Hoje Macau 17JUN 2013 #2872

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 Director carlos morais josé • segunda-feira 17 de junho de 2013 • Ano Xii • nº 2872

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Venham mais cinco (séculos)

Ter para lermop$10

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• consulado de portugal

Vozes contra cortes salariais conversamcom José Cesário

página 2

• gabinete de chui sai on

Residentes sem respostas desde 2012

página 4

• protecção animal

Milhares nas ruas pedem respeito em marcha silenciosa

página 6

divulgada lista das 50 cidades mais caras para expatriados centraiscusto de Vida

aguaceiros ocasionais min 26 max 30 hum 75-95% • euro 10.4 baht 0.2 yuan 1.2

cotai

TSI concedeu registo de marca à Venetian

página 5

observatório cívico entra na corrida para a al

agnes lam assume candidaturaA associação Observatório Cívico, liderada por Agnes Lam, vai mesmo concorrer às eleições deste ano para a Assembleia Legislativa e promete “novas ideias sobre os problemas de Macau”. A apresentação da candidatura vai decorrer esta semana, em data ainda a anunciar. Carlos Morais José, director do Hoje Macau,é um dos candidatos.

página 3 e editorial

eleições 2013

HOJE

MAC

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segunda-feira 17.6.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

Miguel de Sen-na Fernandes não discutiu a questão com

José Cesário, secretário de estado das comunidades portuguesas, mas não dei-

OS cortes nas pensões dos re-formados da Caixa geral das

Aposentações (CgA) residentes em Macau voltou a ser um dos assuntos debatidos na vinda de José Cesário, secretário de estado das comunidades portuguesas, a Macau, por âmbito das comemora-ções do 10 de Junho. Tal aconteceu aquando da visita à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). Ao Hoje Macau, José Pereira Coutinho, presidente e também deputado, garantiu que vai regressar a lis-boa para mais uma reivindicação sobre o assunto. “Não está posta de parte a minha ida a lisboa logo que possível. Não temos uma data marcada, este ano temos eleições e temos de preparar tudo. (Tal-vez) logo após as eleições”, disse Coutinho, frisando que ainda está a “ponderar” quais as entidades governamentais a que se deve dirigir em Portugal.

O encontro, que contou também com a presença de Rita Santos e de Armando de Jesus, do Conselho das Comunidades Portuguesas, serviu ainda para falar a José Cesá-rio das “dificuldades ultimamente sentidas pelos portugueses que pretendem trabalhar ou investir

O presidente da Associação dos Macaenses considera que o Governo português deveria “repensar” os cortes salariais e de férias dos funcionários do consulado de Portugal em Macau, devido à sua dimensão. José Cesário disse que os cortes são “incontornáveis”

Consulado de Portugal Miguel de Senna Fernandes sobre cortes salariais

“É uma medida bastante grave”

Pensões Cortes abordados com José Cesário

Coutinho vai a lisboadepois das eleições

em Macau para a obtenção da autorização de residência”, pode ler-se no comunicado da ATFPM.

BuroCrACiAS PermAneCem José Cesário, que chegou ao território na sexta-feira, reuniu, juntamente com o cônsul-geral

de Portugal em Macau, Vítor Sereno, com outras entidades. A Associação dos Aposentados, Pen-sionistas e Reformados de Macau (APOMAC) foi uma delas.

Ao Hoje Macau, Francisco Manhão, presidente, disse que o encontro serviu para “falar, em

particular, da crise em Portugal, um assunto muito importante”. Falou--se ainda da questão da burocracia sentida pelos viúvos que recebem as pensões de sobrevivência da CgA.

O assunto foi abordado em 2012, mas, deste então, “não houve qualquer melhoria”, disse Manhão.

José Cesário ouviu ainda críti-cas quanto à demora do registo de nascimentos na RAeM por parte dos residentes portugueses. Sobre os cortes nas pensões, Manhão disse “nada se poder fazer”.

Quem também recebeu José Cesário para um almoço “infor-mal” no Sábado foi a Associação dos Macaenses (ADM). Miguel de Senna Fernandes disse ao Hoje Macau que o encontro serviu para debater vários assuntos “mais sérios” e outros mais comuns, ligados à comunidade portuguesa e macaense.

O presidente da ADM conside-ra que Vítor Sereno “é novato” e “terá de se integrar muito sobre a comunidade portuguesa e macaen-se, porque são especiais.”

“Macau tem uma sociedade complexa e o doutor Sereno não vem como uma simples pessoa que opta por residir, mas sim com uma conjuntura muito especial na actual situação política, nas rela-ções entre a China e Portugal, que são também relações complexas e importantes. logo vai ter que conhecer bem como é que a comu-nidade portuguesa se comporta”, disse Miguel Senna Fernandes ao Hoje Macau. – A.S.S.

xa de tomar uma posição quanto à situação vivida no consulado de Portugal em Macau, noticiada pelo Hoje

Macau na semana passada. “era bom que Portugal pu-desse repensar o papel do consulado em Macau. Não

quer dizer que mereçamos um tratamento especial, mas os cortes aos funcionários consulares é uma medida

bastante grave, porque vai afectar a representação de Portugal no exterior, quando quer dar uma imagem de confiança, algo que faz parte dos discursos oficiais”, disse ao Hoje Macau.

“estes cortes não se po-dem equiparar aos dos outros funcionários públicos. É necessário que a máquina funcione fora de Portugal, mas não funciona por si, são necessários funcionários”, acrescentou. José Cesário, à Rádio Macau, admitiu isso mesmo, tendo dito que os funcionários consulares são “indispensáveis à missão portuguesa”.

Tais declarações surgem no âmbito do encontro que José Cesário teve com membros da Associação dos Macaenses (ADM) no passado Sábado [ver texto secundário].

CorteS vão meSmo AConteCer em declarações à Rádio Ma-cau, o secretário de estado frisou que os cortes salariais acima dos 50% vão mesmo ser uma realidade no consu-

lado de Portugal na RAeM, tal como cortes de férias e feriados. “essas condições são incontornáveis. É que nós temos estado a fazer um reajustamento dos salários de toda a Administração. eu espero que um dia con-sigamos alterar algumas destas questões (...) todos nós sofremos isso na pele, eu sei o que isso é, e, portanto, só espero que a prazo vir a corrigir essa situação.”

José Cesário disse ainda que as reduções de férias e feriados são “incontornáveis”. “O novo regime foi negociado com os sindicatos”, adiantou.

“este estatuto tem vá-rios aspectos que eviden-temente considero muito interessantes para eles, abriram-se finalmente as possibilidades de eles poderem ser providos em lugares de chefes de chancelaria (...) mas tem outros aspectos que apro-xima esta carreira de outras carreiras da Administração Pública, nomeadamente nas questões das férias e dos feriados. Mas isso é um princípio de justiça básico. Todos os nossos funcionários da Adminis-tração têm de ter o mesmo regime. Todos.”

À Rádio Macau disse ainda reconhecer que os “sacrifícios são grandes” e “de todos”.

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segunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo 3política


A especulação che-gou ao fim. Agnes Lam, docente na área da comu-

nicação na Universidade de Macau (UMAC), vai mesmo candidatar-se a um assento como deputada pela via directa na Assembleia Legislativa (AL) em Setem-bro, enquanto líder do grupo “Observatório Político”. Esta é a segunda vez que a académica luta por um lugar no hemiciclo, depois de, em 2009, ter sido derrotada nas eleições com o grupo “Energia Cívica”.

Apesar de ainda não existir qualquer confirma-ção quanto aos nomes que vão ocupar os números dois e três da lista, é certa

FrAnCiSCO Manhão, pre-sidente da Associação dos

Aposentados, reformados e Pensionistas de Macau (APO-MAC), e já anunciado candidato às próximas eleições para um lugar de deputado pela via indi-recta à Assembleia Legislativa (AL), está pessimista quanto à obtenção de apoios. Mas caso não consiga o número mínimo de 20 associações para se candida-tar, Manhão já tem um plano B. “Estou convencido que não vou atingir os 20%, mas (caso isso aconteça) irei fazer um apelo aos meus apoiantes para votarem na Melinda Chan (actual deputada e anunciada candidata pela via directa às eleições)”, disse ao Hoje Macau.

Ainda no processo de re-colha de assinaturas junto das associações de cariz cultural e desportivo, Francisco Manhão assume que “tem sido muito di-fícil” chegar ao número de apoios necessários. “O apoio não chega a 12% mas para mim já é muito positivo, porque é a primeira vez que tomo esta iniciativa. Eu entrei na corrida com uma certa desvantagem, porque há outros candidatos que já têm a máquina

Fórum da Novo Macau dedicado aos direitos humanosA Associação Novo Macau (ANM) promoveu ontem uma sessão em língua inglesa do fórum de debate semanal, e que versou sobre a situação dos direitos humanos e da liberdade de expressão em Macau. Jason Chao, presidente da ANM, acusou o Governo de realizar relatórios parciais da situação dos direitos humanos junto da população. Para além das criticas, foi exigido ao Governo uma melhoria do trabalho para que se possa garantir a garantia dos direitos humanos para todos. Jason Chao disse ainda que as comunidades estrangeiras têm pouco contacto com a comunidade chinesa e que isso acaba por causar maus entendidos e diferentes pontos de vista. O presidente da ANM deu o exemplo da política polémica dos estudantes não-residentes, em que afirma que não há a ideia de separação face aos residentes. Considera apenas que “a situação tem vindo a ser provocada por falta de comunicação e esperamos que isso possa ser melhorado com o fórum”.

Eleições 2013 Académica volta a concorrer às eleições depois de 2009

O Observatório Político de Agnes Lam

Manhão promete reencaminhar apoiantes para Melinda Chan

“Estou convencido que não atinjo os 20%”

a participação de Carlos Morais José, director do Hoje Macau. “não vamos anunciar ainda o segundo e terceiro lugar porque ainda não está confirmado. Temos de ter tempo para discutir algumas ideias e queremos que tudo esteja de acordo com o nosso projecto po-lítico. Ainda há discussões a acontecer e queremos anunciar essa decisão mais tarde”, disse Agnes Lam ao Hoje Macau.

Os formulários para a recolha das assinaturas dos apoiantes já começaram a ser distribuídos há cerca de uma semana, e dentro desta sema-na haverá uma apresentação formal do grupo candidato.

Sobre a escolha de um português para integrar a lista, Agnes Lam explica que quer criar um projecto político

multicultural. “Gostaria de ter uma lista que representasse outro tipo de pessoas. Macau é uma sociedade diversa e estamos a falar de uma popu-lação composta por chineses, que são a maioria, mas que não conhecem as ideias das outras comunidades. Esta deveria ser uma cidade com muitas ideias partilhadas e queremos juntar pessoas de diferentes culturas. Temos muitas pessoas de várias partes do mundo que agora vivem em Macau e penso que também podem trabalhar por Macau.”

AnáLiSe àS POLítiCAS já COMeçOuApesar de já ter afirmado publicamente ter estado afastada de Macau durante um ano por motivos acadé-micos e de considerar não

ter tido uma preparação política suficiente até aqui, Agnes Lam afirma que a corrida já começou a ser preparada. “nos últimos

meses temo-nos vindo a preparar de uma forma muito discreta, olhámos para muitas políticas e para aquilo que o Governo tem

vindo a fazer nos últimos quatro anos.”

Contudo, afirma que “esta preparação não deve ser associada à campanha”. “É uma avaliação. Se que-remos concorrer, temos de rever as políticas e ver as ideias que defendemos. Temos que trazer novas ideias sobre os problemas de Macau. Por isso é que temos vindo a estudar. Essa tem sido a nossa grande preparação.”

Agnes Lam garante “fa-zer de tudo” para conseguir ser eleita e afirma estar focada nos eleitores que pertencem à classe média e a classes mais desfavoreci-das. “A classe média está a enfrentar muitos problemas neste momento. As rendas são elevadas e não há casas com preços acessíveis. Esse é um dos pontos em que gos-taríamos de colocar a nossa atenção. Também vamos olhar para as minorias e para os cidadãos com mais difi-culdades, que até têm alguns apoios mas cujas condições de vida não são as ideais.”

Está confirmado. Agnes Lam vai mesmo concorrer às legislativas deste ano, mas desta vez a sua lista vai chamar-se “Observatório Político”. A recolha de assinaturas já começou e a apresentação oficial do grupo deverá acontecer esta semana

preparada. Se não foi suficiente, aguarda-se pela próxima vez”, afirma.

na opinião de Manhão, uma das condicionantes para a falta

de apoios prende-se com a pou-ca regularização por parte das associações no que diz respeito às suas actividades. “O que eu pedia era que as associações

desportivas cumprissem a entrega do relatório anual ao instituto do Desporto, porque têm de fazer o reconhecimento e actualizar a sua situação”, explica. - A.S.S.

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4 política segunda-feira 17.6.2013www.hojemacau.com.mo

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.Localização dos terrenos:- Rua Um do Bairro Iao Hon, n.os 22 a 48, Rua Dois do Bairro Iao Hon, n.os 23 a 49, Rua Quatro do Bairro Iao Hon, n.os 41 a 65, Rua Cinco do Bairro Iao Hon, n.os 26 a 42 e Rua Seis do Bairro Iao Hon, n.os 40 a 64, em Macau.

2. Agradecemosaoscontribuintesque,noprazode30diassubsequentesàdatadanotificação,sedirijamaoNúcleodaContribuiçãoPredialeRenda, situado no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Nafaltadepagamentodacontribuiçãonoprazoestipulado,proceder-se-áàcobrançacoercivadadívida,deacordocomodispostonoartigo 6.º da Portaria acima mencionada.

Aos, 6 de Junho de 2013.

A Directora dos Serviços de Finanças,Vitória da Conceição

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 157/AI/2013-----Atendendoàgravidadeparaointeressepúblicoenãosendopossívelprocederàrespectivanotificaçãopessoal,pelopresentenotifique-seainfractora李錦香(portadoradeHongKongPermanentIdentityCardn.°E8631xxx),quenasequênciadoAutodeNotícian.º75/DI-AI/2011de20.10.2011,levantadopelaDST,porcontrolarafracçãoautónomasituadanaRuadeMalacan.°172,EdifícioCentroInternacionaldeMacau,Bloco11,12°andarBeutilizadaparaaprestaçãoilegaldealojamento,bemcomopordespachodasignatáriade07.06.2013,exaradonoRelatórion.°190/DI/2013,de04.06.2013,foideterminadaa aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.°1 do artigo 10.° e n.°1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------------------------------------OpagamentovoluntáriodamultadeveserefectuadonoDepartamentodeLicenciamentoeInspecçãodestesServiços,noprazode10dias,contadoapartirdapresentepublicação,deacordocomon.°1doartigo16.°dosLein.°3/2010,findooqualserácobradacoercivamenteatravésdaRepartiçãodeExecuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Hálugaràexecuçãoimediatadadecisãocasoestanãosejaimpugnada. ------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ------------------------------------------------

-----DirecçãodosServiçosdeTurismo,aos07deJunhode2013.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Cecília [email protected]

A plataforma online de recolha de opiniões e su-gestões da parte dos resi-dentes junto do gabinete

do Chefe do Executivo não parece estar a funcionar na sua plenitude, apesar do grande anuncio feito há cerca de um ano.

