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Sillas Duarte, Jr, DDS, MS, PhD Editor Chefe QDT 2018 QUINTESSENCE OF DENTAL TECHNOLOGY Edição em Português

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Sillas Duarte, Jr, dds, ms, phdEditor Chefe

QDT2018

QUINTESSENCE OF DENTAL TECHNOLOGYEdição em Português

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QDT 20184

QUINTESSENCE OF DENTAL TECHNOLOGY

QDT2018

Foto da capa de Carlos Ayala Paz

Editorial APRENDIZAGEM DA TECNOLOGIA: Inteligência Artificial 2 para Diagnóstico e Plano de TratamentoSillas Duarte, Jr, DDS, MS, PhD

Odontologia Digital Adaptada à Reabilitação Total 6 Minimamente InvasivaMasayuki Okawa, DDS/Shigeo Kataoka, CDT/Takahiro Aoki, CDT/ Koichi Yamamoto, DDS

O Conceito Slim—Etapas Clínicas para o Sucesso Final 34Iñaki Gamborena, DMD, MSD, FID/Yoshihiro Sasaki, CDT/ Markus B. Blatz, DMD, PhD

ATUALIZAÇÃO DE BIOMATERIAIS E TECNOLOGIA DIGITAL Fluxo de Trabalho Digital para Estética Multidisciplinar e 48 Reabilitação FuncionalNeimar Sartori, DDS, MS, PhD/Sara Casado, DMD, MS/ Dan Grauer, DDS, MS, MOrth, PhD/Sillas Duarte, Jr, DDS, MS, PhD

Uma Nova Ferramenta para o Plano de Tratamento Protético: 62 Uso de Procedimentos Protéticos Minimamente Invasivos (PPMI) e GETAppLeonardo Bacherini, DDS/Leornado Bocabella, CDT/Mauro Fradeani, MD, DDS

Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de 98 Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em OdontologiaCarlos A. Ayala Paz, DDS, MS

OBRA-PRIMA Reabilitação Total de um Paciente Bruxômano: 114 Uma Abordagem FuncionalMario Alessio Allegri, DDS/Cristian Marchini, DT/Allegra Comba, DDS

EDITOR CHEFESillas Duarte, Jr, DDS, MS, PhDAssociate Professor and ChairDivision of Restorative SciencesHerman Ostrow School of Dentistry University of Southern CaliforniaLos Angeles, California

EDITORES ASSOCIADOSNeimar Sartori, DDS, MS, PhD University of Southern California Los Angeles, California

Jin-Ho Phark, DDS, Dr Med Dent University of Southern California Los Angeles, California

CONSELHO DE REVISÃO EDITORIALPinhas Adar, CDT, MDT Atlanta, Georgia

Naoki Aiba, CDT Monterey, California

Oswaldo Scopin de Andrade, DDS, MS, PhD

São Paulo, Brazil

Amir Avishai, PhD Cleveland, Ohio

Markus B. Blatz, DMD, PhD Philadelphia, Pennsylvania

Ana Carolina Botta, DDS, MS, PhD Stony Brook, New York

Gerard J. Chiche, DDS Augusta, Georgia

Shiro Kamachi, DMD Boston, Massachusetts

Avishai Sadan, DMD Los Angeles, California

Thomas J. Salinas, DDS Rochester, Minnesota

Eric Van Dooren, DDS Antwerp, Belgium

Fabiana Varjão, DDS, MS, PhD Los Angeles, California

Luana C. Wright, DDS, MS, PhD Fort Lauderdale, Florida

Aki Yoshida, CDT Weston, Massachusetts

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QDT 2018 5

EDITORH.W. Haase

VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO, DIRETORWilliam G. Hartman

DIRETOR DA REVISTALori A. Bateman

PRODUÇÃO Sue Robinson

PUBLICIDADE/EDITORIAL/ SERVIÇO DE ASSINATURASEditora Napoleão Ltda.Rua Professor Carlos Liepin, 534 - Bela Vista Nova Odessa - São Paulo - Brasil -CEP 13385-000 / Fone: +55 19 3466-2063Fax: +55 19 3498-2339 www.napoleaoeditora.com.br

