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Diario do Alentejo
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SEXTA-FEIRA, 11 NOVEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, N.º 1542 (II Série) | Preço: € 0,90
Lares param em Beja e AlmodôvarInsolvência da Construsan afeta equipamentos lançados pela Fundação São Barnabé
Governo retira um milhão ao Instituto PolitécnicoEm altura de aniversário e de abrir ofi cialmente o ano letivo, o presidente do Instituto Politécnico de Beja não tinha grande razão para festejos. O Governo vai retirar perto de um milhão de euros à instituição bejense, situação que pode for-çar o encerramento de alguns cursos, por falta de orçamento. Carlos Moedas assistiu à cerimónia, mas preferiu dirigir-se aos alunos, pedindo-lhes empenho e empreen-dedorismo. pág. 11
Divulgação da leucemia dá prémio a jovens bejensesA Universidade Católica e a Fundação Montepio entregaram esta semana, em Lisboa, o prémio de “divulgação de boas práticas de voluntariado” a uma equipa de jovens bejenses. Grupo que se formou em 2009 com a procura de um dador de me-dula óssea compatível com Teresa Brissos. Esse dador ainda não apareceu, mas pelo caminho “salvaram-se muitas vidas”. No valor de 2 500 euros, o prémio servirá para criar a Associação Salvar Vidas. pág. 10
Foi “médico de aldeia” em Relíquias, onde viveu “os casos mais emocionantes” da sua vida profissional; abriu consultório próprio no início dos anos 50; e trabalhou durante vários anos no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Beja. Reformou-se da função pública em 1993, após mais de duas décadas ao serviço do Hospital José Joaquim Fernandes, onde atingiu o topo da carreira. Aos 84 anos, feitos a 26 de agos-to, continua a dar consulta a quem o visita. E apenas paga quem pode. págs. 4/5
A Construsan, empresa do grupo Turiprojecto, de Alverca do Ribatejo, aban-donou as obras que tinha em curso em Beja e em Almodôvar, para a construção de dois lares residenciais promovidos pela Fundação São Barnabé. Construções
que, no seu conjunto, estão orçadas em perto de quatro milhões de euros. A in-solvência do empreiteiro apanhou de surpresa os responsáveis pela Fundação, que querem retomar os trabalhos “o mais rapidamente possível”. pág. 6
Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt
José Agostinho de MacedoPoeta de Os Burros nasceu em Beja há 250 anos
págs. 16 e 17
JOSÉ
SER
RA
NO
O Governo está a ultimar legislação que permita alterar o regime fl orestal da herdade da Contenda, passando a responsa-bilidade exclusiva da sua gestão para a Câmara Municipal de Moura. Que até agora era repar-tida com a Autoridade Florestal Nacional, a quem a autarquia não exclui a cedência de 49 por cento do capital da empresa a constituir. pág. 8
Câmara de Moura
gereContenda
António Escoval Lopes
Entrevista exclusiva ao “Diário do Alentejo”
Retalhos da vidade um médico
DR
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2011 Editorial
NascerPaulo Barriga
As minhas duas filhas nasceram no Hospital da Cruz Vermelha, em
Lisboa. A Casa da Imprensa tem com eles um acordo e aquilo, as-sim, fica ao preço da uva mijona. E elas para lá foram. As sortudas. A Cruz Vermelha é uma espécie de hotel, daqueles que vêm nos melhores guias, com médicos e enfermeiros à mistura, onde se tratam pessoas e podem nascer crianças. Devem nascer por lá umas duas ou três por dia. Com calma. Vagar. Recolhimento. E preceito. E com todos os cuida-dos. Com os melhores cuidados do mundo. Não deve sequer che-gar a um milhar o número de crianças que ali nasce em cada ano. E nunca se escutará a voz de um especialista em economias hospitalares a maldizer as prá-ticas obstetrícias que ali de pra-ticam e fazem e desenvolvem. Aliás, é bem nascer na Cruz Vermelha. É in. Isto apesar de a Organização Mundial de Saúde, que também deve andar com as algibeiras rotas, vir agora ins-pirar o nosso igualmente roto Governo com números. Uma maternidade para funcionar como manda a sapatilha, di-zem eles, deve fazer pelo menos 1 500 partos por ano. Caso con-trário, prosseguem, pode estar em risco a qualidade do serviço prestado e a própria boa chegada dos bebés. Há gente que, por di-nheiro, é capaz de hipotecar até o mais belo e elementar ato da existência humana: o nascer. Se algum dia algum tolo levar a sé-rio e à risca as asneiras da OMS deixarão de nascer crianças nas maternidades do Alentejo. Em Beja nasceram durante o ano passado pouco mais de 1 200 bebés. Em Évora 1 300 e pou-cos. Em Portalegre, excluindo as mães que são repatriadas para Espanha, 400. Que é como quem diz: pela lógica natal desta gente deixariam de nascer crianças no Alentejo, uma vez que nenhuma das três maternidades atinge os mínimos anuais exigidos pela sabedoria dos gestores finan-ceiros. Ou então, todos os ser-viços de obstetrícia do Alentejo seriam concentrados em Évora e aí, sim, por fim se cumpriria um grande desígnio regional: não haveria alentejano que não fosse de Évora. A sorte é que os poetas e os filósofos há muito que já resolveram esta patética impossibilidade: o Homem, qualquer Homem, tem a natu-ralidade da sua própria consci-ência. Pelo que são baleizoeiras de gema, as minhas duas filhas nascidas num distante hospi-tal onde nascem menos de mil crianças por ano.
José Manuel Mestre, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), em
declarações à Rádio Voz da Planície não quis pronunciar-se sobre a questão porque não recebeu “por parte do Ministério da
Saúde qualquer informação sobre o futuro da maternidade”.
Tatiana Pardal,
21 anos, estudante de saúde ambientalEm termos de emprego? Muito más, para qualquer curso. Tenho esperanças, obviamente, de acabar o curso e ter em-prego mas sei que não vai ser nada fácil. Acho que mesmo com o curso vai ser muito difí-cil. Como as coisas estão hoje em dia… Quero tentar arran-jar emprego na minha área e tentar seguir por aí, não quero desistir. Vou tentar sempre.
Filipa Paiva,
21 anos, estudante de enfermagemEspero acabar o curso nestes quatro anos mas em relação a perspetivas de futuro neste mo-mento está um pouco compli-cado a todos os níveis. A ní-vel de enfermeiros e médicos nota-se que há muito desem-prego e torna-se difícil ter pers-petivas de futuro nestas condi-ções. Para o meu futuro penso que se não conseguir emprego nos primeiros anos a solução será ir para fora, porque aqui há poucas oportunidades.
Fábio Correia,
22 anos, estudante de enfermagemNão está fácil. Eu estou a ti-rar o curso de enfermagem e como se tem visto nos últi-mos dias nos telejornais cada vez há mais enfermeiros no de-semprego. Pode ser que isto dê uma volta muito grande e eu es-pero que sim. Eu quero con-seguir um emprego assim que acabar o curso, nem que te-nha que ir para o estrangeiro. Falta-me um ano para aca-bar o curso, mas não sei se gos-tava de ficar em Beja… gostava de ir para Faro ou Portimão…
Joana Machado,
22 anos, estudante de educação e comunicação multimédiaEm relação ao meu curso te-nho algumas expetativas porque é um curso com al-guma saída profissional e es-pero ter um bom emprego porque esta é uma área com futuro. A área da multimé-dia é aquilo que eu gosto. As minhas expetativas são altas. Estou no último ano do curso e quero mesmo seguir web de-sign ou design gráfico. Não sei se conseguirei arranjar traba-lho assim que acabar o curso, mas estou a lutar para isso.
Voz do povo Que perspetivas tem em relação ao seu futuro profi ssional? Inquérito de Ângela Costa
Fotonotícia Igreja da Misericórdia. O Programa Polis foi uma desgraça para várias praças de Beja. O jardim do
Bacalhau ficou sem uma pitada de sal. O largo de Santo Amaro ficou como se sabe. A avenida Miguel Fernandes é inenarrável. E a
praça da República, senhores, a praça da República perdeu o ar da sua graça, ainda que a imponente igreja da Misericórdia lhe con-
firá uma réstia de dignidade. Mesmo quando serve de parque de estacionamento para carroças e muares. PB Foto de José Serrano
Vice-versaPaulo Macedo admitiu ao “Público” “novos encerramentos” ou “fusões” de maternidades que tenham “menos de 1 500 partos por ano, de acordo com os indicadores da Organização Nacional de Saúde”. Ainda segundo o mesmo jornal, na maternidade de Beja nascem, anualmente, cerca de 1 200 crianças.
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2011Rede social
Foi entregue na AR uma proposta
subscrita por todos os partidos com
representação com vista à classifica-
ção do sobreiro como Árvore Nacional
de Portugal. Que comentário lhe me-
rece esta decisão?
É uma iniciativa que saudamos e à qual a Quercus também aderiu, visto que o sobreiro é uma das espécies represen-tativas daquilo que foi o coberto flores-tal natural do País, à qual se associa não só o seu valor ecológico (os montados de sobro são um dos ecossistemas mais im-portantes em termos de biodiversidade), como o valor económico que a cortiça tem no contexto da fileira florestal e das exportações. Esperamos que esta clas-sificação reforce a consciência de todos nós para a importância da floresta no seu todo e desta árvore em particular.
Quais as principais ameaças que esta
espécie florestal enfrenta?
A debilidade dos nossos montados tem-se acentuado nos últimos anos, re-sultado de práticas de gestão incorretas sejam elas associadas a lavouras, podas ou à extração da cortiça, as quais têm tornado as árvores mais suscetíveis a fungos e a outros agentes patogénicos. As alterações climáticas associadas a stress hídrico (períodos de seca mais frequentes) têm vindo a acentuar esta situação contribuindo também para a debilidade dos montados. Por outro lado reconversões culturais, obras pú-blicas, algumas bastante polémicas, e outro tipo de intervenções têm levado a corte e arranque de milhares de árvo-res adultas. É fundamental apostar na investigação das causas do declínio do montado, apoiar iniciativas que visam a sua recuperação, manter os incenti-vos à instalação de novos montados, fazer cumprir a legislação que já existe para a sua proteção e fomentar e valori-zar os produtos tradicionais como as ro-lhas e outros produtos derivados usados para uso industrial, na construção, etc..
Portugal é líder mundial na produção
de cortiça. Qual o contributo do Baixo
Alentejo para o panorama atual?
Portugal tem 730 000 hectares de so-breiro, situando-se 72 por cento desta área no Alentejo, sendo também da-qui que sai mais de metade da cortiça produzida anualmente no País, contri-buindo assim para que este setor tenha um peso importante no âmbito da eco-nomia regional. Apesar de haver nos últimos anos uma tendência para a re-localização no Alentejo, junto das áreas de maior produção de cortiça, da in-dústria ligada à transformação, é notó-ria a quase ausência de indústria trans-formadora no Baixo Alentejo, apesar de aqui se produzir uma parte impor-tante da produção nacional. NP
3 perguntasa José Paulo
Martins
Estes sorrisos dizem que há lutas que vale a pena travarA Universidade Católica e a Fundação Montepio entregaram um prémio de 2 500 euros pelo trabalho que estes jovens de Beja têm desenvolvido na divulgação da leucemia.
Dirigente regional da Quercus
Semana passada
QUARTA-FEIRA, 2 DE NOVEMBRO
SERPA CARJACKING
A PSP de Beja deteve, pelas 20 horas, um indivíduo que pouco tempo antes tinha acabado de roubar uma viatura, agredindo violentamente o seu proprietário. O alerta do roubo foi dado por um agente deste comando distrital que tinha saído de serviço e se tinha deslocado para Serpa, onde teve conhecimento do sucedido. “Sendo a cidade de Beja uma forte possibilidade de passagem, de imediato foi montado um dispositivo policial na entrada da cidade e em outros pontos estratégicos com vista a intercetar a viatura”, explicou ao “Diário do Alentejo” a subcomissário Maria do Céu Viola. O indivíduo, de 23 anos, tentou ainda encetar a fuga a pé, depois de ter abandonado a viatura roubada. Reside em Lisboa, tem “vários antecedentes criminais semelhantes” e foi presente no Tribunal de Serpa no dia seguinte. O lesado, de 34 anos, tentava estacionar a viatura no centro da cidade, quando foi agredido por dois homens, um deles
fazendo uso de uma soqueira. O outro terá seguido noutro carro.
QUINTA-FEIRA, 3 DE NOVEMBRO
GRÂNDOLA GNR DETÉM SUSPEITO DE TRÁFICO
A GNR de Grândola deteve um homem suspeito de tráfico de droga, apreendendo ainda cocaína e heroína. Segundo a GNR, o suspeito transportava 254 doses de cocaína e 533 de heroína numa viatura conotada com o crime. O homem, com pena suspensa por tráfico de estupefacientes, ficou detido, tendo-lhe sido apreendidas a droga e a viatura.
SEXTA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO
ALCÁCER PROTESTO CONTRA ENCERRAMENTOS
Utentes dos serviços de saúde do Litoral Alentejano entregaram uma moção e um abaixo-assinado na sede do Agrupamento de Centros de Saúde da região, em Alcácer do Sal, contra o encerramento de extensões de saúde. A ação visou exigir a manutenção das extensões de saúde de Barrancão e Montevil, previstas encerrar até ao final deste ano. Foi também “exigida a reabertura” das extensões de saúde de Canal Caveira (Grândola), Luzianes-Gare (Odemira), Deixa-o-Resto, São Bartolomeu da Serra e São Francisco da Serra (Santiago do Cacém), que foram extintas este ano. Os utentes “reclamam” ainda a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde de Grândola, a construção do Centro de Saúde de Sines e o “reforço dos profissionais de saúde”, já que mais de 18 mil pessoas não têm médico de família em toda a região.
DOMINGO, 6 DE NOVEMBRO
OURIQUE PARQUE NA ALDEIA DE PALHEIROS
O Parque Infantil e Sénior de Aldeia de Palheiros, no concelho de Ourique, criado a partir da requalificação de um espaço público degradado, foi inaugurado no domingo, após um investimento de 53 mil euros. O novo espaço promove valências e atividades infantis e seniores de inclusão de todas as faixas etárias, nomeadamente atividades de manutenção física para adultos, explica a Câmara de Ourique. A obra foi financiada em 85 por cento por fundos comunitários e o restante pela câmara, a Junta de Freguesia de Ourique e a Associação Nossa Terra.
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO
ALMODÔVAR ASSALTO NA ÁREA DE SERVIÇO DA A2
A GNR deteve dois homens por suspeita de assalto a uma mulher na área de serviço de Almodôvar da Autoestrada do Sul (A2) havendo “fortes indícios” de que sejam autores de ocorrências semelhantes. Os homens, de 23 e 32 anos, foram detidos junto ao nó de Castro Verde, após terem, alegadamente, cometido o roubo, fugido e sido intercetados por militares da GNR de Ourique. Os suspeitos, “de forma articulada”, abordaram a mulher, juntoà zona de restauração, tendo um deles empurrado a vítima, retirando-lhe a mala, enquanto o outro tentou ludibriá-la, fazendo-a crer que o roubo tinha sido efetuado por uma terceira pessoa, explica a GNR. Após o roubo, os suspeitos colocaram-se em fuga, mas foram intercetados pela GNR, que tinha sido previamente avisada por responsáveis da área de serviço.
Todos ao palco para celebrar o movimento “Beja Merece”Casa cheia no Pax Julia na gala do movimento “Beja Merece”. Onde foram distribuídas lembranças e muitas músicas. A noite acabou a cantar o “Castelo de Beja”.
Aniversário do IPBeja sem grandes motivos para sorrirEsta semana inaugurou-se oficialmente o ano escolar no Politécnico de Beja. Numa sessão de aniversário onde esteve presente o secretário de Estado Moedas e na qual se soube que a instituição, por falta de verbas, vai ter que fechar cursos.
Velhos e crianças brincam em Aldeia de PalheirosFoi recentemente inaugurado, em Aldeia de Palheiros, um parque que é para crianças e para velhos. Ao mesmo tempo. Ou não fosse esta mais uma das aldeias envelhecidas do Alentejo.
Apresentar armas aos combatentes da Grande GuerraNão deixaram de ser relembrados, no talhão da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, os soldados que tombaram em combate em nome da Pátria. É assim, todos os anos.
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Entrevista
Quando é que a medicina surge como op-
ção de vida?
O meu pai, que era chefe da repartição de finan-ças de Loulé, faleceu subitamente tinha eu dois anos de idade. Fomos então – a minha mãe, que estava grávida, eu e a minha irmã mais velha – viver para Beja, para casa do meu avô materno, um homem de uma sólida formação moral, uma pessoa extraordinária, como tenho impressão que há poucas. Quando eu tinha 14 anos o meu avô faleceu. Como não podia deixar de ser, foi uma sensação de estar perdido, de me faltar todo o apoio, a ponto de ter começado a dar explica-ções por necessidade, estava eu no quarto ano do liceu. Quando estava no sétimo ano, então com 17 anos, concorri para operador de reserva dos CTT e até fiquei em primeiro lugar. Podia ter co-meçado assim o exercício de funcionário público. Eu não pensava em prosseguir os estudos uni-versitários, devido a grandes dificuldades eco-nómicas. Mas entretanto houve professores que se interessaram por mim e que procuraram criar condições para que eu pudesse estudar.
E que condições foram essas?
Um professor muito amigo, o dr. Santos Ferreira, arranjou-me colocação como pre-feito no colégio Infante de Sagres, em Lisboa, para reger estudos. Fiquei lá seis anos, o tempo que demorou a fazer o curso. Mas eu não ten-cionava cursar Medicina. Pensava em licen-ciatura em matemáticas, onde era muito bom aluno, e em engenharia geográfica. Mas o meu tio, que foi uma pessoa que sempre me deu bas-tante apoio, sugeriu que fosse para Medicina. O meu tio era muito amigo do dr. Flávio Santos, que apoiou sempre o meu avô na sua doença, e que para o meu tio era extraordinário. Era uma pessoa que me indicava como exemplo. O meu tio achava que um médico era mais conside-rado e estimado que um professor. A escolha do curso definiu-se nas férias grandes, depois de ter concluído o sétimo ano. Quem tivesse no-tas “muito bom” entrava sem exames, como foi o meu caso.
Como conciliava o trabalho de prefeito no
colégio com os estudos em Medicina?
As aulas ocorriam de manhã, que era quando os alunos do colégio também estavam nas suas aulas. Assim eu conseguia ir, mas o que tam-bém nem sempre acontecia porque era uma distância grande [entre o colégio e a faculdade] e às vezes faltava para poder estudar nessa parte da manhã. Aproveitava também parte da noite
António Escoval Lopes
Retalhos da vida de um médicoA morte súbita do pai, quando ainda era criança, ditou que tivesse que “cres-
cer mais depressa”. Aos 14 anos, após o falecimento do avô materno, come-
çou a dar explicações, já “com um certo sentido de responsabilidade, sabendo
que aquilo que ganhava fazia falta”. As mesmas dificuldades económicas le-
varam-no a trabalhar como prefeito num dos maiores colégios de Lisboa, o
Infante de Sagres, ao mesmo tempo que cursava Medicina. Concluída a for-
mação, em 1951, regressou à sua cidade natal onde exerceu durante alguns
meses no consultório do colega Henriques Pinheiro. Foi “médico de aldeia”
em Relíquias, onde viveu “os casos mais emocionantes” da sua vida profissio-
nal; abriu consultório próprio ainda no início dos anos 50; e trabalhou durante
vários anos no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Beja. Reformou-se
da função pública em 1993, após mais de duas décadas ao serviço do Hospital
José Joaquim Fernandes, onde atingiu o topo da carreira. Aos 84 anos, feitos
a 26 de agosto, com uma filha médica e um neto que lhes segue as pisadas,
ainda dedica muito do seu tempo livre ao estudo da Medicina.
Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano
Procuro atender toda a gente no meu consultório,
aqueles que não podem pagar não pagam. Fiz
muita borla durante toda a minha vida…”❝
para estudar. Os prefeitos tinham uma sala onde estudavam, porque eram todos univer-sitários. Os alunos do colégio eram da melhor sociedade do País, de gente rica. Nos últimos anos do curso sempre que podia ia ao banco do Hospital de S. José assistir à atuação das equipas de serviço em situações de urgência.
Onde começou a exercer?
Lugares para os que acabavam de se licenciar existiam poucos. No Hospital Escolar de Santa Marta havia quatro vagas por ano. Nos hospi-tais civis de Lisboa havia 30, era uma coisa re-lativamente diminuta. A saúde não é o que é hoje. Isto foi há 60 anos. Assim vim para Beja,
para o consultório do dr. Henriques Pinheiro, que era conhecido dos meus familiares e con-siderado um bom médico e com quem aprendi muito durante os meses que lá estive. Foi-me bastante útil observar a sua maneira de estar na medicina. Uns meses depois fui para Relíquias, no concelho de Odemira. Um sobrinho do di-retor da Casa do Povo de Relíquias, que tinha sido meu colega, disse-me que havia um lugar vago, porque o médico que lá estava ia-se em-bora. Ainda me cruzei com ele…
Como era ser “médico de aldeia”, em plena
década de cinquenta, e ainda mais em iní-
cio de carreira?
Fui de comboio até à estação de Amoreiras-Gare e tomei a camioneta para Relíquias. Fiz de tudo em Relíquias, fiz partos, fiz fórceps, aquilo que todo o médico era obrigado a fazer naquela al-tura. O médico tinha uma função polivalente. Era difícil porque tinha que se bastar a si próprio. Os recursos eram os livros de consulta que levava comigo. Havia falta de experiência, não havia um exercício da medicina propriamente dito. Um in-divíduo era lançado quase aos bichos, como se costuma dizer. Foi em Relíquias que vivi os casos mais emocionantes da minha vida profissional. Fui chamado uma vez de madrugada, em que chovia torrencialmente, para uma parturiente que tinha tido um bebé mas que tinha ficado com retenção da placenta. Foram-me buscar num cavalo conduzido pelo marido da senhora até ao monte, aí a uns bons quilómetros da aldeia e em plena serra. Foi a primeira dequitadura (ex-tração de uma placenta retida após um parto ou um aborto) que fiz. Tinha estudado a manobra antes de ir para lá. Tinha levado um livro de obs-tetrícia, que me tinham emprestado, e fui ver as manobras a realizar e então apliquei-as pela pri-meira vez. Fazia o serviço na aldeia e nos montes à volta, montes isolados.
Em que condições viviam as pessoas?
As pessoas viviam mal, da agricultura apenas. Era uma aldeia quase isolada. Passava por ali uma estrada que ligava a estação das Amoreiras à sede de concelho, a Odemira.
Quanto tempo esteve em Relíquias?
Estive até ir para o serviço militar obriga-tório, uns sete meses. Depois do cumpri-mento do serviço militar, que durou um ano, regressei a Beja e passei novamente pelo consultório do dr. Henriques Pinheiro. Pouco tempo depois montei consultório
O nome de Escoval Lopes era um dos que constava da lista de personalidades propostas para atribuição da
medalha de mérito municipal grau prata, em maio último. Mas os nomes acabaram por não reunir consenso.
Detentor de um sem número de distinções, provenientes das mais variadas instituições, o médico diz que “na
verdade gostaria de ter recebido a medalha” do município de Beja, mas garante que não ficou “magoado” por
tal não se ter concretizado. “Estou já numa idade em que encaro essas coisas sem qualquer reação especial”.
“Gostariade ter recebido
a medalhade mérito”
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As tertúlias no Luiz da Rochae o desinteresse pela política
Desde que se aposentou da função pública, em 1993, Escoval Lopes não dispensa uma ou duas idas diárias ao café Luiz da Rocha, onde se encontra “com os amigos, sobretudo gente do tempo de liceu”, para
dois dedos de conversa. “São hábitos que se têm e claro fala-se de tudo. Desde que me aposentei passei a ter tempo para ir ao café, antes era impossível ir de manhã ao café e novamente à tarde, eu frequentava o café a um domingo ou coisa do género”, diz. Apesar de ser um cidadão atento à sua cidade natal, Escoval Lopes confessa que está “um bocadinho afastado do que se vai passando”: “Presentemente até nem sou consultado para coisa nenhuma, e muita gente pensa que eu sou já muito velhinho”, diz, em tom de graça, ao mesmo tempo que revela que se desiludiu com a política. “Noutros tempos convenceram-me a pertencer à Ação Nacional Popular. Ainda tive, já depois disso, praticamente um convite por parte de um então responsável da área da saúde, do PSD, para ser dire-tor do Hospital José Joaquim Fernandes, isto nos anos oitenta. Mas não acei-tei porque teria depois obrigações políticas. Passei assim a viver, dentro desse âmbito, muito isoladamente. Quer dizer, convivendo com todos sem ter pre-ocupações dessa ordem. A política não me interessa mesmo nada”. Do seu vasto currículo sobressaem ainda funções de médico na aldeia de Cabeça Gorda, num consultório criado por uma comissão local de traba-lhadores não agrícolas (barbeiros, ferreiros, seareiros), que não tinham di-reito a assistência médica na Casa do Povo e que lhe pagavam “honorários pelo sistema de avença anual em trigo ou dinheiro”; médico de dispensários da valência infantil da Subdelegação Distrital do Instituto Maternal e mé-dico delegado da Federação das Caixas de Previdência; médico dos serviços médico-sociais e da Casa do Povo de Quintos; perito do tribunal judicial da comarca de Beja e médico da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Bejenses.
Nélia Pedrosa
próprio na rua Conde da Boavista, em frente ao Banco Nacional Ultramarino.
Foi um dos dois médicos autores da autóp-
sia a Catarina Eufémia, em 1954. O que re-
corda desse processo?
Quase nada. São assuntos que procurei esquecer, até por uma questão de sanidade mental. Diziam que estava grávida mas não estava. Nós fomos os peritos de autópsia, tenho impressão que até fui o relator. Mas a mim não me incomodaram muito, o dr. Henriques Pinheiro, como era mais velho, é que era sempre chamado para esclarecimentos. Mas não considerámos intenção de matar, no en-tanto os tiros foram muito próximos. Hoje já não tenho o relatório nas minhas mãos, já não me lembro até do que escrevi…
Em 1957 ingressou como médico no
Hospital da Santa Casa da Misericórdia de
Beja, depois de vários esforços… Porque é
que era difícil entrar, apesar de não se au-
ferir qualquer remuneração, e por que é
era para si fundamental trabalhar naquela
instituição?
Os médicos que lá estavam, e a direção, e não se ganhava nada, faziam uma caixinha, impe-dindo o ingresso de outros médicos. Não sei com que objetivos. Para mim era importante porque necessitava da instituição não só para o meu desenvolvimento como profissional de medicina, mas também para os doentes que eu tratava no domicílio e que necessitavam de in-ternamento. Graças ao dr. Lopes Vasques, que foi muito meu amigo, consegui. Aquando da sua preparação para o concurso de adjunto do delegado distrital de Beja pediu-me que o subs-tituísse no hospital. Entrei a substituí-lo e aca-bei por ficar. Mais tarde dá-se uma reorganiza-ção dos serviços de saúde, quando os hospitais da misericórdia são integrados no serviço na-cional de saúde, e aí passa a ser-se remunerado.
Como eram as condições de trabalho no
hospital da Misericórdia?
Quando se estava de serviço não se ficava no hospital, ficava-se em casa e era-se chamado para as situações de urgências. Beja era uma ci-dade relativamente pequena e quando nos cha-mavam em meia dúzia de minutos estávamos lá. Não havia exames auxiliares de diagnóstico, de modo que a nossa atuação era imediata. Era difícil. Não havia as especialidades, um médico tinha que fazer de tudo. Só não fui foi cirurgião.
