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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB POR UMA INVESTIGAÇÃO SÉRIA E SÓLIDA SOCIEDADE PÁGINA 7 Governo dá conta de quase meia centena de pessoas a saltar o muro do campus da Universidade de Macau ÚLTIMA O MURO DAS AMBIÇÕES DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 TERÇA-FEIRA 28 DE OUTUBRO DE 2014 ANO XIV Nº 3202 hojemacau São as palavras de Xu Jing, director regional da Ásia e do Pacífico da OMT, proferidas durante a abertura do fórum que tem este ano como tema “A Rota Marítima da Seda”. Xu defende ainda que Macau deve apostar no património cultural. FÓRUM DA ECONOMIA DO TURISMO GLOBAL Macau é um excelente portal para a China ARQUITECTURA PUB ‘‘ PÁGINAS 2-3

Hoje Macau 28 OUT 2014 #3202

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Hoje Macau N.º3202 de 28 de Outubro de 2014

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Page 1: Hoje Macau 28 OUT 2014 #3202

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

POR UMA INVESTIGAÇÃO SÉRIA E SÓLIDA

SOCIEDADE PÁGINA 7

Governo dá conta de quase meia centena de pessoas a saltar o muro do campus da Universidade de Macau

ÚLTIMA

O MURO DAS AMBIÇÕES

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 T E R Ç A - F E I R A 2 8 D E O U T U B R O D E 2 0 1 4 • A N O X I V • N º 3 2 0 2

hojemacau

São as palavras de Xu Jing, director regional da Ásia e do Pacífico da OMT, proferidas durante a abertura do fórum que temeste ano como tema “A Rota Marítimada Seda”. Xu defende ainda que Macaudeve apostar no património cultural.

FÓRUM DA ECONOMIA DO TURISMO GLOBAL

Macau éum excelente portal paraa China

ARQUITECTURA

PUB

‘‘ PÁGINAS 2-3

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hoje macau terça-feira 28.10.20142 REPORTAGEM

LEONOR SÁ [email protected]

A terceira edição do Fórum da Eco-nomia do Turis-mo Global, que

se estende até esta quarta--feira, teve início ontem no salão de exposições do Venetian. A edição deste ano tem a Rota Marítima da Seda como tema, assumindo a no-ção deixada no ano passado por Xi Jinping, Presidente da República Popular da

REPORTAGEM A CHINA É QUEM MAIS ORDENA NO TURISMO GLOBAL

No viajar é que está o ganhoÉ a China quem está na linha da frente no que diz respeito ao turismonos quatro cantos do mundo. Em 2013, mais de 20% do total de viajantes do planeta foram chineses. Foi isso mesmo que Márcio Favilla e Xu Jing disseram no primeiro dia do Fórum da Economia do Turismo Global,a acontecer em Macau pela terceira vez

China. A lógica passa por recriar o mesmo caminho feito há mais de dez mil anos, desta vez conduzindo ao crescimento do turismo e não do comércio.

A ideia que fica é a de que é a China quem se encontra na linha da frente do turismo global. Foi isso mesmo que disse Márcio Favilla, director executivo dos Programas Operacionais e Relações Ins-titucionais da Organização Mundial de Turismo (OMT). Esta noção foi igualmente transmitida por Xu Jing, director regional da Ásia e do Pacífico da mesma orga-nização. “No ano passado, registou-se um crescimento de 5% no sector turístico da

zona da Ásia e do Pacífico”, referiu Favilla, durante o seu discurso de boas-vindas.

MACAU E O PATRIMÓNIO CULTURALDesta vez, foi Xu Jing quem assegurou que Macau tem que apostar no “património cultural” para singrar. Se, por um lado, o Jogo tem enchido as medidas ao sector do Tu-rismo no território, por outro, há cada vez mais pessoas a defender a necessidade urgen-te de diversificar a economia.

Chui Sai On abriu as hostes, referindo que o Executivo local vai conti-nuar a reunir esforços para fazer do território um dos principais destino turísticos. “O Governo da RAEM está empenhado em agarrar, em conjunto com a população, a oportunidade trazida pela Rota da Seda Marítima do século XXI, lançada pelo país, para evidenciar as nos-sas vantagens geográficas e históricas”, disse o Chefe do Executivo. Chui aproveitou ainda para voltar a lembrar os esforços feitos pelo terri-tório em direcção à diversi-ficação da economia local. “O Governo tem apoiado o melhoramento da indústria turística, ao nível do soft-ware e hardware, e elevado a sua competitividade, com vista à sua modernização e internacionalização”.

O MUNDO PRESENTEEntre as portas, travessas, mesas e muitas cadeiras estavam os nomes mais so-nantes do turismo mundial, incluindo várias membros da OMT e de gabinetes de turismo de vários países. Coincidência ou não, a grande maioria provém do interior da China e prepara--se para fazer apresenta-ções, durante o dia de hoje, em sessões de fomento ao turismo. No entanto, é a primeira vez que o Irão e o Cazaquistão se encontram representados neste role de conferências.

De entre os oito oradores

da sessão de abertura estava o presidente da Associação de Viagens da Ásia e do Pacífico (PATA), Scott Supernaw, que referiu ter necessário “providenciar um bom serviço a quem viajar”. Isto porque, de acordo com as estatísticas referidas pelo representante da associação, o ‘feedback’ de um turista insatisfeito ressoa de forma muito mais significativa do que a de alguém satisfeito. “O objectivo é fazer com que as

“O Governo da RAEM está empenhado em agarrar, em conjunto com a população, a oportunidade trazida pela Rota da Seda Marítima do século XXI, lançada pelo país, para evidenciar as nossas vantagens geográficase históricas”CHUI SAI ON

30% ou mais dos visitantes

de todo o mundo deverão

concentrar-se na zona do

Ásia Pacífico em 2030

FÓRUM QUE ATRAIDe acordo com a organização do Fórum sobre Turismo, o evento conta com a presença de 40 Ministros e líderes mundiais e mais de 1000 delegados de vários países, estreando-se desta vez o Irão e o Cazaquistão.

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TIAGO ALCÂNTARA

3 reportagemhoje macau terça-feira 28.10.2014

“A POSTAR no património cultural” é o mote do Exe-cutivo desde que se propôs

estabelecer Macau enquanto um dos principais centro de turismo e lazer do mundo. O Jogo tem sido a força motriz da economia do território, atraindo milhões de pessoas às salas dos mais de 30 casinos actualmente existentes. No entanto e porque uma cidade não se faz de apostas, o Governo tem feito esforços no sentido de diversificar a economia, necessidade igualmente defendida por académicos, especia-listas e empresários.

O director regional da Ásia e do Pacífico da Organização Mundial de Turismo (OMT), Xu Jing, é um dos defensores desta ideia, afirmando que “Macau precisa de apostar no património cultural”. Isso, juntamente com o Jogo e mais actividades e férias direccionadas para a família, deverão fazer as delícias do sector local do Turismo. “Macau é a antiga porta de entrada para a China. Há 600 anos, serviu de ponte para o intercâmbio cultural e não vejo nenhuma razão para que não possa desempenhar o mesmo papel nos tempos modernos”, sublinhou Xu Jing, em entrevista. O director regional da OMT referiu mesmo que tal tendência está já a ter lugar.

“EXCELENTE PORTAL” PARA A CHINAXu Jing acredita que a melhor es-tratégia para Macau passa por criar a ponte entre a herança cultural do território, actividades de lazer e en-tretenimento e pacotes de férias em família. “Macau é, para a China um excelente portal”, frisou. “Acredito que Macau, sendo o ponto de partida desta maratona da Rota da Seda,

é um local onde o conceito pode efectivamente ser reinventado, como antigamente”.

TRANSFORMAR O PRIMITIVOSobre os restantes países do Sudeste Asiático, Xu referiu que é necessário fazer mais estudos sobre como criar medidas de incentivo ao turismo, justificando que as pessoas querem sentir-se atraídas pelos locais que visitam. “É preciso transformar ele-mentos primitivos, como mesquitas ou pagodes, em produtos muito atractivos”, disse o director regional da OMT, em entrevista.

Entre a reinvenção de velhos conceitos e a aplicação de novos, Xu questionou ainda a eventual criação de um sistema de internacionalização do sistema hoteleiro existente no con-tinente. “Será que podemos considerar a internacionalização do sector de hotelaria da China, de modo a criar

um modelo de negócio totalmente inovador?”, apontou, exemplificando com o Japão, cujas marcas já conquis-taram mundo e meio. As declarações do representante surgiram depois de ter sido referido o facto da China ser o país que mais turistas “exporta”. Isto porque, de acordo com Xu, a grande maioria dos turistas, a nível global, provém deste país.

MATURIDADE, PRECISA-SEDe acordo com o especialista da OMT, ainda há muito que fazer quanto à atitude e comportamento do sector do Turismo chinês e de quem nele trabalha. Na opinião do director regional da organização, a China ainda não está preparada para receber turistas de topo. Como exemplo, Xu lembrou a mais recen-te medida tomada em Xangai para atrair mais turistas. É que a cidade vai começar a ter táxis decorados ao estilo de outros tempos. “Este tipo de ofertas e atracções destinam-se aos turistas de topo”. A ideia, adiantou o especialista, também serve para Macau e Hong Kong, que recebe uma grande fatia de pessoa em busca de artigos de luxo e alojamentos topo de gama.

“Na China, não existe este tipo de nicho de mercado e não há muitas pessoas a providenciar serviços de ‘luva branca’. Há um crescimento explosivo de hotéis de cinco estrelas, mas admito que o pessoal destes esta-belecimentos de luxo não são capazes de atribuir os serviços básicos míni-mos”, confessou. Para isso, disse, é necessário formar pessoal qualificado e perceber de que forma é possível melhor servir quem por este lado do mundo viaja. - L.S.M.

XU JING, DIRECTOR REGIONAL DA ÁSIA E DO PACÍFICO DA OMT

Macau, a porta de entrada

ÁSIA PACÍFICO ESTÁ NA MODADe acordo com o relatório anual sobre economia e turismo na zona do Ásia-Pacífico, foram mais de 248 milhões, os turistas que visitaram esta região do globo. No futuro, este número deverá crescer 30%, esperando-se que os vários países circundantes acolham mais de 530 milhões de pessoas em 2030.

ROTA DA SEDA OU O FUTURO DO TURISMOA presente edição desta iniciativa internacional alicerça-se na promoção da Rota da Seda Marítima, onde o enfoque é o turismo e não o comércio. De acordo com declarações do presidente da China, Xi Jinping, no ano passado, a ideia passa por criar uma rota virtual semelhante àquela existente há dez mil anos atrás. O intuito é, de acordo com Xi, criar uma ligação entre os países do Sudeste Asiático, permitindo às pessoas que se desloquem mais fácil e convenientemente, experienciado várias formas de turismo. No ano passado, a ideia foi igualmente assumida por Kao Kim Hourn, ministro adjunto do Primeiro-Ministro do Camboja. “A China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) consideram a cooperação económica uma prioridade, pelo que é necessário construir uma Rota da Seda Marítima com o objectivo de impulsionar a cooperação económica, particularmente nas áreas de comércio, investimento e turismo”

“Macau é a antiga porta de entrada para a China. Há 600 anos, serviu de ponte para o intercâmbio cultural e não vejo nenhuma razão para que não possa desempenhar o mesmo papel nos tempos modernos”

pessoas voltem”, assegurou Supernaw.