TRADUÇÃO DT Consultoria - Tradução, Tecnologia e InovaçãoProfissionais envolvidos: Fabio Andretti, Amanda Almeida, Juliana Delben e Lívia Zeola

CORRETORA Marise Ferreira Zappa

REVISÃO CIENTÍFICA EM PORTUGUÊS Claudia Angela Maziero Volpato

DIAGRAMAÇÃO DA VERSÃO EM PORTUGUÊSJoão Garcia

ENVIO DE ARTIGOSQDT publica artigos originais que abrangem técnicas e métodos de laboratório dentário. Para informações sobre a apresentação, entre em contato com Lori Bateman ([email protected]).

Copyright © 2018 by Editora Napoleão Ltda., 2018. Copyright © 2018 by Quintessence Publishing Co, Inc.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qual-quer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópias, gravação ou qualquer sistema de informação e recuperação, sem permissão por escrito da editora. A editora não assume qualquer responsabilidade por artigos não so-licitados. Todas as opiniões são as dos autores. Reimpressões de artigos publicados no QDT podem ser obtidas dos autores.A permissão para fotocopiar itens exclusiva-mente para uso interno ou pessoal e para o uso interno ou pessoal de clientes específicos é concedida pela Quintessence Publishing Co, Inc, para bibliotecas e outros usuários registrados no Copyright Clearance Center (CCC) desde que a taxa apropriada seja paga diretamente ao CCC (www.copyright.com).

Impresso no BrasilISBN 978-85-480-0029-4

Volume 41

Comunicação Digital sob Três Perspectivas 135Jun Hyouk Shin, DDS, MS

Reconstrução da Morfologia dos Dentes Danificados 160 pelo Desgaste Usando Tecnologia AdesivaYusuke Ninomiya, DDS/Takayuki Kobayashi, RDT/ Luiz Narciso Baratieri, DDS, MS, PhD

Aplicações Clínicas de Coroas de Zircônia Ultra-Translúcida 173Kazunobu Yamada

Abordagem Multidisciplinar Usando Extrusão Ortodôntica Lenta 189 e a Técnica de Restauração Dentoalveolar ImediataJosé Carlos Martins da Rosa, DDS, MSc, PhD/Juliana Romanelli, DDS, MSc/ Luis Eduardo Calicchio, DDS

Reabilitação Total com a Técnica de Injeção de Resina Fluida 204Enrique Diaz, DDS/Julian Conejo, DDS, MSc/Julio Flores, CDT/ Markus B. Blatz, DMD, PhD

Reabilitação Estética de um Arco Edêntulo Usando 219 uma Abordagem Totalmente DigitalTae Kim, DDS/Fabiana Varjão, DDS, MS, PhD/Sillas Duarte, Jr, DDS, MS, PhD

Perfil de Emergência: Relação entre Morfologia, 228 Biologia e Estética Stefano Inglese, CDT

Restauração Estética com Facetas de Cerâmica em um Caso 243 de Erupção Passiva Alterada: A Escolha Adequada dos Materiais é a ChaveDavide Bertazzo

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

Carlos A. Ayala Paz, DDS, MS

Ortodontista Universidade Cayetano Heredia, Lima, Peru

E-mail: [email protected]

Website: www.flickr.com/photos/carlos_ayala

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Amacrofotografia é essencial na Odontologia para do-cumentação, manutenção de registros e comunica-ção entre colegas e pacientes. No entanto, um dos

maiores benefícios da macrofotografia em Odontologia é seu papel no processo de aprendizagem, uma vez que a fotografia dental pode ser usada como uma ferramenta educacional.

