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Governador do Estado do Pará
Simão Jatene
Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Thales Samuel Belo
Secretaria Adjunta de Gestão de Regularidade Ambiental
Diana Castro
Secretaria Adjunta de Gestão de Recursos Hídricos e Clima
Veronica Bittencourt
Secretaria Adjunta de Gestão Administrativa e Tecnológica
Maria do Socorro Vasconcelos Colares
Diretor de Tecnologia e Informação
Cassio Cabral Rodrigues
Colaboradores
Evaldo Pereira Ribeiro – Gerente Desenvolvimento de Sistemas / Eng. Computação
Fernando Felipe Soares Almeida – Estagiário de Nível Superior / Eng. Ambiental
Lilia Maria Santana dos Santos - Técnico em Gestão de Infra-estrutura/ Arquiteta
Mateus Correa Lima – Técnico em Gestão de Informática / Ciência da Computação
Raimundo Jorge Raiol – Auxiliar Técnico / Técnico Agrícola
Renato Augusto Soares Rodrigues – Téc. em Gestão Agropecuária/Eng. Agrônomo
Valdete Monteiro Cardoso – Coordenadora de Gestão de Pessoas.
Wasly Silva Paumgartten – Assistente Administrativo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Biblioteca da SEMAS)
Pará. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
Compostagem institucional e doméstica: um estudo prático para aproveitamento de parte
dos resíduos orgânicos na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade /
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará – SEMAS/PA – Belém :
SEMAS, 2018.
49f.
1. Resíduos Sólidos. 2. Resíduos Orgânicos. 3. Compostagem. I. Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Sustentabilidade. II. Título.
CDD 22. ed. 346.044
AGRADECIMENTOS
A concretização deste projeto não teria sido possível sem a
colaboração, estimulo e empenho de diversas pessoas que de forma direta ou
indireta se envolveram neste trabalho:
À equipe da Diretoria de Tecnologia da Informação –
DTI/SAGAT/SEMAS
À Equipe da Gerencia de Serviços – GESER/DGAF/SAGAT/SEMAS
Aos servidores Gláucio Ilan Oliveira Torres
(DIMEH/SAGRH/SEMAS) e Flavia Cardoso Farias (DIGEO/SAGRA/SEMAS)
Ao servidor Silvio Levy Araújo, Analista da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA.
Ao Professor Doutor Sergio Antônio Lopes de Gusmão e Mestre Luiz
Augusto Silva de Sousa, professores da Universidade Federal Rural da Amazônia.
Aos funcionários que prestam serviços terceirizados na SEMAS: Luiz
Santos (Jardinagem), Lúcio Silva (Jardinagem), Sandra Alves (Copa), Izabel Dias
(Cozinha) e o ex-funcionário Alberto Gaia (Jardinagem)
Gostaria de expressar toda a minha gratidão e apreço contribuíram
para que esta tarefa se tornasse uma realidade. A todos quero manifestar os meus
sinceros agradecimentos.
LISTA DE APENDICE
APENDICE A – Reaproveitamento de materiais durante a confecção de parte dos
recipientes para compostagem.
APENDICE B – Utilização do composto orgânico obtido através da compostagem
doméstica.
APENDICE C – Utilização do composto orgânico obtido através da compostagem
doméstica.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 ................................................................................................................. 20 FIGURA 2 .................................................................................................................. 20 FIGURA 3 ................................................................................................................. 25 FIGURA 4 .................................................................................................................. 26 FIGURA 5 ................................................................................................................. 26 FIGURA 6 .................................................................................................................. 27 FIGURA 7 ................................................................................................................. 27 FIGURA 8 .................................................................................................................. 28 FIGURA 9 ................................................................................................................. 28 FIGURA 10 ................................................................................................................ 29 FIGURA 11 ............................................................................................................... 30 FIGURA 12 ................................................................................................................ 30 FIGURA 13 ............................................................................................................... 30 FIGURA 14 ................................................................................................................ 31 FIGURA 15 ............................................................................................................... 31 FIGURA 16 ................................................................................................................ 32 FIGURA 17 ............................................................................................................... 32 FIGURA 18 ................................................................................................................ 33 FIGURA 19 ............................................................................................................... 33 FIGURA 20 ................................................................................................................ 34 FIGURA 21 ................................................................................................................ 34 FIGURA 22 ................................................................................................................ 35 FIGURA 23 ................................................................................................................ 36 FIGURA 24 ................................................................................................................ 36 FIGURA 25 ................................................................................................................ 37
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SEMAS SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE
RSU RESÍDUOS SÓLDOS URBANOS
PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
ABRELPE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS
ESPECIAIS
IPEA INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA
CEMPRE COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM
TJEPA TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ
C/N CARBONO/NITROGÊNIO
PH POTENCIAL HIDROGENIÔNICO
SUMÁRIO
1 Introdução ............................................................................................................. 9 2 Objetivos: ........................................................................................................... 11
2.1 Geral .............................................................................................................. 11 2.2 Específicos .................................................................................................... 11
3 Justificativa ......................................................................................................... 12 4 Metodologia ........................................................................................................ 13 5 Proposta de execução das metas ....................................................................... 14 6 Recursos ............................................................................................................. 15
6.1 Equipe funcional ........................................................................................... 15 6.2 Recursos materiais ....................................................................................... 15
7 Referencial Teórico ............................................................................................. 16 7.1 - Lixo ............................................................................................................ 16 7.2 - Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) .............................................................. 16 7.2.1 Resíduos Orgânicos ................................................................................. 18 7.3 Compostagem .............................................................................................. 18 7.3.1 - Exemplos de Ações de Compostagem Institucional e Doméstica pelo Brasil ................................................................................................................... 19 7.3.2. Fatores que influenciam no processo da compostagem) ......................... 20 7.3.2.1. Relação Carbono/Nitrogênio (C/N) ....................................................... 21 7.3.2.2. Temperatura .......................................................................................... 21 7.3.2.3. Umidade ................................................................................................. 22 7.3.2.4. Potencial Hidrogeniônico (Ph) ............................................................... 22 7.3.2.5. Aeração .................................................................................................. 22 7.3.2.6. Granulometria (Tamanho das partículas) .............................................. 23
8. Processo experimental de compostagem na SEMAS ........................................... 23
8.1 Levantamento sobre o quantitativo de resíduos orgânicos gerados ............. 23 8.2 Conscientização Sobre a Triagem dos Resíduos ......................................... 25 8.3 Recipientes para compostagem (composteiras) e coleta de resíduos .......... 26 8.4 Fases do processo experimental de compostagem na SEMAS ................... 27 8.4.1. Processo de compostagem e materiais utilizados .................................... 27 8.4.2. Manejo dos resíduos em fase compostagem ............................................ 32 8.4.3. Utilização do Composto e do Efluente líquido orgânico ............................ 35 8.4.4. Mini Palestras e do Projeto de Compostagem na SEMAS ........................ 37
9 Considerações finais ............................................................................................. 38 Referências
9
1. INTRODUÇÃO
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS, tem a
missão institucional de promover a gestão ambiental integrada, compartilhada e eficiente,
compatível com o desenvolvimento sustentável, assegurando a preservação, a
conservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida, contando com 734
(setecentos e trinta e quatro) servidores em seu quadro funcional.
