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Daniela Maria de Jesus Lima RA: 204 11305 A problemática da evasão de alunos no ensino de EJA São Paulo 2015 1- DEF!"#$ DA %REA D$ &''

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Daniela Maria de Jesus Lima

RA: 20411305

A problemática da evasão de alunos no

ensino de EJA

São Paulo2015

1- DEF!"#$ DA %REA D$ &''

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1(1-Delimi)a*ão do )ema do &''

“A problemática da evasão de alunos no ensino de EJA.”

1(2-Jus)i+i,a)ia: A problemática da evasão de alunos no ensino de EJA, problema constante

que interfere gradativamente na aprendizagem dos jovens e adultos desde dos

primrdios da alfabetiza!ão, fazendo"se presente em todas as escolas que

trabal#am com esta modalidade de ensino. A preocupa!ão com a alfabetiza!ão de jovens e adultos, já vem transcorrendo

ao longo da #istria, passou por processos de desenvolvimento e nos anos $%, se

firmou com as ideias do educador &aulo 'reire.&aulo 'reire estimulava a alfabetiza!ão dos adultos mediante a discussão de

suas e(peri)ncias de vida entre si, ou seja, atrav*s da realidade dos alunos as

palavras eram aproveitadas em seu conte(to, identificadas para adquirir o

entendimento da palavra escrita e compreensão do mundo. 

“+ingu*m educa ningu*m, ningu*m educa a si mesmo, os

#omens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” 'reire,-/0, p.$/1. 

2as os problemas não simplificavam apenas na alfabetiza!ão de alunos, pois

#aviam situa!3es que influenciavam gradativamente no EJA, ocasionando a evasão

em muitas escolas que ofereciam essa modalidade.+os dias atuais não * diferente, a evasão tem sido problema para vários

estabelecimentos de ensino o n4mero de alunos em sala de aula tem sido m5nimo,

os motivos são os mais variados, desde problemas com alfabetiza!ão escolar at*

problemas de ordem pessoal e familiar.6abe"se que o estudante de EJA são alunos que por algum motivo se

afastaram dos estudos no tempo regular e voltaram as escolas no objetivo de

retomar o tempo perdido. &ode"se salientar a perspectiva de Arro7o8...os jovens e adultos continuam vistos na tica das car)ncias

escolares8 não tiveram acesso, na inf9ncia e na adolesc)ncia, aoensino fundamental, ou dele foram e(clu5dos ou dele se evadiram:logo propiciemos uma segunda oportunidade. A;;<=<, >%%$,p.>?1.

@ de suma import9ncia entendermos os motivos da evasão, pois de maneirae(plicita me(e"se com as estruturas da sociedade, ocasionando problemas de

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relev9ncia pol5tica e social, assim a inclusão desses alunos despreparados ocorre

em trabal#os depreciativos, levando"se pela demanda do mercado de trabal#o,

ocasionando problemas futuros. onforme análise de Batista >%%$, p.->1,

descreve que8C...D #á dois segmentos de emprego, um mercado primárioF *

formado pelos elementos qualificados, mel#or pagos, protegidos emais estáveis, e um mercado secundárioF, constitu5do por pessoalprecário, menos qualificado, diretamente submetidos Gs flutua!3esda demanda.

 Assim, observando a seriedade deste tema, muitos são os alunos perdidos

no meio social e que por este motivo dei(am de contribuir efetivamente para o

desenvolvimento do pa5s.

6endo assim, o objetivo deste trabal#o * destacar os motivos que levammuitos a abandonarem sala de aula e apresentar poss5veis solu!3es no intuito de

minimizar a evasão escolar no EJA.&ortanto, o objetivo deste projeto * conduzir a refle(ão os estudantes e toda

estrutura escolar no sentindo de observar a import9ncia de se saber as causas da

evasão na EJA e as poss5veis solu!3es, salientando a relev9ncia da aprendizagem,

sanar problemas e dificuldades que se tornam obstáculos e(pressivos para o

desenvolvimento dos alunos.1(3-$./e)io eral:Hnvestigar e analisar a problemática da evasão escolar no EJA, os fatores que

contribuem para esse afastamento em massa nas salas de aula, identificar as

causas que dizem respeito a escola, professores em suas a!3es e intervir de forma

gradativa em todo conte(to apresentado.1(4- $./e)ios ese,+i,os:

&rocurar entender os motivos que levam a evasão no EJA.

 Analisar as causas, consequ)ncias deste afastamento na vida escolar dos

alunos de EJA e a influ)ncia deste abandono na vida cotidiana.

Irabal#ar a parte emocional dos alunos por meio de motiva!3es, de modo a

despertar o interesse de estudar e estimular a perman)ncia na escola.

<ferecer aten!ão individual e feedbac ao aluno para desenvolvimento da

aprendizagem.

'risar a import9ncia em terminar os estudos para mel#or qualifica!ão

profissional e pessoal.

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1(5- Pro.lema de Pesuisa:

 A problemática da evasão nos remete a seguinte pergunta8

Kuais são os motivos causas1 que levam os alunos do ensino de EJA G

evasão escolar das salas de aulaL

  2- LEA!&AME!&$ L$R%F'$ E ELA$RA"#$ PAR'AL

DA F6!DAME!&A"#$ &7$R'A D$ &''

2(1-Lean)amen)o i.lio8r9+i,o Re+eren)e ao &ema Do &''

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2(2- Fundamen)a*ão &e@ri,a A evasão escolar faz parte da #istria da educa!ão brasileira, ocorrendo at*

os dias atuais nos estabelecimentos de ensino brasileiro, o aumento da ta(a de

evasão são numerosos, ou seja, vem aumentando e(pressivamente a cada dia,

sendo problema de alta relev9ncia pol5tica e social, pois refletem nas estruturas

sociais me(endo em áreas significativas na sociedade.]ários estudos t)m apontado aspectos sociais considerados comodeterminantes da evasão escolar, dentre eles, a desestrutura!ãofamiliar, as pol5ticas de governo, o desemprego, a desnutri!ão, aescola e a prpria crian!a, sem com isto, e(imam a responsabilidadeda escola no processo da e(clusão das crian!as do sistemaeducacional. A;+EH;<, p.?"Y1

6egundo 6uzana 6c#Xartz >%-?, p.?>1 e(istem problemas evidentes queinfluenciam diretamente para que ocorra a evasão8 o atraso escolar * um desses

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problemas, alunos na idade adequada tivera m*dia de vinte pontos superior dos que

possui atraso na escolaridade, a ta(a percentual * $Y[ dos que tem quatorze anos

e deveriam estar concluindo o ensino fundamental. < HBRE >%%$1, afirma que

-/,0[ dos fil#os de fam5lias com renda per capita inferior a meio salário m5nimo já

c#egam atrasados G primeira s*rie, muitos deles futuramente abandonam a escola

se evadindo das salas de aulas -Y,>[1 e os que mais são reprovados ?$,>[1. A

ta(a diminui para aqueles que apresentam uma renda per capita superior a dois

salários m5nimos, cai para ,?[1, alunos que apresentam uma estrutura financeira

razoável são em sua maioria colocados nas escolas no tempo regular de estudo. As ta(as apresentadas evidenciam que muitos desses alunos que come!am

em atraso nos estudos e abandonam as escolas serão possivelmente alunos quefrequentarão a modalidade de ensino EJA.