Diferentes técnicas e o uso de lentes e ópticas adapta-das às vezes são necessários para capturar a beleza das estruturas dentárias. Uma das áreas mais sensíveis da ma-crofotografia é o controle da profundidade de campo. So-mente através da compreensão da profundidade de campo, é possível capturar a beleza do mundo macro.

2 QDT 2018

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AYALA PAZ

QDT 20183 Edição em português

As lentes macro (100 mm e 60 mm) são essenciais para capturar os detalhes da cavidade oral. Ao usar uma abertura fechada (f/32) com uma lente macro de 100 a 105 mm na proximidade máxima, é possível obter uma profundidade de campo de 6 mm. Por outro lado, com uma lente macro de 60 mm na proximidade máxima, é possível obter uma profundidade de campo de 12 mm.

A maioria das lentes fotográficas não é capaz de aumen-tar além de 1:1. As lentes macro são capazes de atingir uma proporção de reprodução de 1:1 (1X na proximidade máxi-ma da lente/tamanho real ou projeção real), 1: 2 (redução da metade do tamanho real), 1: 4 (redução de um quarto), e até 1:10 (redução de um décimo) (Figs 1 e 2).

A mesma amostra ampliada em 5:1 (5X) com uma profun-didade de campo de 0,02 mm (20 μm) em uma objetiva de

microscópio com valor de diafragma de f/0,25 capaz de 1:1, 2:1 (2X, ou dupla ampliação), 3:1, 4:1 e até 5:1 (ampliação de 5X). À medida que a ampliação aumenta, a profundidade de campo e a área de foco útil diminuem. Por exemplo, com uma ampliação de 5:1, a profundidade de campo será reduzida para apenas 0,5 mm, mesmo na abertura mais fechada (por exemplo, f/16 da Canon MPE-65). O resultado seria uma imagem final que é inútil (Figs 3a,b).

Para uma profundidade de campo adequada na fotogra-fia dentária, deve ser usada uma pequena abertura (f/22, f/32 ou menor). Nessas aberturas pequenas, um fenômeno óptico - conhecido como difração da luz - ocorre quando o caminho da luz é alterado à medida que passa pela pequena abertura; isso provoca uma diminuição da nitidez que pode ser observada em aumentos superiores a 300% (Fig 4).

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Figs 1 e 2 Relação de reprodução de lente macro de 100 mm, de 1:1 a 0,3 metros de distância de trabalho até 1:10 a 1,25 metros de distância de trabalho - em um sensor full-frame.

Fig 3a Amostra plana (zircônia) usinada por CAD/CAM em 1:1 com uma lente macro de 100 mm a f/22 com profundidade de campo de 3 mm.

Fig 3b A mesma amostra ampliada em 5:1 (5X) com uma profundidade de campo de 0,02 mm (20 μm) em uma objetiva de microscópio com valor de diafragma de f/0,25.

3a 3b

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

QDT 2018 4Edição em português

A difração da luz pode ocorrer com uma abertura de f/11 ou menor. A maioria das fotografias dentárias terá uma alta fração de índice de luz com perda de nitidez. No entanto, esta perda de nitidez é quase impossível e nos permite obter uma profundidade de campo aceitável.

Para gerar o nível máximo de nitidez, deve-se usar um valor f não superior a f/11; isso é conhecido como “ponto de abertura” da lente. No entanto, isso seria inaceitável na fotografia macroclínica devido à fraca profundidade de campo em f/11 (Figs 5a-e).

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5a 5b

5c 5d

5e

Fig 4 Relação de difração de luz com abertura.

Fig 5 Profundidade de campo em (a) f/5.6, (b) f/8, (c) f/11 (provavelmente o ponto de abertura desta lente), (d) f/18 e (e) f/32 com uma lente macro de 100 mm.

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AYALA PAZ

QDT 20185 Edição em português

Para a micro e macrofotografia científica/de natureza, tanto a nitidez como o controle absoluto da profundidade de campo são essenciais. Ao ultrapassar as leis da óptica, tanto a nitidez quanto o controle da profundidade de campo po-dem ser alcançados pela fotografia digital com o uso de software especializado.