MAIS 30% ATÉ 2030“No turismo é que está o gan-ho”. Sim, este deveria, por tudo o que foi ontem proferido, ser o tema do Fórum que decorre até amanhã, no Venetian. De acordo com os dados publica-dos no mais recente relatório da OMT, relativo a tendências e previsões do mercado turís-tico global, em 2030, mais de 30% dos visitantes de todo o mundo deverão concentrar--se na zona do Ásia Pacífico. Ou seja, daqui a 10 anos, esta zona do planeta será uma das

mais requisitadas pelos turistas de todo o mundo. O Rela-tório Anual das Tendências Turísticas na Ásia, realizado pelo Centro de Pesquisa de Economia de Turismo Global e pela OMT, refere ainda as vantagens e desvantagens do aumento de turistas nesta zona do globo. Entre os factores benéficos estão o desenvolvi-mento económico das regiões e o aumento de infra-estruturas básicas. No entanto, o mesmo documento aponta o excesso de turistas e o desaparecimento de minorias étnicas como possível consequência deste crescimento.

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TIAG

O AL

CÂNT

ARA

4 POLÍTICA hoje macau terça-feira 28.10.2014

ANDREIA SOFIA [email protected]

L EE Hay Ip, presidente da Associação de En-genharia Geotécnica (AEG), foi um dos

que se juntou a vozes de deputados para, este sema-na, criticar o novo Regime Jurídico de Acreditação, Registo, Inscrição e Quali-ficação para o Exercício de Funções Profissionais nos Domínios da Construção Civil e Urbanismo. Contudo, agora também Addy Chan, vice-presidente da Asso-ciação de Engenheiros de Macau (AEM), vem frisar que o diploma não é perfeito.

“O Regime não está completo, mas a questão é que este assunto já tem vin-do a ser discutido há cerca de dez anos. Então, agora que foi dado o primeiro passo, podemos ver quais os problemas que existem com o Regime”, disse o responsável ao HM.

Recorde-se que o diplo-ma está actualmente a ser discutido na especialidade pelos deputados da As-sembleia Legislativa (AL). Addy Chan defende que o mesmo deve ser alvo de

CECÍLIA L [email protected]

O deputado Chan Meng Kam entre-gou uma interpela-

ção escrita ao Governo onde questiona o andamento da construção do complexo municipal do novo Merca-do do Patane, criticando a situação do trânsito na área envolvente do mercado temporário no mesmo local.

Na semana passada, Alex Vong, presidente do Instituto para os Assun-tos Cívicos e Municipais (IACM), confirmou que o novo edifício deverá co-meçar a ser construído no primeiro trimestre do pró-ximo ano, sendo que deverá ter um total de 12 andares e cinco para estacionamento.

Contudo, o deputado eleito pela via directa ques-tiona o facto do concurso público para as obras só ter sido aberto pelo IACM no dia 15 deste mês, quando a 26 de Fevereiro do ano passado já havia um pro-jecto feito.

ATRASOS INCOMPREENSÍVEIS“Na resposta dada em Abril pelo Governo foi dito que já havia um plano para a

modificação do mercado, o qual foi entregue no final do ano passado à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). Porque é que só agora é que é iniciado o concurso público para as obras de reconstrução?”, questiona Chan Meng Kam, que lembrou que os atrasos no Executivo já se tornaram num fenómeno comum.

“A construção de obras sociais nunca conseguiu acompanhar o desenvol-vimento da sociedade. O Governo deve dar atenção à questão e aumentar a eficácia na construção das obras, para responder às dúvidas e exigências da sociedade”, referiu Chan Meng Kam.

O deputado calcula ainda que poderão ser ne-cessários entre dois a três anos até que exista um novo mercado na zona do Patane e pede, por isso, medidas.

“Quais as medidas que o Governo tem para resolver o problema de trânsito à volta do antigo mercado e que medida de apoio tem para as lojas e vendedores ambulantes que sejam in-fluenciados pelas obras?”, questiona o deputado.

ENGENHEIROS EXIGIDA REVISÃO CONTÍNUA DO REGIME DE ACREDITAÇÃO

Legislação com remendos

“O projecto de lei está agora concluído mas ainda não está completo, porque a situação dos engenheiros está sempre a mudar. Actualmente, as regras podem adaptar-se, mas amanhã já poderão haver mudanças”ADDY CHAN Vice--presidente da Associação de Engenheiros de Macau

PATANE CHAN MENG KAM QUESTIONA ANDAMENTO DAS OBRAS

Zona caótica

O vice-presidente da Associação de Engenheiros de Macau fala da existência de algumas lacunas no Regime de Acreditação de Profissionais da Construção Civil e Urbanismo, mas defende que, para já, este deve ser aprovado, com a condição de ser revisto daqui a dois anos

revisões constantes assim que entrar em vigor.

“A nossa Associação espera que o regime possa ser aprovado e que seja alvo de uma mudança frequente. Tendo em conta as expe-riências de Hong Kong e do Reino Unido, o projecto

de lei está agora concluído mas ainda não está comple-to, porque a situação dos engenheiros está sempre a mudar. Actualmente, as re-gras podem adaptar-se, mas amanhã já poderão haver mudanças”, disse o vice--presidente, associando esse facto a factores económicos.

“Macau vai ter um dos maiores PIB da Ásia. A área da construção civil e da engenharia vai sofrer grandes mudanças com este ‘boom’ económico. Este Regime de Acreditação po-derá não acompanhar esse desenvolvimento. Por isso, defendemos que a lei seja aprovada mas que, dentro de um ou dois anos, possa ser actualizada e modificada para responder às mudanças no mercado”, apontou.

CLARIFICAÇÕESApesar de incompleto, Addy Chan destaca o facto do Regime de Acreditação ter agora em conta profissionais com mestrado na área da Engenharia ou Arquitectu-ra. “Sabemos que já foram feitas algumas mudanças no projecto de lei desde que apresentámos as nossas sugestões. Por exemplo, a

proposta do Governo dizia que bastava uma licencia-tura em Engenharia para ter acesso à acreditação, men-cionámos que na Europa e noutros países quem tem um mestrado também preenche os requisitos e pode ser acei-te. Então, agora são aceites também os mestres, mas tudo depende do que as pes-soas estudaram antes. Isso foi algo que apresentámos e sobre o qual tivemos um bom ‘feedback’”, explicou ao HM.

Ao canal chinês da Rádio Macau, Lee Hay Ip frisou que as responsabili-dades dos engenheiros na área da fiscalização não são claras no novo Regime, tal como algumas normas relativas à profissão.

“Acho que a proposta carece de regulamentação de obras e normas autoritárias. Espero que através do inter-câmbio e cooperação entre o sector e o Governo, e até de consultas públicas, seja ela-borada uma regulamentação adequada para o território, sendo fundamental para o cargo de engenheiro de fiscalização”, disse Lee Hay Ip à rádio, citado pelo HM na edição de ontem.

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5 políticahoje macau terça-feira 28.10.2014

O envelhecimento dos prédios levou ao aumento do montante destinado ao Plano de Apoio Financeiro para a Administração de Edifícios

A partir do dia 27 do próximo mês, o Plano de Apoio Financeiro para a Administração

de Edifícios, da alçada do Instituto da Habitação (IH), vai aumentar os montantes de apoio aos con-domínios

Foi ontem publicado em Bo-letim Oficial (BO) o despacho que determina o aumento dos montantes a serem concedidos aos condomínios pelo Plano, cuja medida entra em vigor a partir do dia 27 de Novembro. Segundo um comunicado do IH o objectivo da mudança das regras, em vigor desde 2008, prende-se com a prestação de maior apoio às “comissões administrativas na convocação das assembleias gerais dos condomínios sobre os assuntos da reparação dos seus edifícios”. Tudo, porque os prédios estão a ficar mais velhos.

“Devido ao envelhecimento gradual dos edifícios e ao mau estado das instalações, o Governo decidiu ampliar o âmbito do apoio financeiro e aumentar o apoio”, bem como “aumentar o número de pedidos a apresentar, flexibilizar as condições para a concessão e simplificar o processo de candi-datura, com o objectivo de incen-

F OI ontem publi-cado em Boletim Oficial (BO) o “Re-

gulamento de Segu-rança e Instalação das Interligações de Energia Solar Fotovoltaica”, que pretende estabelecer regras de segurança para quem quiser instalar equipamentos para ter energia fotovoltaica.

Segundo um co-municado ontem emi-tido pelo Gabinete de Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE), são estabeleci-das “condições técnicas de segurança que têm

de ser cumpridas para a ligação directa de sistemas fotovoltaicos à rede pública de ener-gia eléctrica através do sistema de distribuição de electricidade”. São ainda determinados “os requisitos de instalação para sistemas fotovol-taicos em edifícios”.

O regulamento ad-ministrativo entra em vigor a 26 de Janeiro de 2015 e irá “impul-sionar a aplicação das interligações de energia solar fotovoltaica em Macau”. Caberá à Di-recção dos Serviços de

Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) a aprovação dos pedidos bem como a fiscalização do cumprimento do re-gulamento. O projecto submetido ao Governo terá de ser assinado por um engenheiro.

O GDSE afirma que “os espaços com condi-ções favoráveis para a instalação de sistemas fotovoltaicos são so-bretudo as coberturas superiores e terraços de edifícios baixos”, bem como “edifícios altos, moradias e edifícios de grande dimensão”.

Grande Prémio Mak Soi Kun questiona limites do ruído O deputado Mak Soi Kun fez ontem uma interpelação escrita onde questiona o Governo sobre se este tem medidas para limitar o ruído provocado pelas corridas do Grande Prémio, de forma a que estas não sejam superiores a 115 decibéis. O deputado quer saber se cada veículo está limitado a fazer ruído até 115 decibéis e se não pode mesmo ultrapassar este valor. Mak Soi Kun também quer saber se o Governo vai proibir os veículos que violarem esta regra de correr e até quem vai ser responsável se os turistas e residentes tiverem danos auditivos por causa do ruído. Recorde-se que a Comissão do Grande Prémio já anunciou que, este ano, o limite dos carros vai ser precisamente de 115 decibéis, sendo que os ruídos dos motores serão medidos antes das corridas.

A deputada Ella Lei fez ontem uma interpela-

ção escrita a pedir ao Execu-tivo que publique o relatório sobre a qualidade do ar nas salas VIP dos casinos com os resultados da medição dos parâmetros o mais breve possível. Mas a deputada vai mais longe e pede ao Governo que implemente a proibição total de fumar nos casinos já no próximo ano.

Ella queixa-se que desde há meses que as autoridades prometem, mas nunca pu-blicaram o relatório sobre a qualidade do ar nas salas VIP dos casinos com os resultados da medição dos parâmetros. “Segundo a lei, os casinos têm que fazer

exame da qualidade do ar nas zonas para fumadores a cada mês e as autoridades também já afirmaram que vão fazer testes nessas zonas, principalmente nas salas VIP, mas porque é que, até agora, ainda não foram publicados quaisquer resultados? Será que é porque todos os resul-tados falharam?”, questiona a deputada.

A deputada diz que a execução da lei não tem sido feita de forma rigorosa pelo Governo e insta, por isso, o Executivo a proibir completamente o tabaco nos casinos, no próximo ano, quando a revisão da Lei de Prevenção e Controlo do Tabagismo acontecer. - C.L.

