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NEOCLASSICISMO No final do século XVIII, com a Revolução Francesa, vai surgir o espírito dos tempos modernos. Abandonando o estilo barroco que era trabalhoso, temos como conseqüência a mudança do estilo na arte, depois o gosto geral de se vestir, de comer, por toda Europa e resto do mundo. Tudo isso vem como conseqüência da revolução, onde a burguesia, o povo são os vencedores. Vai cair a "Maria Antonieta" quando diz ao povo, que estava morrendo de fome, que dessem brioches a eles. É o começo dos tempos modernos da história da Arte. Como exemplo vai surgir o Neoclassicismo na Inglaterra com as construções de castelos neogóticos. Foram descobertas nessa época, através das escavações, as cidades de Pompéia e Herculano. Todos ficam muito ligados a Roma, Grécia. Por esse motivo temos o neoclassicismo, o neogótico. Começam a usar as formas gregas e góticas nas construções. Em Paris vão construir a Igreja "La Madeleine", o "Arco do Triunfo" (mandado ser construído por Napoleão). Todos são neoclássicos. Surge o estilo Império, que vai aparecer no mobiliário, nas roupas, etc. Os pintores imitam as esculturas na suas pinturas. A escultura grega na Itália era feita sem os olhos. Obs.: As esculturas gregas originais quando feitas em mármore tinham os olhos pintados e quando feitas em bronze tinham pedras para decorar os olhos. Com o passar dos tempos os cristãos tiraram as pedras preciosas dos olhos das esculturas que então ficaram sem o olhar. As pinturas que eram "encáusticas", isto é, à base de cera, foi derretendo com o tempo. Na época do neoclassicismo, Napoleão pede para ser pintado com a mão no bolso, como se fosse um grego. O pintor neoclássico, por sua vez, pintou Napoleão sem os olhos. Os pintores achavam que as esculturas gregas não tinham olhar de propósito e não que fosse devido a uma destruição do tempo. O pintor neoclássico fica tão ligado ao clássico, que esquecem dos detalhes, levando-o a uma pintura pejorativa, quase que caricaturista. No renascimento existe uma renovação da Antigüidade, um recomeçar. O neoclássico vai copiar o clássico e ao adaptar à sua época. Pintam fatos históricos, sobre a literatura medieval e sobre a mitologia. Com a revolução francesa eles se achavam a própria encarnação dos heróis gregos e romanos, com suas virtudes. Pintam cenas de arqueologia e cenas heróicas.

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NEOCLASSICISMO

No final do século XVIII, com a Revolução Francesa, vai surgir o espírito dos tempos modernos.

Abandonando o estilo barroco que era trabalhoso, temos como conseqüência a mudança do

estilo na arte, depois o gosto geral de se vestir, de comer, por toda Europa e resto do mundo.

Tudo isso vem como conseqüência da revolução, onde a burguesia, o povo são os vencedores.

Vai cair a "Maria Antonieta" quando diz ao povo, que estava morrendo de fome, que

dessem brioches a eles.

É o começo dos tempos modernos da história da Arte. Como exemplo vai surgir o

Neoclassicismo na Inglaterra com as construções de castelos neogóticos. Foram

descobertas nessa época, através das escavações, as cidades de Pompéia e Herculano.

Todos ficam muito ligados a Roma, Grécia. Por esse motivo temos o neoclassicismo, o

neogótico. Começam a usar as formas gregas e góticas nas construções.

Em Paris vão construir a Igreja "La Madeleine", o "Arco do Triunfo" (mandado ser

construído por Napoleão). Todos são neoclássicos.

Surge o estilo Império, que vai aparecer no mobiliário, nas roupas, etc.

Os pintores imitam as esculturas na suas pinturas. A escultura grega na Itália era

feita sem os olhos.

Obs.: As esculturas gregas originais quando feitas em mármore tinham os olhos

pintados e quando feitas em bronze tinham pedras para decorar os olhos. Com o

passar dos tempos os cristãos tiraram as pedras preciosas dos olhos das esculturas

que então ficaram sem o olhar. As pinturas que eram "encáusticas", isto é, à base de

cera, foi derretendo com o tempo.

Na época do neoclassicismo, Napoleão pede para ser pintado com a mão no bolso,

como se fosse um grego. O pintor neoclássico, por sua vez, pintou Napoleão sem os

olhos. Os pintores achavam que as esculturas gregas não tinham olhar de propósito e

não que fosse devido a uma destruição do tempo.

O pintor neoclássico fica tão ligado ao clássico, que esquecem dos detalhes, levando-o

a uma pintura pejorativa, quase que caricaturista.

No renascimento existe uma renovação da Antigüidade, um recomeçar.

O neoclássico vai copiar o clássico e ao adaptar à sua época.

Pintam fatos históricos, sobre a literatura medieval e sobre a mitologia.