Para gerar uma imagem com profundidade de campo controlada, deve ser feita uma varredura fotográfica do ob-jeto. A varredura fotográfica capta uma série de diferentes áreas focadas em diferentes imagens que serão mescla-das ou empilhadas usando um software dedicado. Isso é

conhecido como técnica de empilhamento de foco. A téc-nica de empilhamento de foco permite que o fotógrafo use qualquer quantidade de ampliação ao obter controle total da profundidade de campo (Figs 6a-c).

As principais vantagens do empilhamento de foco são (1) desenvolver uma imagem perfeitamente focada com extraordinária profundidade de campo, (2) criar uma ima-gem ultra-nítida (mesmo que ampliada até 300%) sem difração de luz (Figs 7a-c ), e obter maior resolução do que um microscópio sofisticado quando uma lente de aumento é usada (Figs 8a-c).

Fig 6a Ponto A (ponto de início do escaneamento) na amostra apresentada na Fig 3 ampliada a 5:1, com uma profundidade de campo de 0,02 mm (20 μm) em uma objetiva de microscópio com abertura f /0,25.

Fig 6b Ponto B (ponto final do escaneamento) na amostra mostrada na Fig 3.

Fig 6c Exemplo após o processo de empilhamento de foco, feito com 481 imagens. Observe a fibra de nylon que não era visível anteriormente.

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

QDT 2018 6Edição em português

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Fig 7a Imagem da face palatina de um incisivo central superior composto por 485 imagens diferentes, empilhadas usando uma lente de microscópio e software de computador. Ampliação: 5:1.

Fig 7b A mesma imagem que na Fig 7a aumentada 100%. Observe como os detalhes são preservados.

Fig 7c A mesma imagem que na Fig 7a aumen-tada 300%. Observe a nitidez e a riqueza dos detalhes.

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QDT 20187 Edição em português

Fig 8a Empilhamento de foco de incisivo central superior composto por 493 imagens diferentes, empilhadas usando uma lente de microscópio. Ampliação: 5:1 (5X) com profundidade de campo de 0,02 mm (20 μm).

Fig 8b Empilhamento de foco de coroa de zircônia fraturada posterior composta por 50 imagens empilhadas com lente acoplada reversa de 35 mm. Ampliação 2:1 (2X) com profundidade de campo de 1,5 mm.

Fig 8c Empilhamento de foco de um parafuso angulado composto por 90 imagens empilhadas com uma lente acoplada reversa de 35 mm com tubo de extensão de 52 mm. Ampliação 3:1 (3X) com profundidade de campo de 0,5 mm.

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

QDT 2018 8Edição em português

MÉTODOS DE EMPILHAMENTO DE FOCO

Método A: Câmera estática e escaneamento de foco com a lente

Neste método, a câmera e o objeto permanecem estáticos em um tripé e estande e é necessário usar uma lente com um anel de foco. Pode usar uma lente mecânica, movendo o foco para fazer uma varredura manual. O autofoco (eletromecâni-co) também pode ser usado, o que permitirá a conexão da

câmera (via cabo de dados) a um computador e software de-dicado (Helicon Remote, http://www.heliconsoft.com/heli-consoft-products/helicon-remote/) (Fig 9). Este software controla o processo de empilhamento. Ele também ajuda a calcular o número de imagens necessárias. Para este proce-dimento, o fotógrafo seleciona a abertura (valor f no ponto de abertura) e atribui os pontos inicial e final para o processo de digitalização fotográfica (Fig 10).

O método A é aplicável para uma faixa de reprodução de 1:1. Pode ser utilizada uma lente macro eletromecânica convencional de 105 mm, 100 mm, 85 mm ou 60 mm.

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Fig 9 Câmera e lente macro de 100 mm com cabo conectado a um computador com o software Helicon Remote.

