atemperatura da luz

de base para melhorcaptação. Além

disso, um agravantefoi que no fundo e

nas laterais do palcoestavam os

camarotes vips, quenão podiam ficar noescuro. É desafiador

fazer luz de vídeotendo público em

todos os lados(Dinho)

Dinho e Andre da Marc Eventos

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A primeira fase de votação do TroféuPromessas 2013 ainda está em andamen-to. Entre os concorrentes, a cantoraRachel Malafaia está entre as candidatasdas categorias Melhor Cantora, MelhorCD, com De fé em fé, e Melhor Música,com Me ensina a confiar.

Os cinco projetos mais votados de cadacategoria passarão para a segunda e últimafase de votação, onde os vencedores serãorevelados somente no dia da premiação,prevista para o dia 13 de novembro.

GRAÇA MUSICDIVULGA CAPADO PRIMEIRO CDDE LEANDROMARQUESApós a assinatura de con-trato com o rapper Lean-dro Marques em agosto,a equipe da Graça Musicestá em ritmo total de tra-balho, definindo os últi-mos detalhes do projetográfico, intitulado O poder

da Palavra. A capa foi de-senvolvida pelo designerJoão Persan. O disco, queserá lançado em outubro,vem com 10 faixas que fa-lam de amor e fé, sem per-der o tom questionador. OCD mescla hip hop com in-fluências do black, dorock e do samba.

Joe Vasconcelos em turnê pelos EUA

Joe Vasconcelos, que foi indicado para con-correr ao Troféu Promessas 2013 nas cate-gorias Melhor Cantor e Melhor Clipe, está demalas prontas para divulgar o CD None Like

You nos Estados Unidos.O cantor participou do show de aniversárioda Nossa Rádio USA, na Flórida, e ministroua conferência Time2Worship/Tempo de Ado-

rar, na cidade de Boca Raton.

Rachel Malafaia concorre emtrês categorias do Troféu Promessas 2013

FÃS ESCOLHEMCAPA DE NOVOCD DE JOTTA AO novo CD do cantor JottaA, Geração de Jesus, játeve seu projeto gráfico fi-nalizado. A novidade doprojeto foi que os fãs pu-deram votar na melhorcapa para o álbum. AAgência Quartel Design fi-cou responsável pelas trêscapas que ficaram dispo-níveis no site da gravadoraCentral Gospel Music.

Novo clipe de Thalles

...já está em seu canal no Youtube

A Graça Music lançou, em seu canalno YouTube, o clipe da música Cheios

do Espírito Santo, do cantor Thalles.A gravação foi realizada na Rocinha,considerada a maior favela da Amé-rica Latina. Com direção de BrunoFioravanti, da Fioravanti Filmes, aprodução teve como objetivo retra-tar o cotidiano das comunidades ca-riocas e mostrar como as mensagensde fé podem influenciar positiva-mente. Coreografias com crianças,adolescentes, adultos e idosos com-pletaram o roteiro, que ainda con-tou com a participação de grafi-teiros para desenhar o símbolo donovo CD do cantor, Sejam Cheios do

Espírito Santo.

Perlla também concorre...

...ao Troféu Promessas 2013

A cantora Perlla, que lançou recen-temente seu primeiro CD gospel,está concorrendo em três categori-as. Seu álbum A minha vida mudou

disputa Melhor CD, Melhor Vi-deoclipe, com a canção A vitória já é

minha, e Revelação do Ano.Os internautas podem votar quantasvezes quiserem, e os cinco mais vota-dos de cada uma das categorias passa-rão para a segunda e última fase.

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Novo aplicativo da Central Gospel Music

A Central Gospel Music acaba de lançar seu aplicativo paraAndroid ou iPhone. Basta acessar o iTunes ou o Google Play,digitar o nome Central Gospel Music e baixar o app totalmen-te gratuito. Com esse aplicativo é possível acessar notíciassobre os cantores, obter informações do cast, ouvir trechosde músicas e ainda baixar suas preferidas, além de assistiraos clipes. O app também contém um espaço dedicado aoscomentários e acesso direto ao twitter da gravadora. KLEBER LUCAS, BRUNA KARLA E