E depois no novo hospital, inaugurado daí a
alguns anos?
No hospital novo começo logo como dire-tor de serviço. O hospital foi inaugurado em 1970, nessa altura já tinha 20 anos de médico, já tinha uma certa rodagem. Os primeiros tempos foram difíceis, tivemos que nos adap-tar. Foi nessa altura que chegaram vários mé-dicos, vários especialistas, como o dr. Serrano, o dr. Jorge Rabaça, entre outros, o que foi um grande estímulo. Eu sempre gostei de traba-lhar, era estudioso, no tempo livre que tinha es-tudava bastante, e tenho consciência que devo ter realizado um serviço relativamente bom. O
hospital chegou a ser uma grande referência a nível nacional, porque entretanto tinha no seu corpo clínico médicos que tinham estado du-rante algum tempo no ensino na faculdade de Medicina de Lisboa, como o dr. Horácio Flores, o dr. Covas Lima e o dr. Brito Lança. Isso dá um certo prestígio ao hospital. E um indivíduo era obrigado a estar atualizado, porque atribuíram uma inspeção que veio estudar os serviços, ver se tinham ou não condições para receberem in-ternos, e o meu serviço foi aceite como tal. Na minha carreira cheguei à situação máxima de diretor de departamento, cargo que exerci nos últimos três anos de atividade hospitalar.
Reformou-se da função pública há quase 20
anos, no entanto manteve o seu consultório
próprio. Porquê?
Mantive porque eu gosto da Medicina. A Medicina foi sempre a minha vida. Ainda hoje estudo, apesar dos meus 84 anos. Adquiro livros, tenho a minha biblioteca de apoio. Quando te-nho dificuldades vou buscar o tratado, estudo a questão, procuro. Foi uma formação com um cunho muito pessoal, sem ter tido mestres a meu lado. E não me dei mal. Hoje, por vezes, já não te-nho é oportunidade de aplicar o que estudo. Toda aquela clínica que tinha e que me levava a estar no meu consultório até às duas da madrugada, e às vezes passando, desapareceu. No espaço de um ano houve uma queda vertical. As pessoas não recorrem tanto porque hoje uma consulta privada é cara. E todas as pessoas também têm o seu médico de família, mesmo tendo boas condi-ções económicas recorrem a ele.
Até quando tenciona exercer?
Enquanto me sentir em condições de poder exercer tenciono fazê-lo, porque foi só o que soube fazer, não me dediquei a qualquer outra atividade senão à Medicina, e como tenho hábi-tos de leitura…
É apelidado de “médico do povo”. Como en-
cara este “rótulo”?
Isso é que eu não sabia… Procuro atender toda a gente no meu consultório, aqueles que não po-dem pagar não pagam. Fiz muita borla durante toda a minha vida…
Quais foram os momentos mais marcantes
da sua longa carreira profissional?
Por exemplo, fui chamado para assistir o en-tão Presidente da República dr. Mário Soares, aquando de uma visita a Beja. Ele adoeceu, uma coisa ligeira, e lembraram-se de mim, isto há quase 20 anos. Foram buscar-me ao hospital para o ver, eu estava até de serviço nesse dia. É porque confiaram em mim ou coisa do género, não sei. É um momento de destaque em relação às grandes entidades (risos). Ou então vir ao meu consultó-rio um embaixador, natural de Beja, que está de visita à cidade e que adoeceu… às vezes há as-sim estas distinções ocasionais (risos). Posso di-zer que tratei do mais humilde ao mais alto nível. Houve várias coisas. Foi uma vida muito cheia, intensa, muitos anos de clínica. Tive sempre a preocupação de fazer o melhor possível, dentro das minhas possibilidades.
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JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA.Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 [email protected]
Usando técnicas ancestrais, a fermentação do vinho é feita em grandes talhas tra-
dicionais, sem recurso a qualquer tecnologia ou aos aditivos comuns nos chamados vinhos tecnológicos. Recentemente este tipo de vinhos foi classificado como DOC.
Por vezes considera-se que os bons vinhos dependem dos “anos mais frios”. Não é bem assim, na opi-nião de José Miguel Almeida, técnico vitivinícola, que está ligado também à Adega Cooperativa da Vidigueira. “Geralmente associa-se o período de maturação dos vinhos com o período invernal em que os vinhos se tornam mais limpos e cristalinos. Mas a fer-mentação acontece antes. E, hoje em dia, mais cedo do que nunca, uma vez que as vindimas se fazem sobre-tudo entre meados de agosto e prin-cípios de setembro. Em novembro, a fermentação dos vinhos de talha, que dura cerca de 60 dias (contra os cerca de 12 dias dos vinhos tecnológicos), está completa. Com o frio os vinhos ficam com uma aparência melhor, mas em termos de fermentação já es-tão perfeitamente capazes de serem bebidos”, diz ao “Diário do Alentejo”.
José Miguel Almeida releva tam-bém que as uvas este ano tiveram te-ores alcoólicos elevados, o que “nas produções caseiras poderá fazer com que apareçam alguns açúcares residuais, uma vez que estes vinhos não são sujeitos a nada, nem a qual-quer produto, resultam apenas da fermentação das uvas”.
“Este ano há uma coisa que vai distinguir os tintos, que é uma forte coloração. Apesar de grandes, as uvas têm uma coloração muito forte, que não é habitual ser tão elevada”,
São Martinho nas adegas e tabernas de Vila de Frades
Muito e bom vinho em 2011refere o presidente da Vitifrades, acrescentando que o São Martinho é uma data de “referência na região e embora não haja grandes festas há muita gente que mantém o hábito de ir provar o vinho novo, seja nas ta-bernas, seja nas adegas particula-res”. A acompanhar o vinho novo é também habitual haver magustos de castanhas assadas ou cozidas ou mesmo outros frutos secos.
A tradição do São Martinho está envolta em lenda. Sabe-se que São Martinho terá sido um soldado ro-mano, que viveu no século IV, con-vertido ao cristianismo depois de, no sul de França, ter repartido a sua capa com um mendigo. Segundo a lenda, de imediato, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens, o que foi entendido como um sinal dos céus.
A sua biografia é escrita pouco tempo depois e rapidamente se es-palha o culto em torno do seu nome e, hoje, por toda a Europa, os festejos em honra de São Martinho estão re-lacionados com cultos da terra, das previsões do ano agrícola, com fes-tas e canções desejando abundân-cia e, nos países vinícolas, do sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé, sobretudo em Portugal, na Galiza e nas Astúrias.
Diga-se ainda que, em Portugal, os chamados santos populares são todos comemorados no verão (santo António, São João e São Pedro) e apenas São Martinho escapa a esta tendência, ainda que lhe esteja as-sociado o chamado “verão de São Martinho” que, na imaginação po-pular, ocorre sempre nesta altura do ano, com o tempo a melhorar, numa evocação da lenda do santo.
Paralelamente, muitas autarquias decidiram “pegar” nesta data e nos seus valores culturais e de conviviali-dade e organizam neste dia magustos abertos à população, como forma de estreitar os laços entre os seus muníci-pes, como é o caso, por exemplo, este ano, da Câmara Municipal de Castro Verde, que promove hoje, sexta-feira, um magusto, aberto a toda a popu-lação, no Museu da Ruralidade, em Entradas, ou da Câmara de Montemor - -o-Novo que convida quem quiser a estar presente no magusto que realiza esta noite frente ao edifício dos paços do concelho.
“Claro que já há vinho novo e, este ano, a quantidade e qualidade das uvas têm características que garantem um bom vinho”. As palavras são de José Miguel Almeida, presidente da Associação Vitifrades que, para assinalar o São Martinho, organiza, ao fim da tarde de hoje, em Vila de Frades, uma prova de vinho novo de ta-lha, que tem nesta vila alentejana grande número de produtores.
Texto Carlos Júlio
Ilustração Paulo Monteiro
Este ano há uma coisa que vai distinguir os tintos, que é
uma forte coloração. Apesar de grandes, as uvas têm uma
coloração muito forte, que não é habitual ser tão elevada”.
José Miguel Almeida❝
Época de vinho novo e portanto de festa, o São Martinho é celebrado
hoje, sexta-feira, um pouco por toda a região. Em Entradas,
Castro Verde, há magusto no Museu da Ruralidade, com a atuação
do grupo coral As Papoilas do Corvo, a partir das 21 horas. Em
Mértola, é no antigo salão dos Bombeiros que, a partir das 18
horas, se degusta castanha assada e água-pé, ao som do Grupo
Coral Guadiana e de acordeonistas locais. Já em Vidigueira, a data
marca a inauguração, no posto de turismo, da exposição “Alimento
para a alma”, com imagens e objetos que retratam a produção
de vinho artesanal, que também está disponível para prova.
SãoMartinho
celebra-se hoje
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A Alentubo – Fabricação de Tubos viu recente-
mente ser-lhe adjudicado o fornecimento de
cerca de 10 mil metros de tubagem para a con-
dução de água em pressão, correspondente a
duas adjudicações, num valor total que ultra-
passa os oito milhões de euros. O que represen-
tam estas duas adjudicações para a empresa?
Representam a confirmação plena de uma em-presa que entrou no mercado há cerca de um ano, concorrendo com outras empresas princi-palmente estrangeiras, com muitas décadas de experiência, e que no princípio muitas dúvidas a muitas pessoas suscitaram. É a confirmação de um início sólido de uma caminhada que se perspetiva como muito promissora.
E em termos de postos de trabalho, quan-
tos funcionários tem atualmente a empresa
e quantos novos postos poderão ser criados
como consequência destas adjudicações?
Atualmente temos cerca de 45 postos de tra-balhos diretos, e muitos mais indiretos. Neste momento devemos ser em Portugal os maio-res consumidores de aço e cimento, duas ma-térias-primas fundamentais na indústria da construção. Em princípio não vamos precisar de mais pessoas, mas sim continuar a traba-lhar os seis dias por semana e em dois turnos diários, até agosto de 2012. Alterou-se comple-tamente o paradigma de consumos na região, uma vez que, nos anos anteriores, nada, mas mesmo nada, era consumido aqui.
Que implicações poderá ter o adiamento da
conclusão do projeto Alqueva, para além de
2013, – como foi anunciado pela ministra da
Agricultura, Assunção Cristas –, para uma em-
presa que produz quase exclusivamente para
Alqueva?
Seguramente a alteração dos prazos vai provo-car um redimensionamento no organigrama de trabalho, mas nada que não se possa fazer com tranquilidade. E até podemos vislumbrar aspetos bem positivos neste distender no prazo, de dois anos.
A Alentubo tem algum plano de diversifica-
ção de mercados? Que outros projetos tem em
mente?
Estes tubos são utilizados para o transporte de água, gás e combustível. Portanto temos um mundo inteiro de oportunidades para encontrar espaço para continuarmos. Temos várias hipóte-ses, mas primeiro esgotaremos as oportunida-des que existem na nossa região. O transporte de água potável de onde existe para onde é escassa é uma grande necessidade já do presente. Desde o norte de África aos países árabes e América Latina as oportunidades são imensas.
Nélia Pedrosa
Empresa emprega45 pessoas
João Paulo RamôaGerente da Alentubo – Fabricação de Tubos
Estão parados por tempo indetermi-nado os trabalhos para a construção de um novo lar residencial para ido-sos, junto ao bairro da Esperança, em Beja, em terrenos cedidos pela câ-mara municipal. A empresa responsá-vel pela obra, a Construsan, do grupo Turiprojecto, com sede em Alverca do Ribatejo, ouviu o Tribunal do Comércio de Lisboa, a 19 de outubro último, pro-ferir a sua sentença de declaração de insolvência. Para lá desta obra, cujo valor base de procedimento é de dois milhões e 600 mil euros, a Construsan também deixa por concluir o Lar da Vila, em Almodôvar. Ambos os proje-tos foram lançados pela Fundação São Barnabé que, em Beja, também detém o Lar do Terreirinho das Peças.
A Construsan, que em 2010 tinha um volume de negócios que ascendia aos 45 milhões de euros, com interesses
na área do imobiliário e da construção em Angola, Cabo Verde e Argélia, abandonou
a obra de Beja no feriado de 5 de Outubro, deixando para trás um assinalável conjunto de dívidas aos subempreiteiros que labora-vam no local. Empresas que têm agora 30 dias para reclamar os seus créditos e aguar-dar pela reunião da assembleia de credo-res que o Tribunal do Comércio de Lisboa agendou para 9 de janeiro de 2012. Segundo as associações do setor, em Portugal fecham em média, diariamente, três empresas de construção civil e obras públicas.
Para Rui Luz, administrador financeiro da Fundação São Barnabé, entidade adju-dicatária das duas obras, “esta foi uma si-tuação que nos apanhou completamente de surpresa, mas o nosso interesse é retomar os trabalhos o mais rapidamente possível”. A Fundação São Barnabé, que nasceu a 13 de julho deste ano, pela extinção e integra-ção da Casa do Povo de São Barnabé, e cujo presidente da direção é Valdemar Saleiro, para lá destes dois equipamentos agora em construção gere lares de idosos na aldeia de São Barnabé, Almodôvar, Quarteira e Beja, no Terreinho das Peças, equipamento que
em 2008 foi alvo de denúncias por falta de condições de salubridade.
Rui Luz acredita que as obras do Lar da Vila, em Almodôvar, “mesmo com esta inesperada interrupção”, poderão estar concluídas dentro de cinco a seis meses. Já o equipamento de Beja, o Lar da Colina e do Monte, cujo valor base do procedimento é de dois milhões e 600 mil euros, está numa fase muito mais atrasada. De salien-tar que a Câmara de Beja também cedeu à Cruz Vermelha Portuguesa um espaço para a construção de um lar de idosos junto ao mesmo local, obras que ainda não avança-ram por falta de financiamento.
Em breve, a Fundação São Barnabé alar-gará a sua rede de lares para idosos com o lançamento da empreitada para a cons-trução do Álamos Clube, em Évora, reabi-litando um antigo edifício daquela cidade. O valor do preço base deste procedimento é de um milhão e 350 mil euros, de acordo com o anúncio de concurso público publi-cado em “Diário da República”, a 16 de ju-nho de 2011. PB
Crise atinge empreiteiro dos equipamentos da Fundação São Barnabé
Obras paradas em lares de Beja e Almodôvar
A manchete da última edição do “Diário do Alentejo”, que abor-dava o abandono das obras da A26
por parte dos subempreiteiros, chegou ao parlamento pela voz do deputado socialista, Luís Pita Ameixa. Que pediu ao ministro da Economia e do Emprego, com a “máxima ur-gência”, que fosse “prestada informação so-bre o andamento das obras” e sobre “os prazos que o Governo garante para a sua conclusão e entrada em funcionamento”.
Entretanto, a Câmara de Ferreira do Alentejo mostrou-se “bastante apreensiva e preocupada” com a alegada suspensão da construção da autoestrada 26, entre Sines e Beja, defendendo que as obras “não podem,
nem devem ser suspensas”.Em comunicado de imprensa, a autarquia
alude a “notícias, vindas a público, sobre a sus-pensão das obras” de construção da A26, que passa pelo concelho de Ferreira do Alentejo e está incluída na concessão rodoviária Baixo Alentejo, cujo concessionário é o consórcio Estradas da Planície.
“As obras, que se encontravam a decorrer a bom ritmo, não podem nem devem ser sus-pensas, sob pena de o investimento que já foi, até agora, realizado, possa ser desperdiçado, com tudo o que isso significa de má utilização dos recursos públicos e de impasse na cria-ção de condições de desenvolvimento” para o Baixo Alentejo, refere o município.
Segundo a autarquia, a A26, a par do em-preendimento de Alqueva e do aeroporto de Beja, “constitui um investimento público de grande valia, que dará maior esperança e di-nâmica” à região.
“Perante as indefinições que pairam so-bre os três pilares de desenvolvimento, es-senciais para o futuro do Baixo Alentejo”, a autarquia “apela ao bom senso do Governo para que se clarifiquem as opções tomadas e que, de forma natural, se incremente a sua concretização”
O Baixo Alentejo “necessita de futuro”, o que “só se consegue com a prossecução dos três “a” ”do desenvolvimento: Alqueva, auto-estrada e aeroporto”, sublinha o município.
Câmara de Ferreira “apreensiva” com alegada suspensão da A26
Pita Ameixa leva autoestrada ao parlamento
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Governo ultima legislação
Moura gere ContendaO Governo está neste momento a trabalhar no decreto-lei que al-terará o regime florestal da her-dade da Contenda por forma a que esta possa passar para a respon-sabilidade exclusiva da Câmara Municipal de Moura.
Texto Aníbal Fernandes
José Maria Pós-de-Mina, pre-sidente do município, reuniu--se no passado mês de setem-
bro com o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, para dar segui-mento ao protocolo assinado entre a autarquia e o Governo, em 2009, e que prevê que a gestão integral da herdade passe a ser assegurada pela autarquia mourense a partir de ja-neiro de 2012, através da empresa municipal Contenda EM.
Em declarações ao “Diário do Alentejo”, Pós-de-Mina diz estar infor-mado que a secretaria de Estado “está a trabalhar no diploma” e que espera que em breve o assunto esteja resolvido.
No seguimento do acordo assi-nado há três anos, a gestão do perí-metro f lorestal da herdade – Zona de Caça Nacional do Perímetro da Contenda e o Plano sectorial da Rede Natura 2000 respeitando o Plano de
Ordenamento e Gestão da Contenda – tem sido exercido conjuntamente pelo município e pela Autoridade Florestal Nacional (AFN).
É vontade da autarquia que a cola-boração com a AFN e com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) – ou uma outra instituição que porventura as substitua – possa continuar.
Nesse caso, o modelo de negócio poderá passar pela cedência de 49 por cento do capital, mantendo o mu-nicípio de Moura a maioria, com 51 por cento.
Pólo de desenvolvimento local Neste momento, trabalham cerca de de-zena e meia de pessoas na herdade. Em 2008, aquando da publicação da Lei da Mobilidade, os quadros ficaram redu-zidos a dois lugares: gestor e motorista.
Após a assinatura do protocolo de 2009, os trabalhadores “foram repes-cados” e até hoje mantém-se ao serviço.
Rafael Rodrigues, da administração da Contenda EM, diz que é propósito da empresa introduzir novos negócios, nomeadamente na área do turismo, de forma a criar mais emprego e a di-namizar a freguesia de Santo Aleixo da Restauração, a que está mais próxima da herdade.
Com o mesmo objetivo, estão à
procura de um edifício na aldeia, de forma a aí instalar a sede da Contenda EM.
Atividades em curso A caça, os produ-tos florestais – mel, cogumelos, pi-nhas, madeira e cortiça – e o turismo rural e de natureza apresentam-se, as-sim, como mais-valias económicas de grande importância em termos de eco-nomia local.
Interessa também preservar um ecossistema único e um património natural de grande riqueza onde po-dem ser encontradas 124 espécies de aves, 14 espécies de mamíferos, 10 es-pécies de anfíbios e 17 espécies de rép-teis. Para além disso, no perímetro da herdade, existe a maior reserva de vea-dos de Portugal.
Neste momento, um grupo da Universidade de Évora encontra-se no terreno monitorizar o Plano de Gestão Florestal para definir quais as árvores a abater, de forma sustentável.
Em maio terá lugar a tiragem de cor-tiça que, por ser a primeira, terá pouco valor comercial, mas não deixará de en-grossar a coluna das receitas.
Está a decorrer uma hasta pública para a alienação de pinhas mansas, e, amanhã, sábado, realiza-se a primeira de duas batidas ao javalis, veado e muse-lão, seguindo-se outra a 26 deste mês.
Uma história antiga
Aherdade da Contenda – uma área de 12 289 hectares no concelho de Moura, e nos municípios espanhóis de Aroche e
Ensinasola – é hoje propriedade da câmara munici-pal, mas nem sempre assim foi.
Desde o século XIII que a propriedade suscitou disputas dos dois lados da fronteira. Contendas que acabaram por dar o nome ao território.
Até 1958, os 5 270,5 hectares em território nacio-nal estavam divididos em pequenos lotes que eram explorados por rendeiros, quer na pastorícia, quer na cultura de cereais de sequeiro. No entanto, com o final da Guerra de Espanha, o contrabando era, de longe, a atividade mais rentável.
A partir do final dos anos 50 do século XX, a her-dade integrou o regime Florestal Parcial, e foram intro-duzidas novas espécies arbóreas, como, por exemplo, pinheiro manso, pinheiro bravo, eucaliptos, ciprestes, e aumentadas as áreas de sobreiro e azinheira.
A partir de 1963, os Serviços Florestais reconhe-ceram ao local condições excecionais para a explora-ção cinegética e de pastorícia.
Data também desta altura a sua utilização como coutada, pelo então Presidente da República Américo de Deus Thomaz, que ali organizava as suas caçadas.
Com o 25 de Abril, as coutadas foram extintas e tentou instituir-se no local uma “zona de caça con-dicionada”, mas os caçadores invadiram a zona a norte da ribeira do Murtigão, e, em dois domingos, praticamente, destruíram a população de perdizes aí existente.
Em 1975 a caça viria a ser proibida, e assim fi-cou durante uma década. Em 1985 uma porta-ria cria a Zona de Caça Condicionada do Perímetro Florestal da Contenda, e dois anos depois, evoluiu para Zona de Caça Nacional do Perímetro Florestal da Contenda, através de um decreto-Lei.
Fonte: Wikipédia
PCP diz que OE “ataca quem trabalha”O PCP considera que Orçamento de Estado para 2012 “ataca
quem trabalha e protege os poderosos”. “Este orçamento é o
corolário de todo um conjunto de medidas que foram sendo
anunciadas e que irão provocar o agravamento da situação
económica e social da grande maioria dos portugueses”,
acusam os comunistas. Para o PCP, “este orçamento,
mais uma vez, não promove o potencial produtivo e até
exportador da região” e “passa ao lado das potencialidades
do distrito de Beja”. As posições do PCP foram anunciadas
em conferência de imprensa, que se realizou na segunda-
-feira, 7, em Beja.
PS debate finanças e reforma autárquica A Federação do Baixo Alentejo do PS promove no próximo
domingo, dia 13, no auditório da Escola Superior de
Educação de Beja, uma convenção distrital autárquica, que
deverá contar com a participação do secretário-geral do PS,
António José Seguro. A convenção terá painéis de informação
e de debate sobre as finanças locais, separadamente para
freguesias e para municípios, e sobre o associativismo
intermunicipal no Baixo Alentejo. Haverá ainda um debate
sobre a reforma autárquica proposta no documento verde
do Governo e sobre a proposta de Orçamento do Estado para
2012, no que respeita às autarquias locais.
CDS-PP questiona saúde em SerpaOs deputados do CDS-PP solicitaram ao presidente
da Câmara de Serpa informação sobre os serviços de
saúde do concelho. Os parlamentares querem saber
“qual a população servida pelo Hospital de S. Paulo,
quantos doentes vai afetar a decisão de passar a utilizar
o laboratório de análises clínicas do Hospital de S. Paulo
como ‘ponto de colheita de análises’, e se a autarquia tem
conhecimento de qual o número médio anual de análises
feito pelo laboratório no decurso dos últimos 2/3anos”.
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Nos termos do disposto no n° 1 do Artigo 30º do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Aljus-trel, convoco os irmãos a reunirem, em Assembleia Ge-ral Eleitoral, no dia 29 de Novembro de 2011, no período das 19:30 às 22:00, no Refeitório do Infantário da Insti-tuição, sito na Avenida 1° de Maio, em Aljustrel, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto Único: – Eleição da Mesa da Assembleia Ge-ral, da Mesa Administrativa e do Conselho Fiscal, para o mandato social do triénio de 2012/2014.
Notas: 1 – O acto eleitoral processar-se-á ininterruptamente
no período horário das 19:30 às 22:00, em sistema de
voto de urna aberta;2 – A relação eleitoral dos irmãos no pleno gozo dos
seus direitos estará, para consulta, na sede da Institui-ção, a partir do próximo dia 10 de Novembro de 2011;
3 – As listas concorrentes têm de dar entrada na Sede Social da Misericórdia até às 17:00 do dia 23 de Novembro de 2011, devendo conter os nomes comple-tos dos efectivos e suplentes;
4 – Após a contagem e apuramento de votos, os re-sultados da eleição serão proclamados de imediato.
Aljustrel, 10 de Novembro de 2011.O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Luís Maria Bartolomeu Afonso da Palma
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 Única Publicação
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ALJUSTREL
CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL
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Mercado Medieval em Beja de 18 a 20 Espetáculos de fogo, cortejos e danças medievais,
música, exposição de aves de rapina, animação de rua e
demonstração de ofícios vão marcar o primeiro Mercado
Medieval de Beja, que vai decorrer de 18 e 20 deste mês.
O mercado vai realizar-se na praça da República, numa
organização conjunta da Associação Velha Lamparina, da
Associação para a Defesa do Património Cultural da Região
e da Câmara Municipal de Beja.
Exposição sobre os movimentos feministas patente em OuriqueA Biblioteca Municipal de Ourique Jorge Sampaio acolhe
até 5 de dezembro a exposição “Aspetos históricos dos
movimentos feministas”. Trata-se de uma iniciativa
realizada em parceria entre a Câmara Municipal de
Ourique e a Associação Lusófona para o Desenvolvimento
do Conhecimento.
Alteração ao Plano de Urbanização de Porto Covo em participação públicaO processo de alteração do Plano de Urbanização (PU)
de Porto Covo encontra-se em período de participação
pública preventiva até ao próximo dia 22.“Pretende-se
adequar o plano às atuais condições do País e do concelho,
que se encontram alteradas mercê da crise económica e
financeira”, refere a Câmara Municipal de Sines. O PU de
Porto Covo está em vigor há três anos, mas, agora, “importa
introduzir algumas alterações pontuais” para “eliminar
diversos constrangimentos detetados”. “Por outro lado, a
lógica de investimentos numa zona turística como é Porto
Covo alterou-se, pelo que importa, igualmente, atuar a este
nível”, justifica ainda o município.
Márcia Lança apresenta nova coreografia Márcia Lança, coreógrafa bejense, concebeu, dirige e
interpreta, com Aniol Busquets, o espetáculo “O desejo
ignorante”, que vai apresentar-se hoje e amanhã, sábado, no
Teatro Maria Matos, em Lisboa. Para o palco, os bailarinos
vão transpor o resultado de um trabalho de pesquisa que se
centrou na ideia de “união entre pensamento e ação”. “Fazê-
-los dialogar em simultâneo, não os separar dizendo que
agora pensamos e agora dançamos”, explica a coreógrafa,
acrescentando que os intérpretes se apresentam “a cru”,
perante o público, “numa espécie de dança documentário”.
“O desejo ignorante” apresenta-se no âmbito do Festival
Temps d’Images.
Alcácer do Sal adere à campanha Quartel EletrãoA Câmara Municipal de Alcácer do Sal e as associações
humanitárias de bombeiros do concelho aderiram
à campanha Quartel Eletrão, lançada pela Amb3E –
-Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos. O objetivo é
recolher eletrodomésticos e aparelhos eletrónicos avariados
ou fora de uso, para entregar nas corporações que, assim, se
habilitam a receber prémios úteis para o desenvolvimento
da sua atividade. Naquele concelho do litoral alentejano,
participam os Bombeiros de Alcácer do Sal e do Torrão.