+este sentindo, pode"se afirmar8Qesde que a EJA * EJA esses jovens e adultos são os

mesmos8 pobres, desempregados, na economia informal, negros,nos limites da sobreviv)ncia. 6ão jovens e adultos populares. 'azemparte dos mesmos coletivos sociais, raciais, *tnicos, culturais C...DA;;<=<, >%%0, p. >1. 

;eferente G Educa!ão de Jovens e Adultos, 6uzana 6c#Xartz >%-?, p.??1,

tamb*m cita baseado em pesquisas realizadas pelo Banco 2undial os altos 5ndices

de evasão no ensino de EJA, W%[1.Embora e(istam muitos alunos matriculados nas escolas, maioria não

frequentam as salas de aula, listas de presen!a completa, mas salas

inevitavelmente incompletas.E atualmente, 0[ dos brasileiros em idade escolar

considerada regular estão matriculados na escola. Hsso pode servisto como algo e(tremamente positivo, por*m * desanimador saberque, desse total, menos de 0%[ c#egarão G /` s*rie. 6uzana

6c#Xartz, >%-?, p.??1

 A evasão flui como um todo no meio educacional, o abandono e a desist)ncia

em massa dos alunos tornou"se preocupa!ão #abitual, a situa!ão faz parte

#istoricamente de discuss3es, debates em prol de solu!3es, mas efetivamente está

longe de se c#egar Gs respostas concretas, não questionáveis, pois muito se

analisa, e a evasão escolar continua aumentando notoriamente.+esse sentindo, a evasão escolar * um problema que abrange todas as

modalidades de ensino, e na EJA não poderia ser diferente, pois tem sido afetada

efetivamente com ta(as alarmantes como foi referido anteriormente. Elaine &ereira

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nos afirma segundo estudos que, o caso de evasão não ocorre s no Brasil está

presente em outros pa5ses, “incluindo diversas fai(as etárias, classes sociais, etc.”<u seja, o fenmeno do fracasso e da evasão escolar não *

e(clusivo da EJA. Ial fenmeno, igualmente, não se encontra cr5tico

apenas no Brasil, abrangendo pa5ses das Am*ricas e da Europaarmo, p.Y1

 Assim, muitos são os fatores que repercute no abandono dos alunos, vários

estudos constatam aspectos que tem influenciado de forma geral a esta situa!ão,

aspectos de ordem social, desestrutura!ão familiar, as pol5ticas de governo,

desemprego, o bai(o desempen#o, reprova!ão, a escola e a prpria crian!a, jovem

ou adulto H+E& >%--1.

Embora os indiv5duos saibam, que a educa!ão possibilita o entendimento e oabrir de oportunidades, muitos abandonam os estudos devido aos aspectos sociais

apresentados anteriormente.2a( 2anacorda afirma o seguinte8

 A educa!ão * o 4nico camin#o capaz para transforma!ão#umana social dos indiv5duos, conduzindo"os para uma visão cr5tica,conscientizando e preparando"os para viverem em sociedade eassumindo a sua cidadania. ” 2A;, apud 2A+A<;QA, --,&.>01. 

Qiante de tantos fatos problemas1 reais que podem levar o indiv5duo a se

afastar do meio escolar, uma análise mais profunda levará ao esclarecimento do

assunto e a poss5veis respostas acerca da questão8 Kuais são os motivos causas1

que levam os alunos do ensino de EJA, a evadir"se das salas de aulaL

2(3- As ,ara,)ers)i,as is)@ri,as da EJA no rasil

+o ano de -W%%, c#egaram os primeiros portugueses ao Brasil, com suas

culturas, tradi!3es e consequentemente com seus padr3es educacionais trazidos de

sua terra. Ao desembarcarem em terras brasileiras, constataram que #aviam #abitantes,

ou seja, ind5genas com seus prprios modos de viver, culturas, forma de educar

diferentemente dos padr3es europeus, com estrutura prpria, a educa!ão muitas

vezes era passada atrav*s da sabedoria dos mais vel#os ou pelos paj*s que eram

responsáveis pelos valores culturais.

+o ano de -WY c#egaram os jesu5tas ao Brasil, com a inten!ão de converteros ind5genas a religião catlica e civilizar os mesmos, mas não foram aceitos, #ouve

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resist)ncia e muitos fugiram, não se adaptando com a educa!ão dos jesu5tas, pois

os afastavam de seus costumes, o que levava a fuga de muitos para não se

submeter as influ)ncias educacionais ou costumes que transmitiam.

Embora #ouvesse resist)ncia por parte de alguns 5ndios, outros passarampelo processo de catequiza!ão. < trabal#o por parte dos jesu5tas era árduo e duro.

Esse processo de educa!ão dava"se a todos os 5ndios em sua maior parte adultos.icero 6antos e Ezequiel de <liveira, &rezi1 relata que8 os jesu5tas

praticavam a!3es missionárias levando, educa!ão, desenvolvimento de profiss3es,

aprendizado de portugu)s, espan#ol e no!3es básicas de cálculo mental como

contar.6egundo &ierro e Paddad, >%%$1

6abe"se que já no per5odo colonial os religiosos e(erciam suaa!ão educativa missionária em grande parte com adultos. Al*m dedifundir o evangel#o, tais educadores transmitiam normas decomportamentos e ensinavam os of5cios necessários aofuncionamento da economia colonial, inicialmente aos ind5genas, e,posteriormente aos escravos negros.

