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II SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFPE – CAMPUS CARUARU 17 a 21 de outubro de 2011 Caruaru – Pernambuco – Brasil GRAMPOS-SUPORTE: REINTERPRETAÇÃO DO SISTEMA DE CARANGUEJO PARA O AUMENTO DA SEGURANÇA E PRODUTIVIDADE EM CANTEIROS DE OBRAS Gabriel José Banks de Siqueira, [email protected] 1 Raphaela Banks de Siqueira, [email protected] 1 Nicolas Renato Siqueira de Araújo, [email protected] 1 Rayanna Gonçalves de Oliveira Barreto, [email protected] 2 José Tiago da Silva Muniz, [email protected] 3 1 Universidade Federal de Pernambuco, Rua Altinho, 62 – Apto. 401, Madalena, CEP: 50.610-140, Recife/PE. 2 Universidade de Pernambuco 3 Gabriel Bacelar Construções S.A. Resumo: A NR-18, Norma que visa a Segurança do meio ambiente de trabalho, sugere o uso de “caranguejos” – peça em aço com resistência característica de 50Mpa, medindo em torno de 5cm de altura, e 12cm de largura. Essas peças tem como finalidade o engastamento dos talabartes do cinto de segurança do operário que irá realizar serviços na perferia da edificação, e são aplicadas no momento da concretagem da laje, devendo estar com perfeito engaste na armação negativa da mesma, evitando assim sua soltura. Porém, este sistema não se mostra adequado à segurança e produtividade no meio ambiente do trabalho na construção civil, pois a sua presença pode causar acidentes fatais, oferecendo risco ao operário. A partir dessas constatações este artigo pretende abordar o desenvolvimento de uma nova ferramenta, substituta do tradicional “caranguejo”, denominada “Grampo-suporte”, cujo objetivo é diminuir os acidentes em obra, além de outros benefícios. Palavras-chave: Construção civil, segurança do trabalho, caranguejo, grampo-suporte. 1. INTRODUÇÃO Assim como qualquer atividade do setor privado, a construção civil visa fundamentalmente o lucro, sendo a redução irrestrita dos custos a forma mais comumente escolhida na obtenção desses lucros almejados, contudo, ao deixar em segundo plano setores primordiais como o de segurança no trabalho, por exemplo, alguns profissionais do setor mostram que não percebem o impacto da segurança do trabalho na produtividade da empresa. Com o intuito de melhor lidar com os riscos nas obras, Hinze (1997) afirma que, de uma forma geral, pode-se evitar acidentes ou então minimizá-los através de medidas de cunho gerencial associadas com a implantação das instalações físicas de segurança. Liska et al. (1993) também chamam a atenção para a importância da visão ampla do assunto, ou seja, é necessário que se desenvolva um programa de segurança no qual os diversos fatores que a influenciam no canteiro sejam observados, substituindo a prática simplista de se preocupar única e exclusivamente com a implantação das instalações de segurança. Para ser possível atingir esses níveis ideais de segurança no trabalho, tem-se que partir dos níveis de exigências mínimos, os quais são definidos, no caso brasileiro, pela NR-18 (Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção. Desde que foi aprovada em 1995, a nova versão da norma NR-18 deu novo impulso às discussões e ações de melhoria relativas a segurança no trabalho. O tema hoje ganha espaço entre as preocupações de empresários e trabalhadores, os quais vêm despertando para a importância de melhorar a segurança e as condições de trabalho nas obras. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (IOL, 2011), no ano de 2008 ocorreram no mundo cerca de 317 milhões de acidentes de trabalho, sendo destes, aproximadamente 321 mil fatais e 2,02 milhões de enfermidades fatais relacionadas ao trabalho. No Brasil, o Ministério da Previdência Social (2011) indica que durante o ano de 2009 foram registrados 723.452 acidentes de trabalho, sendo 54.142 (7,48%) relativos à indústria da construção. A mesma fonte indica ainda que em Pernambuco foram registrados 18.348 acidentes de trabalho, sendo 6,07% referente à indústria da construção.