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Católica distingue jovens bejenses pela divulgação da leucemia
Eles andam a Salvar Vidas
A Associação de Defesa do Património de
Mértola tem abertas inscrições para um
workshop de língua italiana, que decorrerá
entre o próximo dia 15 e 6 de dezembro.
Workshop de Língua
Italiana em Mértola
Governo cede extração de minérios em Barrancos e Moura Das 10 concessões contratualiza-das pelo Governo para a prospeção de minérios no territó-rio nacional, duas situam-se em Barrancos e Moura, e foram entregues à Minaport, uma empresa com sede em Moledo,
concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, fun-dada em junho de 2010. Quer António Tereno, presidente da Câmara de Barrancos, quer José Maria Pós-de-Mina, pre-sidente do município de Moura, foram surpreendidos com o anúncio da notícia pela comunicação social. Tereno, citado
pela Rádio Voz da Planície, considera “deselegante” o facto de o Governo não ter “ouvido a autarquia”, mas vê com bons olhos a prospeção de cobre, zinco, chumbo, ouro e prata no subsolo alentejano. No entanto, o autarca avisa que “só da-qui a alguns anos é que se irá ver alguma coisa”.
A Teresa Brissos, que desde setem-bro de 2009 luta contra a leucemia, ainda não conseguiu arranjar um
dador de medula óssea compatível. Mas não tem sido por falta de empenho dos seus amigos e familiares que tal ainda não sucedeu. Aliás, a vasta campanha de di-vulgação encetada desde então “já salvou muitas vidas”, como refere José Farinho. E tal reconhecimento chegou agora em forma de prémio, atribuído pela faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa que, esta semana, re-conheceu o movimento informal “Salvar Vidas”, de Beja, pela “divulgação de boas práticas de voluntariado”.
O prémio, no valor de 2 500 euros, foi entregue esta terça-feira em Lisboa e,
para José Farinho, trata-se de uma verba que permite transformar este “movi-mento voluntário pontual e esporádico” na Associação Salvar Vidas, que até agora ainda não tinha sido formalizada por falta de verbas. Ao longo de todo este tempo “não conseguimos ainda encontrar um da-dor compatível com a nossa amiga, mas descobrimos que a união dos nossos esfor-ços, pelo caminho, salvou muitas outras vidas”, prossegue o presidente da direção da nova associação.
O prémio, uma iniciativa conjunta da Universidade Católica e da Fundação Montepio, dirigido a jovens entre os 14 e os 23 anos, foi entregue no decurso de um co-lóquio sobre tensões e desafios do volunta-riado em Portugal. Mas para José Farinho
este prémio não é um fim, mas um meio para prosseguir a grande batalha na luta contra a leucemia. A 7 de dezembro será inaugurada em Beja a sede da Associação Salvar Vidas e, para as férias do Natal, es-tes cerca de 30 jovens pretendem visitar o IPO de Lisboa, acompanhando durante todo o dia as crianças ali internadas.
Este grupo de voluntariado tem vindo a ser orientado pela professora Natália Quinta-Queimada e recebe forte apoio da direção da Escola Secundária D. Manuel I, em Beja, e nomeadamente da equipa da bi-blioteca escolar, dirigida pela professora Sandra Cristina Bettencourt.
Entretanto, a Teresa Brissos continua a aguardar um dador compatível, mas neste momento o seu estado de saúde é estável.
Seminário de conservação em OuriqueDesde ontem e durante o dia de hoje, sexta-
-feira, decorre em Ourique o seminário
“Reservas: Gestão e Conservação Preventiva”
no Centro de Arqueologia Caetano de
Mello Beirão. A iniciativa visa a partilha de
experiências entre técnicos que intervêm
em reservas arqueológicas e museológicas,
ocupando-se da preservação de conjuntos e
acervos de materiais, integrados, tanto em
reservas museológicas, como em simples
espaços de armazenagem de espólios
arqueológicos. Este seminário pretende,
igualmente, contribuir para a aquisição
e aprofundamento de conhecimentos
dos profissionais da museologia e da
conservação e restauro da região do
Alentejo. Com a realização deste seminário
pretende-se rentabilizar os recursos
reunidos no Cacmb e proporcionar a
disseminação do conhecimento que uma
prática de funcionamento em rede entre os
profissionais pode potenciar.
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Na abertura oficial do ano letivo, que coincidiu com a sessão comemorativa dos 32 anos da instituição, que decor-
reu esta terça-feira, o presidente do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) admitiu que a ins-tituição poderá fechar mais cursos para com-pensar o corte de cerca de um milhão de euros nas transferências do Orçamento do Estado (OE) para 2012.
O IPB tem “em curso um conjunto de me-didas com vista à racionalização da oferta for-mativa e contenção das despesas de forma a acomodar financeiramente os impactos do corte nas transferências do OE na ordem de um milhão de euros”, disse Vito Carioca.
Segundo Vito Carioca, que falava lado a lado com o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, o corte “dificilmente será compensado através do aumento das receitas próprias da instituição, o que, inevitavelmente, obriga a medidas de exceção”.
No âmbito da racionalização da oferta for-mativa, Vito Carioca disse que o IPBeja, após terem sido conhecidos os resultados do con-curso nacional de acesso ao ensino superior, foi “de imediato” obrigado “a suspender duas licenciaturas e duas edições pós-laborais”.
“Foi necessário agir e assim o fizemos” e, atualmente, o IPBeja tem “cerca de 20 cursos”
ao nível de licenciaturas, disse, frisando que “talvez” seja “possível ir mas longe” na racio-nalização da oferta formativa da instituição.
Neste momento, o IPBeja tem um grupo de trabalho, no qual as quatro escolas da institui-ção estão representadas, para “estudar essa hi-pótese”, disse.
Segundo Vito Carioca, o IPBeja está tam-bém a “estudar o impacto financeiro” dos cur-sos de especialização tecnológica, que “são subfinanciados e dificilmente suportáveis no atual quadro financeiro”.
O IPBeja “muito provavelmente” vai ter que “reduzir” a atual oferta de 16 cursos de especialização tecnológica “para um número substancialmente inferior”, numa “solução de compromisso” entre as vantagens e o impacto em termos de despesa dos cursos.
Trata-se de uma “decisão difícil”, porque o IPBeja, no atual ano letivo, duplicou o nú-mero de candidatos aos cursos de especializa-ção tecnológica, mas devido ao atual quadro financeiro é uma “medida inevitável” e que só poderia ser evitada com a alteração do modelo de financiamento daqueles cursos, disse.
Ao nível dos mestrados, adiantou, o IPBeja assistiu a um “aumento da pro-cura”, já que “elevou substancialmente o número de candidatos”, o que é “reconfor-tante” e “reforça o papel da instituição ao
nível da formação ao longo da vida”.No entanto, frisou, para “analisar” a oferta
formativa e “perspetivar o futuro”, o IPBeja não pode limitar-se às questões da procura, já que o sistema “obriga a ter em conta um con-junto de variáveis”, como a qualificação do corpo docente com o grau de doutor, para que os cursos sejam acreditados.
Neste sentido, existe “um contrassenso” entre as exigências de acreditação e a proposta de lei do OE para 2012, ou seja, “entre a neces-sidade de ter um corpo docente qualificado e a impossibilidade de o contratar”, frisou.
Vito Carioca revelou ainda que em 2011, no distrito de Beja, onde o IPBeja é “a única oferta pública de ensino superior”, “somente foram investidos 1,1 por cento da despesa incluída no Orçamento do Estado com toda a rede de en-sino superior”, num total de pouco mais de 12 milhões e 244 mil euros.
Apesar das críticas diretas ao Governo, Carlos Moedas subiu ao palanque para se diri-gir em exclusivo aos estudantes. Incitando-os a escolherem cursos que realmente gostem e que os realizem. Abordou por igual a questão do emprego – “Já não há empregos para toda a vida”–, e apelou ao empreendedorismo: “É necessário correr riscos e criarmos as nossas próprias empresas”.
PB com Lusa
A Câmara Municipal de Mértola assinala, em novembro,
o Mês da Igualdade de Género, com um conjunto de
atividades de caráter cultural e informativo. “Mulheres no
espaço público e novas masculinidades” e “História(s) da
condição das mulheres no mundo” são as duas exposições
programadas para este período, a par da peça de teatro
“Volátil” e de um colóquio, no dia 29, sobre “Igualdade
na diferença”. O programa, que se estende ao longo de
todo o mês e em várias localidades do concelho, integra
ainda cinema, conversas e uma sessão de contos.
Igualdadede Género em foco este mês
em Mértola
Empresa do Alqueva e Agrupamento de Escolas de Barrancos vão colaborar A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) e o Agrupamento de Escolas de Barrancos assinaram esta semana um protocolo de colaboração para diversificar
atividades e organizar eventos no Parque de Natureza de Noudar. Segundo a EDIA, a colaboração vai permitir “aprofundar” o projeto educativo do agrupamento, “di-versificar atividades” no parque, como visitas de estudo, e a concretização do Clube dos Amigos do Lince-ibérico.
A colaboração assenta ainda na organização de eventos e no programa de apadrinhamento pela EDIA de uma a duas turmas do agrupamento premiadas com um plano de atividades anual a realizar no parque, que é gerido pela empresa do Alqueva.
Obras na “baixa” cortam trânsito até 16 de dezembroNo seguimento dos trabalhos de
empreitada do Projeto Integrado de
Beneficiação da Baixa de Beja, o troço
entre o Terreiro dos Valentes e a rua
da Lobata terá um corte integral do
trânsito, entre a próxima segunda-feira
e 16 de dezembro. A Câmara Municipal
de Beja garante, no entanto, que as
consequências para a população desta
nova frente de obra “serão minimizadas”,
com alternativas de trânsito e facilidades
de estacionamento. Será assim alterado
o sentido de trânsito na rua do Canal,
desde as traseiras da biblioteca até à rua
da Lobata, sendo necessário interditar o
estacionamento na rua da Lobata; serão
criados dois sentidos de trânsito no troço
da rua de Mértola, entre a rua do Vale e o
Terreiro dos Valentes, sendo necessário
eliminar os lugares de estacionamento
nesse troço; será ampliado o
estacionamento tarifado junto ao café do
Jardim do Bacalhau; e ainda permitido o
estacionamento na rua Luís de Camões,
no troço entre a avenida Vasco da Gama
e a rua da Branca. A sinalização será
retificada provisoriamente para dar lugar
às alterações mencionadas. Consciente
“da importância da semana que antecede
o Natal para o comércio na baixa de
Beja”, a câmara irá suspender de forma
provisória, entre 16 e 25 de dezembro, os
trabalhos de obras, que serão retomados
logo que termine a época natalícia. O
Projeto Integrado da Beneficiação da
Baixa de Beja tem uma duração prevista
de 365 dias e representa um investimento
de 823 001 euros, financiado a 85 por
cento pelo QREN.
Moura mostra arqueologias no castelo desde 2002“Arqueologia no Castelo de Moura:
nove anos de escavações” é o tema de
uma sessão aberta ao público que a
Câmara de Moura vai promover na
próxima terça-feira, dia 15, pelas 18
e 30 horas, na biblioteca municipal.
Na sessão serão apresentados os
resultados dos trabalhos de arqueologia
desenvolvidos no Castelo de Moura
desde 2002, num balanço das campanhas
de escavações, “que compreenderam
tanto o acompanhamento do projeto de
reabilitação do recinto do castelo como
a realização de escavações na Alcáçova,
estas últimas integradas num projeto
de investigação científica apoiado pelo
Instituto Português de Arqueologia (IPA)
e que estão neste momento numa fase
da intervenção que visa tornar o espaço
visitável”, esclarece a autarquia. O projeto
irá continuar até ao ano 2013.
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IPBeja em vias de fechar mais cursos for falta de orçamento
Governo cortaum milhão ao Politécnico
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As escolas do concelho de Beja vão po-der escolher a la carte quais os proje-tos de promoção da leitura que mais se adequam às suas necessidades cur-riculares. O programa “A páginas tan-tas”, da Biblioteca Municipal de Beja, arranca em 2012, atravessa os vários ciclos de escolaridade e propõe ama-ciar terrenos difíceis como o conto tra-dicional e a poesia.
Texto Carla Ferreira Foto José Serrano
A Biblioteca Municipal de Beja acaba de apresentar o seu “cardápio” de proje-tos de promoção da leitura, para uso
das escolas do concelho entre 2012 e 2013. Dá pelo nome de “A páginas tantas” e tem uma oferta de 10 propostas, que não são mais do que a “formalização do que temos vindo a criar ca-suisticamente”, revela a bibliotecária Cristina Taquelim. O grande motor desta sistematiza-ção é, por um lado, a manutenção de alguns projetos já oferecidos em contexto extraesco-lar e, por outro lado, a necessidade de “encetar um caminho novo, aumentando a sua idade de abrangência”, que passa a situar-se entre o pré --escolar e o ensino secundário. É que a forma-ção do leitor, adianta a técnica, “não é um pro-cesso que se conclua no fim do quarto ano de escolaridade e a prova disso são as dificuldades que os miúdos com 15, 16 anos têm ao relacio-nar-se, com algum grau de autonomia e de pra-zer, com o texto literário”.
Tudo se passa na cave da biblioteca, a partir de uma “reciclagem” dos cenários de uma exposição anterior em torno da obra de Antonio Portillo. Um espaço qualificado e melhorado onde, só para dar um exemplo, se pode passear no Parque dos Poetas, que é um jardim prontinho a estrear “onde mo-ram os grandes poemas dos poetas da lu-sofonia”, aqui tratados por tu, sem apeli-dos pomposos, e que tem por mote, inscrito nas “águas” de um espelho/lago “O poeta tem olhos de água”, como escreveu Manuel da Fonseca. Seguindo por trilhos de livros, chega-se também à Casa de Papel, espaço para descobrir nas invulgares ilustrações de Rob Gonsalves várias hipóteses de leitura e novas narrativas. Ou ainda ao Laboratório da Língua, que acolhe cientistas de todo o
mundo na “busca de soluções para a recons-trução de textos perdidos”, com recurso a pipetas, tubos de ensaio, bisturis e lupas.
Concretamente para os jovens que se aproximam do ensino secundário ou que já lá chegaram, a biblioteca oferece propos-tas como o projeto Narrâncias, que explora o imaginário e a estrutura do conto tradi-cional. Um universo, diz Cristina Taquelim, que “tem tudo para ser inimigo dos moços”, no sentido em que dele já não existem refe-rências na realidade que os rodeia. Por isso, concretiza a responsável, “vamos desmon-tar aquele objeto, perceber a sua mecânica, as suas fórmulas”.
Outro terreno também tido como hos-til é a poesia, tratado em escalas diferentes nas propostas Maldita Poesia e Poemetria. A primeira consiste numa sessão de leitura em voz alta de poemas e textos de micro-ficção, onde tanto podem caber os ritmos, melodias e balanços infantis de autoras como Luísa Ducla Soares ou o nonsense naif de uma Adília Lopes. Poemetria é, por seu turno, todo ele dedicado a Manuel da Fonseca. Não por ser alentejano, não por se celebrarem os 100 anos do seu nascimento, mas por “ser, de facto, uma figura incon-tornável da literatura portuguesa”, reforça Cristina Taquelim. A conceção artística é do encenador Luís Cruz, que já antes havia tra-balhado com a Biblioteca de Beja num pro-jeto de criação de formas geométricas sobre poemas de Manuel da Fonseca. Poemetria recria essa ideia, partindo de uma história verídica – a de como Cristina Taquelim co-nheceu o autor – no sentido de uma aproxi-mação à “grandeza” do autor de “O Largo”.
No seu todo, “A páginas tantas”, que Cristina Taquelim qualifica como “barato” do ponto de vista da produção, mas “muito trabalhoso” na perspetiva concetual, é mesmo um cardápio para ajustar às neces-sidades que as escolas sentem e demons-tram. “Os professores neste momento não têm tempo para andar a participar em pro-jetos apenas por participar. Eles precisam de trabalhar em projetos que acrescentem alguma coisa aos seus curtos tempos para dar os programas, aos seus curtos tempos para acordar nos moços competências leito-ras”, conclui a bibliotecária.
Biblioteca de Beja apresenta programa
Promoção da leitura a la carte
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Beja é maioritariamente um território ca-tólico. É esta a religião predominante na cidade, até porque o legado histórico
é imenso e esta tradição religiosa, apesar dos muitos descrentes que também habitam a ca-pital do Baixo Alentejo, continua a ter um peso relevante na sociedade e na cultura.
Em várias ruas e avenidas da cidade, no en-tanto, encontram-se cada vez mais igrejas e sa-lões que praticam cultos diferentes. Há gente com diferentes crenças e com diferentes religiões e, no que toca à fé, esta é uma terra diversificada.
Na rua Diogo de Gouveia o Salão do Reino das Testemunhas de Jeová está bem identifi-cado. Aqui, crê-se, entre outros princípios, que “A Bíblia é a palavra de Deus e é verdade”, que “o nome de Deus é Jeová”, que “Cristo mor-reu numa estaca, não numa cruz”, que “a terra nunca será destruída, nem ficará despovoada” e que “a alma humana deixa de existir na morte”. Estas são algumas das crenças que afastam as testemunhas de Jeová de outras religiões. Na verdade, segundo Sérgio Ladeiras, superin-tendente de Congregação das Testemunhas de Jeová de Beja, “a grande diferença é que as
Como está o culto em Beja? Percorrendo as ruas e avenidas da cidade, à
primeira vista sobressaem os diversos templos católicos, mas a um se-
gundo olhar mais atento avistam-se também diversas igrejas e salões,
de várias religiões. Beja continua a ser na sua grande maioria uma cidade
católica, mas é também uma terra de diferentes crenças, onde se reúnem
pessoas de diversas idades e nacionalidades em torno da fé.
Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho
Diferentes crenças em território alentejano
O culto em Beja
testemunhas de Jeová baseiam as suas crenças exclusivamente na Bíblia, e não em conceitos teológicos e filosofias pagãs”. Neste sentido, as testemunhas de Jeová têm como único objetivo “ensinar as verdades bíblicas às pessoas na sua comunidade”.
A história das Testemunhas de Jeová em Beja remota ao início dos anos 30. “Nesta altura já se pregavam livremente as verdades da Bíblia em todo o Alentejo. Até que, devido à opressão da ditadura, foram obrigadas a entrar na clandes-tinidade para continuarem a professar a sua fé. Depois do 25 de Abril de 1974 foi possível voltar a ter liberdade religiosa”, lembra Sérgio Ladeiras.
Hoje, de acordo com Sérgio Ladeiras, asso-ciam-se com as Testemunhas de Jeová no con-celho de Beja “mais de 350 pessoas”. “No Baixo Alentejo mais de 1 600 pessoas associam-se nas nossas atividades”, garante.
As Testemunhas de Jeová são conhecidas por seguirem “as elevadas normas bíblicas da moral cristã” e o “número de crentes na cidade tem au-mentado”. No entanto, para Sérgio Ladeiras, “é muito mais importante a qualidade da adoração prestada do que o número de associados”.
Calcorreando as ruas da cidade acham-se outros locais de culto, uns mais discretos do que outros. Uns com grande dimensão, outros nem por isso. Todos passam a sua mensagem aos crentes. Todos acreditam num compromisso de ideais que dão coerência e sentido à vida.
A Igreja Evangélica, por exemplo, há vá-rios anos que se instalou em Beja. “Esta igreja já está na cidade há mais de 60 anos”, conta Elias Lima, pastor. “É uma comunidade de pes-soas que, consciente e voluntariamente, pro-fessam fé em Jesus Cristo como seu salvador e senhor, e que são guiadas pelas doutrinas conti-das nas Sagradas Escrituras, reunindo-se para a realização dos propósitos determinados nes-sas escrituras”, afirma Elias Lima, lembrando: “Esta é uma igreja autónoma, apolítica e não ecuménica”.
Em média “30 pessoas assistem aos cultos”. Aqui, segundo o pastor Elias Lima, “as pessoas encontram a mesma coisa que encontram em outras igrejas que pregam a salvação só por in-termédio de Jesus Cristo”. Na verdade, encon-tram “a certeza da vida eterna em Jesus Cristo”.
A Igreja Evangélica, em Beja, é frequen-tada por pessoas de diferentes nacionalidades, que em comum têm a mesma crença e uma fé inabalável.
Descendo a rua D. Frei Manuel do Cenáculo encontra-se a Igreja Nova Apostólica, devi-damente identificada com uma cruz azul que sobressai na parede pintada de branco. À segunda-feira não se avistam grandes movi-mentações. O serviço divino acontece à pri-meira e terceira quarta-feiras do mês.
“O que diferencia a Igreja Nova Apostólica é a sua singela atuação perante os membros da comunidade e da sociedade onde está inserida”, confessa o dirigente da comunidade, o pastor
Eduardo Ferreira. E acrescenta: “A Igreja Nova Apostólica é a igreja de Jesus Cristo. A mesma é sua obra eterna de graça e redenção sobre a terra. Foi por ele fundada e é governada e con-duzida pelo seu Espírito Santo”.
Os seus desígnios são “conduzir pela pala-vra, pelo perdão dos pecados, pelo sacramento da santa ceia e da fé do povo de Deus”, diz o pas-tor. O objetivo é “alcançar o galardão prometido por Jesus Cristo”.
De acordo com o dirigente da comunidade, “Beja, devido ao atual contexto laico e ao enraiza-mento ainda de outra vertente cristã, não mostra muita expressão por esta igreja”. “Sentimos, no entanto, que as pessoas hoje em dia precisam de um profundo apoio espiritual, para que possam, consigo mesmas, encontrar o equilíbrio emocio-nal e espiritual”, afirma Eduardo Ferreira, acres-centando: “O cristão novo apostólico sabe que com a aceitação dos mensageiros de Deus e por meio dos sacramentos que lhe são dados, che-gou a ser uma nova criatura pelo Espírito Santo, e, por conseguinte, um filho de Deus”.
Na rua do Touro vários muçulmanos utili-zam o espaço de um antigo café para realizar o seu culto e ao fim da tarde é comum encontrar vários crentes a deslocarem-se para o local para realizarem a sua oração. Estão longe das suas terras, mas não perdem a sua fé e Beja é cada vez mais uma terra onde se praticam diferen-tes cultos.
Na cidade encontram-se ainda A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Centro de Ajuda Espiritual (IURD) e a Assembleia de Deus Pentecostal, entre outras. O “Diário do Alentejo” tentou também chegar à conversa com estas comunidades, no entanto, até ao fecho desta edição, quarta-feira, não ob-teve qualquer resposta.
Testemunhas de Jeová Professam a sua fé na cidade desde os anos 30
Igreja Evangélica Já está na cidade há mais de 60 anos Igreja Nova Apostólica Considera que as pessoas precisam de um profundo apoio espiritual
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Opinião
Os rapazes e as raparigas que desde setembro de 2009 andam incansáveis à procura de um dador de medula óssea para a sua amiga
TERESA BRISSOS falharam! Falharam? Nem pensar! Pelo caminho, longo, salvaram dezenas de vidas. E agora a Universidade Católica e a Fundação Montepio deram-lhes um prémio pelo mérito e pela persistência. PB
Apesar de toda esta evidência de promiscuidade entre negócios e política, o Parlamento proclama que no seu interior não se detetam incompatibilidades. A Assembleia da República opta assim por preservar, não a ética, mas a cosmética. Paulo Morais, “Correio da Manhã”, 8 de novembro de 2011
Mais ou menosum deputado eleito por Beja?Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia
Aquando das últimas eleições le-gislativas, os 135 mil eleitores inscritos no distrito de Beja es-tariam convencidos que iriam eleger três deputados pelo seu círculo eleitoral e que estes re-presentariam os interesses do seu distrito na Assembleia da República. Parece que se en-ganaram. Após um bom re-
sultado eleitoral do PSD, o deputado eleito por este partido tem sido menos um, numa conjuntura em que todos somos poucos!
Não procuro, evidentemente, com esta análise depre-ciativa colocar em causa as qualidades pessoais de Mário Simões, até porque nunca tive o privilégio de com ele pri-var, logo sou incapaz de avaliar o seu caráter. Reporto-me, tão só, à sua incapacidade política para impor uma agenda baixo alentejana na Assembleia da República, num con-texto em que o PSD está no governo de Portugal, o que, em teoria, deveria facilitar a vida ao deputado. Constata-se que duas variáveis condicionam visivelmente a sua ação. A pri-meira remete-nos para o peso específico de Mário Simões no seio do seu partido – que é pouco mais que nenhum. A segunda para uma conjetura que começa a tornar-se uma evidência – O governo PSD não dá cavaco (passo a chalaça) ao Baixo Alentejo.
Vários episódios recentes corroboram a minha tese: 1.º Depois do PSD Beja, em campanha eleitoral, ter enchido a boca com o tema agricultura, a ministra da tutela veio ao distrito dizer que, afinal, o projeto de Alqueva já não é para concluir em 2013, mas sim, se calhar, lá para 2015 – O de-putado aplaudiu. 2.º Após um intenso romance com o mo-vimento “Beja Merece”, à primeira oportunidade o depu-tado traiu o seu bem-querer. Na Assembleia da República votou contra os projetos de resolução a favor da ligação fer-roviária a Beja, em clara contradição com as posições pú-blicas que vinha a assumir – Sem comentários. 3.º Depois de muito falatório pré-eleitoral sobre o aeroporto de Beja, veio o deputado, na sequência das intempéries que asso-laram o aeroporto de Faro, exigir a demissão da adminis-tração da ANA – Aeroportos. Ato contíguo, foi totalmente contradito e desacreditado pelo secretário de Estado dos Transportes, que assegurou não terem sido desviados voos de Faro para Beja, conforme o deputado defendia, porque o aeroporto alentejano não tinha condições para receber os ditos aviões – Como ficamos? 4.º Para comprometer ainda mais o deputado, foi conhecido o Plano Estratégico dos Transportes (PET), elaborado pelo Ministério da Economia e do Emprego. O documento penaliza duplamente o dis-trito ao não fazer uma única referência ao aeroporto de Beja e ao prever, igualmente, a desativação, até ao final de 2011, da linha do Alentejo, entre Beja e Funcheira – Explicações do deputado?
É muita coisa má para apenas 90 dias. E parece nem nos valer o bejense Carlos Moedas, o todo-poderoso secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, nomeado após ter sido eleito deputado pelo círculo de Beja (Mário Simões era, recorde-se, o n.º 2 da lista). A verdade é que desde a tomada de posse do atual governo, em que Moedas é figura de proa,
que o distrito de Beja tem levado arrochada atrás de arro-chada em várias áreas estratégicas. E mais estará para vir, conforme parecem pressagiar os burburinhos que vêm das empreitadas do IP8 Beja-Sines, do IP2 Beja-Évora e de tan-tos outros projetos estruturantes que, supostamente, esta-riam concretizados a curto prazo.
Resta-nos esperar que o governo do nosso país ganhe sensatez e que, em congruência, o deputado do PSD decida “despir a camisola laranja” e comece a envergar, de vez em quando, a do seu distrito. A ser assim, talvez ainda consiga vir a ser, no futuro, lembrado como “mais um deputado eleito por Beja”. Menos que isso seria péssimo!
