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Fotografia - O Exercicio Do Olhar - Arte Na Escola

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Fotografia

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  • FOTOGRAFIA: o exerccio do olhar

    Copyright: Instituto Arte na Escola

    Autor deste material: Ana Maria Schultze

    Reviso de textos: Soletra Assessoria em Lngua Portuguesa

    Diagramao e arte final: Jorge Monge

    Autorizao de imagens: Ludmila Picosque Baltazar

    Fotolito, impresso e acabamento: Indusplan Express

    Tiragem: 200 exemplares

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

    INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

    Fotografia: o exerccio do olhar / Instituto Arte na Escola ; autoria de Ana

    Maria Schultze ; coordenao de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque.

    So Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005.

    (DVDteca Arte na Escola Material educativo para professor-propositor ; 9)

    Foco: LA-9/2005 Linguagens Artsticas

    Contm: 1 DVD ; Glossrio ; Bibliografia

    ISBN 85-98009-10-5

    1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Tcnicas 3. Fotografia - Brasil - His-

    tria I. Schultze, Ana Maria II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa

    IV. Ttulo V. Srie

    CDD-700.7

    CrditosMATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

    Organizao: Instituto Arte na Escola

    Coordenao: Mirian Celeste Martins

    Gisa Picosque

    Projeto grfico e direo de arte: Oliva Teles Comunicao

    MAPA RIZOMTICO

    Copyright: Instituto Arte na Escola

    Concepo: Mirian Celeste Martins

    Gisa Picosque

    Concepo grfica: Bia Fioretti

  • DVD

    FOTOGRAFIA: o exerccio do olhar

    Ficha tcnica

    Gnero: Documentrio com depoimentos de diferentes profis-sionais que trabalham com a linguagem fotogrfica.

    Palavras-chave: Fotografia; histria da fotografia; arte; cin-cia e tecnologia; luz; potica pessoal.

    Foco: Linguagens Artsticas.

    Tema: A fotografia brasileira, ao longo de sua histria, desdeseus primeiros realizadores at as produes contemporne-as, incluindo as imagens digitais.

    Artistas abordados: Gioconda Rizzo, D. Pedro II, ChicoAlbuquerque, Walter Firmo, Thomaz Farkas, Orson Welles,entre outros.

    Indicao: 5 a 8a srie do Ensino Fundamental e Ensino Mdio.

    Direo: Tnia Celidnio.

    Realizao/Produo: Rede SescSenac de Televiso, So Paulo.

    Ano de produo: 1997.

    Durao: 55.

    Coleo/Srie: Documentrio.

    SinopseO documentrio oferece, em quatro blocos, um panorama dafotografia brasileira, com comentrios de diferentes realizado-res. No primeiro bloco, acompanhamos a histria da fotografiabrasileira, as tcnicas e suportes utilizados desde o seusurgimento. O aspecto de memria da fotografia est no se-gundo bloco, sobretudo as tcnicas de conservao e restau-ro, com comentrios de crticos de arte/fotografia, fotgrafose instituies que apontam a educao do olhar pela imagemfotogrfica. Podemos conhecer, no terceiro bloco, a fotografiacomo linguagem, a crtica de arte e o papel das instituies

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    culturais. O ltimo bloco traz a produo fotogrfica brasileiraem fotojornalismo e publicidade, fotografia de casamentos, deesportes, mostrando sua insero no nosso cotidiano.

    Trama inventivaFalar sem palavras. Falar a si mesmo, ao outro. Arte, lingua-gem no-verbal de fora estranha que ousa, se aventura a to-car assuntos que podem ser muitos, vrios, infinitos, do mundodas coisas e das gentes. So invenes do persistente ato cri-ador que elabora e experimenta cdigos imantados na articula-o de significados. Sua riqueza: ultrapassar limites processu-ais, tcnicos, formais, temticos, poticos. Sua ressonncia:provocar, incomodar, abrir fissuras na percepo, arranhar asensibilidade. A obra, o artista, a poca geram linguagens oucruzamentos e hibridismo entre elas. Na cartografia, estedocumentrio impulsionado para o territrio das LinguagensArtsticas com o intuito de desvendar como elas se produzem.

    O passeio da cmera

    Imagens se oferecem ao olhar menos apressado. Imagens sur-gem e desaparecem rapidamente, dialogando com depoimen-tos e conceitos. O documentrio focaliza no bloco 1: o incio dafotografia brasileira; no bloco 2: a memria, o restauro e a edu-cao do olhar; no bloco 3: a fotografia como linguagem; no bloco4: a fotografia no cotidiano brasileiro.

    Os depoimentos de fotgrafos, crticos de arte, educadores ecoordenadores de instituies culturais apresentam a fotogra-fia brasileira ao longo de sua histria: desde sua introduo nopas pelo Abade Compte, dos retratos de paisagem ou de pes-soas nos primrdios da fotografia, s composies contempo-rneas criadas atravs de computao grfica.