CONDOMÍNIOS MAIOR APOIO FINANCEIRO JÁ EM NOVEMBRO

Em nome da reparação predial

16mil patacas, montante

máximo do apoio

ENERGIA FOTOVOLTAICA REGULAMENTO EM VIGOR

Ligados ao sol

tivar e dinamizar activamente os proprietários para convocarem as assembleias gerais, cumprirem as suas responsabilidades sobre a administração, conservação e reparação dos edifícios”, defende o IH.

NÚMEROS A SUBIRUm prédio com menos de cem apartamentos pode ter direito até

quatro mil patacas de subsídio, quando em 2008 um edifício com 50 casas recebia apenas duas mil patacas. O montante máximo de apoio será de 16 mil patacas, quando em 2008 o apoio não ia além das cinco mil patacas.

Nos casos em que a ordem de trabalhos da reunião é a eleição da comissão administrativa, tendo a mesma sido eleita na

assembleia geral de condomí-nio, o Governo pode ceder um subsídio extraordinário de duas mil patacas.

Além disso, o IH afirma que “na nova revisão do plano financeiro, em vez de conceder apenas por uma vez a possibilidade de candi-datura ao apoio financeiro, este vai aumentar para duas vezes por ano”.

Cada condomínio terá de en-tregar a documentação necessária para ter o subsídio no prazo de 30 dias após ter sido realizada a assembleia geral. - A.S.S.

Casinos Ella Lei quer proibição total de fumo

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6 SOCIEDADE hoje macau terça-feira 28.10.2014

Só este ano, o número de casos de violação de dados pessoais investigados aumentou mais de 30%, com a aplicação ‘Whatssap’ a liderar as queixas por permitir que possam ser enviadas mensagens de telemarketing. O GPDP conseguiu falar com a empresa detentorada aplicação

FIL IPA ARAÚ[email protected]

O número de ca- sos investiga-dos pelo Ga-binete de Pro-

tecção de Dados Pessoais (GPDP) aumentou 33% este ano, segundo dados divulga-dos ontem pelo organismo. As informações indicam que, até ao mês passado,

Ensino Superior Pesquisa encomendada a Hong KongO “Estudo para Macau sobre o Teste Piloto da Avaliação do Ensino Superior – Teste Piloto da Avaliação dos Novos Cursos na Primeira Fase”, avançado pelo Governo, foi entregue a uma empresa da região vizinha – a Hong Kong Council for Accreditation of Academic and Vocational Qualifications. A prestação deste serviço terá a duração de um ano e a empresa receberá mais de dois milhões de patacas, valor que ficará a cargo do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior. A decisão foi tornada pública num despacho publicado ontem em Boletim Oficial e assinado pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On. Os serviços custarão 2,66 milhões de patacas.

I NFORMAÇÕES avançadas pelo Chefe da Divisão de

Investigação de Crimes Infor-máticos da Polícia Judiciária (PJ), Sou Sio Keong, indicam que o número de fraudes com cartões de crédito atingiu os cerca de 90 casos este ano. O valor é igual que durante o mesmo período de 2013.

Apesar de não se manifestar um aumento, Sou Sio Keong explicou que as autoridades aumentaram o “pessoal técnico para combater a criminalidade” e reforçaram a “troca de infor-mações com as regiões vizi-nhas”. O responsável adiantou ainda que foram promovidas várias campanhas a fim de sensibilizar e informar os ci-dadãos, que segundo o mesmo,

DADOS PESSOAIS CASOS INVESTIGADOS AUMENTAM 33%

Violar o que é de cada um

149investigações à violação

dos dados pessoais

até Setembro

da aplicação a publicitar produtos ou serviços, sem nunca terem solicitado essas informações.

Apresentado o caso à empresa americana respon-sável, alguns utilizadores, conforme indica a coorde-nadora, serão “apagados” da aplicação. “[A empresa] vai apagar os utilizadores que desobedeceram as regras da [aplicação] Whatsapp”, avançou Chan Hoi Fan, que falava aos meios de comuni-cação à margem do seminá-rio “Segurança de dados e a tendência da criminalidade de cartão de crédito”.

Nenhum dos infractores – para além do bloqueio de utilização da aplicação – so-frerá qualquer multa.

JOGO IRRITANTERelativamente aos anúncios sobre Jogo, a coordenadora explicou que foram várias as queixas de utilizadores de redes móveis da China continental que, ao entrar em Macau, passando as fronteiras, recebiam men-sagens nos seus telemóveis promovendo a participação na indústria do Jogo.

Questionada sobre isso, a coordenadora avançou que estas mensagens “não são emitidas pelas entidades de comunicação local”, ou seja, grande parte dos cartões que recebem essas mensagens pertencem às operadoras chinesas.

Este tem sido um dos mais recentes cavalos de batalha de deputados, que têm vindo a pedir a revisão da Lei da Actividade Publi-citária para que se acabe com estas promoções.

foram iniciadas 149 investi-gações à violação dos dados pessoais - mais 37 do que no período homólogo de 2013.

Sem divulgar detalhes, Chan Hoi Fan, coordena-dora do GPDP, adiantou que duas investigações correspondem ao envio de mensagens de telemarke-ting a pessoas que passam as fronteiras do território e aos utilizadores da aplicação móvel ‘Whatsapp’.

A coordenadora expli-cou que vários usuários da aplicação móvel – que serve para enviar mensa-gens gratuitas entre uti-lizadores - apresentaram reclamações ao GPDP por alegadamente receberem mensagens de telemarke-ting. A situação já se en-contra resolvida, segundo Chan Hoi Fan, porque o GPDP conseguiu contactar a empresa responsável pela aplicação.

“Recebemos várias re-clamações de [mensagens] de telemarketing através do ‘Whatsapp’”, começa por dizer a coordenadora, que explica que, durante a in-vestigação dessas mesmas queixas, o GPDP conseguiu

entrar em contacto com a empresa responsável pela aplicação, que por sua vez “tomou os meios necessá-rios para impedir que os utilizadores possam emitir este tipo de mensagens

promocionais para outros utilizadores”.

BLOQUEADOS Segundo explica Chan Hoi Fan, alguns utilizadores re-cebiam mensagens através

REFERENDO CIVILQuestionada sobre o caso aberto pelo próprio GPDP contra os activistas que levaram a cabo o ‘referendo civil’ sobre a eleição do Chefe do Executivo - organizado por três associações pró-democracia - a coordenadora do organismo pouco avançou. “A decisão [do GPDP] foi tomada de acordo com a nossa Lei de Protecção de Dados Pessoais e de acordo com o [acórdão do] Tribunal de Última Instância”, disse, reforçando que neste momento o caso se encontra “em processo judicial”. A queixa do organismo tinha como base o facto de os activistas recolherem dados pessoais das pessoas que preenchiam o ‘referendo civil’, considerado ilegal, porque, segundo o Gabinete, não os podiam tratar. Jason Chao fez queixa do GPDP por “abuso de poder” ao Ministério Público.

Cartões de crédito Quase uma centena de fraudes devem estar “sempre atentos aos seus cartões”.

De acordo com a PJ, a maior parte dos casos de fraudes que envolvem cartões de crédito tem como suspeitos indivíduos ou entidades de fora da RAEM.

Relativamente ao número de casos de fraude que envolvem o uso ilegal dos terminais da Union Pay, o Chefe da Divisão informou que, até à data, foram registados 42 casos, alguns dos quais já entregues ao Ministério Público e que levaram a várias detenções.

Questionado pela imprensa local, Sou Sio Keong admitiu que o problema não está extinto e que “continua a haver pessoas a usar os terminais de forma ilegal”. Por essa razão, as au-toridades apelam aos cidadãos para denunciarem os casos que descubram para que a PJ possa “investigar prontamente”. - F.A.

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ANTÓ

NIO

FALC

ÃO

7 sociedadehoje macau terça-feira 28.10.2014

ANDREIA SOFIA [email protected]

P ARA já, estão na Ponte 9, no Porto Interior, um es-paço de criatividade onde também existe uma galeria

e o atelier do arquitecto Nuno Soares. Mas o objectivo é que, um dia, o Centro de Arquitectura e Urbanismo (CURB) possa ter o seu próprio espaço. Mais do que isso, o CURB pretende constituir uma biblioteca sobre as duas áreas, algo que, conforme disse Nuno Soares ao HM, é algo que falta na RAEM.

“O centro de documentação é fundamental para fazer investiga-ção séria e sólida sobre a arqui-tectura e o urbanismo de Macau. É uma lacuna e senti isso quando fiz o mestrado em Lisboa. Percebi que não havia nenhuma biblioteca e nenhum local onde existisse um acervo documental sobre a arqui-tectura e o urbanismo de Macau”, explicou o arquitecto, que arrancou com o projecto.

“Tenho vindo a construir esse acervo e vários arquitectos têm doado projectos seus e parte da sua

O Governo vai pagar mais de 18 milhões de patacas pela al-

teração de um projecto relacionado com o metro ligeiro. De acordo com um despacho ontem publicado em Boletim Oficial, uma empresa de Hong Kong - a URS Hong Kong, Limited – vai ficar a cargo de elaborar um novo projecto para a primeira fase do metro no traçado que liga as estações dos lagos Nam Van e Sai Van à Barra e ao túnel com cerca de dois quilómetros que se estende à Ponte de Sai Van.

De acordo com infor-

DesempregoPopulação activaa aumentar

A taxa de desemprego em Macau caiu duas décimas

entre o terceiro trimestre de 2013 e o mesmo período deste ano, fixando-se em 1,7%, mas a população activa subiu 7,4%.

De acordo com os dados revelados ontem pelos Servi-ços de Estatística e Censos, no terceiro trimestre de 2013 existiam 364.300 pessoas empregadas em Macau contra 6900 desempregadas. Os dados referentes ao mesmo período de 2014 referem 392.100 pessoas empregadas e 6600 desempre-gados.

Com os números disponí-veis, concluiu-se que a popu-lação activa em Macau cresceu 7,4%, a população empregada subiu 7,6% e o número de de-sempregados caiu 4,34%.

Por ramos da activida-de económica, os 81.500 trabalhadores dos sectores das lotarias e outros jogos de aposta representam uma quebra de 2,16%, os 56 mil da construção mais 46,6%, e os 34.800 do comércio a retalho mais 1,48%.

Em alta estão também os trabalhadores dos hotéis e si-milares, estimados em 27.900 pessoas ou mais 7,72% do que no mesmo período de 2013, bem como os funcionários dos restaurantes e similares, calculados em 27.700 e a representarem uma subida de 4,52%.

“O centro de documentação é fundamental para fazer investigação séria e sólida sobrea arquitecturae o urbanismode Macau”NUNO SOARES Arquitecto

Apesar de ter sido constituído oficialmente a semana passada, o Centro de Arquitectura e Urbanismo já funciona desde o ano passado e começou a ser pensado em 2009.Nuno Soares, um dos fundadores, pretende criar um acervo documental sobreo urbanismo e arquitectura de Macau, algo que diz ser necessário

CURB BIBLIOTECA É OBJECTIVO FUNDAMENTAL PARA UMA INVESTIGAÇÃO SÉRIA

A cidade explicada em livros

biblioteca. Esta biblioteca já existe, embora seja ainda pequena compa-rando com aquilo que pretendemos ter no futuro. Já temos muitos livros e já estamos a trabalhar com vários investigadores e académicos inter-nacionais desde o ano passado, que estamos a fornecer informação a investigadores que fazem trabalho sobre Macau. A única condição que existe é que os trabalhos que sejam publicados estejam depois disponíveis no Centro”, disse ainda Nuno Soares.

