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1 FONTES DE FINANCIAMENTOS 2010 Profª Eliana

FONTES DE FINANCIAMENTOS

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FONTES DE FINANCIAMENTOS. 2010 Profª Eliana. Riscos. Riscos e incertezas. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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FONTES DE FINANCIAMENTOS

2010Profª Eliana

Page 2: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Riscos

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Riscos e incertezas

O risco existe em todas as atividades. Tudo o que é decidido hoje, visando um resultado no futuro, está sujeito a algum grau de risco. Somente o que já aconteceu está livre de risco, pois já aconteceu, é fato consumado. Os riscos podem ser divididos em 2 categorias:

Risco sistemático: qualquer risco que afeta as empresas em geral.

Risco não sistemático ou risco específico: risco que afeta especificamente uma empresa ou um pequeno grupo de empresas.

Page 4: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Gestão de riscos

A gestão de riscos é um processo por meio no qual são tomadas decisões de aceitar um perigo em potencial conhecido ou de minimizá-lo, com a utilização de instrumentos apropriados.

Os riscos podem ser divididos em duas categorias:

- Operacional

- Financeiro

Page 5: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Os riscos de natureza operacional são basicamente inerentes às atividades de operações, e podem ser causados por catástrofes, fraudes, falha humana, produtos e serviços, legislação, etc. ou até por problemas de imagem.

Exemplos:

•Perda de material•Responsabilidade civil, sinistros•créditos

Riscos de Natureza Operacional

Page 6: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Riscos de natureza financeira

Os riscos de natureza financeira podem exercer impacto sobre os ativos e passivos em nível considerável e inesperado e causar grandes prejuízos financeiros.

Exemplos:•Aumento considerável do preço da matéria-

prima;•Redução da força do preço de venda•Aumento ou redução considerável da taxa de

câmbio;•Aumento ou redução considerável da taxa de

juros;•Não ocorrência do aumento ou redução da

taxa de juros a nível esperado

Page 7: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Objetivo das empresas

Para administração financeira, o objetivo

econômico das empresas é a maximização de

seu valor de mercado.

O investimento feito por proprietários de empresas

devem produzir um retorno compatível com o risco

assumido.

A geração de lucro e caixa é importante para que

uma empresa cumpra sua função social.

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Empresa

Administradores+

Empregados

Page 9: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Atividades Empresariais

Segundo a natureza: > operações> investimentos> financiamentos

Atividades de investimentos: relativas a aplicações de recursos em caráter temporário ou permanente.

Atividades de financiamentos: refletem os efeitos das decisões tomadas sobre a forma de financiamento das atividades de operações e de investimentos.

Atividades de operações: existem em função do negócio da empresa.

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Decisões de financiamentos

Captação de recursos financeiros para o

financiamento dos ativos, considerando a

combinação adequada dos financiamentos de

curto e longo prazos e a estrutura de capital.

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FINANCIAMENTOS

Uma empresa tem duas formas de financiar a sua atividade: recorrendo a capitais próprios ou a capitais de terceiros.

Tipicamente, os capitais próprios são aqueles que não tem qualquer contrapartida fixa de remuneração, ou seja: trata-se de capital que pode ou não ser remunerado de acordo com a rentabilidade gerada pela empresa.

Page 12: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Os capitais de terceiros, por seu lado, são aqueles que têm em contra partida uma remuneração mínima fixada (que pode ser uma taxa fixa ou variável, de acordo com uma taxa de referência de mercado) e que em regra possuem um esquema de reembolso previamente definido.

FINANCIAMENTOS

Page 13: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Normalmente, quando se pensa em iniciar um projeto empresarial fazem-se contas aos capitais próprios disponíveis para o investimento inicial.

No entanto, é necessário ter em conta que o recurso a capitais alheios permite a "alavancagem" dos capitais próprios, isto é, aumenta o seu risco e também o seu retorno potencial.

