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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO SÃO FRANCISCO - ENSINO FUNDAMENTAL SUB-SEDE SÃO FRANCISCO – SANTA HELENA – PARANA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SANTA HELENA 2011 1

ENSINO FUNDAMENTAL - ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO … · Art. 32 – O ensino Fundamental, com duração mínima de oito anos obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo

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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO SÃO FRANCISCO - ENSINO FUNDAMENTAL

SUB-SEDE SÃO FRANCISCO – SANTA HELENA – PARANA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SANTA HELENA

2011

1

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................5

2. IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................8

2.1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO........................................................8

3. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO …..............................................................9

4. NIVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS.........................................10

5. DIANÓSTICO ….....................................................................................................10

5.1. REALIDADE DA SOCIEDADE............................................................................11

5.2. QUADRO DE PESSOAL….................................................................................25

5.2.1 .CORPO DOCENTE ….....................................................................................25

5.2.2. AGENTE EDUCACIONAL................................................................................26

5.2.3. PROFESSORA PEDAGOGA...........................................................................26

5.3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA INSTITUIÇÃO.................................................27

5.4. RECURSOS MATERIAIS....................................................................................28

5.5. FUNCIONAMENTO – ORGANOGRAMA............................................................32

6. FUNDAMENTAÇÃO...............................................................................................33

6.1. CONCEPÇÕES …..............................................................................................34

6.2. CURRICULO.......................................................................................................45

6.3. AVALIAÇÃO........................................................................................................47

6.3.1. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ….................................................................48

6.4. APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONARIOS....................50

6.5. CONSELHO ESCOLAR......................................................................................50

6.6. GREMIO ESTUDANTIL.......................................................................................51

6.7. DIREÇÃO............................................................................................................51

6.8. EQUIPE PEDAGÓGICA......................................................................................51

6.9. AGENTE EDUCACIONAL II................................................................................51

6.10. AGENTE EDUCACIONAL I...............................................................................52

6.11. PRÉ - CONSELHO, CONSELHO DE CLASSE E PÓS-CONSELHO...............52

7. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES....................................................................................53

7.1. SALA DE RECURSOS........................................................................................53

7.2. FORMAÇÃO CONTINUADA...............................................................................54

2

7.3. HORA ATIVIDADE..............................................................................................54

7.4. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM …...........................................................55

7.5. PLANOS E METAS DA ESCOLA........................................................................55

7.5.1. GESTÃO DEMOCRÁTICA – DIREÇÃO …......................................................55

7.5.2. GESTÃO DEMOCRÁTICA – EQUIPE PEDAGÓGICA …................................58

7.5.3. GESTÃO DEMOCRÁTICA – AGENTE EDUCACIONAL I …...........................60

7.5.4. GESTÃO DEMOCRÁTICA – AGENTE EDUCACIONAL II..............................61

7.5.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA – CORPO DOCENTE...........................................62

7.5.6. GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO ESCOLAR.....................................63

7.5.7. GESTÃO DEMOCRÁTICA – APMF.................................................................64

7.5.8. GESTÃO DEMOCRÁTICA – GREMIO ESTUDANTIL …................................65

7.5.9. GESTÃO DEMOCRÁTICA – CONSELHO DE CLASSE ….............................67

7.5.10. GESTÃO DEMOCRÁTICA -REPRESENTANTE DE TURMA.......................68

7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA...............................................................................70

7.6.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA – AVALIAÇÃO …..............................................70

7.6.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS..........................71

7.6.3. PROPOSTA PEDAGOGICA – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS....................72

7.6.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA – HORA ATIVIDADE..........................................73

7.6.5. PROPOSTA PEDAGOGICA – FORMAÇÃO CONTINUADA...........................73

7.6.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA – USO INDEVIDO DE DROGAS........................74

7.6.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA – ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA NA

ESCOLA.....................................................................................................................75

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................77

ANEXO 1 – PLANTA BAIXA DA ESCOLA

ANEXO 2 – MATRIZ CURRICULAR

ANEXO 3 – ATIVIDADES COMPLEMENTARES DE CONTRATURNO E HORA

TREINAMENTO

3

1. INTRODUÇÃO

“O verdadeiro patrimônio nacional e a chave para abrir as portas do futuro não estão nas empresas, mas no eficiente sistema de educação”, (BOECHAT, p.95).

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual do Campo São Francisco –

Ensino Fundamental, do Distrito de Sub Sede São Francisco, do Município de Santa

Helena, Núcleo Regional de Educação de Toledo - Paraná, apresentado à

comunidade escolar local, tem a finalidade de direcionar a ação pedagógica da

escola, fazer dela um local privilegiado para se aprender a viver e conviver com

êxito.

Justifica-se a apresentação deste Projeto Político Pedagógico, pela Lei

9.394/96, Art. 12 Incisos I – Onde consta que: “Os estabelecimentos de ensino,

respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência

de:

I – Elaborar e executar sua proposta pedagógica.

Artigo 13 e 14 – Definem as incumbências docentes com relação ao projeto

político pedagógico.

Artigo 13 I – Os docentes devem participar da elaboração da proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino.

Artigo 14 I – Participação dos profissionais de educação na elaboração do

projeto pedagógico da escola.

Seguem algumas dimensões que fundamentam o trabalho de elaboração do

Projeto Político Pedagógico:

Projeto: Transmite a ideia de lançar para diante sonho, utopia, construção

coletiva na perspectiva da realização de um sonho.

Político: Este pressupõe a opção e compromisso com a formação do cidadão

para um determinado tipo de sociedade. A dimensão política se cumpre na medida

em que ela se realiza enquanto prática pedagógica, essa dimensão reside na

possibilidade de efetivação da finalidade da educação/escola que são: a formação

do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo.

4

Pedagógico: Deve constar a identificação dos elementos naturais e culturais

necessários à constituição da humanidade em cada ser humano e à descoberta de

formas adequadas ao atendimento desse objetivo, forma de organização dos

elementos necessários à assimilação do saber, fazendo a distinção entre o principal

e o secundário, o fundamental e importante ao acessório.

Baseado nesses fundamentos, concluímos que o Político e o Pedagógico, são

indissociáveis, porque propiciam a vivência democrática necessária à participação

de todos os membros da Comunidade Escolar e à preparação ao exercício da

cidadania.

Conforme VEIGA, 2000, p. 9:

“O projeto pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e cientifico, constituindo-se em compromisso político e pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças existentes entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico administrativa, pais, alunos e representantes da comunidade local. É, portanto, fruto de reflexão e investigação”.

Conforme diz a LDB, a educação não é uma mera transmissão de

conhecimentos e informações. A educação abrange vários modos de formação do

ser humano: o trabalho, as manifestações culturais, o aprendizado na escola e na

faculdade, entre outros. A educação escolar deve estar relacionada ao mundo do

trabalho e à vida em sociedade, é um dever da família e do estado (Governo-poder

público).

Segundo a LDB, a pessoa é educada para o seu desenvolvimento, para a

cidadania e para o trabalho.

Os significados dessas palavras precisam ser compreendidos na maior

amplitude possível. O significado da palavra trabalho, por exemplo, não pode ser

limitado à ideia de emprego, serviço, uma atividade que as pessoas desenvolvem

somente para garantir a sobrevivência. Acima de tudo, o trabalho deve ser destinado

ao desenvolvimento das potencialidades do ser humano, para proporcionar-lhe

5

prazer, melhorar sua vida e a vida de toda sociedade.

O papel da escola está subordinado às diretrizes estabelecidas pela União e

às normas do sistema de ensino (Federal, Estadual e Municipal). Nesse contexto, a

escola, em co-participação com todos os seus membros, deve:

• Elaborar e executar sua proposta pedagógica;

• Administrar seus recursos humanos, materiais e financeiros;

• Assegurar o cumprimento do ano letivo e das horas-aula;

• Estabelecer meios de recuperação dos alunos com menor rendimento;

• Participar do planejamento e da avaliação da escola;

• Participar das atividades de desenvolvimento profissional;

Na seção III, conforme a Lei 9394/96 o Ensino Fundamental:

Art. 32 – O ensino Fundamental, com duração mínima de oito anos obrigatório e

gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;

Portanto, para a comunidade local, a escola propicia condições para exercício

da cidadania de maneira efetiva, resgate dos valores familiares e sociais, além de

possibilitar o conhecimento científico, incluindo informações gerais sobre as

diversas opções no mercado de trabalho.

Destaca-se que, para melhor atender a comunidade do campo que a escola

recebe, os objetivos do planejamento anual são direcionados com atividades que

valorizem sua maneira de ver e lidar com o meio, seus valores e ampliar seus

conhecimentos a fim de atender da melhor maneira, tanto aos alunos que queiram

permanecer no campo com maior eficiência quanto os que dele desejam sair,

conforme Resolução CNE Nº 01/02.

6

2. IDENTIFICAÇÃO

2.1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:

NOME: Escola Estadual do Campo São Francisco - Ensino Fundamental

ENDEREÇO: Localizada em Sub-Sede São Francisco, Santa Helena.

LOGRADOURO: Rua Paraná, S/N.

MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná.

CURSOS QUE OFERTA: Ensino Fundamental – Anos finais - 6o, 7o, 8o e 9o ano.

HORÁRIO: Das 07h20 min às 11h30 min e 13h00 min às 17h10 min.

AUTORIZAÇAO DE FUNCIONAMENTO: Res. 4. 191/83 DOE 30/12/83

RECONHECIMENTO DO ESTABELECIMENTO: Res. 4. 167/85 DOE 0/09/85

RECONHECIMENTO DO CURSO: Res. 4.167/85 DOE 0/09/85

EMAIL: [email protected]

SITE: shasaofrancisco.seed.pr.gov.br

IDEB 2009: 5,0

3. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

Em virtude da continuidade dos estudos já iniciados no Grupo escolar

Tiradentes, 1ª a 4ª série, é que no dia 16 de julho de 1978 fundou-se o setor

“Campanha Nacional de Escolas de Comunidade (CNEC)”, e foi criada a escola de

1º Grau, a Escola Cristo Rei – Ensino de 1º Grau.

A Escola funcionou de forma gradativa, iniciando a 5ª série no ano de 1979

com 40 alunos. Durante os 5 anos de funcionamento da escola, ela atendeu 492

alunos.

Foi extinta em 22 de agosto de 1984, pela resolução nº 6.522/84, devido às

dificuldades de manutenção e impossibilidade de manter as despesas com

mensalidades e com o transporte escolar. Em Função da Escola Cristo Rei – Ensino

de 1º Grau, ser particular, regida pela CNEC (Campanha Nacional de Escolas da

Comunidade) ser extinta, surgiu a oportunidade de a comunidade reunir-se e fundar

a Escola Estadual São Francisco – Ensino de 1º Grau, em 23 de dezembro de 1983,

7

começando no ano de 1984, gradativamente com a 5ª série.

No dia 4 de fevereiro de 1984, a comunidade escolar reuniu-se e fundou as

três últimas séries do 1º Grau, ou seja, a 6ª, 7ª e 8ª série.

Devido à localização geográfica da escola, situada em um distrito cuja

distância da sede do município é de 9 km, atendendo às populações rurais em suas

mais variadas formas de produção da vida – agricultores familiares, extrativistas,

pescadores artesanais, ribeirinhos e outros - esta instituição é considerada Escola

do Campo.

4. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

Atualmente a escola atende em torno de 200 alunos de 6º a 9º ano, nos

períodos matutino e vespertino, compartilhada com a Escola Municipal Tiradentes,

sendo que a estrutura física pertence ao Município.