PASSO A PASSOAfirmando-se como uma entidade “sem fins lucrativos”, o CURB pretende, um dia, ter um espaço autónomo. “A médio prazo gosta-ríamos de ter um espaço dedicado ao centro onde se possam empreen-der as várias actividades do centro. Neste momento, a Ponte 9 oferece boas condições, mas no futuro gostaríamos de ter um espaço que fosse só dedicado ao Centro. Mas temos de ir com calma e é mais importante para nós a criação de conteúdos do que ter um espaço físico”, referiu o arquitecto.

O CURB teve o arranque ofi-cializado aquando da publicação do despacho em Boletim Oficial (BO) a semana passada, mas a verdade é que já tinha uma equipa de profissionais a trabalhar desde 2013. A ideia pairava na cabeça dos criadores desde 2009, sendo que estes conseguiram erguer o projecto sem financiamento público.

“É uma entidade sem fins lucrativos, independente de uni-versidades ou ateliers, e o que pretendemos ser é uma plataforma entre a academia e a cidade. Sou professor em Macau e Hong Kong, faço trabalhos de investigação em Portugal e na Ásia e notámos que há muita produção de qualidade na academia que não chega à ci-dade. A cidade tem necessidades e problemas e podem formular-se essas questões e o Centro ajudará a formular questões de forma acadé-mica que depois podem ou não ser seguidas”, concluiu Nuno Soares.

Até ao final do ano e em 2015 continuam os planos de workshops, exposições, lançamento de livros e formação a docentes.

METRO MAIS DE 18 MILHÕES PARA EMPRESA DE HONG KONG

Alterações até 2020mações disponíveis no site do Gabinete para as Infra--Estruturas e Transportes (GIT), estas obras foram adjudicadas em 2011, mas, segundo os dados presen-tes no despacho assinado por Chui Sai On, e ontem tornado público, o “prazo de execução” estende-se até 2020.

“É autorizada a cele-bração do contrato com a URS Hong Kong Limi-ted, para a prestação dos serviços de elaboração do projecto para a 1.ª Fase do Sistema de Metro Ligeiro no Segmento C230 de

Macau – Troço em Túnel – Alteração do Projecto, pelo montante de [18,89 milhões de patacas]”, pode ler-se no Boletim Oficial.

O despacho indica que cerca de 11,3 milhões se-rão pagos este ano, com a empresa a receber mais 5,7 milhões no próximo ano e mais 1,9 milhões em 2020.

A decisão foi tomada pelo Chefe do Executivo a 14 de Outubro. O HM tentou perceber junto do GIT quais as alterações feitas ao plano, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição. - J.F.

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hoje macau terça-feira 28.10.20148 EVENTOS

ANDREIA SOFIA [email protected]

O Clockenflap não é só um festival de música que pretende ter lu-

cros todos os anos. Há seis anos que um dos mais icóni-cos eventos da cena cultural de Hong Kong pretende ser mais do que isso – no West Kowloon Cultural District, recebem-se bandas da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos, mas também pessoas de vários lugares e demons-trações de arte.

Há muito que o programa da edição deste ano é conhe-cido, mas até agora não está ainda fechado (ver caixa). Por enquanto, 35% dos bi-lhetes estão já vendidos para o festival que acontece entre os dias 28 e 30 de Novembro,

A banda Resistência, da qual fazem parte, entre outros, Pedro Ayres Magalhães e

Tim, edita um novo álbum, “Hori-zonte”, no dia 24 de Novembro, após 22 anos de ausência dos estúdios de gravação, anunciou a discográfica Warner Music.

O novo álbum é constituído por 11 canções resgatadas ao repertório de outros grupos, como os Rádio Macau, Xutos & Pontapés, Madre-deus e A Banda Cósmica, e Delfins.

O CD “Horizonte” é o resultado de “30 ensaios de 12 horas para escolher os temas, os intérpretes e distribuir os arranjos - os músicos iam-se substituindo de acordo com as horas e os dias em que podiam estar presentes”, afirma Pedro Ayres Magalhães, que sublinha: “Mas eu estive sempre lá”.

“Ter a oportunidade de trabalhar com a Resistência produz sentimen-tos raros, não só pela dificuldade das agendas e pelas memórias que evoca mas principalmente pela música que se consegue produzir, única e cheia

HONG KONG FESTIVAL CLOCKENFLAP ENTRE OS DIAS 28 E 30 NOVEMBRO

“O programa mais forte e diversificado de sempre”

“Não nos preocupamos de onde vêm os artistas. Se forem bons, e são, temos talentos vindos de todas as partes do mundo”

MÚSICA RESISTÊNCIA LANÇA ÁLBUM EM NOVEMBRO

De volta ao fim de 20 anosde personalidade”, declara por seu turno, Tim.

Para Tim, que faz parte dos Xutos & Pontapés, “este disco é a celebração dessa descoberta, de que este som e esta mensagem se encontram inscritos no éter e que os podemos saborear se para isso estivermos dispostos”.

HORIZONTE ACÚSTICO O projecto Resistência, em 2012, fez um reagrupamento, integrando os músicos Mário Delgado e Pe-dro Jóia, que estão também neste regresso da banda com Alexandre Frazão, Dudas, Fernando Cunha, Fernando Júdice, José Salgueiro, Miguel Ângelo, Olavo Bilac, Pedro Ayres Magalhães e Tim.

A escolha das canções teve em conta “a importância das palavras e

das guitarras” contextualizadas “no som de uma orquestra acústica de onze músicos”, disse uma fonte da discográfica.

Entre as canções escolhidas estão “Vai Sem Medo”, do álbum “A Nova Aurora”, de Madredeus e A Banda Cósmica, “Cidade Fan-tasma”, do álbum “O Elevador da Glória”, dos Rádio Macau, “Ser Maior”, do álbum “Ser Maior, Uma História Natural”, dos Delfins, e “Deitar a Perder”, do álbum “XIII”, dos Xutos e Pontapés.

“O nosso ‘Horizonte’ foi cons-truído para se alcançar, agora me-tidos ao caminho, vamos ver que surpresas nos esperam”, afirma Ayres Magalhães, que acrescenta: “Ao ser chamado a produzir e di-rigir os trabalhos em estúdio deste ‘Horizonte’, senti sempre que era

uma oportunidade de mostrar a minha gratidão pessoal a cada um deles, e que era esse sentimento a dar-me força para esperar pelo fim dos trabalhos, ocupando me de todos os detalhes com o maior zelo e rigor quase perfeito”.

“Foi realmente um belo trabalho de que torno a sair muito grato a toda a gente que participou”, remata o músico, que, entre outras, dá voz a “Perfeito Vazio”, do álbum “Xutos e & Pontapés”, editado por este grupo em 2009.

Do alinhamento do CD, faz ainda parte “Balada do Bloqueio”, do álbum homónimo dos Delfins, de 2007, “Melhor Amigo”, do álbum “Companheiros de Aventura”, de Tim, e “Baloiçando nas Estrelas”, do álbum “A Nova Aurora”, de Madredeus e A Banda Cósmica.

No início, era um pequeno festival de música no espaço Cyberport em Hong Kong. Tão pequeno que só durava um dia e recebeu, em 2008, apenas 1500 pessoas. Seis anos depois, a organização do Clockenflap espera 40 mil espectadores. Os Kool & The Gang e os The Vaccines são algumas das bandas que sobem aos palcos entre os dias 28 e 30 de Novembro

conforme disse ao HM Ashley Pang, membro do grupo que está a organizar o evento.

Para um festival que tem vindo a crescer todos os anos, as expectativas para a nova edição mantêm-se elevadas. “O público pode esperar mui-to boa música em todos os nos-sos palcos. Cada espectáculo é escolhido e organizado por razões específicas. Nenhum

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PROGRAMA DO CLOCKENFLAP

• SEXTA-FEIRA, 28 NOVEMBROMogwai (Reino Unido)

The Vaccines (Reino Unido)

Chvrches (Reino Unido)

Cliche Records Showcase (Hong Kong)

Chthonic + Classical Oriental Orchestra (Taiwan)

The Raveonettes (Dinamarca)

• SÁBADO, 29 DE NOVEMBROKool and the Gang (Estados Unidos)

Ozomatli (Estados Unidos)

Noze (França)

Derrick Carter does Disco (Estados Unidos)

Jagwar Ma (Austrália)

Aeroplane (Bélgica)

Robag Wruhme (Dinamarca)

We Were Everygreen (França)

GDJYB (Hong Kong)

Sultan Ali and The Red Stripes (Jamaica)

Birdstriking (China)

Dan Deacon (Estados Unidos)

Janette Slack (Hong Kong)

Push (Hong Kong)

New Youth Barbershop (Hong Kong)

• DOMINGO, 30 NOVEMBROFlaming Lips (Estados Unidos)

Tenacious D (Estados Unidos)

Deserts Xuan and Algae (Taiwan)

The Lemonheads (Estados Unidos)

Nitin Sawhney (Reino Unido)

Louisahhh!!! (França)

Manik (Estados Unidos)

Dopplereffekt (Estados Unidos)

Teenage Riot (Hong Kong)

Eyedress (Filipinas)

Murmur (Hong Kong)

hoje macau terça-feira 28.10.2014

AMULETO • Roberto BolañoA voz arrebatadora de Auxílio Lacouture narra um crime atroz e longínquo, que só será desvelado nas últimas páginas deste romance - no qual, de resto, não escasseiam crimes do quotidiano e crimes da formação do gosto artístico. Uruguaia de meia-idade, alta e magra como Dom Quixote, Auxílio ficara escondida na casa de banho das mulheres durante a ocupação da Faculdade de Letras pela polícia, no México, em 1968. Nesses dias, os lavabos que lhe serviram de esconderijo converteram-se num túnel do tempo, a partir do qual se poderá avistar os anos vividos no México e os anos por viver. No seu discurso rememora a poeta Lilian Serpas, que foi para a cama com Che, e o seu desafortunado filho; os poetas espanhóis León Filipe e Pedro Garfias, a quem auxílio serviu como empregada doméstica voluntária; a pintora catalã Remedios Varo e a sua legião de gatos; o rei dos homossexuais da colónia Guerrero e o seu reino de terror gestual; Arturo Belano, uma das personagens centrais de Detectives Selvagens; e a última imagem de um assassínio esquecido.

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA • PAULO COELHO14 de Julho de 1099. Enquanto Jerusalém se prepara para a invasão dos cruzados, um grego conhecido como «O Copta» convoca uma reunião com os jovens e velhos, homens e mulheres da cidade. A multidão, formada por cristãos, judeus e muçulmanos, chega à praça do palácio de Herodes pronta para ouvir um discurso inflamatório sobre como se preparar para o combate, mas não é isso que o Copta tem a dizer. Tudo indica que a derrota é iminente, e que o mundo, tal como o conhecem, está prestes a chegar a um fim. Mas o grego apenas quer instigar as pessoas a buscarem a sabedoria existente na sua vida quotidiana, forjada a partir dos desafios e dificuldades que têm de enfrentar. O verdadeiro conhecimento, acredita, está nos amores vividos, nas perdas sofridas, nos momentos de crise e de glória e na convivência diária com a inevitabilidade da morte. Na tradição de clássicos intemporais como O Profeta, de Khalil Gibran, Manuscrito encontrado em Accra, de Paulo Coelho, é um convite à reflexão sobre os nossos princípios e a nossa humanidade.

