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O texto abaixo é uma boa pedida para introdução. Entretanto, favor alterá-lo uma vez que o prof. não irá aceitar cópia da internet e corremos o risco de outro grupo encontrar o mesmo texto . A introdução do gênero Eucalyptus, no Brasil, ocorreu no início do século XIX, com evidências de que as primeiras árvores teriam sido plantadas em 1825, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Até o início deste século, o eucalipto foi plantado com a finalidade de ornamentação ou para servir de quebra-ventos, pelo seu extraordinário desenvolvimento. Todavia, o responsável pela introdução de plantações econômicas foi o silvicultor Edmundo Navarro de Andrade, depois de estudar várias espécies nativas - como peroba, cabreúva, jequitibá, jacarandápaulista, pinheiro-do- paraná e cedro - e outras exóticas, como Eucalyptus globulus, implantado com sementes trazidas de Portugal. Naquele ensaio, desenvolvido entre 1904 e 1909 no Horto de Jundiaí-SP, o eucalipto se destacou de tal forma que a então Companhia Paulista de Estradas de Ferro, hoje Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA, optou pelas espécies desse gênero para produzir lenha para suas locomotivas. De 1909 a 1966, quando passou a vigorar a Lei 5.106 dos incentivos fiscais ao reflorestamento, haviam sido plantados 470.000 hectares de eucalipto em todo o Brasil, 80% dos quais situavam-se no Estado de São Paulo. A partir de então, até o ano de 1986, apenas com incentivos fiscais, foram plantados 3,2 milhões de hectares. Em 1987, foram abolidos tais incentivos. Contudo, a tecnologia desenvolvida neste período encontra-se fortalecida e completamente absorvida pelas indústrias florestais. A madeira de eucalipto tem-se prestado a uma série de finalidades. Além dos usos tradicionais, como lenha, estacas, moirões, dormentes, carvão vegetal, celulose e papel, chapas de fibras e de partículas, há uma forte tendência em utilizá-la, também, para usos mais nobres, como fabricação de casas, móveis e estruturas, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, carentes de florestas naturais.

Eucalyptus punctata DC

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Page 1: Eucalyptus punctata DC

O texto abaixo é uma boa pedida para introdução. Entretanto, favor alterá-lo uma vez que o prof. não irá aceitar cópia da internet e corremos o risco de outro grupo encontrar o mesmo texto.

A introdução do gênero Eucalyptus, no Brasil, ocorreu no início do século XIX, com evidências de que as primeiras árvores teriam sido plantadas em 1825, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Até o início deste século, o eucalipto foi plantado com a finalidade de ornamentação ou para servir de quebra-ventos, pelo seu extraordinário desenvolvimento. Todavia, o responsável pela introdução de plantações econômicas foi o silvicultor Edmundo Navarro de Andrade, depois de estudar várias espécies nativas - como peroba, cabreúva, jequitibá, jacarandápaulista, pinheiro-do-paraná e cedro - e outras exóticas, como Eucalyptus globulus, implantado com sementes trazidas de Portugal. Naquele ensaio, desenvolvido entre 1904 e 1909 no Horto de Jundiaí-SP, o eucalipto se destacou de tal forma que a então Companhia Paulista de Estradas de Ferro, hoje Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA, optou pelas espécies desse gênero para produzir lenha para suas locomotivas.

De 1909 a 1966, quando passou a vigorar a Lei 5.106 dos incentivos fiscais ao reflorestamento, haviam sido plantados 470.000 hectares de eucalipto em todo o Brasil, 80% dos quais situavam-se no Estado de São Paulo. A partir de então, até o ano de 1986, apenas com incentivos fiscais, foram plantados 3,2 milhões de hectares. Em 1987, foram abolidos tais incentivos. Contudo, a tecnologia desenvolvida neste período encontra-se fortalecida e completamente absorvida pelas indústrias florestais. A madeira de eucalipto tem-se prestado a uma série de finalidades. Além dos usos tradicionais, como lenha, estacas, moirões, dormentes, carvão vegetal, celulose e papel, chapas de fibras e de partículas, há uma forte tendência em utilizá-la, também, para usos mais nobres, como fabricação de casas, móveis e estruturas, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, carentes de florestas naturais.

Eucalyptus punctata DC Ocorre naturalmente na região central, no litoral e serras litorâneas de New South Wales, Austrália. Essa área situa-se entre as latitudes de 32 a 35oS. As latitudes estão compreendidas entre o nível do mar a 1.000 m. A precipitação pluviométrica média anual varia de 625 a 1.250 mm. O regime de chuvas é caracterizado por uma uniforme distribuição durante o ano, ou por chuvas concentradas no verão. A estação seca tem uma duração média de 4 meses. Temperatura média de 4 meses das máximas do mês mais quente entre 27 a 32oC, e das mínimas do mês mais frio entre 4 a 5oC. As geadas ocorrem numa intensidade de 1 a 10 dias/ano. A madeira é altamente recomendável para serraria, estruturas, postes e dormentes. Regenera-se bem por brotação das cepas.