Segundo o canal chinês da TDM, Chui Sai On não responde às suges-tões apresentadas pelos residentes desde Março de 2012, sendo que as mais recentes mensagens deixadas versam sobre as políticas destina-das aos estudantes estrangeiros e a habitação pública em Seac Pai Van.

Recorde-se que esta plataforma online foi anunciada há cerca de um ano por Alexis Tam, porta-voz do Governo, e prometia ser uma

Joana [email protected]

AS Leis de Terras e de Planeamento Urbanís-

tico vão exigir uma reunião conjunta das duas Comissões Permanentes que analisam ambas as propostas na espe-cialidade.

No dia 21, a 1.ª e a 2.ª Comissões – que integram 18 deputados juntas – vão reunir para esclarecer o problema das indemniza-ções. O tópico tem sido algo polémico, já que há

Democrata duvidada execuçãodas medidas da DSATPaul Chan Wai Chi entregou uma interpelação escrita onde questiona as medidas concretas para regular a frequência do serviço de autocarros. O deputado diz que, embora a DSAT já tenha prometido que vai resolver o problema de haver poucos autocarros nas horas de ponta e mais nas horas livres, a situação ainda não melhorou, duvidando da execução dos trabalhos relevantes, bem como da sua eficácia. O democrata menciona ainda a confusão no terminal rodoviário das Portas de Cerco.

Deputado questionaas disputas geradas por viagensO deputado Mak Soi Kun fala sobre as disputas que ocorreram em Macau nos últimos tempos, geradas por “viagens baratas” ou “viagens gratuitas”. Na interpelação escrita, questiona a execução das regulamentações, referindo que este tipo de viagem pode prejudicar a imagem da cidade e impelir o desenvolvimento turístico sustentável, citando palavras dos especialistas. O deputado questiona igualmente as medidas e regulamentações relativamente ao assunto, os seus efeitos e a punição às agências de turismo irregulares.

Chefe do Executivo Gabinete não responde aos residentes

Chui Sai On está ‘offline’

Terras e planeamento Leis analisadas na especialidade exigem reunião conjunta

Indemnizações deixam dúvidas

ferramenta de maior ligação com a população.

A TDM saiu à rua para falar com alguns residentes e a maioria mostrou descontentamento. “Não

conheço (a página na internet). Esta plataforma está a ser desperdiçada e deveria haver mais promoção”, disse um dos entrevistados.

Muitos académicos defendem

ainda que o Executivo deveria utilizar de forma correcta as pla-taformas online para que tanto o Chefe do Governo como os seus secretários pudessem comunicar directamente com os cidadãos. De-fendem que se não há respostas no canal online, isso “inevitavelmente acaba por decepcionar o público”.

Lou Shenghua, director do curso de Administração Pública do Instituto Politécnico de Macau (IPM), disse à TDM que deve ser melhorada a forma como o Chefe do Governo obtém as sugestões dos residentes. “Acredito que a comunicação cara a cara pode fazer com que as políticas do Governo ganhem um lado mais científico, e ajuda também os cidadãos a compreenderem melhor essas políticas.”

Chan Cheok Va, presidente do Instituto de Políticas Públicas de Macau, disse ainda que o Governo “não pode apenas promulgar me-didas, mas deve também explicar as suas razões através de meios de comunicação tradicionais e electrónicos, para que se possa conhecer a sua posição”.

excepções para o pagamen-to de compensações. Algo que alguns dos deputados não gostam, considerando que a indemnização é um direito fundamental.

Por exemplo, a Admi-nistração defende que os proprietários só terão di-reito a indemnização caso tenham licença de obra, enquanto os deputados dizem que este não pode ser o critério para decidir sobre isso, uma vez que às vezes a licença de obra é só emitida após vários anos

depois de ser apresentado o projecto.

Outros dos proble-mas é quando começar a contar o prazo para pedir indemnização em caso de expropriação de um terreno em função do planeamento urbanístico. Os deputados querem que, em casos de expropriação do terreno em função da entrada em vigor de um novo plano urbanístico, o lesado seja indemnizado num prazo de três anos que comece a contar a partir de quando o

lesado teve conhecimento oficial do plano. Uma opinião contrária à do Executivo, que diz que o prazo máximo de três anos para pedir a indemnização

deve começar a partir da entrada em vigor do plano e não apenas de quando o interessado teve conheci-mento deste.

Estas são apenas algu-mas das questões, já que ambas as leis falam de indemnizações. Os presi-dentes das comissões têm prometido uma conclusão sobre o assunto, mas como ambas as leis se articulam, a reunião servirá para tirar algumas dúvidas. Presentes estão ainda representantes do Governo.

5políticasegunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo


A Venetian Macau poderá ter conseguido final-mente registar a marca Cotai como sua, pelo

menos num dos 15 pedidos feitos. Nos últimos dias, e depois de uma série de recursos rejeitados, o Tri-bunal de Segunda Instância (TSI) autorizou o pedido de recurso da operadora.

Desta vez, o alvo foi o “Cotai Central Mall”. A empresa pediu o registo da marca à Direcção de Serviços de Economia, em 2006, que não o aceitou, por considerar haver falta de pormenores no requerimento. A Venetian Macau foi, então, interpor recurso no Tribunal Judicial de Base (TJB), mas também não conseguiu o que queria. “Independentemente de essas expressões se encontrarem juntas ou separadas, [a marca] carecia de capacidade distintiva suficiente para poder distinguir de outros bens e serviços e, caso fosse concedido a favor da [Venetian], qualquer outra pes-soa ficaria inibida de usar essas mesmas expressões (que são, no fundo, expressões do dia-a-dia”, alegou o tribunal.

A Venetian Macau recorreu, então, para o TSI, que contraria a decisão do tribunal inferior. O TSI diz que não percebe como é que a marca “Cotai Central Mall” não indica a espécie de comércio, a espécie, a qualidade, o destino, entre outros. “Não se percebe como é que estas normas podem servir de fundamento para a recusa do que está aqui em causa”, alega o TSI.

O tribunal enumera uma data de pontos que contrapõem a decisão do TJB, entre os quais se destaca o facto de a marca não designar apenas o destino ou localização geográfica. Estes foram factores que pesaram já em decisões ante-riores e que impediram a Venetian Macau de registar marcas como “Cotai Travel” ou “Cotai Strip”.

Cotai é de todosNas últimas semanas, já saíram cerca de quatro recursos que impedem a Venetian de registar marcas que contenham Cotai na expressão. Foi o caso de uma decisão de Maio também do TSI, que indicava que “Cotai é uma zona geográfica entre as Ilhas da Taipa e de Coloane e o facto de ser uma zona geográfica está fora do âmbito de protecção [de marca]”. O tribunal dizia isto para o registo das marcas “Cotai

ESTá marcado para hoje o julgamento de

Joseph Lau e Steven Lo, os empresários de Hong Kong acusados de cor-rupção a Ao Man Long, ex-secretário para as Obras Públicas e Transportes. Às 9h45 começa a audiência que, ao que tudo indica, não terá Joseph Lau presente.

Esta é a quarta vez que o Tribunal Judicial de Base (TJB) tenta dar início ao julgamento, mas a ausência de um dos principais arguidos – Lau – impediu anteriormente que isso acontecesse. Jo-seph Lau apresentou duas vezes um atestado médico que levou ao adiamento do julgamento, após o primeiro ter sido remar-cado devido a uma doença da juíza Alice Costa, que

Cotai TSI concede provimento a recurso da Venetian e deixa registar marca

Primeira batalha vencidaTravel”, “Cotai Arena”, “Cotai Strip” e “Cotai Expo”.

O TSI interveio depois de a Melco Crown ter apresentado um recurso no Tribunal Judicial de Base (TJB), para que a decisão da Direcção dos Serviços de Economia (DSE) em conceder o registo da marca à Las Vegas Sands fosse revogada. Delibera-da a situação, os juízes do TJB deram razão à Melco Crown, mas tanto a Las Vegas Sands como a DSE recorreram da decisão para o TSI. A DSE disse, em defesa, considerar que a marca não continha “nada de falso” e que o seu registo “não desencadeava actos de concorrência desleal”. O tribunal dizia ainda que a marca não era distintiva.

Posições que mudaram, já que agora é o TSI quem defende a Vene-tian Macau. No acórdão que, desta vez, concede provimento a um dos recursos da Venetian, o tribunal considera que esses problemas não existem. “A marca cujo registo a [Venetian] requereu é uma marca nominativa complexa (...), logo distintiva e registável”, pode ler-se no acórdão do TSI, analisado pelo Hoje Macau. “Sendo uma marca complexa, há-de ficar protegida pelo menos a combinação preten-dida de registar. Não concordamos com a decisão do indeferimento, com fundamento de insuficiência (...) da mais completa descrição da marca.”

O tribunal compara ainda este registo com outros já registados – como o caso do “One Central” -, para dizer que não houve insu-ficiência.

Segundo o que se pode ana-lisar do acórdão, a Venetian Macau tem 15 petições deste género. Pelo menos quatro foram já rejeitadas.

Caso La scala Quarto início de julgamentoarranca hoje, provavelmente sem Joseph Lau

Será que é desta?iria presidir ao colectivo de juízes.

De acordo com a últi-ma sessão do julgamento, os juízes decidiram que Joseph Lau seria julgado mesmo ausente, caso o arguido não compareça novamente. Recorde-se que Lau apresentou do-cumentos médicos que indicavam que tinha de estar ausente das audi-ências de Macau, mas, devido à sua aparição em diversos eventos públicos, os juízes do TJB tentaram enviar uma junta médica a

Hong Kong, para avaliar a saúde de Lau. Algo que foi, contudo, impossível, uma vez que as autoridades de saúde da RAEM não têm jurisdição na região vizinha.

Dos oito constituídos arguidos, apenas dois compareceram em todas as sessões marcadas pelo TJB. Steven Lo, presiden-te da Moon Ocean que, em conjunto com Lau, presidente da Chinese Estates Holdings, vem acusado de subornar o antigo secretário para

ficar com os terrenos em frente ao aeroporto, onde estava a ser construído o empreendimento La Scala, foi um deles.

ContestaçãoA defesa de Pedro Chiang, o empresário de Macau, apresentou uma contes-tação ao tribunal. Chiang terá sido notificado edital-mente sobre o julgamento, mas terá apresentado uma contestação, de acordo com o jornal Tribuna de Macau. “A defesa já ha-via afirmado que o edital

publicado não reunia os requisitos legais neces-sários. No entanto, como o tribunal não atendeu à nulidade alegada, Pedro Chiang decidiu recorrer. Se o tribunal entender agora que o arguido tem razão, o empresário terá de ser novamente citado [notificado pela primei-ra vez], o que fará com que o processo volte ao início”, afirma o jornal, citando uma fonte. Ao Hoje Macau, contudo, a advogada de Chiang, Joana Teixeira, assegura que a contestação “não será, por certo, motivo de qualquer adiamento do julgamento”. Segundo a defesa, a contestação foi apresentada “há muito”, mas “o conteúdo não pode ser revelado”. - J.F.

segunda-feira 17.6.2013sociedade6 www.hojemacau.com.mo


A manifestação, si-lenciosa, começou ao início da tarde na praça do Tap

Seac e só terminou na Praia Grande, na sede do Governo? O motivo? Exigir ao Execu-tivo que se faça uma lei de protecção aos animais.

No total, cerca de mil pessoas participaram na iniciativa promovida pela Associação de Protecção dos Animais Abandonados de Macau (APPAM), in-cluindo nomes que querem ser deputados na Assembleia Legislativa (AL): José Perei-ra Coutinho e o seu número dois, Leong Veng Chai, e ainda William Kuan. Na sede do Governo, foi entre-gue uma petição a favor da lei com 751 assinaturas. “Em nome do respeito à vida, por favor legislação já!”, podia ler-se nos cartazes que continham o slogan da marcha. Quem a organizou queixa-se que Macau é uma região virada para a cultura e para o lazer, mas que as


PriMEirO Sou Ka Hou, mem-bro da Associação Novo Macau

(ANM) e candidato às eleições ao lado de Au Kam San, protagonizou a recolha de assinaturas na internet por forma a transformar a violência doméstica num crime público, através do “Grupo de atenção para legislação da violência doméstica em Macau”.

Agora, a mesma recolha de assinaturas passou para a rua, cujas

Protecção animal Manifestação começou no Tap Seac e acabou na sede de Governo

“Respeito aos animais é respeito por nós próprios”

Violência doméstica Grupo anda a recolher assinaturas na rua

Tolerância zerotécnico de Macau (iPM), tendo convidado uma vítima de violência doméstica para expor o seu caso.

Cecília Ho salientou ainda que a luta para que a violência do-méstica se transforme num crime público não é apenas fazer com que os agressores sejam punidos, mas evitar que mais casos possam acontecer. “Se o Governo falou da harmonia familiar e recusa a intervenção do poder público, isso só vai resultar em mais vítimas que toleram mais violência”, acrescen-tou Cecília Ho.

Mil pessoas, mais de 700 assinaturas. São estes os números da manifestação organizada pela associação de protecção dos animais abandonados a favor da criação de uma lei. Coutinho volta a apresentar o seu projecto de lei chumbado em Novembro

visto o seu projecto de lei so-bre o tema chumbado, afirma que vai voltar a apresentá-lo em Novembro, caso seja ree-leito deputado. “Estou muito decepcionado porque a AL chumbou a minha proposta, mas espero apresentá-la de novo e espero que os depu-tados directos me possam apoiar. Não queremos que uma região tão internacional como Macau ainda tenha abu-sos e abandono dos animais. Espero que o Governo entenda isto e faça uma legislação o mais depressa possível.”