FINANCIAMENTOS

Page 14: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Em seguida, são evidenciadas as formas mais comuns de capitais próprios e de terceiros utilizados no financiamento das empresas:

• Financiamento de curto prazo:• Crédito bancário• Empréstimos de curto prazo• Empréstimos em conta corrente • Capital de Giro • Crédito por assinatura • Crédito documentário • Factoring • Sociedades financeiras para a aquisição de crédito • Papel comercial• Financiamento de Importação

FINANCIAMENTOS

Page 15: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Financiamento a médio e longo

Paralelamente, existem também diversas formas de financiamento a médio e longo prazo. Nomeadamente: Capitais próprios:

•Autofinanciamento

•Cessões de ativos

•Reforço dos capitais próprios

Capitais alheios:

•Capital de risco

•Capitais alheios estáveis

•Leasing

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Vejamos cada um:

Page 17: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Crédito bancário

Operação pela qual uma instituição bancária coloca à disposição de um cliente determinado montante e este se compromete a reembolsar a instituição na data fixada antecipadamente, acrescido dos juros previamente combinados. O crédito bancário poderá tomar a forma de crédito direto, caso em que a instituição bancária coloca fundos à disposição de empresas e particulares (exemplos: desconto de títulos , capital de giro, contas garantidas, cheques especiais, abertura de crédito através de conta corrente ou de empréstimo). Quanto ao crédito bancário indireto, a instituição bancária desembolsa fundos caso o beneficiário do crédito não assuma os compromissos (exemplos: garantias bancárias, avais ou aceites bancários).

Page 18: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Empréstimos de curto prazo

O objetivo é financiar operações de curto prazo (a 90, 120 ou 180 dias), por exemplo, para resolver dificuldades de liquidez momentâneas.

Como contrapartida, as empresas no fim do prazo convencionado com a instituição bancária terão de restituir o valor do empréstimo acompanhado de juros postecipados.

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Empréstimos em conta corrente

Tratam-se de contas correntes em que a instituição bancária coloca à disposição da empresa um limite de crédito contratado. Geralmente estas contas são válidas por 180 dias, podendo, no entanto ser renovadas ciclicamente. Implicam o pagamento de juros por parte da empresa contraente e uma garantia.

Page 20: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Capital de Giro

Tem por objetivo ultrapassar dificuldades de tesouraria momentâneas e implica a aceitação por parte da instituição bancária (geralmente só concedida aos melhores clientes).

Este tipo de crédito é mais caro do que o crédito normal, pois à taxa de juro das operações ativas acrescentam-se normalmente dois pontos percentuais.

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Crédito por assinatura

Consiste no cumprimento de uma obrigação pela instituição bancária, condicionada ao não cumprimento de outra obrigação assumida pela empresa.

Quer isto dizer que se a empresa não assumir a sua responsabilidade a instituição bancária procede ao pagamento da respectiva obrigação (exemplos: aval bancário e a fiança ou garantia bancária).

No entanto, a instituição bancária cobra geralmente uma comissão de garantia (por um período de 3 meses).

Page 22: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Crédito documentário

Sob ordem de uma empresa (o fornecedor), uma instituição bancária responsabiliza-se por colocar determinado montante à disposição do vendedor (o beneficiário), normalmente por intermédio de outra instituição bancária (o correspondente).

Assim, o vendedor tem a vantagem de garantir o recebimento do montante da venda. Este tipo de financiamento é, geralmente, utilizado em operações de exportação/importação.

Page 23: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Factoring

Sistema aperfeiçoado de cobranças de vendas a prazo. Trata-se de uma atividade que assegura o seu financiamento corrente através da tomada de créditos sobre terceiros, substituindo assim o crédito de tesouraria.

A operação consiste em ceder os direitos creditórios (duplicatas) para as empresas de factoring, recebendo em contrapartida o valor de face (principal) com deságio. Apesar da semelhança com o desconto, a vantagem é que a venda é definitiva da duplicata, portanto, não existe o direito do regresso, ou seja , o risco da inadimplência recai sobre a empresa que comprou o direito. Normalmente por ter um custo final mais alto, é utilizada principalmente por empresas de pequeno e médio porte que têm dificuldades de obter linha de crédito junto aos bancos.

Page 24: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Sociedades financeiras para a aquisição de crédito

Instituições interbancárias que exercem atividades de financiamento de aquisição a crédito de bens e serviços (concedem crédito direto ao fornecedor, descontos, prestam garantias ou antecipam fundos sobre créditos, por exemplo), bem como, prestam serviços diretamente relacionados com as formas de financiamento referidas, tais como gestão de créditos.