OFERTA DE CURSOS

ANO TURMA ALUNOS MATRICULADOS/FREQUENTANDO6º ANO “A” 27

“B” 287º ANO “A” 29

“B” 288º ANO “A” 22

“B” 219º ANO “A” 23

“B” 19

5. DIAGNÓSTICO

Quanto aos dados estatísticos da aprendizagem, evolução escolar, evasão e

reprovação, a Escola Estadual do Campo São Francisco, no ano de 2010,

apresentou os seguintes dados:

Ano Aprovação Reprovação Evasão6º Ano 19 7 07º Ano 20 4 08º Ano 21 1 0

8

9º Ano 16 0 0

Dentre os problemas e necessidades da comunidade local, destacou-se a

desmotivação de alunos que apresentam defasagem idade X ano e alguns casos de

alunos que saem da escola para auxiliar na economia familiar, nestes casos são

encontrados alguns métodos diferenciados (ilícitos) para aumentar a renda familiar,

o que altera a comunidade, seus valores e ocasiona a evasão.

5.1. REALIDADE DA SOCIEDADE

Negros, brancos, índios e mulatos, ricos e pobres, comerciantes, lavradores,

pescadores, e outros mais, sábios e ingênuos. A rica e bela diversidade cultural

contrasta com a forte e massacrante diferença sociocultural. Somos uma nação

sofrida na sua maioria, angustiada por uma condição de “neo-colônia”. Se outrora se

sofreu com o colonialismo direto e oficial português, hoje se muda apenas a

oficialidade e a nação metrópole. Somos ainda forçados a ouvir a célebre frase que

“brasileiro é um povo sem história”, quando o correto talvez fosse “desconhecedor

desta”, por várias razões alheias à sua própria vontade. Ninguém é capaz de

reconhecer algo sem ter condições para isto.

É desta brava gente que se constitui o Brasil. Um povo que luta para se

manter alegre (ao menos) na sua condição de vivente. Uma nação rica em recursos

naturais e humanos, mas pobre de condições de vida. Para piorar a situação de

pobreza do povo brasileiro, o país, seguindo os interesses internacionais destes

últimos vinte e cinco anos (EUA e Inglaterra), adotou o modelo Neoliberal,

privatizando as empresas estatais, realizando também uma liberalização radical das

importações, cortando os tributos que controlavam a importação do Brasil, de

produtos do exterior. O resultado foi a quebradeira de parte das nossas indústrias,

que geraram cortes nos empregos e um déficit comercial, fazendo com que fossem

obrigados a recorrer a empréstimos de dinheiro estrangeiro, elevando assim, ainda

mais, nossa dívida externa, sacrificando mais o povo brasileiro, devido aos cortes

nos investimentos sociais.

O povo brasileiro em 2.002 elegeu um novo presidente com a esperança de

mudanças radicais no modelo neoliberal e implantação de um modelo que

9

atendesse os seus anseios, mas o que vemos é o continuísmo desse mesmo

modelo que continua a privilegiar o capital e não o social. Para completar as

denúncias de corrupção de pessoas de alto escalão do Governo Federal, tirando

milhões/bilhões de reais dos cofres públicos que serviriam para melhorar a

infraestrutura e o atendimento social do povo mais necessitado.

Quanto ao estado do Paraná, estava seguindo o modelo descrito acima,

privatizações das empresas estatais, modelo de administração que atendesse as

grandes corporações industriais, instalando no estado indústrias de automóveis de

luxo, privilegiando-as com isenções de impostos estatais, em detrimento de

indústrias de tratores, agroindústrias, que certamente facilitariam a vida do homem

do campo e gerariam mais empregos para nossa gente, pois somos um estado

fortemente agrícola, principalmente no Oeste do estado.

Com a política atual do governo, as privatizações deixaram de acontecer e o

governo tem procurado atender os mais necessitados com várias ações no campo

social. No campo educacional, a partir de 2002, realizaram-se concursos públicos

efetivando inúmeros profissionais da educação.

Para falar do município, reporta-se à formação do Lago de Itaipu em 1982,

quando Santa Helena perdeu uma extensa área agricultável (33%) e grande parte

de sua gente que foi obrigada a deslocar-se para outros municípios, estados e até

para o exterior. O município enfrentou grandes dificuldades econômicas e o

descrédito daqueles que ficaram. A partir de 1.988, com a nova Constituição

Brasileira, foi aprovada a lei que garantia que os municípios que perdessem terras

em razão da formação de hidrelétricas, seriam ressarcidos com indenizações, os

chamados Royalties.

Após o início do recebimento deste dinheiro, Santa Helena conheceu um

período de desenvolvimento, destacando-se na infraestrutura e bem estar social do

povo. O dinheiro facilitou a implantação de estradas rurais com pedras irregulares,

abastecedores de água comunitários, reformas, ampliações e construções de

escolas municipais, entre outras.

A comunidade de Sub-Sede surgiu em 1959, com migrantes oriundos do Rio

Grande do Sul e de Santa Catarina; no ano de 1999 tornou-se Distrito, passando a

chamar-se Sub-Sede São Francisco, formado por agricultores, pescadores e alguns

10

comerciantes.

Referindo-se mais estritamente à faixa etária dos alunos da escola, cabe

ressaltar que o Ensino Fundamental séries finais abrange da infância à

adolescência. A infância é um período de grande desenvolvimento físico, marcado

pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança, especialmente nos

primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isto, é um período

onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais

mudanças no comportamento da pessoa e na aquisição das bases de sua

personalidade.

A adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição

entre a infância e a idade adulta. Essa fase caracteriza-se por alterações em

diversos níveis: físico, mental e social, e representa para o indivíduo um processo de

distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de

aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres

e papeis sociais do adulto. Adolescência e juventude são fenômenos de forte

caracterização cultural e sua definição está intimamente ligada à transformação da

compreensão do desenvolvimento humano e também à transformação da forma

como cada geração adulta se define.

Partindo dessas definições, foram elaborados e enviados aos pais

questionários para ampliar o conhecimento da realidade da comunidade escolar e,

dessa forma adequar o planejamento para promover e alcançar os objetivos

referentes ao processo ensino e aprendizagem.

A seguir apresenta-se o perfil socioeconômico, histórico e cultural da

comunidade escolar:

1161%

5%

34%

1%

Raça

branca negra parda indígena Outra

Inicialmente ressaltamos o levantamento referente às etnias, constatou-se

que: 61% são brancos, 34% são pardos, 5% são negros e 1% possui descendência

indígena.

Conforme pesquisa realizada com a comunidade escolar, constatamos que os

pais são: 50% casados, 16% união estável, 14% separados, 7% viúvos e 13%

solteiros. Conclui-se que em sua maioria as famílias são legalizadas, acreditamos

que é de suma importância às boas relações familiares, pois refletem no convívio

social, nos valores necessários para o desenvolvimento do saber e da educação,

bem como o bom relacionamento como cidadão.

12

28%

25% 19%

5%

11%12%

Quantidade de Irmãos

UmDoisTrêsQuatro cinco ou mais nenhum

50%

7%13%

14%

16%

Estado Civil

CasadoViúvoSolteiroSeparadoUnião estável

Neste gráfico percebeu-se que, devido às dificuldades econômicas que se

tornam cada vez mais significantes, a sociedade atual começou analisar a

importância do controle da natalidade, pois as condições de manter ou subsidiar na

família as questões socioeconômicas tornam-se cada vez mais complicadas,

havendo uma conscientização nesse sentido.

Conforme o gráfico acima, 36% dos pais recebem 01 salário mínimo, 26%

recebem 02 salários mínimos, 19% três ou mais salários mínimos, 18% menos de 01

salário mínimo.

13

18%

36%26%

19%

Nivel Salarial

Menos de 01 salário mínimo01 salário mínimo02 salários mínimos03 ou mais salários mínimos

77%

16%

8%

Moradia

própria alugadacedida

Percebeu-se, através dos questionários, que 77% possuem casa própria, 16%

possuem casa alugada e 8% moram em casas cedidas por amigos ou parentes.

Em nossa

comunidade

escolar, notou-se

que os pais, em

sua maioria, 46% estão empregados, 20% são agricultores, 14% estão

desempregados, 12% são autônomos, 8% outros. Isto leva à instabilidade financeira,

podendo influenciar no comportamento de seus filhos e no aproveitamento escolar.

Quanto às mães, 34% estão empregadas, 23% do lar, 20% desempregadas, 14%

agricultoras, 8% autônomas.

14

46%

14%

12%

20%

8%

Situação do Trabalho do Pai

EmpregadoDesempregadoAutônomoAgricultorOutro

34%

20% 8%

14%

23%

Situação do trabalho da Mãe

EmpregadaDesempregadaAutônomaAgricultoraDo lar

As famílias possuem rádio 25%, televisão 38%, os quais utilizam como forma

de lazer e informação.

Constatou-se que, em nossa comunidade escolar, são poucas famílias que

têm acesso à Internet, ou até mesmo que possam adquirir computadores para

utilizá-los em suas residências, apenas 27%. A própria escola possui laboratório de

informática, mas devido a problemas técnicos e falta de funcionário específico para

atender não é muito usado.

15

27%

52%

21%

Tem computador/internet em casa

SimNãoSó computador, sem internet

38%

25%3%

17%

16%

Meio de comunicação mais usado

TVRádioJornal escritoInternetComentários de outras pessoas

Os alunos, ao serem questionados sobre o acesso à internet, disseram que

30% acessa na Lan House, 24% na casa de parentes, 18% na casa de amigos, 18%

em casa, 7% não acessa e 3% em outros lugares que não informaram.

Quanto à

participação das famílias em grupos sociais ou o convívio social, concluímos que

não há um grande envolvimento.

72% das famílias não participam de nenhuma entidade social e os demais

participam de clube de mães, damas, amigos do cavalo, moto clube e outros.

16

10%5%

13%

72%

Entidade Social que participa

Clube de mães e damas Clube de idososOutros (moto clube, amigos do cavalo,baralho etc.)Nenhum

18%

7%

30%24%

18%3%

Onde acessa internet

Em casaNão acessoLan houseCasa de parentesCasa de amigosOutro

Em relação à escolaridade das mães, 4% são analfabetos, 48% concluíram o

Ensino Fundamental séries iniciais, 20% concluíram o Ensino Fundamental séries

finais, 21% Ensino Médio Completo, 4% concluíram uma graduação e 4% outros

cursos.

Em relação aos pais, 50% possuem o Ensino Fundamental séries iniciais,

27% Ensino Fundamental séries finais, 15% Ensino Médio Completo, 6%

Analfabetos, 1% Ensino Superior e 1% outros cursos.

Percebeu-se a importância do conhecimento sistematizado para que o

indivíduo possa pensar a sua prática individual e social e para adquirir uma visão

17

4%

48%

20%

21%

4%4%

Escolaridade Mãe

Analfabeta1ª a 4ª série5ª a 8ª sérieEnsino médioFaculdadeOutro

6%

50%27%

15%1%1%

Escolaridade Pai

Analfabeto1ª a 4ª série5ª a 8ª sérieEnsino médioFaculdadeOutro

globalizada da realidade. Atualmente, a obtenção desses conhecimentos está mais

acessível através de programas instituídos pelos governantes.

Na questão referente ao aproveitamento do tempo disponível dos pais com

seus filhos, ainda que seja pouco e limitado, constatou-se que os pais procuram

acompanhar os estudos dos filhos, 33% diariamente, 31% acompanham toda

semana, 26% raramente, 10% não dispõe de tempo para seus filhos.

70% dos

pais determinam

horário para o estudo de seus filhos em contra turno e 30% não determinam um

horário específico.

18

33%

31%

26%

10%

Período que os pais acompanham o estudo dos filhos

diariamentetoda semanararamentenão disponho de tempo

70%

30%

Horario de estudo dos filhos

simnão

Constatou-se que, 53% dos pais esperam que a escola ensine os conteúdos,

37% ensine mais que o conteúdo, 6% esperam que a escola resolva os problemas

de seu filho, 3% todas as alternativas e 2% esperam que ensine o conteúdo e

resolvam os problemas.