    So discutidos conceitos sobre a fotografia como arte, comolinguagem expressiva e como um recorte intencional e sens-vel, extrapolando a idia sobre o fazer do fotgrafo como ummero disparador de boto.

  • material educativo para o professor-propositor

    FOTOGRAFIA EXERCCIO DO OLHAR

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    O percurso da fotografia brasileira mostrado de maneira line-ar. O documentrio permite clicar em vrios campos:Materialidade, abordando a potica da fotografia, suas tcni-cas e tecnologia; Forma-Contedo, ressaltando a luz e as rela-es com a realidade; Saberes Estticos e Culturais, localizan-do a histria da fotografia e os sistemas simblicos criados peloser humano; Patrimnio Cultural, dando nfase preservaoe memria; Mediao Cultural e Curadoria, transitando peloscolecionadores, crticos de arte, instituies culturais; Cone-xes Transdisciplinares, fazendo link com arte, tecnologia e ci-ncia fsica, qumica e tica, alm de Processo de Criao, ar-ticulando a potica pessoal, o espao do laboratrio, o olharsobre a realidade, para ir alm dela. Neste material, clicamos afotografia como uma das Linguagens Artsticas, consideran-do a especificidade de seus meios e o potencial expressivo dofotgrafo, revelador do seu olhar sobre o mundo.

    Sobre a fotografiaQuem observar os movimentos de um fotgrafo munido de aparelho

    (ou de um aparelho munido de fotgrafo) estar observando movi-

    mento de caa. O antiqssimo gesto do caador paleoltico que

    persegue a caa na tundra. Com a diferena de que fotgrafo no

    se movimenta em pradaria aberta, mas na floresta densa da cultura.

    Vlem Flusser

    Talvez, ns, to habituados a ver a foto fixada em lbum, emol-durada e exposta em mesa, pregada na parede ou em outdoor,publicada em jornal, revista, livro ou em exposio, em museu,no mais percebamos os impactos sociais, culturais e, sobre-tudo, artsticos provocados pela inveno da fotografia.

    H uma longa e vagarosa histria da incessante aventura huma-na de encontrar meios de produo de imagem. Segundo umestudo recente de David Hockney, a ptica, com seus espelhose lentes, foi utilizada desde o sculo 15 pelos artistas. Alguns,usavam essas imagens projetadas diretamente para produzirdesenhos e pinturas, e cedo esse novo modo de retratar o mun-do esse novo modo de ver disseminou-se. 1 .

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    Assim, a cmera escura, descrita por Leonardo da Vinci2 , emseus cadernos, um quarto escurecido onde a imagem real deum objeto recebida por pequena abertura e projetada parauma superfcie plana. O fenmeno parte do princpio de que aluz uma forma de energia eletromagntica que se propagaem linha reta a partir de uma fonte luminosa. Os raios lumino-sos, incidentes sobre um objeto, so refletidos em todas asdirees. O orifcio da cmera escura3 , quando na frente doobjeto, deixa passar alguns desses raios que se projetaro naparede branca. Como cada ponto iluminado do objeto refleteos raios de luz, h uma projeo da imagem, s que de formainvertida e de cabea para baixo. A cmera escura, um instru-mento de captao e pr-figurao de imagens, est na basedo funcionamento fsico das cmeras para fotografia, cinema evdeo. Mas, como fixar essas imagens?

    Entra em cena a qumica. Em 1727, o alemo Johann HeirichSchulze descobre, por acaso, que um vidro contendo cidontrico, prata e gesso, se escurece quando exposto luz vindada janela. Porm, a imagem ainda no se fixa.

    As pesquisas de Joseph Nipce4 , iniciadas em 1793, buscamobter imagens gravadas quimicamente. Em 1826, expe umaplaca preparada, durante aproximadamente 8 horas, na cmeraescura, fazendo uma fotografia do quintal de sua casa. Essaimagem, apesar de no conter meios tons, considerada aprimeira fotografia permanente do mundo e tal tcnica bati-zada de Heliografia - gravura com a luz solar - por seu inventor.

    Nipce morre em 1833. Deixa sua obra nas mos do seu scio,o pintor Louis Jacques Mande Daguerre, que aperfeioa o pro-cesso de revelao e fixao da imagem, ao qual d o nome dedaguerreotipia5 . Em 1839, divulga seu processo e a Franaadquire a patente da fotografia, tornando-a pblica.

    Curiosamente, o Brasil o primeiro pas da Amrica Latinaa conhecer a fotografia. Em janeiro de 1840, o ImperadorPedro II, com quinze anos incompletos, conhece o daguer-retipo pelas mos do abade Louis Compte, que chega aoBrasil no navio-escola LOrientale. Fascinado pelo invento,

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    FOTOGRAFIA EXERCCIO DO OLHAR

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    D. Pedro II logo o adquire, passando a fotografar e a coleci-onar imagens fotogrficas.