Page 25: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Papel comercial

Títulos de dívida emitidos por empresas e instituições não governamentais, em curto prazo (o prazo máximo de cada emissão é de dois anos), constituindo uma alternativa aos tradicionais títulos e renda fixa, em termos de aplicação de fundos.

Page 26: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Financiamento de Importação

Os bens adquiridos no exterior podem ser financiados por bancos do exterior. O banco do exterior paga a vista ao exportador e o importador fica devendo a esse banco do exterior. No vencimento do financiamento, o importador fará a remessa financeira pela compra de mercadoria.

Page 27: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Financiamento a médio e longo

Vejamos:

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Autofinanciamento

Meios financeiros obtidos e retidos na empresa que deverão permitir o reembolso de dívidas de médio e longo prazo, assegurar a manutenção da atividade produtiva da empresa (amortizações, provisões e reservas de investimento) e garantir o seu crescimento (resultados líquidos retidos para pagamento de dívidas).

Page 29: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Cessões de ativos

Forma de financiamento segundo a qual a empresa procede à alienação de ativos considerados não indispensáveis ao regular funcionamento da sua atividade.

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Reforço dos capitais próprios

Através de operações diversas de reforço da estrutura do capital próprio, as empresas poderão aumentar os meios financeiros à sua disposição.

Nesta forma de financiamento incluem-se os aumentos de capital, as prestações suplementares de capital, a criação de reservas de reavaliação, a diminuição da distribuição de resultados ou a emissão de títulos de participação. Ex.: Debentures: Título emitido por sociedade anônima de capital aberto, com aprovação em Assembléia Geral Extraordinária, é utilizado para captar recursos de médio e longo prazo. A remuneração se dá através dos juros e prêmios sobre valores atualizados monetariamente. As taxas de juros poderão ser repactuadas periodicamente. Caso não se cheque a um acordo quanto à taxa de remuneração no novo período, a empresa deverá resgatar os títulos. O prazo de resgate não deve ser inferior a um ano.

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Capital de risco

Participação (normalmente, temporária e minoritária) no capital próprio de empresas com potencial de expansão e viabilidade, permitindo a partilha de risco do negócio.

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Capitais alheios estáveis

Empréstimos de sócios (ou suprimentos), empréstimos bancários, empréstimos de integração de capital são algumas das formas de financiamento em capitais alheiosde que a empresa se poderá socorrer.

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Leasing

Financiamento, por parte de intermediários financeiros, da aquisição de bens e respectiva cedência em locação, mantendo, no entanto, estes intermediários a propriedade do bem em questão como garantia.

O leasing (arrendamento mercantil) é uma forma de financiamento de bens do ativo imobilizado. A ampla aceitação dessa modalidade e financiamento está baseada no princípio de que o lucro é gerado pela utilização e não pela sua propriedade.

A operação de leasing consiste em uma empresa arrendadora adquirir um bem do fabricante escolhido pela arrendatária e arrendá-lo a esta mediante o recebimento de prestações periódicas pela utilização do bem arrendado. O bem adquirido fica contabilizado no ativo permanente da arrendadora até sua eventual venda para a arrendatária. O objeto do arrendamento pode ser bens móveis ou imóveis, novos ou usados, de fabricação nacional ou estrangeira, contratado em moeda nacional ou estrangeira.

Existem 2 tipos de leasing: financeiro e operacional. Veja as seguir.

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Leasing Financeiro

Equivale a financiamento de médio ou longo prazo, em que a arrendatária paga, geralmente, uma prestação mensal.

A conservação e manutenção do bem é de responsabilidade da arrendatária.

Ao final do contrato, a arrendatária pode adquirir o bem.

O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos.

Modalidade regulamentada pelo Banco Central; portanto, somente empresas de arrendamento mercantil podem praticá-lo.

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Leasing Operacional

É uma operação de locação, em que a arrendatária (locatária) paga prestação periódica à arrendadora (locadora).

A conservação e manutenção do bem é de responsabilidade da locadora.