Quanto aos aspectos fundamentais para melhorar o ambiente de trabalho
destacaram a necessidade de melhoria nas condições mais adequadas para que possam
desenvolver melhor as suas atividades, foi realizado um processo de reforma predial, na
qual foi entregue em março de 2018, Restaurante self service, rampa de acesso,
bicicletário, nova fachada, câmeras de vigilância e elevadores elétricos. Além do
restaurante self service, espaço coletivo no 2º andar, equipado com micro-ondas e outros
equipamentos, para servidores que preferem levar a própria alimentação.
Com a inauguração do restaurante, a Secretaria visa ofertar diariamente em
média para 100 (cem) servidores refeição diária, com funcionamento de segunda a sexta
das 7h30min às 14h com a oferta de café da manhã, almoço e lanches, com preço
acessível e ambiente saudável para a realização das refeições dos servidores e
colaboradores.
Ressalta-se também que a SEMAS fornece café diariamente e gratuitamente a
todos os seus servidores, com gastos de 4 quilos de café por dia. Neste contexto, foi
constatado e gerados com os preparos das refeições e do café cerca de 45 kg de
resíduos orgânicos por semana, ou seja, com esses dados é possível estimar que
mensalmente são produzidos cerca de 182 kg de resíduos orgânicos e anualmente a
quantidade dos resíduos orgânicos gerados pode chegar a um valor aproximado de 2
(duas) toneladas (apenas borra de café, folhosas, cascas e restos de frutas e verduras em
geral, que são produzidos no restaurante e na copa da SEMAS).
Neste cenário, verificou-se que os resíduos eram destinados ao aterro sanitário
e não havendo nenhuma forma de aproveitamento e seleção dos mesmos, foi verificada a
possibilidade de se fazer um aproveitamento de tais resíduos e transformá-los em adubo
10
orgânico, destacando a importância em reduzir a quantidade de lixo produzido, assim
como fazer seleção do descarte dos referidos materiais.
Isto posto, torna-se necessário conscientização dos servidores e colaboradores
da SEMAS em relação aos benefícios que o sistema de coleta seletiva e realização de
compostagem poderá impactar, nas ações de educação ambiental, assim como a
utilização de adubo orgânico produzido e que poderão ser destinados nos ambientes de
jardinagem da SEMAS, reduzindo financeiramente o erário da administração deste órgão
ambiental, como redução de gastos na compra de adubos para jardinagem.
Destarte, com a necessidade de promover um ambiente efetivamente
saudável, faz-se necessária a realização de oficinas junto aos servidores, colaboradores e
Instituições parceiras, garantindo assim a qualidade de vida e preservação do meio
ambiente.
Neste sentido, como forma de implantação do processo de compostagem na
Secretaria, o presente projeto objetiva, contribuir e mobilizar a participação dos servidores
/ colaboradores a obter práticas de coleta seletiva dos resíduos e reaproveita-los,
diminuindo assim, a quantidade dos mesmos nos lixões ou aterro sanitário.
11
2. OBJETIVOS:
2.1 GERAL:
Efetuar compostagem de resíduos orgânicos gerados na SEMAS,
possibilitando o reaproveitamento de materiais que antes seriam descartados,
minimizando os problemas gerados pelo descarte inadequado dos resíduos e
incentivando os servidores à prática da compostagem doméstica através de oficinas
educativas como forma de obter melhor qualidade de vida.
2.2 Específicos:
Realizar levantamento do quantitativo de resíduos orgânicos gerados na SEMAS,
com potencial para compostagem;
Reaproveitar os resíduos orgânicos oriundos na Secretaria;
Demonstrar através de ações práticas e sustentáveis, como o processo da
compostagem poderá ser implantado na SEMAS;
Realizar oficinas de compostagem com os servidores da SEMAS, no intuito de
capacitá-los e estimulá-los à prática da compostagem doméstica no dia a dia em
suas residências;
Produzir um composto orgânico de qualidade e que sirva como fertilizante para
auxiliar na adubação das áreas verdes existentes na SEMAS;
Adequar-se aos procedimentos de compostagem, conforme estabelece as normas
da Lei Federal 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), Decreto
7.404/2010 (Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT/ gestão da
compostagem dos resíduos orgânicos), assim como os decretos Estaduais N°
1.230 e 1.354 publicados em fevereiro e agosto de 2015 respectivamente.
12
3. JUSTIFICATIVA
A sede da SEMAS, recebeu em março de 2018, novos espaços após a
conclusão das obras de ampliação e reforma e entre esses espaços, está um restaurante
self service, onde as refeições são preparadas e comercializadas por uma empresa
terceirizada.
No restaurante, há uma considerável geração de resíduos orgânicos
principalmente durante o preparo das refeições, onde ocorre o descarte de cascas de
frutas e legumes, restos de folhosas, cascas de ovos etc. Há também uma considerável
geração de borra de café, que é produzida na copa da SEMAS durante o preparo do café
que é distribuído diariamente para todos os servidores.
Além dos resíduos produzidos durante o preparo das refeições e do café,
existe também resíduos oriundos das sobras deixadas nos pratos dos servidores tanto
dos que frequentam o restaurante, quanto dos que frequentam o refeitório (local destinado
aos servidores que trazem suas próprias refeições de casa).
Há também a geração de resíduos orgânicos em pequenas quantidades como
cascas de bananas restos de maçã etc, oriundos de servidores que eventualmente ou
frequentemente levam frutas de casa para consumir no horário do lanche em seus
respectivos setores.
Neste contexto, percebe-se claramente que a Instituição não possui práticas de
coletas seletivas em que sensibilizem os servidores e colaboradores a reduzir os impactos
ambientais. Ressaltando que os resíduos sólidos orgânicos, consequentemente são
oriundos das próprias atividades humanas e que influenciam descarte nos lixões e aterros
sanitários e no meio ambiente.
Com os dados observados é necessário sensibilizar os servidores e
colaboradores a conscientizar a mudanças de hábitos, por meio de educação ambiental,
visando uma melhor qualidade de vida com preservação do meio ambiente, reduzindo
gradativamente as quantidades de resíduos orgânicos descartados em aterros sanitários
e lixões. Uma vez que, depositados nos referidos locais, podem produzir várias
consequências ambientais, caso não haja um tratamento adequado, tais como: chorume
13
(tóxico), mau cheiro, contaminações no lençol freático e emissão de gases de efeito
estufa.