Um dos questionamentos aos alunos foi referente à disciplina que percebem

ter mais dificuldade, o resultado foi o seguinte: 25% em matemática, 23% em

19

53%37%

6%2%3%

O que espera da escola

Que ensine os conteúdos

Que ensine mais que os conteúdos

Que resolva os problemas do meu filho na escola

Que ensine os conteúdos e resolva os problemas

Todas as alternativas

10%

25%

11%15%

23%

9%3%1%4%

Matéria com mais dificuldade

PortuguêsMatemáticaCiências InglêsHistóriaGeografiaArteEducação FísicaNenhuma

História, 15% em Língua Estrangeira Moderna (Inglês), 11% em Ciências, 10% em

Língua Portuguesa, 9% em Geografia, 3% em Arte, 1% em Educação Física, 4% em

nenhuma disciplina.

Quando questionados sobre a facilidade de entendimento nas disciplinas, as

respostas foram: 21% em Educação Física, 17% em Arte, 16% em Língua

Portuguesa, 14% em Ciências, 11% em Matemática, 9% em Língua Estrangeira

Moderna (Inglês), 6% em História e 6% em Geografia.

Os alunos foram questionados sobre quanto tempo assistem televisão quando

estão em casa. Constatou-se que: 36% assistem TV mais de quatro horas diárias,

28% de três a quatro horas diárias, 23% de uma a duas horas, 9% menos de uma

20

16%

11%

14%9% 6% 6%

17%

21%

Facilidade na matéria

PortuguêsMatemáticaCiências InglêsHistóriaGeografiaArteEducação Física

9%

23%

28%

36%

1%4%

Quantas horas assiste tv

menos de 1 hora1 a 2 horas3 a 4 horasmais de 4 horassó nos fins de semana, férias ou feriadosNão assisto TV

hora, 4% não assistem televisão e 1% somente nos finais de semana, férias e

feriados.

Referente à leitura, foram questionados sobre quando e que material

costumam ler: 48% responderam que somente quando for solicitado pela escola,

31% leem todos os dias, 17% uma vez por semana e 5% não realizam leitura. 30 %

somente leem o livro escolar, 28% livros de literatura, 24% leem histórias em

quadrinhos, 18% revistas.

A escola necessita da construção de um prédio próprio, enfrenta o problema

21

31%

48%

17%5%

Quando realiza leitura

Todos os diasQuando solic itadoUma vez por semanaNão realizo leitura

30%

28%

18%

24%

Você lê

Só livro escolarLivros de literaturaRevistasGibi

de falta de uma quadra de esportes coberta, no momento é usada a da prefeitura

municipal que está em péssimas condições de uso. Diante de tais necessidades, foi

realizada solicitação por várias vezes ao Governo do Estado – Secretaria de

Educação do Paraná. Aguardamos um parecer.

Por outro lado, a Escola Estadual do Campo São Francisco - Ensino

Fundamental conta com o espírito de luta dos professores, pedagoga, funcionários e

comunidade escolar (APMF, CONSELHO ESCOLAR, GRÊMIO ESTUDANTIL) para

que a Escola continue auxiliando na formação e aprendizagem dos alunos desta

escola.

22

5.2. QUADRO DE PESSOAL

5.2.1 CORPO DOCENTE

CARGA

HORÁRIA

FORMAÇÃO REGIME

DE

TRABALHO

DISCIPLINAS

32h aula Ciências Biológicas e

Farmácia

QPM Ciências

30h aula Educação Física e

Especialização em

Psicopedagogia e

Interdisciplinariedade com

ênfase em libras

PSS Educação Física

21h aula Letras – Mestre em Letras QPM Língua Portuguesa e

Ensino Religioso20h aula Letras – Especialização em

Supervisão e Orientação

Educacional, Literatura e

Língua Portuguesa e

Deficiência Mental

QPM Sala de Recursos

20h aula Letras – Especialização em

língua Portuguesa: Reflexão,

descrição e ensino

QPM Língua Portuguesa

25h aula Matemática – Especialização

em Metodologia de Ensino

para Educação Básica

QPM Matemática e sala de

apoio à aprendizagem

20h aula Matemática – Especialização

em Metodologia de Ensino

para Educação Básica

QPM Matemática

20h aula Pedagogia e Especialização

em Arte

PSS Arte

20h aula Letras/Inglês –

Especialização em Literatura

e Língua Portuguesa

PSS

20h aula História, Especialização em QPM História

23

Administração, Supervisão e

Orientação Educacional16h aula História, Especialização em QPM História e Ensino

Religioso23h aula Estudos Sociais de 1º Grau QPM Geografia8h aula Geografia e Especialização

em

Metodologias Inovadores

Aplicadas à Educação

QPM Geografia

5.2.2 AGENTE EDUCACIONAL

CARGA

HORÁRIA

FORMAÇÃO REGIME DE

TRABALHO

FUNÇÃO

40 horas Especialista em Educação QPM Diretor20 horas Graduação Incompleta QUP Secretário40 horas Graduação completa QFEB Agente Educacional II40 horas Especialista em Gestão

Escolar

QFEB Agente Educacional II

40 horas Ensino Médio QFEB Agente Educacional I40 horas Ensino Médio QFEB Agente Educacional I40 horas Graduação completa QFEB Agente Educacional I40 horas Ensino Médio PSS Agente Educacional I

5.2.3 PROFESSORA PEDAGOGA

CARGA

HORÁRIA

FORMAÇÃO REGIME DE

TRABALHO

FUNÇÃO

40 horas Especialização em Educação QPM Professora

Pedagoga5.3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA INSTITUIÇÃO

O prédio escolar, bem como a maior parte dos espaços e recursos

materiais, são compartilhados entre estado e município, pois a escola está em

terreno municipal de 6.400 m2, com 2.600 m2 de área construída, possuindo uma

horta com 800 m2, apresenta muro em torno do terreno escolar e está dividida nas

seguintes instalações:

• 04 salas de aula;

• 02 banheiros – 01 masculino e 01 feminino para professores e alunos;

24

• 01 sala de professores;

• 01 biblioteca compartilhada;

• 01 sala com divisão para direção, secretaria e equipe pedagógica;

• 01 laboratório de informática;

• 01 sala de Apoio à Aprendizagem;

• 01 cozinha compartilhada;

• 01 refeitório compartilhado;

• Depósito de utensílios compartilhado;

• 01 depósito de alimentos compartilhado;

• 01 saguão;

• 01 quadra de esportes aberta, compartilhada;

• 01 sala para material de Educação Física compartilhada;

• 01 miniginásio de esportes (do município que fica a 50 metros da escola e

somente pode ser utilizado 8 horas por semana por ser compartilhado).

5.4. RECURSOS MATERIAIS

NATUREZA FUNDEPAR

• Mapas;

• Globos;

• 01 Mimeógrafo a álcool

• Dicionários;

• Livros de apoio;

• 01 Mesa para tênis de mesa compartilhada;

• 01 Bebedouro compartilhado;

• 04 arquivos de aço com 04 gavetas;

• 01 armário de madeira com 02 portas;

• 04 escrivaninhas de madeira com 03 gavetas;

• 05 cadeiras fixas estofadas sem braço;

• 12 cadeiras de polipropileno;

• 02 botijões de gás /13 kg compartilhados;

• 120 cadeiras escolares;

• 120 carteiras escolares;

25

• 04 carteiras de professor;

• 06 carteiras de professor em péssimo estado;

• 01 fogão doméstico 04 bocas em péssimo estado, compartilhado;

• 01 fogão doméstico 04 bocas em péssimo estado, compartilhado;

• 09 mesas de leitura, compartilhadas;

• 01 mesa de reunião;

• 01 sistema de antena parabólica;

• 01 televisor a cores;

• 03 vídeos cassetes;

• 246 fitas de vídeo;

• Pratos polipropileno, compartilhados;

• Talheres, compartilhados;

• Copos polipropilenos, compartilhados;

• 01 sistema de antenas;

• 06 estantes para a biblioteca, compartilhadas;

• 01 linha telefônica;

• 01 geladeira 250 L;

• 02 retroprojetores;

• 02 dorsos;

• 01 disco;

• 01 peso;

• 01 dardo;

NATUREZA: APMF (ASSOCIAÇAO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS DA

ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO SÃO FRANCISCO - ENSINO FUNDAMENTAL)

• 18 ventiladores de teto;

• 01 ventilador doméstico;

• 02 computadores;

• 02 mesas para computadores;

• 01 mesa para impressora;

• 03 impressoras;

• 01 armário de madeira de 09 portas;

• 04 escrivaninhas;

26

• 04 bancos de madeira com estofados;

• 09 bancos de madeira, compartilhados;

• 08 murais pequenos;

• 01 mural grande;

• 02 aparelhos de som com CD;

• 02 aparelhos de telefone;

• 02 mesas de centro;

• 01 cilindro elétrico industrial, compartilhado;

• 01 mega máster industrial, compartilhada;

• 01 cilindro manual, compartilhado;

• 01 forno elétrico, compartilhado;

• 01 freezer, compartilhado;

• 01 bebedouro, compartilhado;

• 01 enceradeira;

• 01 aspirador de pó;

• 01 enxada, compartilhada;

• 01 vassoura de aço, compartilhada;

• 01 facão, compartilhada;

• 01 grampeador grande;

• 04 grampeadores médios;

• 02 perfuradores;

• tesouras;

• 02 porta-disquetes;

• Porta carimbos;

• Mesas de madeiras 1x1m;

• 01 balcão com pia, compartilhado;

• lixeiras;

• 02 botijões de gás 13 kg, compartilhados;

• Jogos didáticos;

• Tabuleiro de xadrez;

• Cafeteira elétrica

• Bebedouro pequeno portátil

27

• Geladeira

• 02 armários MDF com prateleiras

MATERIAIS DIDÁTICOS

• Cadernos;

• Lápis;

• Borrachas;

• Jogos didáticos;

• Réguas;

• Mapas;

• Bolas de todas as modalidades;

• Livros (estudos, pesquisas e leituras), compartilhados;

• Dicionários, compartilhados;

• Retroprojetor;

• Computador;

• 1 kit Tecnológico (01 tv, 01 vídeo, 01 parabólica);

• 02 Televisões;

• 01 globo;

• Bússola;

• Disco;

• Peso;

• 01 dardo;

• 01 mini laboratório: 01 esqueleto, 01 boca, 01 olho e 01 microscópio.;

• 01 Máquina fotográfica;

• 05 Aparelhos de DVD;

• 30 DVDs;

• 04 televisores multimídia;

• 04 suportes para televisor multimídia;

• 12 computadores (laboratório de informática)

28

ÁREA DE LAZER

• Quadra de esporte aberta compartilhada;

• Saguão com tênis de mesa, compartilhada;

• Campo suíço municipal – cuja distância é de 100 metros;

• Mini – Ginásio de esporte municipal – distante 50 metros.

5.5. FUNCIONAMENTO – ORGANOGRAMA

A gestão desenvolvida na escola ocorre de maneira que todos os segmentos

estejam envolvidos com os encaminhamentos, de forma democrática, centrados no

objetivo único: desenvolver com sucesso o processo ensino-aprendizagem,

proporcionando condições para desenvolvermos cidadãos conscientes. Educar é

colaborar para que professores e alunos nas escolas transformem suas vidas em

processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua

identidade, do seu caminho pessoal e profissional, do seu projeto de vida, no

desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes

29

ESCOLAAGENTE

EDUCACIONAL I DIREÇÃO CONSELHO DE

CLASSE

AGENTE EDUCACIONAL

II CORPO DISCENTE

GRÊMIO ESTUDANTIL

PEDAGOGA

CORPODOCENTE

APMF

CONSELHOESCOLAR

permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornarem-se

cidadãos realizados e produtivos.

6. FUNDAMENTAÇÃO

A educação não está isolada, veicula uma visão de estrutura de sociedade,

de mundo e de homem em sua totalidade, logo, faz parte de um processo dinâmico,

ou seja, a visão de homem e de mundo também é dinâmica e sofre alterações no

curso da história. É neste contexto que a educação está inserida e, como tal, é

criativa, determinada pelas circunstâncias e, ao mesmo tempo, transformadora da

realidade, tem capacidade de ação, avaliação e julgamento.

A melhoria da qualidade do ensino deve oportunizar aos educandos,

juntamente com seus educadores e toda comunidade escolar, poder expor suas

ideias, criações e inventos em todas as áreas do currículo.