O bem é devolvido à locadora, ao final do contrato.

Não existe prazo mínimo ou máximo para celebração do contrato.

As empresas locadoras não estão sujeitos à regulamentação e fiscalização do Banco Central.

Page 36: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Como determinar a estrutura de capitais da empresa

Para a escolha do mix de financiamento (isto é, da percentagem de capitais próprios e de capitais alheios/empréstimos) não existe uma fórmula universal, mas sim opções diferentes de acordo com:

• Ciclo de vida: • Percentagem de custos fixos na estrutura de

custos• Risco do negócio

• Percentagens de capital alheio

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Ciclo de vida

Em regra, uma empresa na sua fase de lançamento é financiada quase na totalidade por capitais próprios (alguns poderão ter a característica de capitais de risco), pois a empresa está numa fase em que dificilmente poderá garantir com segurança o pagamento dos juros e o reembolso dos capitais de terceiros.

À medida que vai avançando para a maturidade, a empresa poderá então recorrer a um maior nível de capitais alheios, pois já gerará um nível de cash-flow suficiente para garantir com segurança o pagamento dos custosde financiamento e o seu reembolso.

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Percentagem de custos fixos na estrutura de custos

É normal que uma empresa com muitos custosfixos tenha uma taxa de juro superior a uma empresa com custos predominantemente variáveis, pois a primeira terá sempre que pagar em primeiro lugar os seus custos regulares (renda, pessoal, etc.) e só depois pagará os encargos financeiros.

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Risco do negócio

Também é intuitivo que uma empresa que atue em setores de maior risco (como a Internet ou a biotecnologia) tenha custos de financiamento superiores a uma empresa que atue nos setores mais tradicionais e menos arriscados da economia (cartórios, lotéricas, correios, etc).

Page 40: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Percentagens de capital alheio

A empresa terá de ter em conta qual a taxa de juro que consegue para diferentes percentagens de capital de terceiros. Se normalmente não é difícil conseguir empréstimos bancários se estes representarem 20% ou 30% dos investimentos totais (sendo o restante capital próprios), tal não acontece se a situação for o inverso. Neste último caso, quem emprestar o dinheiro exigirá uma taxa de juro muito superior por forma a ser compensado pelo maior risco que estará a correr.

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Alavancagem•A alavancagem finan-ceira ocorre quando o capital de terceiros produz efeitos sobre o patrimônio líquido.

Capital de terceiros

Patrimônio líquido

Capital de terceirosPatrimônio líquido

Capital de terceiros

Patrimônio líquido

A. Alavancagem financeira favorável (GAF > 1)

C. Alavancagem financeira desfavorável (GAF < 1)

B. Alavancagem financeira neutra (GAF = 1)

•As riquezas de uma empresa são geradas pelos ativos, que são financiados pelo capital próprio e por terceiros.

•O Retorno sobre o Ativo Total (RAT) deve ser superior ao custo do capital próprio e de terceiros.

Page 42: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Como usar o efeito de alavancagem

A idéia da alavancagem é que a rentabilidade dos capitais próprios investidos em determinado projeto aumenta muito à medida que a percentagem de capitais de terceiros utilizados é maior, desde que o nível de capitais de terceiros não seja tão elevado que ponha em risco a viabilidade do projeto.

O efeito de alavancagem terá de estar sempre presente nas decisões de investimento, pois poderá ser decisivo nas taxas de rentabilidade atingidas pelos capitais próprios. Veja-se este exemplo simples para um projeto de 1000 Reais de investimento.

Page 43: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Efeito de alavancagem

Indica a variação percentual dos resultados líquidos resultante de uma variação percentual nos resultados operacionais. Pode propiciar um aumento da rentabilidade dos capitais próprios da empresa e, simultaneamente, provocar um aumento no grau de risco financeiro da empresa.

Page 44: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Exemplo

Page 45: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Repare-se no exemplo que vale a pena ter uma maior percentagem de capitais de terceiros até 40%, mesmo com a taxa de juro mais alta, e que ter uma percentagem superior a 40% já não é recomendável, pois o aumento da taxa de juro diminui a rentabilidade dos capitais próprios.