Com base no exposto acima e para propor alternativa de aproveitamento de
resíduos sólidos, iniciou-se em maio de 2018 a implementação de compostagem
Institucional e doméstica na SEMAS, através de educação ambiental, incentivando os
servidores e colaboradores através de práticas sustentáveis com o reaproveitamento de
resíduos orgânicos que eram consideradas como rejeitos.
4. METODOLOGIA
O foco inicial do projeto de compostagem na SEMAS, é realizar oficinas
práticas sobre compostagem para os servidores da instituição, tanto em escala doméstica
quanto em escala mais ampla (institucional), objetivando também, compostar a maior
parte possível de todos os resíduos orgânicos potencialmente comportáveis que são
gerados na SEMAS.
Inicialmente, as oficinas práticas e demonstrativas, terão caráter experimental
em um local provisório dentro da Secretaria, bem como os recipientes utilizados
(recipientes de coleta seletiva e composteiras que serão cedidas temporariamente pelo
autor do projeto, que possui experiência com a compostagem).
As oficinas e ou demonstrações práticas, serão previamente agendadas e
realizadas preferencialmente após o horário de expediente dos palestrantes, essas
condições precisam ser estabelecidas para que não haja comprometimento no
andamento das atividades exercidas por cada um dentro da Secretaria em seus
respectivos horários de expediente.
Após a apresentação dos resultados iniciais deste projeto, será verificado junto
à SEMAS, a questão da construção ou adaptação de um espaço na Secretaria, para que
se possa realizar a compostagem dos resíduos orgânicos gerados na mesma, bem como
realização de oficinas práticas sobre compostagem doméstica para os servidores.
14
5. PROPOSTA DE EXECUÇÃO DAS METAS:
ATIVIDADES 05/18 06/18 07/18 08/18 09/19 10/18 11/18 12/18
Levantamento referente à
quantidade de resíduos
orgânicos gerados durante
o preparo de refeições no
restaurante da SEMAS e
também referente a borra
de café que é gerada na
copa.
X
Disponibilização dos
recipientes para coleta
seletiva de resíduos
orgânicos e recipientes
para compostagem.
X
Prática da Compostagem X X X X X X X
Utilização do composto. X X X
Treinamento da equipe que
ficará responsável pela
prática diária da
compostagem.
X
X
X
Composição de uma
equipe formada por
servidores efetivos
(preferencialmente) que
ficará responsável pela
supervisão do processo de
compostagem.
X
X
Construção de espaço para
realização das atividades
de compostagem (GESER)
X
X
X
Realização de oficinas
sobre compostagem
doméstica para servidores
da SEMAS
X
X
X
X
Acompanhamento X X X X X X
15
6. RECURSOS
Os recursos necessários pra a instalação do projeto, além dos materiais físicos
(baldes reaproveitados), estão nas habilidades profissionais e no dia a dia da
compostagem doméstica que já é praticada por alguns dos membros da equipe do
projeto.
6.1 EQUIPE FUNCIONAL:
Profissionais da área de Tecnologia da Informação;
01 Arquiteto;
01 Técnico Agrícola;
Jardineiros;
01 Engenharia Ambiental (Estagiário);
01 Engenheiro Agrônomo.
6.2 RECURSOS MATERIAIS:
Materiais específicos de baixo custo e ou reaproveitados:
Baldes de margarina reaproveitados.
Lixeiras reaproveitadas
Pedaços de canos reaproveitados
Pedaços de telhas reaproveitadas
Ferramentas de jardinagem
Ratifica-se que serão aproveitados os materiais e mão de obra já existentes na
instituição e também materiais cedidos temporariamente (composteiras construídas com
baldes reaproveitados) pelo autor do projeto, assim o custo material do projeto
experimental será nulo para a Secretaria.
Com relação à mão de obra, ficará a cargo da equipe de jardinagem da
SEMAS, que receberá o treinamento e acompanhamento devido e atuarão como
“auxiliares de compostagem” na SEMAS.
16
Considerando uma quantidade média de 8,4 kg de resíduos orgânicos
produzidos por dia, (vide tabela 1 para mais detalhes) a atividade diária de compostagem
e manejo, não demandará mais que 15 min/dia.
7 - REFERENCIAL TEÓRICO
Este referencial teórico abordará os tópicos pertinentes à compostagem de
forma superficial, para um maior aprofundamento sobre os assuntos em questão, o leitor
deverá procurar fontes especializadas no assunto, uma vez que o objetivo principal deste
trabalho é demonstrar a compostagem na prática, porém, vale ressaltar que um bom
entendimento mesmo que mínimo (como será abordado a seguir) sobre o assunto teórico,
contribuirá para a eficácia do processo prático da compostagem.
7.1 - LIXO
A definição de lixo está relacionada a um produto que foi descartado e que não
possui nenhum valor para reaproveitamento.
A ideia é que o lixo seja descartado e de preferência não tenhamos mais contatos com ele. Portanto, as causas do lixo é puramente uma ação humana de descarte de um produto. Se você observar bem, na natureza o ser humano é o único animal que produz lixo. Em uma linguagem mais técnica, Lixo que pode ser reaproveitado de alguma forma, passa a se chamar resíduo sólido. O que não pode ser aproveitado se chama então de rejeito. (GLEYSSON, 2018)
7.2 - RESÍDUOS SÓLDOS URBANOS (RSU)
De acordo com a lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), os RSU são constituídos pelos seguintes resíduos: domiciliares, limpeza
urbana, de saneamento básico entre outros.
A sanção da Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, trouxe diversas diretrizes, objetivos e responsabilidades para toda a sociedade brasileira. No que tange aos resíduos orgânicos, implantar sistemas de compostagem e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido são claramente
17
estabelecidas como obrigações dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos, por meio do inciso V do artigo 36. (Brasil, 2017 p 5)
Na citação abaixo, encontra-se o trecho da PNRS, no qual foi mencionado
anteriormente.
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos: V - Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido;
No estado do Pará, existem os decretos 1.230 e 1.354 publicados em fevereiro
e agosto de 2015 respectivamente, tais decretos estabelecem diretrizes para a promoção
do desenvolvimento sustentável nas contratações realizadas pela Administração Pública
Estadual. Os decretos mencionados, ambos em seu artigo 7°, inciso II, na alínea b
estabelecem medidas em relação aos resíduos sólidos incluindo procedimentos de
compostagem, conforme citado abaixo:
Art. 7º Consideram-se obrigações contratuais que visam à promoção da sustentabilidade nas contratações públicas, dentre outras: II – Adoção das seguintes medidas em relação aos resíduos sólidos: b) destinação final ambientalmente adequada, por meio de reutilização, reaproveitamento, reciclagem, compostagem, geração de energia, tratamento ou disposição final.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (ABRELPE), somente no ano de 2017, no Brasil, foram geradas 78,4 milhões
de toneladas de RSU e desse montante, 71,5 milhões de toneladas foram devidamente
coletados, porém, o restante, 6,9 milhões de toneladas não foi devidamente coletado e
consequentemente tiveram destino impróprio.