    O daguerretipo rapidamente se espalha pelo mundo. Mas, aimagem ainda nica, frgil e difcil de ser vista, o que motivanovas pesquisas na busca de um suporte mais verstil, como opapel. Vrios so os pesquisadores que contribuem para osnovos formatos e processos da fotografia: Talbot, Nipce daSaint-Victor, Ascher, Maddox, at a criao final dos filmes emcelulide flexvel pela Kodak, no final do sculo 19.

    Da inveno da impresso luminosa, regida pelas leis da fsicae da qumica, ao advento da cmera fotogrfica e o negativocomo fonte de infinitas cpias, a linguagem da fotografia sesofistica cada vez mais. Nos dias atuais, mesmo que a cmerafotogrfica parea ter ficado para trs como uma espcie demquina primitiva diante do surgimento e popularizao dossistemas digitais de captao e processamento da imagem, oinsacivel olho humano que fotografa continua em movimentode caa, na densa floresta da cultura. Clic!

    Os olhos da arteO conceito que perseguiu a fotografia nesses ltimos 160 anos - que

    a fotografia a realidade - no existe mais. A fotografia nunca foi o

    real. A fotografia nunca ser o real.(...) Ela nunca foi a realidade, ela

    sempre foi uma viso bastante parcial daquilo que a gente entende

    por realidade.

    Rubens Fernandes Junior

    Uma mquina-caixinha. Algum de esprito irrequieto, criadore provocador. O olho e o olhar desse algum: o fotgrafo. Umdisparo. Do processo qumico, o ato revelado: a imagem foto-grfica. Seria essa imagem uma cpia da realidade como se acmera fosse uma mquina copiadora?

    A fotografia um registro perfeito daquilo que chamamos rea-lidade? Flusser6 comenta o ledo engano: quem sabe escrever,sabe ler; logo, quem sabe fotografar sabe decifrar fotografias.Engano. E continua: o fotgrafo amador cr ser o fotografargesto automtico graas ao qual o mundo vai aparecendo. Im-

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    pe-se a concluso paradoxal: quanto mais houver gente foto-grafando, tanto mais difcil se tornar o deciframento de foto-grafias, j que todos acreditam saber faz-las. Essa mesmapreocupao, no documentrio, aparece no depoimento do fo-tgrafo Luis Humberto:

    A fotografia tem um dado complicado: o fato dela lidar com o real. E,

    como ns vivemos dentro de um tipo de realidade, e ela um fragmen-

    to dessa realidade, todo mundo acha que pode dar palpite, quando na

    verdade ela um trabalho intencionalmente produzido a partir de um

    tipo de sensibilidade formada, ou seja, a fotografia no algo que voc

    aponta e tira. Quando eu aponto e fao uma foto sua eu estou fazendo

    com uma determinada inteno dentro de um determinado tempo.

    Entre a cmera e o olho, toda criao fotogrfica carrega em sium processo que envolve uma srie de escolhas que vo desdeos equipamentos e materiais, at os enquadramentos e instan-tes definidos pela intencionalidade e finalidade da viso dofotgrafo. Portanto, a fotografia tem uma realidade prpria,que no corresponde necessariamente realidade que envol-

    Pierre Verger

    Carnaval, Embaixada Mexicana, Bahia, 1946-52

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    FOTOGRAFIA EXERCCIO DO OLHAR

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    veu o assunto, objeto de registro, no contexto da vida passada.Trata-se da realidade do documento, da representao: umasegunda realidade, construda, codificada7 .

    De fato, sua maneira para revelar algo da realidade visual, afotografia foi construindo um novo cdigo visual. Pela fixao deinstantes de pessoas, coisas ou situaes, mediante o close e adistncia, em preto-e-branco ou colorida, a viso fotogrficarompe com o sistema de representao de imagens do sculo 19e instaura uma nova forma de visualidade, ampliando enorme-mente nosso modo de ver o que visvel.

    Se a fotografia faz concorrncia com a arte do sculo 19, tam-bm instiga os artistas tanto a abandonar o cavalete para colherflagrantes na rua e da vida cotidiana, como a compor ousando noenquadramento e no sangramento das figuras nos desenhos epinturas. Libera tambm a arte de seu carter documental.

    No comeo do sculo 20, a fotografia alinha-se aos movimen-tos artsticos, redefinindo suas bases estticas. Diversos ar-tistas do movimento de vanguarda utilizam a fotografia comolinguagem para fins poticos, explorando o processo de mani-pulao da tcnica como matria- prima para a criao. Artis-tas-fotgrafos, como Maholy-Nagy com seus fotogramas ouMan Ray com as colagens e fotomontagens, experimentam in-tervenes no processo e na cpia: rasgando, triturando emesmo destruindo a imagem.

    A construo da linguagem fotogrfica origina, sob uma roupa-gem diferente, a adoo dos recursos da fotografia por diver-sos movimentos da arte moderna e contempornea e a exposi-o de fotos como obras de arte, em museus e galerias.