9 eventos

A BRE hoje ao público a exposição fotográfica e documental “Patri-

mónios Comuns dos Países de Língua Portuguesa”. Com início marcado para as 18h30, na residência do Cônsul Geral de Portugal em Macau, o evento vai mostrar perspec-tivas artísticas e didácticas de ilustração dos patrimónios que “enformam uma unidade cultural muito diversa mas que se mescla, miscegena e padroniza cognitivamente a realidade dos Países de Língua Portuguesa”, frisa um comunicado.

A exposição, com curado-ria do viajante e escritor Joa-quim Magalhães de Castro, procura materializar um uni-verso ainda pouco estanque e com fronteiras ténues, mas que existe no vislumbre da demanda “do Cataio dos via-jantes portugueses do Século XVI, do Milénio Primeiro”.

FOTOGRAFIA E ARTE NA SEMANA DOS PLP

Unidos nas diferenças

MÚSICA NO SENADOPara celebrar ainda mais a semana dedicada aos países de língua portuguesa, o Leal Senado recebe amanhã, quinta e sexta-feira espectáculos de música e dança de artistas da China e dos PLP, sendo que actuarão os Maya Cool, de Angola, os Kumpania Algazarra, de Portuga e Edu Casanova (Brasil), entre outros, a partir das 19h00 no Leal Senado.

Fotografia documental, narra-tivas poéticas e documentários identitários dos povos, são alguns dos suportes materiais desta exposição, que estará patente até ao dia 22 de No-vembro, das 11h00 às 17h00 e com entrada livre.

ARTE NA TAIPAJá na quarta-feira, a estreia é para a exposição de Arte Contemporânea dos Países de Língua Portuguesa, que inaugura às 18h30 na Casa de Exposições Temporárias da Avenida da Praia, na Taipa. A mostra reúne as obras de

sete artistas consagrados internacionalmente e que apresentarão trabalhos ori-ginais – e pela primeira vez - em Macau.

Os artistas Álvaro Ma-cieira de Angola, Eduardo Fonseca do Brasil, António Firmino de Cabo Verde, João Carlos Barros pela Guiné-Bissau, Naguib Elias de Moçambique, António Trindade de Portugal e Abel Júpiter de Timor-Leste com-põem a colectiva. A exposi-ção está patente até do dia 17 de Novembro, das 10h00 às 18h00 e com entrada livre.

acontece simplesmente para preencher o tempo, é mesmo para entrar a matar”, começa por dizer. “Dentro de vários géneros musicais, temos o programa mais forte e mais diversificado de sempre, sendo que uma das nossas missões é introduzir novas sonoridades e espectáculos ao público do Clockenflap. Estamos convictos de que qualquer pessoa que venha ao festival vai descobrir uma nova banda favorita”, disse a organização ao HM.

SEMPRE A CRESCERSe, em 2008, o Clockenflap era um tímido evento que acontecia no espaço Cyber-port, com apenas 1500 pes-soas, cerca de 40 mil deverão dirigir-se à zona de Kowloon este ano. O ano passado, os concertos registaram um total de 33 mil pessoas.

Apesar do crescimento ser uma constante a cada ano que passa, a organização frisa que os valores que fizeram nascer o projecto são iguais. “A visão e os objectivos à volta do Clockenflap mantêm-se desde o primeiro dia. Simplesmente queremos criar um espaço de concertos que possa propor-cionar a melhor experiência de festival possível. O Clo-ckenflap pretende criar um festival único que mostre o ambiente criativo de Hong Kong – desde as artes aos filmes, multimédia, música, performances – e para colocar a região no mapa mundial dos festivais de música, juntamen-te com o Festival de Rock Fuji, no Japão, Coachella, nos Estados Unidos, Glastonbury, no Reino Unido e South by Southwest, nos Estados Uni-dos”, disse Ashley Pang.

“Não nos preocupamos de onde vêm os artistas. Se forem bons, e são, temos talentos vindos de todas as partes do mundo – claro que com um foco especial no que é feito em Hong Kong e na região asiática no geral”, garantiu a organização.

No campo da arte, o Clo-ckenflap vai ainda ter este ano

a “Máquina do Tempo”, em que cada pessoa pode ‘viajar’ aos tempos primitivos e tam-bém ao futuro, bem como uma instalação do artista britânico Peter William Holden.

Os bilhetes custam 1280 dólares de Hong Kong para todo o fim-de-semana até ao

dia 1 de Novembro, sendo que a partir do dia 17 o preço aumenta para 1480 dólares de Hong Kong. Os bilhetes diários custam entre 500 a 700 dólares de Hong Kong. Há ainda pacotes para famílias e preços especiais para menores de 18 anos.

Joaquim Magalhães de Castro

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10 CHINA hoje macau terça-feira 28.10.2014

ANÚNCIOHM - 2ª vez 28-10-14

Execução Ordinária nº CV1-14-0013-CEO 1º Juízo Cível

Exequente: ENTRETENIMENTO SAI TAI WU LIMITADA, (西太湖娛樂

有限公司), com sede em Macau, na Rua de Nam Keng, Edifício “The Buckingham”, 13º. andar A, Taipa, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o nº39102 (SO).---Executado:周永春(ZHOU YONGCHUN), casado, no regime da separação de bens com ZHANG JING, titular do Bilhete de Identidade Permanente de Macau nº.148XXX(X), com última residência conhecida na Rua de Brás da Rosa, nº.49, 7 andar �O�, Macau, ora ausente em parte incerta.--------------------------------------------------------------------- FAZ-SE SABER que, pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., correm éditos DE TRINTA (30) DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando o Executado, supra identificado, para, no prazo de VINTE DIAS, findo o dos éditos, pagar a dívida exequenda de HKD$2,000,000.00 equivalentes a MOP$2,058,000.00, ou nomear bens à penhora, ou deduzir oposição, seguindo-se os ulteriores termos até final, com custas, selos e procuradoria a seu cargo, tudo como melhor consta do requerimento inicial e documentos e do despacho de fls. 17, cujos duplicados se encontram nesta secretaria à disposição do citando.------------------------------------------------------- E ainda que é obrigatória a constituição de advogado caso seja deduzida oposição (artº. 74º. do C.P.C.)----------------------------------

Na R.A.E.M., 14 de Outubro de 2014A Juiz,

PUB

O papel da reli-gião nas ma-nifestações de Hong Kong vai

além das imagens sagradas colocadas nos locais dos protestos, tendo já os líderes das religiões maioritárias oferecido ajuda para inter-mediar entre o Governo e os manifestantes.

O gesto dos líderes das seis religiões maioritárias na cidade foi visto como genuíno e, apesar de ter sido recusado, evidenciou “um possível papel na criação de diálogo”, considera o jornal South China Morning Post.

Há muito que o cristia-nismo tem estado ligado à luta pela democracia e nos principais locais de protesto podem encontrar-se cris-tãos a organizar sessões de oração e missas católicas, além de oferecerem acon-selhamento.

Bolsa Plano de comérciobilateral com Xangai suspenso

Crimes sujeitos à penade morte podem diminuir

Os líderes das religiões maioritárias da ex-colónia britânica têm participado directa ou indirectamente nos protestos, oferecendo-se até como mediadores do conflito entre estudantes e o Governo

“Na política não há neutralidade. Não ter opinião é uma opinião. E frequentemente não ter opiniãoé visto como apoio ao grupo no poder”, REVENDO YUEN TIN-YAU Presidente da Igreja Metodista e do Conselho Cristão de Hong Kong

HONG KONG RELIGIÃO NA LINHA DA FRENTE DOS PROTESTOS

Eles estão no meio de nós

“Na política não há neu-tralidade. Não ter opinião é uma opinião. E frequen-temente não ter opinião é visto como apoio ao grupo no poder”, disse o Revendo Yuen Tin-yau, presidente da Igreja Metodista e do Conse-lho Cristão de Hong Kong.

“Igualdade e justiça são princípios basilares do cris-tianismo e por esse motivo os cristãos tendem a apoiar o desenvolvimento demo-crático. Não devia ser um pequeno grupo a controlar o poder de gerir a sociedade”, afirmou Yuen.

O Reverendo Chu Yiu- -ming e Benny Tai, dois dos três fundadores do Occupy Central, são cristãos, tal como é o líder do movimento Scholarism, Joshua Wong.

O jornal tentou contactar os restantes signatários da declaração que se oferece-ram como intermediários, mas só conseguiu obter res-postas da comunidade cristã.

INFLUÊNCIA CRISTÃJustin Tse, investigador da Universidade de Washington, realizou um estudo apro-fundado sobre a relação do cristianismo aos movimentos de desobediência civil em Hong Kong, e concluiu que a sua influência foi além da participação dos crentes.

“Isto não quer dizer que as instituições da Igreja estiveram profundamente envolvidas. O que significa é que as pessoas de Hong Kong têm sido tão profundamente influenciadas pelo cristianis-mo através de diversos canais da sociedade civil - escolas, meios de comunicação, ser-viços sociais - que acabam por praticar e articular o seu activismo com normas cristãs”, explicou.

O Conselho Cristão de Hong Kong divulgou vários comunicados nas últimas três semanas, apelando ao Gover-no que oiça a “mensagem clara que as pessoas Hong Kong e os estudantes estão a enviar”, bem como a condenar o recur-so à força por parte da polícia.

O conselho também ex-pressou “profunda desilusão e preocupação com a deci-são” da Assembleia Popular Nacional sobre a reforma eleitoral, apelidando-a de “uma regressão do actual sis-tema eleitoral e, consequen-temente, da democracia”.

Em Admiralty, o Pastor Wu Chi-wai organizou sessões de oração todos os dias desde que o movimento começou.

“Queremos dar apoio emocional aos estudantes ou a quem precisar dele”, disse, indicando que várias igrejas disponibilizaram voluntários para estar no terreno.

“As questões [políti-cas] não vão desaparecer brevemente, e como cris-tãos e membros activos da sociedade, acredito que temos muitos para oferecer”, rematou.

A China está a ponderar retirar nove crimes da

lista de infracções punidas com a pena de morte, entre os quais o tráfico de armas e de materiais nucleares, anunciou ontem a impren-sa oficial.

Será a segunda medida do género no espaço de quatro anos, reduzindo a referida lista para 46 cri-mes, e deverá ser aprovada esta semana pelo Comité Permanente da Assem-bleia Nacional Popular.

Crimes como fabrico de moeda falsa e fomento da prostituição deverão também ficar isentos da pena capital.

Embora o número oficial de execuções seja segredo de Estado, a China é considerada o país que mais aplica a pena de morte.

Organizações ociden-tais defensoras dos di-reitos humanos estimam

que cerca de 2.400 pes-soas foram executadas na China em 2013, o que representará o triplo das execuções registadas no resto do mundo.

Mas aquele número, que há uma década ultra-passaria os 10.000, tem vindo a diminuir acentua-damente.

A diminuição coincide com um alteração legal introduzida em 2007, que concedeu ao Supremo Tribunal Popular a última palavra acerca de todas as condenações à morte decretadas pelos tribunais inferiores.

Em 2010, pela primei-ra vez desde a entrada em vigor do actual Código Penal chinês, há 35 anos, quinze crimes económicos não-violentos, designada-mente roubo de relíquias culturais e falsificação de facturas, deixaram de in-correr na pena de morte.

O plano para permitir comércio bilateral

entre os mercados bol-sistas de Hong Kong e Xangai foi suspenso in-definidamente, anunciou um responsável da região administrativa especial, avisando que os protestos pró-democracia podem ter impacto no progresso do esquema.