ANDERSON FREIRE INDICADOS AOGRAMMY LATINO 2013A lista dos indicados ao Grammy Latino 2013 inclui a grava-dora MK Music, concorrendo na categoria Melhor Álbumde Música Cristã (Língua Portuguesa), com Profeta da Es-perança (2012), de Kleber Lucas; Aceito o Teu Chamado(2012), da cantora Bruna Karla; e Raridade (2013), deAnderson Freire. Todos os CDs já foram premiados comdisco de ouro por mais de 40 mil cópias vendidas. O novotrabalho de Bruna Karla também conquistou disco de pla-tina este ano, por mais de 80 mil cópias.Esta é a segunda indicação de Bruna Karla e Kleber Lucas.Os cantores concorreram com os álbuns Advogado Fiel eMeu Alvo, respectivamente, em 2010. A premiação aconte-ce no dia 22 de novembro, em Las Vegas (EUA).

Perlla grava participação...

...no Verdade Gospel

Em comemoração aos dois anos daWeb TV, do portal Verdade Gospel,

Perlla foi convidada para participarda gravação do programa de mes-mo nome. O apresentador Davi Go-mes conversou com a cantora sobreseu CD, seu ministério e a vida emfamília. As gravações foram feitas em

estúdio, no Rio de Janeiro, e Perlla cantou algumas dasprincipais músicas do seu álbum A minha vida mudou.

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KARINA CARDOSO | [email protected]

Aline Barros lançara novo CD pela MK Music

As gravações para o novo CD de Aline Barros pela MKMusic já começaram. A cantora entrou em estúdio paraos preparativos deste projeto, com o músico da bandaOficina G3, Alexandre Aposan, que assume a bateria. Aprodução será de Ruben Di Souza, entre outros profissi-onais. O pastor Gilmar Santos, marido da cantora, tam-bém acompanha de perto todos os detalhes.Após meses de audições de muitas composiçõesselecionadas, Aline Barros fechou o repertório. Junta-mente com a presidente da gravadora, Yvelise de Oli-veira, e o produtor Rubem di Souza, a cantora já esco-lheu as músicas que irão integrar seu novo CD.

Audição do novo CD de Michelle Nascimento

A cantora MichelleNascimento se reuniucom a diretora artísticada gravadora MK Music,Marina de Oliveira e seupai e produtor do novoálbum, Tuca Nascimen-to, para a audição deseu novo CD Batalha

Contra o Mal, que re-serva muitas emoçõese surpresas.O CD não iniciará commúsica, por exemplo.Michelle Nascimentoministra e conta sobre

o estandarte, que também irá ilustrar o álbum. Recentemen-te, a gravadora divulgou o teaser gráfico da capa, que ain-da é surpresa. A produção musical é assinada por TucaNascimento, que também produziu Louve e Adore.

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A cantora Cristina Mel acabade lançar seu novo trabalhopela gravadora MK Music.Após dois anos sem novostrabalhos, Eu respiro adoração

promete encantar todos osseus fãs. A direção artística fi-cou por conta de Marina de

Oliveira, amiga de Cristina. A faixa que dá título ao CD jáestá entre as mais pedidas nas rádios de todo o Brasil.

Eu respiro adoraçãoCristina Mel

Regis Danese acaba de lan-çar seu segundo trabalhopela MK Music, A Glória é

do Senhor, na FIC (Feira In-ternacional Cristã) 2013.Seu primeiro CD, Tudo Novo,

foi premiado com Disco deOuro e Platina, marcando a

carreira profissional do cantor. Membros da IgrejaAssembleia de Deus Jardim Íris do Rio de Janeiro partici-param das gravações de A Glória é do Senhor, formandoum bonito coral em conjunto com o cantor.

A Glória é do SenhorRegis Danese

A MK Music acaba de lançarseu DVD MK Music Clipes 7,com os mais recentes video-clipes de cantores do seu cast.Nomes como Fernanda Brum,Aline Barros, Bruna Karla,Kleber Lucas, Marina de Oli-veira, Regis Danese, Voices,Wilian Nascimento, entre ou-tros, totalizando 21 artistas,

estão participando deste projeto que já virou tradiçãoda gravadora. Entre as novidades, está a inédita parti-cipação de Gislaine & Mylena, Sérgio Marques &Marquinhos e do cantor Geraldo Guimarães.