    O fotgrafo, com sua linguagem, est a para oferecer interpreta-es visuais do mundo e da vida: seja na inteno de saborear asensao mgica de explorar a luz/contraluz, de ressaltar o po-tencial abstrato de um tema, geometrizar as coisas fazendo emer-gir delas planos e jogos de linhas, revelar rvores, pedra e maresem preto, branco e cinza, ampliar no laboratrio uma foto at sen-tir o gro, a textura do suporte ou capturar a essncia de um acon-

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    tecimento de forma, ou no propsito de comunicar o fato sem anecessidade de mediao pela legenda, como na foto jornalstica.

    Na criao fotogrfica, como disse Carlos Drummond de Andrade, inevitvel que de cada procedimento tcnico, exercido com amore rigor, se desprenda uma poesia especfica. Mais ainda no casoda fotografia, cujo vocabulrio j participa da magia potica - agelatina, a imagem latente, o pancromtico - e cujas operaes seassimilam naturalmente s da criao potica - a sensibilizaopela luz, o banho revelador, o mistrio da claridade implcita noopaco, da sombra representada pelo translcido - Mallarm!.

    O passeio dos olhos do professor

    Convidamos voc a ser um leitor do documentrio, antes doplanejamento de sua utilizao. Neste momento, interessan-te registrar suas impresses, durante a exibio, iniciando umdirio de bordo, como um instrumento para o seu pensar peda-ggico, durante todo o processo de trabalho junto aos alunos.

    A seguir, uma pauta do olhar que poder ajud-lo.

    O que o documentrio desperta em voc?

    O que o documentrio mostra sobre a composio fotogr-fica? De que modo voc v a luz e a sombra como partes dascomposies fotogrficas?

    Voc acha que o documentrio deixa claro como a fotografia composta pelo fotgrafo?

    possvel perceber as diferenas nas composies fotogr-ficas, dependendo de cada contexto (retrato, paisagem,fotopublicidade, esportes, jornalismo, etc.)?

    Sobre o documentrio. Por sua longa durao, como poderi-am ser aproveitados, na sala de aula, os cortes dos blocos?Voc faria outros recortes? De que modo?

    O documentrio lhe faz perguntas? Quais?

    O que voc imagina que os alunos gostariam de ver nodocumentrio? O que causaria atrao ou estranhamento?

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    interessante rever suas anotaes, pois elas revelam o modosingular de sua percepo e anlise. A partir delas e da escolhado foco de trabalho, quais questes voc faria numa pauta doolhar para o passeio dos olhos dos seus alunos no documentrio?

    Percursos com desafios estticosNo mapa, voc pode visualizar as diferentes trilhas para o focoLinguagens Artsticas que consideramos de relevncia nodocumentrio. Apresentamos os possveis modos de percursos detrabalho impulsionadores de projetos a partir da contribuio, in-teresse e motivao que o documentrio pode gerar nos alunos.

    O passeio dos olhos dos alunosTrs possibilidades:

    Uma boa forma de acesso imagem fotogrfica atravsdas imagens de famlia, trazidas para a classe, em lbunsou no. Estas fotos sero estimulantes para uma discussoprovocada com/entre os alunos, a partir de questes como:

    O que eles podem ler das imagens de famlia trazidas? Oque contam? O que parece comum entre elas?

    Que outros tipos de imagem os alunos conhecem, almdas fotogrficas (ilustraes, tatuagens, selos, imagensmentais, manchas etc.)?

    As fotografias so utilizadas de que forma nos meios decomunicao de massa? So fontes de contedo neutrasou no?

    Quais outras aplicaes para a imagem fotogrfica seusalunos conhecem?

    Em seguida, o primeiro bloco do documentrio pode ser exi-bido para que os alunos possam comparar as imagens quetrouxeram com aquelas do passado.

    Fotografias com eixos temticos diversos questes de g-nero, diversidade cultural, etnia, crianas/jovens/idosos,por exemplo podem ser coletadas em fontes variadas.

  • Zarpando

    Forma - Contedo

    elementos davisualidade

    movimento, sangramento,enquadramento

    relaes entre elementosda visualidade

    temticas

    luz, cor

    figurativa, abstrata

    SaberesEstticos eCulturais

    sistema simblico linguagem, signos,para alm da aparncia

    histria da arte histria da fotografia

    Linguagens Artsticas

    artesvisuais

    meiosnovos

    fotografia - fotografia tradicional,fotografia digital, linguagens hbridas,fotograma, fotomontagem, fotojornalismo,foto publicitria, videoarte

    linguagem do cinema

    publicidade

    linguagensconvergentes

    cinema

    ambincia do trabalho

    Processo deCriao

    ao criadora potica pessoal

    laboratrio, estdio, acervo pessoal

    s

    Z

    ferramentasprocedimentos

    processos tcnicos, artesanais e industriais

    cmera escura, negativos,cmera tradicional e digital

    Materialidade

    potica da materialidade

    poticas da fotografia,potica dos procedimentos

    suporte

    fabricao artesanal, placas de cobre, vidro,papel, suporte flexvel, ruptura do suporte

    agentes

    espaos sociais do saber

    colecionadores, crticos de arte

    instituies culturais

    educao do olhar

    formao de pblico

    MediaoCultural

    preservao ememria

    conservao, acervo de memria,restauro, polticas culturais

    PatrimnioCultural

    ConexesTransdisciplinares

    arte, cinciae tecnologia

    fsica, qumica, tica, imagens tcnicas

    qual FOCO?