A escola considera a cidadania, cultura e conhecimento como elementos

básicos da vida social e cultural.

Compreende-se a estrutura da escola a partir de relações sociais, por estar

inserida numa sociedade em movimento histórico, onde ocorre o processo de

construção do conhecimento e produção de saber. É, portanto, um centro dinâmico.

Tem-se, assim, como pressuposto fundamental, possibilitar ao cidadão as

condições de compreensão e interpretação de mundo em seu momento histórico

vivido, bem como sua participação na sociedade, atuando na cultura, na política e

nos meios de produção, conscientizando-o à valorização, conservação e cuidados

necessários à vida, através do desenvolvimento de competências adquiridas pela

assimilação e aquisição do saber científico sistematizado.

De acordo com Piaget, o que buscamos com estas propostas de educação é

propiciar ao aluno a capacidade e os meios necessários de conhecer os elementos

de sua situação para intervir nela, transformando-a.

Por isso, o educador deve ter clareza do cidadão que deseja formar, que

possa agir sobre a realidade, com sua capacidade consciente, reflexiva e crítica,

sempre num contexto coletivo, visando uma educação integral, não só racional, mas

efetiva, intuitiva, intelectiva e perspectiva.

30

6.1. CONCEPÇÕES

O mundo, enquanto uma dimensão histórico-cultural, portanto inacabado,

encontra- se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado

que, transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria transformação. Tudo no

mundo relaciona-se, transforma-se e desenvolve-se.

Vivenciamos uma sociedade tecnicamente perfeita, mas socialmente fria,

distante, individualista, longe da característica essencial que marcou a vida humana

e que nos fez vitoriosos perante as demais espécies da natureza.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série

de relações diferenciadas e diferenciadoras, configuradas pelas experiências

individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da

atividade humana, sendo que: “A sociedade configura todas as experiências

individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos

adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada

indivíduo engendra e o que oferece à sua comunidade. Nesse sentido, a sociedade

cria o homem para si”. (Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presentes no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a

partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente não se trata aqui de leis

naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem

historicamente.

Uma sociedade heterogênea, fragmentada, marcada por profundas

desigualdades de todo o tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc. – que foram

exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma sociedade de dois

terços ou uma sociedade com duas velocidades, como costuma ser denominada na

Europa, porque há amplo setor social, um terço excluído e fatalmente condenado à

marginalidade, que não pode ser reconvertido em termos laborais, nem se inserir

nos mercados de trabalhos formais dos capitais desenvolvidos. Essa crescente

31

fragmentação do social que potencializou as políticas conservadoras foi, por sua

vez, reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto sobre

o paradigma produtivo contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto,

aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma

possibilidade de participação em conjunto dos membros da sociedade em todos os

processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro,

etc.).

Segundo Lück (2000), a Gestão escolar constitui-se numa atuação que

objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as

condições materiais e humanas do estabelecimento de ensino. Esses que visam

promover a efetiva aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes de

enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia

centrada no conhecimento. Portanto, o processo de gestão escolar deve estar

voltado para garantir que os alunos aprendam sobre o seu mundo e sobre si

mesmos. Adquiram conhecimentos úteis e aprendam a trabalhar com informações

complexas, gradativamente, sendo estas, muitas vezes contraditórias com a

realidade social, econômica, política e científica.

Na democracia participativa concluímos que nossa convicção funda-se no

processo histórico que nos ensina que não há verdades eternas e absolutas nas

relações entre sociedade e o Estado e que estas se fazem e se refazem pelo

protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia substantiva,

participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade social, continua

sendo um horizonte, em suma, nossa utopia para a humanidade.

A capacidade do homem em superar seus próprios conhecimentos tem-se

demonstrado infinita. Mas esbarramos no egoísmo crescente que faz do lucro o

objetivo imediato, num sistema que valoriza mais o objeto do que o ser humano.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico. Assim, acumula

experiências e, em decorrência destas, produz conhecimento. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-

32

materiais que são apropriados de diferentes formas, modificando o meio conforme a

sua necessidade de sobrevivência. Conforme Saviani (1992): “O homem necessita

produzir continuamente sua própria existência”. Para tanto, em lugar de se adaptar à

natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho.

Considera-se o homem como um ser social, que atua e interfere na

sociedade, encontra-se com o outro nas relações familiares, comunitárias,

produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação

ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. Pode-se afirmar que ele é sujeito

de sua própria história. Segundo Santoro: “sujeito é aquele que na sua convivência

coletiva compreende suas condições existenciais, transcende-as e reorganiza-as,

superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação

participante da história coletiva. Portanto, como ser histórico, o ser humano tem a

capacidade de modificar sua realidade.

Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a

socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Veiga (1995 p. 27): “O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera

simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos

interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos,

conceitos e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato

de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo

singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de

homens” (Saviani, 1995, p.17), este processo se efetiva quando o indivíduo se

apropria dos elementos culturais necessários à sua formação e a sua humanização.

Neste sentido, compreende-se a relação entre o aluno e a produção

discursiva a partir da concepção de letramento, na qual o aluno não é apenas um

decodificador dos gêneros textuais que circulam em seu meio, mas sim, um sujeito

que interage adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita.

Para Boff, “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela

ganhar consciência e capacidade de conceitualização. O ato de conhecer, portanto,

representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o

conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a

33

conversão do conhecimento em ação”. (2000, p.82).

Sendo assim, o conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no

social gerando mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais,

tendo sempre uma intencionalidade.

Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa,

é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa” (2003, p. 59).

Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como

destaca Severino, “educar contra - ideologicamente é utilizar, com a devida

competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que

efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua

existência real”. (2002, p, 88).

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu

trabalho e nem dos seus conhecimentos produzidos nestas relações porque o

trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do conhecimento.

Segundo Marx e Engels “a classe que tem à disposição os modos de produção

material controla concomitante os meios de produção intelectual, de sorte que, por

essa razão, geralmente as ideias daqueles que carecem desses meios ficam

subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p.67).

Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “Nesse processo do

desenvolvimento humano multi-determinado e que envolve inter-relações e

interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base econômica será

o determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire

diferentes formas: senso comum cientifico, teológico e estético, pressupondo

diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem entre si, sobre

o mundo e sobre o conhecimento.

O que importa, portanto, à educação é a problematização do mundo do

trabalho, das obras, dos produtos, das ideias, das convicções, das aspirações, dos

mitos, da arte, da ciência, enfim o mundo da cultura e da história que, resultando das

relações ser humano - mundo, desafia o próprio ser humano a constantemente rever

suas ações sobre a realidade na perspectiva de humanizá-la, pois esse ser é um

corpo consciente, capaz de interagir com seus iguais. Neste contexto, inteligência

significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, em

34

nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos.

Nesse sentido, é preciso desenvolver no aluno uma posição de engajamento,

compromisso e participação que o sensibilize para a dimensão humana. O ser

humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um sujeito cognoscente.

Um ser inacabado e único, curioso em relação ao mundo. Contudo, sua plenitude

ocorre na própria intersubjetividade na comunicação entre os sujeitos a propósito do

objeto a ser conhecido. É necessário definir ações educacionais inseridas neste

contexto, pois defendemos a ideia de que a escola não é o lugar para reprodução do

modelo existente, mas é um espaço especial para construção da cidadania.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis à sobrevivência. Contudo, a

interferência do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos

seus recursos.

Sendo assim, cabe ao nosso estabelecimento, por meio do corpo docente

esclarecer ao educando, seguindo a Lei 9.795/99 da Educação Ambiental e as

Diretrizes Curriculares Estaduais da disciplina de Ciências, sobre a grande influência

que exercemos na Natureza, com repercussões sociais, econômicas, tecnológicas,

éticas e políticas, pois, dependendo da forma como nos apropriamos do meio

ambiente, poderemos destruí-lo pela exploração desordenada ou utilizá-lo de

maneira consciente.

De acordo com a LDB 9.394/96, a escola deve exercer um papel

humanizador e socializador, além de desenvolver habilidades que possibilitem a

construção do conhecimento e dos valores necessários à conquista da cidadania

plena. Para que possa realizar tal função, é preciso levar em conta a vida cotidiana

daquele que “aprende” e a daquele que “ensina”, uma vez que cada um traz consigo

elementos extrínsecos à realidade escolar, os quais devem ser relevantes dentro do

espaço de criação e recriação das relações que se estabelecem no ambiente

escolar. Eles devem ser uma referência permanente na ação educativa. O mais

35

significativo para a reflexão neste momento é a busca evidente da dimensão social

que a aprendizagem cumpre no percurso de construção da cidadania, contribuindo

como instrumento de compreensão e intervenção na realidade em que vivem alunos

e professores.

Vale à pena ressaltar que a aprendizagem precisa possibilitar o

desenvolvimento de habilidades que permitam ao educador e ao educando entender

a sociedade em que estão inseridos como um processo permanente de

reconstrução humana ao longo das gerações, num processo contínuo, dotado de

historicidade; que compreendam que a garantia desse espaço de socialização

depende do respeito às individualidades, para que, cada um construa a si próprio

como agente social, alcançando o bem da coletividade.

A estrutura de uma escola preocupada com essa visão estará sempre voltada

para a transformação social e humanizadora do educador e do educando, de modo

que compreendam as possibilidades que apresentam em relação à concretização de

ações voltadas para a transformação. Conforme Resolução CNE nº 01/02 que

estabelece as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do

Campo, é preciso valorizar as ações do homem do campo de modo que o aluno

oriundo dele, trabalhador ou filho de trabalhadores rurais, possa desenvolver

interesse em buscar o conhecimento para melhorar a vida no campo.

Para tal, deve-se considerar a prática mediadora do educador no processo de

transformação social, que ocorrerá de forma mediatizada na modificação das

consciências, de modo que o conjunto de práticas socializadoras produza a

modificação da sociedade.

Urge ao educador possuir e, como consequência, despertar em seus alunos,

as habilidades necessárias para elevar a autoestima, a comunicação escrita e oral, o

pensamento lógico e racional para solucionar problemas e tomadas de decisões, a

flexibilidade cognitiva, além do aprendizado colaborativo/cooperativo nas questões

que envolvem o exercício da cidadania, como a responsabilidade social e a ética.

O educador deve, portanto, desenvolver um senso de responsabilidade nos

alunos e ter valores de formação humana.

Como educadores, necessitamos urgentemente acreditar que a utópica

educação pós-moderna se concretizará se o ponto central de toda e qualquer

36

intervenção no processo ensino/aprendizagem que fizermos estiver voltado para

aquilo que dá sentido para o educando, considerando suas dimensões pessoais,

afetiva e intelectual. Faz-se necessário pôr em prática essas ideias, para que o

ensino-aprendizagem possa se concretizar no âmbito da formação do ser humano

que almejamos.

Porém todo processo social, tanto na escola, como na sociedade necessita de

avaliação contínua, pois todo processo é constante e inacabado.

Observa-se que, ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção

de avaliação. Inicialmente, consistia em julgar o desempenho do aluno, de forma

imparcial e objetiva, a partir do cômputo de acertos e erros apresentados nas

questões de provas e exames.

Posteriormente, a avaliação da aprendizagem como procedimento de julgar o

desempenho do aluno passou a se basear em critérios expressos nos objetivos

previstos e a ser realizada de forma ampla e contínua. A avaliação é uma prática

social presente em atitudes cotidianas, informalmente e em ações organizadas,

normatizadas pelas diferentes instituições sociais, formalmente.

Nessa nova visão de avaliação, podemos observar que ela passou a fazer

sentido dentro de um projeto social, educacional e humano, ou seja, avaliamos, a

partir de um projeto e não apenas para verificar resultados. Deve ser diagnóstica e

processual, não classificatória. Isso significa que avaliamos para detectar os

problemas no processo educacional e subsidiar a nossa intervenção.

A avaliação deve ser organizada, a partir de objetivos a longo, médio e curto

prazo, e os critérios devem estar claros para os avaliadores e os avaliados, pois ela

não é o fim, mas sim o meio para aperfeiçoar a metodologia do professor e o

desempenho do aluno. Nesse sentido, a avaliação não é só do aluno, é também do

professor.