Com relação à disposição final do total de RSU que foram coletados (71,5
milhões de toneladas), parte deles, cerca de 42,3 milhões de toneladas, seguiu para
locais adequados, ou seja, foram dispostos em aterros sanitários. O restante dos resíduos
que fora devidamente coletados, totalizando mais de 29 milhões de toneladas, tiveram
uma destinação inadequada por 3.352 municípios brasileiros, que os depositaram em
lixões ou aterros controlados onde não há um conjunto de sistemas e medidas
necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações que prejudicam
18
diretamente a saúde de milhões de pessoas e consequentemente provocam gastos com
saúde pública.
Ainda conforme ABRELPE, o mercado de limpeza urbana no Brasil
movimentou no ano de 2017, recursos correspondentes a R$ 28,5 bilhões no país e com
relação à geração de empregos diretos no setor de limpeza pública, cerca de 337 mil
pessoas são formalmente empregadas.
7.2.1. RESÍDUOS ORGÂNICOS
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos são
formados principalmente por restos de animais ou vegetais descartados de ações
humanas, tais resíduos possuem origens diversas, como urbana ou doméstica (podas de
árvores, gramado e restos de alimentos), agrícola ou industrial (resíduos de agroindústria
alimentícia, indústria madeireira, frigoríficos etc.) há também resíduos orgânicos oriundos
das atividades de saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos) entre
outras.
Conforme estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), cerca
de 57% do total de RSU gerados no Brasil, é composto por resíduos orgânicos com
grande potencial para compostagem, que é uma alternativa para dar uma melhor
destinação ao material orgânico, conforme previsto no PNRS.
7.3 – COMPOSTAGEM
A compostagem é uma forma de transformar resíduos orgânicos em adubo, tal
transformação ocorre através de um processo natural e biológico de decomposição, no
qual, microrganismos como fungos e bactérias, degradam a matéria orgânica
transformando-a em húmus, onde, ao final do procedimento, obtêm-se um produto
orgânico rico em nutrientes para enriquecimento do solo, além disso, o processo de
compostagem favorece na redução do volume de resíduos orgânicos que são destinados
diariamente aos aterros sanitários.
19
De todo o lixo que nós produzimos, mais da metade é aquele que chamamos de orgânico: restos e cascas de alimentos, basicamente. Todo esse material acaba indo para os aterros sanitários e se degradando de forma inadequada, gerando mau cheiro, atraindo animais que podem causar doenças e aumentando o risco de contaminação de água e solos (por conta do efluente líquido). Quase todo esse lixo orgânico poderia ser tratado nas casas das pessoas, através de um processo de compostagem, que possibilita que ele retorne, em forma de adubo, à natureza. A compostagem é um processo ainda não muito conhecido, mas que vem ganhando cada vez mais adeptos. (MUNIZ, 2017).
Com base em informações da associação Compromisso Empresarial para
Reciclagem (CEMPRE), em 2015, apenas cerca de 5% dos resíduos orgânicos gerados
no Brasil foi compostado, com isso, percebesse que a prática da compostagem no Brasil
ocorre de forma mínima, tanto por parte de instituições públicas e privadas quanto por
parte da população, que também poderia realizar a compostagem em escala doméstica.
Geralmente em ambientes naturais e equilibrados, os resíduos orgânicos se
degradam naturalmente, porém, quando resultantes de atividades humanas,
principalmente em locais urbanos, podem gerar sérios danos ambientais, como a
proliferação de vetores, mau cheiro, contaminações e etc, caso não recebam um
tratamento adequado, como por exemplo, a compostagem.
Segundo Brasil 2017, existem projetos brasileiros e diversas experiências
positivas com o aproveitamento de resíduos orgânicos, onde se tem explorado com
sucesso, técnicas de compostagem e também de formas inovadoras, a gestão dos
resíduos orgânicos, demonstrando diferentes opções de como aproveitar o potencial de
descentralização na gestão destes resíduos e gerando diversos benefícios econômicos,
sociais e ambientais em comparação com o paradigma atual predominante no Brasil, que
é o aterramento de resíduos orgânicos, mesmo assim, ainda há muitas dificuldades em
explorar este potencial como política pública no País.
7.3.1 - Exemplos de Ações de Compostagem Institucional e Doméstica pelo Brasil:
No Tribunal de Justiça do Pará, existe um projeto que reutiliza a borra de café
no processo de compostagem, conforme figura 1 abaixo.
20
Figura 1: Compostagem com borra de café no TJPA.
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Pará, 2018
Em outras regiões do Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, existem
diversas iniciativas com projetos de compostagem tanto a nível institucional quanto
doméstica, conforme alguns exemplos na imagem abaixo:
Figura 2: Exemplos com projetos de compostagem pelo Brasil
Fonte: Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul,2018.
7.3.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO DA COMPOSTAGEM
Para que a compostagem ocorra de forma mais apropriada (sem gerar odores,
atrair moscas, baratas, ratos, etc.) é necessário que haja um acompanhamento frequente
durante o processo da compostagem, pois fatores como, relação C/N (Carbono/
Nitrogênio), temperatura, umidade, pH e aeração, precisam ser observados em todos os
estágios do processo. O tamanho dos resíduos (granulometria), que são inseridos
inicialmente na composteira, também influencia no processo (CAPRARA, 2016).
21
7.3.2.1 RELAÇÃO CARBONO/NITROGÊNIO (C/N)
A maioria dos autores é unânime sobre a relação C/N ser um dos fatores mais
importantes no processo da compostagem.
Carbono (C): fonte básica de energia para as atividades vitais dos
microrganismos;
Nitrogênio (N): fonte básica para a reprodução celular dos microrganismos.
Cada tipo de matéria orgânica possui em sua composição química, percentuais
de Carbono (C), Nitrogênio (N) entre outros elementos e durante a decomposição de tais
resíduos, os microrganismos absorvem C e N da matéria orgânica na relação aproximada
de 30/1 (trinta partes de Carbono e uma de Nitrogênio) nas fases iniciais (podendo variar
de acordo com a composição de cada material). Caso haja um desequilíbrio na relação
C/N, a atividade microbiológica do processo da compostagem fica comprometido,
causando odores se a relação for muito baixa, ou tornando o processo de compostagem
mais lento, se a relação for muito alta (CAPRARA, 2016).
Em termos práticos, para cada 1/3 de resíduos orgânicos, (fonte principal de de
N), adiciona-se 2/3 de matéria vegetal seca (rica em C), como serragem de madeira não
tratada, folhas e grama seca.