< ensino era aplicado “nas casas de meninos, constru!3es de taipas simples,

ane(as ás aldeias com alguma liberdade são as primeiras escolas. ” &rezi, >%-W1<s jesu5tas tiveram influ)ncias significativas na constru!ão da escola

brasileira.“&ode"se dizer que os jesu5tas tiveram uma forte e(pressão

na constru!ão da escola brasileira e tamb*m na educa!ão de jovense adultos8 na prática de leitura e escrita. ” 6ilva, Eliane &ereira >%-?,p.-Y1

<bserva"se que a educa!ão de jovens e adultos, não * algo recente, mas *

notrio desde os primrdios da coloniza!ão.+o s*culo ]HHH, os jesu5tas foram e(pulsos, logo o processo educativo ficou

parado e desorganizado e s voltou a ser aplicado novamente na *poca do Hmp*rio.Eliane &ereira >%-?1, relata que no ano de -/0%, o primeiro curso noturno foi

promovido, atrav*s da 6ociedade Au(iliadora da Hnd4stria +acional, logo em -/0/

#ouve o surgimento das escolas noturnas para #omens.6egundo Qecreto n 0%?-, Art.-8

Em cada uma das escolas p4blicas de instru!ão primaria do- grão do munic5pio da orte, para o se(o masculino, * criado umcurso noturno de ensino elementar para adultos, compreendendo asmesmas mat*rias que são lecionadas naquelas escolas.

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 Assim, a educa!ão básica de adultos come!ou a se consolidar no Brasil, e no

decorrer dos anos passou por transforma!3es significativas.+a d*cada de -?%, #ouve transforma!3es de suma import9ncia que estão

associadas a industrializa!ão, #ouve tamb*m a centraliza!ão de pessoas nas partesurbanas e oferta de ensino básico gratuito, ou seja, fatores que colaboraram

consideravelmente para o desenvolvimento de setores diversificados na sociedade. A centraliza!ão urbana e a industrializa!ão aumentaram a necessidade de

mão de obra qualificada nas ind4strias provocando no Brasil uma esp*cie de

reprodu!ão, com isso a necessidade de ampliar a rede escolar, neste sentindo o

governo buscou por novas diretrizes educacionais para o pa5s no intuito de

minimizar o analfabetismo na fase adulta.

 A onstitui!ão de -?Y &arágrafo 4nico arts. W, n H], e ?, n /, letras a ec afirmam8

  a1 ensino primário integral gratuito e de frequ)nciaobrigatria e(tensivo aos adultos:

b1 tend)ncia G gratuidade do ensino educativo ulterior aoprimário, a fim de o tornar mais acess5vel:

  c1 liberdade de ensino em todos os graus e ramos,observadas as prescri!3es da legisla!ão federal e da estadual:

Embora #ouvesse empen#o em esfor!a"se, a industrializa!ão não forneceu

um projeto democrático, pois foi imposto autoritariamente pelo Estado +ovo e a

educa!ão proposta estava ligada com este projeto.6endo assim, o investimento feito pelo Estado, configurava"se claramente em

prol do campo industrial para que tivesse trabal#adores preparados e alfabetizados. Assim, os primeiros documentos oficiais de aten!ão a EJA eram resposta as

necessidades do capital8 mão de obra minimamente qualificada para atuar na

ind4stria, maior controle social, al*m de diminuir os vergon#osos 5ndices de

analfabetismo ur7,>%%%1. A partir de então, teve"se a inten!ão clara de erradicar por completo o

analfabetismo, assim nos anos de -Y$ a -W/, foram realizadas campan#as

nacionais, entre -W/ e -$Y foi aprovado o &lano +acional de Educa!ão, que

deveria atingir todo o pa5s, era coordenado por &aulo 'reire, embora o &+E fosse

para benef5cio popular, o conte(to pol5tico não era favorável para todos, o que se

tornava restritivo e contrário Gs ideias emancipatrias de &aulo 'reire.'reire estimulava alfabetiza!ão onde o aluno se envolvesse com o meio, não

apenas um ato mec9nico sem sentido, aprendendo de forma profunda, uma

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educa!ão que não fosse neutra, mas de natureza pol5tica que levasse a

conscientiza!ão envolvendo o aluno profundamente no ato de aprender.

Iudo isso, pelo contrário, era proposto G curiosidade dosalunos de maneira din9mica e viva, no corpo mesmo de te(tos, orade autores que estudávamos, ora deles prprios, como objetos aserem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eudescrevesse. <s alunos não tin#am que memorizar mecanicamentea descri!ão do objeto, mas apreender a sua significa!ão profunda.6 apreendendo seriam capazes de saber, por isso, de memoriza"la,de fi(á"la. A memoriza!ão mec9nica da descri!ão do elo não seconstitui em con#ecimento do objeto. &or isso, * que a leitura de umte(to, tomado como pura descri!ão de um objeto * feita no sentidode memorizá"la, nem * real leitura, nem dela, portanto resulta ocon#ecimento do objeto de que o te(to fala. 'reire, -/, p.--"->1

+esse mesmo ano e -$Y tamb*m ocorreu a Qitadura 2ilitar, nesta *poca

#ouve um movimento que estava desejando a erradica!ão do analfabetismo,

denominando"se 2obral, foi um projeto do governo Brasileiro com a inten!ão de

alfabetizar jovens e adultos, regido pelo regime militar. A lei n W?0T-$0" Artigo- afirma8

 “onstituem atividades prioritárias permanentes, no2inist*rio da Educa!ão e ultura, a alfabetiza!ão funcional e,

principalmente, a educa!ão continuada de adolescentes e adultos. ”

< 2ovimento Brasileiro de Alfabetiza!ão, que tin#a por finalidade alfabetizar

 jovens e adultos, durante o decorrer deste projeto #avia alcan!ado desenvolvimento

significativo em sua estrutura, se estendendo por todo o Brasil.Qurante alguns anos o movimento continuo se e(pandindo, mas não

conseguiram cumprir com as metas propostas, apresentavam uma aprendizagem

defasada, não conseguindo erradicar o analfabetismo, a preocupa!ão era ensinar ler e escrever não se preocupando com a forma!ão do #omem e sua conscientiza!ão.

 Atrav*s do 2obral o governo controlava a alfabetiza!ão de forma

centralizada, pois no tempo do ;egime 2ilitar #avia muita repreensão e controle

sobre o que circulava no Brasil, pois na Qitadura nutria"se a preocupa!ão de

controle constante, para que nada afetasse o governo e suas ideias. Assim, podia se observar mais uma vez a manipula!ão do Estado e o seu

poder centralizador, controlando a alfabetiza!ão. A repreensão foi a resposta o Estado autoritário a atua!ão

daqueles programas e educa!ão e adultos cujas a!3es de natureza epol5tica contrariam os interesses impostos pelo golpe militar. Aruptura pol5tica ocorrida com o movimento de $Y tentou acabar com

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ás práticas educativas que au(iliavam na e(plicita!ão dos interessespopulares. < Estado e(ercia sua fun!ão de coer!ão, com fins degarantir a “normaliza!ão” das rela!3es sociais. &HE;;<:PAQQAQ, >%%%, p.--?1

om isso o 2ovimento Brasileiro de Alfabetiza!ão, foi bastante condenado e

criticado como proposta pedaggica, sendo e(tinto no ano de -/W, substitu5do pelo

projeto Educar.< Qecreto -/%T-/W " Art. -.