Clipes 7MK Music

O cantor Abner Santos Oli-veira teve sua criação religi-osa na Congregação Cristãdo Brasil. Ele conheceu aIgreja Católica aos 16 anos elogo começou a fazer partedo Grupo Jovem. No mes-mo ano, começou a fazer

parte do grupo chamado Construtores da Paz, onde can-tou por 7 anos. Cinco anos depois, Abner volta à cena damúsica católica com o lançamento de seu primeiro CDsolo pela gravadora Codimuc, intitulado Reflexo.

ReflexoAbner Santos Oliveira

[email protected]

LançamentosLançamentos

A música da minha vida, novoCD de Arianne pela MKMusic, acaba de chegar àslojas com muitas novidades.No canal do Youtube da gra-vadora, estreou com exclu-sividade a #VídeoLETRA,o primeiro single do álbum:

Deserto. A faixa é uma composiçãode Anderson Freire.

A música da minha vidaArianne

Já está disponível para todo oBrasil o novo DVD do cantorFernandinho, Teus Sonhos. Elefoi recorde de público no HSBCArena, no Rio de Janeiro. A mi-xagem de áudio é feita por Sha-ne Wilson e a masterização pe-los Estúdios Paragon. O DVDpossui 14 faixas emocionantes,cantadas por milhares de fãs.

Teus SonhosFernandinho

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m princípios de 1970 retomei contato com Zé Ro-drix, que eu conhecera anos antes como integran-

te do grupo vocal MomentoQuatro, do qual fizeram par-te também Maurício Maestro, David Tygel e RicardoVillas. Depois, Zé passara pelo Som Imaginário e acaba-ra então de deixar o grupo. Num encontro no Sa-

chinha’s, um bar do Leme que era o grande reduto dejovens músicos de nossa geração, decidimos formar defato a parceria que nos prometêramos tempos antes.Rodrix já tinha um grupo formado para acompanhá-lo, o Faya, e começamos a ensaiar algumas músicas quehavíamos feito em seu apartamento, um quarto e salana Prudente de Morais, em Ipanema. Compúnhamoscomo água, músicas de todos os gêneros e tipos. Lá pe-las seis da tarde eu - que morava ali perto, no Leblon -já batia ponto no apê do Zé, onde Lizzie Bravo, suamulher - grávida de Marya - nos supria de sandubas ecerveja. Sem hora pra terminar o sarau, não era raro re-cebermos visitas musicais e teatrais, universos ondeZé gravitava à vontade. Já eu vinha de outra galáxia, a

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jornalística, onde me fixara como editor e crítico mu-sical, por achar que minha carreira de cantor/compo-sitor não daria caldo, ligado que eu era ao grupo dito de“protesto”, duramente censurado pela repressão da di-tadura então em vigor. Juntando as virtudes de um eoutro, acabamos por situar-nos no universo pop daépoca. Nossas músicas então acabaram entrando nosdiscos de outros artistas: os Golden Boys gravaramCopo de Leite, Elza Soares pegou Saltei de Banda, o Quar-teto em Cy registrou Underground, Célia cantou Vida

de Artista e acabamos por nos tornar uma dupla decompositores bastante solicitada por produtores e gra-vadoras. Lá também erigimos os alicerces do chamado“rock rural” compondo Primeira Canção da Estrada,Ama Teu Vizinho, Viajante e outras levadas que mistura-vam minha tendência regionalista bem brasuca vindadas canções politizadas de “protesto”, posteriormenteinfluenciada pelo country rock de James Taylor,

Crosby, Stills & Nash, Carole King, Simon & Gar-funkel, Dylan e que tais com a pegada mais pesada eprogressiva do Zé.No mesmo ano, porém, uma série de acontecimentosentortou nossos destinos: Zé venceu o Festival de Juizde Fora com uma parceria dele com Tavito, a Casa no

Campo. E eu fui “redescoberto” e contratado pelaOdeon, o que nos colocaria em posições-solo, um ra-mal divergente de nossos planos de dupla. Em con-sequência da minha contratação, tomei uma posiçãoradical e abandonei meus dois empregos-tampão,como programador musical da rádio JB e editor do ca-derno de música “Plug”, que saía no Correio da Ma-nhã. Não por isso, mas ao mesmo tempo, meu casa-mento naufragou total, e eu me vi na contingência desair de casa para... Casa da mãe?!Naquele dia dramático da minha separação, essa eraminha melhor perspectiva, uma marcha-a-ré desola-dora rumo às origens, uma derrota. A desaprovaçãomaterna que vagava sobre minhas pretensões artísti-