Má informaçãoou não informação?Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
Hoje, na “rede das virtudes” (vulgo Facebook) li, não sei se um apelo ou uma crítica, de um órgão da imprensa re-gional que manifestava a sua enorme estranheza pelo facto de ter reunido, num evento que realizou recentemente, fi-guras destacáveis na área da cultura e não ter tido a cober-
tura de nenhum canal de televisão. Fez-me sorrir! Se fosse eu a dizê-lo… Infelizmente, a cultura e os eventos culturais não me parecem ser uma prioridade dos media, simplesmente porque “vendem” pouco; se a culpa disso, por um lado, é de quem “compra” que é tão pouco exigente, esta culpa é tam-bém partilhada por quem “vende” que é tão estupidamente mercantilista. E mais: tem o poder da disseminação, ou seja, pode influenciar… influenciar e contribuir para mudar esta inércia e inépcia que assola o nosso povo tão… diria… voyeur (são as audiências de programas como “A Casa dos Segredos” e “Peso Pesado”, por exemplo, que o dizem). Têm de (sobre) viver, responder-me-ão! Eu diria que deveriam dedicar-se a outro tipo de funções que não aquela que não pode deixar de ser (também e num país como Portugal) de serviço pú-blico. Desafortunadamente, necessitamos de uma “tribuna mediática” que credibilize qualquer evento ou opinião. Mas só isso não chega: importa também que o meio de comunica-ção tenha um nível da audiência considerável, já que quantas mais pessoas mobilizar, melhor! É isso que, para o público – “que aprecia a confirmação de que é verdade aquilo que sente como verdadeiro” (Picard) – , confirma e transforma em evi-dência qualquer acontecimento. No ano em que se comemo-ram 100 anos sobre o nascimento de Marshall McLuhan, o grande teórico dos meios de comunicação, a quem devemos expressões como “o meio é a mensagem” ou “aldeia global”, não esqueçamos também um dos momentos mais fascinan-tes da história da comunicação de massa: a adaptação de A Guerra dos Mundos protagonizada por Orson Welles, na ra-dio CBS, em 1938, ou um importante alerta para que as pes-soas não se deixassem influenciar por opiniões previamente formatadas. Ortega Y Gasset afirmou que “quanto mais im-portância substantiva e perdurável tiver uma coisa ou pes-soa, tanto menos falarão dela os jornais e, em troca, desta-carão nas suas páginas o que esgota a própria essência em ser um ‘sucesso’ e em dar margem a uma notícia”. E se esta é uma das linhas condutoras do guião a propósito do destino da Humanidade – o que verdadeiramente interessa – , meus caros leitores, para mim ele está, desde já, chumbado!
Porquêo Aeroporto?Porque sim…Filipe Fialho Pombeiro Economista
Temos ouvido tanta informação e con-tra informação acerca do aeroporto, que até nós, as pessoas que acredi-tam, que vivem na, e da, nossa região, começamos a duvidar da importân-cia e da viabilidade do projeto.
Colocou-se mais uma vez a ques-tão, com a não inclusão do mesmo no Plano Estratégico dos Transportes (PET), tendo levado a uma panóplia
de opiniões divergentes.Que o País, e entenda-se o País como o conjunto de lobbies,
de políticos, legisladores e empresários cujos interesses não es-tão cá centralizados, não percebam por que é que Beja precisa de um aeroporto não é de estranhar, agora que nós não o con-sigamos perceber, isso já é muito estranho.
Há poucos meses precisei de ir a Frankfurt e para o fa-zer tinha duas opções: Frankfurt Aeroporto Internacional ou Frankfurt-Hann, um aeroporto que fica a uma hora e meia da cidade, com companhias low cost a operar e que ficava a um terço do preço. Claro que optei pela segunda opção. Será que as pessoas de Hann perderam tempo em pensar no eventual inte-resse do aeroporto para a região? Será que se desenvolveu?
Dir-me-ão, mas fez-se um aeroporto sem uma estraté-gia para o viabilizar, sem a autoestrada estar terminada, sem comunicação ferroviária capaz a Lisboa, deixámos escapar a Embraer para Évora… Mas, não é sempre assim neste país, e em especial na nossa região, em que os interesses político par-tidários sempre se sobrepuseram?
Agora, não tenhamos dúvidas que é absolutamente deci-sivo termos um aeroporto na nossa região. Temos que, como sempre, explicar ao País que o investimento terá um retorno para a economia nacional. A autoestrada ficará pronta, com mais ou menos atrasos, estamos geograficamente em linha com o centro da Europa. Ficaremos a pouco mais de um hora de Lisboa e de Sevilha, e a pouco menos de uma hora de Sines e de Faro.
Somos, na minha opinião, a região que reúne melhores condições na maior vantagem comparativa do País, o Turismo. Devido ao clima, às praias, ao campo, à mesa, aos vinhos, ao azeite, e porque o que não temos cá estamos muito próximos de lá chegar.
Também ninguém percebia o Alqueva, e depois dos inves-timentos que proporcionou alguém ainda tem dúvidas da im-portância para a região, ou ainda alguém pensa que os bene-fícios são só além fronteiras? E os postos de trabalho diretos e indiretos criados e o crescimento que as empresas de produtos e serviços tiveram por essa via?
A importância do aeroporto é enorme para a região. Os alemães já perceberam, os ingleses também, só faltam os nos-sos decisores perceberem, mas isso chegará quando se aperce-berem do que poderão vir a lucrar. O investimento que foi feito no aeroporto é absolutamente irrisório quando comparado a outros e os seus custos de exploração serão significativamente baixos e interessarão às companhias de low cost à semelhança do que se passa no resto da Europa.
Assim estejamos todos do mesmo lado, defendendo os interesses da região, que no fundo são os interesses de cada um de nós. Dito assim, pode ser que mais alguns se juntem a nós…
Os gregos não são a Grécia. Nem sequer gregos são: cada grego é um indivíduo, como o é qualquer português ou alemão. Os nossos bancos não somos nós. Os nossos gover-nos não somos nós. A União Europeia não somos nós todos juntos. Era o que faltava que agora pusessem os povos uns contra os outros: os alemães não têm culpa. Nós também não. Só alguns. Miguel Esteves Cardoso, “Público”, 9 de novembro de 2011
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O setor da construção civil está a passar por dificuldades nunca vistas. Em média, há três empresas que fecham diariamente.
E muitas delas deixam graves sequelas na região. É o caso da CONSTRUSAN que entrou em processo de insolvência e abandonou a meio a construção de novos lares em Beja e Almodôvar. PB
O SÃO MARTINHO está aí á porta. Talvez este ano o santo não traga consigo o seu verão. Os produtores do vinho tradicional, feito em
potes de barro, até preferem o tal friozinho que lhes coze e antecipa o vinho. Que, pelos vistos, pelo menos para os lados de Vila de Frades, é bom e em abundante quantidade. PB
EfemérideHá 50 anos“Piratas” lançampanfletos sobre Beja
“Um avião da TAP, sob intimida-ção de seis passageiros, voou no Sul de Portugal a lançar pan-
fletos contra o Governo da Nação”, titulava na primeira página o “Diário do Alentejo” de 10 de novembro de 1961. E noticiava:
“Esta manhã, próximo das 11 horas, um avião da T.A.P. que, em carreira regular, sa-íra de Tânger com destino a Lisboa, sofreu um insólito e condenável atentado, que obe-deceu a descontroladas paixões políticas.
Segundo nos foi dado saber e é confir-mado pelo serviço informativo da Emissora Nacional, quando o aparelho, um quadri-motor, voava já próximo de Lisboa, 6 dos seus 18 passageiros, armados de pistolas, do-minaram, de surpresa, a equipa de pilota-gem e a restante tripulação, ordenando que o aparelho fizesse várias evoluções sobre a capital mas não demandando o aeroporto. Sobre aquela cidade foram então lançados milhares de panfletos, assinados pelo ex-ca-pitão Henrique Galvão e com violentos ata-ques ao Governo português. O ‘avião-pirata’ tomou depois o rumo do Sul, lançando tam-bém panfletos sobre Beja, Faro e outras lo-calidades. Cerca das 13,30, aterrava normal-mente em Tânger.
Logo que o País teve conhecimento do estranho e condenável acontecimento, foram dirigidas ao Governo numerosíssimas afir-mações de solidariedade e, ao mesmo tempo, de veemente protesto contra mais este acto cometido por Henrique Galvão, semelhante, no seu processo, ao do tão tristemente céle-bre assalto ao paquete ‘Santa Maria’.
O avião chegou ao aeroporto de Lisboa, pelas 16,30 horas, com a sua tripulação nor-mal e os 12 passageiros que não tomaram parte no assalto.
As autoridades procederam imediata-mente aos primeiros interrogatórios”.
Na edição do dia seguinte, o vespertino bejense retomava, agora em apenas nove li-nhas, a informação sobre “O caso do assalto ao avião da carreira Casblanca-Lisboa”:
“Estão agora conhecidos todos os por-menores do assalto operado no avião dos Transportes Aéreos Portugueses da car-reira Casablanca, que, como ontem noticiá-mos, lançou milhares de panfletos contra o Governo da Nação em Lisboa, Beja, Faro e outras localidades do Sul do País”.
Infelizmente, o jornal não esclare-cia os pormenores. Mas lembrava, nou-tro texto, que se realizava no dia seguinte, um domingo, “a eleição para deputados à Assembleia Nacional” fascista. Em Beja con-corria uma lista única, da União Nacional, da qual faziam parte “os srs. dr. António de Menezes Soares, Francisco António da Silva, dr. Francisco Lopes Vasques e dr. Quirino dos Santos Mealha”.
Carlos Lopes Pereira
Olho para estes governantes e, angustiado, recordo a solução que no passado a Europa sempre encontrou quando o poder político não sabia o que fazer: a guerra. Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 8 de novembro de 2011
Cartas ao diretorJosé Moedas
Joaquim Manuel “Triana” Beja
Os meus cumprimentos, sr. Carlos Lopes Pereira
Sou o Joaquim Manuel “Triana”.Agradeço-lhe do coração ter editado no “Diário do Alentejo” a minha carta que enviei para o sr. Moedas, jorna-lista do “Diário do Alentejo”, 50 anos depois.
Sim, há 50 anos, no ano de 1961, em Angola, recordava com saudade a minha cidade de Beja, os meus ami-gos, toda a gente. Sim, passei ao lado de uma carreira, que gostava de ter se-guido, matador de toiros.
Fui para a tropa em 1960, mobili-zado em maio de 1961 para a guerra colonial em Angola. Quase cinco anos de tropa, de guerra, foi muito tempo. Regressei em novembro de 1963 e as faculdades físicas já não me permi-tiam que continuasse o meu sonho, o de ser toureiro. Antes de ir para a tropa estive na escola de toureiro, no Setor 1, em Lisboa, mas ainda antes te ter vindo para a capital tive os pri-meiros ensinamentos de toureio em Beja. Toureei na praça de Touros de Moura, em setembro de 1959, Alcácer do Sal, Portalegre, Abiúl, Sobral de Montagraço, em Angola, em Malange, em setembro de 1962. Em maio de 1964, o sr. Moedas, sabendo do meu regresso, tinha preparada uma novi-lhada em minha homenagem na Feira de Maio, para passar a novilheiro pro-fissional, corrida esta que não teve lu-gar devido à minha condição física e de saúde. Toureava em cartaz o cava-leiro dr. Amado Aguilar, Mira Coroa, a pé Jorge Marques, irmão do mata-dor Joaquim Marques, e eu Joaquim “Triana”, oito toiros da Ganadaria José Batista Crujo, acompanhados pe-los Forcados de Moura. Agradeci a toda a organização por detrás desta corrida, principalmente ao “Diário do Alentejo”, que sempre me deu apoio, principalmente o sr. Moedas, que já não está connosco.
A verdade da mentira
José Fernando Batista Aljustrel
Uma das mentiras mais repetidas que ouvimos no dia a dia da vida po-lítica é a de que os portugueses traba-lham pouco. Pura mentira. Os traba-lhadores cumprem horários dos mais extensos da Europa. Na administra-ção pública são é mal dirigidos pelos
boys partidários, na sua maioria au-tênticos caciques, habilidosos organi-zadores de campanhas, mas péssimos gestores e condutores de homens. Nas empresas privadas que vivem à custa do Estado há uma espécie de contágio, derivado à influência que este (Estado) tem naquelas (empresas). Com uma caldeirada destas a produtividade só pode ser um fracasso.
Perante esta realidade, há ainda o facto de, ao contrário dos países mais produtivos, não há o hábito das em-presas estimularem os trabalhado-res. Os empresários portugueses es-tão mais preocupados em fugir aos impostos, hostilizar os trabalhadores e fazê-los trabalhar mais horas, de que os estimular e responsabilizar na ges-tão das empresas. (A Autoeuropa, em-presa gerida por alemães e sediada em Portugal, tem funcionado com este método e o êxito tem sido total).
Portanto, estas mentiras servem apenas para disfarçar a incapacidade dos políticos e dos empresários portu-gueses. Haja coragem para alterar esta situação e arranjar gente séria e com-petente antes que o barco afunde de vez. Porca miséria.
Praxe e álcool Pedro Batista Évora
(…) Fui testemunha de situações em que os senhores estudantes incentiva-ram a bebida mesmo a quem não que-ria beber, também presenciei situa-ções dos senhores estudantes aflitos com pessoas inconscientes pelo álcool que lhes tinham oferecido.
Fora estas situações, tenho conhe-cimento direto de pessoas que foram violadas por estarem indefesas pe-rante o efeito do álcool, pessoas que foram vítimas de acidentes de via-ção, entre outros por estas situações, mas penso que por vergonha dos in-tervenientes estão situações ficam um pouco “abafadas”.
Os senhores estudantes devem ze-lar pelos novos alunos, que muitas ve-zes não acompanham às suas residên-cias durante a madrugada e estes têm de ir sozinhos, por vezes, depois de terem sido praticamente retirados à “força” de casa, mesmo que tenham aulas no dia seguinte às 8 horas da manhã.
Espero que isto dê que pensar a to-dos os intervenientes envolvidos, para que as pessoas não tenham que preju-dicar ninguém, nem passar por más experiências para terem que mudar de atitude.
Efeméride11 de novembro de 1918
Assinaturado Armistícioque põe fimà 1.ª Guerra Mundial
A notícia do armistício chegou célere a Beja. E assim que foi do conhecimento da cidade a
suspensão das hostilidades por força da assinatura do armistício, o que ocorreu às cinco horas do dia 11 de novembro de 1918, logo, em Beja, um grupo de sócios da Sociedade Recreativa Artística Bejense organi-zou uma manifestação de júbilo, uma “marche aux f lambeaux”, como re-fere a imprensa da época, pelo fim da guerra. Portanto, uma enorme massa de povo saiu à rua, com entusiasmo, tendo à frente a f ilarmónica União Capricho e, assim, dando vivas ao exército, aos aliados, às nações vito-riosas, à Pátria e à República percor-reu as principais ruas de Beja.
À noite, novo cortejo se organi-zou que, depois de voltar a percor-rer as artérias da cidade, se veio a concentrar na praça da República onde de uma das janelas da Câmara Municipal falaram à multidão o pre-sidente da Comissão Administrativa da edilidade, José Dias Rosa, Manuel Duarte Laranjo Gomes Palma, Santos Ferro e Gonçalves Correia, os quais saudaram as nações vitoriosas.
O curioso desta situação prende--se com o facto de Gonçalves Correia, anarquista de raiz tolstoiana e fun-dador da Comuna da Luz, em 1917, na herdade das Fornalhas Velhas, Vale de Santiago, ter sido poucos dias depois preso em Beja, mais con-cretamente a 29 de novembro, e en-viado para a prisão do Limoeiro com a acusação de ser um dos organiza-dores, em Vale de Santiago, da greve geral decretada pela União Nacional, que se desenvolveu de 18 a 22 de no-vembro de 1918, e um dos impulsio-nadores dos assaltos aos celeiros dos lavradores que aqui ocorreram.
Ainda no âmbito das comemora-ções da assinatura do Armistício, em Beja, dia 14 de novembro, segundo a imprensa da época, foi distribu-ído um bodo a 1 050 pobres das qua-tro freguesias da cidade o qual cons-tava de 500 gramas de carne de vaca, 100 gramas de toucinho, 250 gra-mas de arroz, 1 quilo de pão de trigo, meio litro de vinho e 20 centavos em dinheiro. A iniciativa do bodo par-tiu do governo civil e a distribui-ção destes géneros, adquiridos atra-vés duma subscrição pública, foi feita pelas juntas de paróquia das quatro freguesias.
Constantino Piçarra
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❝“José Agostinho de Macedo, natural de Beja, onde nasceu a 11 de Setembro de 1762 [aliás 1761] filho de
Francisco José Teixeira e de Angelica Freire de Andrade; o pae foi prateleiro, e a mãe era illustre, mas
pobre; é prégador de Officio, come sem dever cinco reis; falla sempre verdade, dorme sem remorso
de crime algum; ralha e ralhará sempre, porque tem a mania de amar sinceramente este Reino.
José Agostinho de Macedo (Elmiro Tagídeo). – Nasceu em Beja em 11 de Setembro de 1761, na época em que o absolutismo pombalino estava no seu esplendor, e faleceu em 1831, quando o re-gime liberal, que ele combatera polemica mente, se implantava em Portugal pela força das armas, pelo exército formado na emigração. Lutou sem-pre; fizeram-no pro fessar aos dezassete anos no mosteiro dos frades da Graça, mas a sua moci-dade impetuosa e talento natural o lançaram na
indisciplina, sofrendo as torturas do cárcere penitencial e por fim a expulsão por díscolo. Por uma vasta leitura adquiriu essa erudição enciclopédica, viciada pelo seu teologismo, e sem uma ideia filosó-fica, a retórica foi a exibição exterior com que se tornou um prega-dor inesgotável, e ardente polemista acirrado pela vaidade pessoal, e temível pelo vocabulário adqui rido na adolescência plebeia. Como orador, como poeta e como escritor doutrinário é exclusivamente retórico, declamador, exa gerando as paixões, que as facções reaccio-nárias exploraram, lisonjeando-o. No fim da sua vida de luta, disse de si: Eu não fui mais do que um escritor com imaginação.
Tendo professado no mosteiro da Graça em 1778, ao fim de doze anos de revolta contra a disciplina claustral, foi expulso sole-nemente da comunidade em 18 de Fevereiro de 1792. Passou en-tão a presbítero secular, fazendo da prédica o seu ganha-pão, vindo a ser nomeado pregador régio em 1802. Acompanhou a revolução de 1820, tendo sido eleito deputado às cortes cons tituintes, pondo-se desde 1823 até à sua morte ao serviço da reacção absolutista. A sua vida literária foi uma constante e virulenta polémica pessoal, dando largas aos sentimentos mais desumanos e à linguagem mais abjecta. O seu orgulho pessoal levou-o a pretender acabar com a glória de Camões, elaborando em 1811 o poema O Gama, para su-plantar os Lusíadas; três anos depois refundiu este acervo de oita-vas retóricas acrescen tando aos dez mais dois cantos, com o título mais sonoro O Oriente. O padre em um longo prólogo fez-se o eco da crítica de Voltaire no Ensaio sobre a Poesia épica.
As falsas ideias sobre poesia levaram-no para imitar esse en-fadonho naturalismo didáctico-clássico dos sempre deslavados Delille, Chenedollé, Esmenard, Lebrun, Luce de Lancival, Cam-penon, que eram lidos e apregoados pelos que cultivavam as Ciência Naturais. José Agostinho seguiu esta corrente, no seu poema di-dáctico Newton, e na Viagem estática ao Templo da Sabedoria. Em 1812 as paixões políticas fizeram-lhe escrever um poema herói-có-mico Os Burros, emendado e adaptado às novas crises políticas do constitucionalismo. D. Miguel nomeou-o Cronista-mor do reino, em 1830, exerceu a Censura literária oficial, e morreu quando triunfou no cerco do Porto o regime representativo.
Entre os espíritos superiores do fim do século XVIII que as-piravam à transformação de uma nova época social, este escritor pôs o seu talento ao serviço da retrogradação, dando à propaganda odiosa a impetuosidade do seu temperamento pletórico, em que a sinceridade das ideias era suprida pela into lerância das afirma-ções. Foi por isso rancorosamente odiado pelos que serviam a cor-rente progressiva do século XIX, e fanaticamente divinizado pe-los que lutavam pela estabilidade do regime absolutista. Torna-se difícil a apreciação desta individualidade, cuja biografia é reche-ada de factos vergonhosos, pondo em relevo um carácter baixo, uma inteligência superficial, uma moralidade afrontosa; mas esse
temperamento impetuoso é o próprio a reconhecer os seus defei-tos, a amesquinhar o seu orgulho, e a confessar a simpatia que o animava quando os ódios da ocasião o não empolgavam. Em José Agostinho veri fica-se este grande princípio de Maudsley, na Patologia do Espí rito: “Na etiologia das desordens mentais, as inves-tigações devem fazer-se sob o ponto de vista social”. Macedo nasceu em Beja, em 11 de Setembro de 1761 e faleceu em Pedrouços, em 2 de Outubro de 1831, quase nos últimos arrancos do governo abso-lutista de D. Miguel. Entre estas datas compreen dem-se profundos abalos sociais, que se reflectiram na sua orga nização e desenvolvi-mento individual. Foi gerado ainda sob a emoção do terremoto de 1755 e sob o terror pombalino das prisões de estado e execuções tremendas; criado sob o regime da loucura de D. Maria I e da bo-çalidade do Príncipe Regente, quando o Intendente Manique rea-gia canibalmente contra a entrada das Ideias francesas. Bastava o grande facto da Revo lução de 1789 para desorientar o cérebro da pobre criança feita frade graciano por vontade régia. A invasão na-poleónica e a fuga de D. João VI para o Brasil quebraram-lhe todo o equilíbrio da disciplina de costumes; a estupidez da Regência e o despotismo militar de Beresford em contraste com a Revo lução de 1820 que vindicava a independência nacional, fize ram-no pen-der momentaneamente para as ideias liberais, que ele abandonou servindo a reacção dos Apostólicos, que explorou o seu talento até ao esgotamento e morte. No meio destas cor rentes desencontra-das é que se lhe manifestaram todos os defeitos pessoais e se prati-caram os actos que constituem a sua biografia, convertendo todos os ódios que provoca em uma piedosa sim patia final. O tempera-mento de lutador expande-se nos factos decisivos da sua existência: reagindo nos seus primeiros anos contra a situação da clausura fra-desca; contra Bocage e os poetas elmanistas, que ele atacou no pri-meiro esboço do poema Os Burros; contra os sebastianistas e pe-dreiros-livres, contra a Carta constitucional e os liberais; contra os admiradores de Camões, visando principalmente Garrett, então redactor do Por tuguês. Transcrevemos aqui uma nota autobiográ-fica posta por Macedo ao poema dos Burros, em que ele próprio se incluiu:
“José Agostinho de Macedo, natural de Beja, onde nasceu a 11 de Setembro de 1762 [aliás 1761] filho de Francisco José Teixeira e de Angelica Freire de Andrade; o pae foi prateleiro, e a mãe era illustre, mas pobre; é prégador de Officio, come sem dever cinco reis; falla sempre verdade, dorme sem remorso de crime algum; ralha e ralhará sempre, porque tem a mania de amar sincera-mente este Reino. É digno de um logar n’este poema dos Burros, por se haver mettido com elles”. Por esta nota se verifica a malevo-lência dos seus críticos; do pai disseram que se chamava Tegueira e não Teixeira, que era pasteleiro; a mãe, ainda parente do ilus-tre bejense Jacinto Freire de Andrade, é acoimada de trato ilícito com o pai do desembar gador Francisco Eleutério de Faria e Melo, ajudante do Inten dente-Geral da Polícia. Inocêncio em uma có-pia das Memórias para a vida de Macedo, apontou que esse indi-víduo pagou a sua educação e o meteu a frade graciano. Estas im-putações odiosas azedaram-lhe o carácter. Nos apontamentos coligidos pelo grande admirador de Macedo Francisco de Paula Ferreira da Costa, tomamos estas linhas curiosas sobre os seus pri-meiros anos: “O pae, ourives de Beja, passou a Lisboa, onde se to-mou grande official de ourives e cravador de diamantes, e tambem em Lisboa casou com Angelica dos Seraphins Freire, natural de
Lisboa. Faleceram em Beja na rua da Capellinha, em casa propria e decente para aquelle tempo”. Sobre a entrada da pobre criança para frade, refere Ferreira da Costa:
“O P.º José Agostinho aos seis annos promettia já um talento raro, de sorte que ouvindo um sermão o repetia no dia seguinte (a substancia) com atavios seus e tão engenhosa mente, que admirou os seus ouvintes... O sermão era o prégado na festividade de S. Braz. Vendo D. Pedro III o pae do padre, pediu a este (porque quiz satis-fazer o alto empenho dos Gra cianos) para que consentisse na en-trada do filho para aquella Ordem, o que teve effeito, não obstante não serem esses os desejos do pae e do filho”.
Deste facto se explica todo o percurso da sua existência de revolta. Em 1778 professa nos Gracianos de Lisboa com o nome de Fr. José de Santo Agostinho. Na Sátira Elmiro,
conta Pato Moniz que fora reprovado em latim pelo seu mestre Fr. António de S. Luís, e depois também reprovado em filo sofia e te-ologia. (Nota 6). Não era a falta de inteligência, mas a reacção dos dezassete anos contra a apatia e estupidez claustral, que o torna-vam um cábula e um díscolo. Foi man dado para o Convento de Coimbra, onde se demorou junto do bondoso poeta brasileiro Fr. José de Santa Rita Durão, o autor do poema O Caramuru; ali adqui-riu o gosto pela poesia, conservando agradabilíssimas impressões dessa convivência lite rária. Procedendo-se à eleição do Provincial, veio José Agos tinho a Lisboa para a votação, sendo por esse tempo o começo da sua luta com os frades. Lê-se em uma nota do citado Fer reira da Costa: “foi por alguns annos residir em Coimbra. Veiu a Lisboa, e pela eleição do Provincial, faltando Orador, elle subiu ao pulpito pela primeira vez, e improvisou uma oração tão eloquente, que espantou a todos”. Bastava isto para o assaltarem as invejas fra-descas. Diz Ferreira da Costa: “Algu mas travessuras de rapaz e in-trigas fradescas, deram motivo a bastantes máos tratamentos, que recebeu dos Frades”. As tra vessuras reduziram-se ao furto de umas gulodices, e o castigo a prisão no tronco. Em 1780, foi man-dado para Braga para uma cadeira no Convento do Populo, donde fugiria em 1782, sendo sentenciado em 17 de Agosto no Convento de S. João Novo no Porto, por apostasia e roubo de livros na livraria do Populo. Sendo removido para o Convento da Graça, em Évora, por segunda sentença em 21 de Março de 1785, aí escreveu o seu Panegírico ao arcebispo Cenáculo, primeira manifestação do seu talento literário; voltando a Lisboa, mas fugindo da violenta clau-sura em que se achava, foi remetido por castigo para o convento de Torres Vedras, donde se evade. Por terceira sentença dada no con-vento da Graça, de Lisboa, em 22 de Julho de 1788, por apostasia, roubo de livraria e fuga do cárcere, meteram-no outra vez no in-pace do mosteiro; aí se dedicou à poesia começando o esboço do poema épico Desco brimento da Índia, que veio com o tempo a de-senvolver no poema O Gama, que transformou depois no Oriente. José Agos tinho recorreu para o Núncio contra a terceira sentença, em 1789, sendo em 7 de Agosto de 1790 dado acórdão contra a re-solução do Núncio. Neste ano é que se fixa a chegada de Bocage de regresso da Índia; do seu cárcere saudou-o José Agostinho, com ênfase de admirações, tornando-se pouco depois seu companheiro e comunal na vida desenvolta. Pelos documen tos oficiais que pre-cederam a sua expulsão da Ordem graciana em 1792, é que se re-compõe a vida tormentosa de anarquia moral a que o impeliram; em 1790 estava sob a alçada do Intendente Manique. O Núncio,
O poeta de Os Burros visto por Teófilo Braga (1843-1924)
José Agostinho de Macedo(1761-1831) Nos 250 anos do nascimento do escritor, em Beja
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em carta de 9 de Julho de 1791, pede ao Reitor do Convento de S. Paulo para mandar prender com o auxílio da polícia Fr. José de S. Agostinho, que fugira daquele convento onde fora depositado; por um ofício de 14 de Julho de 1791, ao juiz do crime do Bairro de Santa Catarina, sabe-se que ele furtara na Livraria dos Paulistas vá-rios livros que vendera a João Baptista Reicend, livreiro francês. E por ofício do Intendente Manique de 8 de Outubro de 1791, diri-gido ao Prior do Convento da Graça, manda-lhe entregar Fr. José de S. Agostinho, apanhado em trajos de secular e descomposto pe-las ruas. Por fim é expulso solenemente da Ordem, que era o que ele pretendia, sendo impelido para a vida airada em 1792. A predi-lecção da literatura serviu-lhe de equilíbrio, enquanto não irrom-peram outros ímpetos de vaidade pessoal; em 1793 já elaborava o poema O Gama, e fazia parte da Nova Arcádia, onde tinha o nome poético de Elmiro Tagídeo, que também usava como membro da Arcádia de Roma. Não acompanhou Bocage, quando, em 1794, Elmano rompeu com os poetas da Nova Arcádia, começando aí a muda dissidência que veio a irromper em 1801, entre os dois, por motivo da poesia didáctica. Em 1794, por breve de 27 de Fevereiro, ficou considerado como presbítero secular; seria a necessidade de manter-se em equilíbrio moral que o afastou ostensivamente de Bocage; duraram as suas relações até 1797, quando José Agostinho trabalhava na versão do poema a Tebaida de Stácio, que Bocage re-tocava, como se gaba na sátira Pena de Talião.