Fig 10 Software Helicon Remote com configurações usuais na câmera para o método A.

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QDT 20189 Edição em português

Método B: Movendo a câmera e a lente para a varredura de foco

Este é o método mais versátil, pois permite o uso de qual-quer tipo de lente e adaptações para obter uma amplia-ção de 1:1, 1:5 (5X), 1:10 (10X) ou maior. Um trilho macro é necessário para avançar a câmera e o complexo da lente. O trilho pode ser mecânico ou eletrônico. De acordo com a ampliação e profundidade de campo da lente utilizada, o fotógrafo pode avançar o trilho em milí-metros ou microns (Fig 11).

LENTES E TRILHOS MACRO

Para o método A, a lente ideal é a lente macro de 100/105 mm. É preferível uma lente macro mecânica com uma roda de foco ampla, uma vez que permite um processo de digi-talização mais suave e preciso. Uma lente controlada ele-tronicamente é mais fácil de operar usando um computador conectado à sua câmera por cabo de dados (tipo USB) e software de foco remoto.

Para o método B, existem várias opções dependendo da quantidade de ampliação que o fotógrafo precisa:• Lente macro de 100/105 mm com tubos de extensão.• Lentes normais (50 mm) com tubos de extensão. Até

1:1 pode ser alcançado com uma extensão de uma lente acoplada reversa de 50 mm. Uma reprodução de 1:1 também pode ser alcançada com uma lente acoplada de 50 mm sem macro invertida com um adaptador especial (Nikon BR2 ou adaptador semelhante para Canon). Um tubo de extensão de 50 mm pode ser adicionado para obter uma reprodução de 2:1.

• Lente de 35 mm invertida acoplada (Figs 12a,b). Quase 2:1 podem ser obtidos. Uma extensão de 50 mm pode ser adicionada para atingir 3:1.

• Lentes especializadas: Canon MPE-65 mm (até 5:1) e Mitakon Zhongyi 20 mm f /2 (até 4,5:1).

Lente de 35 mm invertida acoplada (Figs 12a,b). Quase 2:1 podem ser obtidos. Uma extensão de 50 mm pode ser adicionada para alcançar 3: 1 Os trilhos mecânicos são ideais para a varredura de curta distância (Velbon Super Mag Slider Macro Rail ou Kirk SRS-7 Slide Rail System). Os trilhos eletrônicos incluem o Stack Shot, um trilho ma-cro automático de Cognisys (Fig 13).

Fig 11 Câmera DSLR Nikon D810 com lente invertida de 35 mm e dispositivo Stack Shot (trilho e controlador).

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

QDT 2018 10Edição em português

Fig 12a Lente Nikon de 35 mm 1.8G com adaptador BR2 para acoplamento reverso.

Fig 12b Lente Nikon de 35 mm 1.8G invertida acoplada na câmera.

Fig 13 Trilho macro Stack Shot com o controlador e o cabo do obturador para câmera.

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ILUMINAÇÃO

Tanto a luz contínua como o flash são aceitáveis para a fotografia de empilhamento de foco. A única vantagem de usar luz contínua (luzes LED) é para modelagem e contro-le de sombras. As desvantagens da luz contínua são mui-tas: o controle da temperatura de cor é complicado, devem ser utilizadas luzes muito intensas para que o tempo de

exposição não seja demasiado prolongado e um tripé mui-to estável deve ser usado.

Para a fotografia com flash, pode-se escolher entre flashes circulares, flashes acoplados ou luzes de estúdio. A temperatu-ra da cor, a intensidade da luz e o tempo de exposição são fa-cilmente compensados. O uso do tripé também é importante, mas como o tempo de exposição é curto e há sincronização do flash, a instabilidade ou vibração é mais controlável.

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QDT 201811 Edição em português

Configuração de abertura

Sempre use o ponto de abertura de sua lente. A regra para encontrar esse ponto de abertura de meio alcance é contar duas paradas f completas (as configurações de abertura são chamadas de paradas f da abertura mais ampla). Se a abertu-ra mais larga de uma lente for f 3,5, então duas paradas com-pletas de lá fariam o ponto de abertura em torno de f/7.