 A 'unda!ão 2ovimento Brasileiro de Alfabetiza!ão "2<B;AZ, institu5da pelo Qecreto n $>.YWW, de >> de mar!o de-$/, nos termos do artigo Y da Zei n W?0, de -W de dezembro de-$0, passa a denominar"se 'unda!ão +acional para Educa!ão deJovens e Adultos " EQOA;, com o objetivo de fomentar a e(ecu!ãode programas de alfabetiza!ão e educa!ão básica destinados aosque não tiveram acesso G escola ou que dela foram e(clu5dosprematuramente.

om a entrada deste &rojeto, a educa!ão passou a ser menos r5gida, #avia

uma inteira!ão maior com os professores, aproveitavam"se os meios educacionais

oferecidos. Embora algumas coisas como as desigualdades sociais não

oferecessem mudan!as significativas, aproveitou"se as transforma!3es relevantes

no momento.&or este motivo #á algumas caracter5sticas que podem ser citadas86egundo o Qecreto -/%T-/W Art. >.

&ara a consecu!ão do objetivo previsto no artigo - desteQecreto, deverá a 'unda!ão EQOA;8

H " promover a aloca!ão dos recursos necessários G e(ecu!ãodos programas de alfabetiza!ão e educa!ão básica:

HH " formular projetos espec5ficos e estabelecer normasoperacionais, com vistas a orientar a e(ecu!ão dos referidosprogramas:

HHH " incentivar a gera!ão, o aprimoramento e a difusão de

metodologias de ensino, mediante combina!ão de recursos didáticose tecnologias educacionais:H] " estimular a valoriza!ão e capacita!ão dos professores

responsáveis pelas atividades de ensino inerentes aos programas.

 Aps -/W, #ouve uma redemocratiza!ão no Brasil com o fim do regime

militar, posturas entraram em processo de mudan!as, a democracia retomou as

r*deas nas rela!3es sociais e das institui!3es pol5ticas brasileiras, ou seja, o campo

dos direitos sociais recebeu )nfase maior.&or conseguinte, o &rojeto Educar foi e(tinto no ano de -%, passando a

responsabilidade da EJA para o setor p4blico.

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Em -%, aconteceram fatos transitrios que revitalizaram a educa!ão no

pa5s, trazendo mudan!as para as modalidades de ensino.+este mesmo ano foi publicada oficialmente a nova lei de Qiretrizes e Bases

da Educa!ão +acional, lei n ?YT$, oficializando a transi!ão do ensino de EJApassando a ser considerada modalidade de ensino básica com suas prprias

especificidades fazendo parte as etapas do ensino fundamental e m*dio,

substituindo o Ensino 6upletivo. A modalidade de ensino EJA atende jovens e adultos que não puderam ser

alfabetizados no ensino regular. A Zei n $YT$ Art. ?0 afirma que8

“A educa!ão de jovens e adultos será destinada Gqueles quenão tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino

fundamental e m*dio na idade prpria. ”

 Antes essa modalidade não era tão necessária, a partir de transforma!3es no

processo de trabal#o e no processo industrial, esses conceitos mudaram,

modifica!3es continuaram ocorrendo mostrando que o ensino na EJA, * muito mais

do que preparar um operário pensante, mas pessoas conscientizadas para todas

áreas significativas no conte(to social brasileiro.+isso pode"se observar que desde o per5odo colonial at* os dias de #oje a

EJA passou por vários processos no decorrer dos anos at* c#egar nesta fase, onde

#ouve mudan!as importantes, mas embora tantos planos, projetos ten#am sido

implantados e movimentos populares não #ouve a erradica!ão do analfabetismo. A EJA ainda possui d*ficits que não possibilitam uma inclusão efetiva e nem

asseguram a perman)ncia dos alunos na escola, embora tantos fatos #istricos que

ocorreram, #ouve abandono #istrico desta modalidade e os efeitos destas a!3es

repercutem at* os dias de #oje.2esmo com algumas precariedades vis5veis na EJA, as Zeis de Qiretrizes e

Bases da Educa!ão trata com seriedade e compromisso essa modalidade,

atribuindo direitos aqueles que desejam estudar mesmo não tendo oportunidades

anteriormente. A ZQB ?YT$, Art.>%W diz8

 A educa!ão, direito de todos e dever do Estado e da fam5lia,será promovida e incentivada com a colabora!ão da sociedade,visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para oe(erc5cio da cidadania e sua qualifica!ão para o trabal#o. 

 Apesar de não estar #avendo continuidade aos programas ao longo do

tempo, a modalidade de ensino EJA está sempre sendo buscada em prol de

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mel#orias, com o objetivo que todos ven#am ter acesso G educa!ão, neste sentindo

em janeiro de >%%?, o 2E anunciou que a EJA seria prioridade do governo federal,

por este motivo foi criada a 6ecretária E(traordinária de Erradica!ão do

 Analfabetismo, que tem por meta erradicar o analfabetismo no per5odo de quatro

anos do governo Zula. Assim, surgiu o programa Brasil Alfabetizado no intuito de bater essa meta

com a colabora!ão do 2E, junto a rgãos p4blicos estaduais, municipais, ensinos

superiores e organiza!3es sem fins lucrativos desenvolvendo a!3es alfabetizadoras.&ortanto, ao longo da #istria da EJA, a finalidade seria abater o

analfabetismo, mas sem conscientiza!ão dos alunos, mesmo com tantos programas

que não continuaram ou estão em processo de desenvolvimento, o objetivo nos

tempos atuais * o acesso de todos a educa!ão, se vislumbrando novos #orizontes

no intuito de erradicar o analfabetismo possibilitando o direito a educa!ão.

2(4- 'ondi*Bes so,iais dos alunos de EJA

 Ao longo dos anos pode"se observar as dificuldades para que se instaurasse

a modalidade de ensino EJA, sucess3es de programas avaliados, usados com a

finalidade de diminuir a ta(a de analfabetismo. Embora várias tentativas, at* os dias

de #oje não #ouve mel#oras significativas, entrou vários avan!os tecnolgicos, masa evasão tem aumentado consideravelmente.