Sem recursos para se manter, José Agostinho lançou-se à pré-dica, fazendo disso uma indústria lucrativa; lia muito, e com uma tendência enciclopédica, adquiriu o entono de pedan-
tismo erudito, e a ênfase retórica, que tanto influiu nos seus versos. Os seus sermões eram facilmente improvisados, e com o seu tem-peramento violento exaltava-se, impressionando o audi tório. Teve ocasiões de pregar no mesmo dia cinco sermões; e essa fonte de re-ceita tornava-o independentemente orgulhoso. Em uma Epístola a Francisco Freire de Carvalho, ele próprio se ri dos seus Sermões e da armadilha que fazia aos vinténs dos saloios. Como suspenso de missa, só lhe restava a prédica; e tanto se assinalou na popula-ridade, que em 1 de Dezembro de 1802 foi nomeado pregador ré-gio. Conta Ferreira da Costa: “Por este tempo foi o P.e Macedo um açoite constante contra as extravagâncias de Jacobinos e Maçons, com os multiplicados escriptos que publicava, e por isso todos o te-miam, e procura vam escapar-se às chicotadas introduzindo-se à sua conversa cão”. Ferreira da Costa, que tanto o admirava, e que corrigiu pacientemente todos os seus escritos, escreveu em outra nota ao poema dos Burros: “Isto é segredo; mas é necessario acla-rar o sentido do verso: José Agostinho teve a fraqueza de se apai-xonar por duas freiras, ambas de Cister; a primeira extinguiu-se o fogo; ficou porém a segunda. Por muito tempo foi diaria mente a Odivellas, e o facto é que ella existe ha uns poucos de annos fóra do claustro, e a murmuração publica o argúe de viver na sua compa-nhia com o titulo de sua irmã”. A freira de Odivelas era D. Joana Tomásia de Brito Lobo de Sampaio, sendo os seus amores substi-tuídos pelos de D. Maria Cândida do Vale, que viera do convento de Cós transferida para o de Odivelas, e daí para a casa de José Agostinho, em cuja com panhia ele faleceu. O facto de serem estas duas freiras da Ordem dos Bernardos influiu na actividade polé-mica de José Agostinho, quando em 1826 os frades de Alcobaça lhe paga vam para ele escrever os folhetos da Besta esfolada, com que era combatida a Carta Constitucional. Depois destes amores frei-ráticos, e quando já D. Maria Cândida do Vale estava desfeiada por moléstia da pele, virou-se José Agostinho para uma freira trina do Convento do Rato, que o admirava, e com ela conservou uma activa correspondência desde 30 de Janeiro de 1820 até fins de 1822, em que transpira um certo idealismo (1); chamava-se ela D. Feliciana, e quando estava para falecer José Agostinho pediu para ser enterrado no Convento do Rato. As suas aventuras com mulheres constam dos documentos oficiais, como o de 12 de Junho de 1788, em que se autentica a sua man cebia com Cláudia Maria Benigna, e o de 25 de Abril de 1807 em que é denunciado ao Santo Ofício por Domingas Eberard, e pela criada do padre por nome Josefa.
Depois das terríveis sátiras trocadas com Bocage, reconci liou-se com ele à hora da morte, e fez-lhe um veemente Epi cédio; mas Pato Moniz, que desde as lutas do Botequim das Parras, nunca mais se reconciliara, espalhou que Macedo furtara à irmã de Bocage os manuscritos de Elmano, a pretexto de formar um volume em be-nefício da desvalida senhora. Em 1806 escreve Macedo o poema A Natureza, que o tribunal da Censura entendeu mandar mudar-lhe o título para A Criação, porque a palavra natureza implicava a ideia de ateísmo. José Agostinho pelo seu influxo pessoal entra nas intrigas políticas; em 1807 é empregado como polícia secreta para se descobrir a conspi ração de Mafra, pela qual D. Carlota Joaquina pretendia des tronar seu marido D. João VI. Acusam-no de ter de-nunciado o seu amigo o Dr. Sepúlveda. A publicação do poema O Gama, terminado em 27 de Março de 1811, acordou todos os ódios dos amigos e discípulos de Bocage, distinguindo-se entre todos Nuno Álvares Pereira Pato Moniz, que o ridicularizou no poema herói-cómico Agostinheida, e refutou as doutrinas de Macedo con-tra os Lusíadas, que ele tentava substituir pelo Oriente.
No ano de 1820, o ano decisivo da vida política de Portugal, Macedo, que servira a inepta regência, que emba-raçava a elevação de uma estátua a Camões, conservou-se em completo silêncio; mas em 1822 chegou a ser eleito de-putado, dando-se logo em seguida a restauração do absolu-tismo de D. João VI em 1823 por imposição dos Apostólicos de Espanha. Ele não se determinou logo na orientação polí-tica a seguir, porque em ofício para o Intendente-Geral da Polícia, se diz que José Agos tinho invectivou publicamente em 1824 o governo, e que seria conveniente mandá-lo para um convento do Minho ou do Algarve. Nomeado nesse mesmo ano de 1824 censor literário do patriarcado por in-dicação de Monsenhor Rebelo (2), tomou-se imediatamente o paladino da reacção política religiosa que irrompeu desvai-radamente desde a morte de D. João VI, com a regência da histérica Isabel Maria até ao sanguinário governo de seu ir-mão D. Miguel, que ela ajudara a implantar. José Agostinho foi um dos mais ferrenhos inimigos de Garrett, fazendo com que o cantor de Camões, como redactor do Português fosse encarcerado durante três meses no Limoeiro. Por ordem do odioso Intendente da Polícia, José Joaquim Rodrigues de Bastos, o soporífero autor da Virgem da Polónia e dos ba-nais Discursos religiosos, José Agostinho foi encarregado de intimidar a opinião pública incutindo-lhe o horror do libera lismo, identificando-o com o maçonismo, e perver-tendo a apreciação da Carta constitucional outorgada, de 1826. Assim ele preparava as vias para a revolução absolu-tista de D. Miguel e do império das forças do Cais do Tojo e da Praça Nova. A barbaridade dos actos políticos do governo de D. Miguel foi acompanhada pelo doutrinarismo violento de José Agostinho de Macedo, que era então o espírito diri-gente do partido con servador. A sua violência de frase fez re-cear o próprio poder miguelista, a ponto de na censura pré-via lhe ser embaraçada a publicação de certos números do jornal O Desengano.
D. Miguel encarregava-o de traduzir os artigos com que o defendiam os absolutistas franceses, e enco-mendava-lhe folhetos e objurgatórias contra o que es-
creviam os emigrados portu gueses no Padre Amaro e no Chaveco liberal. Chamavam-lhe então o Padre Lagosta por causa da sua face pletórica, e da sua residência do Forno do Tijolo, ele fazia frente a todos os foliculários do liberalismo. Pela sua grande influência no ânimo de D. Miguel, ele estava sempre rodeado de pretendentes, explorado na sua actividade e talento, no arrebatamento de quem se sentia com uma missão social. Combater a pedreirada, como ele chamava aos liberais e esfolar a besta, como ele deno minava a Carta outorgada, era para José Agostinho de Macedo o ideal a que votara a existência. Apesar da sua robustez hercúlea, este estado de violên-cia e de rancor moral altera ram-lhe o organismo, prostrando-o em poucos anos.
Escreve Ferreira da Costa nas citadas notas ao poema dos Burros: “desde 1825 padece grave molestia de bexiga. Primeiro dei-tou sangue e depois pedras. Tem soffrido fortes inflammações, mas tal é o seu espirito e tal a natureza da molestia, que nos intervallos dos seus ataques não deixa de escrever”. Como o único espírito pen-sante no regime miguelista, ao passo que ele foi combatido e se ia desmoronando pela selvajaria e pelos atentados diplomáticos, mais recrudesceu o trabalho polémico de José Agostinho de par com a doença. É angustioso o quadro em que nos aparece, revelado nas suas cartas, hidrópico, dor mindo à força de láudano duas horas por noite, bebendo na febre contínua chá preto, e no meio das dores da sua estran gúria, escrevendo sempre para manter as polémicas com o dou trinarismo liberal. É neste sofrimento que ele se retira da casa do Forno do Tijolo, para Pedrouços, nos arredores de Lisboa; mas nem aí o deixam. D. Miguel passa-lhe pela porta para o lisonjear, os Jesuítas recém-introduzidos em Portugal vão pedir-lhe vénia, a Pedrouços o vão buscar para os Sermões políticos. Em Pedrouços começou a ser atacado pela gota, e aflige-o a hematúria, mas o tra-balho é já de um forçado. D. Miguel nomeia-o em 1830 Cronista-mor do Reino, para atenuar o efeito de lhe pedirem moderação nos artigos da Besta esfolada; em 14 de Junho de 1831 é-lhe dada por de-creto a pensão de 300$000 réis anuais como cronista. A sua morte foi o prenúncio da derrocada do sistema absolutista. Em um ar-tigo da Gazeta de Lisboa, n.º 243, lê-se: “O Padre José Agostinho de Macedo, residente no sitio de Pedroiços, falleceu no dia dois do cor-rente Outubro (1831) depois das 11 horas da manhã, por effeito da enfermidade vesical, que havia annos padecia, complicada com a da gotta, a que no dia 17 de setembro sobrevieram sezões, prova-velmente symptomaticas, precipitando a doença a sua car reira…”. Sepultado por seu pedido na Igreja das Trinas, do Ratos, foi a chave do caixão entregue a D. Miguel, para lem brança do seu defensor. Macedo, em um relâmpago de bom-senso, confessou que não fora mais do que um homem com imaginação; que não tinha ódio pes-soal a ninguém, mas que a única coisa que lhe fazia perder a cabeça era a Carta consti tucional. Literariamente apreciado, Macedo foi um dos escritores que empregou o mais numeroso e variadís-simo vocabulário, com que enriqueceu a língua portuguesa; neste ponto de vista está a par de Vieira e de Camilo. Tinha a graça popular com toda a espontânea grosseria da chalaça; o seu estilo é fundamental mente retórico com ênfase ora da elo-quência do púlpito, ora dos versos pautados pelas normas ar-cádicas: discursa em verso nos seus poemas didácticos, e de-vaneia na crítica como censo oficial. É um vulto que sintetiza uma época, como essa deplorável regressão de 1823 a 1834, cuja compreensão está dependente da sua biografia. Inocêncio, que estudou longos anos e reuniu materiais para a Vida íntima de José Agostinho de Macedo, desde 1848 a 1863, ainda o tratou com ódio, como inimigo do liberalismo (3). A bibliografia das suas Obras é vasta, pelas suas numerosas edições, e também pe-las polémicas que provocou e que sustentou. Infelizmente não se fez ainda uma edição das suas Obras completas, e quando na Academia das Ciências se iam imprimindo os seus Inéditos, um académico em sessão da Assembleia Geral de 5 de Abril de 1900, increpou esses livros como pornográficos! Assim ficou interrompida essa valiosa publicação.
Notas do Autor:
1 Por favor de Brito Aranha, obtivemos as Cartas a Soror Feliciana, freira trina, e imprimimo-las a
expensas da Academia Real das Ciências, em 1900, nos Inéditos, de José Agostinho de Macedo. São
57 Cartas, que datam desde 1820. Revelam o estilo afectivo do polemista.
2 Obtivemos, por favor de Brito Aranha, esta colecção das Cen suras de 1824 a 1829, e publicámo-las
a expensas da Academia Real das Ciências em 1908, com um Estudo sobre a História da Censura
em Portugal.
3 Salvámos esta obra e conseguimos imprimi-la sobre três redacções incompletas, com o título
de Memórias para a vida íntima de José Agostinho de Macedo, publicada a expensas da Academia
Real das Ciências, 1 vol. in-8.° grande com XXllI-435 pág. 1908. Ajuntámos-lhe documentos da
Inquisição completando a Bibliografia, interrompida desde a notícia do Dicionário Bibliográfico.
In Teófilo Braga, História da Literatura Portuguesa. 4.º vol: As Árcades (1.ª ed., 1870-1918). Nova ed. Com prefácio de João Palma Ferreira, 1984.
Recolha Luís Amaro
Literariamente apreciado, Macedo foi um dos escritores que empregou
o mais numeroso e variadíssimo vocabulário, com que enriqueceu a
língua portuguesa; neste ponto de vista está a par de Vieira e de Camilo.
Tinha a graça popular com toda a espontânea grosseria da chalaça.
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Desporto
Campeonato Nacional de Juniores – 2.ª Divisão Série D – 9.ª jornada: Atlético-Estoril; União de Montemor-BM Almada, 2-3; Despertar - -Olhanense, 1-3; Internacional-Oeiras, 3-2; Farense-Imor tal, 2-4; Desp.Portugal-Lusitano, 3-2. Lí der: Beira Mar de Almada, 20 pontos; 10.º Despertar, 8. Próxima jornada (12/11): Oeiras --Despertar.
Campeonato Nacional de Juvenis – Série D 11.ª jornada: Barreirense-V.Setúbal, 0-6; O Elvas --Imortal, 0-0; Olhanense-Oeiras, 0,1; Odemirense - -Amora, 5-3; U.Montemor-Estoril, 0-9; Casa Pia-Cova Piedade, 4-2. Líder: Casa Pia, 27 pon-tos. 7.º Odemirense, 14. Próxima jornada (13/11): Odemirense-Estoril.
Campeonato Nacional de Iniciados – Série F – 11.ª jornada: V.Setúbal-Imortal, 2-1; Barreirense - -Juventude, 5-2; Lagos-Castrense, 0-0; Olhanense --Odeáxere, 0-2; Despertar-Lusitano, 1-0; Louletano - -Lusitano VRSA, 2-0. Líder: Olhanense, 25 pontos. 10.º Despertar, 12. 11.º Castrense, 10. Próxima jornada (13/11): Despertar-Louletano; Barreirense-Castrense.
Campeonato Distrital de Juniores – 2.ª jor-nada: Amarelejense-Vasco da Gama, 2-2; Moura - -Aljustrelense, 3-2; Odemirense-São Domingos, 3-2; Almodôvar-Desportivo de Beja, 2-4; Castrense-Piense, 4-0. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, Moura e Odemirense, 6 pontos. 4.º Castrense, Aljustrelense e São Domingos, 3. 7.º Amarelejense e Vasco da Gama, 1. 9.º Almodôvar e Piense, 0. Próxima jornada (12/11): São Domingos - -Amarelejense; Vasco da Gama-Aljustrelense; Desportivo Beja-Odemirense; Piense-Almodôvar; Moura-Castrense.
Campeonato Distrital de Iniciados – 4.ª jor-nada: Desp.Beja-Almodôvar, 2-1; Milfontes --Odemirense, 1-2; Amarelejense-Negrilhos, 7-1; Serpa-Guadiana, 4-2; Ourique-Moura, 1-5; Bairro da Conceição-Ferreirense, 0-1. Líder: Odemirense, 12 pontos. Próxima jornada (13/11): Despertar --Desportivo; Almodôvar-Odemirense; Milfontes - -Amarelejense; Negrilhos-Serpa; Guadiana --Ourique; Moura-Bairro da Conceição.
Campeonato Distrital de Infantis – Série A (7.ª jornada): Operário-Beringelense, 0-6; Bairro da Conceição-N.S.Beja, 1-6; Alvito-Despertar A, 4-7; Ferreirense-Vasco da Gama, 2-9. Líder: Despertar A, 15 pontos. Próxima Jornada (12/11): N.S.Beja-CA Operário; Despertar A-Bairro da Conceição; Vasco da Gama-Alvito. Série B (3ª Jornada): Aldenovense-São Domingos, 7-3; Serpa-Guadiana, 2-4; Despertar B-Moura,3-8; Barrancos-Piense, 7-6. Líder: Moura, 9 pon-tos. Próxima Jornada (12/11): São Domingos --Despertar B; Guadiana-Aldenovense; Moura - -Barrancos; Piense-Santo Aleixo. Série C (3.ª Jornada): Operário-Almodôvar,4-2; Milfontes - -Aljustrelense, 4-0; Boavista-Ourique, 4-4; Renascente-Odemirense, 0-9. Líder: Castrense, seis pontos. Próxima jornada (12/11): Almodôvar - -Boavista; Aljustrelense-Operário FC; Ourique --Renascente; Odemirense-Castrense.
Campeonato Distrital de Benjamins (3.ª jor-nada) Série A: N.S.Beja-Sp.Cuba, 4-4; Figueirense-Vasco Gama, 0-13; Despertar A-Ferreirense, 0-10; Alvito-Beringelense, 5-3. Líder: Ferreirense, 9 pon-tos. Próxima jornada (12/11): Cuba-Despertar A; Vasco Gama-N.S.Beja; Ferreirense-Alvito; Beringelense-CB Beja. Série B: Piense-Bairro da Conceição, 1-10; Desp.Beja -Serpa, 0-7; Guadiana --Despertar B, 0-9; Moura -Aldenovense, 1-4. Líder: Despertar B, nove pontos. Próxima jornada (12/11): Bairro da Conceição-Guadiana; Serpa-Piense; Despertar B-Moura; Aldenovense-Amarelejense. Série C: Rosairense-Odemirense, 0-8; Castrense - -Almodôvar, 3-5; Ourique-Milfontes, 4-10; Aljustrelense-Panóias, 15-0. Líder: Castrense, seis pontos. Próxima jornada (12/11): Odemirense - -Ourique; Almodôvar-Rosairense; Milfontes --Aljustrelense; Panóias-Renascente. Taça Armando Nascimento – Juvenis (1.ª jornada): Aljustrelense-Desportivo de Beja, 2-1; Boavista-Castrense, 0-3; Despertar-Aldenovense, 5-0; Moura-Sporting Cuba, 4-2. Líder: Despertar, três pontos. Próxima jornada (13/11): Desportivo Beja-Boavista; Sporting Cuba-Aljustrelense; Castrense-Despertar; Aldenovense-Moura.
Campeonato Distrital de Futebol Feminino – 3.ª jornada: Ourique-CB Castro Verde, 2-3; Aljustrelense-CB Almodôvar, 9-2; Odemirense --Serpa,1-2. Líder: Aljustrelense, 7 pontos. Próxima jornada (19/11): CB Castro Verde-Serpa; CB Almodôvar-Ourique; Aljustrelense-Odemirense.
Campeonato Distrital de Futsal – 2.ª jor-nada: IP Beja-Alcoforado,3-2; A.Surdos Beja --Almodovarense,1-12; N.S. Moura-Vila Ruiva, 7-2; Alfundão-VNSBento, 5-9. Líder: VNSBento, seis pontos. Próxima jornada (18/11): Vila Ruiva --IPBeja; Alcoforado-Almodovarense; VNSBento --N.S.Moura; A.Surdos Beja-Alfundão.
Futebol Juvenil
O Moura Atlético Clube estreou Carlos Ventura no comando téc-nico mas perdeu em Pinhal Novo e
tombou para uma zona muito ingrata e pe-rigosa da classificação. Na próxima jornada defronta um adversário direto e pode dar um salto na classificação.
“Rei morto, rei posto”. É assim no fu-tebol. Piçarra renunciou, a braços com presumíveis problemas “no balneário”, e Carlos Ventura, elemento do quadro
técnico da formação, foi promovido à equipa principal.
Mas como “Roma e Pavia não se fizeram num dia…” o resultado foi uma nova derrota da equipa mourense. Três a zero em Pinhal Novo e a queda para o nono lugar, dois de-graus acima da linha de água e apenas a um ponto do 1.º de Dezembro, que é a primeira equipa nessa zona de preocupação.
O Tourizense é o adversário que se se-gue, para uma estreia absoluta no Estádio
do Moura Atlético Clube, mas a equipa de Touriz (Tábua) vem de uma derrota por 2-0 no recinto do Torreense (que deixou seis go-los em Moura) e está um degrau acima do Moura com um ponto a mais que os alente-janos. O Moura é capaz de vencer.
Neste campeonato, Juventude e Re guen-gos estão ainda em piores lençóis e o Vendas Novas honra a região com um brilhante se-gundo lugar.
Firmino Paixão
Campeonato Nacional da 2.ª Divisão
Moura pouco aventurado
O Despertar foi goleado pelo Fabril e o Aljustrelense batido tangencial-mente pelo Quarteirense. Ambos
jogaram no seu reduto, onde seria obrigató-rio ganhar pontos.
Começa a ser tarde para as duas equi-pas do distrito encetarem a sua recupe-ração na tabela de pontos do nacional da terceira divisão. Mais uma ronda nega-tiva, com o Despertar a sofrer quatro go-los ante a formação do Fabril do Barreiro e o Mineiro Aljustrelense a sofrer nova derrota no seu campo, por uma bola a zero, mas revelando-se uma equipa sem soluções ainda que recentemente tenham
chegado novos jogadores para a forma-ção tricolor. A equipa mantém um fu-tebol muito previsível e sem imaginação para abrir o caminho para a baliza contrá-ria. No domingo o Aljustrelense viaja para Lagos, ou seja, para o terreno do líder da prova, o que não augura nada de anima-dor. O Despertar volta a jogar em casa, desta vez com o Sesimbra, e fica a expectativa de os bejenses puderem, finalmente, pontuar. A realidade não é animadora. A primeira equipa acima da linha de manutenção au-tomática já tem 13 pontos (Messinense), o Mineiro tem quatro e o Despertar está em branco. Vamos lá … FP
Campeonato Nacional da 3.ª Divisão
Um pouco mais do mesmo…
Aljustrelense As vitórias continuam sem aparecer
Carlos Ventura, treinador da equipa de
juniores do Moura Atlético Clube, foi cooptado
pela direção do clube para preencher a vaga
de técnico da equipa principal provocada
pela renúncia de Fernando Piçarra.
Ventura sucedeu
a Piçarra em Moura
Nacional 2.ª Divisão
8.ª jornada:
Pinhalnovense-Moura ...................................................... 3-0Fátima-Juventude .............................................................. 2-0 Louletano-Mafra ................................................................ 1-0 Reguengos-Caldas ............................................................. 1-0 Monsanto-Vendas Novas ................................................. 0-2 Carregado-1.º de Dezembro .............................................2-1Sertanense-Oriental ...........................................................1-2Torreense-Tourizense........................................................ 2-0 J V E D G P
Torreense 8 5 2 1 18-7 17
Fátima 8 5 1 2 11-7 16
Estrela Vendas Novas 8 5 1 2 15-6 16
Pinhalnovense 8 5 1 2 14-8 16
Oriental 8 4 3 1 12-6 15
Carregado 8 3 4 1 10-6 13
Sertanense 8 3 2 3 9-9 11
Louletano 8 3 2 3 6-7 11
Tourizense 8 2 4 2 9-9 10
Moura 8 2 3 3 9-15 9
Mafra 8 1 5 2 6-7 8
1.º Dezembro 8 2 2 4 4-7 8
Monsanto 8 1 4 3 7-12 7
Juventude Évora 8 2 1 5 6-12 7
At. Reguengos 8 1 2 5 4-15 5
Caldas 8 1 1 6 5-12 4
Próxima jornada (13/11): Pinhalnovense-Fátima; Juventude -
-Louletano; Mafra-Reguengos; Caldas-Monsanto; Vendas No-
vas-Carregado; 1.º de Dezembro-Sertanense; Oriental-Torre-
ense; Moura-Tourizanense.
Nacional 3.ª Divisão
8.ª jornada
Despertar-Fabril ................................................................. 1-4Sesimbra-Lagos ...................................................................1-2Aljus tre lense-Quarteirense ..............................................0-1Lagoa-Pescadores ............................................................. 0-0Redondense-U.Montemor ...............................................0-1Messi nense-Farense .......................................................... 1-4 J V E D G P
Esp. Lagos 8 6 1 1 20-6 19
Farense 8 5 3 0 18-8 18
Fabril Barreiro 8 5 0 3 16-10 15
Pescadores 8 4 2 2 10-7 14
Quarteirense 8 4 1 3 11-10 13
Messinense 8 4 1 3 8-8 13
Sesimbra 8 3 3 2 11-10 12
U. Montemor 8 4 0 4 8-7 12
Lagoa 8 2 3 3 4-8 9
Redondense 8 2 1 5 10-13 7
Aljustrelense 8 1 1 6 6-13 4
Despertar SC 8 0 0 8 3-25 0
Próxima jornada (13/11): Despertar-Sesimbra; Lagos-Al-
justrelense; Quarteirense-Lagoa; Pescadores-Redon dense;
U.Montemor-Messinense; Fabril-Farense.
Distrital 1.ª Divisão
7.ª jornada
Vasco da Gama-Milfontes .................................................3-2 Guadiana-Almo dô var ....................................................... 2-6Panóias-Serpa ..................................................................... 4-0Castrense-São Marcos ....................................................... 5-0Rosairense-Aldenovense ..................................................0-1Odemirense-Desportivo de Beja ....................................1-1Sporting de Cuba-Ferreirense .........................................1-2 J V E D G P
Castrense 7 6 1 0 22-3 19
Aldenovense 7 5 0 2 11-6 15
Milfontes 7 4 1 2 20-10 13
Ferreirense 7 4 1 2 12-10 13
Odemirense 7 4 1 2 14-7 13
Rosairense 7 3 2 2 9-8 11
Panoias 7 3 2 2 10-11 11
Desp.Beja 7 2 3 2 9-9 9
FC Serpa 7 2 3 2 5-8 9
Vasco da Gama 7 3 0 4 14-12 9
Almodôvar 7 1 2 4 13-14 5
Sp. Cuba 7 1 1 5 9-16 4
S.Marcos 7 1 1 5 6-20 4
Guadiana 7 1 0 6 8-28 3
Pró xima jornada (13/11): Milfontes-Sporting de Cuba; Almo-
dôvar-Vasco da Gama; Ser pa-Guadiana; São Marcos-Panoias;
Aldeno vense-Castrense; Desportivo de Beja-Rosairense;
Ferreirense-Odemirense.