Com a revolução francesa eles se achavam a própria encarnação dos heróis gregos e

romanos, com suas virtudes. Pintam cenas de arqueologia e cenas heróicas.

• Movimento especialmente inspirado nos ideais e modelos do Classicismo greco-

romano, mas também nos do Renascimento, do Maneirismo e das tendências

mais clássicas do Barroco francês.

• Desenvolvido ao longo do século XVIII, como reação à tradição barroca e rococó,

torna-se o estilo dominante no Ocidente, na passagem para o século XIX, durante o

qual é congelado em fórmulas repetitivas, transformando-se no Academismo.

• Como característica central, uma atitude mais compreensiva e intelectual com

relação à Antigüidade, e um desprezo tanto à Idade Média, o classicismo

renascentista e o século XVII. Deste modo buscava um diálogo mais intenso entre o

presente e o passado distante.

• Tinha como ideal criar uma linguagem moderna baseada na pesquisa e reflexão

sobre os princípios da arte antiga. Mas esta linguagem possui um forte viés

crítico frente à Antigüidade.

• Rejeição às extravagâncias e caprichos do Barroco/Rococó, uma observância

conscienciosa das regras.

• Para os artistas neoclássicos deveria haver uma adaptação dos princípios da era

clássica à realidade contemporânea.

• Com o surgimento de uma nova visão de mundo que aparece com o

Iluminismo, o abalo nas questões da fé religiosa relega a temática espiritual

para um segundo plano. Os acontecimentos políticos se tornam emergentes,

hora diretamente expostos, hora indiretamente.

• Os questionamentos sociais vão a busca do verdadeiro, da pureza, da

integridade moral e da virtude cívica, todos elementos advindos da Antigüidade

Clássica.

• Pintura com forte realismo, tendo o traço assumido maior importância que a

cor. Os contornos são bem definidos.

• Apesar de possuir uma composição teatral tal qual o Barroco, as cenas

distanciam o observador razão de uma frieza e uma certa rigidez, o

artificialismo da composição.

PRINCIPAIS PINTORES NEOCLÁSSICOS

Jacques-Louis DAVID (30 de agosto de 1748 – † 29 de dezembro de 1825), foi o

mais característico representante do neoclassicismo. Este pintor francês controlou durante

anos a atividade artística francesa, e européia, sendo o pintor oficial da Corte Francesa.

Sócrates no leito de morte (1787)

Jean Auguste Dominique INGRES, mais conhecido simplesmente por Ingres, (29

de Agosto de 1780, Montauban – † 14 de Janeiro de 1867, Paris) foi um pintor francês

do neoclassicismo.

Odaliosca com escrava (1842)

ROMANTISMO

A palavra vem de romance. História das aventuras medievais. Vão escrever muito

sobre a lenda do Rei Artur. Escreviam, não em latim, mas em língua românica.

O propósito dos artistas românticos era a volta à natureza sublime, pitoresca, forte.

Em nome do romance, eles adoram a liberdade, o poder, o amor, a violência. Tudo é

muito romântico e assim lidam com a emoção pela emoção. Amam os gregos também.

Pregam a liberdade individual acima de regras e de normas.

Mais cor e menos desenho. Mais sentimentos, menos razão. Tem mais liberdade e

menos regras que o neoclássico. O pintor vai ser muito dramático e emotivo. O belo

para eles é muito relativo e individual. Pintam muitas paisagens. A essência do

romantismo é a glorificação dos instintos, profunda veneração à natureza.

Vão ver os relâmpagos, como a chuva cai, como é o vento. Vão ao campo para ver

isso tudo de perto e como funciona. Tem amor sentimental aos humildes e a vontade

de reformar o mundo. São totalmente ligados à natureza.

• Grande movimento intelectual e artístico ocidental que surgiu na Europa em um

momento quando a intelectualidade era marcada pela rebeldia, a Revolução

Francesa e seus desdobramentos servem de inspiração.

• A partir do final do século XVIII, fez prevalecerem, como princípios estéticos:

• o sentimento sobre a razão,

• a imaginação sobre o espírito crítico,

• a originalidade subjetiva sobre as regras estabelecidas pelo Classicismo,

• as tradições históricas e nacionais sobre os modelos da Antiguidade,

• a imaginação sobre o racional, na literatura, na música, nas belas artes e em

outras manifestações intelectuais.

• No Brasil este período coincide com a independência política, guerra do

Paraguai e campanha abolicionista.

• Surge uma arte dramática, inspirada nos acontecimentos desencadeados na

França.

• Como pintores principais: Delacroix e Goya.

• Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos,

destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.

• É dado destaque às cores, quando se fortalecem no contexto da pintura, por

vezes parecendo ter mais importância que o conteúdo da obra.