7.3.2.2 TEMPERATURA
Durante o processo de compostagem, a temperatura é considerada o principal
parâmetro que indica o início da intensa atividade microbiológica sobre os resíduos
orgânicos. Do ponto de vista sanitário, temperaturas entre 45 e 65 ºC, são benéficas, pois
eliminam microrganismos patogênicos, larvas de insetos e sementes de ervar daninhas.
Por outro lado, temperaturas superiores a 65º C podem inibir a ação dos microrganismos
que atuam na decomposição dos resíduos orgânicos (MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARANÁ, 2013).
22
7.3.2.3 UMIDADE
Segundo Capara (2016), a umidade é um fator fundamental para a atividade
metabólica e fisiológica dos microrganismos, a autora também afirma que a umidade ideal
pode variar entre 40% e 60%, segundo ela, valores acima de 65% ocasiona na redução
da quantidade de oxigênio do sistema, devido aos espaços vazios serem preenchidos por
água e isso faz com que ocorram maus odores. Por outro lado, ainda segundo a autora
citada, caso a umidade esteja abaixo de 40% no inicio do processo, ocorre a redução da
atividade biológica, aumentado assim, o tempo de compostagem.
7.3.2.4 POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (PH)
O pH consiste em um índice que serve para indicar a acidez, neutralidade ou
alcalinidade de um meio qualquer.
Segundo Massukado 2016, durante a fase inicial de compostagem, o pH deve
estar compreendido, preferencialmente, entre uma faixa de 5,5 e 8,0 para que o processo
se desenvolva de forma adequada. Níveis de pH abaixo de 5,0 provocam redução
significativa da atividade microbiológica, e a massa orgânica pode não alcançar a fase
termofílica. Por outro lado, ainda segundo a autora citada, valores elevados (acima de
9,0) provocam deficiência de fósforo e de micronutrientes, e o nitrogênio é convertido para
amônia, tornando-se indisponível para os micro-organismos.
7.3.2.5 AERAÇÃO
Para que ocorra uma transformação adequada da matéria orgânica em adubo
orgânico, a presença de oxigênio é um fator fundamental, devido ao processo ser
predominantemente aeróbio. Caso haja uma drástica diminuição no fornecimento de
oxigênio, outros tipos de microrganismos são ativados e a decomposição passa a ser
anaeróbica, que possui como principal característica a emissão de mau cheiro. Portanto,
23
o revolvimento controlado da matéria orgânica em fase de compostagem é fundamental
para garantir oxigênio necessário às atividades biológicas (MASSUKADO, 2016).
7.3.2.6. GRANULOMETRIA (Tamanho das partículas)
O conteúdo da matéria orgânica em fase de compostagem deve ser constituído
por partículas cujo tamanho facilite tanto a aeração quanto a retenção de temperatura,
pois, durante o processo de compostagem a massa orgânica formada por partículas muito
pequenas de resíduos pode diminuir os espaços vazios de ar na matéria em
compostagem, fator que dificulta a aeração da massa orgânica. Por outro lado, caso a
matéria orgânica seja formada por resíduos com dimensões muito grandes, a mesma
torna-se muito porosa, prejudicando a manutenção da temperatura (MASSUKADO, 2016).
8. PROCESSO EXPERIMENTAL DE COMPOSTAGEM NA SEMAS
Este capítulo relatará como se deu o projeto experimental de compostagem na
SEMAS, com isso, objetiva-se transmitir de forma objetiva e clara, o passo a passo para
realização do processo, desde o início, até à utilização do adubo orgânico produzido.
8.1. LEVANTAMENTO SOBRE O QUANTITATIVO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS
GERADOS
Inicialmente foi efetuado levantamento durante uma semana para verificar a
quantidade de determinados resíduos orgânicos (exceto restos de comida) gerados em
dois ambientes na SEMAS, conforme tabela 1 a seguir:
24
Tabela 1: Levantamento sobre a quantidade de resíduos gerados (Apenas no restaurante e na
copa da SEMAS referente ao preparo do almoço).
DIA ORIGEM COMPOSIÇÃO PESO
31/05/2018 (Sexta Feira)
Preparo do Almoço (Restaurante)
Cascas e Talos Diversos, Cascas de Ovos, Pequenas Sobras de Frutas, Verduras e Folhosas.
3,100 KG
Café (Copa SEMAS) Borra de Café
5,00 KG
Total/Dia 8,10 KG
DIA ORIGEM COMPOSIÇÃO PESO
01/06/2018 (Segunda Feira)
Preparo do Almoço (Restaurante)
Cascas e Talos Diversos, Cascas de Ovos, Pequenas Sobras de Frutas, Verduras e Folhosas.
5,800 KG
Café (Copa SEMAS) Borra de Café
5,00 KG
Total/Dia 10,800 KG
DIA ORIGEM COMPOSIÇÃO PESO
02/06/2018 (Terça Feira)
Preparo do Almoço (Restaurante)
Cascas e Talos Diversos, Cascas de Ovos, Pequenas Sobras de Frutas, Verduras e Folhosas.
4,350 KG
Café (Copa SEMAS) Borra de Café
5,00 KG
Total/Dia 9,350 KG
DIA ORIGEM COMPOSIÇÃO PESO
03/06/2018 (Quarta Feira)
Preparo do Almoço (Restaurante)
Cascas e Talos Diversos, Cascas de Ovos, Pequenas Sobras de Frutas, Verduras e Folhosas.
4,100 KG
Café (Copa SEMAS) Borra de Café
5,00 KG
Total/Dia 9,100 KG
DIA ORIGEM COMPOSIÇÃO PESO
04/06/2018 (Quinta Feira)
Preparo do Almoço (Restaurante)
Cascas e Talos Diversos, Cascas de Ovos, Pequenas Sobras de Frutas, Verduras e Folhosas.
3,300 KG
Café (Copa SEMAS) Borra de Café
5,00 KG
Total/Dia 8,300 KG
Total Semanal 45,650 KG
Média Diária ~ 9,13 KG
Total Mensal ~ 182,00 KG
Total Anual ~ 2.191,20
KG
25
No levantamento não foram mensurados restos de alimentos cozidos (carnes,
arroz, feijão etc), tais alimentos também podem ser compostados, porém, necessita uma
atenção especial devido à presença de sal, óleo etc, que podem comprometer a qualidade
do adubo orgânico produzido ao final do processo de compostagem.
Com base no levantamento, foi possível estimar as possibilidades de
recipientes de compostagem que pudessem ser utilizados, bem como suas respectivas
capacidades para suprirem as necessidades diárias. Mais uma vez, ressalta-se que o
cenário observado contemplou apenas parte dos resíduos orgânicos gerados no preparo
das refeições - restaurante e no preparo do café - copa, conforme foi demostrado
anteriormente na tabela 1.