 Analisando a situa!ão percebe"se que a contribui!ão das ordens

governamentais não tem sido acentuada causando vácuos nesta modalidade, ou

seja, a contribui!ão, as condi!3es oferecidas para a modalidade não cooperam para

mel#oras significativas.]ários estudos, como o 2apa do analfabetismo realizado pelo

H+E&, revelam com clareza o quanto a sociedade brasileira tem sidov5tima das pol5ticas e condu!3es de sequentes governantes imveis

ao problema do analfabetismo e da interdi!ão #istrica de brasileirose brasileiras aos instrumentos da leitura e da escrita. A gravesitua!ão educacional que os n4meros desse 2apa revelam e(igerefletir o quanto t)m estado equivocadas as pol5ticas p4blicas para aEJA, restritas, no mais das vezes, G questão do analfabetismo, semarticula!ão com a educa!ão básica como um todo, nem com aforma!ão para o trabal#o, assim como com as especificidadessetoriais, traduzidas pelas quest3es de sa4de, g)nero, ra!a, rurais,geracionais etc &AH]A, s.d.1.

 A educa!ão * um direito de todos, mas nem sempre são usufru5dos, na visão

de Paddad, --1 os entros de Estudos 6upletivos não atingiram seus objetivosverdadeiros, pois, não receberam o apoio pol5tico nem os recursos financeiros

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suficientes para sua plena realiza!ão. Al*m disso, seus objetivos estavam voltados

para os interesses das empresas privadas de educa!ão. Al*m da falta de contribui!ão para a EJA, e(istem outros fatores significantes

que contribuem de forma direta na evasão escolar que são as condi!3es sociais dosestudantes desta modalidade. 2uitos iniciam os estudos, mas depois de certo

per5odo se afastam de forma brusca da escola, iniciando novas empreitadas

impossibilitando por anos o regresso aos estudos.<s motivos são muitos, a pobreza, desemprego, sustento familiar e outros,

al*m disso os alunos da EJA, ao contrário das demais modalidades de ensino, são

tipos de pessoas com tra!os de vida, origens, idades, viv)ncias profissionais,

#istricos escolares e ritmos de aprendizagem diferenciadas, ou seja, condi!3es que

influem em decis3es tanto para entrar na escola, como sair ou voltar.]ivem no mundo onde o foco * trabal#o, responsabilidades sociais e

familiares, tem seus valores *ticos e morais, adquirem esses preceitos a partir das

e(peri)ncias adquiridas no ambiente em que estão inseridos.2aioria trabal#adores proletariados, dona de casa, jovens, idosos, portadores

de defici)ncias, com costumes, etnias, religião e cren!as, são assim os alunos desta

modalidade de ensino, trabal#adores cansados, mãe que c#ega a escola e precisa

sair cedo para cuidar do fil#o ou mesmo se a escola permitir levam seus fil#os para

sala de aula, outros que retornam as escolas, para obter um salário mel#or. Arro7o >%%01, afirma8

 C...D antes do que portadores de trajetrias escolarestruncadas, eles e elas carregam trajetrias perversas de e(clusãosocial C...D. As trajetrias escolares truncadas se tornam maisperversas porque se misturam com essas trajetrias #umanasA;;<=<, >%%0 p.>Y1.

Estas condi!3es muitas vezes são fatos decisrios para que o aluno da EJA,

prologuem seu retorno a sala de aulas, muitos por motivos de trabal#o, para ajudar

suas fam5lias ou adiam o retorno a sala de aula e quando resolvem voltar desistem,

pois, estas condi!3es influenciam de forma impactante fazendo com que os alunos

se afastem das salas de aulas para lutarem pela sobreviv)ncia deles e de seus

entes queridos.6endo assim, as condi!3es sociais e necessidades particulares são fatores

que precisam ser analisados, pois entendemos que a compreensão dessas

realidades * necessária para adequa!ão do ensino, e para resolu!ão ou preven!ão

de eventuais problemas, c#egando a conclus3es efetivas para agregar esses alunos

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que se encontram em condi!3es que inibam o desenvolvimento e crescimento

escolar.

2(5- Rela*ão )ra.alCo e Es,ola na EJA

 A rela!ão trabal#o com os alunos da EJA * um dos fatores que contribuem

para evasão escolar, pois alunos se afastam para come!arem a trabal#ar e

contribu5rem com ajuda financeira em suas fam5lias.Eliana &ereira relata que muitos jovens abandonam a escola para

ingressarem no mercado de trabal#o, para eles a prioridade não * a educa!ão, mas

a sobreviv)ncia de sua fam5lia e deles prprios.arra#er-?1 afirma8C...D a questão do trabal#o passa a percutir sobre a demanda

sustento familiar. Este autor observa que os pais das classesdesfavorecidas, não podem assegurar aos seus fil#os uma educa!ãoprolongada, desse modo, terminam por emprega"los precocementepara contribuir para o sustento da fam5lia.

Embora, o trabal#o seja fator relevante na sa5da de muitos alunos da escola,

ao mesmo tempo tem sido motivo para jovens e adultos regressarem a mesma, na

procura de salários mel#ores, o estudo e desenvolvimento do mesmo garantem isso,

pois o mercado de trabal#o e(ige determinado grau de estudo para que #aja

contrata!3es ou para que se desenvolva na empresa na qual está empregado.Qe qualquer modo, a questão da qualifica!ão dos jovens *

essencial, porque caso seja poss5vel garantir ta(as de crescimentodo produto da ordem de W[ ano de forma sustentada, issoestimulará a demanda por mão de obra crescentemente qualificada.aso o perfil da oferta de mão de obra não se coadune com asnecessidades do mercado, o resultado será e(clusão crescente docontingente de não qualificados e pr)mios salariais crescentes para

os qualificados, levando inclusive a uma poss5vel reversão da quedada desigualdade de rendimentos. +este sentido, a )nfase, quando setrata da inser!ão dos jovens no mercado de trabal#o, recai,necessariamente, sobre as quest3es de mel#oria da educa!ão e deredu!ão do dramático d*ficit de escolaridade de um importantecontingente dentre eles. ;<PA, >%%/1

&ara os professores * uma grande dificuldade trabal#ar com os alunos da

EJA, devido G falta de assiduidade, devido ao trabal#o se ausentam com frequ)ncia

das salas de aula abandonam a escola. <s jovens e adultos, buscam essa

modalidade de ensino para concluir o ensino básico, visando uma capacita!ãoprofissional mel#or, mas muitos não se dedicam aos estudos de forma plena,

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 justamente pelo cansa!o, desanimo e at* o desestimulo, pois muitos depois de uma

 jornada de trabal#o não conseguem se concentrar nas aulas e faltam com

frequ)ncia não tendo um aproveitamento satisfatrio nos estudos.