    qual CONTEDO?

    o que PESQUISAR?

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    Como uma preparao para a exibio do terceiro bloco,pode ser interessante perceber os temas propostos, oenquadramento, as cores, a forma como a luz surge na com-posio, o uso da cor ou do preto-e-branco, a dramaticidade,e a forma como tais imagens se apresentam nas diferentesmdias, destacando ou relegando a um plano menor, desvi-ando a ateno. O que pode ser encaminhado a partir da?

    Com lpis e papel, os alunos podem se preparar para ver oltimo bloco do documentrio, com aproximadamente onzeminutos de durao. Como num jogo, os alunos podem le-vantar todos os usos da fotografia que aparecem nodocumentrio e outros usos que forem lembrados. Em segui-da, d tempo aos alunos para que eles criem uma boa per-gunta sobre fotografia, que seja ousada e provoque a curio-sidade. A seguir, em subgrupos, os alunos podem levantar oque viram e lembraram, ampliando a listagem e analisandoas perguntas criadas. Quais usos da fotografia sero listados?Quais sero as perguntas interessantes sobre a fotografia?Qual projeto voc pode iniciar a partir da?

    Essas sugestes podem gerar outras ligadas pela inteno de con-vocar os alunos para assistirem ao documentrio, despertando novosfatos, idias e sentidos para a reflexo sobre as questes da lingua-gem fotogrfica. Pode-se, ainda, pedir aos alunos que lancem ques-tes prvias que gostariam de ver respondidas pelo documentrio.

    Tudo isso faz sentido sempre que, aps a exibio, uma conversaleve socializao da apreciao do documentrio, animada pelasaes expressivas anteriores e pelas problematizaes possveis.

    Desvelando a potica pessoalA criao atravs da linguagem da fotografia o desafio deste per-curso, que visa o apuramento do trabalho do prprio aluno, na per-cepo de seu modo singular, de suas escolhas, de sua potica pes-soal. Como j sugere este percurso, as orientaes e motivaesdadas por voc direcionaro o aluno para uma atitude investigativade seu prprio modo de expresso na linguagem visual.

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    Oferecemos duas possibilidades que podem ser sugeridas aoaluno para que ele faa sua escolha. Cada proposta no se re-sume realizao de um nico trabalho, mas criao de umasrie que possa, depois, ser apreciada e discutida sob a pers-pectiva da pesquisa pessoal de linguagem.

    Fotografar com cmera convencional, instantnea ou digi-tal, escolhendo uma temtica.

    Criar composies com fotografia e outras linguagens, comopintura, desenho, escultura, poesia ou recursos da informtica,em um hibridismo de linguagens.

    Seria timo que voc acompanhasse o percurso pessoal, ali-mentando-o com leituras dos trabalhos, sugestes e oferecen-do outras imagens que ampliassem as possibilidades da poti-ca de cada aluno.

    Ampliando o olhar possvel montar um visor com cartolina preta - um retn-gulo de aproximadamente 14 x 13 cm, tendo no centro umretngulo vazado de 4 x 3 cm. Com esse visor, pode serdesencadeada uma coleta sensorial e esttica pela escola,pelo bairro, pela casa, que leve ao olhar da estrutura abs-trata das formas. O visor possibilita fazer enquadramentose recortes na paisagem, no cotidiano das pessoas. Se pos-svel, pea pequenos croquis dessas escolhas. O importan-te a observao dos diferentes pontos de vista que cadaaluno faz, a partir do mesmo local.

    Jornais e revistas so um excelente material de consulta.Aguando os olhos dos alunos para que percebam de que for-ma a fotografia utilizada na mdia impressa, voc pode cha-mar a ateno sobre a posio da imagem na pgina par oumpar (essa ltima mais nobre), se est destacada ou no,acompanhada de legenda que refora ou contradiz a imagem.A anlise de anncios publicitrios merece destaque especialnesta proposio, envolvendo, tambm, as revistas, jornais eoutdoors. A fotografia publicitria influencia nossa escolha de

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    produtos de consumo? Se os alunos no viram o ltimo blocodo documentrio, voc poder apresent-lo nesse momentopara ampliar as discusses, abordando tambm a viso foto-grfica publicitria e jornalstica.