Portanto, o processo avaliativo é um item de um programa maior, um

mecanismo a serviço do desenvolvimento de um projeto de homem, de educação e

de sociedade.

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a

natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa,

arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão

37

de acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas.

Nos últimos anos, se evidencia uma preocupação crescente por um conjunto

de elementos relativos à diversidade cultural, preocupação que se estende desde a

própria conceitualização - e dos efeitos que a globalização produz sobre ela - até os

fatores vinculados à sua gestão. No cenário internacional, a questão da diversidade

cultural influi de maneira determinante nas agendas políticas, sociais e econômicas.

No marco deste processo de globalização acelerado, é indispensável promover

espaços para o diálogo das culturas, recuperando as características singulares de

sua diversidade, assentando, assim, as bases de uma ética global.

A verdadeira contribuição das culturas não consiste numa lista das suas

invenções particulares, mas na maneira diferenciada com que elas se apresentam.

O sentimento de gratidão e de humildade de cada membro de uma determinada

cultura deve existir em relação a todas as demais.

O folclore e a cultura popular sempre estiveram presentes nos programas e

conteúdos escolares. De um jeito formal ou de forma transversal, sempre há um

espaço na educação para se tratar desse assunto.

Cultura diz respeito ao modo de ser e de viver dos grupos sociais: a língua, as

regras de convívio, o gosto, o que se come, o que se bebe, o que se veste vão

formando aquilo que é próprio de um povo.

Em um país como o Brasil, dada sua extensão geográfica, o que possibilita

expressões diferentes, diversos jeitos de ser, costumes e credos que vão se

modificando de lugar para lugar, não podemos falar de uma única cultura, mas das

muitas culturas que o formam. As culturas africanas que aqui chegaram não vieram

de uma só nação, mas foram muitas a formar o que chamamos de cultura afro-

brasileira. Conforme estabelecido na Lei Nº 10.639/03 o Ensino da História e Cultura

Afro Brasileira e Africana e a Lei Nº 11.645/08, o Ensino da História e Cultura dos

Povos Indígenas do Brasil, permitem fazer relações e reflexões entre a sociedade

brasileira e as demais, como a indígena, a africana e a asiática. Estes povos

ajudaram a formar um país plural.

Portanto, a cultura popular brasileira é retratada através das expressões

artísticas e culturais de seu povo. Diante disso, a educação é resultado das práticas

culturais dos grupos sociais. O próprio processo de ensinar e aprender revela essas

38

práticas, quando se respeita e se reflete sobre a diversidade.

Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais da disciplina de História, sob

uma perspectiva de inclusão social, considerando a diversidade cultural e a memória

paranaense, de modo que contemplem demandas em que também se situam os

movimentos sociais organizados, nosso estabelecimento procura trabalhar conforme

o cumprimento da Lei Nº 13.381/01 que torna obrigatório os conteúdos de História

do Paraná, relacionando a História do Brasil e as Histórias locais à Mundial em todas

as séries.

A cultura é o fermento que alimenta, dá forma e conteúdo à educação. Em

sala de aula, experiências, vivências e singularidades estão reunidas. Alunos e

professores trazem suas bagagens e histórias. Confrontos, trocas, negações e

reafirmações de culturas pulsam o tempo todo nesse convívio.

Como afirma Carlos Rodrigues Brandão (2001, p. 35), “educar é fazer

perguntas” e “ensinar é criar pessoas em que a inteligência venha a ser medida,

mais pelas dúvidas mal formuladas, do que pelas certezas bem repetidas. De que

aprender é construir um saber pessoal e solidário, através do diálogo entre iguais,

sociais culturalmente diferenciados”.

Um dos Desafios Sócio Educacionais é a contemplação do trabalho na escola

com a prevenção ao Uso Indevido de drogas. Uma das preocupações em relação à

realidade social observada e vivida hoje, em nossa comunidade e no mundo, é o uso

indevido de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, principalmente por jovens, fato que

acaba se refletindo no espaço escolar. Portanto, requer ações de prevenção e

conscientização aos alunos, sobre o assunto.

Esta preocupação existe em função de que o uso indevido de drogas gera

muitos problemas sociais, como violência, desestruturação familiar. Portanto, este

tema não pode ser visto de forma isolada. São necessárias ações conjuntas, entre

escola e setores da sociedade, como polícia, profissionais da saúde e políticos, pois

esta escola está numa região de fronteira, onde está presente o tráfico internacional

de drogas, o que favorece o acesso às substâncias ilícitas, como entorpecentes,

medicamentos, bebidas, entre outros.

Em decorrência destes fatores, pela facilidade do alcance, percebe-se em

nossa comunidade, nos últimos anos, aumento significativo na criminalidade, com

39

assaltos, assassinatos, furtos, relacionados à venda e ao consumo de

entorpecentes.

Em virtude disso, a escola não pode omitir-se em desenvolver um plano de

ação que contemple este assunto, com ações voltadas à prevenção, através de

informações aos alunos desta comunidade, acerca das consequências do uso de

drogas, tanto pessoal, quanto familiar e social.

Outro Desafio Sócio Educacional é o Enfrentamento à violência na Escola,

pois os atos de violência acontecem cada dia com mais intensidade, o número de

alunos aumentou nas duas últimas décadas, como também aumentou o número de

escolas devido ao aumento da população. Em nossa localidade, pela sua posição

geográfica - às margens do Lago de Itaipu, divisa com o Paraguai - uma das

principais causas da violência é o contrabando de produtos do país vizinho, bem

como as consequências deste ato: tráfico de drogas e armas, excesso de faltas nas

aulas dos alunos que estão envolvidos com a atividade.

Outro problema é o baixo poder aquisitivo da maioria dos nossos alunos, e

um dos recursos para ajudar a família é trabalharem à noite, auxiliando os

“contrabandistas” para obterem uma renda a mais.

Percebe-se em nossa escola é a violência sexual, que ocorre em casa e/ou

com a conivência e incentivo da família. Problema este que também tem relação

direta com a vinda clandestina de produtos do Paraguai e o dinheiro “fácil”. É,

também, um dos resultados de materiais pornográficos advindos do Paraguai, junto

com produtos contrabandeados.

Sabe-se que tais problemas não vão ser resolvidos pela escola, no entanto é

possível conscientizar os alunos e a comunidade escolar das consequências do

lucro fácil, de atos ilícitos, da falta de respeito às autoridades e à lei, à moral e aos

bons costumes.

Cita-se um obstáculo atual na área da educação que é a tecnologia. Na

sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-se,

a ensinar e a aprender, a integrar o humano e o tecnológico, a integrar o individual, o

grupal e o social. Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem

acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as

tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e

40

corporais. Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes

para o computador e a internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de

cada meio. Nesse momento não há como fugir desse processo, gradativamente

devemos nos adequar a essas mudanças procurando juntamente com os alunos

aprender sempre, buscando o conhecimento das novas tecnologias.

Baseado nos conceitos citados no texto acima, na visão de educação

positivista, cita-se também o conceito de Gestão Escolar que, constitui-se numa

atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de

todas as condições materiais e humanas dos estabelecimentos de ensino. Estes que

visam promover a efetiva aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes de

enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia

centrada no conhecimento. Portanto, o processo de Gestão Escolar deve estar

voltado para garantir que os alunos aprendam sobre o seu mundo e sobre si

mesmos.

A Gestão Democrática é fruto da mobilização dos trabalhadores em

educação, das comunidades escolar e local. É sinônimo de administração em

conjunto com todos os segmentos da escola, visando à racionalização de recursos

materiais, recursos humanos e tem por meta o alcance de uma determinada

finalidade em prol do sucesso educativo da instituição.

6.2. CURRÍCULO

Reformulação Curricular nas Escolas Publica do Paraná

Desde o início da gestão 2003-2006, estabeleceu-se como linha de ação

prioritária da SEED a retomada da discussão coletiva do currículo, como produção

social do que está sendo vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas,

constituindo-se na sistematização das propostas curriculares por disciplina, níveis e

modalidades de ensino.

O processo começou a ser implementado, a partir de março de 2004, com a

realização de oito seminários estaduais, onde o coletivo dos professores foi

representado pelo grupo permanente de trabalho (GP). Este grupo, formado por

professores das disciplinas de Ciências, Língua Estrangeira, Geografia, História,

Língua Portuguesa, Matemática, Educação Artística, Educação Física e

41

representantes dos NREs oriundos do primeiro e o segundo segmento do Ensino

Fundamental regular, Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena e do

Campo, participou de todas as etapas do processo e assumiu o compromisso de

contribuir para o envolvimento do coletivo dos professores na elaboração das

Diretrizes.

A retomada das discussões, a partir de cada disciplina escolar, foi realizada

também regionalmente, envolvendo, além dos professores do GP, professores

representantes de cada um dos municípios jurisdicionados aos NREs. Este grupo

retomou as discussões iniciadas nos seminários centralizados e organizou os

encontros descentralizados, ocasião em que todos os professores do Ensino

Fundamental da rede pública estadual foram convidados a participar, além de

professores representantes da rede municipal.

O resultado de toda discussão, registrado pelos professores, foi enviado ao

departamento do ensino fundamental, juntamente com a síntese elaborada pelas

equipes de ensino dos NREs e, após a sistematização pela equipe do DEF e

assessores das instituições de ensino superior, resultou na versão preliminar das

DCEs para o ensino fundamental.

Cumpre destacar que, ao optar pelo envolvimento do coletivo dos professores

das diferentes áreas do conhecimento e da organização deste trabalho de forma

disciplinar, os textos de cada um dos componentes curriculares têm características

próprias. Porém todos apresentam uma concepção da área, explicitam o valor

educativo da disciplina, apresentam princípios, pressupostos e ou eixos

norteadores / conteúdos estruturantes a serem observados no tratamento dos

conteúdos escolares.

A proposta curricular do Estado do Paraná terá, a partir desta discussão, a

base disciplinar, ou seja, a ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes escolares

das disciplinas que compõem a matriz curricular. Tal discussão já foi devidamente

realizada e registrada em documentos encaminhados pela SEED para todas as

escolas em fevereiro de 2005, para análise e discussão de todos os professores e

equipes pedagógicas da rede publica estadual.

Em continuidade a este processo de construção coletiva das DCEs, na

capacitação de julho de 2005, a discussão girou em torno do Projeto Político

42

Pedagógico e concepção de escola, sociedade, entre outros e as matrizes

curriculares, as quais tiveram o mesmo encaminhamento dos momentos anteriores.

Atualmente os professores da Rede Estadual de Ensino podem basear-se nas

Diretrizes Curriculares Estaduais para fundamentar seu trabalho docente, disposta

no portal Dia a Dia Educação e enviado uma cópia impressa para cada professor,

bem como disponível nas escolas.

6.3. AVALIAÇÃO

A avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino aprendizagem.

Requer preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais

envolvidos.

A principal função da avaliação é a diagnóstica por permitir detectar,

diariamente, os pontos de conflito geradores do fracasso escolar. Esses pontos

detectados devem ser utilizados pelo professor como referenciais para as mudanças

nas ações pedagógicas, objetivando um melhor desempenho do aluno.

Existe também a função classificatória, que visa à promoção escolar do aluno,

ela é necessária, porém o professor não deve permitir que os resultados das provas

periódicas sejam supervalorizados, em detrimento de suas observações diárias, de

caráter diagnóstico.

De acordo com a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes da Educação Básica), “a avaliação de aprendizagem deverá ser feita, principalmente, com base em aspectos qualitativos (desempenho em sala de aula). Os aspectos quantitativos (notas de provas e exames) assumem o valor secundário. Do mesmo modo, os resultados obtidos no decorrer do ano são considerados mais importantes que os resultados obtidos nas provas finais”.

O professor, que trabalha numa dinâmica interativa, tem noção, ao longo de

todo o ano, da participação e produtividade de cada aluno.