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Carlos Alberto Matos
Agatão “Palico”
Foi um dos “pontas de lança” mais temidos do seu tempo. Ao excelente
porte físico aliava um remate potente e um excelente posicio-namento no coração da área. Esteve ligado aos melhores mo-mentos do Desportivo de Beja, clube que representou antes de rumar a Angola para vestir a ca-misola do Benfica de Lubango. Terminou a sua carreira de jo-gador no Ferreirense e enve-redou pela área técnica, re-gressando nessa qualidade ao Desportivo de Beja. No seu vasto e rico currículo de treinador, orientou também clubes como o Serpa, Aljustrelense, Sporting Ferreirense, Desportivo da Ne-ves, Sporting Figueirense, Ode-mirense e Vasco da Gama da Vi-di gueira. Hoje, com 65 anos e sem atividade desportiva, deixa o seu vaticínio para os jogos do fim de semana.
(1) MILFONTES/SPORTING DE CUBAA interessante carreira que o Milfontes tem feito neste campeo-nato, e o reconhecimento do grande valor do seu plantel, justificam o meu favoritismo.
(1) ALMODÔVAR/VASCO DA GAMAO Desportivo de Almodôvar é uma equipa muito aguerrida e difícil de derrotar no seu campo. Está a recu-perar dos maus resultados do início de época e é favorita.
(1) SERPA/GUADIANA O Serpa tem um plantel experiente e tem pela frente um adversário que lhe permitirá fazer esquecer a der-rota pesada que sofreu no último domingo em Panoias.
(X) S. MARCOS/PANOIAS Estamos em presença de duas equi-pas muito semelhantes no valor e nos objetivos, pelo que o empate virá ao encontro dos anseios de ambos.
(X) ALDENOVENSE/CASTRENSEO Aldenovense está bem reforçado, é uma equipa muito equilibrada e será bem capaz de bater o pé ao Castrense, líder do campeonato e favorito à conquista do título.
(1) DESPORTIVO DE BEJA/ROSAI-RENSEMesmo em tempo de crise diretiva, fator que pode afetar o plantel, o Desportivo de Beja tem sempre ar-gumentos para vencer a formação do Rosário.
(X) FERREIRENSE/ODEMIRENSE São equipas que têm nos seus plan-téis jogadores com um valor acima da média. Não me surpreende a vi-tória de qualquer delas, mas o em-pate é o desfecho mais provável.
Hoje palpito eu...
Abundância de golos numa jor-nada em que o líder cumpriu e o Aldenovense chegou ao segundo lu-
gar. O Serpa tropeçou em Panoias e as equi-pas do Mira perderam pontos. No domingo há jogo grande na “Aldeia”.
Vinte e oito golos marcados, média de quatro por cada jogo, com destaque para as goleadas do Almodôvar, Castrense e Panoias. Reviravolta no marcador no jogo da Vidigueira rende cinco tentos, mas três
equipas ficaram em branco. Os coman-dados de Carlos Guerreiro venceram no Rosário e alcançaram o segundo posto da tabela, beneficiando da perda de pontos do Milfontes, Odemirense e Serpa. Vitória fol-gada da equipa de Panoias, com os coman-dados de Careca a deixar os cabelos em pé aos serpentinos.
O Desportivo de Beja conseguiu um ponto precioso em Odemira e o Ferreirense ganhou em Cuba. O castrense lidera e
aumentou a margem para o segundo clas-sificado, assistindo tranquilamente às esca-ramuças no pelotão de perseguidores.
No domingo joga-se mais uma ronda, com jogos de grande interesse de onde so-bressai a visita do Castrense ao recinto dos “guerreiros” de Vila Nova de São Bento. Mas espera-se outro tipo de emoções em Beja, com a visita do Rosairense, e em Ferreira, onde atua o Odemirense.
Firmino Paixão
Campeonato Distrital da 1.ª Divisão
Os “guerreiros” de Vila Nova
Uma jornada interessante. O líder marcou passo e a luta pelo segundo lugar aqueceu. O Barrancos ganhou
o primeiro ponto deixando o Negrilhos so-zinho no fundo da tabela.
Surpreendido em casa pela formação da Amareleja o Cabeça Gorda deixou esca-par mais dois pontos. Ainda é líder isolado, mas com uma vantagem cada vez mais es-cassa. Valeu a goleada que o Piense im-pôs ao Renascente e o empate do Bairro da Conceição em Saboia, para que o Ferrobico se mantenha sozinho na frente da classifica-ção. Uma ronda com três empates, sobressai o ponto conquistado pelo Barrancos, duas
vitórias fora de casa e o Piense, jogando em casa, foi a única equipa que venceu no seu campo e de forma, com um categórico quatro a zero à formação de São Teotónio, sendo que tem menos um jogo que os outros parceiros de topo. A perseguição ao líder agora é feita a três, mas realça-se que entre o primeiro e o sétimo postos existe apenas uma diferença de quatro pontos. O campeonato está emo-tivo. Na ronda de amanhã, entre os primei-ros quatro da tabela, o Bairro da Conceição é o único a jogar em casa (o Renascente des-cansa) e, sendo favorito, pode igualmente ga-nhar pontos noutros campos.
Resultados da 6.ª jornada: Sanlui zense-
-Messejanense, 0-1; Barrancos-Alvorada, 2-2; Cabeça Gorda-Amarelejense, 1-1; Saboia-Bairro da Conceição, 1-1; Negrilhos - -Ourique, 1-2; Piense-Renascente, 4-0. Folgou o Vale de Vargo. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 14 pontos. 2.º Piense, Bairro da Conceição e Renascente, 12. 5.º Messejanense, Ourique e Amarelejense, 10. 8.º Alvorada, 8. 9.º Saboia, 7. 10.º Sanluizense, 4; 11.º Vale de Vargo e Barrancos, 1. 13.º Negrilhos, 0. Próxima jornada (12/11):Vale de Vargo - -Sanluizense; Messejanense-Barrancos; Alvorada-Cabeça Gorda; Amarelejense --Saboia; Bº Conceição-Negrilhos; Ourique--Piense. Folga o Renascente. FP
Campeonato Distrital da 2.ª Divisão
Piense goleou e já é segundo
Cabeça Gorda Ferrobico lidera distrital da 2.ª divisão
Disputa-se amanhã, sábado, a primeira jornada da Taça
Distrito de Beja em Futebol Feminino, com a realização
dos seguintes jogos: Odemirense-Serpa; Casa do Benfica
de Castro Verde-Casa do Benfica de Almodôvar e
Aljustrelense-Ourique. Os jogos iniciam-se às 15 horas.
Taça de futebol
feminino amanhã
A.F.Beja altera calendário A 11.ª jornada do Distrital da 1.ª Divisão foi antecipada de 8 de dezembro para o próxima dia 20, face à não realização do Torneio Inter-Regional Eusébio, na categoria de Sub/20, inicial-mente agendado para os dias 19 e 20 do corrente mês.
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Com oito jogos já disputados no venturoso regresso à III Divisão nacional – época 2011/12 – o Despertar regista outras tantas derrotas, sendo que numa análise profícua à conduta dos despertarianos nesta campanha, o seu querer e vontade são armas insuficientes para ultrapassar adversários que se apresentam em campo com outros adubos que fazem fulgir sementes diametralmente opostas àquelas que os responsáveis do histórico clube atempadamente programaram. Olhando a atual realidade, o Despertar, à oitava jornada, é o lanterna vermelho da série F, marcou apenas três golos e sofreu 25. Um pecúlio deveras espinhoso para uma agremiação desportiva que soube sempre dignificar a sua imagem nas competições onde justamente participou.É certo que a formação do atual plantel não se apresentou fácil. As escolhas obedeceram a princípios que se enquadraram com a exatidão financeira disponível. Jogou-se com cuidados contemporizados. Recordo que na pré --época falou-se sobre a desistência do Despertar do campeonato nacional da III divisão. Mediram-se os prós e os contras e os dirigentes assumiram a participação da equipa nos nacionais. É evidente que perante a realidade constatada, a que se juntou o esvaziar de pedras básicas do anterior plantel, tudo se complicou. Recordo com a ligeireza que o meu conhecimento impõe, que o Despertar foi, e é, uma referência que marcou indubitavelmente o fenómeno futebolístico bejense na área da formação. Das suas hostes saíram atletas para clubes de grande dimensão nacional. Hoje, mandam os anais da história que não assumamos unilateralmente esse condão ao fazermos somente eco do número de atletas movimentado ao longo da época, sabendo-se que muitos deles não são utilizados em competições oficiais, sendo que clubes existem que muito reclamam as benevolências do velhinho rasga. É hora para saímos do casulo, observarmos os contextos deparados e concluirmos se esta é, afinal, a razão que nos rodeia. Força, Despertar!
Despertar SCJosé Saúde
III Escalada de São Gens em Serpa
Papacinza e trepa montanhas
Taça Fundação Inatel Agenda da 3.ª jornada Série A – 12/11/11 Cercalense-Cavaleiro, Malavado-C. Redondo, Soneguense --Longueira. Série B – 13/11/11 Santaclarense-Nave Redonda, Perei-rense-Garvão, Amoreiras-Relíquias, Luzianes-Colense. Série C – 12/11/11 S.Vitória-Figueirense, Penedo Gordo-S.Matias, Mom-
be ja-Faro Alentejo, Beringelense-Jungeiros. Série D – 12/11/11Louredense-Neves, Sobral D’Adiça-Brinches, Quintos-Ficalho, Serpense-Salvadense. Série E – 12/11/11 Sanjoanense-S.Clara Nova, Trindade-Sete, Albernoense-Alcariense, A.Fernandes-Almo-dovarense.
O atleta Carlos Papacinza, do Clube Natureza de Alvito, ven-ceu a III Escalada de São Gens, em Serpa, e conquistou o seu terceiro título distrital de mon-tanha. No setor feminino bri-lhou a odemirense Ana Rita Candeias.
Texto e foto Firmino Paixão
Com a participação de cerca de centena e meia de atle-tas de vários escalões, reali-
zou-se em Serpa a terceira edição da Escalada de São Gens, prova coinci-dente com o Campeonato Distrital de Montanha. Carlos Papacinza, um dia-mante do atletismo regional lapidado por Joaquim Patrício na “joalharia” do Clube Natureza de Alvito, venceu categoricamente, garantindo o tempo de 27.19,9’ para os 7 600 metros de prova, menos de 13 segundos que o jú-nior colega de equipa João Figueiredo.
De resto, nos primeiros 10 luga-res da classificação absoluta da es-calada o Clube Natureza de Alvito conseguiu metade das posições. No
setor feminino a vitória pertenceu a Ana Catarina Dias, atleta do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira. No final da prova, e depois de vir-tualmente consagrado pelo Abade Correia da Serra, em cuja avenida es-tava traçado o risco de meta, Carlos Papacinza revelou: “A prova correu - -me muito bem, é um percurso muito exigente em que é preciso dosear bem o esforço e foi com isso que me preo-cupei”. E acrescentou: “Estava con-fiante na vitória, geri bem a parte mais dura que é a rampa para São Gens, por-que sabia que na parte final tinha que estar forte para assegurar o triunfo”. O atleta sublinhou ainda: “Foi o meu ter-ceiro título de montanha, ganhei dois aqui em Serpa e o terceiro na Escalada do Mendro”. Falando sobre os ob-jetivos da temporada, o atleta disse: “Uma boa prestação no nacional de crosse curto e pelo nacional de corta mato, mas quero igualmente fazer al-gumas marcas interessantes em pista (3 000 e 5 000 metros)”.
A competição foi organizada pela Câmara Municipal de Serpa em par-ceria com a Associação de Atletismo
de Beja e o apoio das juntas de fregue-sia de Salvador e Santa Maria.
Resultados: Benjamins A – mas-culinos: 1.º Pedro Pereira (Castrense); femininos: 1.ª Matilde Trindade (CNAlvito). Benjamins B – masculi-nos: 1.º Diogo Conceição (CNAlvito); femininos: 1.ª Beatriz São Pedro (Castrense). Infantis – masculinos: 1.º João Silva (NarMessejana); femininos: 1.ª Ana Braga (BejaAC). Ini ciados – masculinos: 1.º José Moço (CNAlvito); femininos: 1.ª Maria Rosário Silva (NarMessejana). Ju ve nis – masculinos: 1.º Mussa Djau (BejaAC); femininos: 1.ª Ana Cata rina Dias (NDCOdemira). Junio res – masculinos: 1.º João Figuei-redo (CNAlvito); femininos: 1.ª Rita Guerreiro (NDCOdemira). Se ni-ores femininos: 1.ª Ângela Sil vério (CNAlvito). Veteranos A: 1.º Fernando Santos (CNAlvito). Vete ra nos B: 1.º José Afonso (Piense). Vete ranos C: 1.º Marcolino Batista (JDNeves). Seniores masculinos: 1.º Carlos Papacinza (CNAlvito); 2.º Cel so Graciano (BejaAC); 3.º João Cruz (BejaAC); 4.º Nuno Patrício (CNAlvito); e 5.º José Ventura (BejaAC).Carlos Papacinza, o vencedor
A 2.ª jornada da Taça Distrito de Beja, em futsal, começa
a disputar-se esta noite (pelas 21 horas) com o jogo
entre o Núcleo Sportinguista de Moura e o Instituto
Politécnico de Beja e completa-se amanhã (pelas 19
horas) com a partida ente o Alcoforado e o Alfundão.
Taça distrito em futsal
começa hoje à noite
A Associação Juvenil Pagaia Sul vai candidatar Beja para a criação de um centro de estágio de kayak-pólo e fi-xar na cidade uma etapa no campeo-nato nacional da modalidade.
Texto e foto Firmino Paixão
A qualidade e o desenho do tanque da piscina olímpica da cidade de Beja, a localização geográfica e o
clima da região são argumentos funda-mentais para suporte de uma candidatura para a criação em Beja de um centro de es-tágio de kayak-pólo e para acolher, anu-almente, uma das etapas do campeonato nacional da modalidade.
A notícia foi avançada ao “Diário do Alentejo” por Paulo Remechido, dirigente da Associação Juvenil Pagaia Sul, que ex-plica: “A ideia da criação do centro de es-tágio surgiu porque no sul do País não existe nenhum, temos apenas um em Montemor-o-Velho, que é o Centro de Alto Rendimento de Canoagem, mas a Federação pretende criar um para o kayak - -pólo e como nós temos as infraestruturas dependerá apenas da nossa capacidade e das parcerias que conseguirmos”.
O dirigente pormenorizou: “Temos que dar um segundo passo que é manifestar a nossa intenção de receber o centro. Temos infraestruturas, temos que estabelecer uma parceria com a Câmara Municipal de Beja e depois passar à concretização. Será sempre uma mais-valia para a utilização da piscina, desde que seja garantida a sua disponibilidade durante o inverno, e o es-paço acaba por ser dinamizado em vez de estar fechado e ao abandono”.
Paulo Remechido sublinhou também a oportunidade de se realizar em Beja anual-mente uma das etapas do campeonato na-cional, facto a que não será alheio o mérito da Pagaia Sul que, na época passada, conse-guiu um brilhante terceiro lugar na primeira divisão nacional: “Temos a hipótese de rea-lizar aqui uma das fases do campeonato na-cional, teremos apenas que nos candidatar, o que ainda não tinha acontecido porque não tínhamos a garantia da Câmara de Beja de que a piscina olímpica se manteria dis-ponível durante a época de inverno, anda-mos nisto há sete anos e não íamos avan-çar”. O dirigente adiantou que a Federação solicitou à associação que enviasse a candi-datura, pelo que vão fazê-lo, “o que acaba por ser interessante para a cidade”.
A Associação Pagaia Sul nasceu em 2004 como valor residual do movimento que pretendeu organizar em Beja o Mundial de Kayak-Pólo de 1998, evento que acabou por ser desviado para Aveiro. “As sementes germinaram e surgiu a Pagaia Sul criada por jovens que gostavam deste desporto, e cujo financiamento principal passa pela exploração do espaço de restauração Cais da Planície, existente no parque da Cidade de Beja”, explica Remechido.
À existência de boas infraestruturas e de uma forte dinâmica estes jovens empre-endedores aliam um potencial técnico que se revelou recentemente com a presença de três atletas do clube integrados nas sele-ções nacionais que em setembro disputa-ram os europeus em Madrid.
Centro de estágio de kayak-pólo
Pagaia Sul tem projetos para Beja
“A ideia da criação do centro de estágio surgiu porque no sul do País não existe nenhum, temos apenas um em Montemor-o-Velho, que é o Centro de Alto Rendimento de Canoagem, mas a Federação pretende criar um para o kayak -pólo”
Andebol Zona Azul consolidou liderançaCom uma vitória algo suada no jogo que
disputou em casa com a formação do Loures,
a formação bejense viu o rival mais direto
perder em casa com a equipa do Lagoa e
consolidou a liderança ganhando margem para
enfrentar a jornada de folga, que o Boa Hora,
segundo classificado, já cumpriu. Campeonato
Nacional da 3.ª Divisão de Seniores Masculinos
(7.ª jornada): Oriental-Almada, 36-27; Boa
Hora-Lagoa, 20-23; Costa D’Oiro-Redondo,
21-21; Zona Azul-Loures, 32-29; Torrense -
-A.C.Sines, 34-14. Líder: Zona Azul, 19 pontos.
5.º N.A.Redondo, 14. 11.º Andebol Clube
Sines, 8. Próxima jornada (12/11): Náutico
Guadiana-Zona Azul; A.C.Sines-Boa Hora;
N.A.Redondo-Torrense. O Campeonato
Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados Masculinos
é retomado amanhã, sábado, com o Centro
de Cultura Popular de Serpa a jogar em
casa (16 horas) com o Vela de Tavira.
Hóquei em patins Grândola lidera invictoCampeonato Nacional da 3.ª Divisão Zona
Sul (3.ª jornada): Azeitonense-Seixal, 6-3;
Aljustrelense-Lisbonense, 2-8; Boliqueime-H.
Santiago, 5-2; Castrense-H.Grândola, 2-5; Os
Lobinhos-Estremoz, 5-4. Folgou a Juventude
Salesiana. Líder: Hóquei de Grândola, nove
pontos. 8.º H Santiago, 3. 9.º Castrense, 1. 10.º
Estremoz e Aljustrelense, 0. Próxima jornada
(12/11): H.Santiago-Aljustrelense; H.Grândola-
-Boliqueime; Estremoz-Castrense. Na 2.ª Divisão
Nacional disputou-se também a 3.ª jornada e o
Hóquei Clube Vasco da Gama, de Sines, folgou
dado o número impar de equipas na zona sul.
Futsal Baronia empatou em casaCampeonato Nacional da 3.ª Divisão de
Futsal – Resultados da 4.ª jornada: Évora
Futsal-Rangel, 4-5; Atalaia-Independentes,
1-5; Baronia-Quinta Conde, 5-5; Sassoeiros -
-Sonâmbulos, 2-2; Messines-Indefectiveis,
5-6; Sporting Viana-Portel, 2-4; Benfica
VRSA-Louletano, 0-2. Líder: Rangel, 12
pontos. 6.º Independentes Sines, 7. 9.º Sporting
Viana, 3. 11.º Baronia, 2. 14.º Évora Futsal, 4.
Próxima jornada (12/11) Indefetíveis-Baronia;
Independentes-Messines; Quinta Conde -
-Évora Futsal; Sporting Viana-Atalaia.
Basquetebol BBC perdeu em casaO Beja Basket Clube perdeu em casa com
os Salesianos de Évora (41-59) no jogo
inaugural do Campeonato Nacional da
2.ª Divisão de Basquetebol Zona Sul.
Na próxima jornada a equipa bejense
folga, face à desistência do Barreirense,
seu adversário de enquadramento.
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2011
A Associação de Futebol de Beja reúne na
próxima segunda-feira, dia 14, pelas 21 horas,
com os clubes seus filiados para apresentação
do modelo de organização das competições
que envolvem o escalão de “traquinas”.
Realiza-se no próximo dia 20 o XIX Crosse dos Cavaleiros, prova
organizada em parceria pelo Núcleo Desportivo e Cultural de
Odemira, Câmara Municipal de Odemira e Junta Freguesia de Vale
de Santiago. A prova, coincidente com o corta mato de abertura
da A.A.Beja, é aberta a todos os escalões e inicia-se às 9 horas.
Columbófilia A Associação Columbófila do Distrito de Beja já divulgou o calendário de provas para a época 2012, que inclui pro-vas de velocidade (sete), meio fundo (sete), fundo (sete) e sete “ye-arlings” (concurso de borrachos). A época abre oficialmente no dia 18 de fevereiro com a realização de treinos para as zonas sul e cen-tro leste.
XIX Crosse dos
Cavaleiros em Odemira
Encontro de “traquinas” apresentado
em Beja
22
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Sexta-feira,11 NOVEMBRO 2011
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saúde 23Diário do Alentejo11 novembro 2011
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(Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo
Alentejo.
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Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa
Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias
Urinárias – H. Beja
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Hospital de Santa Maria
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Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia
digestiva.
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Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar
Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de
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Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria
de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo
Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de
Beja
Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia
Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do
Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja
Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital
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Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do
Hospital Garcia da Orta.
Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados:
Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.
Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não
invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução
do tecido adiposo e redução da celulite
Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/
Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e
escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.
Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação
Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações
do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação;
Gerontomotricidade.
Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira
especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem
na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/
amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem
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24Diário do Alentejo11 novembro 2011
institucionalDiário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 2.ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248
ANÚNCION.º da Venda: 0248.2011.114 - O direito que Armando José Braz da Silva
Pacheco e José Manuel Braz da Silva Pacheco, têm na herança de sua mãe Maria da Silva Braz Pacheco que representa uma quota ideal de 2/3 do prédio urbano sito na Rua Dr. Brito Camacho nº 23 em Beja, freguesia de S. João Baptista, inscrito na respectiva matriz sob o artigo nº 751.
Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Fi-nanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao exe-cutado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.
É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) ARMANDO JOSE BRAZ DA SILVA PACHECO, residente em BEJA, que deverá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-28 e as 16:00 horas do dia 2011-12-07.
O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 27.476,66.As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao
“Portal das Finanças”, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identifi cação fi scal do proponente. O prazo para recepção de propostas termina às 16:00 horas do dia 2011-12-07 procedendo-se à sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-12-09, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).
Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.º/b CPPT).
Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).
A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo Civil - CPC).
No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT).
A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal Sobre as Transmis-sões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240.º/CPPT).
Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200001009362NIF/NIPC: 705479714Nome: MARIA DA SILVA BRAZ PACHECO - CABEÇA DE CASAL DA
HERANÇA DEMorada: R LUIS DE CAMÕES 8 2 - BEJA – BEJA2011-10-21
O Chefe de FinançasManuel José Borracha Pólvora
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 2.ª Publicação
EDITAL
A Autoridade Florestal Nacional faz público que, nos
termos do art.° 6.° do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6
de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.° 44623, de
10 de Outubro de 1962, a Associação de Caça e Pesca de
Os Castelos de Mértota requereu, pelo prazo de 10 anos,
renovação de duas concessões de pesca, uma na albufeira
de Vale de Açor ou Lagos e outra na albufeira da Atafona,
ambas localizadas na Herdade de Lagos, freguesia de Alcaria
Ruiva, concelho de Mértola.
Todas as pessoas singulares ou colectivas que se
julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar
a sua reclamação, por escrito e devidamente justifi cada na
Direcção Regional das Florestas do Alentejo – Unidade de
Gestão Florestal do Baixo Alentejo – Rua de S. Sebastião
apartado 121 – 7800-298 Beja no prazo de 30 dias a contar
da data de divulgação deste Edital.
Para consulta dos interessados encontra-se nos re-
feridos serviços o projecto de Regulamento de Pesca,
proposto pela entidade requerente para vigorar nas áreas
a concessionar.
Lisboa, 29 de Setembro de 2011.
O PresidenteAmândio Torres
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Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 2.ª Publicação
PEDRO BRANDÃO
Agente de Execução
C.P. 3877
ANÚNCIOTribunal Judicial de Moura – Secção ÚnicaAcção ExecutivaProcesso n.° 1/09.3TBMRAExequente: Alfonso Gallardo, S.A.Executados: Serafi m Fernandes Martins.
FAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra designado o dia 30 de Novembro de 2011, pelas 09:30 horas, no Tribu-nal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem:
VERBA 1Prédio urbano, propriedade total, descrito sob a inscrição
853/19910314, da freguesia de Amareleja, concelho de Moura, com o artigo matricial n.° 1986, sito na Rua da Igreja, Amareleja - 70% de 32.500,00€ (22.750,00€)
VERBA 2Prédio rústico, denominado MORGADO, descrito sob a inscrição
2/19841016, da freguesia de Amareleja, concelho de Moura, com o artigo matricial n° 187, secção H, sito na Amareleja - 70% de 1.500,00€ (1.050,00€)
Os bens pertencem ao Executado:SERAFIM FERNANDES MARTINS, NIF: 121965686VALOR BASE: 34.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de
23.800,00€, correspondente a 70% do Valor Base.Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem
juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor.
É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Serafi m Fernandes Martins, residente na Rua da Igreja, n.° 32, na Amareleja.