Estruturas Caranguejos

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II SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFPE – CAMPUS CARUARU

17 a 21 de outubro de 2011 Caruaru – Pernambuco – Brasil

GRAMPOS-SUPORTE: REINTERPRETAÇÃO DO SISTEMA DE CARANGUEJO PARA O AUMENTO DA SEGURANÇA E

PRODUTIVIDADE EM CANTEIROS DE OBRAS

Gabriel José Banks de Siqueira, [email protected]

Raphaela Banks de Siqueira, [email protected] Nicolas Renato Siqueira de Araújo, [email protected] Rayanna Gonçalves de Oliveira Barreto, [email protected] José Tiago da Silva Muniz, [email protected] 1Universidade Federal de Pernambuco, Rua Altinho, 62 – Apto. 401, Madalena, CEP: 50.610-140, Recife/PE. 2 Universidade de Pernambuco 3 Gabriel Bacelar Construções S.A.

Resumo: A NR-18, Norma que visa a Segurança do meio ambiente de trabalho, sugere o uso de “caranguejos” – peça

em aço com resistência característica de 50Mpa, medindo em torno de 5cm de altura, e 12cm de largura. Essas peças

tem como finalidade o engastamento dos talabartes do cinto de segurança do operário que irá realizar serviços na

perferia da edificação, e são aplicadas no momento da concretagem da laje, devendo estar com perfeito engaste na

armação negativa da mesma, evitando assim sua soltura. Porém, este sistema não se mostra adequado à segurança e

produtividade no meio ambiente do trabalho na construção civil, pois a sua presença pode causar acidentes fatais, oferecendo risco ao operário. A partir dessas constatações este artigo pretende abordar o desenvolvimento de uma

nova ferramenta, substituta do tradicional “caranguejo”, denominada “Grampo-suporte”, cujo objetivo é diminuir os

acidentes em obra, além de outros benefícios.

Palavras-chave: Construção civil, segurança do trabalho, caranguejo, grampo-suporte.

1. INTRODUÇÃO Assim como qualquer atividade do setor privado, a construção civil visa fundamentalmente o lucro, sendo a

redução irrestrita dos custos a forma mais comumente escolhida na obtenção desses lucros almejados, contudo, ao deixar em segundo plano setores primordiais como o de segurança no trabalho, por exemplo, alguns profissionais do setor mostram que não percebem o impacto da segurança do trabalho na produtividade da empresa.

Com o intuito de melhor lidar com os riscos nas obras, Hinze (1997) afirma que, de uma forma geral, pode-se evitar acidentes ou então minimizá-los através de medidas de cunho gerencial associadas com a implantação das instalações físicas de segurança. Liska et al. (1993) também chamam a atenção para a importância da visão ampla do assunto, ou seja, é necessário que se desenvolva um programa de segurança no qual os diversos fatores que a influenciam no canteiro sejam observados, substituindo a prática simplista de se preocupar única e exclusivamente com a implantação das instalações de segurança.

Para ser possível atingir esses níveis ideais de segurança no trabalho, tem-se que partir dos níveis de exigências mínimos, os quais são definidos, no caso brasileiro, pela NR-18 (Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção.

Desde que foi aprovada em 1995, a nova versão da norma NR-18 deu novo impulso às discussões e ações de melhoria relativas a segurança no trabalho. O tema hoje ganha espaço entre as preocupações de empresários e trabalhadores, os quais vêm despertando para a importância de melhorar a segurança e as condições de trabalho nas obras.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (IOL, 2011), no ano de 2008 ocorreram no mundo cerca de 317 milhões de acidentes de trabalho, sendo destes, aproximadamente 321 mil fatais e 2,02 milhões de enfermidades fatais relacionadas ao trabalho.

No Brasil, o Ministério da Previdência Social (2011) indica que durante o ano de 2009 foram registrados 723.452 acidentes de trabalho, sendo 54.142 (7,48%) relativos à indústria da construção. A mesma fonte indica ainda que em Pernambuco foram registrados 18.348 acidentes de trabalho, sendo 6,07% referente à indústria da construção.

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O Anuário Brasileiro de Proteção, publicou trabalho (Proteção, 2011) que apresenta análise das Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT registradas no Estado durante o ano de 2008. Os dados apresentam a construção civil em 6º lugar, antecedido por indústria da transformação (30,80%), comércio e veículos (11,61%), atividades administrativas e serviços complementares (7,23%), Transporte, armazenagem e correio (6,18%), saúde humana e serviços sociais (6,10%).