Conforme LUCKESI, 2003, p. 85 – “A avaliação só pode funcionar efetivamente num trabalho educativo com essas características. Sem essa perspectiva dinâmica de aprendizagem para o desenvolvimento, a avaliação não terá espaço; terá espaço sim, a verificação, desde que ela só dimensiona o fenômeno sem encaminhar decisões. A avaliação

43

implica a retomada do curso da ação, se ele não tiver sido satisfatório, ou a sua reorientação, caso esteja se desviando. A avaliação é um diagnóstico da qualidade dos resultados intermediários ou finais”.

De acordo com o artigo 91 do Regimento Escolar, a avaliação deve ser

entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e

interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de

acompanhar e intervir para aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

bem como diagnosticar seus resultados e atribuir - lhes valor.

6.3.1. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

De acordo com Vasconcellos (2003), a Recuperação de Estudos consiste na

retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo

que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento

historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.

A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem por

lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos

de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para

perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no

processo de recuperação de estudos. Pode ocorrer de duas formas:

1. A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos

de avaliação.

2. A reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Ações realizadas junto aos professores e alunos para superação das

dificuldades de ensino-aprendizagem:

É realizada uma análise dos alunos do 6º ano que possuem dificuldades de

leitura e escrita, quando as professoras pedagogas, na medida do possível,

desenvolvem um trabalho individual para suprir essas dificuldades no decorrer do

ano, preferencialmente no 1º bimestre.

Em sala de aula, os professores realizam, além de trabalhos e avaliações, a

recuperação paralela aos alunos que demonstram dificuldades de aprendizagem em

44

determinadas disciplinas.

Envia-se, após o conselho de classe, comunicado aos pais, informando-lhes

das dificuldades de seus filhos, pedindo apoio nas tarefas que são encaminhadas

por cada professor para suprir as dificuldades e assim revisar os conteúdos, também

na cobrança da realização das atividades e/ou trabalhos propostos pela escola

(professores e equipe).

Os professores orientam e encaminham aos alunos com dificuldades de

aprendizagem, trabalhos de pesquisa que possibilitem a revisão de conteúdos e

possível recuperação, ressaltando sempre a heterogeneidade da clientela escolar.

Quando não é suficiente esta maneira de recuperação, ainda é adotada uma

avaliação paralela, na qual se pode analisar o aluno de maneira integral. Avalia-se,

então, em Conselho de classe, juntamente com todos os professores, os itens

referentes a respeito ao ambiente escolar, realização das tarefas propostas,

interesse e participação nas atividades extra-classe.

Também se observa o item referente à responsabilidade do aluno se este

segue as normas de: horário e uniforme escolar, atribuindo-lhe conceitos como:

Irregular, regular, bom e ótimo.

Essa avaliação é entregue aos pais junto com o boletim escolar deixando os

mesmos cientes do comportamento e desenvolvimento geral de seus filhos, bem

como o do próprio aluno, para que possam auxiliar a escola no aprimoramento

desses dados, pois estes atributos se refletem na aprendizagem e maturidade do

aluno.

Ainda no decorrer do ano, desenvolvem-se projetos que envolvem os alunos

tanto na organização como na realização das atividades, procurando trabalhar de

forma democrática, cujo objetivo é estimular o interesse dos educandos pela escola

e, consequentemente, na aprendizagem dos conteúdos.

Em alguns casos, insistindo em determinados aspectos, há significativas

melhoras. São muitos os alunos que conseguem superar as dificuldades de

aprendizagem.

Desta forma nossa avaliação considera o aluno de maneira global, não

valorizando apenas conteúdos e nem somente aspectos sociais.

Assim com o envolvimento de determinados alunos em áreas afins, nas quais

45

se destacam, estimulando sua autoestima, nota-se uma significativa melhora em

conteúdos e aprendizagem geral.

6.4. APMF - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF - ou similares pessoas jurídicas de direito privado - é um órgão de

representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não

tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

Como ações da APMF tem-se:

• A assistência ao educando de aprimoramento do ensino e integração

família/escola/comunidade, enviando sugestões, em consonância com a

proposta pedagógica, assegurando-lhes melhores condições de eficiência

escolar;

• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, estimulando a organização do Grêmio Estudantil com o apoio da APMF

e o Conselho Escolar;

• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a

comunidade;

• Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades;

• Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações;

• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica;

• Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades

apontadas;

• Fazer registros das ações que envolvem a APMF e cumprir com o estatuto da

mesma, enfim fazer tudo que for necessário o bom desenvolvimento da escola.

6.5. CONSELHO ESCOLAR

46

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa

e fiscal, com o objetivo de estabelecer, para o âmbito da escola, critérios relativos à

sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos

limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional

traçadas pela SEED. O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação

entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim

de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

Suas principais funções estão no artigo 13 do regimento escolar.

6.6. GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil “João Rosa Correia” é o órgão máximo de representação

dos estudantes da Escola Estadual do Campo São Francisco. Foi fundado em 30 de

agosto de 2003, com sede neste Estabelecimento de Ensino.

Os principais objetivos e funções do Grêmio estão descritos no regimento do

mesmo, cuja cópia encontra-se em poder da equipe pedagógica.

6.7. DIREÇÃO

De acordo com o Regimento Escolar, à direção cabe a gestão dos serviços

escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do

estabelecimento de ensino, definidos no Projeto Político Pedagógico.

6.8. EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas

da SEED.

6.9. AGENTE EDUCACIONAL II

A função do Agente Educacional II é exercida por profissionais que atuam nas

áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de informática deste estabelecimento de

47

ensino.

O Agente Educacional II que atua na secretaria como secretário(a) escolar é

indicado pela direção deste estabelecimento de ensino e designado por ato oficial,

conforme normas da SEED.

6.10. AGENTE EDUCACIONAL I

O Agente Educacional I tem a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, no âmbito escolar,

sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

6.11. PRÉ-CONSELHO, CONSELHO DE CLASSE E PÓS-CONSELHO

O Pré-Conselho se configura como levantamento de dados antes do

Conselho de Classe, os quais, uma vez submetidos à análise do colegiado,

permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino, com vistas à

superação dos problemas levantados e que não são privativos deste ou daquele

aluno ou desta ou daquela disciplina. É um espaço de diagnóstico do processo de

ensino e aprendizagem, mediado pela equipe pedagógica, junto com os alunos e

professores, ainda que em momentos diferentes, conforme os avanços e limites da

cultura escolar. Não se constituem em ações privativas, implicam em decisões

tomadas pelo grupo/coletivo escolar.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático - pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar e intervir em tempo hábil no

processo ensino-aprendizagem, na relação professor-aluno e os procedimentos

adequados a cada caso. Além de verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas estão em

coerência com a ação pedagógico-educativa.

O Pós-Conselho de Classe traduz-se nos encaminhamentos e ações

previstas no Conselho de Classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno

aos alunos sobre sua atuação escolar e as questões que a fundamentaram,

48

retomada do Plano de Trabalho Docente no que se refere à organização curricular,

encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação, retorno aos

pais/responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o acompanhamento necessário,

entre outras ações todas registradas em ata.

7. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

7.1. SALA DE RECURSOS

Com o propósito de atender aos alunos que apresentam dificuldades na

aprendizagem em função de distúrbios cognitivos, a Escola Estadual do Campo São

Francisco inseriu em seu estabelecimento a Sala de recursos, a fim de que realize

um trabalho especializado com esta demanda.

A partir da detecção de alunos com dificuldades por parte dos professores

regentes, inicia-se a avaliação pedagógica, psicológica e neurológica dos

educandos, diagnosticando os problemas que afetam o aprendizado, para que

posteriormente seja disponibilizado a esses alunos um trabalho diferenciado.

Utilizam-se métodos e estratégias específicas buscando sanar essas dificuldades.

Ao professor da Sala de Recursos cabe também manter o diálogo com os

professores regentes das turmas e com os pais dos alunos, com o objetivo de

esclarecer as dificuldades apresentadas pelos alunos avaliados, bem como orientá-

los sobre as estratégias diferenciadas que podem ser utilizadas para promover a

socialização e o aprendizado. Além disso, é importante manter contato com

profissionais da saúde, tais como neurologista e psicóloga(o), observando os

avanços conseguidos pelos alunos.

Referente ao funcionamento da Sala de Recursos, o atendimento é

organizado no período contrário ao que o aluno está matriculado no ensino regular.

O atendimento é individual ou em grupos pequenos, considerando as

especificidades e necessidades dos educandos.

De acordo com as Instruções Normativas nº 013/08 e 011/08 SUED/SEED

que estabelecem critérios para o funcionamento da Sala de Recursos para o Ensino

Fundamental – Séries Finais, na área de deficiência mental/intelectual e/ou

49

Transtornos Funcionais específicos; considera-se também os conceitos legais que

regem a Educação Especial como: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional Nº 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na

Educação Básica – Parecer CNE Nº 17/01; a Resolução CNE Nº 02/01 e a

Deliberação Nº 02/03 – CEE – PR.

7.2. FORMAÇÃO CONTINUADA

Deparamos-nos constantemente com modificações culturais e tecnológicas,

partindo desse pressuposto percebemos a importante necessidade de estarmos nos

atualizando e adquirindo cada vez mais conhecimentos científicos e de relações

humanas através de grupos de estudos, palestras, cursos, discussões com outros

profissionais da área.

Dessa forma estaremos em constante atualização para alcançarmos com

êxito os objetivos que a escola propõe.

As ações propostas serão realizadas no decorrer do ano letivo, conforme

agenda a ser elaborada na primeira reunião anual com o corpo docente. Poderá ser

alterada ano após ano, tendo em vista os objetivos superados e a necessidade de

novas ações. Os responsáveis pelas ações também serão denominados nesta

reunião, sendo que a direção, a equipe pedagógica, APMF e Grêmio Estudantil

ficam responsáveis de imediato pela distribuição das ações, seu cronograma e

efetivo cumprimento.

7.3. HORA ATIVIDADE

De acordo com a LDB 9394/96, inciso V, artigo 24, a hora atividade é período

reservado aos estudos, planejamento e avaliação, conforme consta na Lei 13.807,

de 30/09/2002 que institui os 20% na carga de trabalho, sendo então uma conquista

dos trabalhadores educacionais no Estado do Paraná.

Desta forma, na Escola Estadual do Campo São Francisco, o

desenvolvimento da hora atividade foi organizado de modo a suprir necessidades e

ampliar os conhecimentos que possam melhorar a prática pedagógica. Momento em

que os docentes possam organizar os materiais pedagógicos, trocar experiências,

50

pesquisar e aprimorar métodos utilizados na didática, oportunizando aumentar o

nível de aprendizado dos alunos bem como o conhecimento intelectual do próprio

docente.

7.4. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM

Conforme Instrução nº 007/2011 – SUED/SEED, as escolas terão abertura

automática de 1(uma) sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e

1(uma) de matemática para alunos matriculados no 6º ano e 8º ano, independente

do número de turmas ofertadas a esses anos. Essas turmas funcionarão com no

máximo 20 alunos, com 04(quatro) horas-aula semanais para os alunos, acrescidas

de 01(uma) hora-atividade para o professor.

São diagnosticadas as dificuldades dos alunos pelo professor regente das

turmas preenchendo uma ficha de encaminhamento, indicando-os para participarem

da Sala de Apoio à Aprendizagem em contra turno. O professor da Sala de Apoio à

Aprendizagem deverá elaborar o Plano de Trabalho Docente com atividades e

materiais didático-pedagógicos diferenciados conforme a necessidade do aluno na

tentativa de superação das dificuldades.

7.5. PLANOS E METAS DA ESCOLA

7.5.1. GESTÃO DEMOCRÁTICA: DIREÇÃO

AÇÕES

Reunião de pais

OBJETIVOS

Participação dos pais no cotidiano escolar e no processo educativo para informá-lo

sobre as dificuldades e desenvolvimento das práticas escolares, tanto

administrativas quanto pedagógicas;

Desenvolver metas e projetos em conjunto;

Desenvolver uma administração participativa, envolvendo os pais no

desenvolvimento de atividades da escola e na educação de seus filhos.