O também candidato William Kuan considera que “os animais são como os seres humanos”. “respeito aos animais é respeito por nós próprios. Espero que o Governo possa criar uma lei o mais depressa possível para que os cidadãos tenham regras para seguir.”

William Kuan referiu que as más práticas no trata-mento dos animais são algo recorrente dentro do próprio iACM. “Espero que o Go-verno possa dar o exemplo para valorizar e respeitar a vida dos animais.”

acções começaram ontem em zo-nas como o Fai Chi Kei, iao Hon, avenida Almeida ribeiro e Taipa.

O grupo promete continuar com a recolha das assinaturas até ao pró-ximo fim-de-semana. O objectivo é entregar as assinaturas na próxima quinta-feira, 27, e ter uma reunião

com o presidente do instituto de Acção Social (iAS). Só com a acção online já foram recolhidas cerca de 1200 assinaturas, e com a actividade de ontem o grupo já conta com perto de três mil.

Cecília Ho, uma das promoto-ras da actividade e assistente social,

afirma que ainda há muitos casos escondidos de violência, e que se o público não puder intervir, as vítimas apenas podem tolerar os abusos sofridos pelos agressores.

Segundo a imprensa chinesa, Cecília Ho participou no Sábado numa palestra no instituto Poli-

Dezembro. Caso contrário, não Yoko Choi não hesita em dizer que a associação irá sair para a rua novamente no final do ano. Há quatro anos que a APAAM realiza duas manifestações por ano.

Coutinho insiste na Lei Chumbada Josephine Lau, vice-presi-dente da APPAM, apontou que antes o Governo nunca deu nenhuma atenção à estão

acções de abusos contra os animais nunca param.

Yoko Choi, presidente da APPAM, disse estar contente porque, apesar do mau tem-po, houve muitos apoiantes. “Antes tínhamos 70% dos participantes que traziam os seus animais de estimação, desta vez há cerca de metade, mas ainda assim é um grande sucesso.”

A APPAM exige uma res-posta rápida do Executivo até

da protecção dos animais, mas que este ano, em Janeiro, o Chefe do Executivo convi-dou a associação para uma reunião. O encontro serviu para explicar que a lei não pode entrar em processo le-gislativo porque o calendário da AL está preenchido com outros projectos de lei.

Josephine Lau conside-rou, contudo, que já houve avanços e que, com o esforço de vários deputados, pode-

-se esperar que um diploma possa entrar em processo legislativo no final do ano.

De facto, em resposta a uma interpelação do deputa-do Ng Kuok Cheong, o insti-tuto para os Assuntos Cívicos e Municipais (iACM) já tinha garantido que a proposta de lei sobre os animais iria entrar em processo legisla-tivo “após análise”, mas não foram avançadas datas.

Coutinho, depois de ter

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IncêndIo no vIaduto da RodRIgo RodRIgues

acIdente pRovoca um moRto e doIs feRIdos

segunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo 7sociedade


No dia do pai, celebrado ontem, a Federação das Associações dos operários de Macau

(FAoM) divulgou um estudo reali-zado entre Março e Maio deste ano, para analisar as responsabilidades e preocupações dos pais.

os cerca de 734 inquéritos re-alizados nas ruas mostram que os pais estão preocupados, sobretudo, com as questões ligadas ao sistema de saúde e emprego. A maioria

preocupa-se com as questões liga-das à educação dos filhos, o sustento financeiro da família ou a protecção da mulher. As respostas mostram ainda que no topo das preocupa-ções está a saúde dos familiares, e depois uma possível situação de desemprego.

30% mostra receios face ao desemprego, 27% estão preo-cupados com o futuro da sua situação laboral, enquanto que 16% têm medo de sofrer um corte salarial. 40% considera que a sociedade não dá apoio suficiente e dizem que o desenvolvimento

económico e social ocorrido nos últimos anos tem vindo a causar uma sociedade flutuante. Os en-trevistados revelam ainda receios quanto à instabilidade no local de trabalho.

Lam Lon Wai, número dois da lista candidata às eleições pela FAoM, liderada pela depu-tada Kwan Tsui Hang, disse, na apresentação do estudo, que a sociedade dá apoio às mulheres, idosos, jovens e crianças, mas que ainda há limitações para o apoio prestado aos pais.

Lam Lon Wai afirma que o

Governo e as associações de cariz social devem criar mais serviços de aconselhamento psicológico e emocional, com reuniões de grupo para pais, para que estes possam partilhar as suas experiências. Tudo para que o homem possa ter mais consciência do seu papel na família, ajudar na comunicação e na educação familiar.

A número dois da lista dos operários lembrou ainda um estu-do feito pela FAOM em 2012, em que 96% dos inquiridos defende-ram a criação de uma licença de paternidade paga.

Linha “esperança de vida” recruta voluntáriosDevido à necessidade crescente de combater o suicídio, a linha telefónica de aconselhamento para a prevenção do suicídio - “Esperança de Vida” - realizou um recrutamento de voluntários no sábado. Segundo Paul Pun, secretário-geral da Cáritas, o número dos pedidos de ajuda da primeira estação deste ano aumentou 802 comparado com o mesmo período do ano passado, atingindo 4061, o que implica o stress que o desenvolvimento económico traz aos cidadãos e o aumento da confiança deles na linha. Como se prevê que a procura de ajuda ainda pode aumentar este ano, Paul Pun chama a atenção do público e promete que a Cáritas vai dar mais apoio e aperfeiçoar o seu serviço.

moradores de habitação pública obrigados a usar gLp centralCheong Kit, vice-presidente da Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Barro da Ilha Verde, duvidou, este sábado, das justificações que apoiam a legislação de necessidade de usar GLP central nos prédios com mais de seis pisos. Como o preço de GLP central é 2,6 patacas mais alto por quilo do que GLP engarrafado, e os moradores não têm direito de escolher, a legislação leva de forma indirecta a uma situação de monopólio. Cheong Kit quer que o Governo publique documentos que justifiquem o risco de GLP engarrafado, reveja e melhore estatutos relacionados, procurando um equilíbrio entre a segurança e o interesse dos moradores.

associação sugerefaixa de busnas horas de pontaEm consequência da chuva, a Associação da Nova Juventude Chinesa (ANJC) substituiu o fórum de cidadãos que realizaria no sábado por uma conferência na qual os convidados expressaram as suas opiniões em relação ao aparecimento frequente de “autocarro de fantasma” e acidentes graves na Ilha Verde. Chiang Chong Fai, presidente da Associação dos Consumidores das Companhias de Utilidade Pública (ACCUP) considera que as linhas de autocarros foram mal planeadas e aconselha o estabelecimento de uma faixa de bus nas horas de ponta. Kou Ngon Seng, vice-presidente da ANJC sugeriu um sistema de monitorização dos autocarros mais transparente e em que o público pode ser também incluído. Lam U To, sub-secretário geral da Associação Choi In Tong Sam pensa que deve aumentar a prioridade nas passadeiras, bem como se devem tomar medidas para os motoristas conduzirem com segurança.

Um carro incendiou na tarde de sexta-feira, no viaduto que liga à Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues. Perto dos casino Lisboa e Grand Lisboa, o carro pegou fogo, provocando o corte da via durante algum tempo. Não houve vítimas a registar.

Foto: Facebook

Um acidente envolvendo uma carrinha na Rotunda da Amizade - em frente de Villa de Mer – ocorreu ao início da madrugada de ontem, provocando um morto e dois feridos. De acordo com a polícia, o condutor estaria a conduzir com velocidade excessiva, o que terá provocado com que o carro perdesse o seu controlo, galgando o separador e entrando na rotunda a capotar. Entre os feridos, um acabou por ser projectado para fora do veículo e encontra-se em estado grave, sendo que o outro apenas apresentou pequenos ferimentos, tendo inclusive conseguido sair do veículo pelo próprio pé amparado num bombeiro. O condutor do carro, retirado inconsciente do veículo, foi dado como morto pouco tempo depois de ter dado entrada no serviço de urgências do hospital. Os três ocupantes eram efectivos da polícia judiciária.

dia do pai Estudo diz que 40% não sente apoio na sociedade

Primeiro a saúde e o emprego

segunda-feira 17.6.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

O embaixador de Por-tugal na China, Jorge Torres Pereira, consi-dera que as relações

luso-chinesas estão “melhores do que nunca”, salientando que os contactos entre os dois países são hoje “mais ricos e diversi-ficados”. “As relações Estado a Estado e entre os respectivos governos sempre foram boas, mas há agora um crescente número de estudantes chineses em Portugal e de portugueses a aprender chinês na China, e há, de um lado e do outro, todo um fluxo de empre-sários, de pequenas e medias empresas”, realçou Torres Pereira à agência Lusa.

Alguns cibernautas chineses reagiram

ontem com indignação à agressão de seis estudantes chineses de enologia no su-doeste de França, enquanto outros dizem que as vítimas, que referem como prováveis filhos de altos funcionários na China, não são merece-doras de simpatia.

Os seis jovens foram violentamente atacados na noite de sexta-feira para sábado em Hostens, uma pequena localidade com 1.300 habitantes,

A China prometeu sexta--feira responder “de

forma apropriada” à queixa que a União Europeia vai apresentar na Organiza-ção Mundial do Comércio (OMC) pelas taxas impostas às importações europeias de tubos de aço, disse o minis-tro do Comércio da China. “Vamos tratar esta questão de forma apropriada e con-forme aquilo que prevê o mecanismo de regulação de disputas da OMC”, referiu o

Portugal-China/500 anos Relações “estão melhores do que nunca”, diz embaixador em Pequim

Contactos mais ricos e dinâmicos

França Ataque a estudanteschineses divide cibernautas na China

Acto xenófoboComércio Pequim promete responder

“de forma apropriada” a queixa de Bruxelas

Disputas a subir de tom

“Também no plano científico e académico, as coisas estão hoje mais activas e dinâmicas”, acres-centou o diplomata.

nos últimos três anos, as ex-portações portuguesas para a China mais do que duplicaram, atingindo em 2012 o montante recorde de cerca de 10.128 milhões de pata-cas. “Qualquer empresa que queira internacionalizar-se tem sempre que pensar na China”, salientou Jorge Torres Pereira.

Contudo, o embaixador por-tuguês reconheceu que entre a população chinesa “há ainda um grande défice de informação acerca do que é Portugal e do que o país tem e pode oferecer”, quando

passam 500 anos desde a chegada do primeiro português à China, em 1513. “Quando conseguirmos melhorar esse défice, a vida ficará muito mais fácil para as nossas empresas”, disse.

Torres Pereira referiu que “Portugal conhece bem” Angola e Brasil, dois importantes parceiros económicos da China, mas defen-deu que “não se pode exagerar a nossa capacidade de ser ponte ou porta de entrada nesses países”.

Quanto à integração de Macau na Republica Popular da China, em Dezembro de 1999, o diplomata disse que “há um reconhecimento de parte a parte de que está tudo a decorrer como se pretendia”.

localizada a cerca de 50 quilómetros a sul de Bordéus, no sudoeste de França.

uma estudante chinesa ficou gravemente ferida no rosto por uma garrafa de vidro.

Dois dos três alegados agressores foram presos.

Os estudantes chega-ram há dois meses a França para um período de um ano de estudos.

O ministro do interior francês, Manuel Valls, já condenou o ataque,

classificando-o de acto de xenofobia.

segundo o director do estabelecimento de ensino frequentado pelos estudan-tes, com idades entre 22 e 30 anos, uma das alunas agredidas será filha de um antigo político de uma grande cidade chinesa. “A França é muito perigosa. Devemos ter cuidado antes de chegarmos lá, e evitar ir lá, tanto quanto possível. Devemos escolher um país melhor”, escreveu um utili-zador do microblogue sina Weibo, citado pela agência francesa AFP.

Outros comentários pu-blicados na internet defen-dem que as vítimas dos ata-ques não são merecedoras de simpatia. “Aqueles que podem pagar para estudar no estrangeiro ou são filhos de altas figuras políticas, ou de famílias ricas”, disse ou-tro cibernauta a propósito do ataque na região vinícola de Bordéus. “Nem mesmo os estrangeiros apoiam os altos funcionários corrup-tos e punem-nos quando eles estão no exterior [da China]. É o seu destino”, escreveu outro cibernauta.

A imprensa oficial chi-nesa noticiou a agressão dos jovens em França, sem referir ligações a políticos.

ministro chinês em comuni-cado sexta-feira divulgado, sem entrar em detalhes.

na quinta-feira, o comis-sário da Indústria da união Europeia, António Tajani, anunciou que ia interpor uma queixa anti-‘dumping’ contra a China, junto da OMC, embora sem espe-cificar quando. “A União Europeia considera que as taxas anti-‘dumping’ são incompatíveis com as regras da OMC”, explicou Bruxe-

las, adiantando que taxas de 9,7% a 11,1% impostas aos produtos europeus “prejudi-cam de forma significativa o acesso ao mercado chinês”.

De acordo com as regras da OMC sobre disputas, a consulta é a primeira etapa do procedimento para en-contrar uma solução amigá-vel, antes de se partir para a nomeação de um grupo de especialistas para resolver o problema.

A Europa debateu as suas relações com a China na sexta-feira, numa reunião de ministros do Comércio, no luxemburgo, essencialmen-te dedicada às negociações de comércio livre com os Estados Unidos.

As relações comerciais entre a China e a união Europeia têm sido marcadas por uma série de questões re-lacionadas com o comércio, com Bruxelas a denunciar recentemente as tarifas nas importações de painéis so-lares chinesas.

Em resposta, a China abriu um processo relativo à importação de vinhos europeus e deverá interpor um outro contra o sector automóvel.

O dumping é uma prática comercial que consiste em vender os produtos abaixo do custo de produção.

segunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

O chefe do executivo de Hong Kong falou pela primeira

vez no caso do norte-americano que denunciou o programa de vigilância electrónica dos Es-tados Unidos, indicando que o seu Governo vai acompanhar as questões relacionadas com a violação da privacidade.

Numa entrevista exclusiva ao jornal publicado em Hong Kong South China Morning Post, Leung Chun-ying, também conhecido por CY Leung, disse que o Governo da antiga colónia britânica, onde Edward Snowden procurou refúgio, vai “seguir os incidentes relacionados com a violação de privacidade ou de outros direitos das instituições ou pessoas de Hong Kong”.

No sábado, centenas de pes-soas manifestaram-se em Hong Kong num apelo para as autori-dades locais não extraditarem o norte-americano. Segundo uma sondagem ontem publicada no

South China Morning Post, 49,9 % dos habitantes de Hong Kong são contra a extradição de Sno-wden, enquanto apenas 17,6% concordam com a entrega do norte-americano. A percentagem de indecisos é de 32,4.