De acordo com a classificação Visual Stress Grading, comumente usada na Europa e América do Norte, essa espécie pode ser assim classificada:

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Grupo de força (Strength groups): S1- não-seco; SD2- secoGraus de tensão (Stress grades): - F14, F17, F22, F27 (não-seco) - F17, F22, F27, F34 (seco)

Quando a madeira, classificada por esse método, está de acordo com a norma AS 2082-1979, ela está visualmente apta para fins estruturais. ‘Visualmente’ porque não foi realizado nenhum ensaio para testar sua resistência.

Retração para Teor de Umidade de 12%: 7,0% (tangencial), 4,5% (radial).Durabilidade acima do solo: Classe 1 - a expectativa de vida acima de 40 anos.Durabilidade enterrada: Classe 1 - a expectativa de vida de mais de 25 anos.Resistência Térmica: Resistente - conforme norma AS 5604Resistência Marinha: Classe 2 - conforme norma AS 5604Preservação: Alburno aceita preservativoSecagem: Lento para secar, mas degrada pouco Dureza: Muito difícil (avaliada em classe 01, numa escala de 1 a 6) em relação ao recuo e facilidade de trabalhar com ferramentas manuais.Usinagem: Boa trabalhabilidadeFixação: Não há dificuldades com o uso de acessórios padrão e fixaçõesColagem: Tal como acontece com a maioria das espécies de alta densidade, usinagem e preparação da superfície deve ser feito imediatamente antes da colagem.Acabamento: Aceita diretamente a pintura e polimentoEmprego na Engenharia: dormentes, madeiras de paisagismo, postes, estacas, vigas de mineraçãoConstrução: elementos estruturais (vigas e pilares), pisos, muros de contençãoIdentificação apresenta características gerais: Alburno: Pálido, marrom-avermelhada distinguível de cerne. Cerne: Castanho-avermelhado ao vermelho. Textura: Médias de grão grosseiro Raios: Finos

Relação entre Grupos de Força (Strength Groups), Graus Estruturais (Structural Grades) e Graus de Tensão (Stress Grades) para maioria das espécies:

Grupos de Força

Graus Estruturais - Graus de Tensão -

Propriedade da espécie No. 1 (VSG) No. 2 (VSG) No. 3 (VSG) No. 4 (VSG)

- SD1 - F34 F27 F22- SD2 F34 F27 F22 F17

S1 SD3 F27 F22 F17 F14S2 SD4 F22 F17 F14 F11S3 SD5 F17 F14 F11 F8S4 SD6 F14 F11 F8 F7S5 SD7 F11 F8 F7 F5

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S6 SD8 F8 F7 F5 F4S7 - F7 F5 F4 -

Elementos necessários para cultura: Sol - pH ácido - 711,2 mm de precipitação anual .Vantagens:- Baixa manutenção- Não é necessário aplicar fertilizanteGerminação: Semente germina facilmente com métodos normais. Cerca de 82-90 sementes por gramaResistência à temperatura USDA Zone 9 (−1.1 °C a −3.9 °C)Tipo Árvore alta atingindo 35 mCor das flores Branco Taxa de Crescimento ModeradoOrigem New South Wales - AustraliaReino: PlantaeDivisão: MagnoliophytaClasse: MagnoliopsidaOrdem: MyrtalesFamilia MyrtaceaeGênero EucalyptusEspécia Eucalyptus punctata

Muitas vezes confundida com E. deanei, E. punctata, ao contrário daquela, é encontrado em locais mais secos. Debaixo da casca velha, manchada e cinza escuro há uma madeira com as cores laranja, cinza e creme. Seu nome popular na Austrália é Grey Gum, onde a palavra “Gum” designa particularmente todos os eucaliptos que perdem suas cascas em determinadas épocas do ano.

Encontrada ao longo da costa e nas proximidades varia de Liverpool, faixa de sul, à baía de Jervis, New South Wales – Austrália. E no Brasil?

Principais Doenças A árvore Grey Gum também tem o nome científico de Eucalyptus punctata DC. Esta árvore é uma parte da família do eucalipto, que é nativo da Austrália. Por causa do tipo de árvore que é, também está suscetível a todas as doenças a que os demais eucaliptos. Ferrugem da goiabaÉ um problema comum para a árvore Grey Gum. Ele é chamado de oxidação porque provoca manchas amareladas nas folhas que parecem que se parecem com a árvore é, literalmente, enferrujando. Esta doença ataca brotações pequenas e mudas, bem como brotos de árvores mais velhas e danificadas. Atualmente, não há nenhuma cura conhecida para a doença, mas muitas plantações de eucalipto estão trabalhando no desenvolvimento de manchas de árvores que são resistentes à doença.