O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
institucional 25Diário do Alentejo11 novembro 2011
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Solicitamos a publicação de um anúncio de Aviso de Corte de Energia, a sair na semana que se iniciou a 13 de novembro de 2011 (domingo) conforme minuta em v/ poder, incluindo os lo-cais a seguir indicados:DRC SUL
Concelho de Serpa
Freguesia de Aldeia Nova de S. Bento: Alto Pereira, Ca-beça de Azinho, Rua Catarina Eufémia,Rua Emigran-tes, Rua Gen. Humberto Delgado, Rua Liberdade,Vale Meloal, Rua Nova, Rua Pedras,Rua Pedreiras,Rua Povo Unido, Trav. Povo Unido, Rua Sevilha, Rua Sol Nascente,Rua Sul ,Rua Tiago P. Martins, Rua 25 de Abril ,Mnte Montinho Novo, Zona Lavadouro, Lotm Ca-beça de Azinho Lt,,Herdade Cabeço de Azinho Novo, A do Pinto, Rua do Montinho ,Barrc do Carapeteiro, Becos da Misericordia, Largo 1º de Maio, Rua Monte Grande, Rua Cooperativa, Zona da Nora,Bairro Alto ,Rua Bairro Alto,Rua Barranco do Homem ,Rua Bento Costa ,Rua Branca, Lugar Brejo, Rua Brig. Tiago Pedro Martins, Rua Cano, Rua Carril, Rua Francisco P. Bar-roso, Rua Dr A.Nun. Figueiredo, Estrada Estação Auto-matica, Trav. Farto Aldeia N S Bento, Rua Flores, Rua Fora, Rua Galego, Beco Rossio Grande, Rua Heroi Pedro Rodrigues,Largo Igreja, Rua Igreja, Rua Industria, Trav. Lagar, Rua Lagoa, Rua Larga do Monte Poço, Lotea-mento Rochinha, Rua Frei Bento, Rua Escondidos,Casa Cantoneiros, Rua Bica, Rua Bacelos, Bairo 25 de Abril, Rua Atafona, Tpda Poço Lobo, Rua Esperança, Bairro de Maio, Rua Rochinha, Largo Madalenos, Av da Liber-dade, Prct Maria C Horta Barroso, Rua Mertola, Largo Monte Poço, Bairro Municipal, Rua Norte, Rua Outeiro, Rua P M C Horta Barroso, Rua Paimogo, Sitio Oliveira Grande, Lugar Cruzeiro, Rua Poço Aldeia, Rua Poço Lobo, Mnte Valverde, Trav. Rossio,Largo Batalha, Herd. Calvários, Herdade Boavista, Mnte Relva do Lobo, Si-tio Pedreiras, Sítio Cerca da Fonte, Lotm Rabo de Tou-reiro, Sítio Poço Tio Matias, Monte das Pedras, Lotm Cerca Caetanos, Herdade Peral, Sítio Pegas, Zona Ac-tivid. Economicas, Zona Industrial, Beco dos Madale-nos ,Sítio Poço Novo, Hort. das Agachas, Largo Rossio Grande, Mnte da Abobodo, Mnte Novo , Mnte da Va-lada, Jungueira/Aguas, Herd. da Laginha, Rua Nova das Flores, Rua Dr Francisco D Povoa ,Hort do Cortiço,Rua A Bairro Municipal, Loteam. Mte da Vinha, Trav. Pai-mogo, Património Pobres ,Rua Penedo Gordo, Rua Po-ente , Bairro Pre Fabricado, Merc Publico, Vale Ras, Prc Republica, Rua Rossio, Rua Rossio Grande, Rua Saco, Rua São Bento,Rua Sobral, Rua Sul, Rua 25 de Abril (das 07:00 às 09:00 horas);
Freguesia da Vila Verde de Ficalho: Fronteira Ficalho, Largo Amilcar Pinto, Trav. Amilcar Pinto, Rua Aroche V V de Ficalho, Trav. do Barranco, Rua Becos do Car-ril, Becos Horta de Baixo, Rua Bica, Rua Calvário ,Rua Caminho das Pazes, Rua Campo, Rua Cantadores, Captação Aguas, Rua Carrascalão, Rua Carril, Herd. Coelheiras,Prc Conde de Ficalho, Largo Conde Ficalho, Rua Barranco, Rua Horta de Baixo, Trav. Cercado, Rua Biblioteca, Rua Outeiro, Trav. Hortinha ,Rua Forças Ar-madas, Rua Cerca ,Rua Amendoeiras, Sitio Reservat V V Ficalho, Sítio Carrascalão, Trav. S. Jorge ,Qnta Sabe-rosa ,Sítio Grelheiras ,Herd. Maria da Horta, Cour Talha Chaparrinho ,Sítio Charneca, Mnte Mafaminhas, Lotm Municipal, Lugar Varzea dos Meloais, Sítio Lentescais, Mnte Possilgões, Mnte Polcigões, Largo Bica, Estrada Mancha ,Herd. das Areias, Sítio das Vinhas,Rua Fran-cisco Relógio, Herdade Barros Ferradura, Sítio Vale de Cardos, Barranquinho S. Jorge, Sítio Barrinho, Rua Nova Carrascalão, Sítio Cubo,Sítio Calvário, Lotm Cal-vário, Trav. Barranquinho S.Jorge, Mnte Aguas Nas-cedias, Mnte Alto da Ferradura, Herdade Vale de Er-vansos, Herdade da Arroteia, Sítio Pego dos Cavalos, Mnte Estercadinha, Mnte Sta Maria, Herdade N Se-nhora das Pazes, Sítio Estercadinha, Trav. Pedra Aron-che, Sítio Gralheiras,Hort Poejos, Herdade das Bernar-das, Estrada do Sobral,Trav. do Campo, Largo da Igreja, Rua Beco da Boavista, Rua Nova do Carril., Rua Pedra de Arouche, Largo Salezias, Beco Valinhos, Trav. Sa-bugo, Bairro Margarida Guerra, Estrada Internacional, Trav. Forno, Rua Defensores do Povo,Canada Ficalho, Rua do Canto, Rua Estrada, Rua Fábrica, Ficalho, Rua Fonte Velha, Sítio Campo de Futebol, Rua Hortos, Trav. Hortos, Rua Ladeira, Rua Larga,Trav. Larga, Rua Laza-rete, Rua Moinhos,Estrada Nacional 260, Rua Nova da Bica, Rua Nova do Outeiro, Terr Palmeiras,Trav. Pe-quena, Rua Poço Acima, Largo Poço da Fonte, Az Poço Ficalho,Rua Rossio, Rua Valinhos, Av 25 De Abril (das 07:00 às 09:00 horas);
Freguesia de Vale de Vargo: Rua Esperança, Sítio Zam-bujeira, Herdade Corte Messangil,Trav. da Revolução, Rua Joaquim A Caetano, Beco António Lopes Godinho, Rua Quinta, Rua Jerónimo R Toucinho Rua 25 de Abril, Trav. 25 Abril ,Rua Revolução, Rua Pedro Soares, Rua Movimento Forças Armadas, Rua Mercado, Rua Ma-ria L Costa Dias, Rua Liberdade, Hort Lagartos, Rua Francisco S Pateira, Mnte Boeiros, Tras Travessa 25 de Abril, Zona Tojeiras, Rua Monte do Enxoe, Trav. Forças Armadas, Rua Bernardino B Machado, Rua Sete Ca-sas, Rua Azinhaga da Nora, Rua Antóonio Lopes Go-dinho, Rua Bairrinho Alegre, Trav. Cravos, Rua Cravos, Rua Boa Esperança, Rua António M Janeiro. (das 07:00 às 09:00 horas);
Freguesia de Serpa (Sta Maria): Mte Valinho do Anto-ninho (das 07:00 às 09:00 horas);
Freguesia de Pias: Sítio Hortinha (das 07:00 às 09:00 horas);
Zona Urbana: Herdade dos Lagares, Lotm Hortinha, Hort. dos Banhos,Sítio Barragem Serpa (das 07:00 às 09:00 horas).
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE VIDIGUEIRA
EDITAL N.º 1/CM/2011
ABERTURA DA 1.ª FASE DE CANDIDATURASALIENAÇÃO DE LOTES DO PARQUE
EMPRESARIAL DE VIDIGUEIRAManuel Luís da Rosa Narra, Presidente da Câmara Muni-
cipal de Vidigueira, torna público, em cumprimento do dispos-to no n.º 1 do art. 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, que, em conformidade com a deliberação de Câmara Municipal de Vidigueira, tomada em reunião ordinária realizada no dia 28 de Setembro de 2011, encontra-se aberta a 1.ª fase de candidaturas para alienação de lotes de terreno no Parque Empresarial de Vidigueira, indicados no quadro seguinte:
Em cumprimento do disposto no artigo 3.º do respectivo Regulamento de Alienação de Lotes do Parque Empresarial de Vidigueira, o preço de venda dos lotes depende da sua dimensão, pelo que o valor do m2 é fi xado consoante a área dos mesmos, de acordo com o seguinte:
a) Lotes com 300 a 415 m2 – 40,00 €/m2 (quarenta euros);
b) Lotes com 416 a 600 m2 – 37,50 €/m2 (trinta e sete euros e cinquenta cêntimos);
c) Lotes com 601 a 900 m2 – 35,00 €/m2 (trinta e cinco euros);
d) Lotes com mais de 900 m2 – 32,50 €/m2 (trinta e dois euros e cinquenta cêntimos).
As candidaturas podem ser apresentadas até ao dia 9 de Dezembro de 2011 mediante o preenchimento da Ficha de Candidatura disponível nos serviços de Obras ou na página da internet do Município em www.cm-vidigueira.pt, acompanhada da respectiva Memória Descritiva do Projec-to de Investimento, e podem ser entregues pessoalmente naqueles mesmos serviços, ou enviadas pelo correio, sob registo e com aviso de recepção, para Câmara Municipal de Vidigueira, Praça da República, 7960-225 Vidigueira.
As condições de alienação dos lotes constam do já mencionado Regulamento de Alienação de Lotes do Par-que Empresarial de Vidigueira, que se encontra igualmente disponível nos serviços e no endereço electrónico supra referidos, aprovado pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal de Vidigueira, respectivamente, em 8/6/2011 e em 22/06/2011, e cuja leitura não se dispensa.
Para constar se passou o presente edital e outros de igual teor, que irão ser afi xados nos locais do costume e ter a devida publicidade.
Vidigueira, 2 de Novembro de 2011.
O Presidente da Câmara Municipal,Manuel Luís da Rosa Narra
N.º Lote
Área Lote (m2)
Área Máx. Implantação
(%)
Área Máx. Implantação
(m2)
Cércea Indústria/ Armazéns
Cércea Serviços/
Escritórios
Estacionamento dentro do lote (n.º de lugares)
1 711,93 57 404,86 10 m 7 m 4 2 516,35 55 281,95 10 m 7 m 3 3 534,88 53 281,95 10 m 7 m 3 4 590,97 51 300,76 10 m 7 m 3 5 576,30 59 339,65 10 m 7 m 3 6 559,43 57 318,42 10 m 7 m 3 7 577,76 55 318,42 10 m 7 m 3 8 844,96 53 451,39 10 m 7 m 5
10 563,67 58 329,25 10 m 7 m 3 11 478,68 58 277,96 10 m 7 m 2 12 422,35 57 241,78 10 m 7 m 2 13 451,72 59 264,77 10 m 7 m 2 14 549,92 53 289,29 10 m 7 m 3 15 668,97 57 381,66 10 m 7 m 3 16 1063,93 58 621,45 10 m 7 m 5 17 399,38 60 239,01 10 m 7 m 2 18 409,86 59 243,34 10 m 7 m 2 20 344,87 60 205,61 10 m 7 m 2 21 341,61 60 204,96 10 m 7 m 2 22 341,61 60 204,96 10 m 7 m 2 23 341,61 60 204,96 10 m 7 m 2 24 339,42 60 203,65 10 m 7 m 2
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 1.ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Direcção-Geral dos Impostos
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248
ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES
N.º da Venda: 0248.2011.116 - Prédio Rústico, sito na Estrada Nacional 18, Km 361,458, ao Carrascalão, 7800-373 Beja, Freguesia de Santiago Maior - Beja, inscrito na respectiva matriz sob o Artigo 84 Secção F, denominado Carrascalão o Ruivo, com a área de 3,15 ha. Confrontações: Herdeiros de António Ediuardo Batista Freire, 3º Sesmo e Estrada Velha do Penedo Gordo.
Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.
É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) SOBEJA-SOCIEDADE DE CERE-AIS DE BEJA, UNIPESSOAL LDA, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-11-11 e as 10:00 horas do dia 2012-01-10.
O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 10.184,34.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante
acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.
O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-26, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-01-10 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.
No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).
A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).
No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e median-te requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).
A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores des-conhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).
Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248201001030043NIF/NIPC: 501137327Nome: SOBEJA-SOCIEDADE DE CEREAIS DE BEJA, UNIPES-
SOAL LDAMorada: ESTRADA NACIONAL 18, KM 361,458, AO CARRAS-
CALÃO - BEJA - BEJA2011-11-02
O Chefe de FinançasManuel José Borracha Pólvora
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 Única Publicação
CENTRO SOCIAL, CULTURAL E RECREATIVO
DO BAIRRO DA ESPERANÇA
CONVOCATÓRIA
António João Rodeia Machado na qualidade de Presi-
dente da Mesa da Assembleia Geral e usando os poderes
que lhe são conferidos pelo Art.° 29. alínea b), dos estatutos
que regem o Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro
da Esperança, convoco todos os sócios para uma reunião
de Assembleia Geral para o próximo dia 25 de Novembro de
2011 pelas 19 horas nas Instalações do Centro Comunitário;
com a seguinte ordem de trabalhos:
1.° Apresentação e aprovação do orçamento previsional
para o ano de 2012;
2.° Apresentação e aprovação do plano de atividades
para 2012;
3.° Diversos.
Nota – Em face do Art.° 31. N. 1, não estando na hora
marcada o número legal de sócios, a Assembleia funcionara
uma hora após com qualquer número de sócios presentes.
Beja, 4 de Novembro de 2011.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
António João Rodeia Machado
OFICINA
RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS
TESTAGENS
SERVIÇO DE TORNO
SOLDADURAS EM ALUMÍNIO
Encamisar blocos
orçamentos com ou sem material
PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA
CASADINHO
Sítio Horta de St. António
Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516
26Diário do Alentejo11 novembro 2011
institucional diversosDiário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 Única Publicação
CCAM DE ALJUSTREL
E ALMODÔVAR, CRL.
CONVOCATÓRIA
Conforme o disposto no art.° 24° dos Estatutos desta Caixa, convoco a sua Assem-
bleia Geral, para a reunião a realizar no dia 14/12/2011, pelas 15 horas, no auditório
da Biblioteca Municipal de Aljustrel, junto às Piscinas Municipais, em Aljustrel, com a
seguinte ordem de trabalhos:
1.° Apreciação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o Exercício
de 2012;
2.° Deliberação sobre a política de remuneração dos Órgãos Sociais para 2012;
3.° Outros assuntos de interesse Associativo.
Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos sócios, a Assem-
bleia reunirá, uma hora depois, com qualquer número de sócios presentes.
Aljustrel, 10 de Novembro de 2011
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Dr. Francisco José Faleiro Baltazar Romano Colaço
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 Única Publicação
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA
DE VILA DE FRADES
CONVOCATÓRIA
Nos termos da alínea c) do número 2 do artigo 24º do Compromisso da Irman-
dade da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades convoco a Assembleia Geral,
para uma reunião ordinária, a realizar no dia 25 de Novembro pelas 19 horas e trinta
minutos, no lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades, em Vidigueira, com
a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto 1 – Informações.
Ponto 2 – Análise e votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2012.
Ponto 3 – outros assuntos.
NOTA: A Assembleia Geral reunirá à hora marcada, se estiver presente mais de
metade dos associados com direito a voto, ou uma hora depois, com qualquer número
de presentes (n.º1 do art.º 26.º).
Vila de Frades, 4 de Novembro de 2011
A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Domingas Iria Serrano Anacleto Ruivo
Diário do Alentejo nº 1542 de 11/11/2011 Única Publicação
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
E DO EMPREGODIRECÇÃO-GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA
AVISO
Faz-se público, nos termos e para efeitos das disposições conjugadas constantes
do art° 24° e do n° 3 do art° 16° do Decreto-Lei n° 88/90 de 16 de Março e do n° 1
do art° 1° do Decreto-Lei n° 181/70, de 28 de Abril, que EDM – Empresa de Desen-
volvimento Mineiro, SA, requereu a alteração da área da concessão C-14 “Gavião
N.6”, de enxofre, ferro, cobre, chumbo, zinco, prata e ouro, localizada no concelho de
Aljustrel, distrito de Beja, fi cando a corresponder-lhe uma área de 6520,5106 hectares,
delimitada pela poligonal cujos vértices, se indicam seguidamente, em coordenadas
Hayford-Gauss, DATUM 73, (Melriça)
Convidam-se todos os interessados a apresentar reclamações, nos termos do nº
4 do art° 13° do Decreto-Lei 90/90, de 16 de Março, por escrito com o devido fun-
damento, no prazo de 30 dias a contar da data da publi cação do presente Aviso no
Diário da República.
O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Direc-
ção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direcção-Geral de Energia e Geologia, sita
na Avª 5 de Outubro, 87 – 5° Andar, 1069-039 LISBOA, enti dade para quem devem
ser remetidas as reclamações. O presente aviso e demais elementos estão também
disponíveis na página electrónica desta Direcção-Geral.
Direcção-Geral de Energia e Geologia, em 26 de Outubro de 2011.
O SUBDIRECTOR GERAL
Carlos A.A. Caxaria
ASSINATURAPraça da República, 12 – 7800-427 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail [email protected]
Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected] assinar o Diário do Alentejo, com início em _____________, na modalidade que abaixo assinalo:
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SEXTA-FEIRA, 4 NOVEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga
Ano LXXIX, N.º 1541 (II Série) | Preço: € 0,90
Obras paradas na autoestrada A 26Subempreiteiros abandonam obra e deixam rasto de desemprego na região
Centro de Paralisia
quer lar residencial
O Centro de Paralisia Cerebral de Beja celebra
30 anos de existência a 19 de novembro, com
uma festa/jantar. O objetivo é arrecadar verbas
para a construção de um lar residencial. A obra
custa 542 mil euros, 25 por cento dos quais
cabem à instituição. pág. 11
Vicente do Ó fi lma
Florbela EspancaO realizador sineense deu por terminadas as
fi lmagens de “Florbela”, a sua segunda longa-
-metragem. Em entrevista exclusiva ao “DA”,
Vicente Alves do Ó fala da vida e da obra da
poetisa alentejana que, no seu fi lme, é protago-
nizada por Dalila Carmo. pág. 13
Massagista
do Sanluizense é invisual
Rogério Gregório perdeu a visão aos 23 anos.
Mas recuperou a alegria de viver aos 51,
quando o clube da sua terra o convidou para a
equipa técnica, nomeadamente para massagis-
ta. “São as emoções do futebol que me ajudam
a esquecer os infortúnios”, diz. pág. 20
Vai para duas semanas que as obras na A 26 e IP 2 estão paradas. Apesar da
subconcessionária Estradas da Planície garantir que “não estão em causa os
prazos contratuais”, certo é que, nos últimos dias, diferentes subempreiteiros
foram intimados a suspender os trabalhos de terraplanagem e a recolher as
máquinas. Há empresas com quatro meses de ordenados em atraso. E outras
que estão a proceder a despedimentos coletivos. pág. 6
Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt
SUSA
MO
NTE
IRO
Sete presidentes obrigados a mudar de vida
Há ouro no coração
do Alentejo
Sushi alentejanoEduardo Guerreiro introduziu o torresmo
e os coentros na cozinha japonesapág. 14
O Governo assinou com a
empresa canadiana Colt
Resources, no passado dia 2
de novembro, um contrato de
exploração experimental de ouro
para os próximos três anos na
mina de Boa Fé, no concelho de
Évora. Numa zona envelhecida e
despovoada, apesar das dúvidas,
ainda há quem mantenha boa-
fé neste negócio. Começou a
corrida ao ouro...págs. 3/4
pág. 7
JOSÉ
FER
ROLH
O
VÉRTICE MERIDIANA (m) PERPENDICULAR
(m)
1 –2206,387 –195326,236
2 –5201,600 –198185,800
3 –5403,700 –199914,300
4 –6110,800 –200621,400
5 –6456,386 –200391,188
6 –14307,000 –207119,000
7 –8592,000 –191622,000
necrologia diversos 27Diário do Alentejo11 novembro 2011
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TRINDADE
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL LUÍS FIGUEIRA, de 80 anos, natural de Trindade - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Laurinda Maria Baltazar. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03, da Casa Mortuária da Trindade, para o cemitério local.
SERPA / VALES MORTOS
†. Faleceu a Exma. Sra. D. DANIELA GOMES FERNANDES TEMTEM PARREIRA, de 51 anos, natural de Santo António - Funchal. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 4, da Casa Mortuária de Serpa, para o cemitério de Vales Mortos.
CABEÇA GORDA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA CUSTÓDIA PEREIRA, de 92 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 05, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA LISETE MODESTO CIRÍACO, de 75 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casada com o Exmo. Sr. António Bernardino Júnior. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA / FIGUEIRÓ DOS VINHOS
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM PIMENTA LOPES, de 82 anos, natural de Bairradas - Figueiró dos Vinhos, casado com a Exma. Sra. D. Natalina da Silva Rodrigues Lopes. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Figueiró dos Vinhos.
BALEIZÃO
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANTÓNIA DA GRAÇA LEANDRO PALMA, de 75 anos, natural de Baleizão - Beja, casada com o Exmo. Sr. Mariano Lourenço Canena. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
CABEÇA GORDA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. EMÍLIA DOS SANTOS LAMPREIA, de 81 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casada com o Exmo. Sr. Abílio Soeiro Neves. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras
condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Oriola
PARTICIPAÇÃO
Senhorinha
D’Assunção
Nasceu 10.12.1932 Faleceu 02.11.2011
Faleceu o Exma. Sra.
Senhorinha D’Assunção na-
tural de Oriola, viúva.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 03, de sua residên-
cia em Oriola para o cemité-
rio local.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7
7960-444 Vila de frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108
Vila Nova de S. Bento
Fa leceu a Exma. Sra .
Gertrudes Drago Monteiro
de 88 anos, viúva, natural de
Vila Nova de S. Bento. O fu-
neral, a cargo desta Agência
realizou-se no passado dia
07 de Novembro da casa
mortuária de Vila Nova de
S. Bento para o cemitério
local.
Vila Nova de S. Bento
Faleceu a Exma. Sra. Maria
Antónia Costa Luiz de
96 anos, viúva, natural de
Quintos, Beja. O funeral
a cargo desta Agência re-
alizou-se no passado dia
09 de Novembro da casa
mortuária de Vila Nova de
S. Bento para o cemitério
local.
AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA.
Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento
Telm: 967026828 - 967026517
AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA.
Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento
Telm: 967026828 - 967026517
Funerária Central de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Serpa
É com enorme pesar e soli-
dários na dor da família que
participamos o falecimento
do Sr. Miguel Pedro Bule de
69 anos, casado com a Sra.
Ivone da Conceição Cuiça
Salgueiro Bule.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no
passado dia 9 de Novembro
da Casa Mortuária de Serpa
para o cemitério local.
Á família enlutada expres-
samos os nossos sentidos
pêsames.
Vila de Frades
AGRADECIMENTO
Augusto José
Carvalho Borralho
Nasceu 12.01.1940 Faleceu 20.10.2011
Sua esposa e restante famí-
lia na impossibilidade de o
fazer pessoalmente agrade-
cem por este meio a todas as
pessoas que o acompanha-
ram à sua última morada ou
de outro modo manifestaram
o seu pesar.
MISSA
Francisco José
Quintos Leandro1º Mês de Eterna Saudade
Partiste para sempre
Querido irmão
A lágrima cai
A saudade fi ca
Dentro do meu coração
Pai, irmãos, cunhado, so-
brinhas e restante família,
participam a todas as pes-
soas de suas relações e
amizade que será celebrada
missa pelo eterno descanso
do seu ente querido no dia
17/11/2011, quinta-feira, às
18.30 horas na Igreja de S.
Salvador em Beja, agrade-
cendo desde já a todos os
que nela participem.
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Inácio Francisco
Sousa
Esposa, irmãos, cunhados
e restante família cumprem
o doloroso dever de parti-
cipar o falecimento do seu
ente querido ocorrido no dia
31/10/2011, e na impossibi-
lidade de o fazer individu-
almente vêm por este meio
agradecer a todas as pes-
soas que o acompanharam
à sua última morada ou que
de qualquer forma manifes-
taram o seu pesar.
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Boa vidaComer Cogumelos com grãode bico, presunto alentejano e queijo de Nisa
Ingredientes para quatro pessoas:
400 g. de cogumelos,400 g. de grão de bico cozido,q.b. de sal grosso,1 dl. de azeite,q.b. de água,100 g. de presunto de porco alentejano,80 g. de fatias de queijo de Nisa ,q.b. de coentros.
Preparação:
Limpar os cogumelos e cor-tar aos pedaços pequenos. Reservar.Cortar o presunto em pe-quenos cubos.Numa frigideira com um pouco de azeite saltear o presunto. Junte o grão de bico e tempere com sal.Adicione um pouco de água e deixe ferver durante 10 minutos.Por fim junte os cogumelos e deixe cozinhar por mais 10 minutos.Retifique o tempero.Emprate num prato de sopa e coloque o queijo por cima e polvilhe com coentros picados Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
O Afonso é um cão muito jovem, cruzado de setter, que procura uma família que tenha
condições para o adotar. É de porte médio e tem uma pelagem de uma cor muito bonita
e invulgar. Como é jovem e muito enérgico precisa de espaço para correr e brincar.
Já está vacinado e desparasitado. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais.
Contactos: 962432844; [email protected]
JazzNuno Campos Trio – “My debut for the ones close to me”
Nuno Campos é um contrabaixista por-tuense de 31 anos cujo percurso aca-démico se iniciou na sua cidade natal,
passou depois por Barcelona (onde estudou no Taller de Músics, instituição noutros tempos di-rigida pedagogicamente por Zé Eduardo), Haia e novamente Barcelona (onde se licenciou pela Escola Superior de Música da Catalunha). Tem também formação em teatro e já fez programa-ção cultural, para além da intensa atividade como docente. Como o título permite antever, “My debut for the ones close to me” é o disco
de estreia do músico, no selo catalão Fresh Sound New Talent, e surge na sequência da vitória no prestigiado Concurso de Jazz de Barcelona. Para parcei-ros, o contrabaixista escolheu o pianista Marco Mezquida e o baterista Ramon Prats. À exceção de duas, todas as composições são da sua autoria. Muito cen-trado na fórmula clás-sica piano-contra-baixo--bateria, trata-se de um disco irrepreensível do ponto de vista formal e técnico, mas que não evidencia particular audácia ou gosto pelo risco. Movendo-se em terrenos confortáveis – perfeitamente encai-xados na tradição –, o trio acaba por não se conseguir libertar de uma certa formatação estética, que lhe acaba por restringir a capaci-dade de manobra e em-pobrece o resultado fi-
nal. Ainda assim, realço o pós-bop rápido de “Godfather s gift” e a delicada balada “My first song will always be for you”. Mas o melhor está realmente na prestação do contrabaixista por-tuguês, que, com o seu som encorpado, assina o que de mais empolgante acontece no disco. Resulta que o destaque vá inteirinho para os momentos em que o músico se exibe a solo: “Free intro” e, sobretudo, na muito interessante leitura de “Nardis”, original de Miles Davis. Aguardemos pelo próximo capítulo para me-lhor perceber que caminhos quer trilhar este jovem e promissor contrabaixista nacional.
António Branco
.
BD
Heroicidades gregas
Tudo depende, hoje, da ca-pacidade cultural de cada um, volvendo a mente e os
olhos aos exemplos socioculturais da Antiga Grécia: Atenas, Esparta, Tebas, Corinto... Esparta e Atenas sempre se rivalizaram, porém, sempre se uniram por um certo todo: o diverso (mas um só) povo grego que todos eram. Os esparta-nos, bravos guerreiros; os atenien-ses, os cultos cerebrais.
Com o álbum “Ne Jamais Demander Grâce”, primeiro to-mo da série “Sparte”, sob edição Lombard e da autoria de Patrick Weber e Christophe Simon, pri-meiro tomo de uma série desafia-dora à devida leitura, o leitor fará uma necessária e instrutiva via-gem a um certo passado...
“L’homme auxcouteaux”
O que terá sido, de facto, a “Belle époque” parisiense? Um louco, in-vejável e desenfreado tempo da se-dutora Paris? Ou um quotidiano de cruéis amarguras disfarçadas? A louca e hipnotizante boémia len-dária dessa Paris, quem a testemu-nha agora?
Pela BD, via edições Lombard, sob bela criação do guionista fran-cês Laurent Galadon e do dese-nhista polaco Kas, o primeiro tomo (“L’Homme aux Couteaux”), da pertinente série “La Fille de Paname”. Obra a não perder!
Essa “Belle époque” não foi ape-nas o frenético “Can Can” e as be-bedeiras de absinto de Toulouse--Lautrec!... Luiz Beira
Nuno Campos Trio
– “My debut for the
ones close to me”
Marco Mezquida
(piano), Nuno Campos
(contrabaixo) e Ramon
Prats (bateria).
Editora: Fresh Sound
New Talent
Ano: 2011
FilateliaO pão (VI)Alfaias agrícolas
O primeiro utensílio que o homem utilizou para a preparação dos solos não terá sido mais do que um tronco, curvo, formando
um ângulo, mais ou menos a meio e mais ou menos pronunciado, de forma a permitir revolver o ter-reno, de forma eficaz, numa posição o menos des-confortável possível ao seu utilizador.