Snowden, 29 anos, refugiou--se em Hong Kong depois de ter revelado informações sobre uma vasta operação de vigilância electrónica, e opõe-se a qualquer pedido de extradição.

Os EUA lançaram uma in-vestigação criminal depois de o ex-assistente técnico da CIA ter revelado detalhes dos programas de vigilância secreta de telefone e Internet de Washington.

A rede social Facebook revelou, entretanto, que no último semestre de 2012 recebeu entre 9.000 e 10.000 pedidos de informação privada por parte das autoridades norte-americanas, incluindo da polícia local, estadual, federal ou relativos à segurança nacional.

Hilton quer construir 120 hotéis na China nos próximos anosO grupo hoteleiro norte-americano Hilton Worldwide planeia abrir, pelo menos, 120 hotéis na China nos próximos três a quatro anos, garantiu o presidente para a região da Ásia-Pacífico da companhia, Martin Rinck, ao diário “Shanghai Daily”. De acordo com Martin Rinck, o grupo Hilton, que tem actualmente 32 unidades em todo o país, terá em 2015 um total de 75 unidades das suas diferentes marcas, um investimento decidido devido à crescente procura interna na China. “A China continua a manter um potencial enorme para fazer novos hotéis a longo prazo, já que se espera que continue a aumentar tanto o número de turistas como o de viagens de negócios no mercado interno”, assegurou. A China acolhe mais de 70 % dos novos hotéis que o grupo abre na região Ásia-Pacífico, acrescentou ao salientar que no mesmo período de quatro a cinco anos espera poder disponibilizar mais de 55.000 quartos, contra os 12.000 disponíveis actualmente.

OS procuradores sul-coreanos acusaram sexta-feira o

antigo chefe da agência de es-pionagem do país de tentativa de influência nas eleições presi-denciais do ano passado.

Won Sei-Hoon é acusado de encomendar aos seus agentes comentários sob pseudónimo atacando o candidato da opo-sição Monn Jae-In em páginas populares na Internet.

Para a Procuradoria, aquele responsável violou a lei que im-

pede os funcionários dos serviços de espionagem de intervirem na política bem como outro articula-do que impede os funcionários do Governo de se aproveitarem das suas funções para promoverem determinadas candidaturas.

Poucos dias antes das eleições de 19 de Dezembro surgiram alegações de que agentes dos serviços secretos estavam a tentar manipular o resultado eleitoral o que levou a uma investigação policial.

A Procuradoria acusou também Kim Yong-Pan, antigo chefe da polícia metropolitana de Seul, por obstrução à Justiça por este ter indicado aos seus subordinados para emitirem um comunicado ilibando a agência de espionagem das alegações antes de concluída a investigação.

Won Sei-Hoon abandonou o cargo de líder dos serviços de espionagem depois de quatro anos como chefe da organização.

Pirata informático publica presumíveis números pessoais de Presidente das Filipinas Um pirata informático publicou, na rede social Facebook, presumíveis números de telemóveis pessoais do Presidente das Filipinas, Benigno Aquino, com o seu porta-voz a denunciar sábado o acto como “vandalismo cibernético”. O porta-voz Ricky Carandang não confirmou se os números pertenciam ao Presidente das Filipinas, ou se a sua divulgação comprometia a sua segurança pessoal ou segredos de Estado. “É um acto de vandalismo puro e simples”, disse Carandang à AFP. “Estamos a lidar com o assunto. É tudo o que posso dizer agora”, acrescentou. Os três números de telemóvel foram divulgados, na noite de sexta-feira, no Facebook, sob o nome de utilizador “#pR.is0n3r”, que instava os seguidores do proprietário da conta - mais de 9.000 até sábado - a comunicarem directamente com o Presidente Benigno Aquino. A informação publicada no Facebook estava ligada a uma conta de Twitter com o mesmo nome de utilizador.

Coreia do Norte propõe conversações de alto nível com EUAA Coreia do Norte propôs conversações de alto nível com os Estados Unidos com o objectivo de discutir os programas de armas nucleares e aliviar a tensão na península, informou ontem a imprensa oficial. “Propomos conversações de alto nível entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos para garantir a paz e estabilidade na região e aliviar a tensão na península coreana”, indicou a Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, em comunicado citado pela KCNA, a agência de notícias norte-coreana. O Norte quer ter “discussões sérias sobre uma grande variedade de assuntos, incluindo o objectivo dos Estados Unidos de livrarem o mundo dos arsenais nucleares”, acrescentou, exortando os norte-americanos a definirem a hora e local para as negociações.

Hong Kong Chefe do executivo quebra silêncio sobre Edward Snowden

Governo atento

Coreia do Sul Procuradoriaacusa ex-espião de tentar manipular eleições

Ataques na Internet

segunda-feira 17.6.201310 custo de vida www.hojemacau.com.mo


Há três anos que não se via algo assim, e a culpa é da desvalorização do Iene. Foi esta a principal

razão para Tóquio deixar de ser a cidade mais cara do mundo para quem chega de fora, segundo um estudo divulgado este mês pela consultora de recursos humanos ECA International. O ano passado a capital japonesa ocupava a primeira posição, tendo-se registado este ano uma descida para a sexta posição. Oslo, na Noruega, é a cidade subs-tituta para a posição de mais cara. Segue-se Luanda, capital de Angola e Stavanger, na Noruega. Juba, capital de Sudão do Sul, que este ano ocupa a quarta posição, sofreu uma subida vertiginosa, já que em 2012 estava na 45.ª posição. Antes de Tóquio encontramos ainda Moscovo, na Rússia, que veio do 13.º lugar.

Sobre o segundo lugar do pódio, Lee Quane, da ECA International, citado pela agência Lusa, disse poder “surpreender alguns”. “O estudo engloba bens e serviços tipicamen-te adquiridos por expatriados, que podem ser muito caros em locais como este, por não existirem no mercado local.”

ECA International revela 50 cidades mais caras para expatriados

Tóquio já não é a cidade mais cara

Segundo um comunicado sobre o estudo, “Tóquio sempre foi um sítio muito caro para as grandes multi-nacionais enviarem funcionários, e apesar da queda de cinco lugares, essa situação mantém-se”, disse Anna Michielsen, gerente-geral da ECA para as regiões da Austrália, Nova Zelândia e Ásia-Pacífico.

“A significativa depreciação do Iene em relação às principais moedas nos últimos meses é a principal razão

para esta queda. Isso significa que, para muitas empresas, o custo de manutenção do poder de compra dos funcionários colocados lá pelas suas empresas caiu. Mas é importante não exagerarmos quanto a esta posição – Tóquio ainda é a sexta cidade mais cara do mundo, e a mais cara da ásia.”

O estudo da ECA comparou o custo de vida em mais de 370 locais de todo o mundo, e os resultados

baseiam-se numa amostra de 128 bens de consumo, não englobando despesas com a habitação, que normalmente são custeadas pelas empresas.

Olhando para as restantes cidades asiáticas, Tóquio continua a ser a rainha no que ao custo de vida ele-vado diz respeito. Kobe, também no Japão, encontra-se na 21.ª posição, uma queda face ao 8.º lugar que ocupava em 2012. Osaka, também no país do Sol Nascente, não estava sequer na lista das 50 cidades mais caras em 2012, mas este ano entra directa para o 21.º lugar.

Segue-se Pequim no 24.º lugar, uma descida face ao 20.º. Xangai, centro financeiro da China, está em 26.º lugar. Já Singapura encontra-se em 36.º lugar, enquanto Hong Kong está em 38.º, tendo subido apenas uma posição. Busan, na Coreia do Sul, é a última cidade asiática a surgir na lista, ocupando a 46.ª posição.

Perante as posições ocupadas pelas cidades chinesas, a ECA frisa que os preços têm-se mantido está-veis para os locais, embora o yuan mantenha uma força crescente nos mercados mundiais, algo que impe-diu uma grande quebra no ranking.

Ainda na ásia, as cidades india-nas continuam a ser as mais baratas para expatriados. Nova Deli está em 200.º lugar, Karachi em 256.º.

NA AuSTráliA TAmbém é cAroOs resultados da ECA International revelam também que Sidney, na Austrália, continua a ser a cidade mais cara do país. Ocupa a 17.ª po-sição, seguindo-se Camberra (23.º), Melbourne (28.º), Adelaide (30.º), Darwin (34.º) e Brisbane (35.º). Mas também estas cidades registaram uma quebra. “Enquanto o dólar aus-traliano continua a ser uma moeda mundialmente forte, a desaceleração da economia tem levado a um certo

Em 2012 era a cidade mais cara do mundo para expatriados colocados por multinacionais, mas este ano a capital japonesa desceu para o sexto lugar, num estudo da consultora ECA International. Hong Kong subiu uma posição, situando-se em 38.º lugar. Pequim e Xangai mantém-se estáveis em relação ao ano passado

11segunda-feira 17.6.2013 custo de vidawww.hojemacau.com.mo

ECA International revela 50 cidades mais caras para expatriados

Tóquio já não é a cidade mais caraenfraquecimento face às principais moedas, em relação ao ano passado”, disse Anna Michielsen.

Para além disso, “a velocidade a que os preços dos produtos de con-sumo na Austrália têm aumentado é mais lenta do que há um ano. Todos esses factores juntos fazem com que os custos para as multinacionais em colocarem funcionários no país têm vindo a cair”.

Porque oslo é a Primeira Na capital norueguesa, a vida não é apenas cara para os recursos humanos expatriados, mas também é a cidade mais cara do mundo no geral. O país apresenta um dos mais elevados padrões de vida do mundo, algo que advém da produção de petróleo. Os preços pouco aumentaram na Norue-ga em 2012, mas a coroa norueguesa manteve-se robusta, reflectindo tam-bém a robustez da economia.

Já a posição de Moscovo explica-

-se pela inflação sentida na Rússia, apesar do rublo ter enfraquecido face às principais moedas mundiais. Segundo a ECA, o custo de bens e serviços na capital russa aumentou mais de 10% este ano.

A Suíça é também apontada como sendo um dos países europeus mais caros para expatriados, enquanto que cidades inglesas estão a cair no ranking. Londres caiu 21 lugares e está em 87.º, devido à depreciação da libra.

As restantes regiões europeias registaram fortes quebras devido à crise económica da Zona Euro, que tem provocado uma quebra na inflação e no custo de vida. Chisinau, capital da Moldávia, é a cidade mais barata a nível europeu, ocupando a 225.ª posição.

as américas e ÁfricaCaracas, capital da Venezuela, ainda é a cidade mais cara para expatriados,

tanto na América do Norte como do Sul, ocupando a 33.ª posição. Manhattan, nos Estados Unidos, está em 43.º, enquanto Vancouver, no Canadá, está em 51.º lugar. O Rio de Janeiro é o quarto lugar mais caro nas Américas.

No continente africano, ape-sar de Luanda ser a cidade mais cara, há outras. Juba, no Sudão do Sul, surge logo em quarto lugar, enquanto Brazzaville, no Congo,

está em 18.º, seguida de Kinshasa, também no Congo, que está em 19.º lugar.

O elevado custo de vida aconte-ce devido aos custos da exportação de produtos e do respectivo trans-porte. Já Durban e Cidade do Cabo, na África do Sul, continuam a ser cidades baratas. Malawi ocupa das posições mais baixas do ranking, devido à grande desvalorização da kwacha.

segunda-feira 17.6.2013publicidade12 www.hojemacau.com.mo

segunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo 13www.hojemacau.com.mo vida

Os genes humanos não podem ser patenteados porque são um produto da natureza. Esta con-

clusão pode parecer óbvia mas a verdade é que o debate sobre a possibilidade de patentear os genes humanos ocupou a comunidade científica durante vários anos. A discussão chegou mesmo à justiça nos EUA com uma acção que contestava a única patente deste género e que era detida pela célebre empresa Myriad para os testes genéticos para o risco de cancro hereditário da mama e do ovário. Nesta semana, o supremo Tribunal dos EUA anunciou o veredicto unânime: os genes humanos não podem ser patenteados.

Os testes genéticos prediti-vos do risco de cancro da mama hereditário ou realizados com o objectivo de diagnosticar a doença são feitos há vários anos. Porém, nos EUA foi criada uma situação especial. Há cerca de dez anos, aproveitando o arranque e a falta de informação da área de testes genéticos, a empresa Myriad, do Utah, patenteou um painel de testes a mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, associadas a um risco elevado de desenvolver o cancro da mama e do ovário. Foram as primeiras e únicas patentes do género. Mais nenhum teste genético foi aceite para patente mas, assim, a Myriad conseguiu o monopólio norte-americano da

sequenciação destes genes e o seu uso em testes genéticos preditivos e de diagnóstico.

Apesar de as empresas norte americanas terem encontrado uma forma de contornar este obstáculo da patente - recorrendo a testes rápidos com o rótulo de “uso exclusivo para investigação” mas que acabam por ser usados pelos laboratórios - impunha-se conse-guir a anulação desta patente que condicionava o acesso a um dos testes genéticos mais procurados (e por isso um dos mais apetecidos para as empresas da área).

O caso chegou à justiça com um apelo da Associação de Pato-logia Molecular - a representar os doentes, cientistas e prestadores de cuidados de saúde - ao supremo Tribunal dos Estados Unidos para que avaliasse se os genes humanos podem ser patenteados ou se são produtos da natureza, não paten-teáveis.

No centro da polémica estava, claro, a empresa Myriad e as suas sete patentes sobre o BRCA1 e o BRCA2. Pedia-se a anulação das patentes. Além de defenderem que os genes são produtos da natureza, invocava-se ainda as limitações de acesso de muitas mulheres a este teste que pode custar nos EUA cerca de 5 mil dólares. Em Portugal este teste genético é um dos mais procurados e pode rondar os mil euros.

O processo ganhou ainda mais fôlego e destaque com a decisão,

anunciada recentemente, de An-gelina Jolie que - após um teste que detectou mutações nestes genes - optou por fazer uma mastectomia profiláctica. Nesta quinta-feira, ao final do dia, os juízes anularam a polémica pa-tente. “A Myriad não criou nada. Na verdade, encontrou um gene importante e útil, mas separar este gene do material genético que está à sua volta não é um acto de invenção”, escreveu o juíz Clarence Thomas, num do-cumento para o tribunal, citado pelo NY Times. Apesar desta decisão, os juízes consideraram também que existe uma diferença entre o material de ADN que é um produto da natureza e o ADN sintético, criado em laboratório, sendo que concluíram que este último pode ser alvo de patentes.