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AntracnoseTambém chamada de ferrugem do galho, esta doença mata ramos e galhos da árvore, e pode eventualmente conduzir à sua morte. A melhor maneira de prevenir esta doença é a poda de ramos e folhas no outono e no inverno para evitar a propagação da doença durante a primavera e o verão.

Deterioração da madeiraDeterioração da madeira é uma doença fúngica que faz com que os membros e tronco da árvore apodreçam de dentro para fora. Esta doença afeta geralmente as árvores mais velhas. A melhor maneira de controlar este problema é fornecer nutrientes para as plantas e para evitar que a árvore fique danificada.

ApodrecimentoHá vários tipos diferentes de apodrecimento que atacam a árvore. O apodrecimento da raiz está localizada ao redor das mesmas e os sinais desta doença incluem o excesso de escurecimento das folhas, ou a queda do crescimento num ritmo extraordinariamente rápido. Esta doença também pode atacar a coroa, o colar e o pé da árvore. Adequada drenagem do solo combate esse problema.

EmpoeiramentoEsta doença se parece com um revestimento de pequena camada de poeira ou de neve em cima das folhas. A melhor maneira de evitar essa doença é plantar eucaliptos em exposição direta ao sol e manter condições do ambiente seco.

CancrosÁrvores Grey Gum, ocasionalmente, apresentam cancros. Um cancro é um ponto de tecidos mortos em ramos ou troncos de árvores. Às vezes, as folhas em torno do cancro se tornam amarelas ou marrons. A melhor maneira de evitar essa doença é o plantio do eucalipto em condições ideais, ou seja, com solo bem drenados e com exposição plena ao sol.

Manchas de alcatrãoManchas de alcatrão parecem pequenas manchas marrons nas folhas. Geralmente, esta doença não fere a árvore inteira. Tal doença pode ser evitada removendo-se as folhas caídas da base da árvore.

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Tirado de : MATERIAIS TÉCNICAS E ESTRUTURAS II -FORMULÁRIO PARA CÁLCULO DE VIGAS DE MADEIRA SERRADA

Eucalyptus punctata DC – Grey GumÁrvore usualmente de 25-35m x 60-90 cm, na terra onde cresce espontaneamente (terras baixas, encostas suaves e morros moderados; solos pobres , úmidos). Casca, salvo na base do tronco, onde permanece, cinzento-forte até mesmo rosada, desprendendo-se em placas alongadas. Folhas lanceoladas espessas, discolores, 10-16cm x 2-3cm; nervuras finas, oblíquas (60º). Flores em umbelas 6-10 floras; pedúnculos achatados ou angulosos, 10-18 mm; pedicelosos distintos; anteras do tipo das Macrantherae.Madeira vermelha, rija e durativa. Na Austrália, E. punctata encontra menos favor do que E. propinqua; no entanto, fora da pátria o primeiro é muito mais importante, inclusive no Brasil, onde deu melhores resultados.Relativo ao clima, esta árvore responde bem quando em clima temperado-subtropical, com temperatura média entre 15,5 a 21 ºC; chuvas de 650 a 1.300 m ( ou uniformes ou de verão); evaporação no intervalo de 1.000 a 1.250 mm; relativamente resistente à geada. Melhor crescimento: tolerante, preferindo solos cascalhentos, úmidos e bem drenados. Muito mais plástica do que E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis e E. propinqua. Vai bem em regiões sub-tropicais sem estação seca marcada. Suporta solos pobres. Moderadamente variável. Altitude: até 600 m (Austrália).

Outra fonte:Árvore até 30 metros de altura por 1 metro de diâmetro. No Horto do Rebouças, SP, aos 7 anos atingiu 19,1 m.

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Prospera em terras secas em regiões temperadas. Sua madeira é rija, pesada e de longa duração. Peso específico: 0,91 kg/dm³.Utilizada em construção naval e civil, dormentes, cercas e excelente como combustível, o que pode ser comprovado pela tabela abaixo:

Caso vcs ainda queiram pesquisar mais sobre o assunto recomendo procurar, além do nome da madeira, dê uma olhada também em “Dendrologia”, “Dendrologia Brasileira”, pois a maior parte do material que eu encontrei na internet sobre esta madeira, quando consultado somente o nome científico, está em inglês.

Bibliografia: RIZZINI, Carlos Tol – Plantas do Brasil: árvores e madeiras úteis do Brasil. Manual de Dendrologia Brasileira – 2ª ed. – São Paulo, SP ,1985 – Ed. Edgard Blücher Ltda.

BAKER, Richard T.; SMITH, Henry G. – A Research on the Eucalytps: Especially in Regard to their Essential Oils – 2ª ed. – Sydney, AU, 1920 – Published by Authority of the Government of the State of New South Wales.

http://www.australiaplants.com/Eucalyptus_punctata.htm, acessado em 05/10/2010 às 20:35.

http://www.dpi.qld.gov.au/26_5383.htm, acessado em 05/10/2010 às 20:00.

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