A figura 3 demonstra alguns dos momentos das pesagens dos resíduos
durante a fase de levantamento, conforme registrados na tabela anterior.
Figura 3: Momento da pesagem dos resíduos, durante a fase de levantamento.
8.2. Conscientização Sobre a Triagem dos Resíduos
Durante a etapa do levantamento, os colaboradores da cozinha do restaurante
e da copa da SEMAS, receberam as devidas instruções sobre a importância que eles
exercem no início do processo, efetuando a correta separação no momento da geração
dos resíduos orgânicos, pois sem essa importante parceria na triagem, todo o processo
da compostagem poderá ser comprometido a ponto de influenciar na qualidade final do
adubo produzido. Na oportunidade, os colaboradores em questão, participaram de uma
oficina demonstrativa sobre compostagem.
26
8.3 RECIPIENTES PARA COMPOSTAGEM (COMPOSTEIRAS) E COLETA DE
RESÍDUOS.
Durante a realização do levantamento de resíduos gerados, conforme descrito
anteriormente, foram disponibilizados recipientes específicos para coletar apenas os
resíduos orgânicos produzidos nas fontes geradoras (cozinhas do restaurante da SEMAS
e copa).
A figura 4 mostra recipientes posicionados na copa da SEMAS, para coleta de
borra de café (dois baldes de 10L cada), o balde da parte de cima possui furos para que
quando a borra for depositada, o excesso de líquidos escorra e se armazene no balde
inferior. Esse processo é opcional e foi adotado devido facilitar o manejo inicial no
momento de preparação do composto.
Figura 4: Disponibilização de recipientes na copa da SEMAS para coleta da borra de café.
A figura 5 a seguir, mostra os recipientes posicionados aos fundos do
restaurante da SEMAS (ao lado da porta da cozinha) para coleta de resíduos orgânicos
(exceto restos de comida). Foram disponibilizados dois baldes com capacidade de 15L
cada. Geralmente, apenas no restaurante, é coletado um balde desse cheio todos os dias.
Figura 5: O recipiente
usado antes e o recipiente usado depois.
27
Em relação à destinação ambientalmente adequada para os demais resíduos
sólidos (plásticos, garrafas PET, papelão etc) que não foram utilizados durante a
execução do projeto experimental sobre compostagem, estão sendo planejadas tratativas
para os mesmos por parte de outra equipe interna na Secretaria.
8.4. FASES DO PROCESSO EXPERIMENTAL DE COMPOSTAGEM NA SEMAS
8.4.1. PROCESSO DE COMPOSTAGEM E MATERIAIS UTILIZADOS
Resíduos orgânicos (fonte de N), coletados nas fontes geradoras conforme figura 6.
Figura 6: Resíduos orgânicos coletados na cozinha do restaurante e copa da SEMAS.
Matéria vegetal seca (conforme figura 7 abaixo): Serragem de madeira “não
tratada”, folhas e podas de grama e árvores trituradas (fonte de C).
Atenção, serragem de madeira tratada com produtos químicos não é indicada,
pois prejudica os microrganismos que são benéficos ao processo de compostagem.
Figura7: Matéria vegetal seca utilizada como fonte rica em carbono.
28
Foram utilizadas como fonte rica em C, podas de árvores e folhas trituradas
pelas Centrais Elétricas do Pará - CELPA, parte desse material, conforme figura 8, é
doado à Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA onde o Instituto de Ciências
Agronômicas - ICA da universidade em questão utiliza em suas atividades de
compostagem. Após contatos com a UFRA, a mesma doou parte do material para o
projeto de compostagem na SEMAS.
Composteira: São recipientes utilizados para armazenar os resíduos
orgânicos para serem transformados em adubo.
Conforme figura 9 a seguir, foram utilizadas composteiras caseiras, construídas
com baldes de margarina reaproveitados.
De forma opcional, pode-se utilizar papel contact, fitas de demarcação ou tintas
específicas (tinta automotiva), para customização dos recipientes.
Os baldes em questão podem ser adquiridos em supermercados, padarias ou
em casas especializadas em vender recipientes reutilizados e podem custar entre 4 a 8
reais, dependendo do local, geralmente em grandes supermercados os valores são mais
em conta.
Em momentos oportunos, pretende-se montar oficinas para construção de
composteiras domésticas.
Figura 8: Podas de galhos e folhas de árvores trituradas obtidas na UFRA.
29
Uma composteira doméstica, geralmente contém pelo menos dois recipientes,
sendo um (coletor) para coleta do efluente líquido – conforme nº 1, ilustrado na figura 9
acima e demais recipientes digestores, onde ocorre a transformação dos resíduos
orgânicos em adubo – conforme nº 2 e 3 na figura 9 acima.
O efluente líquido é um dos resultantes da decomposição da matéria orgânica
e que serve como biofertilizante (deve ser diluído em água antes do uso, na proporção
1:10, ou seja, uma parte de efluente líquido para dez partes de água).
Os baldes digestores (conforme numeração 2 e 3 na figura 9) possuem furos
no fundo (conforme nº 5 na figura 9) para que o efluente líquido escorra e se armazene no
balde coletor, também nesse balde, foi instalado uma torneira para drenagem do efluente
líquido.
Exceto a tampa do balde do topo da composteira é mantida sem ter parte
removida, as tampas dos demais baldes devem ter a parte central removida conforme
ilustrado no nº 6 na figura 9.
Também é necessário furo nas laterais dos baldes, conforme ilustrado no nº 4
da figura 9, para que facilite a oxigenação do composto, também foi adicionado uma tela
Figura 09: Composteiras construídas com baldes de margarina (customizadas com papel contact).
Figura 10: Composteira utilizada na SEMAS.
30
nos furos laterais, para que se evite a proliferação de larvas que são depositadas por
moscas. Opcionalmente coloca-se uma tela conforme ilustrado no n° 7 da figura 9 sobre o
balde coletor. As composteira utilizadas durante o processo experimental de
compostagem na SEMAS, foram as mesmas conforme figura 10 abaixo. À medida que os
baldes digestores ficam cheios, outros baldes são adicionados ao módulo.
Ferramentas para trituração dos resíduos: Para diminuir o tamanho dos
resíduos e facilitar o processo de decomposição, utilizou-se uma espátula para “triturar”
os resíduos dentro de um balde de “preparação” antes de inserir definitivamente na
composteira, conforme figura 11 a seguir.
Figura 11: Triturando os resíduos orgânicos para compostagem utilizando uma espátula.
Após a trituração dos resíduos conforme já demonstrado, foram adicionados
serragem de madeira, galhos e folhas trituradas e grama seca, na proporção de 1/3 para
2/3, ou seja, para cada parte de matéria orgânica (rica em N) adicionou-se duas partes de
matéria vegetal seca (rica em C), conforme ilustrado na figura 12 abaixo:
Figura 12: Resíduos orgânicos (ricos em N) triturados (à esquerda) e matéria vegetal seca (rica em C), devidamente estipulada (à direita), prontos para serem misturados.