2aioria desses alunos trabal#adores1 que regressam a salas de aulas sãoempregadas dom*sticas, que sobrevivem de trabal#os bra!ais, trabal#adores

informais que visam qualifica!3es mel#ores e salários satisfatrios.C...D nesse cenário conflituoso entre trabal#o e educa!ão,

assinala que está se insere numa zona intermediária entre anecessidade e a possibilidade: entre a estrutura e a infraestrutura:entre o real e o imaginário: entre a a!ão e a responsabilidade. Assim,o estudante trabal#ador vive a dualidade8 inser!ão no mercado detrabal#o e a continuidade de seus estudos. Hsto porque, ase(ig)ncias do mercado de trabal#o quanto G escolaridade tornam"secada vez maior. 2elo, apud BAIH6IA, >%%, p.-Y1

6egundo o censo do HBRE, $,> mil crian!as de -% anos tin#am como 4nica

ocupa!ão o trabal#o. +a fai(a etária dos -% aos -Y anos, o n4mero aumenta para

0,0 mil. Já entre os -W e -0 anos, W>- mil adolescentes t)m como 4nica ocupa!ão

o trabal#o, ou seja, embora e(istam mais fatores que contribuam para a evasão o

trabal#o tem sido um motivo e(pressivo e destacável.

6egundo a fonte acima a demanda ;endaTIrabal#o1, * o segundo motivo deevasão escolar, a frente está a falta de interesse que acarreta a desestrutura!ão no

aprendizado e consequentemente o fracasso escolar levando os alunos a se

evadirem das salas de aula. Assim, ficam se estudar levando uma vida relapsa ou ingressam no mercado

de trabal#o para suprir as necessidades, ocupando como #avia frisado

anteriormente trabal#os bra!ais com rendas m5nimas.6egundo 6c#Xartzman8

6e isto * verdade, então o trabal#o fundamental para rompero c5rculo vicioso da má educa!ão e trabal#o precário e malremunerado precisa ser feito junto ao sistema escolar, e não nomercado de trabal#o, e nem por subs5dios G demanda por educa!ão,

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embora pol5ticas espec5ficas nestas áreas possam tamb*m ter seulugar.

<u seja, 6c#Xartzman afirma que seria viável o trabal#o ser unido com o

sistema escolar e não no mercado de trabal#o, como tem sido feito em algunsestados como no Estado de 6ão &aulo, criando o programa o “jovem aprendiz”, que

une a escola com o trabal#o adequando #orários para que os alunos estejam

presentes na escola.6er um Jovem Aprendiz * aprimorar"se constantemente. 6ão

 jovens e adolescentes que almejam desenvolvimento e crescimentoprofissional, dentro de uma área de atua!ão espec5fica, valorizam aeduca!ão e, principalmente, desejam realizar son#os. @ a descobertade oportunidades e a possibilidade de inser!ão no mundo dotrabal#o. Espro1

6endo assim, nota"se a inten!ão de minimizar a evasão escolar e

incentivar os alunos a continuarem a estudar para obter um futuro digno e mel#or.

2( Forma*ão de ro+essores da Edu,a*ão de Joens e Adul)os Qesde os primrdios da educa!ão o ensino era restrito, pois tin#am por

finalidade apenas a transmissão de con#ecimentos e a propaga!ão da f* cristã,

desta forma pode"se perceber a forma!ão dos professores que tamb*m era restrita.

 Ao longo dos anos muitas coisas mudaram, #ouve adapta!3es e mel#oras,mas o ensino ainda era transmitido de forma precária, memoriza!3es, despejo de

conte4do, os professores não eram formados adequadamente para o ensino da

EJA, não #avendo um envolvimento ou entendimento na vida diária dos alunos.&aulo 'reire era contra esta forma de ensino e atrav*s do m*todo criado por

ele, pode"se afirmar que #ouve desenvolvimentos na forma de ensinar. Este m*todo

* contrário das memoriza!3es, despejos e o não envolvimentos dos professores

com os alunos que possuem #istricos de vida, viv)ncias decorridas antes de

retornar G escola.< m*todo &aulo 'reire entendia"se como um m*todo de alfabetiza!ão

constru5do junto com o educando, ou seja, envolvendo"se em suas #istrias de

vida aproveitando o con#ecimento pr*vio, cultural, ensinamentos e aprendizados,

todo o conte(to social do aluno.Ensinar não * transferir con#ecimento, mas criar as

possibilidades para a sua prpria produ!ão ou a sua constru!ão .'reire, >%%?, pg. Y01

Ensinar e(ige querer bem aos educandos, ter um envolvimento maior,

sabendo que e(istem alunos com saberes diferentes, mas com apro(ima!ão e

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compreensão c#ega"se ao entendimento, um aprendizado onde #á a reciprocidade,

aproveitando"se o conte(to e desenvolvendo os conte4dos. Todos devem ser respeitados pela sa atonomia! por

isso ma ato avalia"#o dos alnos seria m bom re$rso

tili%ado dentro da pr&ti$a pedag'gi$a! al(m do $idado $omo espa"o )*si$o sados nesta. + en)&ti$o ao di%er ,e orespeito - atonomia e - dignidade de $ada indiv*do ( mimperativo e n#o m )avor ,e podemos o n#o $on$ederns aos otros. eia $laro ,e a transgress#o da eti$idadedeve ser entendida $omo ma rptra $om a de$n$ia! matransgress#o - natre%a hmana! ma imoralidadein$on$eb*vel 12I! 5003! p. 69780.