O início das operações da plataforma de ligação das bolsas Xangai-Hong Kong era esperado para esta semana, um projecto que permitiria a investi-dores internacionais tro-carem acções no mercado altamente regulado de Xangai e a investidores da China Continental comprarem acções em Hong Kong.

Nas mãos Charles Li, director executivo da bol-sa de Hong Kong, expli-cou ontem que o esquema foi adiado, acrescentando que os protestos que de-correm na cidade podem ter um impacto no futuro do projecto.

“Se [os protestos] se arrastarem, é impossível que [o esquema] não seja afectado. Isto é importante para Hong Kong”, disse aos jornalistas.

No entanto, outras questões terão também influenciado a decisão, já os investidores expressa-ram preocupações com a falta de clareza no que toca à tributação, entre outros pontos.

Numa conferência de imprensa no domingo, Li sugeriu que os mani-festantes pró-democracia se retirassem para não afectarem a estabilidade financeira da cidade.

“Acho que recuar com orgulho tem ‘glamour’. Acho que os nossos miú-dos deviam considerar essa hipótese”, afirmou.

Se o esquema vier a avançar, espera-se um au-mento significativo do volume de trocas, principal-mente em Xangai, ainda que sejam impostos limites, de modo a manter o controlo do capital na China.

Page 11: Hoje Macau 28 OUT 2014 #3202

hoje macau terça-feira 28.10.2014

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ANÚNCIOHM- 2.ª vez 28-10-14Proc. Execução de Por CV3-98-0009-CAO-A 3º Juízo CívelCustas nº.

EXEQUENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO;----------------------EXECUTADA: SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E FOMENTO PREDIAL WANG NGAI LIMITADA, au-sente em parte incerta, com última sede, no Bairro do Fai Chi Kei, Avenida da Concórdia, nº.71, Bloco II, R/C, Ma-cau.--------------------------------------------------------------------

***FAZ-SE SABER que, pelo Tribunal, Juízo e processo acima

referidos, correm ÉDITOS DE TRINTA (30) DIAS, a contar da data da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, no-tificando, a executada acima identificada, para no prazo de UM ANO, decorridos que sejam os éditos, proceder ao levantamento e dar-se por entregue do seu veículo automóvel de matrícula ME-88-51, da marca Suzuki, modelo Super Carry STD Roof, o qual se encontra nas instalações do Corpo da Polícia de Segurança Pública da RAEM, sob pena de não o fazer no dito prazo ser o aludido veí-culo declarado perdido a favor de Região Administrativa Especial de Macau.------------------------------------------------------------------

Macau, 21 de Outubro de 2014***

Eu era Hamlet. Estava à beira-mar e falava, com a ressaca,na língua do blablablá. Atrás de mim, as ruínas da Europa. Heiner Müller

O desejo revolucionário de abolição da sociedade mercantil e de criação de uma sociedade que exalte a vida, em vez da economia parasitária, irrompeu por diversas vezes e com grande intensidade no

seio das sociedades burguesas contemporâneas. Desde o Maio de 1968 aos movimentos Occupy, têm sido múltiplos os con-textos e as reivindicações com um longo e multifacetado per-curso teórico, crítico e empírico, e que são hoje uma fonte vital de experiência e conhecimento.

O tempo presente encontra-se globalmente subjugado a um processo paradoxal de desencantamento do mundo. A con-tínua demanda “neo-positivista” do santo graal da quantificação, matematização, digitalização e valorização monetária da vida, representa o avesso de uma vivência mais plena e é o legado da marcha triunfante do capitalismo em direcção ao abismo da abstracção antropofágica.

Os incrementos de velocidade do cálculo informático têm servido sobremaneira ao desígnio do controle e domínio da terra e da humanidade, e uma tentativa de erradicar o risco e o imprevisível associados aos investimentos das multina-cionais controladas pelo 1% dos oligarcas mundiais. Sejam os cálculos de cariz econó-mico-financeiro nas fórmulas dos algoritmos dos deriva-tivos processados em super--computadores e usados nas operações de alta-frequência em Wall Street (ciberfinan-ça); sejam os dos algoritmos complexos da “Big Data” que permitem aos magnatas da economia digital criar perfis cada vez mais sofisticados dos utilizadores-mercadoria; sejam os códigos dos programas de espionagem e militarização do ci-berespaço; ou ainda dos algoritmos genéticos criados para des-vendar o genoma humano e as suas aplicações biotecnológicas. Todos eles convergem naquilo que Deleuze diz acerca lingua-gem numérica do controle, a qual é feita de “cifras, que marcam o acesso à informação, ou a rejeição. Não se está mais diante do par massa-indivíduo. Os indivíduos tornaram-se ‘dividuais’, divisíveis, e as massas tornaram-se amostras, dados, mercados ou ‘bancos’.” (Post- scriptum sobre as Sociedade de controle).

Não há esfera da vida pública que escape hoje ao domínio do new management, da quantificação de metas e indicadores, de cenários e simulações sofisticadas, elaborados pelos mais eméritos e infalíveis gurus da gestão e da economia. No entan-to isso pouco serviu para a ruína económica vigente, e de pouco servirá no futuro, até porque a origem da crise de 2007/08 como bem se sabe está na contínua desregulação do sistema financei-ro e não na falta de conhecimentos ou de instrumentos técnicos de gestão. É contudo compreensível que em tempos de elevada falta de liquidez se apurem os mecanismos de cálculo do retor-no do investimento, todavia mais importante ainda que a adap-

Rui MatosoIN ESQUERDA.NET

CaRlos MoRais JoséIN FACEBOOK

DO AVESSO E DA ABSTRACÇÃODesde o Maio de 1968 aos movimentos Occupy, têm sido múltiplos os contextose as reivindicações com um longo e multifacetado percurso teórico, crítico e empírico,e que são hoje uma fonte vital de experiência e conhecimento

tação osmótica ao “aquário” neoliberal é o esforço empreendido na metamorfose crítica das instituições sociais.

Mas, se entendermos que a modernidade é dominada pela ideia da história do pensamento como ‘iluminação’ progressiva, o séc. 19, no seu “devir fantasmático”1, é o berço onde os posi-tivistas se esforçavam por impor a visão de uma ciência experi-mental e de um conhecimento dos fenómenos mensuráveis (o mundo é reduzido à sua aparência mensurável e científica). Se nessa época vitoriana a ascensão do positivismo representou o desencantamento do mundo, por mais paradoxal que possa pa-recer equivaleu simultaneamente a um novo reencantamento, mobilizado pela forma como as tecnologias da imagem (na sua emergência histórica) foram usadas para produzir “fantasmago-rias” - espectáculos mágicos e assombrações destinadas às po-pulações enfeitiçadas com as maravilhas da técnica e da ciência. Com algumas nuances o mesmo se poderá dizer do séc 20, e da ascensão paralela do neo-liberalismo e das novas tecnologias da informação e comunicação. Só posteriormente, com o desen-volvimento da análise crítica, sustentada na filosofia marxista, se elaborou uma visão mais completa da sociedade do espectáculo moderna, designadamente através das noções de fetichismo da mercadoria e da teoria do valor abstracto.

Se para Guy Debord o es-pectáculo é a principal produ-ção da sociedade actual, isto significa que tudo o que dan-tes era directamente vivido se afastou numa representação e que a nossa apreensão do mundo se faz pela mediação das imagens produzidas por outros poderes. Levado a um extremo pelas tecnologias da imagem e da simulação, o es-pectáculo é hoje em dia a for-ma que o capitalismo assumiu quando a economia financeira domina a totalidade social en-quanto sociedade da abstrac-

ção, e na qual a “mercadoria reduziu tudo a simples quantidades; a qualidade já não existe senão como imagem que se propõe à admiração dos espectadores” (Anselm Jappe, Uma conspiração permanente contra o mundo), incluindo, obviamente, a especta-cularização da política e a sua redução ao spot publicitário.

Assim, é fácil de perceber que estamos exactamente no avesso daquilo que o prémio Nobel da economia (1998) Amar-tya Sen considerava ser o desenvolvimento como liberdade, orientado para a expansão das liberdades substantivas e para a participação activa dos cidadãos na construção da democracia. Hoje, cada vez mais afastados do cerne da política e da demo-cracia pelo dispositivo global de dominação (mediação, abs-tracção e simulação), os cidadãos transformam-se eles mesmos em mercadorias abstractas no imenso labirinto dos mecanismos dos mercados financeiros. Nessa confrontação o que está em causa é a batalha pela formação das subjectividades e pela in-dividuação psicológica e colectiva, e cujo principal oponente é a coligação entre capitalismo cognitivo e o dispositivo militar--económico da violência ubíqua.

Do avesso está também a nossa relação com a natureza, abs-traídos numa intensa instrumentalização e exploração dos limites

dos ecossistemas naturais, cujo motor é a insistente retórica do crescimento económico predador, disseminada pelas poderosas multinacionais da agro-indústria transgénica e dos agrotóxicos.

Agora, acossados pela colonização totalitária da interiori-dade e pela destruição compulsiva do meio ambiente, imersos na mais eficaz e reificante forma de alienação, e a meio de um processo de desencantamento do mundo - mas ainda na ressaca do encantamento fetichista provocado pela panóplia de gadgets em que estamos imersos – temos a missão de imaginar e cons-truir um outro mundo possível, mais concreto e favorável à vida plena. Nada de menos!

1 Sobre o movimento desencantamento/reencantamento do mundo e a influência do positivismo no Séc 19, vide: https://www.academia.edu/8145584/As_imagens_tecnicas_e_o_devir_fantasmatico_da_visao_moderna_-_da_genese_de_uma_modernidade_assombrada_a_obra_de_Harun_Farocki

Vestidos de Yves Saint Laurent inspirados em Mondrian (1965)

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hoje macau terça-feira 28.10.201412 publicidade

WWW. IACM.GOV.MO

Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68º e do nº 1 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo e no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e constantes da Proposta de Deliberação nº 01/PDCA/2014, de 9 de Maio, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 20, de 15 de Maio de 2014 e pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 83/2014, publicado na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 19, de 7 de Maio de 2014, os infractores, constantes das tabelas desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias:

Nos termos do nº 4 do artigo 36º, nº 1 do artigo 37º, artigo 38º, artigo 39º e n.os 1 e 2 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004 e em conjugação com o no 2 do artigo 5º do Código do Procedimento Administrativo, o Presidente do Conselho de Administração, ou seus substitutos, exararam despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas e a existência de culpa confirmada. Assim:

1. Foram aplicadas aos infractores, constantes das Tabelas I a II, as multas previstas no nº 2 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP600,00 (cada infracção) e o seu pagamento em prestações nos seguintes termos:

1) Primeira prestação: No valor de MOP300,00 – No prazo de 10 (dez) dias, contado a partir da publicação e afixação da presente notificação.

2) Segunda prestação: No valor de MOP300,00 – No prazo de 60 (sessenta) dias, contado a partir da publicação e afixação da presente notificação.

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 13º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 7 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I)

O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 3) do nº 1 do artigo 9º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 30 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “Permitir a circulação de animal nos espaços públicos sem que ele esteja preso em gaiola, jaula, por trela ou aparelho similar ou sem que ele use os aparelhos de identificação e de segurança estabelecidos na licença”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela II)

2. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios ao autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos dos artigos 145º, 148º e 149º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123º do referido código.

Para efeitos do disposto no nº 2 do artigo 150º do mesmo diploma, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto.

3. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo estipulado nos artigos 25º e 26º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei nº 110/99/M, de 13 de Dezembro, ao Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau.

4. Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto nº 2 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação das multas aplicadas, dentro do prazo de pagamento das prestações, no Gabinete Jurídico e Notariado do IACM (Núcleo Operativo do IACM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na Avenida da Praia Grande, nos 762-804, Edf. China Plaza, 5º andar, Macau.

5. Nos termos do disposto no nº 3 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, a falta de pagamento de uma prestação implica o vencimento de todas as outras, caso em que, se o pagamento do valor global em dívida não for feito nos 30 (trinta) dias subsequentes à data do vencimento da primeira prestação em falta, o IACM submeterá o processo à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para cobrança coerciva, nos termos do artigo 17º do Decreto-Lei nº 52/99/M e do artigo 29º do Decreto-Lei nº 30/99/M.

6. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes das tabelas anexas tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone nº 8295 6868 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto.

Aos 15 de Outubro de 2014.

O Presidente do Conselho de AdministraçãoVong Iao Lek

Tabela I

Nome SexoNº do Bilhete

de Identidade de Residente de Macau

Nº da acusação Data da infracção

Data em que foram

exarados os despachos de aplicação das

multas

郭耀成

KOK IU SENG M 70328**(*) A0003087/2010 04/11/2010 05/08/2011

鄭燊華

CHEANG SAN WA M 51243**(*) A0003785/2010 26/12/2010 18/03/2011

何少興 F 12858**(*) A003621/2011 05/01/2011 20/04/2011

吳彬彬 NG PAN PAN M 73002**(*) A0005205/2011 01/03/2011 23/05/2011

羅智偉

LO CHI WAI M 51822**(*) A0005535/2011 06/03/2011 23/05/2011

容偉鋒

IONG VAI FUNG M 51041**(*) A0011070/2011 07/05/2011 05/08/2011

何少興 F 12858**(*) A021962/2012 16/07/2012 04/02/2013

謝偉國 CHE WAI KUOK M 73278**(*) A019193/2011 21/10/2011 26/01/2012

林漢年

LAM HON NIN M 73719**(*) A027098/2012 02/02/2012 06/06/2013

王冬青 WONG TONG CHENG M 12832**(*) A027078/2012 03/02/2012 06/06/2013

陳鎮沅

CHAN CHAN UN M 73498**(*) A023291/2012 13/02/2012 06/06/2013

呂穎琪 LOI WENG KEI F 12376**(*) A038736/2012 11/06/2012 08/11/2013

何少興 F 12858**(*) A019489/2012 20/07/2012 04/02/2013

曹穎強

CHOU WENG KEONG M 12337**(*) A040591/2012 23/12/2012 30/07/2013

朱源興

CHU UN HENG M 51738**(*) A052944/2013 29/05/2013 08/11/2013

ANGELES GUSI LEILANIE MARIE F 13321**(*) A053145/2013 01/06/2013 08/11/2013

Tabela II

黃伯祥

WONG PAK CHEONG M 12562**(*) A048053/2013 10/03/2013 08/11/2013

Notificação no 011/NOEP-L/GJN/2014

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hoje macau terça-feira 28.10.2014 (F)UTILIDADES 13

TEMPO POUCO NUBLADO MIN 23 MAX 28 HUM 60-85% • EURO 10.1 BAHT 0.2 YUAN 1.3

wJoão Corvo fonte da inveja

ACONTECEU HOJE 28 DE OUTUBRO

O QUE FAZER ESTA SEMANA?

“BEST OF RADIOHEAD”(RADIOHEAD, 2008)

É quase impossível escolher apenas um álbum da banda inglesa Radiohead e, por isso, optei pelo caminho mais fácil: uma compilação. Este “Best Of”, de 2008, traz-nos músicas como “No surprises”, “Everything in its right place”, “Karma Police”, “How to disappear completely” e o eterno clássico “Creep”. Um disco a não perder, se realmente o que procura é o que de melhor Radiohead tem para dar. - Joana Freitas

É inauguradaa Estátua da Liberdade• O nome de baptismo é ‘A Liberdade Iluminando o Mundo’ e é um monumento inaugurado em 28 de Outubro de 1886, construído numa ilha na entrada do Porto de Nova Iorque. É conhecida como Estátua da Liberdade e hoje cumpre mais um aniversário.‘Liberty Enlightening the World’, ‘La liberté éclairant le monde’. Eis o nome original da Estátua da Liberdade, construída pelo escultor alsaciano Frédéric Auguste Bartholdi, que contou com o apoio do engenheiro francês Gustave Eiffel, o engenheiro da Torre Eiffel.Bartholdi baseou-se no Colosso de Rodes para edificar a Estátua da Liberdade, monumento que comemora o centenário da assinatura da Declaração da Independência dos EUA e é um gesto de amizade de França para com os norte-americanos.Tem altura total 92,9 metros e foi um presente dado por Napoleão III, como uma forma de premiar os EUA, após uma vitória numa batalha travada contra a Inglaterra.A estátua sofreu uma grande reforma na comemoração do seu centenário, sendo reinaugurada a 3 de Julho de 1986. Depois do atentado terrorista contra o World Trade Center, a 11 de Setembro de 2001, a subida à coroa foi proibida, por motivos de segurança. Porém, a 4 de Julho de 2009, foi reaberta, depois de oito anos fechada ao público.Após a inauguração, a Estátua da Liberdade converteu-se num ícone da cidade de Nova Iorque e até dos norte-americanos.

C I N E M ACineteatro

SALA 1FURY [C]Um filme de: David AyerCom: Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman14.00, 16.30, 19.00, 21.30

ALEXANDER AND THE TERRIBLE, HORRIBLE, NO GOOD, VERY BAD DAY [B]Um filme de: Miguel ArtetaCom: Steve Carell, Jennider Garner14.30, 16.00, 17.45, 21.30

SALA 2LET’S BE COPS [C]Um filme de: Luke Greenfield

Com: Jake Johnson, Damon Wayans Jr.19.30

SALA 3THE GIVER [C]Um filme de: Phillip NoyceCom: BrentonThwaites, Odeya Rush, Jeff Bridges14.30, 16.30, 19.3, 21.30

WHIPLASH [C]Um filme de: Damien ChazelleCom: Miles Teller, J.K.Simmons, Paul Reiser, Melissa Benoist19.30

FURY

U M D I S C O H O J E

• Hoje“SABORES DO MUNDO”, MOSTRADE CULINÁRIA DOS PLP(ATÉ DIA 7 DE NOVEMBRO)Restaurante Feast, Sheraton Macau,12h00 – 15h00 e 18h00 – 22h00

ANONYMOUS 4 APRESENTA “ANTOLOGIA” (FIMM)Centro Cultural de Macau, 20h00200 a 250 patacas

FEIRA DE ARTESANATO DA CHINAE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESAFeira do Carmo, Taipa, 16h00 às 21h00Entrada livre

EXPOSIÇÃO DE ARQUITECTURA “MAKING OF”,DE MARIA JOSÉ DE FREITAS E AETEC-MOCreative Macau, 18h30Entrada livre

• AmanhãQUARTETO XANGAI (FIMM)Teatro D. Pedro V, 20h00200 a 250 patacas

HAIRSPRAY – O MUSICAL (FIMM)Centro Cultural de Macau, 20h00200 a 500 patacas

• Quinta-feiraRECITAL DE PIANO POR ZYGMUNT KRAUZE (FIMM)Teatro D. Pedro V, 20h00200 a 250 patacas

CANADIAN BRASS (FIMM)Centro Cultural de Macau, 20h00200 a 250 patacas

HAIRSPRAY – O MUSICAL (FIMM)Centro Cultural de Macau, 20h00200 a 500 patacas

• Sexta-feiraHAIRSPRAY – O MUSICAL (FIMM)Centro Cultural de Macau, 20h00200 a 500 patacas

• SábadoHAIRSPRAY – O MUSICAL (FIMM)Centro Cultural de Macau, 20h00200 a 500 patacas

• DiariamenteFESTIVAL DE GASTRONOMIA MACAENSE (ATÉ 5 DE NOVEMBRO)Hotel Four Seasons, Cotai18h00 às 22h00498 patacas por adulto, 249 para crianças até aos 12 anos

EXPOSIÇÃO “BEYOND PIXELS” DE VICTOR MARREIROS(ATÉ DIA 31/12)Signum Living Store, Rua Almirante SérgioEntrada livre

“VIAGEM À TERRA DOS SONHOS” DE SU JIAN LIANG(ATÉ DIA 23/10)Galeria da Fundação Rui CunhaEntrada livre

WORLD PRESS PHOTO (ATÉ 2 DE NOVEMBRO)Casa GardenEntrada LivreNão te revoltes contra nada antes de te revoltares contra ti próprio.

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14 OPINIÃO hoje macau terça-feira 28.10.2014

O Partido dos Trabalhado-res reelege Dilma para a presidência porque o seu discurso é simples e ressoa verdadeiro: o Brasil mudou com o PT, e precisa de continuar a mudar no mesmo sentido. O lema da campanha dizia precisa-mente isso: “muda mais”.

Este cronista meteu-se numa boa alha-da. Há quinze dias previ aqui que, com as eleições brasileiras, iria ficar tudo diferente na mesma. Que os comentadores se iriam entusiasmar com as possibilidades de reviravolta na segunda volta das eleições, “traçar perfis de Aécio Neves e fazer previ-sões de mudança e, no fim, Dilma Rousseff vai ganhar”.

E até à hora em que começo a escrever esta crónica não sei ainda se acertei ou se falhei redondamente a minha previsão.

A base do meu raciocínio estava nos resultados da primeira volta, por estados. À partida, Dilma e Aécio tinham ambos saído em primeiro lugar num número equi-valente de estados brasileiros. Mas numa segunda volta não basta sair em primeiro lugar com uma maioria simples, como eram quase sempre as vitórias de Aécio. É preciso ter mais de cinquenta por cento, e isso Dilma conseguira em 11 estados, principalmente no Norte e no Nordeste.

cartoon por Stephff

Rui TavaResin Público

Muda mesmo

Se Dilma quiser ser mais que uma boa administradora, precisa de fazer uma coisa: enfrentar, de uma vezpor todas, a corrupção. Para isso não bastamudar o Brasil: épreciso mudar o PT

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Aécio tivera apenas uma maioria absoluta, no estado de Santa Catarina, no Sul.

A decisão então estaria nas mãos dos estados do Sudeste — os mais populosos: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro — e do Centro-Oeste, como Goiás e o distrito

federal de Brasília. Em teoria, uma vitória por grande diferença num estado como São Paulo — aliás esperada — Aécio poderia compensar as votações de Dilma na primeira volta. Mas com uma maioria absoluta em cerca de metade do país, e possibilidades de se sair bem em Minas Gerais e Rio de Janei-ro, as possibilidade de Dilma eram melhores.

E assim chegamos ao resultado: Dilma, segundo os primeiros números, ganha com 51% contra 49%. Era uma diferença destas que eu esperava. O cronista safou-se.

Aguentou firme a “maioria de minorias” que o Partido dos Tra-

balhadores laboriosamente construiu com Lula durante mais de vinte anos de oposição, e com já 12 anos de governo Lula e Dilma.

Em qualquer país, e mais ainda num país tão grande e complexo como o Brasil, uma maioria é sempre uma aliança de diferentes setores sociais, atitudes e opiniões políticas. Essa maioria tem de ser agregada pouco a pouco e mantida coesa com um discurso claro. O Partido dos Trabalhadores reele-ge Dilma para a presidência porque o seu discurso é simples e ressoa verdadeiro: o Brasil mudou com o PT, e precisa de continuar a mudar no mesmo sentido. O lema da campanha dizia precisamente isso: “muda mais”.