    O documentrio evidencia que no h uma rica tradio decrtica fotogrfica. Os alunos concordam com essas afirma-es? Dispem de informaes para discutir essa questo?Uma boa pesquisa pode ser feita por meio de jornais, revis-tas e catlogos que trazem exposies de fotografia.

    A partir da dcada de 80, o pintor ingls David Hockney criaimagens fotogrficas que ultrapassam os limites do recorte notempo e no espao da imagem plana. Com muitas fotos domesmo lugar, ele cria uma nova composio. Se sua escola dis-puser de um laboratrio de informtica, inicie com a apresenta-o da obra desse artista: Place Furstenberg8 , Paris, 1985.Compare com a obra de Athos Bulco, um mestre brasileiro naarte das montagens fotogrficas - A inundao num sonho9 ,1952-53. Depois, convide-os para que a comparem com a obrade Umberto Boccioni: The city rises10 , 1910 e com outras obras.De quem lembraro? O que podem criar a partir da?

    No laboratrio de informtica, os alunos podem experienciarprocessos de manipulao de imagens fotogrficas, esco-lhendo fotografias para digitalizar. O desafio ser investi-gar as infinitas possibilidades de alterar uma mesma ima-gem, utilizando um programa de desenho ou outros que dopossibilidades maiores de alterar as imagens por meio dediversos filtros e efeitos especiais. A parceria com o res-ponsvel pelo laboratrio pode ser de grande ajuda nessainvestigao. Isso tambm poder desencadear uma pes-quisa sobre efeitos especiais utilizados no cinema.

    Conhecendo pela pesquisaNo bloco 2 do documentrio, apresentada uma atividaderealizada na Casa da Fotografia Fuji/So Paulo. De queforma essa atividade contribui para mostrar aos alunos que

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    a fotografia uma composio, um recorte intencional? Po-deriam perceber problemas mais comuns na composio fo-togrfica, como cabeas cortadas ou fotos tremidas? De queforma voc, junto com seus alunos, poderia realizar ativida-des semelhantes, na sala de aula, com mquinas digitais ouinstantneas? Algumas idias possveis: fazer fotos comdesacertos, analisar fotografias coletadas em fontes diver-sas (internet, jornais, lbuns de famlia), ou realizar monta-gens criando novas composies e sentidos para as ima-gens. Em grupos pequenos ou com a turma toda, essasatividades propem que os alunos percebam os problemasnas composies, e que apresentem sugestes de comocompor uma imagem fotogrfica. Uma pequena exposiona classe pode alimentar discusses sobre o real na foto-grafia, e como a foto elaborada intencionalmente pelofotgrafo, que escolhe o melhor ou pior ngulo.

    O impressionismo era um movimento de vanguarda, quandoseus artistas tambm se envolveram na nova percepo quea fotografia evocava. O sangramento da imagem aparecenesse momento. Se antes o retratado tinha de aparecer, porexemplo, de corpo inteiro ou busto, o sangramento trouxe ocorte da imagem. Voc pode encaminhar uma pesquisa so-bre o sangramento da imagem e sua utilizao nas obras dearte, nas revistas e jornais, nas produes da turma.

    A luz, na fotografia, um importante elemento da visua-lidade. Os contrastes entre luz e sombra, entre claros eescuros se apresentam como uma forte qualidade formal,que implica no adensamento do contedo, de sua expressi-vidade. Fotos e filmes em preto-e-branco convocam sensa-es/sugestes ao nosso olhar, vinculadas significaoque atribumos imagem, mesmo que no tenhamos toma-do conscincia desses recursos. O que os alunos podempesquisar sobre isso?

    A investigao sobre a potica de um fotgrafo pode vir aser interessante para cada aluno descobrir a sua prpria po-tica, especialmente se voc est trabalhando com o Ensi-

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    no Mdio. J foi sugerido (em O passeio dos olhos dos alu-nos) que os alunos escolham uma temtica e observem alinguagem da fotografia. A proposio dar continuidade aessa pesquisa, investigando a produo de fotgrafos, no-meados ou no no documentrio. Eles podem rever algu-mas partes ou as que ainda no foram assistidas para esco-lherem qual linguagem de fotografia gostariam deaprofundar, como por exemplo: esttica surrealista (Man Raye Laszlo Maholy-Nagy), minimalista (Geraldo de Barros,Jos Oiticica Filho, entre outros), ou ainda fotgrafos bra-sileiros vinculados s questes sociais (Sebastio Salgado,Levindo Carneiro), s fotomontagens (Vik Muniz, OdiresMlszho etc.), moda (JR Duran, Miro (Luis Crispino), Clicioetc.), fotojornalismo (o prprio Walter Firmo, Orlando Brito)ou de carter esttico (Antonio Saggese, Renata CasteloBranco, Paulo Angerami com suas fotografias de cmera deburaco-de-agulha etc.).