31
Para auxiliar na mistura dos conteúdos, conforme expostos anteriormente na
figura 12, utilizou-se um carrinho de mão (figura 13) como recipiente intermediário. Após a
mistura, os resíduos ficam prontos para serem inseridos na composteira.
Figura 13: Mistura dos materiais que foram exibidos na figura 12.
A “mistura” preparada na imagem anterior (figura 13) foi então inserida na
composteira e coberta com uma camada de serragem (conforme figura 14 abaixo), para
reter o excesso de umidade no interior do recipiente, que em parte, é gerada em função
do aquecimento causado pela intensa atividade de microrganismos agindo sobre a massa
orgânica.
Figura 14: Materiais inseridos na composteira.
32
Na figura 16, é mostrado a utilização de um termômetro digital, para aferir a
temperatura da massa orgânica em processo de compostagem. Um dia após ter sido
inserida na composteira, a massa orgânica atingia 47°C.
O aquecimento ocasionado nos primeiros dias na mistura da compostagem
ocorre devido ao aumento e ação intensa de microrganismos (fungos e bactérias
principalmente), atuando sobre a “massa” de resíduos orgânicos, tal aquecimento é um
importante indicativo de que o processo de compostagem se iniciou de forma adequada.
Com o decorrer do tempo, a matéria orgânica vai sendo degradada e consequentemente
ocorre a diminuição da temperatura.
Após dez dias da primeira aferição de temperatura, conforme evidenciado na
figura 16, foi efetuado uma nova aferição, conforme figura 17 a seguir, onde se constatou
uma queda de temperatura, passando de 47°C para 33°C.
Figura 17: Aferindo a temperatura da massa orgânica em processo de compostagem.
Figura 16: Aferindo a temperatura da massa orgânica em processo de compostagem.
33
8.4.2. Manejo dos resíduos em fase compostagem
O processo da compostagem de um modo em geral, não se limita apenas a
misturar resíduos orgânicos com matéria vegetal seca (folhas poda de grama etc) e
adicioná-los na composteira, outros fatores também influenciam no processo (CAPRARA,
2017), conforme foram abordados no tópico 7.3.2 deste trabalho.
A seguir serão demonstrados alguns destes fatores sendo tratados de forma
prática, durante as fases do processo de compostagem realizado na SEMAS.
Na figura 18 a seguir, é demonstrado o momento em que a massa orgânica em
fase de compostagem é revolvida, no intuito de aumentar a oxigenação e
consequentemente, aumentar a atividade dos microrganismos, tal procedimento é
realizado a cada 3 dias durante os 15 primeiros dias do início do processo.
Figura 18: revolvendo a massa orgânica para aumentar a oxigenação.
Tais procedimentos de rotina (revirar o composto a cada 3 dias) são
fundamentais para que não ocorram certos inconvenientes durante o processo, tais como,
mal cheiro ou demora excessiva para que os resíduos orgânicos sejam transformados em
adubo.
Durante o processo de compostagem, percebeu-se que em média a cada 15
dias, os resíduos orgânicos já começavam a ganhar aspecto, cor e cheiro, diferentemente
de como estavam no início do processo.
34
Na figura 19 a seguir, os resíduos orgânicos do balde digestor do lado
esquerdo, estavam no primeiro dia do início do processo de compostagem e 15 dias
depois, no mesmo balde à direita, é possível verificar os mesmos resíduos em um estágio
diferente no processo da compostagem, nessa etapa (conforme balde do lado direito da
figura 19) o excesso de líquidos (efluente líquido), já havia sido drenado pelo fundo dos
baldes digestores da composteira e armazenados nos baldes coletores, conforme
ilustrado na figura em questão.
A partir do momento em que o excesso de líquidos (efluente líquido) é
eliminado dos baldes digestores (figura 19) e também quando o excesso de umidade na
massa orgânica diminui, (os baldes digestores param de gotejar) o material em processo
de compostagem de cada recipiente digestor é movido, misturado e mantido em outro
recipiente com capacidade para 100L (figura 20) e revolvidos a cada15 dias.
Ao longo de trinta dias úteis, foram preenchidos três recipientes com a capacidade
citada anteriormente.
Após os três recipientes terem sido preenchidos (figura 20), o conteúdo dos
mesmos fora misturado (conforme figura 21) e transferidos para um único recipiente maior
(conforme figura 22).
Figura 20: Recipientes de 100 L sendo preenchidos ao longo de 30 dias.
Figura 19: comparando a massa orgânica em compostagem após 15 dias do início do processo.
35
Após a homogeneização da massa orgânica, conforme demonstrado na figura 21,
o conteúdo foi transferido para um terceiro recipiente, (uma lixeira que estava em desuso
na SEMAS, conforme figura 22) e a cada 15 dias o conteúdo foi revolvido para que
ocorresse a oxigenação. Nessa etapa, a massa orgânica permanece em maturação por,
pelo menos, mais 60 dias, até que o processo de compostagem seja completado e a
massa de resíduos orgânicos seja finalmente transformada em adubo orgânico, de modo
que os nutrientes contidos nos resíduos orgânicos se tornem disponíveis para serem
absorvidos pelas plantas.
No apêndice A deste trabalho, foi demonstrado mais detalhes sobre a adaptação
do recipiente para compostagem mencionado na figura 22.
Figura 21: Misturando e umedecendo a massa orgânica contida nos recipientes conforme figura 20.
Figura 22: Recipiente onde a massa orgânica permanecerá em maturação até o final do processo de compostagem.
36
Vale ressaltar que todos os procedimentos práticos relacionados ao processo
de compostagem descritos até então, foram executados pela equipe de jardinagem da
SEMAS sob as devidas orientações e acompanhamentos dos colaboradores e do autor
do projeto.
8.4.3. Utilização do Composto e do Efluente líquido Orgânico.
A figura 23 a seguir mostra momentos em que foram efetuadas as adubações
nas áreas verdes da SEMAS, utilizando parte do composto orgânico (parte sólida) e do
efluente líquido (fertilizante líquido) que foram originados através do processo de
compostagem iniciado em junho de 2018 e ficaram prontos na segunda quinzena de
agosto/2018.
Figura 23: Adubando áreas verdes na SEMAS com composto orgânico e efluente líquido (biofertilizante)(Agosto/2018).
Com relação à utilização do efluente líquido, o mesmo foi diluído em água, na
proporção 1:10 (uma parte de efluente líquido para 10 partes de água) e a mistura foi
mantida em repouso por três dias. Antes de ser utilizado, verificou-se o pH do
biofertilizante (conforme figura 24), que indicava 7.5 (neutro), pois níveis de acidez
elevados podem prejudicar ou matar as plantas.