 Assim &aulo 'reire se e(pressava e(pondo a sua forma de ensinar que

revolucionou o ensino nos anos $%.&aulo 'reire e(pressava preocupa!ão com a forma!ão dos educadores, com

a forma de ensinar do relacionamento com os educandos, pois o docente passa a

ser modelo, influenciador de seus alunos, e(pressando um aprendizado pr(imo

sem frieza, mecanicismo, al*m de ser cr5tico, metdico o professor ensina e aprende

na apro(ima!ão com o educando.< professor precisar ser cr5tico quanto a prática educativa,

refle(ivo, criador de possibilidades, produtor, condutor decon#ecimento, dosador de teoria e prática. +ão #á para mim, nadiferen!a e na “dist9ncia” entre a ingenuidade e a criticidade, entre o

saber de pura e(peri)ncia feito e o que resulta dos procedimentosmetodicamente rigorosos, uma ruptura, mas uma supera!ão. Asupera!ão e não a ruptura se dá na medida em que a curiosidadeing)nua, sem dei(ar de ser curiosidade, pelo contrário, continuando aser curiosidade, se critica. Ao criticar"se, tornando"se então, permito"me repetir, curiosidade epistemolgica, metodicamente “rigorizando"se” na sua apro(ima!ão ao objeto, conota seus ac#ados de maiore(atidão. ';EH;E, -$, p.-W1

Enfim, o educador não deve assumir uma consci)ncia pedaggica

ing)nua, descrendo do saber do educando, pois, para o alunoTtrabal#ador, os

con#ecimentos adquiridos no mundo trabal#istas são muito importantes e

gan#am relev9ncia para seu crescimento cognitivo quando recon#ecido e

considerado no ato pedaggico.<u seja, o docente precisa respeitar os saberes dos educandos, utilizar

a *tica, usar a est*tica, utiliza"se da criticidade quanto ao seu modo de ensinar,

pois dessa forma desenvolve a forma de lecionar, recon#ecer e assumi a

identidade cultural.“A refle(ão cr5tica sobre a prática se torna uma e(ig)ncia da

rela!ão IeoriaT&rática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá ea prática, ativismo. ” ';EH;E, -$, p.>>1

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 A teoria nos afirma essas reivindica!3es, mas a prática muitas vezes não

confirma, os professores que trabal#am na EJA não tem obtido na sua forma!ão

inicial, orienta!3es para trabal#ar com alunos desta modalidade de ensino,

muitos aprendem na prática, buscando con#ecimentos em cursos de forma!ão

continuada, já que a forma!ão inicial não proporcionou esses con#ecimentos. As metodologias atualmente usadas para o ensino em EJA pelos

professores de diferentes disciplinas ainda desafiam educadores a aprimorar a

qualifica!ão do ensino por meio de aprendizagens significativas e da constru!ão

do con#ecimento.2uitos professores no decorrer do ensino, no trabal#o diário da escola,

ficam desanimados, desestimulados, pois al*m de não ter as qualifica!3es

necessárias, não tem apoio, suporte para mel#oras, com isso não se

contemplam desenvolvimentos futuros e muito menos feedbac de esfor!os

aplicados, essas circunst9ncias ocasionam sentimentos de insatisfa!ão e

desesperan!a, al*m da evasão que ocorre constantemente, onde alunos iniciam

os estudos e no decorrer do ano letivo abandonam as salas de aula, o que de

certa forma torna"se um desestimulo.

“@ preciso ficar claro que a desesperan!a não * maneira deestar sendo natural do ser #umano, mas distor!ão da esperan!a. ”';EH;E, -$, p./-1

6endo assim, entende"se que as pol5ticas e a!3es governamentais deveriam

garantir a forma!ão básica e continuada dos educadores. <s curr5culos dos cursos

normais e das licenciaturas precisam contemplar a forma!ão especifica desses

profissionais de forma que eles ten#am acesso aos saberes gerais e espec5ficos

numa rela!ão entre teoria e prática, ou seja, mel#orar as estruturas de forma que os

conte4dos c#eguem aos educadores e pratiquem de forma completa entre oseducandos.

Embora e(istam tantos obstáculos, dificuldades para que os professores se

especializem, recentemente tem surgindo cursos de &edagogia com )nfase na EJA,

que tem abordados em várias vertentes a educa!ão de jovens e adultos.Qessa forma, inicia"se princ5pio de mudan!as visando a especializa!ão e

forma!ão dos docentes nesta área, mesmo tendo professores já formados que não

passaram por essa forma!ão podem optar por uma forma!ão continuada, não

desistir, insistir para que a forma!ão do educando seja eficiente e não banalizada.

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3-'ARA'&ERA"#$ DA ES'$LA 

3(1- A Es,ola E seu 'on)e=)o

 A presente observa!ão ocorreu na Escola 2unicipal Hvete de <liveira,

localizada na ;ua Bas5lio ordeiro, sTn, Bairro da ;odagem 6errin#a"BA.

 A Escola foi fundada em -0W, pertencia a rede Estadual de ensino, no ano

de >%-> passou a ser administrada pelo 2unic5pio. Essa transi!ão ocorreu devido a

uma lei 'ederal, onde as escolas que tivesse primário e ensino fundamental seriam

mantidas pelo 2unic5pio, atendem na fai(a de $W% alunos.

< estabelecimento de ensino encontra"se na zona urbana, mais pr(ima aos

bairros, rodeada por resid)ncias, sem pontos de com*rcio ao redor.

 A escola passa uma imagem tranquila segundo relatos, com casos isolados,

mas que não influenciam constantemente no ambiente escolar. @ frequentada por

uma popula!ão de bai(a renda, muitos dependentes de bolsa"fam5lia, que trabal#am

duro que enviam seus fil#os para escola no objetivo da conquista por oportunidades

mel#ores.

 Alguns alunos moram pr(imos a escola, outros moram distante, justamente

por este motivo a escola diminui o #orário oficial para que os alunos que moram

distantes retornem as suas resid)ncias, pois não tem condu!ão no trajeto a noite.

&romovem inteira!ão com a comunidade atrav*s de projetos sociais, festas e

reuni3es, suas instala!3es propiciam que estes momentos se realizem.

 As salas da diretoria e secretária não são amplas, mas acomodam certo

n4mero de funcionários que se adequa no ambiente, a sala dos professores da

mesma forma, o espa!o oferecido na escola não * amplo mas acomoda comtranquilidade a comunidade, as instala!3es estão conservadas com algumas

avarias, natural do uso prolongado, anteriormente, possu5a laboratrio de informática

com dez computadores, mas todos foram apresentando defeitos e fec#aram o

laboratrio, a biblioteca * pequena, mas bem organizada, possui duas mesas, com

um acervo de ->%% livros apro(imadamente, sendo frequentada por professores e

alunos.

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3(2 !FRAES&R6&6RA

 A Escola 2unicipal Hvete de <liveira, possui -% salas de aula atualmente,

algumas salas se encontram com pequenos problemas de visibilidade, l9mpadas

queimadas algo que pode se resolver facilmente, são em sua maioria amplas,

embora ten#a televisão nas salas algumas não funcionam.