A este efeito não é alheio o fato dos encargos financeiros serem dedutíveis fiscalmente, isto é, uma taxa de juro de 6% transforma-se numa taxa real de 4%.

A alavancagem só acontece quando a rentabilidade dos investimentos é superior ao custo real do passivo. Em suma, a empresa deverá escolher o mix de financiamento que maximize a rentabilidade dos capitais próprios investidos no projeto.

Efeito de alavancagem

Page 46: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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A Busca de Financiamento

Nos próximos slides você poderá obter informações sobre diversas fontes de financiamento, de órgãos públicos.

Page 47: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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A Busca de Financiamento

A informação é a alma do negócio. E muitos empreendedores não conhecem as alternativas para capitalizar sua empresa, nascente ou em desenvolvimento. O problema é que a maioria dos empreendedores recorre apenas aos bancos de varejo, quando poderiam ser mais bem informados sobre as várias formas de financiamento existentes antes de tomar a decisão de qual, ou quais, utilizarão em sua empresa e em que momento. Os tipos de financiamentos são basicamente divididos em dívida ou eqüidade. No primeiro caso, o dinheiro emprestado é assegurado de alguma forma com algum tipo de propriedade (garantias). Eqüidade, por outro lado, equivale a uma quantia de capital injetado no negócio, usualmente em dinheiro ou em forma de ativo. A maioria dos novos negócios opta por dívidas de longo prazo ou por constante eqüidade de capital para preparar o crescimento da empresa. Não existe uma regra que determine qual é a melhor opção. O que ocorre geralmente é um misto entre as duas coisas, ou seja, os empreendedores de sucesso combinam dívida e eqüidade. Para isso, o empreendedor deve conhecer as opções que existem e os riscos que cada uma traz ao negócio, bem como o custo que ele terá para obter o capital solicitado. Nesses casos, o Plano de Negócios é a principal ferramenta do empreendedor em busca de capital, pois é pela análise do plano que os investidores decidirão ou não pelo investimento na empresa.

Page 48: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Economia Pessoal, Família e Amigos:É o tipo de financiamento mais comum e que geralmente é conseguido devido a

fatores pessoais e do ambiente que cerca o empreendedor. Nesse caso, vale mais a amizade e a confiança que as outras pessoas têm no empreendedor do que no Plano de Negócios.

O financiamento pode se dar por meio de empréstimo (dívida) ou eqüidade (participação no negócio).

Além de recorrer à família e aos amigos, o empreendedor também pode utilizar economias pessoais, tais como: FGTS, venda de imóvel (apartamento, casa, sítio etc.), venda de automóvel ou outro bem, utilizar cartão de crédito para financiamento a curto prazo.

● Angel Investor (Investidor “Anjo”):O Angel, ou investidor pessoa física, é um capitalista de risco que possui dinheiro

e busca alternativas para obter melhor rentabilidade para esse dinheiro. Ele é quem coloca o seed money (dinheiro semente inicial) necessário para a criação de muitos negócios. Mas, para isso, analisa muito bem o Plano de Negócios da empresa e seu potencial. Geralmente esse dinheiro é concedido em troca de uma participação acionária na empresa, ou de uma quota do capital social da empresa que está sendo criada.

A Busca de Financiamento

Page 49: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Fornecedores, Parceiros Estratégicos, Clientes e Funcionários:Uma boa negociação com fornecedores, parcelando a compra da

matéria-prima e até mesmo obtendo carência para o seu pagamento, pode ajudar substancialmente a empresa. O mesmo costuma ocorrer com os parceiros estratégicos. Essas são alternativas de financiamento indireto e de curto prazo. Existem os casos de clientes que antecipam o pagamento das mercadorias, em troca de descontos ou outros benefícios, financiando indiretamente a produção dos bens adquiridos. Os funcionários que possuem espírito empreendedor e estão dispostos a abrir mão de um salário maior em troca de participação nos resultados, ou mesmo em troca de ações da empresa (optam por ações: stock option), também podem ser uma boa fonte de financiamento.