ATIVIDADES

51

* Reunião para apresentar normas e acordos da Escola Estadual do Campo São

Francisco;

* Envolvimento dos pais em projetos desenvolvidos na escola;

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Regimento escolar, regulamento interno, painel para exposição, multimídia,

notebook, bancos, microfone e outros.

RESPONSÁVEIS

Direção, equipe pedagógica, professores e funcionários.

AÇÕES

Realizar o dia de “pais na escola”

OBJETIVOS

Envolver os pais nas atividades da escola, a fim de aumentar sua integração.

ATIVIDADES

Jogos e brincadeiras;

CRONOGRAMA

Outubro;

RECURSOS

Jogos, bolas, tabelas, apitos, convites, premiação;

RESPONSÁVEIS

Direção, equipe pedagógica, professores e funcionários;

AÇÕES

Reivindicar prédio novo para a Escola Estadual (trabalhamos em prédio Municipal);

OBJETIVOS

Proporcionar um ambiente mais adequado para os alunos e a comunidade escolar,

para que possam desenvolver seus objetivos educacionais com maior êxito.

ATIVIDADES

* Ofícios às autoridades e órgãos competentes (FUNDEPAR, SEED, NRE)

solicitando verbas para viabilizar a construção do prédio escolar;

52

CRONOGRAMA

O ano todo, até a liberação da construção;

RECURSOS

Ofícios, requerimentos e fotos para demonstrar as condições precárias;

AÇÕES

Promover o bom relacionamento entre professores e funcionários;

OBJETIVOS

Desenvolver um ambiente harmonioso e participativo, onde cada qual possa

contribuir com os demais quando necessário.

ATIVIDADES

Encontros para reflexões e estudos;

CRONOGRAMA

Os encontros no início de cada semestre letivo.

RECURSOS

Textos para reflexão, dinâmicas, aparelho de som, CDs, multimídia, notebook,

DVDs, entre outros.

RESPONSÁVEL

Direção

AÇÕES

Apoiar a execução dos projetos que visem o desenvolvimento do educando;

OBJETIVOS

Facilitar o desenvolvimento do processo educativo.

Proporcionar meios para que o professor e a comunidade escolar sintam-se

estimulados para na realização dos projetos.

ATIVIDADES

Fornecer os materiais necessários aos projetos que sejam de difícil acesso aos

alunos.

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

53

Materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de som,

cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEL: Direção

7.5.2. GESTÃO DEMOCRÁTICA: EQUIPE PEDAGÓGICA

AÇÕES

Auxiliar e estimular o desenvolvimento de projetos interdisciplinares promovidos pela

escola (corpo discente).

Acompanhar o processo ensino-aprendizagem;

OBJETIVOS

Proporcionar condições para que seja realizado o processo ensino-aprendizagem da

melhor maneira possível;

Promover aspectos como: união, cooperação, comprometimento da equipe escolar,

a fim de estimular os alunos e diminuir a indisciplina.

ATIVIDADES

* Sugestão de temas;

* Apresentar didáticas alternativas;

* Orientação do trabalho dos alunos no contra turno.

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo, conforme agenda interna dos projetos da

escola.

RECURSOS

Materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de som,

cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEL: Equipe pedagógica

AÇÕES

Organizar projetos de valores humanos.

OBJETIVOS

Resgatar valores importantes ao relacionamento e ao desenvolvimento sadio.

ATIVIDADES

Proporcionar a realização do PPGA;

54

Palestras;

Teatros;

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de som,

cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEL: Equipe pedagógica

AÇÕES

Gincanas, jogos e brincadeiras.

OBJETIVOS

Integrar a comunidade escolar para crescimento científico, cultural e esportivo.

ATIVIDADES

Jogos esportivos

Gincanas culturais e científicas.

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Regulamentos;

Materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de som,

cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores

AÇÕES

Auxiliar os professores na resolução de problemas do dia-a-dia detectados pelos

mesmos e no desenvolvimento de atividades complementares ao processo

educativo

OBJETIVOS

Promover reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem

ATIVIDADES

Encontros e reuniões periódicas

55

CRONOGRAMA

Bimestralmente conforme calendário anual.

RECURSOS

Textos, revistas, dinâmicas, materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis,

canetões, aparelho de som, cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEL: equipe pedagógica

7.5.3. GESTÃO DEMOCRÁTICA: AGENTE EDUCACIONAL I

AÇÕES

* Manter a organização e limpeza da escola em sua totalidade;

* Auxiliar em todos os momentos como educadores;

OBJETIVOS

* Manter um ambiente agradável para que todos possam sentir-se bem;

* Manter a disciplina e o bom relacionamento dos educandos em todo o ambiente

escolar;

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo;

RECURSOS

* Material de limpeza;

* Ferramentas;

RESPONSÁVEL: Funcionários

AÇÕES

Projetos e promoções;

OBJETIVOS

Proporcionar o trabalho coletivo e união entre os segmentos da escola.

ATIVIDADES

Apoio na organização dos eventos (gincanas, projetos e promoções) elaboração de

cartazes, murais e tabelas necessárias.

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

56

Materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de som,

cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEL: Funcionários

7.5.4. GESTÃO DEMOCRÁTICA: AGENTE EDUCACIONAL II

AÇÕES

Participar de cursos propostos em todas as áreas para o aperfeiçoamento e

qualificação;

OBJETIVOS

Para ampliar o conhecimento em várias áreas, bem como para melhor

desenvolvimento da função;

ATIVIDADES

Prófuncionário;

Formação Continuada;

Itinerante;

Cursos Online;

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo

RESPONSÁVEL: Funcionários

AÇÕES

Projetos e promoções;

OBJETIVOS

Proporcionar o trabalho coletivo e união entre os segmentos da escola.

ATIVIDADES

Apoio na organização dos eventos (gincanas, projetos e promoções) elaboração de

cartazes, murais e tabelas necessárias.

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de som,

cola, tesoura, máquina fotográfica).

57

RESPONSÁVEL: Funcionários

7.5.5.GESTÃO DEMOCRÁTICA: CORPO DOCENTE

AÇÕES

Participar e propor projetos disciplinares.

OBJETIVOS

Promover o ensino aprendizagem com maior eficácia.

ATIVIDADES

Projetos de temas selecionados no início do ano, jogos entre pais, educação do

campo, gincana, Agrinho.

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Textos, revistas, dinâmicas, materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis,

canetões, aparelho de som, cola, tesoura, máquina fotográfica, apito, bolas, quadra

de esportes)

RESPONSÁVEIS: Professores

7.5.6. GESTÃO DEMOCRÁTICA: CONSELHO ESCOLAR

AÇÕES

Acompanhar e fiscalizar as atividades e o funcionamento da escola;

OBJETIVOS

Verificar se os recursos financeiros estão sendo aplicados conforme necessidade e

se o processo pedagógico está sendo desenvolvido em concordância com o Projeto

Político Pedagógico.

ATIVIDADES

Participar dos conselhos de classe e das reuniões;

Prestação de contas;

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Notas fiscais

58

Fichas de pré-conselho

Relatórios

Prestação de contas

RESPONSÁVEL: Membros do Conselho escolar

AÇÕES

Auxiliar a comunidade escolar;

OBJETIVOS

Proporcionar um trabalho coletivo, auxiliando na melhoria do desenvolvimento

escolar.

ATIVIDADES

Participar dos eventos culturais e esportivos

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Agenda interna

RESPONSAVEL: Membros do Conselho escolar

7.5.7. GESTÃO DEMOCRÁTICA: APMF

AÇÕES

Proporcionar maior interação entre escola – família – comunidade e segmentos

organizados;

OBJETIVOS

Promover um ambiente escolar participativo e unido.

ATIVIDADES

Participar de reuniões;

Participar na organização de eventos;

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Textos, materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de

som, cola, tesoura, máquina fotográfica)

59

RESPONSÁVEL: Membros da APMF

AÇÕES

Incentivar e auxiliar na participação em festas e promoções;

OBJETIVOS

Mobilizar a sociedade, visando maior lucratividade, para auxiliar a escola na compra

de materiais necessários e melhorias na estrutura da escola.

ATIVIDADES

Participar na organização dos eventos;

Prestação de contas

Fazer levantamento das melhorias necessárias;

CRONOGRAMA

A ser estabelecido no início do ano letivo.

RECURSOS

Textos, materiais didáticos (sulfite, cartolinas, tintas, pincéis, canetões, aparelho de

som, cola, tesoura, máquina fotográfica)

RESPONSÁVEL: Membros da APMF

7.5.8. GESTÃO DEMOCRÁTICA: GRÊMIO ESTUDANTIL

AÇÕES

Reivindicar juntamente com a direção melhorias na escola, bem como no processo

educacional.

OBJETIVOS

Desenvolver a socialização entre os alunos, o movimento e a descontração.

ATIVIDADES

Fazer ofício solicitando as melhorias.

CRONOGRAMA

Conforme a necessidade;

RECURSOS

Papéis e modelos de ofícios.

RESPONSÁVEL: Membros do Grêmio Estudantil

60

AÇÕES

Montagem de um jornal informativo.

OBJETIVOS

Expor para as demais escolas e comunidade, os trabalhos desenvolvidos pelos

alunos da escola, para que todos os alunos possam expor suas atividades e

conhecer as dos demais alunos.

ATIVIDADES

Criação de textos;

Seleção de Fotos;

CRONOGRAMA

4º Bimestre

RECURSOS

Papéis, computador, fotos.

RESPONSÁVEL: Membros do Grêmio Estudantil

AÇÕES

Promover um concurso interno de danças entre turmas.

OBJETIVOS

Promover a união e a cooperação na resolução dos problemas encontrados na

escola.

ATIVIDADES

Seleção das músicas;

Montagem de coreografia de danças;

Apresentações;

CRONOGRAMA

3º Bimestre

RECURSOS

CDs, aparelho de som, fotos.

RESPONSÁVEIS: Membros do Grêmio Estudantil

AÇÕES

Participar junto a Coordenação da escola em todos os projetos desenvolvidos com

os alunos;

61

Auxiliar a escola em festas e eventos propostos no decorrer do ano.

OBJETIVOS

Promover a interação do Grêmio com os demais segmentos da escola;

Desenvolver o espírito de liderança e responsabilidade.

ATIVIDADES

Participação nos eventos e atividades escolares.

CRONOGRAMA

Durante todo o ano letivo

RECURSOS

Calendário interno da instituição

RESPONSÁVEIS: Membros do Grêmio Estudantil

7.5.9. GESTÃO DEMOCRÁTICA: CONSELHO DE CLASSE

AÇÕES

Proporcionar um momento de reflexão sobre as práticas do cotidiano escolar;

OBJETIVOS

Promover um ambiente escolar qualificado;

ATIVIDADES

Realizar pré-conselhos, fazendo análise sobre o desenvolvimento dos alunos junto

aos professores;

Coletar informações com os alunos sobre as práticas de todos os segmentos da

escola, sugestões, reclamações e acordos;

CRONOGRAMA

Ao final de cada bimestre.

RECURSOS

Fichas individuais dos alunos, material com fichas para professores e classe.

RESPONSÁVEIS: Direção, equipe pedagógica e professores.

AÇÕES

Diagnosticar as causas que interferem no processo de aprendizagem do aluno e

estabelecer as ações que serão tomadas para solucionar determinados problemas

detectados.

62

OBJETIVOS

Atingir a real aprendizagem dos alunos e também fazer uma análise sobre a prática

docente;

ATIVIDADES

Realizar o conselho de classe com todos os segmentos, analisando possíveis

soluções e atitudes a serem tomadas.

CRONOGRAMA

Ao final de cada bimestre.

RECURSOS

Fichas individuais dos alunos, material com fichas do pré-conselho para professores

e classe.

RESPONSÁVEIS: Direção, equipe pedagógica e professores.