Esses números apresentam um aumento de aproximadamente 8,9% no número de acidentes em relação ao ano anterior (Proteção, 2011), ressaltando, no entanto, o aumento no número de obras que ocorrem no Estado, associado ainda, como indica Silva (2010) a uma fraca atuação dos empregadores no sentido da exigência das normas de segurança.

Os acidentes de trabalho representam altos custos para a empresa, a sociedade e para o próprio trabalhador. De acordo com Barkokébas Júnior et al. (2004) o custo relacionado com um acidente pode tomar proporções bastante avultosas. Os custos não ficam apenas na esfera financeira, mas com muito mais propriedade no âmbito social, e neste imensurável, pois a vida humana e a invalidez não podem ser quantificadas. Atuar fortemente no sentido é dever dos empresários, não só da construção civil, mas também de profissionais de outros setores, buscando sempre a melhoria de processos que levem a redução do número de acidentes de trabalho. O presente artigo proposto pelos autores tráz um processo implementado na Construtora Gabriel Bacelar Construções S.A. pelo estudante de engenharia Gabriel José Banks de Siqueira e pelo engenheiro José Tiago da Silva Muniz que tem mostrado o compromisso da empresa com os fatores de segurança no trabalho, em especial aqueles apresentados na NR-18.

A Norma Brasileira Regulamentadora da Segurança do meio ambiente de trabalho, a NR-18, disserta sobre o uso de estruturas denominadas “caranguejos” – peças produzidas no canteiro de obras utilizando-se vergalhões em aço com resistência característica de 50Mpa, medindo em torno de 5cm de altura, e 12cm de largura. Essas peças tem como finalidade o engastamento dos talabartes do cinto de segurança do operário que irá realizar serviços na periferia da edificação, e são aplicadas no momento da concretagem da laje, devendo estar com perfeito engaste na armação negativa da mesma, evitando assim sua soltura. O item 18.18 da NR supracitada refere-se aos telhados e coberturas, e coloca o que segue:

18.18.1 Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores. 18.18.1.1 É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo pára-quedista. 18.18.1.2 O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura definitiva da edificação, por meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade equivalentes. (Norma, 2005).

Figuras 1 e 2. Exemplos de grampos do sistema caranguejo. Foto: Gabriel Banks.

Além de servir de suporte para fixação dos talabartes, o caranguejo destina-se também à fixação do cabo de

passagem em todo o perímetro da laje, servindo de auxílio na segurança do operário. Nesta segunda situação, deve-se colocar um caranguejo a cada 2 metros de comprimento, em torno da laje em trabalho. Fazendo isso, os grampos trabalharão em conjunto: caso alguma peça solte-se do engastamento, as demais assumiram a função de seguridade.

Entre as desvantagens do uso desse sistema, pode-se apontar: o sistema de caranguejo necessita ser cortado após a sua utilização (conclusão da etapa da obra em que foi utilizado), gerando desperdício de material e retrabalho, pois ao executar o contrapiso do pavimento o mesmo deve estar livre de obstáculos. Devido à sua altura (12cm) esta peça é bastante passível de imprevistos, onde profissionais distraídos acabam tropeçando, podendo vir a cair de alturas onde o acidente será fatal.

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2. O “GRAMPO-SUPORTE” Através do exercício das atividades de engenharia civil dentro do canteiro de obras verticais, e da visualização

diária das implicações negativas que o caranguejo trouxe à segurança do ambiente de trabalho (acidentes, ferimentos e até mortes de operários), foi possível determinar que se fazia necessário pensar em uma nova forma de abordagem para a confecção dos grampos. A partir de observações, estudos, e testes comprobatórios, foi possível o desenvolvimento de uma nova ferramenta, denominada de Grampo-suporte. Essa ferramenta, mostrou-se inédita no campo da construção civil, não sendo do conhecimento dos autores até o momento, a existência de iniciativa semelhante em outras regiões.

O Grampo-suporte consiste de uma peça de aço (vergalhão) com resistência característica de 50Mpa, com bitola de 6,3mm. O seu formato consiste em duas “pernas” com 15cm, um apoio de 12cm, e altura de 5cm, envolvidos por borracha elastomérica de 19mm de espessura.