    Julio Plaza, um artista que usou muitas linguagens em suapotica singular, trabalhou tambm com fotografia, realizan-do montagens instigantes11 . Outros fotgrafos realizaramfotomontagens. Alm daqueles citados nesse material, quaisoutros podemos pesquisar? Quais as possibilidades tcni-cas atuais para realizar uma fotomontagem? O que os alu-nos podem criar com elas?

    H muitas tcnicas alternativas em fotografia, que podemfacilmente ser realizadas na escola, com baixo investimen-to: fotografia de buraco-de-agulha e fotograma, por exem-plo. No possvel explic-las neste material, mas h vri-os sites na internet que disponibilizam informaes.

    A fotografia, com um olhar contemporneo, aparece larga-mente em bienais, sales de arte e concursos. possvelestabelecer relaes entre a forma como a fotografia uti-lizada atualmente e outros usos ao longo de sua histria? Oque os alunos podem descobrir sobre isso?

    Em relao esttica do cotidiano: em quais situaes econtextos a fotografia se insere em nossa sociedade? Nos-

  • material educativo para o professor-propositor

    FOTOGRAFIA EXERCCIO DO OLHAR

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    sos alunos conseguem imaginar um mundo sem imagens fo-togrficas? Quais suas funes atualmente (registrar, vigi-ar, controlar, armazenar, impor,...). Planeje a apresentaodas pesquisas como pequenas cenas montadas.

    Os percursos sugeridos no correspondem a uma ordem se-qencial. Qualquer um deles pode vir a ser o incio, ou ser pro-posto paralelamente.

    Amarraes de sentidos: portflio

    Um momento especial: o que foi estudado? O portflio podeganhar a marca pessoal e gerar novos sentidos para aquiloque foi estudado numa proposta de apresentao esttica.Como, por exemplo, criar uma coleo pessoal das imagenscoletadas e criadas a partir das proposies, organizando-as em um lbum de fotos. A montagem pode ser feita comcaixas, com cartolinas, papel pardo, pode-se usar canto-neiras comerciais ou feitas pelo prprio aluno. Nessa for-ma de sistematizao, no ir-e-vir constante s imagens,olha-se o caminho percorrido. Como uma bagagem estti-ca, o contedo no se resume apenas s imagens, mas,tambm, s idias, conceitos, opinies, que podem sercolocadas em um texto sntese sobre a trajetria de estu-do, os trabalhos de discusso, de pesquisas, de fazer-ar-tstico e da criao potica pessoal.

    Valorizando a processualidade

    Houve transformao? O que os alunos percebem que conheceram?

    A apresentao e discusso, a partir do portflio, podem de-sencadear boas reflexes sobre essas questes. Outro movi-mento de avaliao pode ocorrer por meio de entrevistas entreos alunos. Elas podero ser feitas individualmente ou em pe-quenos grupos, levantando questes sobre as experincias vi-vidas, o que foi mais importante, o que levam do projeto, o quefaltou etc. O convite para que das entrevistas produza-se umareportagem sobre o projeto vivido.

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    momento tambm de voc refletir como professor-pesquisa-dor, a partir do seu dirio de bordo. O que foi indito para vocnesse projeto? Quais os achados dessa experincia para trans-formao de sua ao pedaggica? O projeto germinou novasidias em voc? Que outros vdeos voc poderia buscar paracontinuar o contato com a arte?

    GlossrioAmbrotipia considerada a sucessora da daguerreotipia (veja abaixo), eraum processo fotogrfico de imagem nica que empregava negativos de vi-dro de coldio mido, sub-expostos e montados sobre fundo negro paraproduzir o efeito visual de positivos. Fonte: .

    Daguerreotipia primeiro processo fotogrfico, no qual uma imagem nicaformava-se sobre uma fina camada de prata polida, aplicada sobre umaplaca de cobre e sensibilizada em vapor de iodo e prata. Fonte:.

    Coldio mido processo fotogrfico de imagem nica, era assim cha-mado porque empregava o coldio (composto de ter e lcool numa solu-o de nitrato de celulose) como substncia ligante para fazer aderir onitrato de prata fotossensvel chapa de vidro que constitua a base donegativo. A exposio devia ser realizada com o negativo ainda mido,sendo revelado imediatamente. Fonte: .

    Composio fotogrfica a arte de escolher pautada pela seleo dotema, na qual o fotgrafo avalia a contribuio dos diversos componentesda imagem. Fonte: BUSSELLE, Michael.Tudo sobre fotografia. So Pau-lo: Pioneira, 1990.

    Ferrotipia imagem fotogrfica nica produzida pelo processo de coldiomido sobre uma fina plaqueta de ferro esmaltada com laca preta oumarrom, como uma derivao do processo de coldio mido. Fonte:.

    Foto albuminada processo fotogrfico de negativo de papel sensibiliza-do a partir do albmen extrado da clara de ovos de galinha empregadocomo camada adesiva transparente destinada a fazer aderir os sais de pratafotossensveis base de papel. Fonte: .