&ossui uma quadra de esportes sem cobertura, quatro ban#eiros, dois para

os professores e dois para os alunos, uma cantina e cozin#a, com estrutura

convencional, as salas de aulas possuem ventiladores, al*m de oferecer uma sala

de e(erc5cios f5sicos, #á sala de diretoria, sala da secretaria e sala de professores,na secretaria, #á computadores para utiliza!ão de seus funcionários, possui

biblioteca com televisão e Q]Q.

omo afirma 'reire8

“A forma como atua uma biblioteca popular, a constitui!ão doseu acervo, as atividades que podem ser desenvolvidas no seuinterior, e partir dela, tudo isso, indiscutivelmente tem que ver comt*cnicas, m*todos, processos, previs3es or!amentárias, pessoalau(iliar, mas, sobretudo, tudo isso tem que ver com uma certa

pol5tica cultural” ';EH;E, p.?W1.

<u seja, quando a escola apresenta em seu interior a má(ima estrutura

correspondente, au(ilia gradativamente no desenvolvimento em geral de seus

alunos, se os mesmos corresponderem ao que está sendo oferecido aprendizagem

torna"se significativa e aproveitável.

+a escola #á equipamentos como retroprojetor, Q]Q, fa(, projetor multim5dia

Qatas#oX1, copiadora e aparel#o de som, possui almo(arifado, dispensa e espa!o

para trabal#os sociais em conjunto com a comunidade. Anteriormente, a Escola Hvete de <liveira pertencia ao Estado, nesse tempo

#ouve um cuidado maior em rela!ão a escola, referente aos bens enviados.

&essoas afirmam atrav*s de relatos que a escola no tempo do Estado, obteve

maiores recursos, o que necessitava na parte f5sica, equipamentos, laboratrio de

informática, telefones e outros, depois que passou para o 2unic5pio, algumas coisas

se perderam, o laboratrio de informática foi fec#ado, #aviam -% computadores, mas

foram se quebrando dessa forma acabou o acesso G tecnologia.

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 As salas como #avia mencionado eram oito, mas pegaram uma e dividiu em

duas por isso a escola obteve -% salas, isso foi feito para que se colocasse mais

alunos, não tem como não diferenciar a gestão do estado em rela!ão ao do

munic5pio na parte f5sica a escola teve decl5nios.

Embora fosse vis5vel alguns retrocessos nem tudo estava perdido o que #avia

estava sendo aproveitado, al*m da vontade dos gestores, professores, comunidade

na luta do desenvolvimento do ensino aprendizagem e inteira!ão social, #á pátio

descoberto que proporciona essa socializa!ão entre os alunos.

 A Escola possui uma infraestrutura convencional, adequada para receber a

quantidade de alunos que se predisp3em a estudar neste ambiente escolar.

+este sentindo 'reire relata8

 A educa!ão enquanto forma!ão #umana * um esfor!oindiscutivelmente *tico e est*tico.

 A Educa!ão enquanto de boniteza necessariamente busca adec)ncia do ser. ';EH;E, Q<O2E+I;H<1

Em rela!ão aos alunos com defici)ncia, a escola * t*rrea não possui escadas,

nem para as salas de aula, acredita"se que esta estrutura facilite, mas não se sabe

se foi com esse objetivo, pois os ban#eiros não são adaptáveis para deficientes.

 A Escola embora apresente alguns problemas possui uma infraestrutura

esteticamente considerável e somando com a *tica cria um v5nculo sentimental

interior, onde estimula a vibra!ão e o bem"estar no ambiente educacional.

3(3- Re,ursos umanos

 A Escola 2unicipal Hvete <liveira, possui ?W professores alguns ps"

gradua!ão, > merendeiras, > porteiros, > inspetoras de alunos, - diretora, - vice"diretora, > coordenadoras, ? au(iliares na secretaria e > fa(ineiras.

2odalidade &er5odo +4meros de

 AlunosTmodalidad

e

Iotal de

 Alunos

Ensino

'undamenta

l H

2an#ã >0$

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$YW

Ensino

'undamenta

l HH

Iarde >YY

EJA Alfabetiza!ã

o H e HH at* o

final H e HH

+oturno ->W

Embora, ten#a essa quantidade de alunos matriculados no per5odo noturno,

#ouve evasão acentuada reduzindo e(pressivamente, muitos desistiram dos

estudos.

3(4 Pro/e)o Pol)i,o Peda8@8i,o

< &rojeto &ol5tico &edaggico da Escola 2unicipal Hvete de <liveira foi

desenvolvido por toda equipe escolar e a participa!ão dos membros da comunidade

escolar, baseado na Zei de Qiretrizes e Bases da Educa!ão +acional.

Este projeto * a e(pressão cultural da escola com sua cria!ão e

desenvolvimento, al*m de ser democrático em todos os sentidos, pois firma a

colabora!ão de todos, tudo na ordem, respeitando os espa!os delegados.

<s seus princ5pios são baseados nos Y pilares da educa!ão, segundo

Jacques Qelors -/18 aprender a con#ecer indica o interesse, a abertura para o

con#ecimento, que verdadeiramente liberta da ignor9ncia: aprender a fazer mostra a

coragem de e(ecutar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar: 

aprender a conviver traz o desafio da conviv)ncia que apresenta o respeito a todos e

o e(erc5cio de fraternidade como camin#o do entendimento: e, finalmente, aprender

a ser, que, talvez, seja o mais importante por e(plicitar o papel do cidadão e o

objetivo de viver.

 A programa!ão do plano de ensino * feita de forma bimestral e coletiva,

importante destacar a necessidade de integra!ão entre as disciplinas, fazendo com

que o planejamento contemple o saber como um todo evitando desse modo,

repeti!ão de conte4do nas disciplinas1.

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< &&& aborda a elabora!ão do regimento escolar e todo seu conte(to,

conviv)ncia, trabal#os administrativos, onde decentraliza as ordens de cima do

gestor, dividindo responsabilidades tornando as decis3es democráticas, o projeto

investe em vários temas, al*m de projetos que são escritos e feitos como8 &rojeto

'olclore, projeto a l5ngua portuguesa, al*m de planos realizados com o intuito de

divulga!ão para que todos saibam de seus direitos e deveres.

&aulo 'reire afirma8

C...D ligada * ato de con#ecimento, mas * tamb*m ato pol5tico, jamais sendo neutra. <s Educadores estão a favor de algo e, aomesmo tempo, contra algo, e da mesma forma as práticas

educativas, ora, elas são práticas educativas e epistemolgicas. <Educador opta por um projeto pol5tico, seja na escola, para a escolae para a sociedade, e na sociedade. 1';EH;E -/$8 p.>W1

Este &rojeto &ol5tico &edaggico estava sendo digitado e revisado para ficar

atualizado acerca dos acontecimentos na educa!ão brasileira.

4- Pro/e)o de n)eren*ão

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