Figura 3. Esquema do Grampo-suporte. Fonte: Autores da pesquisa, 2010. 2.1. Características do Sistema de Grampo-Suporte

O novo sistema desenvolvido, conforme Figura 3, é implantado no momento de concretagem da laje, e as peças deverão perfazer todo o perímetro da laje, distribuídas a cada 2 metros de comprimento. As “pernas” de 15cm, deverão estar devidamente engastadas na armação negativa da laje, evitando-se assim que soltem-se. No momento de concretagem da laje, a parte superior do dispositivo deverá estar em mesmo nível do concreto de laje, previsto no projeto estrutural. O dispositivo poderá ficar neste nível, pois a borracha elastomérica fará com que o espaço necessário para passagem do cabo de aço fique corretamente alocado. Ao dar início aos serviços com necessidade de amarração de talabartes na laje subseqüente, a borracha elastomérica deverá ser cortada com o objetivo do aparecimento do aço que estava protegido.

Figuras 4 e 5. Imagens do Grampo-suporte. Foto: Gabriel Banks.

2.2. O Papel do Sistema de Grampo-Suporte na Diminuição de Acidentes

Com a utilização do Grampo-suporte, podemos observar benefícios relacionados à segurança do trabalho e à produtividade, tendo em mente que estas duas atividades devem estar aliadas:

Com relação à segurança do trabalho:

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• Os clássicos “tropeços” anteriormente existentes nos caranguejos, passaram a ser evitados, pois como o grampo-suporte está no mesmo nível da laje concretada, o membro inferior do corpo do funcionário (pé) permanece acima da peça;

• O grampo-suporte facilita o tráfego de pessoas e equipamentos nas lajes evitando conflitos físicos, geradores de acidentes;

Com relação à produtividade:

• Facilidade no sarrafeamento da laje em concretagem: o sistema permitiu que a régua metálica utilizada no sarrafeamento passe acima do grampo, em vez de ter que ser erguida;

• Na etapa do contrapiso, essas peças são escondidas naturalmente, pois utiliza-se em lajes do tipo de concreto armado, contrapiso de aproximadamente 3cm de espessura, garantindo o recobrimento total da peça – anteriormente, era necessário cortar o caranguejo, gerando desperdício de mão-de-obra e material.

2.3. Testes Realizados

Para comprovar a eficácia do grampo-suporte, que possui aço com bitola menor que a do sistema caranguejo, foi realizada uma simulação, com um teste de carga. O teste, conforme figura abaixo, foi realizado com auxílio de um elevador-guincho com quatro sacos de cimento, totalizando 200 Kg, peso este quase 200% acima do peso médio de um adulto (70 Kg). No teste, o grampo-suporte, conforme a figura, não rompeu, mostrando-se assim capaz de suportar o peso do operário, e sendo apto a substituir o sistema caranguejo.

Figuras 6 e 7. Imagens do Grampo-suporte. Foto: Gabriel Banks.

3. CONCLUSÕES

Concluímos que o sistema de Grampo-suporte mostrou-se uma ferramenta bem-sucedida e de simples execução. Sua utilização demonstrou-se eficiente no combate aos acidentes causados por tropeços, que tornaram-se cada vez mais raros.

4. AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer a diretoria e os funcionários da construtora Gabriel Bacelar Construções S.A., onde o

sistema de Grampo-suporte foi desenvolvido e testado.

5. REFERÊNCIAS BARKOKÉBAS JR., B.; LAGO, E.M.G.; VÉRAS, J.C.; MARTINS, L.B. Acidente fatal na indústria da construção

civil: impacto sócio-econômico. In: Congresso Brasileiro de Ergonomia – ABERGO, 13, Fortaleza, 2004. HINZE, J. Construction safety. Upper Saddle River: Prentice-Hall, 1997. ILO – International Labour Organization. ILO introductory report: global trends and challenges on occupational

safety and health. In: World Congress on Safety and Health at Work, 19, Istanbul, Turkey, 11-15 September 2011, Geneva: ILO, 2011.

LISKA, R.W.; GOODLOE, D.; SEN, R. Zero accident techniques. Austin: The Construction Industry Institute,1992.

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (Brasil). Anuário da previdência social. Disponível em: <www.mpas.gov.br>. Acesso em: 22 de setembro de 2011.

Revista Proteção. Anuário Brasileiro de Proteção 2011. Disponível em <www.protecao.com.br/site/content/materias/materia_detalhe.php?id=JyjbAA>. Acesso em: 20 de setembro de 2011.

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