Figura 24: Verificando o pH do efluente líquido (pH = 7.5).
37
No apêndice B deste trabalho (figuras 25 e 26), foi demonstrado a utilização do
composto orgânico produzido em escala doméstica para adubação de hortaliças
orgânicas.
8.4.4 Mini Palestras e Apresentações do Projeto de Compostagem na
SEMAS.
Durante as atividades práticas do projeto, foi possível agendar algumas mini
palestras e apresentações sobre o projeto de compostagem na SEMAS, conforme
demostrado na figura 25.
Figura 25: Demonstrações do processo de compostagem realizadas em junho e setembro de 2018.
38
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o projeto experimental de compostagem na SEMAS, foi possível
compostar cerca de 300 KG de resíduos orgânicos ao longo dos meses de maio, junho,
agosto e setembro / 2018. Nos três primeiros meses citados, as atividades de
compostagem ocorreram de forma alternada e o composto orgânico produzido (cerca de
140 KG) foi utilizado na adubação de áreas verdes na SEMAS.
No mês de setembro/2018 as atividades de compostagem foram realizadas
diariamente (apenas dias úteis) onde cerca de 160 KG de resíduos orgânicos foram
destinados ao processo de compostagem.
Com base nas atividades práticas realizadas no decorrer deste projeto e
considerando a quantidade de composto orgânico produzido, pode-se estimar que,
através da continuação efetiva deste projeto, possa haver uma redução anual de
aproximadamente duas toneladas de resíduos orgânicos que são destinados ao aterro
sanitário pela SEMAS, onde tais resíduos, através do processo de compostagem,
poderão retornar ao meio ambiente em forma de nutrientes para o solo e plantas. Para
isso, é necessário que haja um esforço em conjunto e contínuo por parte desta Secretaria
em monitorar a atividade de compostagem, bem como estar sempre divulgando sobre os
benefícios que a mesma pode proporcionar.
Uma das vantagens relacionada à implementação de um projeto definitivo de
compostagem institucional na SEMAS (que vai além da destinação ambientalmente
correta dos resíduos orgânicos), será a possibilidade de se aproveitar o potencial
pedagógico do processo de compostagem na gestão da educação ambiental para os
servidores da Secretaria, pois o projeto possibilitará aos servidores, vivenciar a
compostagem na prática, através de palestras, oficinas etc. sendo assim, tais servidores,
conhecendo melhor o processo prático, poderão praticar a compostagem doméstica em
suas residências e com isso espera-se reduzir os erros que geralmente ocorrem durante a
compostagem doméstica, fator que em muitos casos, acaba levando à desistência dessa
prática no ambiente doméstico.
Devido ao projeto ter sido realizado em caráter experimental e considerando as
restrições físicas do local em que o mesmo foi realizado, o número de palestras foi
39
limitado, porém, caso seja adaptado um ambiente apropriado para a continuidade do
projeto e também caso haja mais pessoas dispostas a participarem como multiplicadores
de conhecimento sobre compostagem, pretende-se realizar palestras e oficinas práticas
sobre compostagem tanto a nível institucional quanto doméstica de modo a abranger
todos os servidores da SEMAS.
REFERÊNCIAS
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GLEYSSON, About. O que é lixo, 2018. Disponivel em https://portalresiduossolidos.com/o-que-e-lixo/. Acesso em: 20 de ago. 2018.
MASSUKADO, L.M. Compostagem: nada se cria, nada se perde; tudo se transforma. Brasília: IFB, 2016, 86 p. MUNIZ, Cristal. O Que é uma composteira E Como Elas Podem Revolucionar A Lógica Do Lixo Orgânico, 2017. Disponivel em https://www.modefica.com.br/o-que-e-uma-composteira-e-como-elas-podem-revolucionar-a-logica-do-lixo- rganico/#.W5l9H8Lau70. Acesso em: 18 de ago. 2018.Pará. Secretaria Executiva de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Programa Paraense de Tecnologias Apropriadas. Compostagem: produção de adubo a partir de resíduos orgânicos. Belém: SECTAM, 2003. Disponível em: <https://www.semas.pa.gov.br/download/Cartilha%20Compostagem.pdf>. Acesso em: Agosto de 2018. TOMEDI, C.P. Utilização da compostagem de resíduos sólidos urbanos no Brasil: avaliação dos problemas ocorridos no passado e considerações para projetos futuros. Dissertação (Mestrado) Universidade de Caxias do Sul, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências Ambientais, 2016.
Mateus Correia Lima Técnico em Gestão de Informática / Bacharel em Ciência da Computação
Matrícula nº 97571479/1-SEMAS
Figura 26: Reaproveitamento de materiais originados após a reforma no prédio central da SEMAS.
APENDICE A – Reaproveitamento de materiais durante a confecção de parte
dos recipientes para compostagem.
Levando em consideração à questão da sustentabilidade ambiental e
também visando soluções de baixo custo durante a implantação do projeto
experimental de compostagem na SEMAS, foram reaproveitados materiais que
estavam em desuso na Secretaria, com isso, não houve custo algum para o Órgão.
Na figura 26 abaixo é demonstrado o material utilizado em parte do
projeto, onde: no item “1” é demonstrado lixeiras em desuso, no item “2”, é mostrado
restos de telhas e canos que estão em desuso e que foram substituídos após
reformas no prédio central da SEMAS.
Nos itens “3” e “4” da figura a seguir, são demonstrados os itens citados
anteriormente, sendo aproveitados no ambiente experimental de compostagem.
APENDICE B – Utilização do composto orgânico obtido através da
compostagem doméstica.
Na figura 27 é demonstrado um exemplo de horta orgânica fertilizada com
composto orgânico oriundo do processo da compostagem doméstica.
Figura 27: Horta orgânica fertilizada com composto orgânico. Fonte: arquivo pessoal do autor
Na figura 28 é demonstrado um exemplo onde plantas ornamentais são fertilizadas
com composto orgânico, oriundo do processo da compostagem doméstica.
Figura 28: Flores ornamentais fertilizadas com composto orgânico. Fonte: arquivo pessoal do autor
APENDICE C – Compostagem “in loco” realizada no primeiro andar
intermediário, nas dependências da DTI / DIGEO.
Figura 29: Coleta seletiva de resíduos orgânicos, efetuada nas dependências da DIGEO / DTI.
Figura 30: Processo de compostagem, efetuado nas dependências da DIGEO / DTI.
APENDICE D – Visita do Engenheiro Agrônomo (EMBRAPA) Sílvio Levy à SEMAS, para propiciar troca de experiências na elaboração do projeto definitivo de compostagem
Figura 31: Visita do Engenheiro Agrônomo (EMBRAPA) Sílvio Levy à SEMAS, para propiciar troca de experiências na elaboração do projeto definitivo de compostagem.