Posteriormente a este tronco terá sido adaptada uma ponta de sílex, o que permitia uma melhor e maior penetração no terreno.
Mais tarde, quando o homem domesticou o ferro, a ponta de sílex foi substituída por uma deste metal. Com o tempo, e para sua maior comodidade, este instrumento evoluiu e surgiram, com a sua forma atual, o sacho e a enxada. Enquanto o pri-meiro, com a lâmina penetradora mais pequena, era usado para revolver o solo a pouca profundi-dade, a segunda já permitia abrir sulcos de alguma profundidade.
Estes instrumentos, que ainda hoje são larga-mente utilizados, para além de permitirem o revol-vimento dos solos mais eficazmente permitiam um trabalho menos incómodo, mais perfeito e com um esforço bastante menor.
De então para cá, o progresso no melhoramento e fabrico dos mais variados instrumentos de uso agrícola não mais parou. Inventou-se o arado e a charrua, primeiro com a relha em madeira e mais tarde em ferro.
O arado parece ter sido inventado na China, no tempo do imperador Chin-Nung, há mais ou me-nos 5 000 anos.
Os gregos atribuem a sua invenção a Júpiter, a Baco e a Ceres. Segundo a mitologia grega, Buciger, a quem aqueles deuses ensinaram a arte de o ma-nobrar, batalhou em Maratona, brandindo o seu arado contra o inimigo. Esta lenda faz-nos lembrar a nossa Brites de Almeida, que também usou, ao que parece com grande êxito, o seu instrumento de trabalho, de que falaremos num outro capítulo.
Também há quem defenda que o arado veio do Antigo Egito, pois os mais antigos documentos que o representam são egípcios.
(continua)MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence
– História das Agriculturas do Mundo. Lisboa, Instituto Piaget, 2001, 420 pp
Geada de Sousa
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2011Dois copos
de conversaSão Martinho, castanhas e vinho
Por toda a Europa os festejos em honra de São Martinho estão relacionados com as culturas da terra, as previsões do ano agrícola, com festas e
canções desejando abundância e, nos países vinícolas do Sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Por isso se diz que “Pelo São Martinho vai à adega e prova o teu vinho”.
Durante séculos, São Martinho foi o santo mais po-pular de França. O túmulo do bispo eleito de Tours, na
basílica desta cidade, era o maior centro de pere-grinação de toda a Europa Ocidental. É o santo padro-eiro dos cavaleiros, dos pe-dintes, dos restauradores, dos soldados e dos produto-res de vinho.
A lenda do milagre de São Martinho conta-nos que, num dia de chuva e frio, este filho de um ofi-cial romano, e ele próprio um militar, se apiedou de um mendigo esfaimado e praticamente sem roupa. Martinho cortou em dois o seu manto e o seu pão e par-tilhou o conforto com o po-bre. A partir daqui, e como em tantas estórias (ficcio-nadas ou reais) do mundo em que vivemos, existe a versão longa e a versão curta. O milagre abreviado dá conta de uma ação di-vina no momento do gesto de caridade: subitamente os céus se desanuviaram e o brilho e o calor solaren-gos premiaram a ação de Martinho. Já a lenda alon-gada refere que, naqueles tempos, o traje militar era intocável e imaculado; para quem o corrompesse pro-positadamente estava guar-dada a desonra e a punição em praça pública. Devido aos dias tempestuosos e gé-lidos que se viviam, os su-periores de Martinho deci-diram atá-lo a um poste no meio da praça, totalmente nú e à mercê dos deuses do Ar. É aqui que surge o mila-gre porque, a partir do mo-mento em que o militar e futuro bispo é hasteado, os céus esqueceram toda a cor cinzentona e o calor azulão permaneceu durante todo o período punitivo.
Tal como o seu gesto de-volveu a alegria ao men-digo, também o sol do prin-cípio do outono foi decisivo para os sorrisos generaliza-dos dos nossos viticultores
que, apesar da escassez de bagos, dão graças pela ex-celente qualidade das uvas e dos respetivos vinhos. A acompanhar, comeremos castanhas, com a sua colheita bem adiantada por conta do calor do santo.
Aníbal Coutinho
PetiscosUma galinha e dois molhos
Já aqui falei do gosto em gastronomia e das diversas verten-tes da razão de gostar. Também assumi classificar como arte a manifestação do engenho humano que tem como
suporte um pargo fresquíssimo, as entranhas duma galinhola, uns espargos brancos ou uma “bernaise” bem interpretada, em contraponto com uma tela, um bloco de mármore, uma folha de papel em branco ou o marfim das teclas dum piano. Referi anteriormente que os elementos principais a serem levados em conta na apreciação gastronómica são o paladar, o aroma, a cor, a forma, a temperatura, a consistência, a apresentação, a expec-tativa, a educação dos sentidos e a recordação de infância.
Tratemos hoje, através duma receita, da cor. Há cores mais apelativas, outras menos e, como em tudo o mais nesta área, não há padrões universais definidos. Mas há aproximações naturais, por exemplo, ao amarelo dourado dos cereais, ao vermelho da carne em sangue e a diversos tons de verde dos legumes frescos.
É o caso da galinha cozida com dois molhos. É difícil ima-ginar uma coisa mais simples, mas é um prato que tem sem-pre enorme êxito, não só porque é ótimo mas também porque faz um interessante contraste cromático entre o vermelho e branco. A galinha é do campo, morta e arranjada com os cui-dados e disposições regulamentares. Coze-se com pouca água, à maneira dum “court bouillon”, isto é, um curto fio de azeite, cebola e cenoura avondo e uma rica boneca de salsa. Deve levar alho francês às rodelas, pouco, fazendo favor.
Cozido que esteja o animal, aproveita-se o caldo, quase todo, para fazer um arroz branco, solto o bastante. Reserva-se uma porção para a execução, posterior, dum dos molhos. Gordura não precisa, já tem a do caldo, há inclusive que ver se não será demais, devendo nesse caso, acrescentar-se água suficiente para o substituir.
Há alguns cuidados a ter com o arroz, arroz carolino: lave-o bem, até lhe parecer um perfeito exagero. Olhe que não é, nessa altura é que está bom. Acrescente meia cebola que não vem à mesa.
Praticamente está pronto, faltam os molhos e estes são os que dão a espetacular combinação cromática e gustativa. Os molhos são vulgares molhos branco e de tomate, aos quais chamo assim, simplesmente, para não complicar sem polemi-zar o assunto. Não lhes chamo “bechamel” e “espanhol”, res-petivamente. De facto estão previstos ficarem ligeiramente di-ferentes das receitas tradicionais. Atenção, em circunstância alguma, salvo na boca, os molhos são passíveis de serem mistu-rados um com o outro. Acompanham o arroz e a galinha cozida separada e alternadamente.
Para o molho branco, molha-se um “roux” claro – farinha ligeiramente frita em manteiga – com o caldo da galinha que se cozeu, é para isso que se reservou cerca de um quarto do caldo, e acaba-se com leite. Leva noz-moscada acabada de ralar du-rante a confeção, não muita. Fica ao ponto, nem muito líquido nem muito sólido.
No caso do molho de tomate, faz-se um refogado ligeiro de cebola e alho, muito bem picados, em azeite, concentrado de to-mate em seguida, um caldo de carne, com cuidado, não pode ser demais, na dúvida pouco e, finalmente, tomate fresco, pe-lado. Serve-se a galinha e o arroz em travessa; os dois molhos separados em molheiras próprias. No prato fica o arroz e a gali-nha ao centro, os molhos opostos, em meias luas.
Uma maravilha António Almodôvar
Vinho DiárioUm dos vinhos que
mais me impressionou
na recente prova cega
que deu origem ao
meu “Guia Popular
de Vinhos”, edição
2012, já nas livrarias e
nos supermercados,
foi o branco regional
alentejano, Mouras de
Arraiolos, Verdelho, 2010.
Vinho de CalendárioDa Vidigueira surge o
novo vinho de qualidade
superior de que todos falam.
Premiado no concurso da
produção do Alentejo, o
tinto Regional Alentejano,
Quatro Caminhos,
Reserva, 2009, mereceu
a aprovação de toda a
imprensa especializada,
tendo alcançado o pódio na
recente edição do Encontro
com o Vinho, em Lisboa.
Susana Torrão
Oficina do Livro
PVP: 14,90€
168 págs
LetrasAnjos na guerra
Portuguesas, entre os 18 e os 30 anos, de “boa formação”, sem cadastro e solteiras ou
viúvas sem filhos. Assim era o per-fil das enfermeiras paraquedistas – Kaúlza de Arriaga só a custo obteve autorização de Salazar para a cria-ção deste efetivo militar –, que sur-giram, em 1961, por iniciativa de Isabel de Bandeira de Mello, a pri-meira paraquedista portuguesa.
A filha mais nova do Conde Rivas lançou a ideia após o con-tacto com as paraquedistas da Cruz Vermelha Francesa, que fizeram o batismo de fogo nas guerras colo-niais na Indochina e Argélia. À von-tade dela – que não admitia às fran-cesas a sugestão de paridade entre as suas colónias, com 70 anos, e as “províncias ultramarinas” portu-guesas, com 500 anos – somou-se o pragmatismo do regime quando a guerra colonial estalou em Angola e logo depois do golpe de estado fa-lhado, encabeçado por Botelho Moniz.
Se a II Guerra empurrou, em todo o mundo, as mulheres para fora de casa, substituindo nas tarefas os ho-mens que partiam para os campos de batalha, a guerra colonial abriu uma brecha, mínima, no ultraconserva-dorismo do Estado Novo. As enfer-meiras paraquedistas, recrutadas sobretudo em colégios religiosos, as-sistiram militares – portugueses e “inimigos” – e as populações locais. Sem consciência política, o seu com-bate foi o de resgatar vidas e não o de mudar costumes, embora tenham enfrentado o preconceito, que as olhou como “mulheres perdidas”.
Em Anjos na guerra, a jorna-lista Susana Torrão conta, com uma escrita fluída e direta, através dos testemunhos de cinco protagonis-tas e em jeito de grande reportagem, a história dessas mulheres a quem o cansaço toldou qualquer arremedo de contestação e que servindo espe-ravam o fim de uma guerra sobre cuja complexidade política só ga-nharam consciência em África.
Maria do Carmo Piçarra
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Fim de semana
Em fim de semana de São Martinho, Grândola volta a cumprir a sua Feira do Chocolate, prometendo
hoje uma animação especial na zona das tasquinhas, com uma mostra gastronómica, onde os sabores
tradicionais alentejanos se cruzam com o chocolate e as castanhas. O certame propõe também a exposição
“Mundo do Chocolate” e o espaço Show Cook, dedicado às demonstrações ao vivo, palestras e degustações.
A grande surpresa, garante a organização, será o lançamento de “um novo produto à base de chocolate
e azeite”. Do programa musical fazem parte Os Alentejanos (hoje) e Ana Malhoa (amanhã, sábado).
Grândola saboreia
chocolate no fim de semana
Nova produção da companhia Baal 17 estreia-se hoje, em Serpa
O show tragicómicode “O Xô das Velhas”
Este projeto teatral começou por ser uma pesquisa so-bre a “velocidade” que molda os nossos dias, sobre a obsessão de uma sociedade que se quer jovem, desem-
poeirada e empreendedora, ou ainda sobre o imediatismo da omnipresente Internet. Mas olhando à sua volta, a compa-nhia Baal 17 concluiu que tinha mais perto do que pensava a matéria-prima para a história que queria contar. Os “velhos”, assim mesmo – porque eles próprios não costumam ter pu-dor na designação – são as “vítimas” silenciosas desta nova era e numa região demograficamente desequilibrada como aquela em que nos situamos não há mais do que “ir às espla-nadas e observar”. Foi o que fez o coletivo teatral de Serpa, apresentando a criação que hoje, sexta-feira, se estreia no Cineteatro Municipal de Serpa, pelas 21 e 30 horas, com re-petição amanhã à mesma hora e no domingo, 13, a partir das 17 horas. Chama-se “O Xô das Velhas”, um título que apro-veita em pleno o duplo sentido da peça. Porque é, de facto um show; porque fala da leviandade com que se descartam pes-soas com um “xô”.
“O espetáculo anda à volta de seis velhas principais e de uma sétima, que não sendo velha, já começa a sê-lo para a atividade que exerce – é apresentadora de televisão”, revela Rui Ramos, que encenou a criação coletiva. Uma boa parte do show passa-se, portanto, num programa televisivo em di-reto, “com todos aqueles tiques dos formatos que enchem as manhãs e as tardes” e cujo público-alvo são, exatamente, os velhos. As problemáticas vão sendo apresentadas em “qua-dros” de situações que, “sendo cómicas, são na realidade trá-gicas”, acrescenta, enumerando as questões da “solidão e iso-lamento”, da “falta de dinheiro”, dos “problemas de saúde”, “da televisão e do seu impacto no quotidiano”. E até, conclui Rui Ramos, “das novas atividades para entreter os velhos, que muitas vezes não têm em conta as suas necessidades”. Isto num registo muito suportado pelo vídeo, onde ressalta “um ou outro apontamento musical”.
Antes de sair da região, em dezembro, “O Xô das Velhas” passa ainda pelo Cineteatro Municipal de Castro Verde, no próximo dia 19.
Nau vai ao Cais da Planície e à Covilhã O trio Nau, um grupo
bejense que assume o
desejo de “cantar e tocar a
portugalidade”, vai estar
hoje, sexta-feira, no Cais
da Planície (parque da
Cidade, Beja), para animar
o serão de celebração do
São Martinho. As vozes
e guitarras de José Pedro
Grazina, Fernando Pardal
e Artur Silva vão também
soar amanhã, sábado,
no Festival de Teatro da
Covilhã, organizado pela
companhia Teatro das
Beiras. Nomeadamente
em temas de Zeca Afonso,
Vitorino, Fausto e Trovante,
além de alguns originais.
Lendias d’Encantar festejamSão Martinho A companhia Lendias
d’Encantar promove hoje,
sexta-feira, no seu novo
espaço, Os Infantes, uma
festa de São Martinho que
terá início pelas 19 horas. A
acompanhar os petiscos, as
castanhas e o vinho novo, o
coletivo teatral propõe cante
alentejano, pelo grupo coral
Os Devotos de São Martinho,
e modas ao acordeão e viola
com Bento César & Todos.
Durante o fim de semana,
a companhia propõe, desta
feita na Casa da Cultura de
Beja, uma ação de formação
de composição/criação
musical para espetáculos
de palco, dirigida pelo
músico Jorge Moniz, diretor
pedagógico e fundador da
Escola de Jazz do Barreiro.
Tunas universitárias encontram-se em Beja A praça da República de Beja
recebe hoje, sexta-feira, a
partir das 21 e 30 horas, uma
“monumental serenata” de
capa e batina. É o arranque
do IX Terras de Cante –
Festival Internacional de
Tunas Universitárias da
Cidade de Beja, que terá a
concurso as tunas académicas
de Lisboa e da Universidade
de Évora, além do Tunadão
1998, do Instituto Politécnico
de Viseu, e da Tuna
Universitária de Plasencia,
Espanha. Amanhã, os
“tunos” sobem ao palco do
Pax Julia Teatro Municipal,
a partir das 21 horas. A
organização, com o apoio
da câmara municipal local,
é da responsabilidade da
Tuna Universitária de Beja.
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sportinguistas da regiÃo
andam tÃo eufÓricos que
exigem a eletrificaÇÃo da
linha do comboio entre
beja e sÃo petersburgo
Os excelentes resultados da equipa de Alvalade estão a animar os seus adeptos. Os sportinguistas da região não escapam a esta onda de en-tusiasmo e ainda continuam a cuspir quando dizem as palavras “Benfica” e “arbitragem”. Agora, o desafio é tentar a eletrificação da linha do comboio entre Beja e São Petersburgo (se é para fazer, que seja à grande) e já colocaram uma tarja em frente à residência oficial do pri-meiro-ministro com a mensagem “Passos, amigo, dá-nos uma alegria de domingo: eletrifica de Beja a São Petersburgo”. Caso a operação de charme não resulte, os adeptos vão retirar o açaime do jogador Rinaudo e soltá-lo no gabinete do secretário de Estado dos Transportes.
Os prémios da revista “Mais Alentejo” estão de volta, e só 99,32 por cento dos galardões foram atribuídos a colaboradores da publicação
A revista “Mais Alentejo” distribuiu galardões no sen-
tido de premiar individualidades que se destacaram
nas mais diversas áreas no ano de 2011. A 10.ª Gala
dos prémios Mais Alentejo decorreu em Évora e foi
apresentada por Fernando Pereira, que esteve mais
de duas horas sem imitar a Tina Turner. Rui Nabeiro
recebeu o Prémio Prestígio Mais Alentejo, depois de
ter recebido o seu 56.º doutoramento honoris causa
pela Universidade de Adis Abeba. Apesar desses ban-
dalhos das televisões não terem aparecido, a “Não
confirmo nem desminto” esteve lá e deixa aqui a res-
tante lista das categorias que este ano só premiaram
99,32 por cento dos seus colaboradores, uma redução
de 0,44 em relação aos prémios do ano passado: me-
lhor reportagem; melhor notícia sobre o aeroporto
de Beja; melhor fotorreportagem dedicada ao tema
“A venda de línguas de gato na estação de comboios
de Baleizão”; melhor ilustração com mãos de crian-
ças com menos de cinco anos; melhor ilustração “Una
os pontos do 1 ao 49”.
Artesã de Odemira cria mantas inteligentes que protegem de anedotas de alentejanos
Uma artesã de Odemira, Helena Loermans, está a de-
senvolver mantas criadas com o recurso à nanotecno-
logia, permitindo criar tecidos protetores de raios UV,
antibala ou antimosquito. Todavia, as mantas não se-
rão o único produto disponível. Também estão a ser
criados outros artigos como cachecóis, luvas e gor-
ros. Estes últimos serão feitos com tecnologia amiga
dos alentejanos já que terão tecidos antianedotas
de alentejanos e antilisboetas que quando imitam
um alentejano parecem um cigano bêbado com sín-
drome de Tourette. Destaque ainda para a criação de
uma écharpe antibala: este produto é fundamental já
que pretende preencher o vazio no segmento de mer-
cado destinado às tias de Cascais que gostam de pas-
sear pela Cova da Moura ou andar de comboio na Linha
de Sintra.
Governo expectante com prospeção de ouro pretende esturrar tudo em casa de penhores
As localidades de Nossa Senhora da Boa Fé e Santiago do Escoural (distrito de Évora) vão
ser alvo, uma vez mais, de prospeções em busca de ouro, desta vez por parte de uma em-
presa canadiana. O Governo, depois de pedir um parecer técnico a um mineiro chileno (da-
queles que percebem como é que se sai de um buraco), decidiu apostar na mina, esperando
que com ela seja possível sair do aperto financeiro. A cotação do ouro está no seu ponto
mais elevado desde há muito tempo e o Governo, para pagar dívidas, já admitiu esturrar
a exploração da mina em casa de penhores.
Um habitante desta zona, que já trabalhou
noutras prospeções, não vê este processo
com otimismo: “Nunca se encontrou
grande coisa por aqui.
O máximo de ouro que
descobrimos só dava
para fazer uma sala-
deira, uma travessa e
três medalhas para
condecorar pessoal
na cerimónia do 10
de Junho”.
É raro o dia em que não se encontra ouro naquela zona
Inquérito Já provou “sushi alentejano”?
CAPITÃO TSUBASA, 16 ANOS
Desenho animado japonês dedicado ao futebol que leva
pelo menos quatro episódios para marcar um golo
Já, e gosto muito! Dá-me muita energia para
os jogos. E ajuda-me a manter este bom as-
peto. Não é por acaso que pareço ter 16 anos
há 30. Sou como o Pedro Granger, mas mais
expressivo.
YASUHITO WOK, 35 ANOS
Chef japonês e líder da seita Hello Kitty
– Senhora do Universo
Não, pois considero uma afronta à cultura ja-
ponesa. Quem fez isso devia ir a correr contra
uma espada samurai. Mas já preparo uma vin-
gança: umas migas de entrecosto e sashimi!!
Ah, ah! Dói, não dói alentejanos? Até já tenho
um robalo com duas cabeças e guelras do ta-
manho de uma bola de futebol que apanhei
ao pé da central de Fukushima.
MING, O IMPIEDOSO
Imperador do planeta Mongo, desconhece-se a idade, mas sabe-se
que não há meio de morrer – é conhecido por ser mau como as cobras
Pronto, tinha de ser, como me chamo Ming
pensam logo que sou oriental… Eu provei e
aquilo provoca-me gases. A minha senhora
gostou, mas para mim não dá. É muito com-
plicado ser um senhor do mal e estar sem-
pre a caminho da casa de banho. Já não vai
lá com Imodium. E agora deixem-se lá de
estereótipos…
Autarcas da região que não se podem recandidatar vão fundar equipa de dominó e bisca lambida
São pelo menos sete os autarcas da região que não se poderão recandidatar às câmaras a que presidem atualmente, fruto da lei que limita mandatos. Alguns já presidiam aos seus municípios quando assistiram às revoltas no mundo árabe, especialmente àquela que foi liderada por Moisés no Antigo Egito. Outros, mais novos, ainda escrevem pharmacia. Mas
agora que a reforma se aproxima, os autarcas ponderam a criação de uma equipa de dominó e bisca lambida para passar o tempo e recordarem histórias do passado. “Esta coisa de ser autarca deixa um bichinho cá dentro. Ainda me lembro da primeira medida que tomei: tivemos de decidir onde alojar os muçulmanos que tinham sido derrotados durante a Reconquista Cristã”, confidenciou-nos um presidente que pediu anonimato. Contudo, a vida pública destes senhores poderá não ficar por aqui. Ao que apurámos, há autarcas que estão indecisos entre candidatar-se à presidência da Câmara de Beja ou à presidência da associação de condóminos da sua área de residência.
ção da mina em casa de penhores.
ante desta zona, que já trabalhou
rospeções, não vê este processo
ismo: “Nunca se encontrou
isa por aqui.
o de ouro que
mos só dava
er uma sala-
ma travessa e
dalhas para
ar pessoal
ónia do 10
”.
Nº 1542 (II Série) | 11 novembro 2011
RIbanho POR LUCA
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP
www.diariodoalentejo.pt
Hoje, sexta-feira, o céu vai estar muito nublado. A temperatura vai oscilar entre os 14 e os 19 graus centígrados. Amanhã, sábado, são esperadas muitas nuvens e no domingo podem cair algum aguaceiros na região.
Paizana expõe no IPBeja “Imagens” contra a voragem do tempo O reconhecido pintor António Paizana, que reside
em Beja desde 1980, tem patente, desde terça-feira,
8, uma nova exposição da sua obra, a que resolveu
chamar “Imagens”. A mostra encontra-se visitável
na Galeria AoLado, do Instituto Politécnico de Beja,
e reúne peças como o “Círculo”, “Face”, a “Esfinge”,
o “Compasso” a “Estrela” ou a “Noite”, imagens
que, descreve o autor, “golpes velozes do olhar não
deixariam ver”. Isto porque as “Imagens” que António
Paizana escolheu partilhar assumem a “evidência”
da imobilidade. Circunstância em tudo contrastante
com o mundo que habitamos, “denso de movimentos
incessantes e dispersivos”. Nesta mostra, que decorre
até ao próximo dia 20, o autor pretende desafiar o
tempo, não competindo com ele na mesma lógica
turbulenta, mas colocando-se de parte, a uma distância
que permita ao observador “avistar algumas imagens,
talvez matriciais, capazes de reposicionar o próprio
olhar mediante um apelo vindo dos estratos profundos
da memória cultural”. António Paizana passou pela
Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e pela
École Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels, na
Bélgica. Alguns trabalhos seus são pertença da Câmara
Municipal, Governo Civil, Biblioteca Municipal e
Seminário Diocesano de Beja.
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PUB
DR
Galos de Barcelos, calçada portu-guesa, rendas de birlos. Portugal pode ir nos bolsos e cruzar países
e continentes, graças à ideia PortugalGifts, uma marca registada pelo ateliê de design de António Duro, um almodovarense que se prepara para produzir também pequenas re-cordações sobre a região natal. Segundo o de-signer , o Alentejo já goza de uma imagem de genuinidade e qualidade, mas perde-se pelo excesso de “capelinhas” e pela falta de “uma estratégia global bem definida” no que à pro-moção turística diz respeito.
O seu ateliê de design assina uma coleção de
souvenirs que se inspira em símbolos nacio-
nais, como a calçada portuguesa ou o galo
de Barcelos. O Alentejo, de onde é oriundo,
já tem aqui lugar?
O Alentejo tem, e terá sempre, o primeiro lu-gar em tudo o que eu faça. O meu trabalho de pintura e cerâmica é praticamente exclu-sivo sobre o Alentejo. O PortugalGifts tem uma índole turística, e por isso era economi-camente mais aconselhável começar por tra-balhar o tema “Lisboa” e, de uma forma ge-neralista, “Portugal”. “O Alentejo e o cante” é o centro do meu trabalho artístico; algumas destas peças vão passar a ser reproduzidas com molde e comercializadas.
Que símbolos melhor representam esta re-
gião, em seu entender?
A paisagem, a arquitetura e a gastronomia. Os nossos “centros comerciais” são os cam-pos, lindos em todas as épocas do ano; preci-samos ensinar as pessoas a apreciar e a des-frutá-los… O melhor conceito que podemos
António Duro,48 anos, natural de Almodôvar
Cursou Design no IADE, em Lisboa, e mais tarde, fez uma especialização em cerâmica, nas Caldas da Rainha. Trabalhou como designer cerâmico em diversas fábricas nacionais exportadoras e na alemã Sheurich. Em 1995, funda a Mão de Obra Design e, em 2008, a António Duro Designers, onde regista a marca PortugalGifts, que já tem loja própria em Lisboa. Como artista plástico, com uma obra muito centrada no tema Alentejo, expõe regularmente desde 1989.
preservar é a ideia que as pessoas do resto do País têm do Alentejo: que a comida é boa, que aqui se descansa, que ser alentejano é ser genuíno. Para mim, os maiores símbolos são a azinheira e o horizonte…. E o humor, no qual somos imbatíveis e particulares.
Há quem defenda que o Alentejo é a re-
gião com a identidade mais forte de toda a
Europa. Parece-lhe que este recurso está a
ser bem “vendido”?
Não concordo. Todas as regiões têm a sua identidade e são únicas. Em termos de ven-der o Alentejo, não sei se temos conseguido. Continuamos cheios de capelinhas, a pensar que todas são únicas… Precisávamos de me-nos organismos e de uma estratégia global, bem definida, e toda a gente a trabalhar para o mesmo Alentejo. Nunca ninguém pense que alguém se poderá deslocar de onde quer que seja para visitar um só concelho ou um monumento.
Enquanto responsável pelos projetos gráfi-
cos de várias instituições e empresas da re-
gião, qual tem sido o seu contributo?
Penso que o meu maior contributo passa por transmitir com a maior fidelidade que consigo aquilo que conheço e sinto, pelas experiências que aqui vivo e cap-tei ao longo do tempo. Penso que é uma mais-valia preciosa sentir e conhecer es-tes lugares e estas gentes. Não sei se serei um justo avaliador deste contributo, só os clientes do ateliê e os compradores das minhas peças o poderão dizer.
Carla Ferreira
António Duro registou a marca PortugalGifts
Azinheira, horizonte e humor são “marcas” alentejanas