Recentemente, o jornal Pú-blico noticiou o trabalho que envolveu uma equipa do Instituto de Patologia e Imunologia Mole-cular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e que resultou na validação de um teste genético de cancro hereditário da mama para a empresa norte-americana Life Technologies. O produto entrou no mercado norte-americano com o rótulo de “uso exclusivo para investigação” em Abril deste ano. Foi mais um contributo para tentar derrubar o monopólio que a Myriad detém para este teste e que é responsável por cerca de 70% dos seus lucros.

Genética supremo Tribunal dos EUA decide

Genes humanos não podem ser patenteados

hoje no prato

Alface

Paula BichoNaturopata e Fitoterapeuta • [email protected]

Nome botânico: Lactuca sativa L.Família: Asteraceae (Compositae)

Oriunda da Índia ou da região Me-diterrânica, consoante as fontes, a Alface é um dos vegetais mais consumidos à mesa e também um dos mais antigos. A sua cultura contabiliza quase 5000 anos e as suas propriedades medicinais são igualmente conhecidas desde a An-tiguidade. Com efeito, a Alface era já utilizada pelos Egípcios em cirurgias, como um sucedâneo do ópio, pelos seus efeitos analgésicos e sedantes, como o revelam registos datados de 2.500 anos a.C. provenientes da antiga Mesopotâmia.Na alimentação são consumidas as folhas; em fitoterapia é ainda usado o látex, com maior concentração de princípios ativos. Este látex, de cor branca, emana dos caules cortados da planta florida e é, depois de seco, designado por lactucário; por vezes, em substituição da Alface hortícola utiliza-se a Alface-brava-maior (Lactuca virosa L.).

COMpOsiçãOHidratos de carbono, proteínas, lípi-dos, celulose em abundância, riqueza em sais minerais, oligoelementos e vitaminas. Contém ainda ácidos or-gânicos, lactonas sesquiterpénicas, asparagina, triterpenos, flavonoides, carotenoides, cumarinas e clorofila.A maior concentração de princípios ativos encontra-se nas folhas verdes escuras e, sobretudo, nos talos.

AçãO tErApêutiCAA Alface é particularmente reco-mendada na excitabilidade infantil e nos pesadelos das crianças, a quem acalma a agitação nervosa e favo-rece um sono apaziguador; as suas propriedades sedativas, semelhantes às do ópio embora isentas dos seus efeitos nocivos, são igualmente benéficas em estados de ansiedade e nervosismo, stress e insónias. De efeitos anafrodisíacos, refreia o desejo sexual. A sua ação calmante manifesta-se ainda sobre a tosse, beneficiando sobretudo situações de tosse seca irritativa, tosse convulsa, tosse de origem nervosa ou tosse noturna, bem como outras afeções acompanhadas por este sintoma (laringites e bronquites).Este vegetal estimula o apetite au-mentando os sucos digestivos, reduz as fermentações intestinais, suaviza as mucosas do tubo digestivo e

amacia as fezes, tornando-as menos secas e facilitando a sua evacuação. O seu consumo após refeições copio-sas atenua os efeitos dos excessos cometidos, sendo ainda aconselhado em regimes de perda de peso: além das poucas calorias que contém e da sua ação laxativa, proporciona uma sensação de saciedade diminuindo a ingestão de outros alimentos, regula os níveis de açúcar no sangue e favorece a eliminação de líquidos.

OutrAs prOpriEDADEsAlguns estudos científicos com a Alface realçam a sua atividade antio-xidante, anti-inflamatória, antialér-gica e analgésica, o que a torna útil nos estados alérgicos ou dolorosos, sobretudo os que se agravam com o stress. Os carotenoides presentes contribuem para uma boa visão prevenindo a degeneração macular ligada ao envelhecimento.

COMO CONsuMir• Deve escolher uma Alface bem desenvolvida e madura, cujas folhas exteriores sejam grandes, verdes escuras e não estejam murchas. •Conserva-se por uns dias na gaveta dos legumes do frigorífico, dentro de um saco de plástico; as embala-gens muito herméticas favorecem o apodrecimento. retire as folhas com cuidado, evitando esmagá-las, e lave-as em água fria corrente. A boa mastigação e ensalivação favorecem o processo digestivo.

sugEstõEs:• Em saladas: Só de Alface ou com outros vegetais. pode temperar com azeite e sumo de Limão ou ervas aromáticas a gosto. para variar, adicionar fruta fresca, frutos secos ou sementes.• Em sopas.• Salteada com outros legumes.• Suco fresco: Tomar ½ copo, 2 ou 3 vezes por dia, e ao deitar. pode adicionar-se sumo de Limão.• Cozimento: 50 g de folhas por litro de água, 10 minutos de fervura. tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Na tosse, adoçar com mel; para um sono tranquilo e repousante, tomar mais 1 chávena ao deitar.

prECAuçõEsplanta muito segura usada na ali-mentação. Já em fitoterapia as doses devem ser respeitadas.Em caso de dúvida, consulte o seu profissional de saúde.

segunda-feira 17.6.2013www.hojemacau.com.mocultura14

Tiago [email protected]

Depois de anos em que as galerias propiciaram perspectivas muito li-mitadas da arte interna-

cional, novas feiras de arte como a Art13 London estão a romper fronteiras e a expandir as pers-pectivas dos compradores. Nesse sentido, podemos estar perante o momento de revisão crítica de algu-mas definições básicas do mundo da arte. Comecemos pela palavra internacional. Um coleccionador sério, sentado em sua casa, seja em Nova iorque, Londres ou Zurique, rodeado de Kapoor, Condo, Wool, Kiefer e Murakami, provavelmente achará que se participar em leilões da Sotheby’s, Christie’s ou Phillips e comprar arte em feiras como a Art Basel e a Frieze, o seu gosto será internacional.

Um relatório recentemente publicado pela Christie’s, in-forma que os compradores do leilão de Fevereiro, realizado em Londres, fizeram ofertas a partir de 33 países, compro-vando uma tendência cada vez mais global. Contudo, a questão que se levanta é a de saber se a insistência de várias galerias internacionais, na apresentação, um pouco por todo o mundo, de ícones da arte ocidental, não poderá resultar num risco de aversão por conteúdos repeti-tivos e com pouco significado para os compradores asiáticos. Com efeito, seja em que lugar do mundo for, as galerias mais dominantes, provenientes da europa e estados Unidos, in-sistem em apresentar selecções

Arte J Lo no Armazém do BoiJ Lo inaugurou, no passado dia 15 de Junho, a exposição Hippie no Armazém do Boi. O conjunto de trabalhos apresentado, evoca a natureza conflituosa presente no processo de criação artística. J Lo procura fazer um retrato dos seus próprios processos e caminhos, referindo a importância da intuição reflexiva para a procura de novos campos. Com efeito, o abstraccionismo explorado por J Lo, consiste na procura de uma formulação gramatical a partir de pontos, linhas e cores. J Lo reside e trabalha em Hong Kong. A par da sua actividade artística, está envolvido em projectos educacionais nas áreas da arte e da música. Em 2010 concluiu a sua licenciatura em Belas-Artes, no Royal Melbourne Institute of Technology, na Austrália. Hippie tem curadoria de Si Wun Cheng. A exposição, apoiada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e pelo Instituto Cultural de Macau, estará patente ao público até ao próximo dia 28 de Julho.

Música “Tiempo Libre” no VenetianNo próximo dia 22 de Junho, pelas 20h, o Venetian vai ser palco de um concerto de Ritmos Cubanos. O Maestro Constantine Kitsopoulos vai dirigir a Orquestra de Macau, que actuará em conjunto com o grupo Tiempo Libre. Por três vezes, os Tiempo Libre foram nomeados para os Prémios Grammy. A banda de ritmos cubanos, funde o jazz cubano com o jazz latino e com tradições musicais cubanas. Espera-se uma actuação muito direccionada para linhas de improvisação próprias do jazz de Nova Orleães, Nova Iorque e da comunidade Africana de Cuba. O programa incluirá também obras de Gershwin.

Literatura Miguel Esteves Cardoso revisitadoEstá de regresso, com novas edições dos seus livros – do romance às crónicas – Miguel Esteves Cardoso. A obra de ontem é a de hoje também, numa escrita que nos acompanha desde os anos 80. Agora na Porto Editora, com capas redesenhadas, lançam-se novas visibilidades sobre textos como “Explicações de Português Explicadas Outra Vez”, “A Causa das Coisas” ou “O Amor é Fodido”. Inédito em livro é a colectânea “Como é Linda a Puta da Vida”, que recolhe algumas das crónicas diárias que tem vindo a escrever para o Público. Fragmentos da sua vida, contados a partir de 2006, que incluem momentos dramáticos: “A Vida da Maria João, meu amor, correu grandes perigos. Felizmente, ela continua viva, mais viva ainda do que quando a conheci, nos meus braços e nas páginas deste livro. Todos esses dias foram felizes ou tristes mas, ultimamente, felizes por terem sido passados com ela”. Textos que são também declarações de amor.

Art13 London rompe fronteiras e expande perspectivas dos compradores

A Ásia na Europade trabalhos dos “seus” artistas, emprestando uma pronúncia “demasiado” ocidental à pala-vra internacional.

precisamente no instante em que muitos, no mundo da arte, se mostram reticentes em relação à fatiga causada pelo excesso das feiras de arte em todo o mundo, um novo evento em Londres, no qual cerca de metade dos artistas em exibição eram naturais de fora da europa e dos estados Unidos, ofereceu a oportunidade aos visitantes de poderem ter uma perspectiva mais alargada sobre o mundo da arte Asiática. A Art13 London foi organizada por Tim Etchells e Sandy Angus. esta última esteve na origem da Hong Kong international Art Fair e vendeu a maioria da sua participação ao Grupo MCH da Art Basel em 2011.

em Londres, 129 galerias, provenientes de 30 países apre-sentaram-se no Olympia Grand

nialista, entre os leiloeiros, marchands, curadores, coleccio-nadores, americanos e europeus, de que mais cedo ou mais tarde o crescimento das economias asi-áticas, com as suas populações também em amplo crescimento, reconheceriam a inata superio-ridade da arte contemporânea ocidental. Mas esta epifania ainda não se verificou. Caso con-trário, a Sotheby’s e a Christie’s estariam a realizar leilões de arte contemporânea ocidental em Hong Kong, como fazem em relação ao vinho. Talvez esta situação mude. Milhares de estu-dantes provenientes da China e de outras nações Asiáticas estão a frequentar universidades na europa e na América do Norte, onde têm contacto permanente com arte ocidental. Nesse senti-do, pode dizer-se que uma nova geração de coleccionadores chineses está a crescer. E as expectativas é que estes jovens possam vir a construir colecções muito interessantes, fundadas na experiência de quem se formou em ambientes de arte e cultura diversos.

A questão que se coloca é saber se as diversas nações asiáticas irão adoptar as lingua-gens e estéticas dominantes no mundo da arte ocidental ou se as capacidades económicas e políticas crescentes serão su-ficientes para darem confiança aos diversos agentes regio-nais para prosseguirem com caminhos e formas de pensar próprias. O que acontecerá quando empreendedores pro-venientes da China, Malásia e Coreia começarem a organizar as suas próprias feiras de arte? No presente momento, obras de artistas como Christopher Wools e George Condos valem dez vezes mais do que trabalhos de Chen Shaoxiong, Sea Hyun Lee, Song Hyun-Sook, e até mesmo Zhu Jinshi. Mas muito em breve, este panorama poderá inverter-se.

Hall em West Kensington. para 70% dos galeristas presentes, foi a primeira vez que se apresen-taram numa feira em Londres, sendo que o background Asiáti-co de etchell e Angus ofereceu ao evento um carácter distinto. Galerias provenientes da China ultrapassaram, em presença, galerias dos estados Unidos da América, numa relação de 3 para 2; a Coreia do sul e singapura tiveram 6 espaços no Olymia Grand Hall; a Hakgojae de Seul e a pearl Lam de Hong Kong e Xangai ocuparam as posições mais destacadas, na entrada do evento. No decurso da feira fo-ram ainda sentidas, as ausências inesperadas de galerias como a Gagosian, White Cube, Hauser & Wirth, David Zwirner, Michael Werner e pace.

MudAr o pArAdigMAHouve sempre uma assumpção implícita, ligeiramente colo-

15culturasegunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo

Os ilustradores por-tugueses André Carrilho, André da Loba e João

Fazenda foram distinguidos este ano pela revista norte--americana 3x3, considerada a mais importante publicação internacional dedicada à ilus-tração contemporânea.

A publicação 3x3 pre-meia anualmente - com um grande prémio, medalhas de ouro, prata e bronze - aqueles que considera ser os melhores ilustradores a nível internacional, tendo já distinguido, em anos anteriores, autores por-tugueses como Gonçalo Viana, Marta Madureira e André Letria.

Este ano, o caricaturista André Carrilho conquistou cinco distinções, incluindo uma medalha de ouro, nas

VAi hoje, pelas 18h30, ser apre-sentado, no iPOR, o livro e um

documentário, de autoria de José Manuel simões, sobre os índios Potiguara, habitantes da região da Baía da Traição, Brasil.

“Os Índios Potiguara: Me-mória, Asilo e Poder “ é um livro que resulta de uma tese de douto-ramento iniciada numa “sorte de vertiginosa descida a um outro lócus cultural. Por via dramá-tica”, segundo o autor informa na nota de imprensa. Através de um intenso trabalho de campo, José Manuel simões explora a reserva indígena Potiguara, área formalmente interdita a estranhos. De acordo com a sinopse do livro,

no seguimento desta pesquisa, carregada de aventuras peculia-res e de encontros significativos, viria a realizar um documentário cinematográfico, a doutorar-se no tema e a escrever este livro que engloba, em interdisciplinidade, os campos da História, da Antro-pologia Cultural e das Teorias da Comunicação.

“Asilo – O Poder dos Índios Potiguara” é um documentário cinematográfico que entra no âmago da vida dos cinco mil índios que habitam uma reserva territorial e biológica situada no extremo norte da Paraíba e cons-tituída por 32 aldeias, informa a nota de imprensa.