A Busca de Financiamento

Page 50: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Capital de Risco ou Venture Capital: As empresas que investem em capital de risco são geralmente grandes

bancos de investimento, compostas por profissionais de altíssimo nível e experiência no mercado financeiro, que administram grandes quantias de dinheiro. A função principal dessas empresas é encontrar empresas e negócios com alto potencial de desenvolvimento em cerca de três a cinco anos, que experimentem retornos sobre o capital investido (rentabilidade do capital) muito acima da média do mercado.

Essas empresas geralmente formam uma carteira de investimentos, contendo negócios de alto potencial de retorno, mas com altos riscos também.

Dificilmente uma empresa iniciante recebe capital de risco. Esse tipo de investimento é mais indicado para empresas que precisam crescer rapidamente. Empresas de base tecnológica e com foco em inovação são o principal alvo dos capitalistas de risco. Alguns exemplos: software, biotecnologia, Internet, química, genética, eletroeletrônica, telecomunicações etc.

A Busca de Financiamento

Page 51: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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PROGRAMAS DO GOVERNO BRASILEIRO

Apesar de não aparecerem de forma estruturada, existem diversas fontes de financiamento provenientes dos governos municipais, estaduais e federais, que muitas vezes os empreendedores nunca ouviram falar. Muitos desses programas destinam recursos a fundo perdido (não reembolsável) para as empresas ou a um custo subsidiado, ou seja, muito abaixo do praticado no mercado. Alguns exemplos serão apresentados na seqüência e devem ser considerados continuamente pelos empreendedores quando identificarem a necessidade de capitalizar sua empresa.

A Busca de Financiamento

Page 52: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Programa RHAE:

O Programa de Captação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas – RHAE – é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo como objetivo dotar o país de melhores condições de competitividade no mercado mundial, por meio da captação de recursos humanos. Suas duas metas básicas e complementares são a ampliação e a consolidação da base tecnológica brasileira em temas de caráter estratégico, identificados e selecionados pelo governo brasileiro.

As classes de projetos são divididas em:

1. Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia (PD&E), visando à inovação tecnológica e ao aprimoramento de produtos e processos e

2. Ampliação, aperfeiçoamento, e consolidação da infra-estrutura de serviços tecnológicos.

A Busca de Financiamento

Page 53: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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Cada uma das classes de projetos é ainda subsidiada em categorias, nas quais, se enquadram os clientes ou públicos-alvo do programa. O RHAE apóia, de forma complementar e com vistas ao fortalecimento da equipe, projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, em temas estratégicos, que se enquadrem nas classes 1 e 2 e que apresentem potencial de apropriação socioeconômica de conhecimentos científicos. Tais projetos devem ainda demonstrar capacidade de gerar, absorver, difundir e introduzir inovações tecnológicas ou contribuir para ampliação da infra-estrutura de serviços tecnológicos do país.

O apoio complementar do Programa caracteriza-se pela concessão de bolsas a projetos idealizados pelas entidades participantes de forma a dar suporte parcial ao desenvolvimento delas.

Maiores informações: www.mct.gov.br

A Busca de Financiamento

Page 54: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Programa PIPE da FAPESP:

O PIPE - Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas - da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), foi iniciado em 1997, financiando a pesquisa para inovação tecnológica diretamente na empresa, tendo apoiado desde então centenas de empreendedores a implementar seus projetos inovadores. A concessão de financiamento é feita ao pesquisador vinculado ou associado à pequena empresa situada no estado de São Paulo, que deve ter até cem empregados. O intuito é incentivar tais empresas a investir na pesquisa de novos produtos de alto conteúdo tecnológico ou em processos produtivos inovadores que possam aumentar sua competitividade.

Maiores informações: www.fapesp.br

A Busca de Financiamento

Page 55: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Programa PAPPE:

O PAPPE - Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas foi concebido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT, de modo que a FINEP em parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) estaduais, buscam financiar atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de produtos e processos inovadores empreendidos por pesquisadores que atuem diretamente ou em cooperação com empresas de base tecnológica.

A operação deste programa baseia-se no apoio direto ao pesquisador, associado a uma empresa já existente, ou em criação, pelo financiamento de seu projeto de pesquisa de criação de um novo produto ou processo. São apoiados, no âmbito deste programa, projetos que estejam em fases que precedem à comercialização.