    Fotomontagem a imagem criada a partir de partes de outras fotografi-as cortadas e reunidas. Esse processo pode ser feito no momento da am-pliao e revelao da fotografia, no prprio laboratrio fotogrfico, oucom o auxlio do computador. Fonte: JANSON, H. W. Histria da arte. SoPaulo: Martins Fontes, 1992.

  • material educativo para o professor-propositor

    FOTOGRAFIA EXERCCIO DO OLHAR

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    Gelatina de prata material usado como suporte para a emulso sens-vel do papel fotogrfico ou do filme. Expresso utilizada tambm para de-signar a tcnica de fotografia ampliada do filme para o papel fotogrfico. composta por sais de prata, tambm conhecidos por haletos de prata,que so fotossensveis e formaro a imagem latente quando expostos luz. Fonte: SCHULTZE, Ana Maria. Fotografias na escola: leituras sens-veis do mundo. Porto Alegre: Mediao, 2005.

    Negativo tipo de filme com a imagem formada contrria nas cores outons. Tambm pode referir-se imagem negativa feita com papel fotogr-fico ou vidro como suporte. Fonte: SCHULTZE, Ana Maria. Fotografias naescola: leituras sensveis do mundo. Porto Alegre: Mediao, 2005.

    Sais de prata tambm conhecidos por haletos de prata. Fotossensveis, for-maro a imagem latente quando expostos luz. Fonte: SCHULTZE, Ana Maria.Fotografias na escola: leituras sensveis do mundo. Porto Alegre: Mediao, 2005.

    BibliografiaCOSTA, Helouise; SILVA, Renato Rodrigues da. A fotografia moderna no

    Brasil. So Paulo: Cosac Naify, 2004.

    FLUSSER, Vlem. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filoso-fia da fotografia. Rio de Janeiro: Relume Dumar, 2002.

    KELLNER, Douglas. Lendo imagens criticamente: em direo a uma pe-dagogia ps-moderna. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Aliengenasna sala de aula: uma introduo aos estudos culturais em educao.Petrpolis, RJ: Vozes, 1995, p. 106-129.

    KOSSOY, Boris. Realidades e fices na trama fotogrfica. Cotia, SP: AteliEditorial, 2000.

    MONFORTE, Luiz Guimares. Fotografia pensante. So Paulo: Senac, 1997.

    SAMAIN, Etienne (org.). O fotogrfico. So Paulo: Hucitec, 1998.

    SCHULTZE, Ana Maria. Mapas sensveis: percursos de leituras do mundoatravs de imagens fotogrficas, 2003. Dissertao (Mestrado em ArtesVisuais). Instituto de Artes/Unesp, So Paulo.

    Seleo de endereos de artistas e sobre arte na rede Internet

    Os sites abaixo foram acessados em 28 fev. 2005.

    BOCCIONI, Umberto. Disponvel em: .

    FOTOGRAFIA. Disponvel em: .

    ___. Disponvel em: .

    ___. Disponvel em: .

    FOTGRAFOS-ARTISTAS. Disponvel em: .

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    HISTRIA DA FOTOGRAFIA, verbetes e artistas. Disponvel em:.

    MUNIZ, Vik. Disponvel em: .

    MUYBRIDGE, Eadweard. Disponvel em: .

    RAY, Man. Disponvel em: .

    PLAZA, Julio. Disponvel em: .

    Notas1 HOCKNEY, David. O conhecimento secreto: redescobrindo as tcnicasperdidas dos grandes mestres. So Paulo: Cosac & Naify, 2001, p.12.2 Boa descrio sobre a cmera escura disponvel em: . Acesso em 28 de fev. 05.3 Sobre a cmera escura e a origem da fotografia, visite a pgina da internet:. Acesso em 28 fev. 05.4 Sobre a gravao de imagens com a cmera escura, visite a pgina dis-ponvel em: . Acesso em28 fev. 05.5 O daguerretipo produzia uma imagem nica sobre chapa de cobrefolheada com uma camada de prata. A chapa era sensibilizada com vapo-res de iodo e colocada em uma cmara. Depois de feita a tomada da ima-gem com longo tempo de exposio , a chapa era revelada por vaporesde mercrio e, depois de fixada, era lavada e seca. Em seguida, era cober-ta por uma lmina de vidro e fechada num estojo, para no oxidar em con-tato com o ar.6 Vlem FLUSSER, Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filo-sofia da fotografia, p. 53.7 Boris KOSSOY, Realidades e fices na trama fotogrfica, p. 22.8 Veja a obra, disponvel em:. Acesso em 28 fev. 05.9 Veja a obra, disponvel em: .Acesso em 28 fev. 05.10 Veja a obra, disponvel em: . Acesso em 28 fev. 5.11 Veja sua obra, disponvel em: . Acesso em 28 fev. 5.