A aliança em torno de Aécio era menos clara. Era feita da oposição entre São Paulo e o Nordeste, da rivalidade entre PSDB e PT, da justaposição de algumas classes altas reacionárias (contra as mudanças de Lula) com algumas classes médias progressistas (pela melhoria dos serviços públicos e con-tra a corrupção), juntava os apelos à nova política de Marina Silva com o puro ódio do “anti-petismo”. Conseguir um discurso unificador que congregasse toda esta gente só se conseguia pelo lado do contra. E o contra não foi suficiente.

Dito isto, o Brasil teve dois bons presi-dentes recentes. Fernando Henrique Cardoso estabilizou a economia, Lula tirou milhões da miséria. Eles mudaram o Brasil. Se Dilma

quiser ser mais que uma boa administradora, precisa de fazer uma coisa: enfrentar, de uma vez por todas, a cor-rupção. Para isso não basta mudar o Brasil: é preciso mudar o PT. Quanto a Aécio, terá a sua nova oportunidade daqui a quatro anos, e outro grande problema brasileiro — a violência — precisando de ser enfrentado.

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hoje macau terça-feira 28.10.2014

‘‘édi to

A qualidade de vida exige ilhas

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L I G U E - S E • PA R T I L H E • V I C I E - S E

POR CARLOS MORAIS JOSÉ

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Cecília Lin; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

DILMA ROUSSEF fala à população brasileira após ser re-eleita presidente do Brasil. Dilma conseguiuderrotar Aécio Neves com 51,45% dos votos, sendo que inicia, assim, um mandato de quatro anos à frentedo Brasil, pela segunda vez. Dilma tem 66 anos.

DIÁRIO 15DE BORDO

“Se as seis operadoras de Jogo comprassem produtos locais garanto-lhe que as fábricas de Macau iriam sobreviver. Assim, novas fábricas poderiam aparecer da China e de Hong Konge dariam empregosàs pessoas”JOSÉ TANG• Proprietário de fabricas em Macaue detentor da Medalha de Honrapelo trabalho na área fabril têxtil

“Que o regime democrático prejudica direitos adquiridos e almoços políticos gratuitos é quase um dado certo, mas será que não podemos pôr de lado os interesses individuais em detrimentodos interesses geraisda sociedade?”AU KAM SAN • Deputado

“Com tantos anos de estudos e consultas, parece que esta proposta foi elaborada de forma pouco cuidada. Os direitos fundamentais dos animais não estão definidos”LEONG VENG CHAI• Deputado, sobre a Lei de Protecção dos Animais apresentada pelo Governo

EPA/

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NÃO É surpresa que Macau tenha deixado de estar vocacionado para as indústrias de mão de obra intensiva. Tal significa, no entanto, que deixa de haver espaço para um determina-do tipo de emprego, para um certo género de traba-lhador. Esses são os pais ou os avós da nova geração, a tal que já foi à escola, tem outras aspirações e uma muito menor capacidade de sacrifício.Macau claramente evolui para uma sociedade de serviços, onde este tipo de indústria só poderia sobreviver, se existisse um investimento em aspectos que ultrapassam, apesar de estarem a montante, a própria produção. Exacta-mente porque, paulatina-mente, estaremos perante uma população progres-sivamente mais educada e mundializada será natural que surjam pessoas quali-ficadas para esses outros aspectos da indústria. Este é só um exemplo de como as coisas se podem transformar sem exacta-mente exterminar uma linha de funcionamento. Trata-se sempre de repen-sar as estratégias de acordo com o contexto sócio--económico em questão. Na RAEM assistimos a mudanças cuja rapidez as tornam difíceis de prever e apreender, mas basea-dos em directivas firmes tal pode ser realmente possível.Sendo uma dessas direc-tivas a diversificação eco-nómica, parece-me óbvio que o Governo procure e encontre soluções para a substituição das activida-des em vias de desapare-cimento por outras que façam sentido no contexto económico de Macau, mas que escapem ao vórtice do Jogo. A qualidade de vida exige ilhas.

“O centro de documentação é fundamentalpara fazer investigação séria e sólida sobre a arquitectura

e o urbanismo de Macau”Nuno Soares, arquitecto fundador Centro de Arquitectura e Urbanismo | P. 7

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hoje macau terça-feira 28.10.2014

Xinhua Dilmacom “sérios desafios”no segundo mandatoA reeleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff, enfrentará “sérios desafios” no segundo mandato, sobretudo para contrariar a “inerte economia” do país, realçou ontem a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. “O novo governo precisa de calibrar as suas políticas económicas, reconquistar a confiança do mercado e alcançar um desenvolvimento sustentado”, refere a Xinhua num comentário à segunda volta da eleição presidencial brasileira de domingo disputada entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, candidato apoiado pelo Partido Social-Democrata do Brasil (PSDB). Dilma Rousseff ganhou com 51,8% dos votos, na mais renhida eleição das últimas duas décadas. “Uma das principais tarefas de Dilma Rousseff no seu segundo mandato será minimizar a polarização em que o país se encontra após a difícil campanha eleitoral”, afirmou a agência chinesa.

Coreia do Sul Julgamento do capitão de ferry naufragadoA última sessão do julgamento do capitão e tripulação do Sewol, cujo naufrágio causou 304 mortos no passado mês de Abril, começou ontem em Gwangju, na Coreia do Sul. A sessão começou com os últimos interrogatórios do juiz à defesa do capitão e dos 14 tripulantes, acusados de adiarem a ordem de evacuação da embarcação e de terem abandonado o ferry, desconsiderando a segurança dos passageiros. O Ministério Público irá, de seguida, apresentar as alegações finais perante cerca de 60 familiares de vítimas do naufrágio. O mesmo fará depois a defesa. Os meios de comunicação sul-coreanos indicam que o Ministério Público vai pedir prisão perpétua para o capitão e três dos tripulantes, todos acusados de homicídio por negligência grave, uma acusação semelhante a homicídio em primeiro grau nos códigos penais ocidentais. Os restantes 11 membros da tripulação estão acusados de conduta negligente resultando em morte, um delito que pode também estar sujeito a prisão perpétua, ainda que seja provável que Ministério Público peça um número limitado de anos, diz a EFE.

CECÍLIA L [email protected]

O campus da Universi-dade de Macau (UM) foi alvo de 24 casos de imigração ilegal

que envolveram 49 pessoas. Os da-dos foram revelados pelo Gabinete de Secretário para a Segurança, Cheong Kuok Vá, numa resposta a uma interpelação escrita de Si Ka Lon e dizem respeito a contas feitas desde Julho até Setembro.

Os 49 imigrantes ilegais foram já todos repatriados, assegura o Gover-no, com o Chefe do Gabinete, Vong Chun Fat, a dizer que a Polícia de Segurança Pública (PSP) já colocou agentes de patrulha durante 24 horas, a fim de monitorizar o “ambiente em redor” do campus. Mas as medidas do Governo não se ficam por aqui, garante Vong Chun Fat.

“A Alfândega tem um meca-nismo de comunicação próximo com a PSP, para que, quando a PSP receber informações da Alfânde-ga sobre estes casos, possa logo iniciar um mecanismo urgente para parar os imigrantes ilegais. Também incluiremos ‘operações stop’”, frisa Vong Chun Fat.

DE OLHO NAS CORRIDAS DE CARROS

CONTROLO DE QUALIDADEEM SEAC PAI VAN A Universidade de Macau vai ser a responsável pela prestação de serviços de controlo de qualidade das obras de construção dos Equipamentos de Saúde e Cuidado a Idosos de Seac Pai Van, sendo que, para isso, vai ganhar 2,8 milhões de patacas. O anúncio veio ontem publicado em Boletim Oficial, num despacho assinado por Chui Sai On e que estende o prazo de pagamento até 2017.

Alunos e deputados mostram preocupações com a possível transformação da Ilhada Montanha numa ‘porta conveniente’ para actos ilegais

IMIGRAÇÃO ILEGAL GOVERNO DÁ CONTA DE 24 CASOS NO CAMPUS DA UM

Meia centena a saltar muros

“O fenómeno mostra que o Governoda RAEM não faz um bom trabalhonas fronteiras. Deveria haver um mecanismo de multa para os imigrantes ilegais”JACKY CHEONG Aluno do 3º ano da UM

O responsável assegura ainda que, no início do mês passado, a UM já iniciou obras de melhoria do recinto do campus, onde colo-cou câmaras de vigilância e siste-mas de alarme infra-vermelhos.

“Além disso, foi anunciado que o Ministério de Segurança da China e os Serviços de Fronteiras do continente também vão fazer obras que fortaleçam as infra-es-truturas [muros] e a melhoria das instalações da rede ferroviária.”

ALUNOS NÃO SABEMEmbora os imigrantes ilegais sejam normalmente inofensivos e apesar das medidas que o Governo diz ter implementado, há alunos que se dizem preocupados com a situação.

Em declarações ao canal chi-nês da Rádio Macau alguns alunos dizem que estão preocupados com

a situação de imigração ilegal. “Estou preocupada. Mas acho que os imigrantes ilegais também não vão fazer nada no campus” referiu uma aluna do continente, que pe-diu que a universidade desse mais informações aos alunos. “Na UM nunca há avisos sobre o assunto.”

O HM contactou com outro aluno do 3º ano, Jacky Cheong, que disse também não saber que havia

tantos imigrantes ilegais no campus da UM. “O fenómeno mostra que o Governo da RAEM não faz um bom trabalho nas fronteiras. Deveria haver um mecanismo de multa para os imigrantes ilegais”, salientou, dizendo que a punição não deveria ser apenas o repatriamento.

GOVERNO TEM DE FAZER ALGOSegundo a interpelação escrita de Si Ka Lon, desde que a jurisdição do novo campus da UM passou para Macau que “[devido] à falta de eficiência de gestão, a Ilha [da Montanha] transformou-se ‘numa porta conveniente’ para alguns actos ilegais, nomeadamente, a imigração ilegal de pessoas com o intuito de se deslocarem aos casinos, tráfico de drogas e entrada de trabalhadores ilegais.”

O deputado considera que o novo campus da UM na Ilha de Hengqin é uma zona onde não são exigidas quaisquer formalidades de entrada e saída aos residentes de Macau, mas diz que já se verificaram “vários incidentes relacionados com a segu-rança no campus, situação que não é benéfica para o ambiente de estudo”. O deputado pede justificações não à UM, mas ao Governo.

O Chefe do Gabinete do Secretário para a Segurança, Vong Chun Fat, assegurou que a polícia já está a “combater” os caso de corridas ilegais de carros no campus da Universidade de Macau na Ilha de Montanha. Numa interpelação escrita, o deputado Si Ka Lon afirmava que “os residentes de Macau não estão proibidos de se deslocar ao campus da UM sendo que, no entanto, são muitas as situações ilegais de inversão de marcha e estacionamento de veículos e as situações em que alguns residentes

aproveitam para acelerar e circular a alta velocidade”, sendo que, na resposta, Vong disse que o Executivo dá muita atenção à segurança e ambiente de descanso dos alunos, andando já a multar todos as violações cometidas por condutores e mantendo a comunicação com o departamento de segurança da UM. Segundo um aluno entrevistado pelo canal chinês da Rádio Macau, a situação ilegal de inversão de marcha e estacionamento de veículos é “popular” no campus da Ilha da Montanha.

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