Maiores informações: www.finep.gov.br

A Busca de Financiamento

Page 56: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Programa Softex:

O Programa Nacional de Software para Exportação – Softex 2000 - foi criado em 1993 pelo CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, como “uma contribuição decisiva para a mudança de foco da indústria de informática brasileira: de hardware para software; do mercado doméstico para o mercado internacional; da produção e distribuição em pequena escala para grande escala”.

Em 1994, o Programa Softex 2000 foi considerado pelo MCT um dos três Programas Prioritários em Informática – PPI, visando à aplicação dos incentivos da Lei de Informática. No final de 1996, foi criada a Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software – Softex, uma entidade civil sem fins lucrativos, designada pelo MCT pára atuar como gestora do Programa Softex 2000.

A Busca de Financiamento

Page 57: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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As empresas além de auxílio para participação em eventos e feiras no exterior, recebem bolsas do CNPq para seus colaboradores desenvolverem ou aperfeiçoarem seus produtos de software e apoio na estruturação da empresa para atuação no mercado externo.

Uma iniciativa que também merece destaque foi a criação dos Centros Softex Genesis (Geração de Novas Empresas de Software, Informação e Serviços), que estão vinculados aos núcleos regionais credenciados pela Sociedade Softex, A missão desses centros é apoiar atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina em Universidades e a geração de novas empresas start-up de software.

Maiores informações: www.softex.br

A Busca de Financiamento

Page 58: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Programa PROSOFT:

Em 1998 houve a primeira concessão de crédito para empresas de software via PROSOFT – uma linha de crédito para empresas de software, regida por convênio assinado entre a Sociedade SOFTEX, a ASSESPRO – Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática – e o BNDES (Softex, 2000).

São financiáveis os investimentos e os Planos de Negócios de empresas sediadas no Brasil, a comercialização no mercado interno e as exportações de software e serviços correlatos, no âmbito dos subprogramas PROSOFT – Empresa, PROSOFT – Comercialização e PROSOFT – Exportação.

PROSOTF - Empresa

Apoio direto, na forma de financiamentos ou participação acionária, para a realização de investimentos e Plano de Negócios de empresas nacionais produtoras de software e serviços correlatos.

A Busca de Financiamento

Page 59: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Programa PROSOFT (Continuação):

● Itens Passíveis de Apoio:● investimentos em máquinas e equipamentos novos, inclusive conjuntos e sistemas industriais, produzidos no país e credenciados no BNDES, que apresentem índices de nacionalização iguais ou superiores a 60% ou que cumpram o Processo Produtivo Básico;● despesas decorrentes da internacionalização de equipamentos importados, desde que não impliquem remessa de divisas, mesmo que a importação não tenha sido financiada pelo BNDES;● gastos em capacitação gerencial e tecnológica, treinamento, certificação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços;● gastos em comercialização, marketing e capital de giro, desde que associados ao projeto de investimento, com objetivo e prazos definidos;● implantação e/ou expansão de atividades no exterior, nos casos de projetos estruturados onde se garanta a acumulação dos lucros em território nacional, e desde que associados à exportação de bens e serviços;● operações de reestruturação (financeira e societária) de empresa brasileira sob controle de capital nacional.

Maiores informações: www.bndes.gov.br

A Busca de Financiamento

Page 60: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Microcrédito:O Microcrédito é uma forma recente de apoio aos pequenos

empreendimentos, pois envolve empréstimo de menores quantias a juros mais acessíveis, sendo ainda um instrumento estratégico para a inclusão social do governo.

Outra característica desta modalidade é que pode apoiar negócios informais.

Geralmente a administração desta modalidade de crédito é feita por uma organização não-governamental (ONG), que atua em determinada região. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – MDIC tem atuado no desenvolvimento de uma metodologia que minimize os custos dos procedimentos operacionais para as instituições que operam com microcrédito, promovendo sua permanência no mercado de forma mais estável.