Velocidade do obturador

Se estiver usando luz contínua, a velocidade do obturador dependerá da intensidade do iluminador; o medidor de ex-

posição da câmera calcula a exposição correta. Se estiver usando flash, uma velocidade de sincronização de flash de 1/125 a 1/250 segundo é usada para sincronizar qual-quer tipo de flash.

Escala ISO

O valor ISO compensa a intensidade da luz. Ao usar o flash, é mais fácil estar dentro de uma faixa ideal de ISO 100 a 400 para evitar o ruído digital (Fig 14).

Fig 14 Configurações habituais na câmera para o método B.

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

QDT 2018 12Edição em português

PROCEDIMENTOS

Método A com lente macro de foco automático

1. Prepare e conecte sua câmera ao seu computador com o software de foco.

2. Ajuste as configurações: ISO, velocidade do obturador para sincronização do flash e abertura (sempre no ponto neutro).

3. Ajuste a potência do flash e controle a exposição.4. Selecione o ponto inicial A e o ponto final B da varredu-

ra; o software calculará o número de imagens que você precisa com base no valor do diafragma.

5. Inicie o processo.

Método B com lente macro sem foco automático e trilho de macro

1. Escolha a lente e a taxa de ampliação.2. Ajuste as configurações: ISO, velocidade do obturador

para sincronização do flash e abertura (sempre no ponto neutro).

3. Ajuste a potência do flash; corrija a exposição.4. Selecione o ponto inicial A e o ponto final B da varredu-

ra; calcule o número de imagens que você precisa com

base na área de profundidade de campo gerada pelo seu valor de diafragma e sua ampliação de lente.

5. Defina o número de disparos no controlador. 6. Inicie o processo.

SOFTWARE DE EMPILHAMENTO DE FOCO

Embora o Adobe Photoshop possa empilhar imagens, não é a ferramenta ideal para este trabalho. Um software especializado desenvolvido exclusivamente para fotogra-fia de empilhamento de foco está disponível: Zerene Sta-cker e Helicon Focus. Este autor experimentou vários softwares e o Helicon parece ser o mais simples e eficaz (Figs 15a-d). Além disso, a Helicon disponibiliza o Heli-con Remote para controlar a lente e a câmera caso o fo-tógrafo queira usar o método A. Em ambos os casos, o processo é muito simples e requer alguns passos.

Depois de obter as imagens, arraste-as para a janela do software:

1. Selecione o método de empilhamento.2. Inicie o processo (botão de renderização).3. Salve a imagem final (pode ser guardada em diferentes formatos).

Fig 15a Imagem direta de uma amostra de coroa de zircônia pré-sinterizada a 1:1 com uma lente macro de 100 mm com valor do diafragma f/22.

Fig 15b Software Helicon Focus empilhando 41 imagens capturadas com uma lente acoplada reversa de 35 mm.

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Fig 15c Resultado final do processo com taxa de reprodução de 3: 1.

Fig 15d Resultado final com relação de reprodução 5:1 com uma lente de microscópio (444 imagens empilhadas).

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Edição em português

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CONCLUSÃO

A técnica de empilhamento de foco, aqui descrita pela pri-meira vez especificamente para uso em fotografia dental, oferece a possibilidade de obter imagens de alta amplia-ção com alto detalhe, resolução e amplificação digital até 300%. Essas imagens podem oferecer um grande poten-cial para educadores dentários e outros profissionais den-tários que desejam aprender e explorar a fotografia dental com equipamentos simples e acessíveis.

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Macrofotografia com Empilhamento de Foco: Obtenção de Resolução Ultra-Alta e Grandes Ampliações em Odontologia

QDT 2018 16Edição em português

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ISBN

978-

85-4

80-0

029-

4