O “Passado,Presente, Futuro”

O “Passado,Presente, Futuro”

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cas como uma nuvemnegra teria afinal a chance de soltar seus raios e tro-vões sobre mim. Tudo o que me restara era um jipinhoGurgel e o baixo-catre de uma bicama. Saí do Leblonmeio sem rumo e acabei estacionando na Praça NossaSenhora da Paz pra comer um sanduíche de queijo comsalaminho com os centavos que me sobravam. De re-pente, ouvi uma voz me chamando: - Sá! Ô Sá!Virei-me. Lá do outro lado da rua me acenava o Gutt. OGuarabyra, pra vocês. Éramos amigos desde um tempoantes, quando fôramos apresentados pelo poeta e pes-quisador musical Nelson Lins de Barros. Depois,Guarabyra vencera o Festival Internacional da Cançãoe a vida nos havia afastado, mas a amizade permanecia.Ele atravessou a rua. Sentamo-nos no Gurgel. Eu desfieiminhas desgraças, ele riu muito delas e depois não melembro se tomamos umas cervejas junto com algum san-duíche, mas aquele encontro culminou num convite:- Estou morando com uns amigos aqui pertinho naAlberto de Campos. Por que você não fica lá um tem-po com a gente?Resmunguei uma meia dúzia de negativas ralas pra es-conder meu entusiasmo em poder permanecer na zonasul, longe do blábláblá da minha santa mãezinha eaceitei quase que imediatamente o convite. Rumamospra casa dele. Meu catre foi recebido com sonoras gar-galhadas por parte do Toninho Neves e do JoséTrajano, dois jornalistas que rachavam com Gutt o es-

paçoso apartamento 1 donúmero 111 da Albertode Campos, números queme soaram quase místi-cos. Na sala, um par de cai-xas de concreto recheadascom whoofers e médiosWharfdale vomitavam ossons da nossa era: CatStevens, Leon Russell,James Taylor, Crosby,Stills, Nash, Young, Hen-drix, Janis, Beatles, Sto-nes, Small Faces e odiabo. “Estou em ca-sa” - pensei - “aqui éo meu lar”.Nesse entretempo,com o nascimento deMarya Bravo Rodrix,nossos ensaios nacasa do Zé tiveramseus dias contados.

Marya não conseguia dormir com a algazarra musical eacabamos por mudar a sede da dupla para a Alberto deCampos. Claro que o Gutt não conseguiu ficar impassí-vel diante de tamanha verbomusicorréia e - parceiro doZé que já era - começou a juntar-se a nós. Uma bela noi-te, Mariozinho Rocha - nosso produtor na então Odeon- e Júlio Hungria, crítico musical do Jornal do Brasil,ouvindo nossas músicas e harmonias, decretaram:- Vocês são um trio!Por uma dessas estranhas manobras do destino, éra-mos os três contratados da Odeon, sob a supervisão deMilton Miranda. Era só juntar e fazer o disco.E assim fizemos. Entramos leves como três plumas noestúdio e lá fizemos o que fazíamos em casa, juntandoamigos preciosos como Amarílio e Heleninha Gastal,Augusto Pinheiro, Waltercio Caldas, Nelsinho Ânge-lo, Lindolpho Gaya, Fernando Leporace, Pedrinho Po-eta, Paulinho Braga, Luiz Carlos Abolição, Tavito, ZéNery, Milton, Mariozinho, Júlio e toda aquela galera dejovens atrizes, atores, músicos e poetas que frequenta-vam a Alberto, parimos um ótimo disco, uma coisa di-ferente, cheia de experiências melódicas recheadascom os ainda hoje atuais arranjos do Zé. Um reflexoreal do ambiente libertário que nos cercava, numaépoca em que descobríamos caminhos inteiramentenovos para a vida e para o pensamento musical. E daíveio o título: queríamos que todos aqueles que ouvis-sem o disco entendessem que respeitávamos o Passa-do, vivíamos o Presente e mirávamos o Futuro.

Foto: Sá, Rodrix e Guarabira / Divulgação

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