• A paisagem torna-se fator de fundamental importância, não mais como cenário,

porém com profunda relação com os personagens, assumindo um papel como

meio de expressão no todo da composição.

• A originalidade como qualidade necessária da grande arte e do artista.

• A importância conferida à ficção e à invenção; o conceito de gênio passa a

ligar-se especialmente à atividade artística.

• Antecipa a pincelada truncada, marcante no impressionismo.

PRINCIPAIS PINTORES ROMÂNTICOS

Ferdinand-Victor Eugène DELACROIX (26 de Abril de 1798, Saint-Maurice — † 13 de

Agosto de 1863, Paris) foi o mais importante representante do romantismo francês.

A liberdade guiando o Povo (1830)

Francisco José de GOYA y Lucientes (Fuendetodos, Saragoça, Espanha, 30 de março

de 1746 - † Bordéus, França, 15 de abril de 1828), pintor e gravador espanhol.

La Carga de los Mamelucos (1814)

Também na Inglaterra se destacam John CONSTABLE (1776-1837), um dos primeiros

pintores a pintar ao ar livre, William BLAKE (1757 —1827) e William TURNER (1775-1851).

REALISMO

Aparece quando o romantismo está no auge. Vai abrir novos horizontes. Vão ter uma

profunda consciência do significado social da arte no mundo. Vão pintar o povo, o

camponês, o trabalhador do campo. Ainda não tinha indústria e por isso não havia o

operário.

Obs.:Até 40 anos atrás, no Brasil, quando também não tinha operário, a pintura era

muito sobre o camponês no nordeste. O comunismo vai ser muito em cima do

trabalho rural do país. O realismo vai ser muito sobre o social, da sobrevivência do

trabalhador.

A pintura vai sempre representar coisas concretas e existentes. Não existem temas

abstratos para o realista, como a mitologia, etc.

Ele vai pintar somente o que vê. Jamais vai pintar sobre a bíblia ou mitologia grega

porque nunca viu antes.

A beleza para eles está na realidade e vai ter que pintá-la sem idealizá-la. Ser realista

não é ser exato e minucioso como uma fotografia. Ser realista é ser verdadeiro. É

sintetizar, selecionar e realçar os aspectos mais característicos, mais comunicáveis

das formas da realidade sem precisar idealizá-las.

• Embora utilizado em um sentido mais geral para designar formas de

representação objetiva da realidade, o realismo como doutrina estética

específica se impõe a partir de 1850 na França.

• Recebe grande impulso com a Revolução de 1848 e a proclamação da II República na

França.

• Aparece em oposição ao Romantismo.

• Os artistas realistas estão mais interessados em mostrar as realidades da vida

moderna aos seus contemporâneos.

• O papel do artista não é mais revelar o fantástico e o sublime, nem traduzir

qualquer tipo de sonho ou de idealismo. Trazer ao público a realidade brutal do

mundo circundante e ser verdadeiro com que observa.

• Os acontecimentos do cotidiano, as pessoas simples (em especial a classe

operária) despertavam mais interesse que os temas literários, os assuntos

históricos ou idealizados que haviam servido de inspiração aos românticos.

• Contestavam a tradição clássica, o historicismo e a ortodoxia acadêmica.

• Desafiam as normas instituídas orientando-se pela representação objetiva da

realidade percebida: 'coisas como elas são'.

• Em um sentido genérico, o termo pode aplicar-se como denominação a

qualquer representação artística imitativa, referindo-se tanto à atitude perante

o tema como a maneira de representá-lo.

• A pintura realista manifesta-se em duas vertentes: ora apresentando uma

tendência de maior compromisso social e político; ora privilegiando uma

tendência mais “naturalista”, interessada na temática da paisagem através da

observação direta da natureza.

PRINCIPAIS PINTORES REALISTAS

Gustave COURBET (10 de Junho de 1819, Ornans - 31 de Dezembro de 1877, La-

Tour-de-Peilz) foi um pintor francês.

Mulheres peneirando trigo (1854)

Édouard MANET (23 de janeiro de 1832, Paris - 30 de abril de 1883, Paris) foi um pintor

e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.

Almoço na Relva (1863)

Honoré-Victorien DAUMIER (26 de Fevereiro de 1808, Marselha - 10 de Fevereiro de

1879, Valmondois), foi um caricaturista, chargista, pintor e ilustrador francês.

O vagão da terceira classe (1864)

Jean-Baptiste Camille COROT (26 de Julho de 1796 – 22 de Fevereiro de 1875) foi

um pintor realista francês.

A ponte de Nantes (1868–1870)

Jean-François MILLET (4 de Outubro, 1814 – 20 de Janeiro, 1875) Pintor romântico e

um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural. É conhecido como

percursor do realismo, pelas suas representações de trabalhadores rurais.

Angelus (1857-1859)