Maiores informações: www.mdic.gov.br

A Busca de Financiamento

Page 61: FONTES DE FINANCIAMENTOS

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● Progex:

O Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex) tem como finalidade prestar assistência tecnológica às micro e pequenas empresas que queiram se tornar exportadoras ou àquelas que já exportam e desejam melhorar seu desempenho nos mercados externos. O Progex apóia a adaptação do produto ao mercado externo nos seguintes quesitos: melhoria da qualidade e do processo produtivo, redução de custos, atendimento às normas técnicas, superação de barreiras técnicas, design, embalagens.

O apoio é feito em duas etapas:

1. Estudo de viabilidade técnica: é feito o primeiro diagnóstico. A partir daí constam análises do produto e do processo produtivo, identificação dos principais problemas técnicos a serem resolvidos, estimativas dos custos e investimentos necessários para implementar as soluções sugeridas.

2. Adequação tecnológica: são implementadas as soluções dos problemas diagnosticados. O responsável técnico do Progex garante o total sigilo sobre as informações confidenciais às quais tiver acesso nas empresas.

Maiores informações: www.mct.gov.br

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● Programas da Finep: A Financiadora de Estudos e Projetos – Finep – é uma empresa pública vinculada ao

Ministério da Ciência e Tecnologia e tem como objetivo promover o desenvolvimento tecnológico e inovação do país. A Finep apóia empresas nascentes e emergentes de base tecnológica; empresas incubadas e empresas situadas em parques tecnológicos; empresas, instituições de pesquisa e demais agentes sociais que realizam esforços de investimentos em P&D, incubadoras de empresas e demais instituições promotoras da difusão de tecnologias para empresas; empresas brasileiras de engenharia consultiva; empresas e demais agentes sociais que demandam serviços à engenharia consultiva nacional.

A Finep dispõe de vários mecanismos e instrumentos e linhas de ação que visam a atender a públicos-alvo distintos. Os financiamentos concedidos pela entidade podem ser reembolsáveis e não-reembolsáveis. O apoio da Finep abrange todas as etapas e dimensões do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico: pesquisa básica, pesquisa aplicada, inovações e desenvolvimento de produtos, serviços e processos.

A Finep apóia, ainda, a consolidação dos processos de pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em empresas já estabelecidas, e o desenvolvimento de mercados.

Os financiamentos reembolsáveis são realizados com recursos próprios ou provenientes de repasses de outras fontes.

Maiores informações: www.finep.gov.br

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Projeto Inovar – Capital de Risco Brasil:

Idealizado pela FINEP, “visa a construir um ambiente institucional que favoreça o florescimento da atividade de capital de risco no Brasil, de forma a estimular o fortalecimento das empresas nascentes e emergentes de base tecnológica brasileiras, contribuindo, em última instância, para o desenvolvimento tecnológico nacional, bem como para a geração de empregos e renda”.

A Incubadora de Fundos Inovar é um consórcio entre FINEP, SEBRAE, FUMIN – Fundo Multilateral de Investimentos do BID e do PETROS (Fundo de Pensão da Petrobras), para apoio à criação de fundos de capital de risco no país.

Maiores informações: www.capitalderisco.gov.br

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● Programa Sebraetec:O Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (Sebraetec) “é um mecanismo

coordenado pelo Sebrae para permitir que as micro e pequenas empresas e empreendedores possam acessar os conhecimentos existentes no país, por meio de consultorias, visando a elevação do patamar tecnológico da empresa.” O público-alvo do programa é composto por micro e pequenas empresas e empreendedores dos setores da indústria (inclusive agroindústria), do comercio, de serviços e agropecuário (rural), preferencialmente inseridas em arranjos produtivos, conforme critérios estabelecidos no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas.

O Programa auxilia as empresas com consultoria subsidiada nos seguintes itens: estudos de viabilidade técnica e econômica; elaboração de Plano de Negócios para empresas incubadas; melhoria de produtos, de equipamentos de produção, de gestão dos processos produtivos, design gráfico de produto, de embalagem, de postos e ambientes de trabalho – ergomonia; avaliação de conformidade e certificação; adequação de produtos a padrões e exigências do mercado de destino (normas, patentes, mercado, fornecedores, custo, necessidades laboratoriais) para exportação; inovação tecnológica etc.

O SEBRAETEC apóia até 70% dos custos do projeto.

Maiores informações: www.sebrae.com.br

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OBRIGADAProf. Eliana – 2010

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