7.5.10. GESTÃO DEMOCRÁTICA: REPRESENTANTE DE TURMA

AÇÕES

Fazer uma análise com cada turma sobre lideranças, sobre o perfil e atitudes de um

líder;

OBJETIVOS

Desenvolver a autonomia e liderança nos alunos;

ATIVIDADES

Conscientizar os alunos da importância que o representante de turma tem no auxílio

às atividades desenvolvidas na escola;

CRONOGRAMA

No início do ano letivo e conforme a realização de projetos e demais atividades

propostas;

RECURSOS

Material informativo sobre a democracia, ética, liderança, responsabilidade e

cidadania;

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica.

AÇÕES

Trabalhar com as turmas sobre ética, cidadania, compromisso, democracia e

63

liderança.

OBJETIVOS

Promover atividades que desperte nos alunos a criatividade, interesse nas

atividades da escola;

ATIVIDADES

Responsabilizar os alunos representantes de turma no auxílio de atividades

desenvolvidas na escola;

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo;

RECURSOS

Material informativo sobre a democracia, ética, liderança, responsabilidade e

cidadania;

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e representantes de turmas.

AÇÕES

Realizar uma votação para eleger dois representantes de cada turma.

OBJETIVOS

Promover a cooperação e participação dos alunos na resolução dos problemas

encontrados na escola.

Responsabilizar os alunos representantes de turma no auxílio de atividades

desenvolvidas na escola;

ATIVIDADES

Eleição;

CRONOGRAMA

Início do ano letivo;

RECURSOS

Papel e caneta para realizar a votação;

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica.

7.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA

7.6.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA: AVALIAÇÃO

64

AÇÕES

Estudo constante sobre as propostas de avaliação adotadas pela escola;

OBJETIVOS

Analisar se os métodos de avaliação estão adequados com a proposta da escola;

ATIVIDADES

Leitura do P.P.P., regimento interno e textos sobre o tema;

CRONOGRAMA

Durante o ano letivo;

RECURSOS

Textos informativos;

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica.

AÇÕES

Grupos de estudos para discussão de experiências realizadas pelos professores;

OBJETIVOS

Promover discussões para aprimorar cada vez mais as formas de avaliar;

ATIVIDADES

Envolver os professores em relatos de suas experiências;

CRONOGRAMA

Reuniões pedagógicas;

Analisar gráficos a partir de dados do SERE.

RECURSOS

Sala de reuniões;

Material impresso com gráfico sobre o rendimento dos alunos;

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores.

7.6.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA: REUNIÕES PEDAGÓGICAS

AÇÕES

Troca de conhecimentos e informações;

OBJETIVOS

Promover novas possibilidades de ampliar os conhecimentos e compartilhar

experiências;

65

ATIVIDADES

Envolver professores de outras escolas em relatos de suas experiências;

CRONOGRAMA

Sempre que houver necessidade para discussão de assuntos do contexto escolar

durante o ano letivo, além dos dias pré-selecionados no calendário escolar.

RECURSOS

Sala de reuniões, textos informativos pessoas de todos os segmentos da escola,

papel, caneta, textos, giz, quadro, material para desenvolver as dinâmicas,

retroprojetor, computador.

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores.

AÇÕES

Trabalhar constantemente a autoestima e coletividade;

OBJETIVOS

Estar sempre estimulando os profissionais da educação pela procura de

conhecimento e vontade de encontrar soluções;

ATIVIDADES

Dinâmicas de grupo e leitura de textos para estimular a autoestima;

CRONOGRAMA

Sempre que houver necessidade para discussão de assuntos do contexto escolar

durante o ano letivo, além dos dias pré-selecionados no calendário escolar.

RECURSOS

Sala de reuniões, textos informativos pessoas de todos os segmentos da escola,

papel, caneta, textos, giz, quadro, material para desenvolver as dinâmicas,

retroprojetor, computador.

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores.

7.6.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA: RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

AÇÕES

Fazer uma análise sobre as formas de recuperação já adotadas na escola para

adequar o necessário;

OBJETIVOS

66

Identificar problemas ou soluções no processo de recuperação de estudos;

ATIVIDADES

Leitura do P.P.P., regimento interno e textos sobre o tema;

CRONOGRAMA

Conforme houver necessidade, durante todo ano letivo;

RECURSOS

Sala de aula, atividades diferenciadas, contra turno, professor e auxiliares.

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores.

AÇÕES

Implantar sala de apoio e recurso na escola;

OBJETIVOS

Proporcionar mais oportunidades ao aluno para auxiliar na aprendizagem do

mesmo;

ATIVIDADES

Propor diferenciadas atividades retomando alguns conteúdos para superar as

dificuldades de aprendizagem.

Avaliar e elaborar proposta de intervenção ao aluno com necessidades especiais.

CRONOGRAMA

No início do ano letivo;

RECURSOS

Sala de aula, atividades diferenciadas, contra turno, professor e auxiliares.

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores.

7.6.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA: HORA ATIVIDADE

AÇÕES

Socialização de conhecimentos e informações;

OBJETIVOS

Aproveitar esse momento para socializar informações e troca de conhecimentos

referentes às ações pedagógicas;

ATIVIDADES

Leitura e análise de textos, análise e resolução de dificuldades encontradas no

67

contexto escolar;

CRONOGRAMA

Conforme organização interna da escola, durante o ano letivo.

RECURSOS

Textos, papel e caneta para anotar informações coletadas.

RESPONSÁVEIS: Equipe pedagógica e professores.

7.6.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA: FORMAÇÃO CONTINUADA

AÇÕES

Estudo de textos, capacitação e cursos para discussão de assuntos que envolvem

as práticas escolares.

OBJETIVOS

Atualizar e adquirir cada vez mais conhecimentos científicos e de relações humanas;

Aprimorar o conhecimento de todos os envolvidos na escola.

Manter bom relacionamento com todos os integrantes da escola, podendo auxiliá -

los sempre que necessário.

ATIVIDADES

Grupos de estudos, palestras, cursos, capacitações e discussões com profissionais

da área.

CRONOGRAMA

Realizadas no decorrer do ano letivo.

Conforme calendário do NRE

RECURSOS

Palestrantes, coordenadores de grupos de estudos, textos, papéis e canetas para

sistematização das discussões, retroprojetor, quadro, giz, computador.

RESPONSÁVEIS: Direção, equipe pedagógica, professores e funcionários.

7.6.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA: USO INDEVIDO DE DROGAS

AÇÕES:

Elaborar e aplicar medidas de prevenção ao uso indevido de drogas.

OBJETIVOS:

1) Informar sobre as consequências do uso/consumo de drogas lícitas e ilícitas,

68

tanto para o próprio organismo como as consequências familiares, sociais e

escolares;

2) Conscientizar sobre possíveis ações em caso de contato com substâncias

lícitas e ilícitas;

3) Buscar ações conjuntas entre escola, comunidade, pais de alunos e órgãos

competentes.

ATIVIDADES:

1) Solicitar a implantação do PROERD (Programa Educacional de Resistência

às Drogas e à Violência da Polícia Militar do Paraná) para alunos de 7ª ou 8ª

séries;

2) Palestras com profissionais da saúde, sobre o tema;

3) Solicitar a presença da Patrulha Escolar;

4) Ações interdisciplinares sobre o tema;

5) Envolver a comunidade escolar.

CRONOGRAMA:

Ainda no primeiro semestre, fazer as solicitações em relação ao PROERD e a

Patrulha Escolar. No segundo semestre, implantar as atividades propostas, como

palestras, atividades interdisciplinares, e tentar envolver a comunidade escolar.

RECURSOS:

Salas de aula, saguão, profissionais da área para palestras e informações, cartilhas

e outros recursos audiovisuais, filmes, debates, reuniões.

RESPONSÁVEIS: Equipe Pedagógica: Direção, pedagoga, professores e

funcionários, APMF.

7.6.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA: ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA

ESCOLA

AÇÕES E OBJETIVOS:

- Palestras com autoridades locais para discorrer sobre a lei e o não cumprimento da

mesma, quanto ao contrabando e tráfico de armas e drogas;

- Trabalhar textos com posterior debate entre os alunos sobre a violência, suas

69

causas e consequências;

- Conscientização contínua, por parte dos professores, quanto às consequências

que tais atos acarretam no comprometimento do futuro dos alunos;

- Palestras com profissionais da saúde sobre violência sexual e doenças

sexualmente transmissíveis;

ATIVIDADES:

− Palestras;

− Leitura e estudo de textos relacionados aos temas;

− Debates entre os alunos;

− Seminários;

− Filmes relacionados aos temas (violência e exploração sexual).

CRONOGRAMA:

As ações devem ser constantes pois os problemas são frequentes.

RECURSOS:

Salas de aula, saguão, profissionais da área para palestras e informações,

cartilhas e outros recursos audiovisuais, filmes, debates, reuniões.

RESPONSÁVEIS: Equipe Pedagógica: Direção, pedagoga, professores e

funcionários, APMF.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 3ª

70

ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1988.

ARANTES, ANTONIO AUGUSTO. O que é cultura popular. São Paulo, Brasiliense,

1981.

BOECHT, IVONE. Pensando a educação na perspectiva de um mundo possível,

p. 95 à 101.

BOFF, Leonardo. A voz do arco-irís. Brasília: Letraviva, 2000.

CANDAU, VERA MARIA, Rumo à uma nova didática. Editora Vozes.

FREIRE, P. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

“FICA DA CULTURA" (RJ, Zahar, 1962) Lévi-Strauss - Antropologia estrutural.

GARCIA, PEDRO. Subversão pela palavra uma desordem poético-pedagógica.

Cadernos RioArte, Rio de Janeiro, Sec. Municipal de Cultura, 1985.

GROETHUYSEN, BERNARD – "Antropologia Filosófica" (Lisboa, Presença,

1982).

IRINEU COLOMBO E NEDSON MICHELETI. Lei de Diretrizes da Educação

Básica, 1.996, Editora América.

KRAMER, SONIA. O que é básico na escola básica? Contribuições para o

debate sobre o papel da escola na vida social e na cultura. In: Infância e

produção cultural. KRAMER, SONIA. LEITE, MARIA ISABEL F. PEREIRA.

Campinas: Papirus, p.11-24, 1.998.

LÉVI-STRAUSS, CLAUDE - “Antropologia Estrutural” (RJ, Tempo Brasileiro,

1970).

MAGALHÃES, ALOÍSIO. E triunfo? A questão dos bens culturais no Brasil. Rio

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MAGNAMI, JOSÉ GUILHERME CANTOR. Festa no pedaço: Cultura popular e

lazer na cidade. São Paulo, Brasiliense, 1984.

MENDES, DURMEVAL TRIGUEIRO. Realidade, experiência e criação. Revista

Brasileira de Estudos Pedagógicos, nº 130, 1973.

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Superintendência de Educação.

BRANDÃO, CARLOS RODRIGUES. De Angicos e ausentes: 40 anos de educação

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OLIVEIRA, Inês Barbosa de. (org.) A democracia no cotidiano da Escola. Rio de

71

Janeiro: DP&A, 1999.

PIMENTA, SELMA GARRIDO, A organização do trabalho na escola, In: Revista

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PINTO, A. C. (1994). Cognição, Aprendizagem e Memória. Porto: Edição

policopiada do Autor. (227 p). (1997, 4a ed., revista).

VASCONCELLOS, CELSO DOS SANTOS, Construção do conhecimento em sala

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VEIGA, ILMA PASSOS ALENCASTRO, ESCOLA: Espaço do Projeto Político

Pedagógico, editora: Papirus, 1.998, 2º Edição.

_________. Passos, Projeto político da escola: uma construção coletiva –

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SAVIANI, DEMERVAL. Escola e Democracia: teoria da educação, curvatura e

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SEVERINO, A .J. Os embates pela cidadania: ensaios de uma abordagem

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BRZEZINSKI, I. (Org.). LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. 2. ed.

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______________. Pós-graduação e pesquisa: o processo de produção e de

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Lucídio e MACHADO, A. Maria N. - A bússola do escrever: desafios e estratégias na

orientação de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 2002; p. 67-88.

72

ANEXO 01

73

ANEXO 02

74