Chengdu recebe Festival do Património Cultural Imaterial O 4.º festival do Património Cultural Imaterial Internacional abriu sábado as portas em Chengdu, capital da província de Sichuan. Sob o lema “Cada um de nós é transmissor da cultura”, o festival conta com a participação de mais de cem países, 300 especialistas e estudiosos, bem como mais de 500 artesãos chinesas. Os acordos de projectos culturais durante o evento poderão totalizar cerca de 10 mil milhões de patacas, informa a rádio China. Para homenagear o 10.º aniversário da aprovação do Tratado da Protecção do Património Cultural Imaterial, serão também realizados concursos de ópera chinesa, exibição de caligrafia e gravura chinesas. O ministro da Cultura da China, Cai Wu, disse na ocasião que espera que o público possa aprofundar o conhecimento sobre este património e fortalecer a admiração e respeito mútuo pelas diferentes culturas do mundo. O festival termina no próximo domingo.

Ilustração André Carrilho, João Fazenda e André da Loba entre os melhores de 2013

Três vezes três

José Manuel Simões apresenta livro e documentário

Índios Potiguara no iPOR

categorias de cartoon/banda desenhada, animação, edito-rial e retratos.

André Carrilho, 38 anos, é o mais internacional dos ilustradores e caricaturistas portugueses da actualidade, colaborando como várias publicações estrangeiras, entre as quais a Vanity Fair, New Yorker ou a Los Angeles Magazine. É ainda autor de curtas-metragens de animação.

Além de Carrilho, a 3x3 Magazine atribuiu também uma medalha de ouro a André da Loba, na categoria “Animação”, e uma medalha de bronze a João Fazenda, na categoria “Livros”.

André da Loba, que vive em Nova iorque, onde estudou ilustração, foi consi-derado um dos 200 melhores ilustradores de todo o mundo

pelo Lurzer’s Archive e é co-laborador regular do diário New York Times. ilustrou várias obras, algumas para a infância, como Elefante em loja de porcelana, de Adélia Carvalho, e Pensamientras, com texto de Eugénio Roda, e constrói ilustrações com volume, como uma extensão do que já faz no papel.

João Fazenda, que se divide entre Londres e Lis-boa, soma vários prémios internacionais, trabalha em desenho de imprensa, ilus-tração para a infância, banda desenhada e, mais recente-mente, cinema de animação.

O trabalho de todos os premiados deste ano será publicado numa edição da revista 3x3, no inverno.

O grande prémio deste ano foi atribuído a Chris Thornley, do Reino Unido.

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segunda-feira 17.6.2013desporto16 www.hojemacau.com.mo

Marco [email protected]

José Luís Martins, nome de guerra “Cuco” é o insuspei-to herói que abriu portas à primeira grande façanha al-

cançada pela Casa do sport Lisboa e Benfica de Macau nas lides do futebol sénior do território. o mé-dio ofensivo, que reforçou o onze encarnado no início da presente temporada, empurrou as águias para o encontro decisivo da edição de 2013 da Taça da Associação de Futebol de Macau, ao apontar já em período de descontos o golo com que o Benfica derrotou o Monte Carlo em partida a contar para as meias-finais da competição.

A formação orientada por Bruno Álvares voltou a encontrar nos líde-res do Campeonato um adversário à altura, mas uma grande exibição defensiva por parte do conjunto de matriz portuguesa acabou por banalizar as investidas ofensivas do grupo de trabalho orientado por Tam Iam san. Ao Monte Carlo pertenceu a primeira iniciativa da partida, mas o remate de Leong Ka Hang acabou por nem sequer incomodar Juan Castro na baliza do Benfica, depois de ter sido bloqueado com classe por um dos atletas do sector mais recuado da formação encarnada.

A resposta das águias do ter-ritório surgiu pouco depois, num remate de Cuco que acabou por falar por pouco o último reduto à guarda de Domingos Chan. o vete-raníssimo guarda-redes dos actuais vice-campeões do território voltou a mostrar serviço pouco depois, ao afastar com os pés um remate frouxo de Jorge Tavares.

O Benfica dominava e o Monte Carlo apenas de longe conseguia

sorTes diferentes para as formações de matriz

portuguesa que disputam a edição de 2013 do Cam-peonato de Futebol da II Divisão. Ainda com a manu-tenção no segundo escalão sob ameaça, a formação do organismo Autónomo Des-portivo da Casa de Portugal em Macau alcançou ao início da noite de sexta-feira uma importante vitória sobre o Pau Peng, ao derrotar o Gru-po Desportivo Artilheiros por duas bolas a zero.

A partida, providencial para as aspirações da forma-ção orientada pelo luso-são tomense Pelé, acabou por não se revelar fácil para o onze do organismo presidido por Amélia António. em posi-ção mais favorável na tabela classificativa, o Pau Peng foi a formação que primeiro levou perigo ao último reduto adver-sário. os atletas do Artilheiros aproveitaram uma distracção

Taça de Macau Ka I será o adversário das águias

Benfica na final

II Divisão Sporting cede empate com Ponto 48

Casa exorciza despromoçãoo remate do antigo defesa do Benfica acabou por não ser desferido nas melhores condições, falhando por centímetros a barra da baliza adversária. Wamba também não conseguiu dar a melhor direcção a um bom remate de primeira, desperdiçando uma das melhores oportunidades criadas pelos leões em toda a partida.

Ao fim de quinze jornadas sempre a ganhar, o sporting Clube de Macau acabou por ceder dois pontos frente a um adversário que ainda alimen-tava o sonho de preencher a segunda vaga de acesso à Liga de elite. Depois de ter estado durante todo o desafio em desvantagem, o onze verde e branco acabou por conseguir repor o equilíbrio no placard nos últimos minutos da par-tida, com o veterano João Godinho a marcar, após um passe soberbo do camaronês Wamba. - M.C.

dos homens da defesa da Casa de Portugal para colocar à prova João Guedes na baliza da formação de matriz portu-guesa. o antigo guarda-redes do Benfica levou a melhor no “um-contra-um” com um adversário, impedindo que o Pau Peng inaugurasse o marcador. o emblema de matriz chinesa ainda tentou a recarga, com uma tentativa de chapéu que falhou por muito o enquadramento com o último reduto da Casa de Portugal.

A formação orientada por Pelé respondeu antes ainda do intervalo e conseguiu mesmo inaugurar o marcador na sequência de uma jogada rápida de contra-ataque, con-

cluída por Jean Perez. o tento acabou por ser anulado pelo trio de arbitragem por fora--de-jogo do atleta de origem gaulesa. Perez voltaria a estar em evidência no início da segunda parte, ao ser ras-teirado em plena grande área adversária. o juiz do encontro não deixou passar o lance em claro e apontou para a marca de onze metros. Chamado a cobrar, Nelson Azevedo não falhou e colocou a Casa de Portugal em vantagem.

o grupo de trabalho orientado por Pelé voltaria a festejar novo golo já na recta final da partida. O angolano João ramos correu metade do relvado com a bola colada ao pé, aguentou bem a pressão

de dois adversários e rematou forte à entrada da área adver-sária para o segundo golo do desafio. Com o triunfo alcan-çado sobre o Pau Peng, a Casa de Portugal passou a somar dezanove pontos e alcançou o Chuac Lun na classificação. A formação orientada por Pelé tem ainda assim vantagem no confronto directo com o seu mais imediato adversário na luta pela manutenção.

Para o sporting Clube de Macau, a penúltima jornada do Campeonato da II Divisão ficou pautada pelo regresso aos maus resultados, depois de uma série vitoriosa que se prolongou por quinze jor-nadas. sem alguns dos seus habituais titulares, os leões

do território entregaram ao Ponto 48 a iniciativa de jogo durante a primeira parte e o adversário não se fez rogado, inaugurando o marcador ainda na etapa inicial do encontro.

Já com a promoção ao primeiro escalão garantida, a formação orientada por Mandinho e por João Maria Pegado chegou ao intervalo a perder e a pouco favorá-vel situação fez com que o conjunto leonino acelerasse o seu ritmo de jogo na se-gunda parte, criando várias oportunidades. o central rui Cid teve nos pés uma ocasião de luxo para nivelar o marcador, após passe do macaense Francisco Cunha.

Windsor Arch Ka I. Já arreda-dos da luta pela título, os ainda campeões do território apostam tudo na conquista da Taça, com o objectivo de salvar a tempora-da. A formação orientada pelo brasileiro Josecler cumpriu sem pruridos a primeira etapa do desafio a que se propôs, ainda que a partida frente ao Lam Pak tenha sido tudo menos fácil. As duas formações permaneceram empatadas sem golos até ao final da primeira parte e a formação orientada pelo veterano Chan Man Kin acabou por ser mesmo a primeira a marcar, a um quarto de hora do fim do desafio. O Lam Pak saltou para a frente do marcador mercê de um falta da defesa do Ka I sobre William em plena grande área dos campeões do território. o brasileiro tomou em mãos a tarefa de converter o lance, não desperdiçando a oportunidade de propulsionar o onze azul e branco para a frente do marcador.

o onze orientado por Josecler só a seis minutos do fim da partida conseguiu relançar a discussão da eliminatória, na sequência de um lance infeliz do veterano Che Chi Man, que empurrou o cruzamento de Carlos reginaldo para o fundo da baliza à guarda de Fong Chi Hang. Desnorteado, o Lam Pak acabou por consentir o segundo golo menos de um minuto depois e pode uma vez mais queixar-se de falta de sorte: o remate de Alison Brito embateu num defe-sa adversário, traindo Fong Chi Hang no último reduto do Lam Pak. Benfica e Windsor Arch Ka I vão disputar em meados de Julho o encontro decisivo da edição de 2013 da Taça da Associação de Futebol de Macau.

levar perigo à área encarnada. Com uma tarde tranquila, no estádio da Taipa, Juan Castro foi pela primeira vez chamado à acção para travar com facilidade um remate de longe do capitão Geofredo de souza. os líderes isoladas da Liga de elite re-clamaram uma grande penalidade pouco depois, num lance dividido entre Daniel santos e um jogador da formação de matriz portugue-sa. o atleta brasileiro acabou por receber assistência médica dentro de campo, mas o árbitro do desafio entendeu não haverem razões para apontar o castigo máximo. Apesar de controlar o andamento da parti-da ao meio-campo, o Benfica não

teve a ligeireza que demonstrou noutros jogos e raramente sondou com verdadeiro perigo a grande área adversária durante a primeira parte. Um remate de Fabrício cons-titui a excepção, com o brasileiro a obrigar Domingos Chan a operar uma defesa atenta.

A partida chegou ao intervalo com o nulo a pautar o andamento do marcador e a igualdade sem golos havia de se permanecer como traço distintivo até aos segundos finais do desafio. Incapaz de incomodar Juan Castro na baliza do Benfica na sequência de jogadas de bola corrida, o Monte Carlo só conseguia levar perigo ao último reduto ad-

versário em lances de bola parada. Iuri Capelo quase comprometeu as esperanças encarnadas, ao fazer falta sobre Chan Kin seng no limite da grande área. o árbitro marcou livre directo e a formação orienta-da por Tam Iao san procurou dar substância a uma jogada ensaiada, acabando por desperdiçar uma boa oportunidade. Na jogada imediata, Leong sio Meng tentou isolar Le-ong Ka Hang na frente de ataque, mas Juan Castro mostrou uma boa leitura de jogo e antecipou-se ao jovem dianteiro dos vice-campeões do território. Na resposta, Bruno Martinho forçou Domingos Chan a uma defesa atenta, na sequência de um pontapé de canto. Pouco depois foi a vez de Jorge Tavares tentar a sorte, apenas para falhar por muito a baliza do adversário.

Pouco inspirado na frente de ataque, Pio Júnior cabeceou ao lado da baliza de Chan, desperdiçando uma das últimas oportunidades das águias do território. Com o fluir do tempo, a partida parecia condenada a decidir-se através do expediente da lotaria das grandes penalidades, mas um remate sólido de Cuco na sequência de um livre directo garantiu à formação encarnada a presença no encontro decisivo da edição de 2013 da Taça da Asso-ciação de Futebol de Macau.

FInal De granDeSNa final da competição, o Benfica vai esgrimir argumentos com o

17segunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS: 1-BROA. ROSAS. 2-ORLA. SUMO. 3-ENXOFRE. LUA. 4-NEO. AMUO. AR. 5-AM. TIA. BAR. 6-IRA. ARO. 7-URO. ARA. 8-IS. MEIA. TER. 9-DUM. MAGREZA. 10-ORAL. SEIS. 11-SALÃO. MOER.VERTICAIS: 1-RENAS. IDOS. 2-NEM. USURA. 3-ROXO. IR. MAL. 4-ORO. LÃ. 5-ALFAIA. EM. 6-ARMA. 7-EU. ARAGEM. 8-OS. OBRA. 9-SUL. AO. TESE. 10-AMUAR. 11-SOAR. FERAZ.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUçÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1 – Pão de milho; flor da roseira (pl.). 2 – Guarnição na extremidade de uma peça de vestuário; suco. 3 – Não metal de cor amarela, sólido, combustível, que se encontra no estado livre em áreas vulcânicas e em depósitos subterrâneos, em combinação com outros metais sob a forma de sulfuretos insolúveis, no gás natural, etc.; planeta que gira em volta da Terra e que lhe serve de satélite. 4 – Elemento de formação de palavras que exprime a ideia de novo; agastamento; o espaço aéreo. 5 – Amerício (s.q.); irmã dos pais ou avós; estabelecimento particular ou dependência de hotel ou restaurante onde se servem bebidas. 6 – Fúria; caixilho de madeira para os vãos das janelas, etc. 7 – Espécie de boi selvagem; altar cristão; a ti. 8 – Nona letra do alfabeto (pl.); tecido de malha para cobrir o pé e parte da perna; possuir. 9 – Contr. da prep. de com o art. indef. um; qualidade ou estado de magro. 10 – Verbal; cinco mais um. 11 – Grande sala; reduzir a pó.

VERTICAIS: 1 – Mamífero cervídeo de grande porte, que vive nas regiões frias do hemisfério norte e que é domesticável (pl.); o dia 15 de Março, Maio, Julho e Outubro, ou o dia 13 dos outros meses, no antigo calendário romano. 2 – E não; juro de um capital. 3 – Que tem cor entre rubro e violáceo; caminhar; doença. 4 – Discurso em público; som de canhão; pêlo de alguns animais, em especial do carneiro. 5 – Qualquer utensílio adequado a uma arte ou ofício; prep. que indica lugar, tempo, modo, causa, fim e outras relações. 6 – Qualquer instrumento de ataque ou defesa; camareiras. 7 – A minha pessoa; vento brando. 8 – Aqueles; resultado permanente do trabalho ou da acção; curso de água natural. 9 – Ponto cardeal oposto ao Norte; contr. da prep. a. com o art. def. o; conclusão de um teorema. 10 – Dar-se por ofendido, descontente, escandalizado, sem se queixar; epiderme, especialmente a do rosto. 11 – Produzir som; fértil.

Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

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19:30A Fashion Statement20:30 Great wimbledon Rivalries21:30 (LIVE) Score Tonight 2013 22:00 Decade Of wimbledon

40 - FOX Movies12:30 In Time14:20 The Day After Tomorrow16:25 what Lies Beneath18:35 Once Upon A Time19:25 Exploding Sun21:00 The Book Of Eli23:00 Ufc 161

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18:10 Star Trek VI20:00 Bridesmaids22:00 Veep 22:30 Xxx: The Next Level00:10 Cool world

42 - Cinemax13:00 Exit wounds14:45 Superman/Batman16:00 First To Fight17:45 Nick Of Time19:20 Hollywood On Set20:00 Thor 22:00 The Blob 23:35 Spartacus: Vengeance00:30 China Moon

nA CASA AberTA

Sala 1now you See me [b]Um filme de: Louis LeterrierCom: Mark Ruffalo, Jesse Eisenberg, woody Harrelson, Mélanie Laurent14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Sala 2 after earth [c]Um filme de: M. Night ShyamalanCom: will Smith, Jaden Smith14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Sala 3 long weekend [c](FALADO EM TAILANDêS E LEGENDADO EM CHINêS/INGLêS)Um filme de: Taweewat wanthaCom: Shin Chinawut, Namche Sheranat, Sean Jindachote14.30, 16.30, 19.30, 21.30

falo palavras amordaçadas como preso em mim e no meu sentir. sou de desejar escrever até morrer, mas hoje desperto de um sol frio, coagido por ser Outono e nas cores quentes deste dia, vomito o silêncio; estou inteiro, curvado perante ti e me uso da tua pele para me aquecer do frio da alma que circula, para lá e para cá, junto a mim. leio poesia de quem não se teme, apavorada, e sigo mais além onde encontro, num sorriso, a tua tez. nas letras despes a sabedoria de quem joga com as palavras no momento, mesclando odores de sonhos e de sons felizes, perdidos aqui, na casa aberta.

***

nada te digo que não seja verdade. quero que saibas que tenho frio. tu bem sabes que é difícil ter frio mas estou deitado, sozinho, abandonado nesta insónia. o barulho da chuva prende-te no meu pensamento. confunde-me a tua ausência física e a metamorfose a que te constantemente te confinas. é tarde em Macau e, de soslaio, a hora que passa não me deixa dormir. estás em mim como estas gotas que tilintam nos telhados e ali ficam, perdidas no algeroz deste prédio velho onde moro. a cidade apresenta-se despida, sem nada que a mantenha de pé. triste, negra, molhada. Inibida de nós, subtraída dos demais. é tarde, muito tarde, em Macau. neste cantinho vesti-me de duende e escolhi o sono que teima em chegar a esta floresta húmida e fria. prendes-me! fico tão agarrado a mim que não consigo escorrer-me por dentro. que a chuva me limpe, enfim, sem te levar não muito longe. quero apenas dormir. até amanhã

Longe de Manaus • Francisco José Viegasreconstruindo a própria linguagem do romance policial, subvertendo as suas regras, escrito em tons e linguagens distintos, Longe de Manaus é o romance da solidão portuguesa, o retrato distante e desfocado de um país abandonado às suas memórias e ao seu desaparecimento.

uM Céu deMasiado azuL • Francisco José ViegasUm homem é encontrado morto no porta-bagagens do seu próprio carro, dois dias depois de ter regressado do México e de Cuba. As investigações apontam uma pista - uma artista de striptease que actua na província, de vila em vila, de cidade em cidade. Porém, por detrás deste homem e desta mulher, cruzam-se os destinos que arrastam consigo a memória de paixões nunca resolvidas nem consumadas, um Portugal medíocre, novo-rico e hipócrita.

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António [email protected]

segunda-feira 17.6.2013opinião18 www.hojemacau.com.mo

As escutasAnAtomiA de um crime Na passada quarta-feira, 5 de Junho, o jornal inglês The Guardian noticia que a operadora telefónica Verizon tinha recebido uma ordem judicial secreta, proveniente do governo americano, para quebrar o sigilo telefónico de milhões dos seus clientes. Esta noticia aparece também no jornal americano The Washington Post.

No dia 6 o governo dos Estados Uni-dos veio confirmar que fazia tais escutas: “A quebra de sigilo permite à equipe de contra-terrorismo descobrir se suspeitos de terrorismo tem entrado em contacto com cúm-plices dentro dos Estados Unidos”, disse um membro do governo, sob condição de sigilo.

Mas nesse mesmo dia o mesmo jornal vol-ta à carga, noticiando que o leque das escutas era muito mais alargado – os EUA tinham acesso a praticamente tudo o que se dizia, se lia ou se via na Internet, nomeadamente através dos maiores servidores - como o Fa-cebook, Google, Microsoft, Skype e Apple - e isto através do programa PRISM, controlado pela Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana.

A 7 de Junho o presidente dos EUA confirma essas escutas, defendendo-as como necessárias, e afirmando que eram escrutina-das de perto pelo Congresso e pelos tribunais (1). A 8 de Junho vem o Director do National Intelligence (Serviços de Espionagem), Ja-mes Clapper dizer que fora “angustiante ver isso (as revelações) acontecer por causa do enorme, grave dano que causou aos nossos recursos de espionagem” (2).

No domingo, dia 9, veio-se a conhecer, por iniciativa do próprio, a fonte destas informações: um funcionário da empresa Booz Allen Hamilton Holding Corp.,a qual por sua vez trabalhava para a NSA, Edward Snowden, de 29 anos. Snowden trabalhava no Havai, ganhando uns confortáveis 200 mil dólares por ano; mas havia partido (ou tinha-se refugiado) em Hong Kong para poder revelar estes factos. “Não quero viver numa sociedade que faz este tipo de coisas, num mundo onde tudo o que eu faço e digo é registado” – declarou.

Snowden - que foi de imediato demitido pela firma onde trabalhava - começou a ser apontado como criminoso; e por muitos círculos americanos muito pior que isso, como traidor. O deputado Peter King, um republicano que pertence ao grupo que con-trola os serviços de espionagem, declarou que Snowden deveria ser “extraditado de Hong Kong imediatamente” (3).

A trAiçãoMas Snowden será mesmo um traidor? E traidor a quem? Para a firma para quem trabalhava, ou mesmo para o Governo dos EUA certamente que sim. Mas para os valores que a América diz defender? E para os outros homens? Na declaração de Independência dos Estados Unidos da América, em 1776, os pais fundadores desse país assim escreveram: “We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed

Assim os “perigos” e os “atentados” prevenidos por este sistema de escutas são em meu entender claramente menores que os resultantes da implantação das escutas. Serei eu também fisgado por este artigo? Nesta hora, tal como o fizeram Snowden e tantos outros, todos os homens livres devem dar a cara

E a verdade vos libertará (Evangelho de S. João, 8,32)

by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.” Isto é - os direitos não são “concessões” dos governos à “populaça”: são inerentes a cada homem e à sua dignidade.

E mais - a 4.ª emenda à Constituição dos Estados Unidos, ratificada em 1971, proíbe as buscas indiscriminadas, e sem motivo: “The right of the people to be secure in their persons, houses, papers, and effects, against unreasonable searches and seizures, shall not be violated, and no warrants shall issue, but upon probable cause, supported by oath or affirmation, and particularly describing the place to be searched, and the persons or things to be seized.”

De facto - onde está a Liberdade se to-dos os nossos actos são conhecidos? Cabe assim perguntar: quem está traindo o “sonho americano”? E será que existem funcioná-rios capazes de cumprir ordens ilegais sem pensar? Pessoas desprovidas de sentimentos e raciocínio? Há homens assim - mas feliz-mente não todos.

A devAssAAs notícias desta devassa da vida privada das pessoas a uma escala global e siste-mática não têm paralelo na história. Até à data as polícias políticas tinham jurisdições nacionais (podendo haver troca de uma ou outra informação apenas se os estados tal considerassem vantajoso); e limitavam-se a

controlar telefones ou correspondência de um ou outro suspeito; e ainda assim tinham que o fazer secretamente (abrindo p. ex. as cartas com vapor de água, para depois as voltar a colar). Respeitava-se a vida particular - havia o segredo de confissão, o segredo médico, o dos advogados, o segredo bancário...

Algumas pessoas, quanto a mim um tanto ingénuas, afirmam “nada temer, pois nada têm a esconder”. Avaliam mal a maldade humana, maldade essa que levou a que todos os sis-temas políticos - através das Constituições e dos “contra-poderes” – tentem evitar o poder absoluto. Também os porcos, as vacas e os carneiros não têm nada a esconder – mas são levados para o matadouro. E se ao leitor chocar esta comparação recordarei outras, mais “hu-manas” : respeitáveis cidadãos defenderam a escravatura, bem como guerras terríveis em que não morreram só os “culpados”, mas milhões de velhos mulheres e crianças.

os euA não têm jurisdiçãosobre os cidAdãos de outros pAísesO sistema denunciado permite, sem qualquer controlo (recorde-se que Snowden não era funcionário de alto nível do governo ame-ricano, mas um simples funcionário de 2.ª linha (não possuía curso) de uma empresa que trabalhava para o governo americano) – recolher informações abundantes sobre cidadãos de todo o mundo – desde que tenham uma “pegada electrónica”. Ora essa recolha de informações é expressamente vedada em numerosos (todos?) países, pelas leis que protegem a vida privada. Em Portugal e em Macau, p. ex., existem Comissões com o único fim de defender a vida privada.

A recolha (e guarda) sistemática de infor-mações, através de escutas, sobre cidadãos de todo o mundo não é admissível tanto a nível do direito internacional como do direito dos povos à autodeterminação. Ao nível do direi-to internacional o governo dos EUA (como qualquer outro governo) tem poder apenas sobre os seus cidadãos (e sobre os cidadãos de outros países que se encontrem no seu ter-ritório); e mesmo esses poderes estão limitados pela Constituição do país, e pelo que o seu governo se comprometeu através dos Tratados Internacionais (p. ex. não podem torturar quer os seus nacionais, quer estrangeiros); ao nível da autodeterminação os povos do Mundo não elegeram o governo americano, que não tem assim legitimidade para os tutelar (4).

Assim, para os Estados civilizados, ou pelo menos para os seus povos, quem prevari-cou foi o Governo americano, e não Snowden.

verdAde e democrAciA Estas revelações – a par de outras, como o caso do Wikileaks – mostram o pouco caso que muitos governantes fazem dos povos que administram. Em teoria afirmam “respeitar a vontade popular expressa nas urnas”, e

afirmam-se “ao serviço das populações”; mas na prática trabalham na sombra, escondem os seus actos, e apelidam de “criminoso” quem lhes expõe os podres.

Ora a questão da verdade e da mentira é crucial – sem verdade para quê falarmos uns com os outros? Jesus não fez a coisa por menos, e chamou ao Diabo o “Pai da mentira”(Evangelho de S. João, 8,44).

big brotherMas até aqui não entramos no que é para mim o aspecto mais grave. Um sistema de verificação automática de e-mails pode facil-mente estabelecer as “redes de amigos” reais; e um programa um pouco mais sofisticado poderá detectar as preferências – políticas, religiosas, sentimentais, sexuais, artísticas, etc. - de cada utilizador da Internet, analisando p. ex. através de palavras chave, o conteúdo dos e-mails (ou dos simples ‘forwards’) que envia, ou os sites que frequenta.

E assim a última barreira da liberdade, o pensamento, pode deixar de ser livre. Ora facilmente se compreende que um sistema deste género, conhecendo tudo, ou quase tudo, o que cada um de nós pensa é em extremo perigoso. A um nível privado, ou pessoal os dados podem ser vendidos a organizações ou indivíduos (incluindo organizações crimino-sas), dando vantagens comerciais, p. ex., a uma sobre outra firma; indivíduos poderão ser chantageados; etc.

A um nível global os perigos são ainda maiores, pois é muito fácil compreender que um sistema que “tudo sabe” facilmente pode implantar uma ditadura à escala mundial, ao pior estilo do “Big Brother” (aliás os regi-mes ditatoriais - e precisamente porque são ditatoriais, isto é, por não estarem de acordo com os seus concidadãos, sempre quiseram saber o que estes pensam).

Além disso, um sistema centralizado de comunicações sujeito a ordens “políticas”, permite que um cidadão, com um simples ‘click’, fique sem acesso às suas contas bancá-rias, aos serviços de saúde, a comunicações...

Assim os “perigos” e os “atentados” prevenidos por este sistema de escutas são em meu entender claramente menores que os resultantes da implantação das escutas.

Serei eu também fisgado por este artigo? Nesta hora, tal como o fizeram Snowden e tantos outros, todos os homens livres devem dar a cara.

(1)Esta garantia não pode de facto ser dada: Snowden era um funcionário de nível médio (não possuía curso superior), e tinha acesso a dados quase de maneira irrestrita; e como ele existiam milhares de outros funcionários.

2)O mesmo Clapper, em Março deste ano, havia faltado à verdade, ao afirmar no Senado americano que os seus serviços não recolhiam deliberadamente dados sobre milhões de americanos.

(3) Hong Kong tem um tratado de extradição com os EUA (Fugitive Offenders (United States of America) Order.

(4) Já o vedar a entrada nos EUA (ou expulsar desse país) estrangeiros considerados indesejáveis é, em meu entender, perfeitamente razoável.

19opiniãosegunda-feira 17.6.2013 www.hojemacau.com.mo

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macau v is to de hong kongDavid Chan*

*Professor Associadono Instituto Politécnico de Macau

[email protected]://blog.yahoo.com/legalpublications

o dia 30 de Maio de 2013 o IMD WCC apresentou o World Competitive Yearbook 2013, revelando que a Suíça era o país mais competitivo, entre 60 nações e regiões.

“IMD”, “International Institute for Management Development” é uma escola de gestão situada em Lausanne, Suíça. No site da “Wikipedia” é descrita como “… amplamente considerada como pioneira no ensino de gestão e está no topo do ranking de todas as outras escolas desta natureza por todo o mundo. Em 2012, o Financial Times classificou-a a melhor do mundo em programas abertos. o seu MBA (Master of Business Administration) está entre os melhores mestrados do mundo.”

“WCC”, “World Competitiveness Center” é descrito na “Wikipedia” como “...um pioneiro no ramo da análise da competitividade das nações e das empresas desde 1989. Tem-se dedicado ao avanço dos conhecimentos sobre a competitividade global recolhendo os dados mais recentes e relevantes desta matéria e analisando as suas consequências políticas. o WCC leva a cabo a sua missão em colaboração com 54 institutos por todo o mundo, proporcionan-do aos governos, gestores e à comunidade académica os seguinte serviços: IMD World Competitiveness Yearbook, WCY online, relatórios especiais de competitividade país/região e workshops sobre competitividade.”

o comunicado de imprensa do IMD WCC diz que “ o relatório de 2013 avalia a competitividade de 60 países e regiões com base em 333 critérios. Dois terços deles derivam de indicadores estatísticos e um terço das percepções dos líderes de opinião.”

A partir destas descrições podemos aferir do impacto do IMD WCC Yearbook no mundo inteiro.

o relatório de 2013 indica que os cinco primeiros em ordem decrescente são os EUA, Suíça, Hong Kong, Suécia e Singa-pura. Do ponto de vista da China, temos de nos focar na China Continental, Hong Kong, Taiwan e Macau. Estão classificados respectivamente em 21º, 3º, 11. Macau não consta do relatório.

Tanto em 2011 como em 2012, Hong Kong estava em número um em todos os rankings. Quanto à classificação deste ano, o secretário para os Serviços Financeiros e do Tesouro, K C Chan, declarou que esta

Como é hoje noticiado, farei parte da lista de candidatos à Assembleia Legislativa da RAEM, liderada por Agnes Lam. o observatório Cívico é constituído por um conjunto de pessoas que partilha ideias sobre Macau, sobre os problemas que nos afectam e mesmo uma visão para o futuro desta região. Entendeu Agnes Lam, bem como os outros membros da lista, que a minha presença permitirá reflectir a multiculturalidade que constitui a identidade de Macau, na qual a comunidade lusófona desempenha e desempenhará um relevante papel.A Assembleia Legislativa da RAEM precisa de uma voz activa, lúcida e inteligente, que traga ao plenário novas ideias, novas formas de ser e de fazer, afinada pela tempos e pelos tremendos desafios que enfrentamos; uma voz que represente, desligada de interesses económicos, os valores partilhados por cada vez mais pessoas, no sentido de fazer deste “Macau governado pelas suas gentes” um espaço de modernidade, qualidade de vida, civismo, cultura e bom senso. Perante o convite que há algumas semanas me foi dirigido, não pude deixar de me sentir honrado e motivado pela oportunidade de dar o meu contributo político a esta sociedade onde, desde 1990, me insiro. Entendi então ser um dever pessoal e cívico aceitar o convite e pretendo agora empenhar-me, no limite das minhas capacidades, neste desafio eleitoral por um melhor futuro para Macau.Sendo proprietário e director deste jornal, considero que seria uma hipocrisia suspender as minhas funções directivas daqui até às eleições. Os jornalistas, como todos os cidadãos, têm o direito à participação cívica e política na sociedade. Não têm que deixar de trabalhar só porque se candidatam a um cargo político, nem tal facto significa que sejam alterados os procedimentos profissionais que pautam a feitura deste jornal.Pelo contrário, o facto de ser transparente a posição do director nestas eleições permitirá a todos avaliar de modo consciente e esclarecido os conteúdos do jornal e caberá aos leitores julgar se tal facto influencia ou não a nossa produção noticiosa. Se abandonasse a direcção do jornal, não deixaria de ser o seu proprietário o que, claramente, manteria a minha influência. Não vale a pena por isso recorrer a fingimentos sem sentido. Por outro lado, não se trata aqui de uma corrida para as cadeiras do Governo mas de tentar fazer ouvir uma voz, de apresentar projectos, de representar a população que concorda com as nossas ideias e tem as nossas aspirações, de nesse sentido influenciar quem por aqui toma as decisões. Continuarei por isso, para além de ser candidato, como director do Hoje Macau, pautando-me exactamente pelos mesmos valores e procedimentos a que habituámos desde sempre os nossos leitores.

edi tor ia lCarlos Morais José

Se desejamos que Macau seja um centro de entretenimento, particularmente no que diz respeito ao jogo, temos de ter a melhor lei de jogo. Hong Kong demorou cerca de 20 anos para criar uma nova Companies Ordinance. Quantos anos levará Macau a criar a melhor lei de jogo? Quando aparecerá Macau no relatório do IMD WCC?

Livro do ano de 2013do IMD WCC

se devia à diminuição do crescimento eco-nómico, mas que continuava a ser número um no critério de direito comercial.

Não é nenhuma surpresa que Hong Kong seja o “número um de direito comer-cial.” Se olharmos para o desenvolvimento do direito comercial de Hong Kong, parti-cularmente para o direito das sociedades, percebemos porquê.

A lei das sociedades de Hong Kong é principalmente regulada pela Companies ordinance Cap. 32. Foi promulgada em 1984.

Em 23 de Novembro de 1994 o governo de Hong Kong criou uma comissão para estudar a Companies ordinance com o objectivo de ser o “número um de direito comercial” e desenvolver Hong Kong no século XXI.

o estudo durou seis anos. Em Fevereiro de 2000 foi anunciada a reforma do capítulo 32. Seria uma reforma produzida em duas fases, em 2003 e 2004, respectivamente.

Estas duas alterações não estavam relacionadas com resgates de empresas, fusões, aquisições, etc. Entretanto teve início o segundo estudo. Demorou cerca de dez anos. Finalmente, em 2011, o governo apresentou o projecto de lei da nova Com-panies ordinance Cap. 622. A Assembleia Legislativa aprovou o Cap.622 em Julho de 2012. Entrará em vigor em 2014.

A promulgação do Cap. 622 não é igual à prática do passado. Antes da promulgação do Cap. 622 o governo de Hong Kong foi alterando o capítulo 32 durante 27 anos. Agora foi abolido e totalmente substituído pelo Cap. 622. A maioria dos conteúdos foram alterados. As leis sofreram grandes alterações.

As leis pedem estabilidade. Se estiver-mos sempre a alterar as leis estaremos a criar problemas aos governantes e aos cida-dãos que perdem a sensação de segurança. Por este prisma, podemos constatar que a abolição do capítulo 32 e a sua substituição pelo Cap. 622 foi uma das grandes obras no campo legal em Hong Kong. Esta reforma é corajosa.

Podemos tirar várias ilações a partir do desenvolvimento da Companies ordinance de Hong Kong. Uma, é que se queremos que a nossa lei seja a “número um” temos de ter esse objectivo em mente. Outra, é que isso exige um grande esforço. Mais de vinte anos para reformar uma lei é um bom exemplo desse esforço.

A promulgação do Cap. 622 é vital para Hong Kong porque a região é um centro financeiro e comercial. Para manter esse estatuto tem de se ter como ferramenta de suporte, um direito comercial que seja o melhor. Se Macau se quer definir como um centro de entretenimento, particularmente na área do jogo, então as suas leis nesta matéria têm de ser as melhores. Ainda nos lembramos quando em 21 de Fevereiro de 2007 uma jovem de 16 anos ganhou um jackpot num casino. A pergunta pôs-se imediatamente: a jovem deveria receber o prémio? Acabou por recebê-lo. Esta questão revelava que as leis tinham de ser melhoradas. Ser o número um em direito comercial sustenta Hong Kong como um centro comercial e financeiro. Se desejamos que Macau seja um centro de entretenimen-to, particularmente no que diz respeito ao jogo, temos de ter a melhor lei de jogo. Hong Kong demorou cerca de 20 anos para criar uma nova Companies ordinance. Quantos anos levará Macau a criar a melhor lei de jogo? Quando aparecerá Macau no relatório do IMD WCC?

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segunda-feira 17.6.2013www.hojemacau.com.mo

car toon por Steff

Ambiente Sands China juntou-sea empresa de reciclagem de sabonetes de banho

Ajudar os que precisam

Mak Soi Kun voltaa concorrer à ALFoi ontem apresentada em conferência de imprensa a lista eleitoral intitulada União Macau-Guagdong, liderada pelo actual deputado pela via directa Mak Soi Kun. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o número dois vai ser Chiang On Teng, que já fez parte da lista candidata nas últimas eleições de 2009, mas como número cinco. A União Macau-Guangdong apresenta-se como um grupo pró-empresarial (Mak Soi Kun é empresário na área da construção civil) e tem como apoiantes os oriundos da província de Guangdong. Nas eleições de 2005, a mesma lista foi liderada pelo actual deputado Fong Chi Keong, que agora se senta na AL pela via indirecta. Com dez membros no grupo, Mak Soi Kun disse esperar a eleição para, pelo menos, dois assentos na AL.

“Parabéns a Você”em disputa judicialUma produtora recusou-se a pagar os direitos sobre a canção “Happy Birthday to You”, a versão inglesa do “Parabéns a Você”, e processou, esta quinta-feira, a Warner/Chappell, detentora dos direitos de autor do tema. Sempre que é o tema interpretado na televisão ou no cinema é preciso que se paguem os direitos de autor, o que fez com que a Good Morning to You Productions (GMTY), que está a produzir um documentário acerca da canção “Happy Birthday to You”, se veja obrigada a pagar 11.700 patacas de direitos para usar a música numa das cenas. A produtora pagou os direitos de uma das canções mais populares e mais vezes reproduzida no mundo, mas avançou para tribunal, alegando que o fez de forma “involuntária”, receando ter de vir a pagar a multa de 1,2 milhões de patacas em que incorria caso não procedesse ao pagamento. “Esta é uma acção para declarar inválido o direito autoral que o acusado Warner/Chappell afirma ter sobre a canção mais popular do mundo, ‘Happy Birthday to You’”, indica o processo, citado pela AFP.

Egipto cortourelações regimede Bashar al-AssadO presidente egípcio, Mohamed Mursi, anunciou este sábado que o Egipto rompeu, definitivamente, as relações diplomáticas com o regime sírio, governado pelo presidente Bashar al-Assad. Numa conferência pública de apoio à revolta síria, Mursi declarou que decidiu fechar a embaixada síria no Egipto e exigiu a definição de uma zona de exclusão aérea na Síria, medida que é reivindicada pela oposição ao regime de Al-Assad.

Explosões de carros armadilhadosfazem 20 mortosUma série de explosões de carros armadilhados em várias cidades a sul de Bagdad, no Iraque, provocaram pelo menos 20 mortos e 56 feridos. Foram registadas explosões de sete carros armadilhados, durante a hora de ponta, este domingo de manhã, em áreas predominantemente xiitas. Os incidentes ocorreram em Kut e Aziziyah, na província de Wasit, Nasiriyah e Baçorá.

Depardieupretende agora passaporte argelinoDepois de obter nacionalidade russa, o actor Gérard Depardieu já definiu o próximo objectivo: obter passaporte argelino. O actor francês afirmou ao “Journal du Dimanche” que “adoraria ter sete passaportes”. Por isso, vai solicitar o argelino e outros, que lhe pouparão depois o trabalho de pedir vistos.

Mulher de 36 anosteve bebé de umrapaz de onzeO caso de uma mulher de 36 anos que teve um filho de um rapaz de onze anos está a gerar polémica na Nova Zelândia, porque neste país só os homens podem ser acusados de abuso sexual de menores. O caso ocorreu em North Island, em Auckland, quando a mulher se envolveu com um colega do filho e engravidou, em Abril do ano passado. Segundo o “Weekend Herald”, o en volvimento entre ambos terá durado vários meses, até que o rapaz falou do caso na escola. “Vai ficar zangado comigo”, disse o rapaz ao director do estabelecimento de ensino, admitindo que tinha mantido relações sexuais com a mãe de um amigo “e que precisava de parar”. O professor ficou “chocado” com a situação e denunciou o caso. A criança e o bebé fruto da relação com a mulher foram depois entregues a uma instituição. Apesar de não poder ser acusada de abuso sexual de menores, a mulher enfrenta outras acusações, que não foram especificadas.


A Sands China juntou--se à empresa Clean the World, que se dedica a recolher e

reciclar produtos usados nos hotéis. É o caso dos sabonetes de banho. “A Clean the World é uma empresa que se compromete a proteger o ambiente e a salvar vidas, ao recolher sabonetes, de forma a combater a propagação de doenças”, diz a operadora, através de comunicado.

A Sands China tem mais de nove mil quartos de hotel. Ao assinar esta parceria com a Clean the World, a operadora garante ainda estar a dar o primeiro passo para o estabelecimento da empresa em Macau e Hong Kong. “A Sands China está or-gulhosa por ser a patrocinadora desta empresa, que se alinham com as nossas estratégias de sustentabilidade”, referiu Mark McWhinnie, vice-presidente de operações do Venetian Macao e

do Sands Cotai Central. “Com um número tão vasto de quartos de hotel, há uma grande oportuni-dade para reciclar os sabonetes e contribuir para um ecoturismo.”

Esta não é a primeira ini-ciativa da Sands China, no que toca ao ambiente. Os hotéis da operadora têm chuveiros de pou-pança de água, lâmpadas LED e reciclagem de papel, plástico e metal. “Estamos a trabalhar para ter reciclagem de vidro e de desperdícios de comida.”

De acordo com a Organiza-ção Mundial de Saúde, explica ainda a Sands, centenas de crian-ças morrem todos os dias de pro-blemas respiratórios e diarreias devido a microrganismos que podem ser combatidos através de um banho com sabonete. “A Clean the World conseguiu transformar mais de 700 metros cúbicos de lixo e criar mais de 12 milhões de novas barras de sabão, que são entregues em 67 países.”

ELEiçõESnO irãO

Aprovado novo hotel da Doca dos Pescadores As Obras Públicas já aprovaram o pedido de construção do primeiro dos três novos hotéis que irão pertencer à renovada Doca dos Pescadores. Segundo a TDM, o anuncio foi feito pelo próprio empresário e antigo deputado, David Chow. “O primeiro hotel já foi autorizado pelo Governo. Submetemos a proposta para o segundo hotel e agora estamos à espera da autorização da construção para começar. Autorizaram que fosse retirado o vulcão e logo que estejam resolvidas questões técnicas podemos começar com a construção.” A primeira fase da nova Doca dos Pescadores, cerca de 60% do projecto, deverá estar concluída em 2016. Dos actuais 511 quartos de hotel, o empreendimento passa a ter 1783, incluindo 500 mesas de jogo.

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Hoje Macau 17JUN 2013 #2872